TO
305
FÁBIO
ROBERTO
RUIZ
DE
MORAES
COBERTURA DA VACINAÇÃO
ANTI-RUBÉOLA
No
PUERPÉRIO
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a conclusão do Curso de Graduação
em
Medicina.
FLORIANÓPOLIS
-
SANTA
CATARINA
~
FÁBIO
ROBERTO
RUIZ
DE
MORAES
COBERTURA
DA
VACINAÇÃO
ANTI-RUBÉOLA
NO
PUERPERIO
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a conclusão do Curso de Graduação
em
Medicina.Presidente do Colegiado: Prof. Dr.: Edson José Cardoso
Orientadora: Prof. Dra.: Lígia Antunes Caldeira de
Andrada
FLORIANÓPOLIS
_
SANTA
CATARINA
AGRADECIMENTOS
Em
primeiro lugar, àDEUS,
poissem
Elenada
seria possível.À
minha
orientadora eminha
amiga, a ProfessoraLÍGIA
ANTUNES
CALDEIRA
DE
ANDRADA,
aquem
devo
meus
sinceros agradecimentos, poisalém
deme
orientar, teve muita paciência e abdicou muitas vezes dos seusmomentos
de folga parame
ajudar.Ao
professorJORGE
ABI-SAAB NETO,
que
contribuiucom
seusconhecimentos e a sua opinião
no
trabalho.Ao
meu
pai,JOSÉ
ROBERTO
DE
MORAES,
e aminha
mãe,
MARIA
TEREZA
RUIZ
DE
MORAES,
pessoas quenunca deixaram
de acreditarno
meu
sonho, eagüentaram
tudo junto comigo.Ao
meu
grandeirmão
eamigo
WALTER
BRUNETTA
FILHO,
que além
desempre
me
apoiar nosmomentos
dificeis,também
me
ajudou nas revisões dostextos.
H
À
todos os colegas de cursoque
contribuíramna
coleta dedados
destetrabalho.
Ao
grandeamor
da
minha
vida,GIOVANA
LETÍCIA
SCHINDLER,
minha
melhor
amiga
e futuramãe
dosmeus
filhos.À
todos os fimcionáriosda
Matemidade
Carmela Dutra
eda
Matemidade
do
Hospital Universitário- UFSC,
locaisonde
fiz
amigos, e aprendimuito
sobre1.
1NTRODUÇÃO
... .. 2.OBJETIVOS
... ..ÍNDICE
. . . - ~ . › ~ - . . . .. 3.OASUÍSTIOA
E
MÉTODO
... .. 4.RESULTADOS
... ._ ~ 5.DISCUSSAO
... .. ó.CONCLUSÕES
... .. 7.REFERÊNCIAS
... ..NORMAS
ADOTADAS
... ..RESUMO
... ..`SUMMARY
... ..ANEXO
1 ... ..ANEXO
2
... .. . . . . .. . . . . . . . . . .- . . . . . ...__ 1.
INTRODUÇÃO
A
rubéola éum
exantema
febril(1,2), geralmente benigno(1,3),porém
quando
ocorre nas gestantes,pode
acarretar infecção crônica emalformações
fetais graves(l,3,4,5,6).
O
vírusda
rubéolapredomina
no
finaldo
invemo
e inícioda
primavera(7), eletem
60
a70
mn
de diâmetro(l), écomposto
deum
RNA
esférico,do
gênero Rubivims(6,7) e é classificadona
família dos Togavírus (l,3,6,7).A
infecção pela rubéola ocorre após quatorze a vinte eum
dias de exposiçãoa secreção respiratória(1,2,6,8,9), cervical, fezes e urina de indivíduos
infectados(2,7,9).
A
infecção pela via respiratória ocorre desde os sete dias anteriores até os cinco dias após o desaparecimentodo exantema
(que dura dois a quatro dias)(2,7).O
contingente de mulheresem
idade reprodutiva suscetíveisà infecção gira ao redor de
30
%(2,8).A
rubéola écomumente
confundidacom
outras doenças associadas aexantemas
máculo-papulares,como
amononucleose
infecciosa, erupçõesfarmacogênicas e escarlatina(l).
O
diagnóstico inequívoco da rubéolasomente pode
ser estabelecido pelo isolamento e pela identificaçãodo
vírus,ou
pelas alteraçõesnos
títulosdo
anticorpo específico.
Os
anticorpos para a rubéola são detectáveisem
tomo
do
segundo
dia deexantema
eaumentam
nospróximos
dez a vinte eum
dias(l).A
existência de anticorpos
IgM
específicos sugere infecção recente por rubéola( dentro
de
doismeses
); entretanto,tem
sidodemonstrado que
eles persistem2
ajudem
no
diagnóstico de rubéola,embora
comumente
haja linfocitosecom
linfócitos atípicos(l).O
diagnósticona
gestantepode
ser realizado através dos testes deHemaglutinação (HA),
ELIS_A_(2,3,6,7,8,9,lO,l l) eELFA(2).
HA
<
1:8=
Negativo
(suscetível)>
1:8=
Positivo (imune ou
infecçãoaguda
sehouver
um
amnento
na
titulação de 4 vezes
num
intervalo de 2 semanas)(2,7)ELISA:
IgM
(+)=
Infecçãoaguda
(positiva 7 dias após o iníciodo exantema
ou
3 a 4semanas
após a exposição epermanece
(+) por 1 a 2meses
)IgM
(-) /IgG
(+)=
Imune
IgM
(-) /IgG
(-)= Não
imune
(suscetível) (2)ELF
A:
IgM
(+) : InfecçãoAguda
IgG
:<
20 UI/ml
:Não
Reagente
20-30
UI/ml
: Fraco (+)>
30 UI/ml
: Reagente(2)Os
anticorpos específicoscomeçam
a surgir durante a fase exantemática. Primeiramente,aparecem
asIgM
e, logo a seguir, as IgG. Tanto aIgM
quanto aIgG
são tituláveisno
sanguedo
indivíduo cerca deum
a três dias apóso
finaldo
exantema.
