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Atividade antioxidante e antimicrobiana de plantas da Caatinga

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Renata Maria de Souza

ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E ANTIMICROBIANA

DE PLANTAS DA CAATINGA

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RENATA MARIA DE SOUZA

Atividade antioxidante e antimicrobiana de Plantas da

Caatinga

Tese de doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas da Universidade Federal de Pernambuco, como pré-requisito para obtenção do título de Doutor em Ciências Biológicas, área de concentração em Biotecnologia.

Orientadora: Profa. Dra. Maria Tereza dos Santos Correia - UFPE Co-orientadora: Profa. Dra. Márcia Vanusa da Silva - UFPE

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Catalogação na fonte Elaine Barroso

CRB 1728

Souza, Renata Maria de

Atividade antioxidante e antimicrobiana de plantas da Caatinga/ Renata Maria de Souza– Recife: O Autor, 2015.

72 folhas : il., fig., tab.

Orientadora: Maria Tereza dos Santos Correia Coorientadora: Márcia Vanusa da Silva

Tese (doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Ciências Biológicas. Biotecnologia, 2015.

Inclui bibliografia e anexo

1. Plantas medicinais 2. Plantas da Caatinga 3. Fenóis I. Correia, Maria Tereza dos Santos (orientadora) II. Silva, Márcia Vanusa da (coorientadora) III. Título

615.321 CDD (22.ed.) UFPE/CCB-2015-140

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RENATA MARIA DE SOUZA

Atividade antioxidante e antimicrobiana de Plantas da

Caatinga

Aprovada em 27/01/2015.

BANCA EXAMINADORA:

______________________________________________________________ Profa. Dra. Maria Tereza dos Santos Correia – UFPE (Orientadora)

______________________________________________________________ Profa. Dra. Vera Lúcia de Menezes Lima – UFPE

______________________________________________________________ Prof. Dr. Ranilson de Souza Bezerra – UFPE

______________________________________________________________ Profa. Dra. Elba Verônica Matoso de Carvalho – UFPE

______________________________________________________________ Prof. Dr. Thiago Henrique Napoleão – UFPE

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“De tudo ficaram três coisas... A certeza de que estamos começando... A certeza de que é preciso continuar... A certeza de que podemos ser interrompidos antes de terminar... Façamos da interrupção um caminho novo... Da queda, um passo de dança... Do medo, uma escada... Do sonho, uma ponte... Da procura, um encontro!”

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“O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.” Cora Coralina

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A minha mãe, Cleonice, pela força nos momentos difíceis e demonstração de coragem e fé.

A meu pai Adilson, pelo apoio incondicional e pelo exemplo de dignidade e perseverança.

A minha avó, Marina, pela dedicação, amor e carinho incessantes e pela sua existência, simplesmente.

A minha família e aos amigos mais íntimos, pela participação na minha formação e nesta longa caminhada .

A Carlos Alberto pelo companherismo e compreensão, a mim dedicados e pelos grandes momentos

de amizades e cumplicidade vividos juntos .

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AGRADECIMENTOS

A Deus, pela oportunidade de desenvolver esta obra, sempre iluminando o meu caminho. A Profa. Maria Tereza dos Santos Correia, pela orientação, oportunidade e confiança na realização deste trabalho.

A Profa. Márcia Vanusa da Silva, pela orientação e pela disponibilidade a mim direcionada. A secretária da Pós-Graduação, Adenilda, pela paciência, atenção, carinho e por tudo o que ela fez por mim.

Ao professor Nicácio e a todos os integrantes do laboratório de Produtos Naturais.

Às pessoas do Laboratório de Glicoproteínas do Departamento de Bioquímica da UFPE, que se dispuseram a me ajudar quando solicitado.da UFPE pela atenção e disponibilidade. Aos funcionários do Departamento de Bioquímica que contribuíram de alguma forma para o desenvolvimento deste trabalho, em especial ao técnico seu João e dona Helena.

Agradecimentos especiais aos meus amigos, André Aires, André Lima, Mary Aranda, Rayana Apolinário, Mychely Melo e Elba Carvalho pelos instantes de descontração e diversão para aliviar os momentos de aflição, ansiedade e dúvidas e a Luís Cláudio pelas contribuições intelectuais que me ajudaram no decorrer do trabalho. Obrigada pelos momentos divertidos, pela amizade sinceras e alegrias verdadeira.

A minha mãe Cleonice, pelo apoio e amparo nos momentos difíceis, nela encontro o abrigo que me falta na hora do desânimo, ela é meu porto seguro e exemplo de vida. Obrigada pelo amor, carinho e compreensão.

Ao meu pai Adilson, por sempre me estimular a estudar, o que foi fundamental para a realização deste trabalho.

A minha querida avó Marina, por todo o amor, carinho e mimos, pela preocupação incessante ao meu bem estar. Obrigada por tudo que consegui até agora, e sempre te pedirei obrigada por todas as minhas conquistas em vida. Obrigada por você existir.

Aos meus familiares, que ajudaram a me tornar a pessoa que sou.

Agradecimento mais que especial a Carlos Alberto, pelo amor e companheirismo incondicionais nos momentos de incertezas, pela paciência, por não me deixar abater pelos

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problemas encontrados no caminho, ficando sempre ao meu lado e mesmo quando não havia nada a ser dito era a melhor conversa que eu poderia ter. Obrigada por fazer parte da minha vida.

A CAPES pela bolsa concedida durante os quatro anos de estudos. A todos que indiretamente contribuíram para a conclusão deste trabalho.

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RESUMO

As plantas são importantes fontes de produtos naturais ativos, e é cada vez mais habitual seu uso na medicina popular, como agente antimicrobiano e antioxidante. Porém, no Brasil, as plantas medicinais são utilizadas quase sem nenhuma comprovação científica. Muitas destas plantas podem ser encontradas no bioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga e a maioria ainda não apresenta qualquer identificação científica quanto à sua eficiência no combate à doenças e adversidades do corpo e propriedades biológicas. Assim o objetivo deste trabalho é analisar as atividades antimicrobiana e antioxidantes de extratos hidralcoólico e metanólico de Ouratea blanchetiana, Sideroxylon obtusifolium, Manilkara rufula, Myracrodruon urundeuva, Myroxylum peruiferum e Parkinsonia aculeata L., bem como analisar os compostos fenólicos das citadas plantas representates da Caatinga. O material vegetal foi coletado no Parque Nacional do Catimbau Pernambuco e os extratos foram elaborados em diferentes polaridades. Os extratos hidralcoólico e metanólico foram preparados adicionando ao pó dos materiais em estudo determinado solvente para obtenção de extratos a 10%. O conteúdo fenólico total dos extratos foi quantificado pelo ensaio com o reagente Folin-Ciocalteu. Para a determinação da atividade antimicrobiana foi inicialmente utilizado o Método de Difusão em disco, bem como o método concentração mínima inibitória (CIM), no combate às bactérias gram-positiva e gram-negativa. Na atividade antioxidante os extratos foram submetidos ao método fosfomolibdênio (P – Mo), método de seqüestro de radicais livres – DPPH e ensaio sequestro peróxido de hidrogênio. Para o teste antimicrobiano os valores do CIM variaram entre 0.09 e 25 mg/ml, sendo o M.

