,
.N9 177
U'ARREIRAS
Ã
ENTRADA NAS INDÚSTRIAS:o
PAPEL DA FIRMA PIONEIRA j,Luiz Guilherme Schymura de Oliveira
~----...-.
-1-'-"
,
BARREIRAS
À
ENTRADA NAS INDÚSTRIAS: O PAPEL DA FIRMA PIONEIRALIJ i Z GIJ i lherme Sch~mlJra de 01 i ve i 1"'41*
1. INTRODUÇÃO
Durante a~ 4ltima~ d'cada~. muito tem-~e di~cutido ~obre
~ • barreira~ ~ entrada na~ ind4~t~ia~. a começar por ~ua pr6pria definiçio.
I
firma,no longo-prazo.cotar o preço do bem final acima de ~e~ cu~to m4dio,
I
Bain (1956) define barreira ~ entrada como ~endo a po~~ibilidade de uma
de produçio ~em induzir a entrada de novas empre~as no mercado, ou ~eJa, t
a referida firma' capaz de obter lucro~ ~em ~er mole~tada. De acordo com Stigler (1968), barreira~ ~ entrada em uma determinada ind4~tria
e-r
xistem quando h' vantagem de cu~to~ relativo~ da empre~a J ' e~tabelecida I
f
r:
I
;
vi5-~-vis a~ candidatas a ingre~~ar no ~etor. No modo de entender de Baumol, Panzar e Willig (1982) barreira~ ~ entrada ~urgem quando a~
fir-mas proponente~ a entrar em um determinado mercado ~io obrigadas a arcar
com certo~ tipo~ de ga~to~ que nio ~io requerido~ ~~ empre~a~ J ' e~tabe-lecidas.
,
As definiç5e~ dada~ por Stigler e Baumol. Panzar e Willigdeixam claro que entrada~ podem ~er exclu(das em alguma~ ind4~tria~J mas se torna dif(cil entender o ~orqu~ da firma monopolista pos~uir vanti- ~
:~
*)Profe~sor da Escola de Pos-Graduaçio em Economia da
Vargas
1
•
..
gens nos custos de produção sobre as restantes
pote~ciaisconcorrentes.
J4 o enfoque sugerido por Bain
~uma tentativa de mensurar as barreiras
à
entrada.
bl1scando
atrav~sda
ql1ant idade de lt1Cros angar iados pela
empresa pioneira quantificar
as dificuldades que
uma nova companhia
teria.ao se instalar nesta
ind~~tria.Bain destaca. informalmente.
tr~sprincipais motivos que levariam uma companhia a monopolizar a produçio :
(i) economias de escala-existem retornos crescentes de escala na
produ-çio (ii)
diferenciação
de
prodl1tos
caso em
que
a
firma, por
exemplo,possui uma patente para a comercialização da
mercadoria;
( i i i )assimetria de custos
caso em que, por exemplo, existe -learning
b~~_:
__
.
\01"-'
I .I=-
--
...
---~ .... ' \.I"" ......
~~,., -~-'---
.., C. ,i' ~a • • • • • ... ''IIA ~-
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... .
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"'~ _ . " ' ' -.... "' _ I
....
• ~"". _ • • _.
. . . ~...
,-....
""-d
11Ç1.0 e comerc i ali zação de 11m bem t em 11m Cl1st o menor do q11e I1ma
el1\presa
nova neste mercado_
Bain ainda sugere
tr~stipos de comportamento para a firma
pioneira em face da ameaça da entrada de novas companhias na indlístria :
(i) bloqueio
~entrada - a firma J4 estabelecida comporta-se como se não
houvesse ameaça de entrada; e mesmo assim. não existe incentivo para
no-vos empres4rios engajarem-se no mercado;
(ii) impedimento
~entrada - a
4nica companhia atuante no mercado altera seu padrão de comportamento no
intuito de inibir uma possrvel entrada;
(iii) acomodação
~entrada
acompanhia pioneira permite o ingresso de novas firmas no mercado por ser
2
1 'I
r
,
I,
f
•
mais
l~crativodo que criar barreiras
~entrada.
o
principal objetivo desta resenha ,
dlsc~tir,com a
ajuda
de modelos te6rlcos, os beneffcios que
~mafirma
~sufr~ipelo fato de
ser a
prec~rsorana prodl.l.ção de
1.1.11bell em
1.1.11áeterminado lIercado. Com
este i nhl i"to, descreve-se s i
tt.l.a~õesem ql.l.e o p
ione i
r
i smo de l.lma
empresa
propriciaria impedimentos
~entrada de novas companhias.
Desta feita,
barre iras·
~. ent rada, no escopo dest e t raba lho, são def i n
idas como sendo
o
l~cro a~feridopela firma devido ao fato desta ser a primeira a operar
no setor.
o
motivo para elaborar esta recensão
s~rgi~da tentativa
da economia
onde a
tecnologia' de conhecimento
com~me de
livre
acesso
empresas
vendam
se~ prod~tofinal por
~IIpreço acima do
tusto marginal de
produç~o?De acordo com a teoria microecon&mica
cl's-sica,esta indagação não procederia tendo em vista
q~e,por arbitragem, o
l~cro
tenderia a zero.
Um dos primeiros a
estudar
com
maior profundidade esta
questão foi
S~los-Labini,em
se~livro
·O~igopol~and
Technical
Progress· •
S~los
observou
que
muitas empresas monopolistas cotavam o
preço do seu bem final abaixo do preço de monop61io. Segundo seu
enten-3 ii 1] ~! íi ii
;;
1.•
f
•
der, esta estrat'gia , ~ q~al se de~ o nom~ de polrtica de preços-limi-te, era ~ma tentativa da firma
J'
estabelecida inibir f~t~ras entradas. EMbora, a j~stificativa, dada por S~\os, para a existlncia deste estra-. tagema fosse ~m po~co conf~sa, a percepçio do elo entre pr'tica de pre-ços abaixo dos de monoPól io ·e barreirasà
entrad~ foi l.1ma das grandescontrib~iç5es para o est~do da organizaçio das ind4strias.