Quando
se utiliza ométodo ELISA,
os anticorposIgM
desaparecem
três a sete dias depois
da
fase exantemática, enquanto osda
classeIgG
permanecem
estáveisindefinidamente
(2,6).O
diagnóstico fetalpode
ser realizado atravésdo
PCR
de biópsia de vilo corial (dez aonze semanas
de gestação)ou do
líquido amniótico através daamniocentese (dezesseis a dezoito
semanas
de gestação)(2,7,8,12). Pode-serealizar ainda a cordocentese
com
pesquisa deIgM
(total e específica),hemograma
e função hepática (dezoito a vintesemanas
de gestação).O
3
a presença
do
vírusna
placenta,mas
não
provaque o
feto estejacontaminado(2).
O
diagnósticodo recém
nascidopode
ser realizado peladosagem
deIgM,
que permanece
positiva por seismeses ou da
IgG
após os seismeses
(antespode
ser materno)(2,6).Os
sintomasda
rubéola consistemem
mal-estar, astenia, artralgia, cefaléia,febre conjuntivite suave e linfadenopatia retroauricular(l,2,3,5,7,8,13).
Nas
crianças,o
exantema
crânio-podálicopode
ser a primeira manifestaçãoda
doença(l,5).A
partir de estudos sorológicos,fica
evidenteque 25
a50%
das infecções são subclínicas(l,3,5,7,8),ou
acarretam apenas hipertrofia dos gânglios linfáticossem
lesões cutâneas; contudo,exantema
sem
linfadenopatia éincomum.
Os
sintomas respiratórios são brandosou
não
ocorrem.Ocasionalmente
aparecem pequenas
manchas
vermelhas (manchas
deForschheimer
)no
pálato mole,porém
não
sãopatognomônicas da
rubéola(l,7).O
exantema
começa
na
fronte e estende-se para o tronco e extremidades.As
lesões maculopapulares pequenas, de coloraçãomais
clarado que
asdo
sarampo, geralmente são
bem
definidas,porém
podem
coalescer e formarum
eritema difuso sugestivo de escarlatina.
Os
gânglios linfáticos hipertrofiados e dolorososaparecem
até 7 dias antesdo
exantema(l,2), sãomais
notáveis duranteo
inícioda
fase eruptiva, muitas vezes persistem por vários dias depoisdo
exantema
ter desaparecido. Esplenomegaliaou
linfadenopatia generalizadapode
ocorrer,
porém
os gânglios retroauriculares e suboccipitais são envolvidos deuma
forma mais
acentuada(l,2).Dor
testicular e aitralgiatambém
são relatadosocasionalmente pelos adultos'jovens(l).
Em
relação a profilaxiada
rubéola, utiliza-se a vacina Tríplice Viral nas criançasmenores
de 12 anos(7,l4),podendo
a la dose serdada
aos 15meses
deidade(3,7,l3); e a Lei Estadual n° 10.196
de 24
de julhode
l996
toma
obrigatória a aplicaçãoda
vacina contra a rubéolaem:
mulheresno
4
puerpério(l3,l4); professoras, médicas, enfermeiras, técnicas, auxiliares;
assistentes
ou
atendentes de creche; zeladoras, faxineiras, agentesde
saúdede
postos de saúde, escolas, hospitais, maternidades e atividades afins; estudantesno
atoda
matrícula para primeiro,segundo
e terceiro graus(l4).Qualquer
mulher no
menacme
pode
ser vacinada(3),mas
deve evitar engravidar por 3meses
ou
fazer usoda
vacina enquanto grávida, poiso
risco teórico dedano
fetalé dz 2,5%(2,3,ó,s,9,12,14).
C
A
idéia para o desenvolvimento deste trabalho nasceubaseado no
oficiogerim n°
061/2000 do
dia28
de fevereiro de2000(ANEXO
2),que
foi enviadopara vários departamentos de saúde, para vários
médicos
em
clínicasparticulares e
também
para oDepartamento
de Tocoginecologiada
Universidade Federal de Santa Catarina. Neste
oficio
comenta-se a respeitoda
importância
da
rubéola eda
sírrdromeda
rubéola congênita, e lista-se as pessoas que são obrigadas por lei a receber a vacinação contra a rubéola, eo
primeiroitem
da
lista são as mulheresno
puerpério.Devido
a grande importânciada
rubéola eda
síndromeda
rubéola congênitaem
1998,o
Caribe estabeleceuo
objetivo de eliminar Wa rubéola atéo
ano de2000,
tomado
obrigatória a vacinação( 13).A
vacinação reduziu a incidênciada síndrome da
rubéola congênita nosEstados Unidos.
Nos
últimos anos,no
entanto,tem
havidoum
discretoaumento
da
prevalência anualda
doença, devido às deficiênciasda
vacinação, nas famílias americanas de hoje.Os
Centers for Disease Controlrecomendam
que
seja feita a vacinação
em
consultas anteriores à concepção(3).A
imunização
ativacom
vacinas vivas atenuadas contra rubéolatem
sido realizada nos EstadosUnidos
desde l969(l,9,15), especialmente entre mulheres jovens.O
objetivo é reduzir a freqüênciada
infecçãona
população e diminuir achance de exposição das gestantes suscetíveis(l).
A
vacinação éextremamente
5
menos
que
hajauma
prova
documentada
de imunidade.As
únicas exceções sãopessoas nas quais a vacinação está especificamente contra-indicada.
Nos
EstadosUnidos
os indivíduosque
trabalham nos hospitaisou
clínicas, quepoderiam
contrair rubéola dos pacientes infectados
ou
que, se estiverem infectados,poderiam
transmitir a infecção para gestantes,devem
apresentarum
comprovante que
assegure seu estado de imunização( 1).O
vírus atenuadopode
ser detectado nas secreções respiratórias das pessoasvacinadas por
um
período de quatrosemanas
depoisda
imunização,porém
atransmissão a outras pessoas suscetíveis jamais foi
documentada
durantemais
devinte anos de experiência.