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luteus o mais suscetível à ação de substâncias antibacterianas. No ensaio de seqüestro de DPPH foi possível identificar que entre os extratos testados os extratos metanólico e hidralcoólico de S. Obtusifolium mostraram maior eficiência antioxidante, apresentando IC50 11 e 57.2 µg/ml, respectivamente. No método fosfomolibdênio foi observado que os extratos metanólicos se mostraram mais eficiente e no ensaio sequestro peróxido de hidrogênio valores da IC50 de todos os extratos em estudos variaram de 4.2 a 10 µg/ml, apresentando melhores resultados que o padrão ácido gálico, com exceção do extrato hidralcoólico de O. blanchetiana com IC50 de 22.5 µg/ml. Os resultados demonstraram que as amostras estudadas apresentaram uma alta eficiência no combate aos micro-organismos, e aos radicais livres.

Palavras – chaves: Atividade antimicrobiana, antioxidante, Bioma Caatinga, compostos fenólicos.

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ABSTRACT

Plants are important sources of active natural products, and is common use in folk medicine as an antimicrobial and antioxidant agent. However, in Brazil, medicinal plants are used almost without any scientific proof. Many of these plants can be found in the biome exclusively Brazilian, the Caatinga, and most still hasn’t and most still has no scientific identification as to their efficiency in combating diseases and adversities of the body and biological properties. The aim this work to evaluate the antimicrobial and antioxidant activities of hydroalcoholic and methanolic extracts of Ouratea blanchetiana, Sideroxylon

obtusifolium, Manilkara rufula, Myracrodruon urundeuva, Myroxylum peruiferum e Parkinsonia aculeata L. and analyze the phenolic compounds these plants of Caatinga. The

plant material was collected in Parque Nacional do Catimbau Pernambuco and the extracts were prepared at different polarities. The hydralcoholic and methanol extracts were prepared by adding to the powder materials in a given study solvent for obtaining extracts to 10%. The total phenolic content of the extracts was quantified by the assay with the Folin-Ciocalteu. To determine the antimicrobial activity was initially used the disk diffusion method, Minimum Inhibitory Concentration (MIC), for combating gram-positive and gram-negative bacteria. Antioxidant activity in the extracts were subjected to phosphomolybdenum method, method of sequestering free radicals - DPPH assay and hydrogen peroxide. To test the antimicrobial the MIC values ranged between 0.09 and 25 mg / ml, and the Micrococcus. luteus more susceptible to the action of antibacterial substances. In DPPH sequestration test, we found that among the extracts tested the

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methanol extract and hydroalcoholic S. obtusifolium showed higher antioxidant efficiency, with IC50 11 and 57.2 mg / ml, respectively. In phosphomolybdenum method was observed

that the methanol extracts were more efficient in sequestering hydrogen peroxide assay the IC50 values of all extracts studies ranged from 4.2 to 10 mg / ml, showing better results than

the standard gallic acid, with the exception of the hydroalcoholic extract of O. blanchetiana with IC50 22.5 mg / ml. The results showed that the sample studied exhibited a high

efficiency in combating micro-organisms and free radicals.

Key - words: Antimicrobial and antioxidant activities, Caatinga Biome, phenolic compounds.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...01

2. REVISÃO DE LITERATURA ...05

2.1 BIOMA CAATINGA ...05

2.2. PLANTAS MEDICINAIS ...08

Plantas Medicinais da Caatinga ... 13

Gênero Ouratea ...13 Gênero Sideroxylon ...14 Gênero Manilkara ...15 Gênero Myracrodruon ...16 Myroxylum peruiferum ...17 Parkinsonia aculeata L. ...17 2.3.ATIVIDADE ANTIMICROBIANA ...18 2.4.BACTÉRIAS ...21 2.5.ATIVIDADE ANTIOXIDANTE ...23 3. OBJETIVOS ... .26 3.1. Objetivo Geral ... .26 3.2. Objetivos específicos ... 26 REFERÊNCIA ... .27 RESULTADOS

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CAPÍTULO 1: ANTIMICROBIAL AND ANTIOXIDANT POTENTIALS OF

CAATINGA PLANTS: Ouratea blanchetiana, Sideroxylon Obtusifolium and Manilkara rufula ...42 CAPÍTULO 2: ANTIOXIDANT POTENTIAL AND TOTAL PHENOLIC CONTENT OF LEAF EXTRACTS FROM Parkinsonia aculeate L. CULTIVATED IN BRAZILIAN

CAATINGA BIOME ……….61 CAPÍTULO 3: Myracrodruon urundeuva BARK: AN ANTIMICROBIAL,

ANTIOXIDANT AND NON-CYTOTOXIC AGENT ……….62 CAPÍTULO 4: Myroxylum peruiferum: ANTIOXIDANT ACTIVITY AND PHENOLIC

CONTENT ………..63 CONCLUSÃO ………64 ANEXO

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1. INTRODUÇÃO

De acordo com World Health Organization (2003), recebe o nome de planta medicinal as espécies vegetais utilizadas para fins terapêuticos, sejam elas cultivadas ou não. Ainda podem ser considerados como plantas medicinais àqueles vegetais que são usados tradicionalmente na medicina popular (BRASIL, 2006).

A utilização de plantas com fins medicinais para tratamento, cura e prevenção de doenças, é uma das mais antigas formas de prática medicinal da humanidade. A produção de medicamentos e o tratamento farmacológico de inúmeras patologias tiveram seu início com a utilização de plantas medicinais (PINTO et al., 2006). Apesar do crescimento no número de medicamentos alopáticos, a população carente ainda encontra obstáculos na sua utilização, que vai desde a realização de exames à obtenção do medicamento. O fato anteriormente mencionado juntamente com a viabilidade do uso de plantas medicinais, devido à fácil obtenção e baixo custo, contribuem para sua larga utilização por pessoas de países em desenvolvimento (JÚNIOR E PINTO, 2005).