Com a i ntrodl,1ção da -teor i a de _ e~<pectat i vas rac i ona i s e do instrumental de teoria dos JOgos no campo da economia industrial, as as barreiras
à
entrada puderam ser explicadas de maneira maisconvincen-•
te, como nos trabalhos desenvolvidos por Dixit (1979)
e
(1980), Bullo""assunto slo encontradas em Tirole (1989), Gilbert (1989) e Shapiro (1989) •
Todos os modelos aqui apresentados sio de expectativas racionais. O que permite afirmar que os equilrbrios da economia sio de Nash1 •
O caprtulo 11 do presente artigo apresenta ~ma versio modi-ficada do modelo
d~
Dixit (1979). Aeconom~a d~ra
por dois pertodos. NoI! ~er'odo,a firma pioneira decide q~anto prod~zir,enquanto que no
pe-1) A estrat'gia 6tima para o agente 1 , a1 dado que a estrat'gia do
a-gente 2 ' a 2 . Da mesma forma, a estrat'gia 6tima para o aa-gente 2 , a 2 dado que a estrat~gia do agente 1 ~ a1 -
O
par de estrat~gias (al , a 2 )define-se como equiltbrio de expectativas racionais ou de Nash •
f
•
r:odo final, uma segunda empresa se candidata a ingressar na ind4stria e
decide, 'com
bas~na observaçio da produçio estipulada pela companhia
J'
estabelecida,quanto fabricar da mercadoria.
Determina-se o equil:brio
de Nash do mercado que, no caso,
~o equil:brio de Stackelberg
Z ,onde a
empresa precursora na ind4stria 4 a ltder, e a potencial entrante a
'e-guidora. Verifica-se, com base nos custos fixos de produçio, a
exist~n-cia de equil:brios com: bloqueio, impedimento e acomodaçio
~entrada •
. De acordo com o disposto no referido cap:tulo 11, o
empre-sário pioneiro compromete-se, no pertodo inicial, a fabrrcar Ilma
deter-minada quantidade do bem. No cap'tulo 111, questiona-se a validade desta
_ ... _.I... ! ~ • _ _ _ _ .L _ 1'_'-_: __ .1_ _ _ , _
~ T C" '" I V ClLIUC" .. ~ • Gw fi I ' -'SAw... ... ". .. 'lIA
companhia estabelecida pode nio ser a mesma com a qual
antes
se
com-prometera. O que equivale a dizer, utilizando a nomemclatura de Selten
(1975),que o equil'brio do modelo de Dixit (1979) nio 4 perfeito em
sub-jOgos.
A descriçio de uma versio do modelo de Dixit (1980) 4 o
as-sunto do cap:tulo
IV_
Para seu melhor entendimento, faz-se necess'rio
2)
O agente 1 escolhe a
estratégia ótima a
1tomando como
dada a
estrat4gia de reaçio do
agente 2, a z - A este particular equiltbrio de
Nash d'-se o nome de equil'brio de Stackelberg.
Oagente
1
chama-se
ltder e o agente 2 seguidor •
f
•
apresentar nesta introdução o conceito de custo enterrado
(do
ingl~s·sunk cost·). Custos enterrados são gastos realizados por uma
firma que
nio podem ser eliminados, mesmo que cesse a produção.
Por exeftlp lo, Ilma
eftlpresa compra Ilma
máq1lina que nio tem valor de revenda, Oll ainda, Ilma
firma adquire um terreno e constr6i um campo de futebol, onde o montante
empatado para a constitllição do campo, no caso de venda do
terreno,
e,
irrecuper'vel. Nas
duas situaç5es acima descritas, tanto a máquina como
o campo de
~utebolrepresentam CllstOS enterrados para as companhias. Por
esta definição, os custos fixos são enterrados no curto-prazo.
Para um
tratamento formal deste conceito ver 8aumol, Panzar e Willig
(1982,pgs.
280
e
281).Oixit
(1980)considera uma economia que dura por
dois
pe-rtodos. No perCodo inicial, a pioneira determina quanto gastar em
insta-laç5es (sem valor de revenda). O custo enterrado em capacidade instalada
proporciona uma
queda no custo marginal de fabricação da mercadoria. No
~!
pertodo, a companhia potencial entrante com base nos custos
enterra-dos da pioneira,
decide quanto produzir. Determina-se assim, o
equilt-brio de Cournot-Nash
3do
modelo como
função dos custos
fixos
de
3)
A quantidade 6tima produZida pela companhia
1 ,ql dado que a firma
2produz q2
ea quantidade 6tima produzida pela firma
2 ,q2 dado que a
companhia
1produz ql. Ao equil(brio de Nash em quantidades, (ql
1q2)'
d'-se o nome de equil:brio de Cournot.
produçio.
Em Dixit
(1980),as
instalaç5es ociosas representam puro
desperd{c\o de dinheiro. No cap(tulo V, descreve-se o modelo de Bullow,
Geankopl05 e Klemperer
(1985)que garante
~capacidade
~ubutilizadauma
import!ncia estratégica.
No capítulo VI, "define-se o que sejam bens substitutos
es-tratégicos e complementares eses-tratégicos. Estes conceitos possibilitam
um melhor entendimento do valor da capacidade ociosa para as firmas.
Finalmente, no cap(tulo VII conclui-se o trabalho.
11.
OModelo de Duop6lio e o Ltder de Stackelberg
Durante os anos
60e o intcio dos
70,acreditava-se que uma
empresa monopolista,
~atentativa de dissuadir novas firmas de entrarem
na inddstria,
cotava o
preço de seu bem final abaixo do que seria o
·verdadeiro· preço de monop6lio.
Bain
(1956),HOdigliani
(1958) eS~los-Labini (1962)
foram os idealizadores desta teoria,
~qual se deu
o nome de polttica de preços-limite. Entretanto, esta argumentaçio nio
conseguia responder a muitas quest5es, entre elas: (i)sendo a tecnologia
•
de livre acesso e de conhecimento comum,
por que uma potencial entrante
seria influenciada pela estratégia da pioneira? (ii) qual a vantagem que
7
t.
f
a empresa estabelecida tiraria da política de preços-limite?