A
vacina induz anticorpos detectáveis,que
persistem por pelomenos
16 anos e, provavelmente, pela vida todaem
cerca de`95%
dosvacinados(l,7).
Depois da
exposiçãomaciça
em
populações fechadas os indivíduos vacinadosalgumas
vezesdesenvolvem
infecções subclínicas(diagnosticadas pelas elevações
dos
anticorpos e pelo isolamentodo
vírus ).Entretanto, a impossibilidade de demonstrar a viremia nas pessoas imunizadas sugere
que
as gestantes previamente imunizadas não infectam seus fetos,mesmo
se adquirirem a rubéola subclínica(l).
Efeitos colaterais tais
como
febre, exantema, linfadenopatia, polineuropatiaou
artralgiasocorrem
raramente nas crianças vacinadas; dor einflamação
ou
parestesias articulares são detectadas
em
menos
de2%
com
as vacinaspreparadas
em
culturasde
fibroblastos embrionárioshumanos
(RA
27/3 )usadas nas mulheres.
Em
geral, os sintomas articularescomeçam
deuma
a trêssemanas
depoisda
vacinação epodem
ser confundidoscom
outros tipos deartrite.
Embora
não
existam
relatosde
lactentescom
rubéola congênita nascidosde mulheres
que foram
vacinadas acidentahnente durante a gestação, o riscoteórico de lesão fetal induzida pelo vírus vacinal é rea1( 1,2).
A
vacina estácontra-indicada
nos
pacientescom
doençasque
produzem
imunodeficiência,ou
ó
infecção pelo
HIV.
A
vacinação contra a rubéola deve ser aplicada a crianças e adultos portadores assintomáticosdo
vírusHIV.
Além
disso, a existência de sintomas relacionadoscom
oHIV
não
éuma
contra-indicação para a vacinação contra rubéola ( ou,mais
comumente,
para a vacinação contra caxumba-rubéola-sarampo
) nas crianças; a vacinaçãotambém
deve
ser analisadacom
cautela paraos adultos
com
sintomas.Se
a imunoglobulina for usada, a vacina deve seradministrada pelo
menos
14 dias antesda
administraçãoda
Ig,ou
adiada porum
períodomínimo
de seissemanas
( de preferência, por trêsmeses
).A
imunização
contra rubéola depoisdo
partonão
está contra-indicada,quando
a paciente tiverusado
recentemente sangue totalou
Ig anti-Rho (D
)humana,
porem
um
novo
exame
deacompanhamento
é aconselhável seis a oitosemanas
depois, a
fim
de assegurarque
houve
conversão sorológica(1).Dá-se
grande importância àimunização
poiso
problema
magno
da
rubéola é sua capacidade de produzir infecção crônicano
concepto, induzindo a gravesanomalias congênitas.
O
riscode dano
fetal está inversamente relacionado àidade gestacional(1,2).
No
primeiro trimestre a incidência dedano
fetal é de50%
no
primeiromês
ede
22%
no
segundo
mês(2,3,7,8,9,1l,15). Dentre asanomalias congênitas principais estão: defeitos oculares,
como
a catarata, acoriorretinite e a microftahnia; defeitos cardíacos,
como
a persistênciado
canalarterial, a
comunicação
interventricular, e a tetralogia de Fallot; defeitosneurológicos
como
a microcefalia ( retardamento mental ),que
éo
maiscomum(2,3,6,7,8,l0).
Porém
os recém-nascidos aindapodem
ter aSíndrome
Rubeólica
Aumentada
(ou
Síndrome
daRubéola Expandida
), apresentando:baixo
peso
( Retardodo
Crescimento Intra-Útero ), púrpura trombocitopênica,anemia, hepato-esplenomegalia,
pneumonia,
alterações nos ossos longos,erupção cutânea, hepatite, miocardite e encefalite(l,7,8,9,l1).
No
segtmdo
trimestre as anomalias estão principalmente relacionadas ao retardamento
7
cardíacas(1,2,7,8,10,l5).
A
incidênciade dano
fetal éde
7%(8).No
terceiro trimestrenão foram
observadas alteraçõesno
concepto(2,8).A
complicaçãomais
tardia éum
risco aparentementemais
alto de desenvolver diabetesmellitus(1,2,3).
Existem
relatos de pacientescom
rubéola congênitaque
desenvolveram
uma
panencefalitesubaguda
progressiva(1,3,7). Ela écaracterizada por deterioração intelectual, ataxia, convulsões e espasticidades.
Em
alguns casos , as anormalidades dos linfócitos T, incluindo-se relaçõesligeiramente reduzidas entre
T4/T8
e outras anomalias secundárias nas subpopulações de células T, persistem até a vida adulta(l).Os
pacientescom
asíndrome da
rubéola congênitapodem
perder os anticorposna
idade de trêsou
quatro anos. Portantoum
teste sorológiconegativo
numa
criançacom
mais
de três anosnão
exclui a possibilidade derubéola congênita(1). Habitualmente, os anticorpos
IgM
específicos sãoencontrados
no
primeiroano
de vida dos lactentescom
rubéola congênita,porém
o
isolamentodo
vírus é omeio
mais
confiável paraconfirmar
o
2.
OBJETIVOS
2.1
GERAL
Investigar a cobertura vacinal contra a rubéola realizada
no
, .
puerpeno.
2.2
ESPECÍFICOS
Identificar
em
qual níveldo
atendimento está ocorrendo a falhana
' ~
vacmaçao.
3.
cAsUÍsT1cA
E
MÉToDo
A
presente pesquisa é de caráter prospectivo, de delineamentotransversal,
não
interventora.3.1 Casuística:
322
pacientesem
trabalho de parto, intemadasno
período de 01/06/2000 a 15/12/2000.