O Brasil é um dos países que apresentam tanto a maior diversidade botânica, quanto uma elevada utilização de plantas medicinais. No entanto, ainda são necessários estudos mais detalhados e aprofundados acerca do levantamento científico sobre as propriedades apresentadas pela vasta diversidade da flora brasileira (U.P. ALBUQUERQUE et al., 2007). Muitas dessas plantas são encontradas nos biomas presentes no Brasil, dentre esses biomas ressaltamos a Caatinga. Além dele estar ameaçado, a investigação sobre o potencial de sua vegetação se torna imprescindível para um melhor planejamento da sua conservação e recuperação (SANTANA e SOUTO, 2006). Sua flora é muito utilizada popularmente e grande parte não apresenta comprovação cientÍfica em relação as suas propriedades terapêuticas. Como

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representantes do bioma Caatinga podemos citar Ouratea blanchetiana, Sideroxylon obtusifolium, Manilkara rufula, Myracrodruon urundeuva, Myroxylum peruiferum e Parkinsonia aculeata L.

A O. blanchetiana pertence à família Ochnaceae, algumas espécies dessa família são utilizadas na medicina popular principalmente nos continentes Africano e Asiático. Porém ainda é muito escasso na literatura registros de estudos fitoquímicos e sobre propriedades biológicas (BATISTA, 2011). S. obtusifolium é conhecida como “quixabeira” e representante da família das sapotáceas. Ela é considerada uma planta medicinal e é bastante utilizada por possuir propriedades anti-inflamatórias e hipoglicêmicas, além disso, sua casca tem propriedades tônicas, adstringentes (SILVA, M. D., 2008). M. rufula também representante da família Sapotaceae, ocorre em áreas de Caatinga e faz parte de um gênero representativo na área madeireira, como por exemplo Manilkara rubreri (PEREIRA et. al., 2011). Ainda é bastante escasso estudos das propriedades biológicas desta planta. MONTEIRO et al. (2006) apontaram a M. urundeuva como uma planta utilizada no combate à lesões de pele, neoplasia, tosse, inflamação nos sistemas urogenital, respiratório e digestivo. M. peruiferum L., popularmente conhecida como Cabreúva, é encontrada na maior parte do território brasileira. Sua madeira é utilizada para construção, móveis e para outros fins (NOGUEIRA, 1977). O tronco fornece, como resultado de bálsamo utilizado em perfumaria e funciona como um agente anti-inflamatório para doenças dos sistemas respiratório, reprodutor e urinário (ALMEIDA, 1998). P. aculeata é popularmente conhecida como cina-cina, turco, Rosa da Túrquia, pertence à família das leguminosas e é utilizada na medicina popular no tratamento de hiperglicemia (LEITE et. al., 2011), antimalárica (CLAKRSON et al., 2004) e antimicorbiana (BHAKUNI et al., 1974).

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Esses vegetais apresentam propriedades que podem combater as adversidades as quais as células são submetidas. Nosso corpo é mediado por reações químicas fundamentais para a sobrevivência das células, o metabolismo. Porém esse processo gera sérias conseqüências, tais como a produção de radicais livres e outras espécies reativas de oxigênio (ERO), que causam danos oxidativos à célula (FREITAS et al., 2014). Esses radicais livres sintetizados como produtos do metabolismo, atuam como mediadores na transferência de elétrons em reações químicas e desempenham funções importantes no organismo. Entretanto a grande produção dos radicais livres ocasiona prejuízos deletéricos ao DNA, às proteínas, membranas e mitocôndrias e desta forma interferem diretamente em processos patológicos, como câncer, envelhecimento precose, doenças neurológicas e cardiovasculares (FERNANDES, 2010).

Os antioxidantes estão relacionados com as propriedades biológicas de compostos fenólicos (KAUR et al., 2008), uma vez que estes compostos têm a capacidade para sequestrar radicais livres, devido à sua característica como doadores de elétrons para os radicais livres. E por serem amplamente distribuído no reino vegetal (AMAROWICZ et. al., 2010) eles pode ser adquiridos na dieta têm a capacidade de proteger o corpo contra danos causados por radicais livres, aumentando a resistência aos danos causados pela oxidação(OZSOY et al., 2008).

O uso irracional de antibióticos levou ao surgimento de microrganismos multirresistentes o que contribui para o aumento nas buscas e desenvolvimento de novos medicamentos antimicrobianos (LEAL et al., 2011), encorajando os pesquisadores a procurar novas substâncias antimicrobianas a partir de várias fontes, incluindo plantas medicinais (KARAMAN et. al., 2003), uma vez que algumas plantas também têm desempenhado um papel importante como fonte de compostos com atividade antimicrobiana.

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Esses fatos incentivaram uma investigação mais aprofundada pela comprovação das propriedades antimicrobiana e antioxidante das plantas Ouratea blanchetiana, Sideroxylon obtusifolium, Manilkara rufula, Myracrodruon urundeuva, Myroxylum peruiferum e Parkinsonia aculeata L., bem como seu perfil fitoquímico.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. BIOMA CAATINGA

A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, localizada predominantemente a região nordeste, composta por nove estados (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe) e pequena parte da região Sudeste (porção Norte do Estado de Minas Gerais), como mostra o mapa da figura 1. Segundo MMA (2007), compreende a maior para das áreas suscetíveis à desertificação do país, ocupa 844.453 Km² (IBGE, 2004), o que corresponde a cerca de 11% do país.

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A origem do termo caatinga vem do tupi-guarani, CAA= mata e TINGA= branca, mata branca, o que caracteriza a paisagem no período de estiagem quando a vegetação perde as folhas e fica com um aspecto seco e sem vida (ALVES, 2007). Caracterizado por clima quente e chuva distribuída no período de três a seis meses no ano (VELLOSO et al., 2002), representa a região semi-árida mais populosa do mundo e grande parte de seus habitantes é carente e utiliza os recursos naturais para sobreviver.

Os solos estão distribuídos em mosaico bastante dividido e com tipos diferenciados, variando em profundidade, fertilidade, salinidade e constituição mineralógica (RODAL et al., 1992). A flora nativa da caatinga apresenta espécies vegetais com caracteres anatômicos, morfológicos e funcionais especializados para a sobrevivência destas plantas às condições adversas de clima e solo, típicos desta fisionomia. A vegetação é composta por espécies lenhosas e herbáceas, de pequeno porte, muitas dotadas de espinhos, sendo, geralmente, caducifólias, e por cactáceas e bromeliáceas, com aproximadamente 596 espécies já registradas para esta formação, sendo 180 endêmicas, com densidade, freqüência e dominância determinadas pelas variações topográficas, tipo de solo e pluviosidade (DRUMOND et al., 2000).