Um dos
primeiros trabalhos
te6ri~osa dar respaldo técnico
~visio intuitiva de Bain,
S~lose Modigliani foi o de Dlxit
(1979).Neste caprtt-llo, apresenta-se Ilma versio do modelo de Dixit
(1979).
O ferramental
por ele l.ltilizado
é
oril,mdo do trabalho de
Stac-•
kelberg
(1934).Oixit considera Ilma indlistr ia composta por dl.las
firmas,
a
primeira
J'
estabelecida e a segunda candidata a instalar-se. A economia
funciona durante dois per rodos. No per rodo inicial. a pioneira determina
a ql.lant idade qlJ.e
prodlJ.z i r ' no segl,mdo per
í
odo, sabendo ql.le a cand i data
ao ingresso tomar' sua decisio de produçio com base neste saber. No
pe-rfodo final,
a
potencial entrante decide, com base na informaçio da
0-ferta da primeira firma,
~eingressa ou nio na ind4stria, e em
caso
a-firmativo, com que produçio. Este tipo de equilfbrio
é
conhecido como de
,
Stackelberg, onde a primeira companhia age como a l'der e a segunda
fir-ma desempenha o papel de seguidora.
Imagine que a funçio demanda pela aercadoria seja dada por:
P(Q)
=
6 - Q•
onde,
Q,ql e q2
r~presentam,respectivamente, a produçio total da
in-d4stria, da empresa 1 e da proponente a entrar, enquanto P é o preço do
..
bell final.
A funçio custo total de produçio ' a mesma para as duas firmas, e pode ser representada por:
i
=
1,2onde, f , o custo fixo.
Isto posto, as f~nç5es lucro (Vi' i = 1,2) das duas firmas apresentam-se como:
, i "- 1,2
Para 'lm melhor entendimento do problema, deve"-se construir as funç3es de reaçio4 das duas firmas.
Ua hiPótese ae maximizaçio cie iYc~u ci~~ du~~
Max (3 - q1 ~ q2J qi - f qi
i
=
1,2Assim, com as condiç5es de 19 ordem e o fato das firmas
s6
produzirem quando o retorno' positivo, vem:R i (qj)
=
q i=
, i
=
1,2e
i j:#
1,23 qj ,se qj
<
3 - 2Jrf
2
4) ~ decisio de produçio da firma i como resposta. qyantidade fabricada
pela empresa J di-se o nome de funçio de reaçio da companhia i •
•
onde, R i (qj ) representa a reaçio da firma i - em termos de q~antidade
prod~zida - ao montante fabricado pela empresa j. A fig~ra 2.1 il~stra o
problema. Fig. 2.1.a (f e 1:0,1])
FIGURA
2.1CURVAS DE REACÃO
~R1
(0,1, I Z : Flg. 2.1.b I ~l---~ RZ I. " ' " (1 O) Z' (f e (1, 9 ]) 4 10..
I•
'; !~ l F f ; ! ,t
,
..
'.
Flg_ 2.1.c
. -~.-(0,0) ( f e (9 ,co»
4..
- - - - -
_.
-- ---
---
- - - - - --c cOs equiltbrios de Cournot-Nash, (ql' q2)' deste mercado sio
( 1
,
1),
se 0 ~ f ~ 1(ql' q2)
=
( 3,
0) e (0, 3 ),
se 1<
f ~ 92 i!
..-( 0
,
0),
se f ) 94
que se verifica quando as duas firmas entram na ind4stria conjuntamente e disputam o mercado de forma n~o cooperativas.
No entanto, de acordo com Dixit, o pioneirismo dá
à
firma 1 o direito do primeiro movimento no jOgo de determinaçio das quantidadess) O equiltbrio de Cournot 4 soluçio para jogos nio-cooperativos. Se aL firmas procuram jogar cooperativamente surgem os cart4is que geram
outras formas de equiltbrio, que nio estio no escopo de estudos de barreiras
à
entrada.11
'-r
t
produzidas, isto "
abandona-se o equil{brio de Cournot
e
trabalha-se
com o de Stackelberg, onde a empresa 1
~a l{der.
Dependendo do
valor
de f pode-se atingir os três tipos de
equil{brio definidos por Bain: bloqueio, impediment6 e acomodaçio
~en-trada. Abaixo relacionam-se as realizações de f
~o comportamento das
•
empresas estabelecidas.
&;
:.
Proposição 2.1.
A acomodação
à
entrada ocorre para f e C
0, 9C2-Jr:2l2 ),
SA SA
64
e o equil{brio de Stackelberg ,
= (
3 J 3 ).- - -
2 4 P!"nV::lV i de Ap
~nd i c e
c.q.d.
Propo~ição2.2
o
bloql.1eio
~entrada se ver
ifica quando f
e(..:!.-'
9 l, oSB
se
16
4equiltbrio de Stackelbermoassociado , (q1 ' q2 )
= (
3 , 0).
Prova
Vide Apêndice
ProPosição 2.3.
o
impedimento
à
entrada acontece para f e
C
o equilfbrio de Stackelberg assumindo o valor
12
.
; I,
I I , 2c.q.d.
~C2-Jr2l2,
9
l, com
64
16
(q1' q2)
=
(3 - 2Jrf ' 0).
c, I•
•
Prova
Vide
Ap~ndice---.- -,-- --- --- - - - -c. q.d.
Acomodãção
entl"ada
Impedimento
entl"ada
Bloqueio
,
a
entl"ada
Não existe
ind.ístl" ia
,
a
à
o
quadro abaixo sumariza os resultados encontrados
( 3
,
3 ) [-- 0'_-
2 4 ( 3 - 2 J f ' 0 ) ( 3,
0)-
2Intervalo de .
f 0, 9 [2-,[2)2 )--
64 [-
9 [2-/2)2, 9 -64 16 ( 9,
9 )-
16--
4 ( V , C I O ) 4 )A figul"a
2.2dá uma id'ia do compol"tamento da fil"ma
pl"ecul"-sOl"a com I"elaçio ao custo fixo de Pl"oduçio.