3.2
Ambiente:
Matemidade
Cannela
Dutra,na
cidade deFlorianópolis
-
SC
eMatemidade
do
Hospital Universitário-
Universidade Federal de Santa Catarina,
na
cidade de Florianópolis-
SC.
3.3 Procedimentos:
O
estudo baseou-se nosdados
coletados durante aintemação
das pacientes e reavaliados após60
dias.Durante a coleta de
dados
questionou-se deforma
sucinta se apaciente havia recebido
alguma
orientação pré-natal (aomenos
uma
consulta pré-natal); se havia registros
com
o resultadoda
sorologia (IgG) para a rubéola (não se questionou a respeitodo
IgM,
por serum
exame
mais
oneroso etambém
não
é solicitado de rotina pela maioria dos médicos); se a paciente já havia sido vacinada previamente contra a rubéola; e se a paciente recordava-se a respeito de desenvolvimento prévioda
rubéola.Os
dadosforam
coletados a partirdo
iníciodo
processo deinternação.
O
questionário(ANEXO
1),que
foi realizado, já seencontrava
anexo
ao “kit” de intemaçao dasmatemidades,
e seusmedicina
da
Universidade Federal de Santa Catarina,que
estavana
admissão
da
matemidade
no
momento
da
internação.Os
acadêmicos
envolvidosna
coleta dosdados
foram
previamente orientados quanto aopreenchimento do
questionário.Na
MaternidadeCarmela
Dutra, os dadosforam
coletados pelosgraduandos
em
Medicina da
10a fasedo
2° semestredo ano 2000
epelos
acadêmicos
demedicina
que participavamdo
Estágio Voluntárioem
Ginecologia e Obstetríciada
matemidade
em
questão.Na
Matemidade
do
Hospital Universitárioda
Universidade Federalde Santa Catarina, os
dados foram
coletados pelos graduandosem
medicina
da
11” e 128 fasedo
2°do
semestre de 2000. \Em
situações nas quais as pacientes apresentaram sorologia (IgG)não
reagente para a rubéolaou
que
tal informaçãonão
constavana
documentação
por elas apresentadano
atoda
intemação, após sessentadias
da
primeira etapado
trabalho, realizou-senova
entrevista,pessoalmente
ou
através de contato telefônico, questionando-se sobrea realização
ou
não da
vacinação contra a referida doença.Em
setratando de resposta negativa, solicitou-se a explanação de motivos.
Importante ressaltar,
que
nenhum
médico
recebeu orientação paraestimular a vacina
no
momento
da
alta hospitalar, pois destaforma
não
se obteriaum
resultadofidedigno na
pesquisa.Na
verdade,naquele
momento,
osmédicos seguiam
as rotinas básicasda
matemidade
na
qual estavam, epassavam
para as pacientes asinformações
que julgavam
necessárias.Também
é importanteinformar
que
após o início deste trabalho,o
Hospital Universitário-
UFSC,
iniciou a vacinação das puérperas dentroda
própria instituição,Dentre os motivos para justificar a
não
realização da vacina, ofereceu-se à paciente quatro opções, quais sejam:não
recebeu orientaçãomédica
para tal;não
havia a vacina disponívelno
sistemapúblico de saúde;
por motivos
pessoaisou
esquecimento;ou
outros motivosque não
estes.Ao
finalda
data preestabelecida (15/12/2000), foi elaboradoum
banco
de dados para efetivação deuma
análise comparativa, permitindo-se visualizar se a coberturada
vacinação puerperal contraa
rubéola foi realmente efetiva.Nos
casos de negativa, a análiseabordou o
níveldo
atendimentono
qual estava ocorrendo a falha e,num
ponto de vista pessoal, qual amelhor
conduta para ampliar acobertura vacinal contra a rubéola.
As
tabelasforam
confeccionadasno
programa
MicrosoftExcel®
versão 7.0(16).i
4.
RESULTADOS
A
população inicial foi de322
gestantes. Destas,75(22,3%) foram
entrevistadas
na Maternidade do
Hospital Universitário e250(77,6%)
foram
entrevistadasna Maternidade Carmela
Dutra,conforme
pode
ser observado
na
TABELA
1.TABELA
1Maternidade N° de Pacientes entrevistadas n
%
Matemidade do
HU
72 22,3MCD
250 77,6Total 322 100,0
Fonte: Pacientes entrevistadas no período de 01/06/2000 a 15/12/2000 internadas na admissão da Maternidade do Hospital Universitário - UFSC e Maternidade Carmela Dutra.
Das
pacientes entrevistadas3l5(97,8%)
realizaram pelomenos
uma
consulta de orientação pré-natal e 7(2,2%)não
realizaram,conforme pode
sermelhor
observadona
TABELA
2.TABELA
2Matemidade Pacientes que fizeram PN Pctes que não fizeram
PN
Totaln
%
N%
N%
HU
71 22 1 0,3 72 22,4MCD
244 75,8 1,9 250 77,6 Total 315 97,8 Nm .NN w to Nn-\c c› Fonte: Pacientes entrevistadas no periodo de 01/06/2000 a 15/12/2000 internadas na admissão da
13
Em
relação a sorologia para a rubéola (IgG), 143 (44,4%) pacienteseram IgG
(+), 88 (27,3%)eram
IgG
(-) e 91 (28,2%)não
sabiam
informarou não
constavana documentação
pré-natal,confonne pode
ser observadocomparativamente
na
TABELA
3.TABELA
3Maternidade |ge(+) n
%
|ge‹-) n%
Nãosaben
%
Town n%
HU
28 8,7 15 4,7 29 9 72 22,4MCD
115 35,7 73 22,7 62 19,2 250 77,6 Total 143 44,4 88 27,4 91 28,2 322 100Fonte: Pacientes entrevistadas no período de 01/06/2000 a 15/12/2000 internadas na admissão da Maternidade do Hospital Universitário - UFSC e Maternidade Carmela Dutra.