Antigamente acreditava-se que a caatinga era resultado da fragmentação ou degradação de outros tipos de formações vegetais, tais como a Mata Atlântica ou Floresta Amazônica. Esse fato estimulou ao pensamento que o bioma seria escasso em espécies representantes da fauna e flora, estando pouco alterado ou ameaçado. Porém estudos direcionados a Caatinga indicam à grande biodiversidade e a heterogeneidade deste bioma, o que o torna extremamente frágil (ALVES, 2007). Porém estudos direcionados a Caatinga indicam à grande biodiversidade e a heterogeneidade deste bioma, o que o torna extremamente frágil (ALVES, 2007). Esse ecossistema apresenta uma grande variedade de vegetação, tais como: Matas Úmidas, Matas Estacionais,

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Cerrados, Tabuleiros, Campos Rupestres e remanescentes de Mata Atlântica (GIULIETTI et al., 2004).

A caatinga tem sido extensamente devastada, em conseqüência do uso insustentável de seus recursos naturais (LEAL et al., 2003). Os processos de desmatamento, visando objetivos agrícolas e energéticos, são apontados como uma das principais influências antropológica responsável pela alteração do bioma. A elevação do índice de alteração da vegetação nativa e a exploração exacerbada dos recursos naturais têm aumentado os riscos de desertificação nas regiões do semi-árido (BRASIL, 1991). Os solos nordestinos vêm sofrendo um processo intenso de desertificação devido à substituição da vegetação natural por monoculturas, principalmente, por meio de queimadas (GARDA, 1996). No Brasil, 62% das áreas susceptíveis à desertificação estão neste bioma, segundo DRUMOND et al. (2000), a caatinga apresenta cerca de 15% de áreas já desertificadas.

Os estudos já realizados sobre a caatinga revelam que, além da importância biológica, este bioma encerra um considerável potencial econômico, com espécies de excelente uso como forragens, frutíferas e medicinais (ALBUQUERQUE, 2000). Há uma vasta literatura regional sobre o uso das plantas na medicina popular (ALBUQUERQUE, 2000; ALBUQUERQUE e ANDRADE, 2002; ALMEIDA e ALBUQUERQUE, 2002). Estudos têm comprovado a ação benéfica de muitas espécies ocorrentes neste bioma, promovendo o uso dos vegetais com efeito comprovado entre a população economicamente mais carente (Almeida e Albuquerque, 2002). Isto tem resultado na investigação dos princípios ativos pelas indústrias farmacêuticas (BIESKI, 2005).

A variedade de plantas medicinais utilizadas para as mais diversas enfermidades torna a Caatinga ímpar no cenário dos fitoterápicos. Cada vez mais cresce o interesse

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em pesquisadores em estudar esses fitoterápicos, principalmente porque estudar plantas que já são utilizadas popularmente diminui o caminho de desenvolvimento de um novo fármaco, visto que já existe uma indicação de qual atividade biológica essa planta poderia apresentar (FAPESP, 2004).

2. 2. PLANTAS MEDICINAIS

Existem vários registros históricos sobre a utilização das plantas para tratamento de doenças desde 4.000 a.C. O primeiro registro médico depositado no Museu da Pensilvânia é datado de 2.100 a.C. e inclui uma coleção de fórmulas de trinta diferentes drogas de origem vegetal, animal ou mineral (HELFAND E COWEN, 1990). Desde cedo as primeiras civilizações perceberam que algumas plantas continham, em suas essências, princípios ativos os quais ao serem experimentados no combate às doenças revelaram empiricamente seu poder curativo (BADKE et al., 2011).

O manuscrito Egípcio “Ebers Papirus” (1.500 a.C.), contém 811 prescrições e 700 drogas e o primeiro texto Chinês sobre plantas medicinais (500 a.C.) relata nomes, doses e indicações de uso de plantas para tratamento de doenças. Algumas dessas plantas ainda são utilizadas, como Ginseng, ephedra, chuva-de-ouro ou senna e ruibarbo, inclusive como fontes para indústrias farmacêuticas (DUARTE, 2006).

O grego Dioscórides em sua obra Matéria Medica catalogou e ilustrou cerca de 600 diferentes plantas usadas para fins medicinais e também descobriu, empiricamente, a ação emenagoga da camomila (Matricaria chamomilla L.), a qual foi comprovada cientificamente 2.000 anos mais tarde (LORENZI e MATOS, 2002).

Nos séculos XIV e XVI surgiram as primeiras farmacopeias, cujo objetivo era padronizar a composição e a forma de preparações prescritas pelos médicos da época. A primeira farmacopeia europeia (“Nuovo Receptario Compositio”) foi publicada em

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1498, em Florença, e a segunda, (“Concordie apothecariorum Barchinone medicines Compositis”) foi publicada em Barcelona, em 1511 (LÓPEZ-MUÑOZ et al., 2006).

O livro “Systema Materiae Medicae Vegetabilis Brasiliensis” publicado em 1843, de autoria de Karl Friedrich Philipp Von Martius é considerado a primeira publicação brasileira nesta área, no entanto, merecem destaque as obras de Pio Côrrea – “Dicionário das Plantas Úteis do Brasil e das Exóticas Cultivadas”, coleção de seis volumes de caráter nacional, lançado de 1926 a 1975, bem como a obra “Farmacopeia Brasileira” publicada por Rodolfo Albino Dias da Silva em 1929 (LORENZI E MATOS, 2002). Hoje contamos com uma farmacopeia atualizada: (http://www.anvisa.gov.br/hotsite/cd_farmacopeia/pdf/volume1.pdf).

A WHO (1998) define planta medicinal como sendo “todo e qualquer vegetal que possui, em um ou mais órgãos, substâncias que podem ser utilizadas com fins terapêuticos ou que sejam precursores de fármacos semi-sintéticos”. As substâncias ativas presentes nestas plantas medicinais são produtos do seu metabolismo (ROCHA, 1998), os quais podem ser reunidos em dois grupos: os metabólitos primários, tais como carboidratos, aminoácidos e lipídeos, e os metabólitos secundários, resultantes da síntese dos metabólitos primários, tais como compostos fenólicos, terpenóides, óleos essenciais e alcalóides, entre outros (DOURADO, 2006). Estes metabólitos são responsáveis pelas propriedades medicinais ou tóxicas dos vegetais.

Nas plantas medicinais existem substâncias eficientes como adstringente, antidiarréico, anti-inflamatório, depurativo, diurético, febrífugo, calmante, antitumoral, contra hemoptises, no combate a distúrbios respiratórios, doenças da córnea, diabetes, entre outras (DEGÁSPARI ET AL., 2004; BORNHAUSEN, 2002; LORENZI & MATOS, 2002); é praticamente infindável a listagem completa de sua utilização fármaco-terapêutica. MARTINS (1995) atribui aos flavonóides, propriedade

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antiinflamatória, fortalecedora dos vasos capilares, antiesclerótica, anti-edematosa, dilatadora de coronárias, espasmolítica, anti-hepatotóxica, colerética e antimicrobiana.