FIGURA
2.2 3(1+~)
2 2 _ :"-. i.pedi.uto 3/~ acomodaçao : " ' - - - - -_______ b-l-o-qu-e-io---9 [2-J2.J 2 M 13 91b
9 4Nio há
indtístr ia
j!.
! , !!
..
'~ '~J
i ,j j,
'I
ír I
Como se
v~,a
exist~nciade equilrbrio com
impedimento
,
a111. O Comportameoto não Crfvel
No capttulo precedente, discutiu-se situaç5es de bloqueio,
\apedimento e acomodação
~entrada quando existe um Jogador com
direito
ao primeiro movimento, no cas.o a firma pioneira. Entretanto, não se
le-vantou qualquer d4vida quanto
~possibilidade da empresa precursora não
cumprir a
meta de produção estipulada no perfodo inicial para o per rodo
derradeiro. Desta feita, o objetivo deste capttulo
~o
de discutir a
Com este inutuito, em analogia ao modelo do
captt~lo11,
considere o
caso em que f
=
0. A função lucro das duas firmas
~tomada
como
1r2
= (3-
ql
-
q2 ) q2
,
Como visto, no cap rtl.1lo anterior, o e ql.1 i 1
t
b r i o ocorreria em
SA SA
(ql' q2
) = ( 3 3 ),
com retornos ('If
1 '
'If2)
= ( 9 9 ).
--
2 4--
8 16Contudo,
se a
empresa
2entra no mercado ofertando
sua~•
14 II
I' d ilr
l' i , i,,
quantidade de equil'brio,
a
firma 1 poderia dispor de pelo
menos duas alternativas:
( I )
produzir
a quantidade que se comprometera antes da
en-trada. ql
=
3 ,que proporcionaria ganhos de
(VI' V2 )
=
(9,
9 ). 01.1,
2
SA
8 16(ii) esquecer
o
que
havia estipulado
(ql
= 3 )e
prodl.1z i r
a
2
•
ql.1an
t id ad
e ql.1e ser i a a me
Ih or
r esp os t a
à.
q2
=
3 4isto
e,
,
determinar
ql do problema
demaximização
(3 - 3 4••• ql
=
9 8acarretaria
(81 , 2 7 ) .
Claramente, neste contexto,
a
decisão
(ii) gera um lucro
64 32
maior para a empresa pioneira.
o
que
assegura
que
a
estrat6gia de
comprometimento da firma já estabelecida não 6 cr'vel.
SA SA
Na linguagem de Selten
(1975),o equil'brio (ql
(3 , 3 )
não 6 um ·equil'brio perfeito em subjogos·
do jOgO sequencial.
2 4
Em outras palavras, este equil'brio não 6 robusto para o experimento no
qual a firma testa o mercado para entrar. Assim, o conceito de perfeição
,
elimina ameaças que nio sio cr'veis.
•
Como se
ve,
Ao equilfbrio de Stackelberg nio
~perfeito
e~subjogos, e por conseguinte, não representa o ponto apropriado de
produ-çio das empresas. Dessa forma, o equil'brio do mercado de
Dixit
(1979)\
15
•
à
I
deve se ... o de quantidades de Cou ... not, no qual nenhuma das emp ... esas goza do p ... ivil'gio do 1! movimento. A equaçio (2.1) most ... a os equilfb ... ios de COf.l ... not. < 1 , 1) se 0 ~ f ~ 1 c c < qs. ' q2 ) = ( 3 0) e <0, 3 )
,
se 1<
f ~ 9 (2.1>--
2--
2 4 (0, 0),
se f ) 9 4Como se pode obse ... va ... ,neste equilfb ... io, o pionei ... ismo nio possui nenhuma vantagem. O que pe ... m~te afi ... ma ... que o fato da companhia 1 te ... sido escolhida, exogenamente, pa ... a se ... a Ig Jogado ... a , fato ... dete ...
-IV. A Capacidade Instalada e a Ba ... ei ... a
à
Ent ... adaOs modelos desenvolvidos at' aqui, nio conseguem ... esponde ... a duas impo ... tantes indagaç5es: Po ... que a competiçio se ... ealiza em quanti-dades e nio em p ... eços? O que leva ... ia uma fi ... ma a fabricar a quantidade de p ... oduto po", ela comp ... ometida? Dixit most ... a, em seu a ... tigo de 1980, que a ... esposta a estas quest5es est' associada' ao n'vel de capacidade instalada na inddst ... ia. Assim, as fi ... mas te ... iam uma limitaçio na quanti-dade a p ... odl.lz i ... o que Justifica ... ia o equilfb ... io em quantidades (Cou ... notl e desca ... taria o equil:b ... io em p ... eços (Be ... t ... and) - e. o comp ...
o-16
,
f
metimento na quantidade a ser fabricada gozaria de confiabilidade pelo fato do custo d~ construçio das instalaç5es ser enterrado.
o
modelo de Dixit (1980) pressup5e a presen~a de duas firmas em uma ind4stria, aJ'
estabelecida (firma 1) e a interessada em..
estabelecer-se (firma 2). As duas empresas sio id~nticas, exceto pelo , . fato da firma 1 ter a opçio de decidir, antes do possrvel engajamento
•
da companhia 2 ao setor, o quanto de capital empatar em capacidade instalada. Assim, a funçio custo da companhi~ 1 'representada por
(4.1)
onde, K1 , a quantidade de capacidade instalada. Portanto, o I!
empresár io arca com l.lm cústo marg inal de 2 caso haja capac idade oc iosa,
~ o custo marginal se eleva para 3 quando as instalaç5es nio sio suficientes para abrigar toda a produçio (ver figura 4.1). Sob esta ·linha de raciocrnio, se o investimento na instalação da capacidade produtiva fosse perfeitamente reversrvel, entio a estrutura de custos seria simplesmente C1 (ql) = f + 3 ql' mas como o custo de K1
,
e, por hip6tese, enterrado, portanto irreversrvel, tem-se a função de custos como descrita em (4.1).