Quanto
ao fato de referir vacinação prévia contra a rubéola após amenarca,
46
pacientes (l4,2%) disseram já terem sido vacinadas, 186(57
,7%)
negaram
e90
(27,9%)não sabiam
informar se jáhaviam
sidoou não
vacinadas. Estes dadospodem
sermelhor
visualizadosna
TABELA
4.TABELA
4Maternidade Sim n
%
Não n%
NãoSaben
%
Total n%
HU
5 1,6 51 15,8 16 5 72 22,4MCD
41 12,7 135 41,9 74 23 250 77,6 Total 46 14,3 186 57,7 90 28 322 100Fonte: Pacientes entrevistadas no periodo de 01/06/2000 a 15/12/2000 internadas na admissão da Maternidade do Hospital Universitário - UFSC e Maternidade Carmela Dutra.
Quando
as pacientesforam
questionadas a respeitodo
desenvolvimento prévio da rubéola, 81 (25,1%) disseram já
terem
desenvolvido a doença, 175
(54,3%) negaram
e90
(27,9%)não
souberam
respondercom
precisão. Fatos estesque
podem
serTABELA
514
Matemidade Sim n
%
Não n%
NãoSaben
%
Total n%
HU
15 4,6 40 12,5 17 5,3 72MCD
66 20,5 135 41,9 49 15,2 250 Total 81 25,1 1 75 54,4 66 20,5 322 22,4 77,6 100Fonte: Pacientes entrevistadas no período de 01/06/2000 a 15/12/2000 intemadas na admissão da Maternidade do Hospital Universitário - UFSC e Maternidade Carmela Dutra.
Após
60
dias, as pacientesque
apresentaram sorologia IgG(-) pararubéola
ou não tinham
esta informaçãodocumentada, foram
novamente
entrevistadas.De
um
total de 179 pacientes,34 não foram
entrevistadas, pois oendereço e/ou telefone cedidos
na
la etapado
trabalhonão foram o
suficiente para a localização das
mesmas, foram
então contatadas as outras 145, e questionadas se realizaram a vacinação, e senão o
fizeram,
porque
motivo.Esta divisão das pacientes encontradas
ou
não,pode
ser observadona
TABELA
6-
A
.A
TABELA
6-
B
da
maiores informações sobre os resultados obtidosno que
tange a realizaçãoou não da
vacina.TABELA
6-
A
Maternidade Pacientes Pacientes não Total de
Encontradas n
%
Encontradas n%
Pacientes n%
HU
37 20,7 7 3,9 44 24,6MCD
108 60,3 27 15,1 135 75,4 Total 145 81 34 19 179 100 Fonte: Pacientes entrevistadas no período de 01/06/2000 a 15/12/2000 internadas na admissão da Maternidade do Hospital Universitário - UFSC e Maternidade Carmela Dutra.TABELA
6-
B
Maternidade Pacientes que Paciente que não Total
Realizaram n
%
Realizaram n%
n%
HU
34 23,4 3 2,1 37 25,5MCD
11 7,6 97 66,9 108 74,5 Total 45 31 1 00 69 1 45 100Fonte: Pacientes entrevistadas no período de 01/06/2000 a 15/ 12/2000 intemadas na admissão da
15
Quando
questionadas sobre por qualmotivo
a pacientenão
haviasido vacinada, lhe
foram
oferecidas4
opções de resposta: por falta de orientaçãomédica no
momento
da
alta; vacinanão
disponívelno
sistema público de saúde; motivos pessoais
ou
esquecimento; e outros.Estes
dados foram
contabilizados e didaticamente distribuidosna
TABELA
7,guardando
ainda a correlação de qual maternidadeocorreu o parto.
TABELA
7Maternidade
Motivos da não vacinação
HU
n$
MCD
n%
Total nNão recebeu orientação médica 0 83 83 83 83
Vacina não disponível no sistema público de saúde 4 4 4 4
Motivos pessoais ou esquecimento 10 10 13 13
Outros O 0 0 0
Total 3 3 97 97 100 100
OOOCJ OQOC)
Fonte: Pacientes entrevistadas no periodo de 01/06/2000 a 15/12/2000 intemadas na admissão da Maternidade do Hospital Universitário - UFSC e Maternidade Carmela Dutra.
5.
DISCUSSÃO
Quando
analisamos todas as entrevistas realizadas,chegamos
aonúmero
total de322
pacientes entrevistadas, queforam
subdividasem
vários grupos, de acordocom:
a maternidadeonde
ocorreu aentrevista, o fato
da
realizaçãoou não
de consulta pré-natal, a sorologia para a rubéola (IgG) decada
paciente, a vacinação prévia contra a rubéola e o desenvolvimento prévioda
doença.No
Brasil, de 1988 a 1990,em
cinco capitais brasileiras, foirealizado inquérito sorológico
em
mulheresna
faixa etária de 10 a 21anos. Encontrou-se,
em
5600
amostras coletadasuma
prevalência de anticorpos contra a rubéola de70,9%
(17,l8).Conforme
dados
da sociedade brasileira de pediatria, cerca de 70-80%
das mulheresem
idade fértil sãoimunes
à rubéola.Até o
finalda
década
de 80 era desconhecida a verdadeiramagnitude do problema
da
rubéolana
maior
parte dos paísesda
Arnérica Latina.No
Brasil, os resultados de estudos sobre a soroprevalência de anticorpos contra a rubéola, realizado nas décadas de 80 e90
em
alguns grupos populacionais,vêm
orientando a definição eimplementação
deestratégias de vacinação.
Em
um
desses estudos realizadosem
1989
nas cidades de Niterói, Recife, Goiânia, Porto Alegre eBelém, foram
examinadas 7537
amostras de soroda
população geral de mulheresentre 10 e 21 anos de idade.
O
resultado apontouuma
soroprevalência globalde 68,5%.