São inúmeros os compostos extraídos de plantas utilizados na preparação de fármacos que já se encontram disponíveis no mercado. Além desses produtos já comercializados, existe um elevado número de moléculas que vem sendo descobertas e passam por estudos minuciosos pela comunidade acadêmica (NETO, 2009). Podemos mencionar diversos fármacos que foram descobertos usando-se produtos de origem natural como protótipo: os alcaloides vimblastina e vincristina que são extraídos de Catharantus roseus, muito utilizados no tratamento de linfomas e leucemia infantil (PASA et al., 2001); a capsaicina, extraída do Pilocarpus jaborandi, um dos raros fármacos utilizados no tratamento de glaucoma.

Desta forma admite-se que a fitoterapia é uma terapêutica popular milenar, que passou a ter o reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde (OMS), na Conferência de Alma Ata em 1978. Posteriormente à autenticação dada pela OMS o aproveitamento das plantas medicinais foi ressaltado como parte do Programa Saúde Para Todos no Ano 2000 recomendando-se, inclusive a realização de mais estudos e a divulgação do uso das plantas medicinais regionais como uma maneira de diminuir custos dos programas de saúde pública (YAMADA, 1998)

No passado, a utilização de plantas medicinais era mais adotada pela população carente da área rural ou urbana, devido à fácil disponibilidade e baixos custos. Atualmente, o uso de plantas como uma fonte de medicamentos é prevalecente em países em desenvolvimento como uma solução alternativa para problemas de saúde e está bem estabelecido em algumas culturas e tradições, especialmente na Ásia, América Latina e África (SHALE et al., 1999).

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Apesar do grande incentivo da utilização da medicina alopática, por parte da indústria farmacêutica, grande parte da população ainda faz uso de práticas alternativas terapêuticas para cuidar da saúde (BADKE et al., 2011). Assim, a incorporação da utilização de plantas medicinais nos programas de saúde básica se torna cada vez mais viável no tratamento de enfermidades, que busca minimizar os custos operacionais na fabricação de fármacos, juntamente com sua alta eficiência e a facilidade na aquisição da matéria-prima (MATOS, 1994).

No Brasil, as plantas medicinais da flora nativa são consumidas com pouca ou nenhuma comprovação de suas propriedades farmacológicas, propagadas por usuários ou comerciantes (VEIGA JR. et al., 2005)

No Brasil, foi criada a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS), sendo instituída pela Por taria do Ministério da Saúde (MS) nº 971, de 03 de maio de 2006 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, BRASIL 2006)

Esta portaria tem como objetivo ampliar as opções terapêuticas aos usuários do SUS, com garantia de acesso a plantas medicinais, a fitoterápicos e a serviços relacionados à fitoterapia, com segurança, eficácia e qualidade, na perspectiva da integralidade da atenção à saúde (RODRIGUES et al., 2006). Juntamente a este fato, o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, instituído em 2007, visa

“garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da biodiversidade, o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional”.

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Com vistas a atingir o objetivo desse programa, dentre as proposições, destaca-se a de

“Promover e reconhecer as práticas populares e tradicionais de uso de plantas medicinais, fitoterápicos e remédios caseiros”

Devido a compatibilidade da cultura, o nordeste apresenta uma grande facilidade no acesso aos fitoterápicos, ou seja, é bastante comum o uso de plantas medicinais na preparação de remédios caseiro (OLIVEIRA, 2006), tais como: hortelã-da-folha-miúda; romã; melão-de-são caetano; capim-santo e, alecrim-pimenta (MEDEIROS FILHO et al., 1997; DINIZ et al.,1997, AMORIM, 1999).

Acredita-se que essa assistência realizada por meio de plantas medicinais seja favorável à saúde humana, desde que o usuário tenha conhecimento prévio de sua finalidade, riscos e benefícios. A utilização de chás, de forma indiscriminada, em crianças portadoras de enfermidades hepáticas, renais ou outras doenças, poderá lhes trazer sérias conseqüências para sua saúde se não houver acompanhamento médico (RANG e DALE, 2001).

LORENZI e MATOS (2008) afirmam que no Brasil a validação de uma planta como medicinal requer a comprovação da propriedade terapêutica que lhe é atribuída, bem como de seu grau de toxicidade em doses compatíveis com o seu emprego medicinal, através de estudos farmacológicos com a avaliação da toxicidade.

Portanto, faz-se necessário esclarecer a população sobre alguns pontos essenciais para o uso racional de plantas medicinais tais como: manipulação, coleta e uso terapêutico; isso deverá ser feito com o propósito de correlacionar os saberes populares

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x científicos para que o profissional de saúde indique a terapêutica a ser usada (MEDEIROS e CABRAL, 2000).

 Plantas Medicinais da Caatinga

Dentre as espécies vegetais representantes desse ecossistema podemos encontrar o grupo de plantas medicinais que são amplamente utilizadas na medicina popular pela comunidade local. Segundo estudos realizados por GOMES et al.(2007), foram catalogadas 111 plantas, 53 espécies, 28 famílias e 50 gêneros em um estudo realizado nas feiras livres de Petrolina em Pernambuco e Juazeiro e na Bahia, com utilização popular.

Essas plantas medicinais conseguem sobreviver em condições adversas, inclusive após longos períodos de estiagem. Como uma das estratégias de sobrevivência, as plantas aumentam a produção de metabólitos secundários. O surgimento de metabólitos biologicamente ativos na natureza, de acordo RHODES (1994), é determinado por necessidades ecológicas, o que conduz à síntese de metabólitos secundários com funções de defesa, principalmente. Dentre estas espécies, destacam-se na caatinga pernambucana, a O. blanchetiana (Ochnaceae), o S. obtusifolium (Sapotaceae), M. rufula (Sapotaceae), Myracrodruon urundeuva (Anacardiaceae), o M. peruiferum (Fabaceae) e P. aculeata (Fabaceae).

- Gênero Ouratea

Pertencente a uma família com interesse econômico bastante restrito, o gênero Ouratea compreende cerca de 300 espécies, encontradas principalmente na América do Sul. É endêmico na região neotropical e é o maior da família Ochnaceae, com aproximadamente 120 espécies, algumas espécies têm mostrado atividades antivirais,

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analgésica e antimicrobiana (DE CARVALHO, 2000). Segundo MBING et al. (2003), plantas deste gênero são utilizadas no tratamento de doenças gástricas e reumatismo. A espécie O. reticulata é uma delas, o suco das folhas ou das flores é usado contra dor de dente, e o caule contra disenteria e tosse (MANGA et al., 2001).