Como a companhia 2 ainda nio possui instalaç5es. tamb4m
17 i. í ,
.
" , I•
,
e
Custo
Marginal
FIGURA 4.i
Considere que a curva de demanda' dada por
P(Q)
=
6(4.2)
Por conseguinte, t~m-se a funçio lucro das duas empresas,
ca.so contrário
Seçio
IV.i.
O custo fixo de produçio ~ nulo.Por um problema didático, primeiramente, analisa-se o caso em ql.1e f
é
zero.Assim sendo, para a determin~çio d~s funç5es de reaçio,
ne-18 " I t ~,
,
111 i i .J i J•
•
•
,
cessita-se das maximizaç5es de lucro de cada um dos agentes. Para a firma 1 • vem:
(i) Caso em que existe capacidade ociosa
Max (4
-
qt-
q2) qt Kt qt• •
.
Rt (q2)=
4-
qz para qt ~ Ks. 2(I i) Caso em que as Instalaç5es sio amplamente utilizadas Max (3 - qt - q2) qt
qt
••• Rt (q2)
=
3 - qz 2que podem ser melhor visualizadas no gr'fico
4.2
1
2
FIGURA 4.2
2
Associada
à
empresa 2 Obtém-se,=
Como se ve, A
2
a funçio de reaçio da firma 1
19 depende de slla-'" I I , ~ r : I
escolha do neveI de capacidade instalada, K1 • Dessa forma, para ~m dado
K
1 , tem-se ~m eq~ilrbrio de Co~rnot de d~op61~o na interseçio das d~asc~rvas de reaçio. Assim, a firma estabelecida proc~ra um n{vel de capacidade instalada que lhe coloque em uma melhor posiç~o ante a
A • concorrencla.
As figuras 4.3a
e
b ilustram situaç5es de capacidade instalada limite.FIGURA
4.3aq
Na figura 4.3a, o 1! empres'rio nio possui instalaç5es antes da entrada da firma 2 . A ind4stria , an'loga ~ descrita no
c ap , t 'lI o I I , com diferença ;·.no
't presente
• empresas goza do privil6gio de ser a primeira a ·jogar·. As quantidades
o
gr'fico 4.3b apresenta o caso em queKl
6 igual a 5 .3
20
flJr,DA('AO GETULIO VARGAS
SIMONP-~- --- - - ,
I
I •
•
•
onde o equiltbrio ocorre em
=
( 5, 2 ).3 "3
Para
capacidade
q2..
\ ? 3 2 Lainstalada acima de
5 3 --- _ .. ---- ----
- - ---FIGURA
4.3bR
1.
'o equiltbrio de mercado
I e 2 ), 3significando que o valor de
K~que exceder
5
fica ocioso e
não tem
3
qualquer valor estrat'gico na determinação do equilrbrio de quantidades.
Assim sendo, ntveis de
K1acima de
5não
são
3
I _
ameaças criveiS
de
retenção
à
entrada.
o
que
contraria a argumentação de Spence
(1977),.. q1le af i rma
qlle a
capacidade ociosa tem
um
importante
valor
'estrat'g i co como determinante das quantidades de e qll i I r b r i o.
Por conseguinte, para cada valor de
K
1 e 1:1, 5 J-
tem-se
3
como
interseção das Cllrvas de reação l.1m
ponto do segmento de reta
21
I
i
.
...
I
,•
!It
• ---_.---~q2
=
3 - q, para q1 e
ti,
5 J(ver figura 4.4).
Assim, o equiltbrio de
2
3
'FIGURA
4.4
Cournot da inddstria depender' do investimento em instalaç5es por
parte
da pioneira.
Como o 1! empresirio maximiza seu retorno, o valor de
k
1
~determinado de forma a que a firma 1 esteja numa eurva de maior
iso-lu-ero, a
fig1lra
4.5
i 1ll·stra o problema. Como se pode observar, o ponto de
FIGURA 4.5
isolucro 22i
i i. I : t! .J.,
li ~ ~ ., , " I .iI
!.
•
•
•lucro m'ximo , o equiltbrio de Stackelberg, com a
pione~racomo ltder. O
equiltbrio de Stackelberg deste mercado
e I Qmesmo do
enco~tr~dºno
mode-10 do capttulo
116 ,(ql' q2)
= (34
3 ).
4
Seç io
I V .2 •O
CIJ
St o f i xo de p r od IJÇ ão é p os i t i
'lOAté aqui,
discuti~-seo equiltbrio no caso em que as duas
firmas operariam no
mercado.
A partir deste ponto,
considera-se a
possibilidade da entrante não ingressar na inddstria, isto é,o lucro da
potencial concorrente pode ser negativo caso decisa atuar no mercado.
Proposição
4.1 •Os equiltbrios em quantidades de Cournot são dados pelo
qlJadro abaixo.
6)
Observe que neste caso - contrariando o do ocorrido no modelo do
pttul0
11 -o comprometimento 'em produzir uma quantidade ql , cr'vel,
que a capacidade instalada representa um investimento irrevers'vel.
23
ca-I ja ., "I
i
,. :; I· I.1:
:. I !j,
I ~li
I: ~ .. , ~l!~
:,
!f ""
~
~ ! ,.f-,.
•
•
..
Acomodação
\ 3 3a
(-
,
--
)ent rada
2 4-Impedimento
'\a
entrada
.. (3-
2Ji,
0)Bloql1e i o
'\ ( 3 0)a
,
. ..
entrada
2Sem vantagens
( 3,
0)011
(0,-para o pioneirismo
..
2Não existe
i ndlíst r i a
(0, 0)Prova
AVIDE APENDICE
.
3 ) --2Intervalo de
f r0, 4 )-
9 I: 4,
9 ]-9
16 ( 9,
1)-
16 1:1, 9 ]--
4(-L,
co) 4 •c.q.d.