(19)Um
dos resultados obtidos porWestarb
no
seu trabalho sobre soroprevalência deimunidade
à rubéola entre gestantesque
realizarampré-natal,
no
Hospital Universitário -UFSC,
foique
dos257
casosanalisados,
216 (84%)
eram imunes
à rubéola,38
(14,8%)eram
suscetíveis e 3 (1,2%) apresentaram infecção
aguda
(4).No
presente trabalho a prevalência de pacientescom
sorologiapara rubéola (IgG) positiva foi de 143 (44,4%),
com
sorologianegativa
foram 88(27,4%)
e osnão
documentados
91 (28,2%).Alguns
paísesdo
continente americano já estãobem
avançadosem
relação ao controleda
rubéolacomo
é o caso dos Estados Unidos,Cuba
e Chile.Cuba
játem
uma
série de estratégias de vacinaçãocomplementares, vacinando mulheres até os
30
anos de idade paratentar alcançar
um
controleda
rubéolaem
mulheres
em
idade fértil e,desde 1989, só
foram
confinnados
dois casosde
rubéolano
país (17).O
estado deSão
Paulo introduziuo
Plano de Controleda
Rubéola
e
da Síndrome da Rubéola Congênita
no
mesmo
períododa
implantação
do
Plano Nacional de Eliminaçãodo Sarampo,
em
maio
de
1992, realizandouma
campanha
de vacinação defonna
indiscriminada para faixa etária de 12
meses a
10 anos de idade (17).Em
1995, foi implantada a vigilância das doenças exantemáticas -Sarampo/Rubéola
eSíndrome da Rubéola
Congênita.Nesse
ano, foiimplantado o Plano de Controle
da
Rubéola,com
a introduçãoda
vacina tríplice viral
no
mês
de agosto, através decampanha
devacinação
com
duração deum
mês, para faixa etária de 1 a 12 anos deidade, atingindo cobertura vacinal de 94, 8%.(17).
No
presente trabalho, das pacientesque foram
novamente
entrevistadas
45
(31%)
realizaram a vacinaçãonum
prazo de até60
dias após a internação, e 100(69%)
não
realizaram.Fragmentando-se
a população total estudada, a cobertura vacinal das pacientes
que
realizaramo
partona
matemidade
do
Hospital Universitário-
UFSC
foi de
92%,
e das pacientesque
realizaram o partona
MaternidadeCarmela Dutra
foi de10%.
Ressaltando-se que, o provávelmotivo
deuma
cobertura vacinalmais
eficientena Maternidade do
Hospital Universitário- UFSC,
é o fato deste hospital possuirum
ambulatóriointra-hospitalar de imunizações.
Um
dos objetivosdo
Plano de Controleda Rubéola
é ampliar a cobertura vacinal contra a rubéola,aumentar
aimunidade do
grupo eevitar
que
adoença
ocona
em
mulheresem
idade fértil e sobretudonas gestantes(17).
Assim
como,
um
dos objetivos deste trabalho,também
foi investigar a cobertura vacinal contra a rubéola.Uma
dasmetas
do
Planode
Controleda
Rubéola
e daSíndrome da
Rubéola Congênita
é vacinar100%
da
populaçãonão
vacinada, seletivamente, paracomplemento
da
vacina de rotina(l 7).Um
dos grandesproblemas
listadosno
Relatóriodo
1° SeminárioNacional Sobre
Doenças
Exantemáticas Febris-
Sarampo/Rubéola,foram
exatamente as baixas coberturas vacinais e a heterogeneidade nas coberturas de rotinana
população alvo(20).No
Brasil, atualmente, a vacina contra a rubéola faz partedo
calendário oficial e é oferecida gratuitamente à população, de acordocom
o
esquema
preconizado pelo Ministérioda Saúde
(Portaria de1999).
Com
base nessa orientação, a vacina anti-rubéola é indicada nos seguintes casos:a)
Uma
primeira dose por volta dos 15meses
( tríplice viral,incluindo
também
as vacinas anti-sarampo e anti-caxumba) eaplicá-la de 12 a
49
anos),quando
entãopodem
ser utilizadas as vacinasmonovalente
ou
dupla, associadas à anti-sarampo; b)Mulheres
grávidas susceptíveisdevem
receber a vacinasomente
nos primeiros diasdo
puerpério (19).A
estratégia de vacinação ressalta a importância e a garantia de cobertura vacinal adequada, visando a redução significativada
doença.
Embasado
em
resultados de estudos imunológicos eestratégias de controle de vários países e
no
Brasil,em
São
Paulo eDistrito Federal, o estado
do
Paranádefine
e inicia a vigilânciada
rubéola e rubéola congênita, respeitando osinúmeros
aspectos queenvolvem
o seu controle. Tal implantação passa a ser efetivadasimultaneamente
em
todas as Regionais de Saúde, associado adisponibilidade
da
vacina e viabilidade deum
sistema de informação eavaliação,
num
processo dinâmico, consideram-se o apoio e integração dos diferentes serviços envolvidos(l8).Neste trabalho
também
se sugere ampliar a cobertura vacinal,como
medida
base para a erradicaçãoda
rubéola eda
síndromeda
rubéola congênita.6.
CONCLUSÕES
A
cobertura vacinal prévia contra a rubéola, referidana
la etapada
pesquisa foi de 14,3%. _
_
Após
60
diasda
internação a cobertura vacinal das pacientes quedeveriam
efetuar a vacinação (pacientescom
sorologia pararubéola(IgG) negativo
ou não documentado)
foi de31%,
demonstrando
uma
baixa cobertura vacinal.O
nível de atendimentoonde mais
ocorreram falhas referentes à cobertura vacinal, foi o aconselhamentomédico
inadequado, sejadurante a orientação pré-natal
ou no
momento
da
alta hospitalar,representando
83%
das pacientes quenão foram
vacinadas.A
cobertura vacinal realizadano
puerpério das pacientesdo
Hospital Universitário~ UFSC,
foi mais efetiva, provavelmente,devido ao fato
do
ambulatóriode
imunizações deste hospital realizara vacinação das puérperas
no
momento
da
alta de segundas a sextas-feiras. r
“
As
sugestões para ajudarna
resoluçãodo problema
são:a. Solicitar a sorologia(IgG)
da
rubéola para todas as gestantesL
durante as consultas
do
pré-natal, independentemente da idadegestacional, registrar este
dado no
prontuário eno
cartão pré-natalda
paciente, orientá-la sobre a vacinação após a gestação caso ob.