Do extrato da folha de O. sulcata foram isolados biflavonoides que revelaram atividade antibacteriana contra Staphylococcus aureus e Bacillus subtilis, o que reafirmar a utilização desta planta no combate às infecções (PEGNYEMB et al., 2005). Testes in vivo e in vitro do extrato hidralcoólico bruto de O. parviflora demonstraram atividade citoprotetora significativa contra danos oxidativos. No teste in vivo a fração hidralcoólica se mostrou mais eficiente que a rutina (CARBONARI, 2006). A espécie O. hexasperma é a mais estudada do gênero, o extrato metanólico dos galhos desta planta demonstrou atividade antibacteriana frente à Escherichia coli e Staphylococcus aureus e cepas fúngicas de Candida albicans (FERNANDES et al., 2008). Sobre a espécie O.blanchetiana pouco se tem registro na literatura.

- Gênero Sideroxylon

O gênero Sideroxylon possui 69 espécies de regiões subtropicais e tropicais (TRESSENS, 1996) umas das espécies mais estudadas é a S. obtusifolium, uma espécie que ocorre no Bioma da Caatinga na região do Nordeste conhecida popularmente como “quixabeira”, é uma árvore de médio porte, com espinhos rígidos e longos, com folhas simples e coriáceas e troco curto (CARRINCONDE, 2008).

A madeira da S. obtusifoilum é empregada na construção civil, e na marcenaria, seus frutos são comestíveis e apreciados pelos nordestinos (BRAGA, 1976). Sua entrecasca é bastante utilizada no interior do Nordeste como fitoterápico, principalmente nas comunidades Pernambucanas de Afogados da Ingazeira, Camocim

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de São Félix, Córrego do Jenipapo (Recife) (CARRINCONDE, 2008). De acordo com suas propriedades terapêuticas essa espécie é usada para combater diabetes, inflamações ovarianas, pancada, gripe, gastrite e dor nos rins (MORS, 2000).

- Gênero Manilkara

O gênero Manilkara Adans., em particular, possui aproximadamente 35 espécies de hábito arbóreo e arbustivo, distribuídas nas regiões tropicais e subtropicais (GOMES et al., 2010) . Possui forte potencial econômico devido à qualidade da madeira e do látex (PENNINGTON, 1990). No Brasil, são registradas 19 espécies, distribuídas em áreas de floresta atlântica, restinga, tabuleiro costeiro, caatinga, cerrado e floresta Amazônica (PENNINGTON, 1990; ALMEIDA JR. et al., 2009). No Nordeste, o gênero está representado por 12 espécies nativas, com representantes em diferentes ecossistemas.

Estudos realizados com espécies deste gênero indicam a presença de flavonoide, ácidos fenólicos, saponinas e triterpenos (MA et al., 2003). O que confere a algumas espécies atividades biológicas como, anti-inflamatória, antiparasitária, antitumoral, antibacteriana e antioxidante ( EIBOND et al., 2004). Em pesquisas desenvolvidas na Guatemala, o extrato etanólico do caule da espécie M. achras (Mill.) apresentou um espectro de inibição de 80% frente a cinco cepas de Neisseria gonorrhoe (CÁCERES et al., 1995). Na índia o caule de M. zapota L. é utilizado como antibiótico e seu extrato etanólico se mostrou eficiente contra cepas de Micrococcus flavus, Proteus vulgaris, Enterobacter aerogenes, Klebsiella pneumoniae, Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Bacillus subtilis (NAIR e CHANDA, 2008).

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- Gênero Myracrodruon

Myracrodruon urundeuva pertence à família Anacardiaceae, é conhecida popularmente como aroeira, aroeira-do-sertão ou urundeúva, é uma espécie decídua, heliófita e seletiva xerófita (LORENZI, 1992). Seu limite de distribuição natural se estende pelas Regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil até a região chaquenha da Bolívia, Paraguai e Argentina (SANTIN e LEITÃO-FILHO, 1991; LORENZI, 1992; CARVALHO, 1994; GURGEL-GARRIDO et al., 1997).

É uma espécie arbórea nativa, de relevante valor socioeconômico, principalmente no semi-árido brasileiro, onde vem sendo utilizada como planta medicinal, madeira de lei e também como lenha nas indústrias e propriedades rurais (BARBOSA, 1994; MEDEIROS, 1996). Devido à exploração predatória, essa espécie está ameaçada de extinção, exigindo estudos que garantam sua sobrevivência

A aroeira demonstra importantes propriedades biológicas, o que justifica sua grande utilização farmacológica. Sua entrecasca possui propriedades antiinflamatórias, adstringentes, antialérgicas e cicatrizantes (VIANA, 1995). As raízes são usadas no tratamento de reumatismo e as folhas são indicadas para o tratamento de úlceras (ALMEIDA et al., 1998). Além disso, sua madeira, em função da durabilidade e dificuldade de putrefação, é muito usada na construção civil como postes ou dormentes para cercas, na confecção de móveis de luxo e adornos torneados (ALMEIDA et al., 1998; LORENZI, 1992). No entanto, devido aos seus princípios alergênicos, a árvore não deve ser cultivada em locais de fácil acesso ao público (ALMEIDA et al., 1998).

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- Myroxylum peruiferum

Myroxylum peruiferum popularmente conhecida como Cabreúva, é encontrada na maior parte do território brasileiro, em geral na Caatinga (LORENZI, 1992 e SABBENN, 1998).

Sua madeira é utilizada para construção, móveis e para outros fins (NOGUEIRA, 1977). O tronco fornece, como resultado de uma lesão, o bálsamo utilizado em perfumaria e como um agente anti-inflamatório à base d eplantas para as doenças dos sistemas respiratórios, reprodutor e urinário (ALMEIDA et al., 1998). M. peruiferum tem como parte de sua composição fitoquímica, óleos voláteis, ésteres, álcoois, triterpenos, alcaloides, fenóis, proteínas e glicosídeos (VIANA, 1995).

- Parkinsonia aculeata L.

Parkinsonia aculeata L. pertence à família Leguminosae - Cesalpineaceae é uma árvore de médio porte, cerca de 4 a 6 metros, encontrada na região semi-árida do Nordeste brasileiro. Conhecida como cina-cina, espinho de Jerusalém, acácia de aguijote, rosa da Turquia, e turco, é uma espécie representativa com valor econômico encontrada em mata ciliares da Caatinga.