Em suma,
com
a
introdução dos custos enterrados, ctia-se
~ondiçaes
para que o comprometimento na quantidade a ser produzida, pela
pioneira no perrodo derradeiro, seja confi'veli
nio deixando ddvidas
quanto ao cumprimento da fabricação do montante da mercadoria
inicial-mente estipulado pela firma precursora.
Oque.equivale a dizer, no
jar-gio de
teoria dos JOgOS, que os equilrbri6s ehcontrados em Dixit
(1980)I
sid perfeitos em subJogos •
I
A conjectura de Bain,
S~lose
~odiglianisobre política de
preços-limite - ou equivalentemente a estrat'gia de impedimento
~entra-24
•
. :;( • « I~ )(
1, l~ 11 Iji
I , :i . ~da - ~ definitivamente confirmada.
v.
A CAPACIDADE OCIOSAA estrutura do modelo anterior mostra como a capacidade instalada, efetivamente utilizada, tem um papel importante na retençio ~
entrada. Embora, o fato da f'brica
J'
estar montada represente um possfvel inibidor de concorr~ncia, a capacidade ociosa, de acordo com,.
Dixit (1980), ~ sinal de total desperdfcio, contrariando o resultado
i
'.i
encontrado em Spence (1977).
I
O que se observa na pr'tica sio firmas com parques indus- : triais enormes e, ai9um~~ ve~~~, "'--..., wUtl" ..
.,
...
,,-pequena utilizaçio das instalaç5es representa um comportamento racional dos empres'rios? Os modelos discutidos at~ aqui, nio conseguem responder a esta q1l€stão.
Neste capftulo, argumenta-se - fundamentado no trabalho de Bullow, Geanakoplos e Klemperer (1985b) - o valor estrat~gico da capaci-dade ociosa para uma empresa.
Considere que uma ind4stria seja formada por duas empresas. A firma 1
J'
estabelecida e a firma 2 interessada em estabelecer-se. Deforma an'loga ao modelo do capftulo IV, a companhia 1 decide quanto
in-25
i,
I • I I. I f' .' i t !i
( ~ \ ~fi
,I•
",
•
vestir em instalaç5es (custo enterrado), K1 • Quando existe capacidade
marginal _constante e igual a 2.
J'
quando as instalaç5es estio sendo plenamente (ou sobre) utilizadas o custo=
f + 3q1' com custo marginal 3.modelo do cap'tulo anterior e o do presente diz respeito a forma funcional da funçio de demanda pela mercadoria. Considera-se aqui a elasticidade da demanda constante e j
-gual a 2, ou seja, P(Q)
=
5Q-1/2.ig1lal a 3 Imagine que o custo fixo de produção, f, e
,
20 Caso nio haja então capacidade instalada antes do possível ingresso da empresa 2 , o equilrbrio em quantidades de Cournot , dado por:
Max 5 q1(q1 + q2) -1/2 - 3 q1 - 3 q1 20 e Max 5 q2 (q1 + q2) -1/2 - 3 q2 - 3 q1 20 Portanto, C q2 )
= (
25 25 ) 32 32 26 II -i -i i I, i, f ~ I, , i j r· \' ! i I ! iJj
t f' • ,-"..
i'.,
L-- - -
-,
pC=
4 c c e 1I't=
"'2 = 101 160,
Suponha, agora, que a capacidade instalada pelo 1!
empresa-•
rio seja tal que torne o custo marginal de produção igual a 2i logo K~ ~
•
_ qt.
O
equilCbrio em quantidades de Cournot torna-se,e
Max 5 q2 (qt + q2) - t/2 - 3q2 - 3
q2 20
que tem como condição de 19 ordem
,
(5.1) 5 (qt + q2)-t/2-
5 (qt + q2) -3/2 qt - 2 = 0 2 ~5.2) 5 ( qt + q2) -t/2 5 (qt + q2) -3/2 q2 - 3 = 0 2 Somamdo (5.1) e (5.2) vem:•
10(ql + q2)-t/2 5 (qt + q2)-t/2-
5 = 0--
2 Logo, qt + q2 = 9 4 27 ,i H L 1.I
I
!'I·
I I j:I
•
•
I •,
levando em (5.1) e em (5.2) tem-se: s q2) = ( 9 9 ) 5 20e, por conseguinte,o lucro do 2g empres'rio, caso entrasse, seria nulo,
Assim, o ganho do 19 empres'rio quando existe um investi-mento peqlJeno em instalações (Ks.
<
qs.=
25) e Us. I=
--
101.
E ainda, quando32 160)
a capac idade instalada na firma 1 e I maior ou i flJal a 9
,
o 5 ingresso para o empres'rio 2 torna-se pouco atraente, u2 ~ 0.Resta determinar qual seria a produçlo 6tima para a companhia 1, caso Ks. fosse igual a 9
:, Max 5(qs.)-s./2 qs.
-
9 5 m m ql=
25,
então Us.=
16 logo, - 2qs.-
3 20 47 ) 101=
-
40 160Como se pode observar, o i ! empres'rio trabalhar com uma capacidade ociosa de 9
5 25 16 c 1f 1 A ve-se
=
19 80 obrigado a para impedir a entrada de novas firmas. Este exemplo simples ilustra, de forma clara, uma situação onde instalações subutilizadas tlm um papelimportante como barreira
à
entrada. A figura 5.1 ilustra o problema.28 !i ii
H
I i' !~ I :, " i-: 11 I , : : .. Ij'
i ,~ r ~li
iIr
I ~ • 25 36 ~ 16 FIGURA 5.1As curvas são dadas por:
RI
.