Nos
hospitais ematemidades onde
já existeou
pode-se viabilizarum
ambulatório de imunização, a paciente receberá altahospitalar após a vacinação.
c.
Nos
locaisonde
for inviável a vacinaçãona
alta, as pacientesserão orientadas à realização
da
mesma,
durante a execuçãodo
“teste
do
pezinho”do
recém-nascido.d. Conscientizar a classe médica, os serviços de saúde e
matemidades
da Lei n° 10.196 de24
de julhode
1996, através dosmeios
decomunicação
disponíveis.7.
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à rubéola entre gestantesque
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Volume
174-
Number
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February 1996.13. Infectious disease clinics of north america
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Volume
14-
Nurnber
1-
March
2000.14.oficio gerim n°
061/2000
Estado de Santa Catarina/ Secretaria de Estado de Saúde, Florianópolis-
SC
28
de fevereiro de 2000.15. J
omal
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Síndrome da
rubéola congênita e a ocorrênciade
cardiopatias congênitas, Ribeirão Preto
-
SP, 1996.16.
EXCEL
Versão 97.17. Plano de Controle
da
Rubéola
eda
Síndrome da Rubéola
Congênita-
Ministério
da Saúde
-
Fundação
Nacional de Saúde, Brasília,Março
'de 1998.
18.
Manual
de Vigilância Epidemiológicada
Rubéola
eda
Síndrome da
Rubéola
Congênita-
Paraná
1995.19.
Programa
Nacional deEducação Continuada
em
Pediatria-
PRONAP
,Número
Extra-
Doenças
Exantemáticas,Rio
de Janeiro-
RJ.20. Relatório
Do
1° Seminário Nacional SobreDoenças
ExantemáticasFebris
-
Sarampo/Rubéola,
Ministério daSaúde
-
Fundação
Nacional de Saúde, Brasília, outubrode
1998.NORMAS
ADOTADAS
~
Resoluçao
n° 001/99do
colegiadodo
curso de graduaçãoem
medicina da
Universidade Federal de Santa Catarina.RESUMO
A
nrbéola éum
exantema
febril, geralmente benigno,porém pode
acarretar infecção crônica e
malformações
fetais gravesquando
acomete
gestantes.Os
sintomasda
rubéola consistemem
mal-estar, astenia, artralgia, cefaléia, febre, e linfadenopatia retroauricular.-
Em
relação à profilaxia da rubéola, a Lei Estadual n° 10.196 de24
de julhode
1996
toma
obrigatória a aplicaçãoda
vacina contra a rubéolaem
váriascategorias pessoais
ou
profissionais, ressaltandoque
o primeiro itemna
lista sãoas mulheres
no
puerpério.O
presente trabalho trata de investigar a cobertura vacinal contra a rubéolano
puerpério.A
pesquisa foi de caráter prospectivo, de delineamento transversal, nãointerventora, realizada
com
322
pacientesem
trabalho de parto, intemadasno
período de 01/06/2000 a 15/12/2000,
na
Matemidade
do
Hospital Universitário-
UFSC
ena
Matemidade
Cannela
Dutra.No
momento
da
internaçãoquestionou-se a sorologia para rubéola (IgG), se negativa
ou não documentada,
entrevistou-se
novamente
estas pacientes, perguntando se elas realizaram a vacinação, e casonão
otenham
feito qual foi o motivo.Na
primeira etapado
trabalho, a soroprevalência das pacientes entrevistadasfoi
de
44,4%
e14%
referiram vacinação prévia para a rubéola após a menarca.Os
resultados encontradosforam
que, após60
diasda
intemação, a cobertura vacinal total foi de31%,
e omotivo
'principalda
não
vacinação,respondendo
por
83%
dos casos, foi o fato de as pacientesnão
terem recebido orientaçãomédica
para tal.26
Concluiu-se
que
a cobeitura vacinal total foi deficiente, eo
nível deSUMMARY
Rubella is a febril exantema, generally benign,
however
it can cause chronicinfection
and
serious fetal malformationsWhen
occurs inWoman
pregnant.The
symptoms
of rubella consist of malaise, asthenia, arthralgia,headache,
fever,and lynphoadenopathy
behind the ear.In relation to the prophylaxis
of
rubella, the StateLaw
n° 10.196of 24 of
Julyof
1996becomes
obligator the applicationof
the vaccine against rubella insome
personal or professional categories, pointing out that the first item in the stack is
the
women
in the puerperium.The
presentwork
treats to investigate the vaccine covering against rubella in the puerperium.The
researchwas
of
prospective character, transversal delineation, notinterventor, cairied through with
322
patients in childbirth work,intemed
in the periodof
O1/06/200.0 the 15/12/2000, in the Maternidadedo
HospitalUniversitáno -
UFSC
and
in the MaternidadeCannela
Dutra.At
themoment
of
the internment it
was
questioned the sorology for rubella (IgG), if negative or not registered, it interviewed these patients again, asking if theyhad
carriedthrough the vaccination,
and
in case that theyhave
notmade
itwhich
were
thereason.
In the first stage
of
the work, the seroprevalenceof
the interviewed patientswas
of44.4%
and
14%
had
related to previous vaccination for rubella after firstmenstruation period.
The
joined resultshad
been
that, after60
daysof
the intemment, the total28
answering for
83%
of the cases,was
the fact of the patients not tohave
received medicalprompt
for such.Concluded
that the total vaccine coveringwas
deficient,and
the attendanceANEXO
1CONTROLE DE
PESQUISA
DATA:
... ../ ... ../2000 laETAPA
1.Nome:
... .. 2. Endereço: ... ..3. Telefone: ... ..ou para recados: ... _.