O turco é utilizado na fabricação de papel, madeira (FOROUGHBAKHCH et al., 2005), na produção de energia (BERNARD, 2001) e gomas como galactomananas (GARROS-ROSA et al., 2006).

É largamente utilizado na medicina popular no combate à diabetes (ALMEIDA et al., 2005). De acordo com informações da comunidade local, a preparação do chá geralmente é elaborada a partir de uma infusão da parte aérea da planta e consumidos ao longo do dia para amenizar complicações relacionadas ao diabetes (LEITE et al., 2011).

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É usado também como agente antimalárico (CLARKSON et al., 2004), antimicrobiano (BHAKUNI ET AL., 1974), amebicida (KAMAL e MATHUR, 2007).

2.3. ATIVIDADE ANTIMICROBIANA

Denomina-se infecção hospitalar, em geral, qualquer processo infeccioso adquirido em ambiente hospitalar relacionado à assistência da saúde. É diagnosticado principalmente em pacientes durante sua internação (BRACHMAN, 1998) ou após a sua alta, desde que se relacione com o período de internamento (MIES, 2009).

As infecções hospitalares são reconhecidamente umas das principais causas de morbidade, mortalidade e aumento nos custos hospitalares, principalmente em países em desenvolvimento (PONCE DE LEON; PITTET, et al., 2008)

O progresso da tecnologia permitiu o aumento de procedimentos invasivos para a manutenção da vida e favoreceram o aparecimento de infecções hospitalares, já que muitos deles interferem e desestruturam a defesa orgânica (BATISTA et al., 2010). A multirresistência aos antibióticos por patógenos humanos e animais é um dos casos mais bem documentados de evolução biológica e um sério problema tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento. O consumo de mais de uma tonelada diária de antibióticos em alguns países da Europa tem resultado na resistência de populações bacterianas, causando assim um sério problema de saúde pública (DUARTE, 2006).

Os primeiros registros de estudos relacionados à atividade antimicrobiana tiveram início na década de 1940. Em 1943, OSBORN, pesquisando a atividade de 2.300 vegetais no combate a Staphylococcus aureus e Escherichia coli, observou que plantas pertencentes a 63 gêneros continham substâncias que inibiam o crescimento de um ou de ambos os microrganismos. No Brasil as pesquisas sobre substâncias

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antimicrobianas de origem vegetal tiveram início com CARDOSO e SANTOS (1948), que avaliaram as propriedades biológicas de extratos de aproximadamente 100 plantas que eram utilizadas na medicina popular como agente anti-inflamatórios ou cicatrizantes. Destas apenas cinco apresentaram atividade inibitória contra Staphylococcus aureus Escherichia coli e Proteus X-19.

As propriedades antimicrobianas de substâncias presentes em extratos e óleos essenciais produzidos pelas plantas, como uma conseqüência do metabolismo secundário, também são reconhecidas empiricamente há séculos e foram comprovadas cientificamente apenas recentemente (JANSEN, 1987). A partir de 1950 foram isolados os primeiros compostos de espécies vegetais: o diterpeno biflorinina e o triterpeno maitenina. Outros compostos flavonoides com propriedades antimicrobianas contra S. aureus que eram resistentes a meticilina (MRSA), foram isolados como a primina, a micomidina, lapachol, plumbagina xantoxilina, filantimina, luteolina, mirecetina (ZACCHINO et al., 2001).

Estudos sobre as atividades antimicrobianas de extratos e óleos essenciais de plantas nativas têm sido relatados em muitos países tais como Brasil, Cuba, Índia, México e Jordânia, que possuem uma flora diversificada e uma rica tradição na utilização de plantas medicinais para uso como antibacteriano ou antifúngico (AHMAD e BEG, 2001).

GUTKOSKI (1999) testou os extratos de Casearia sylvestris Swartz Flacourtiaceae (chá de bugre) frente a seis microrganismos de importância em saúde humana e animal, obtendo bacteriostasia para Salmonella Enteritidis e redução na contagem de unidades formadoras de colônias (u.f.c) de Escherichia coli, Bacillus subtilis e Pseudomonas aeruginosa, não apresentando atividade antibacteriana para Staphylococcus aureus e Streptococcus faecium.

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Os autores CELOTTO et al. (2003), estudaram a atividade antibacteriana de três espécies de Miconia (M. albicans, M. rubiginosa e M. steonostachya). Objetivando testar as propriedades das plantas na sua forma integral, foi elabora o extrato para análises biológicas e o perfil fitoquímico da planta e confrontando com algumas bactérias patogênicas como Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis, Salmonella enteritidis e Escherichia coli.

CARVALHO (2004) testou trinta e duas espécies diferentes de condimentos sobre quatro inóculos padronizados, dois Gram-positivos (Staphylococcus aureus e Enterococcus faecalis) e dois Gram-negativos (Salmonella enteritidis e Escherichia coli). Doze das plantas selecionadas apresentaram atividade antibacteriana.

ASOLINI et al. (2006) observaram inibição do crescimento de S. aureus pela camomila (Matracaria chamomilla), e OLIVEIRA et al. (2007) relataram que os extratos hidroalcóolicos de Vernonia polyanthes (assa peixe), apresentou significativa ação antimicobactérias, diminuindo a multiplicação bacilar.

OLIVEIRA et al. (2007) relatam que os extratos hidroalcoolicos de Vernonia polyanthes (Assa Peixe), Aristholochia triangularis (Cipo mil homem), Tabebuia ovellanedae (Ipê-roxo) e Stryphnodondron adstringens (Barbatimao) apresentaram significativa ação antimicobacterias.

BERTUCCI et al.(2009), em estudo in vitro sobre ação antimicrobiana para três espécies do gênero Eugenia relatam que houve efeito inibidor importante sobre linhagens de S. aureus, Mycobacterium, Candida e Aspergillus.

PONTE et al. (2010), relataram a eficácia do extrato hidralcoólico de Momordica charantia L. foi eficaz, inibindo as linhagens estudadas de S. aureus e epidermidis e Candida albicans e tropicalis, sugerindo a utilização dessa substância como meio alternativo de baixo custo no tratamento das afecções da boca.

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Tendo em vista que as plantas medicinais produzem uma variedade de substâncias com propriedades antimicrobianas, se fazem necessário maiores estudos que possam descobrir compostos candidatos para o desenvolvimento de novos antibióticos (AHMADI e BEG, 2001). Um amplo estudo pode ser mais efetivo se a investigação abranger o potencial farmacológico de várias espécies de um determinado gênero guiado pelo uso medicinal popular.