5 (ql + q2)-t/2-
5 "( qt + 2=
RI
5 (qt + q2)-t/2 5 (qt 2R
2 5 (qt + q2)-t/2-
5 (qt + 2o
intercepto da CIJrva de q2)-a/2 qt-
3=
0 + q2)-t/2 ql-
2=
0 q2)-a/2 qt-
3=
0-
R
1 ( · ) do eixo ql reaçao e# rep"resenta, dada a CIJrva de custo marginal. a produção de monopól i o. ~
Por conseglJinte, quando a função de reação da firma estabelecida tiver inclinação positiva. Rt "(q2) ) 0. o equilrbrio de Nash do modelo (a interseção das duas curvas de reação> se verifica com um valor de ql
•
•
l'•
s~perior ao efetivamente encontrado no caso de monop61io. Tendo em
vista q~e o l~cro do monop61io' maior do q~e o de Co~rnot 7 , o 12
empres'r~o preferiria fabricar o montante de monop6lio. No entanto,
q~ando a empresa estabelecida decide prod~zir a qlJant idade de
monop6lio, a potencial entrante ve-se #o tentada a engajar-se na A alternativa qlJe a pioneira teria para impedir o aliciamento da potencial ingressante seria ameaças factíveis de implementação. Um bom exemplo encontra-~e na estr~t~ra de ind~stria descrita acima. Imagine q~e a companhia 1 invista de forma a ter
em instalações, isto levaria a nao
...
entrada da empresa 2, q2) ~ 0) e, conseq~entemente, a adoção de políticas de
5
prod~ção excl~siva por parte do
.
12 empresarlo.,
. A capacidade ociosade 19, neste contextof~nciona como ~ma ameaça crível da pioneira, de
80
!orma q~e, se a firma 2 decidir entrar, a resposta 6tima da companhia 1 seria prod~zir 9 , o q~e, como visto,
5 empresa 2 •
inviabilizaria o acesso da
7 ) Se para o 12 empresário fosse mais vantajoso obter o retorno de
Co~rnot, o proprietário da firma estabelecida poss~iria d~as companhias
agindo como ~m d~opolista de Co~rnot ao inv~s de ~ma ~nica empresa mono-polista.
30
,
r
Observe, com a ajuda da figura 5.1, que,quando a produç~o
da firma 2 I
e pequena, isto e, I quando
o
ponto de equiltbrio das quantidades fabricadas pelas empresas se encontra pr6ximo ao eixo das abcissas, um crescimento na oferta da mercadoria por parte da firma 2leva, como resposta do 1! I .
empresarlO, a um aumento da produç~o da , companhia 1. O que contraria o resultado apresentado no capftulo
•
anterior. Em Dixit (1980),qualquer aumento na produçio da firma 2 induz a uma queda na quantidade fabricada pelo 1! empres'rio.
VI.
Substitutos estrat'gicos e complementares estrat'gicos .Ap6s a apresenta~io dos modelos de Dixit (1980) e Bullow, Geanakoplos e Klemperer(1985b), uma questio deve ser melhor entendida: o • que leva a capacidade ociosa a transformar-se de puro desperdtcio,Dixit
•
(1980), em uma vari'vel de enorme valor estrat'gico, Bullow, Geanokoplos , e Klemperer (1985b)? A resposta a esta indagaçio esbarra na definição, devida a Bullow, Geanakoplos e Klemperer (1985a), de substitutos estrat'gicos e complementares estratégicos.
De acordo com Bullow, Geanakoplos e Klemperer, um bem ~1 e I dito substituto estrat'gico de ~2 se ~2 W
s
( 0 , e ainda, ~1~~1~~2
considerado complementar estrat'gico de ~2 quando ~2 W
s
)
0.~~1 ~~2
A terminologia substituto e complementar estrat'gico
31
I
e
...
'"---~~~~~~----~---~--da analogia existente entre suas definiç5es e as de bens substitutos e complementares. Como se sabe, bens substituto~ (complementares) slo aqueles em que o lucro da firma i diminui (aumenta) com o crescimento de ~j. Por outro lado, como definido acima, os produtos sl.1bst i t I.lt os
• (complementares) estratégicos são caracterizados pelo fato do hl.cro
, marginal - e não o lucro simpl~s - da empresa i decrescer (crescer) com
,
a elevação do valor de ~j.
Resta mostrar a ligação existente entre a definição de Bullow, Geanakoplos e Klemperer e a exist~ncia ou não de capacidade ociosa.
Primeiramente, observa-se que, o eql.lilrbrio de Nash, q*2>' satisfaz a condiç~o de maxi~izaçlo de lucro,
e ~(q*i' q*2> ~qi
=
0 ~2n1 (q*i ,q*2><
0 8 ~q12Tendo em vista que, a estrat~gia 6tima para o 1~ empres'rio é Ri (q2)' a condição de 1~ ordem do problema de otimização, também pode • ser escr i t a da forma:
.~-~ '1J:I.(R1 (q;z>, q;z) = 0
~ qi
(Ó.1)
8> Considere que a função lucro ~ estritamente cBncava em sua vari'vel de decisão, qi.
32
• R· 1 ("2)
=
~2 ~iRl (q2)' q2)
<
0 9~ q12
Diferenciando a equaç~o (6.1), obt~m-se:
~2 'lr i (R1 (q2)' q2) ~q1~q2 De (6.2) e (6.3), tem-se: = sinal (6.2) (6.3)
Portanto, quando o bem e
,
substituto (complementar) estrat'gico,a curva de reaç~o te~ inclinaç~o negativa (positiva).Para finalizar, recorre-se aos modelos apresentados nos cap'tulos IV e V. No modo de ver de Dixit (1980), as curvas de reaç~o
s~o negativamente inclinadas, fazendo com que as instalações subutilizadas sejam sin8nimo de desperd'cio. Por outro lado, Bullow, Geanakoplos e Klemperer,conhecendo as limitações inerentes
à
hipótese de- bens substitutos estrat'gicos adotada por Dixit, constróem um
9) q1
=
Ri
(q2) , ~nico da hipótese de estrita concavidade.• 33
II
i '
F
I
contra-exemplo - com 'complementaridade e~tratégica das mercadorias no equilfbrio - onde a ociosidade da capacidade é um 6timo estrategema como barreira
à
entrada.VII. CONCLUSÃO
Durante todo o trabalho, foram discutidos modelos em que a tecnologia de produçio era de livre acesso e de dom'nio pdblico. Com is-so, procurou-se destacar as vantagens inerentes ao fato de uma firma ser a precursora em uma inddstria.