4.
Fez
pelomenos
l consulta pré-natal ?: ... ..5. Sorologia para rubéola:
IgG
+
( )IgG
-(
)não
sabe ( )6. Já fez vacinação contra a rubéola após a
menarca
?:sim
( )não
( )não
sabe ( ).-i
7. Já teve rubéola ?: sim ( )
não
( )não
sabe ( )23
ETAPA
DATA:
... ../ ... ../20001.
A
paciente foi vacinada contra a rubéolanum
prazo de60
dias ?:Sim
( )Não
( )2.
Se não
foi, por quê? '( )
Não
recebeu orientaçãomédica
para tal ( durante as consultas pré-natal e/ou
na
alta hospitalar. .( )
A
vacinanão
'estava disponívelno
serviço público de saúde. ( )Por
motivos pessoaisou
esquecimentoANEXO
2
EsTADo
DE
SANTA CATARINA
sEcRETAR1A
DE EsTAoo DA
.SAÚDE “"'*'-\›`z‹ upf*Ofício
Gerim
n°061/2000
Florianópolis,28
de fevereiro de2000.
Prezado(a) Senhor(a),
Como
édo
seuconhecimento
aRubéola
e aSíndrome
daRubéola
Congênita
sãodoenças
ainda presentesem
nosso
meio,representando
um
desafio o
seu controle e eliminação.O
Estado de Santa Catarinavem
desde1996,
implementando
açõescom
a finalidade de notificar, investigar econtrolar os casos de
Rubéola
eSíndrome
daRubéola
Congênita.Lembramos
ainda,que dispomos
da Lei n° 10.196, de24
de julho de1996, que
torna obrigatória a aplicação da vacina contraRubéola em:
-
Mulheres
no
puerpério;- Professoras, médicas, enfermeiras, técnicas, auxiliares;
- Assistentes
ou
atendentes
de
creche;- Ze/adoras, faxineiras, agentes
de
saúde de postos de
saúde, escolas, hospitais,maternidades
e atividades afins;-
Estudantes
no
atoda
matrículapara
primeiro,segundo
e terceiro grau.Informamos
que
utilizamos a vacina Tríplice Viral ( contrasarampo,
caxumba, rubéola)
nas criançasmenores
de12
anos e a vacina contra rubéolapara os
grupos
descritos acima. .Solicitamos sua valorosa parceria para
sempre
que houver
oportunidade,encaminhar
essas pessoas para receber a vacina, poisquanto
maior
for acobertura vacinal,
menores
serão aschances
determos
circulação viral econsequentemente,
aSíndrome
daRubéola
Congênita.A
mulher não
pode
estargrávida
no
momento
da vacinaçãonem
engravidar nospróximos
30
diasapós
orecebimento
da vacina Tríplice Viralou
contra Rubéola.Ressaltamos
que
todas as Secretarias Municipais deSaúde
mantém
pessoas responsáveis pela investigação dos casos de
doença
exantemática(rubéola,
sarampo)
estando
a seu dispor para esclareciments.Atenciosamente, `
'\
,
' '
ILSE
LISIANE
VIERTEL
_V'
USO
IAZ
^Cobertura
Da
Vacinação Anti-Rubéola no Puerpério
Autor: FábioRoberto Ruiz
deMoraes
Universidade Federal de Santa Catarina
Introdução
A
rubéola éum
exantema
febril, geralmente benigno,porém
pode
acarretar infecção crônica emalformações
fetais gravesquando acomete
gestantes.A
Lei Estadual n° 10.196 de24
de julho de1996
toma
obrigatória aaplicação
da
vacina contra a rubéolaem
várias categorias pessoaisou
profissionais, ressaltando
que
o primeiro itemna
lista são as mulheresƒlno, .
puerperio. _ _
Objetivos
Investigar a cobertura vacinal contra a rubéola
no
puerpério, identificarem
qual níveldo
atendimento está ocorrendo a falhana
vacinação e sugerir quais asmelhores
condutas para a resoluçãodo
problema.Casuística
eiMétodos
A
pesquisa foide
caráter prospectivo, de delineamento transversal,não
interventora, realizada
com
322
pacientesem
trabalho de parto, intemadasno
período
de
01/06/2000 a 15/12/2000,na
Matemidade
do
HospitalUniversitário
-
UFSC
ena
Matemidade
Carmela
Dutra.No
momento
daintemação
questionou-se a sorologia para rubéola (IgG), se negativaou não
\
documentada,
entrevistou-senovamente
estas pacientes, perguntando se elasrealizaram a vacinação, e caso
não
otenham
feito qual foio
motivo.Resultados
Na
primeira etapado
trabalho, a soroprevalência das pacientes entrevistadas foi de44,4%
e14%
referiram vacinação prévia para a rubéola após a menarca.Os
resultados encontradosforam
que, após60
diasda
internação, a cobertura vacinal total foi de31%,
eo motivo
principalda não
vacinação,respondendo
por83%
dos casos, foio
fato de as pacientesnão
terem recebidoorientação
médica
para tal. ›,Conclusões
. ~'/
Concluiu-se
que
a cobertura vacinal total foi deficiente, e o nívelde
/
'. '_
atendimento
que mais
apresentou falhas foio
aconselhamento médico.I _
^
_» -
Autor: Fábio Roberto
Ruiz
de Moraes.End.: R.
Antônio
Franciscoda
Silveira335
-
Pantanal-
Florianópolis.Telefones : (
48
)234-3780/
9963-2501.TCC
UFSC
TO
0305 Ex.l C N~Chflm- TCC UFSCTO
0305 Autor: Moraes, Fábio Robe972814 31
Ex.l UFSC BSCCSM
Título: Cobertura da vacinação antx-rube