2.4 BACTÉRIAS

As infecções emergentes, oportunistas e hospitalares podem ser causadas principalmente por bactérias. Estes agentes de infecção podem habitar os mais diversos locais, inclusive o corpo humano, e quando há um desequilíbrio na imunidade eles proliferam causando diversas doenças.

Na figura 2 podemos observar as bactérias, são seres procariontes, unicelulares, com organização celular simples, podem viver isoladamente ou formando colônias de diversos formatos. A célula bacteriana apresenta os componentes fundamentais a qualquer célula: membrana plasmática, citoplasma, ribossomos e cromatina.

Apresentam também uma camada externa à membrana plasmática chmada de parede celular e podem ser consideradas Gram-positivas e Gram-negativas.

A parede celular das bactérias Gram-positiva são compostas de aproximadamente de 90% peptidoglicanos, enquanto que as Gram-negativas apresentam uma camada delgada de peptidoglicano e ainda uma camada mais externa, com a composição semelhante à membrana plasmática (TRABULSI et al., 1999) (figura 3).

Os agentes antimicrobianos podem ter seu mecanismo de ação sobre a parede celular e/ou membrana celular, sobre atividade enzimática ou estrutura do citoplasma, bloqueando a sínese protéica na célula bacteriana, o que pode levar |à morte do

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microrganismo (TRABULSI et a., 1999). Esses agentes se difundem com maior facilidade através da parede celular das bactérias Gram-positivas, o que não os impendem de atravessar os canais de porinas nas Gram-negativas (BARON e FINEGOLD, 1990)

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Figura 3. Parede celular de bactérias Gram-positivas e Gram-negativas.

2.5. ATIVIDADE ANTIOXIDANTE

Os efeitos dos radicais livres (RLs) sobre os sistemas biológicos tem sido alvo de vários estudos, especialmente em pesquisas sobre envelhecimento precose e sobre doenças relacionadas com o aumento destas espécies reativas no organismo entre as quais se encontram: arteriosclerose, cânceres, asma, artrite, doenças cardiovasculares, dermatites, catarata, danos na retina, hepatite, entre outras. O metabolismo basal das células aeróbicas produz continuamente RLs e espécies reativas de oxigênio (EROs) através da respiração e outras atividades metabólicas O oxigênio é um componente fundamental para os seres vivos, assim a geração de EROs é inevitável no metabolismo aeróbico do organismo.

Nas células, as EROs podem causar a oxidação de lipídios e proteínas, a quebra na fita de DNA e a modificação nas bases e na modulação da expressão gênica (LEE et al., 2004). O termo espécie reativa de oxigêno inclui radicais livres [radical hidroxila

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(OH•), radical óxido nítrico (NO•), radical superóxido (O•2), radical peroxila (ROO•) e radical alcoxila (RO•)] e os não radicais [peróxido de hidrogênio (H2O2), ácido hipocloroso (HOCl), oxigênio singlete (1O2) e ozônio (O3)].

Na tentativa de combater essas EROs o corpo produz substâncias antioxidantes, que segundo SIES e STAHL (1995), é “qualquer substancia que, presente em baixas concentrações quando comparada a do substrato oxidável, atrasa ou inibe a oxidação desse substrato de maneira eficaz”.

No que diz respeito à reatividade, o radical hidroxila é extremamente reativo, podendo atacar moléculas biológicas, iniciando a reação em cadeia, enquanto o superóxido e o peróxido de hidrogênio são menos reativos e os radicais peroxila e alcoxila possuem reatividade intermediária (MELO e GUERRA, 2002).

O mecanismo de auto-oxidação pode ocorrer nos tecidos animais e vegetais e em produtos obtidos dos mesmos como óleos e gorduras. Em sistemas biológicos, os ácidos graxos poli-insaturados das membranas são muito vulneráveis ao ataque de radicais livres, os quais desencadearão reações de oxidação nos ácidos graxos da membrana lipoprotéica, denominada peroxidação lipídica, que afetará a integridade estrutural e funcional da membrana celular, alterando sua fluidez e permeabilidade (HALLIWELL e ARUOMA, 1997).

As fontes exógenas geradoras de radicais livres incluem, tabaco, poluição do ar, solventes orgânicos, anestésicos, pesticidas e radiações (SOARES, 2002)

Embora seja um processo contínuo, o mecanismo de auto-oxidação dos lipídios pode ser dividido didaticamente em três etapas:

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1ª Etapa – Iniciação:

As EROs são formadas a partir da reação de moléculas de lipídios com o oxigênio (O2) na presença de algum agente catalisador, como a luz e o calor. Ao sofrer o ataque das EROs, a cadeia poliinsaturada perde um átomo de hidrogênio, formando assim um radical livre.

2 ª Etapa – Propagação:

Nesta etapa, os radicais livres reagem com o oxigênio para formar os radicais peroxila, os quais reagem posteriormente com moléculas de lipídios formando os hidroperóxidos, que, ao se decomporem formam novos radicais livres. Os hidroperóxidos são chamados de produtos de primeira oxidação e podem ser usados como indicadores da qualidade e estabilidade dos óleos. A velocidade da peroxidação lipídica é limitada pela etapa de propagação (SPITELLER e SPITELLER 1998).

3 ª Etapa –Terminação:

Nesta última etapa, ocorre a reação em cadeia entre os próprios radicais, originando produtos não radicais, como dímeros e polímeros. O processo de combinação de dois radicais requer baixa energia de ativação. Tal ocorrência é limitada pela concentração de radicais quando esses são requeridos para interagir num centro ativo específico das moléculas (WHEATLEY, 2000).

Os antioxidantes naturais podem ser vitamina C, tocoferóis, carotenoides e compostos fenólicos, quando estes últimos trabalham juntos representam uma das maiores defesas antioxidantes que agem por diversos mecanismos de maneira a conferir defesa contra o ataque de radicais livres (SHAHIDI, 1996).

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3. OBJETIVOS

3.1. Objetivo geral

Analisar as atividades antimicrobiana e antioxidante, bem como realizar o perfil fitoquímico de O. blanchtiana, S. obtusifolium, M. rufula, Myracrodruon urundeuva, Myroxylum peruiferum e Parkinsonia aculeata L.

3.2. Objetivos específicos

 Preparar extratos de diferentes polaridades (n-hexânico, acetato de etila, metanólico e aquoso) de materiais das respectivas plantas.

 Quantificar os compostos fenólicos totais nos extratos de M.urundeuva, M. peruiferum e P.aculeata L.

 Quantificar os flavonóides nos extratos de M.urundeuva, M. peruiferum e P.aculeata L

 Determinar a atividade antimicrobiana e antioxidante in vitro.  Realizar análise estatística dos resultados.

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