Com a ajuda de um modelo de expectativas racionais simples de dois pertodos, alguns importantes resultados foram encontrados. Vale mencionar os principais:
(i)
A
introduçio do custo enterrado, através deinvestimen-~os em instalaç5es pela firma pioneira, garante ~ empresa precursora a possibilidade de trabalhar com lucro positivo.
(ii)
A
conjectura de Bain, S~los-Labini e Hodigliani e va-I lidada. Em algumas ocasi5es, a polttica de preços-limite é a melhores-•
- . - tratég ia de l.1m monopol ista.
f (i i i) Dependendo da funçio de custos da inddstria, a
capa-•
l
cidade ociosa pode representar total desperdtcio de capital como, por outro lado, pode ser uma vari'vel de grande valor estratégiCO •
- ---~
Em suma, o simples fato de um empres4rio ter sido o
primei-ro a operar na ind.istr ia 9<lrant'e-lhe um ll.lc!"o de longo_-prazo ac ima do
de competição •
•
,
~ A
APENDICE
ICAPITULO 11
PROPOSIÇÃO 2.1 •
.. Prova:
" 1A
acomodaç~o ~entrada
oco~~e q~ando, mais rent'vel
pa~aa
firma 1 permitir o ingresso da companhia
2.Sabe-se
q~eno
eq~il'b~iode
Stackelberg.
a
empresa
2maximiza seu lucro dada a decisio de produçio.da companhia 1.
da
condiç~ode 19 ordem. vem:
En ql.1an to ql.1e
a
fi~ma1
otimiza seu
reto~no s~jeitoa
estrat'gia de produção adotada pela
emp~esa 2.MAX (3 - ql - q2)q2 -
f =MAX [1 - qi -
1q,J ql -
fql
ql
2Resolvendo o problema de otimização. tem-se:
36 4 . f; I~ \ I f ,
~
•
3 )
4
Re~ta saber para que valores de f o equiltbrio prevalece.
I
Quando (q1' q2)
e
i gl.1al a<2-.2-) .
o ganho da empresa 1é
V1 <~. 3 ) = 9 - f. 2 4 82 4
Mas.devido ao custo fixo. existem quantidades de q1 que demoveriam a empresa 2 da idéia de engajamento na indlístria. Entretanto. este valor de q1' mesmo com q2 sendo nulo, pode nio ser atrativo para o
1! empres'rio. Desta feita, deve-se calcular o valor m'ximo de q1 que
induziria a companhia 1 a eliminar a possibilidade de entrada. Quando q2
é nl.11 o, o valor de q1 ql.1e
2-
c2+FJ·
A f i rma 14
empresas se, para fazê-lo. q1 acima de q's, 3
C2+J2
J. 4.
,
, J a que. 'Ir 1 Como se pode ,,
.
satIsfaz a 11'1 \q1' 'OI=
..., l' e q 1 -8,
dispõe-se barrar
,.
entrada deso a a novas
-
for,
prodl.1z i r ql.1ant idadenao necessario uma
(q1' 0)
<
'lr1 ( 3 , 23
4
q'1
=
observar. a realizaçio de f a partir da qual a firma 2 não tem interesse de entrar e a empresa 1 prefere impedir ,. a
..-~
- entrada é tal que:
01.1 sej a,
v2 ( 3 (2 +
Jr2J.
0)=
04
#
•
f=
9 64-c
2 -
j2J2 Po~tanto, para f<
9 64 [2 -~J2
a firma estabelecida prefere aceitar uma nova companhia agindo na inddstria, e a produçioSA SA de equiltbrio no s e t o r ' (ql' q2)
= (
3 , 3 ) 2 -4 c.q.d.PROPOSIAO 2.2
Prova:o
bloqueio ~ entrada Ie observado qua.ndo a f i rma Ja • I Instalaaa poae proauzlr a quan~laaae ae monop6110 sem estimular entracia.
A prod'Jção de monop61io
maxi~ização de lucro d. companhia 1.
o que acarreta ql
=
3 102
[3 - q 1 J q 1 - f'
determinada . atrav's da
10) A quantidade produzida pela firma 1 no caso de monop6lio , a mesma
da produzida no caso de acomodação ~ entrada, devido ~ particularidade das funç5es consideradas •
38 . t;
,
f
..
Il
Para que a melhor resposta da potencial entrante seja o nio
ing~esso , o lucro da mesma, no caso de engajamento na inddstria, deve
se~ negativo. Dessa fo~ma, ve~ifica-se que, para qualque~ valo~ f
maior q~e 9 , a funçio lucro w1 < 3 , q2 ) , menor que zero.
• 16 2
Assim, se f ) 9 , a fi~ma 2 nio entra no
16
mercado, e a pioneira pode cotar o preço de monop6lio sem ser importunada. Observe
q~e, pa~a f ) 9 o ~eto~no da emp~esa 1 to~na-se negativo. Como se
4 SB SB v~, o bloqueio' entrada, (ql, q2 )
=
< 3 , 0),<.-.L,
9 J 16 4 P~ova 2 PROPOSIÃO 2.3 I oco~rera f e c. q.dO impedimento' entrada ~es~lta de uma pol'tica de produ-• çio, po~ parte da empresa instalada, que torna invi'vel o engajamento de
"'1--~
~ma nova fi~ma no setor. Isto posto
•
observa se, da p~oposição 2.1,
3 ) para q1 e [ 3 3 [2 +
J
2J J e que a4
4 2
•
..
•
funçio
W1(ql'
0) ,estritamente
decrescente no
primeiro
arg
l.1mento
para ql e ( 3 , 3). Sabe-se ainda,
das proPosiç5es anteriores, que
os
2
valores
decusto fixo
que
criam condiç5es para impedir
~entrada são
f
eC
9 1:2 -.J2
J2.
9J.
Dessa forma, a firma
1escolher'
64 16
valor MAX (3 - ql
-
q2 ) q2
-
f i gl.1a
1a zero.
Assim, a função de reação
q2
6tima da companhia 2
e,
R
2 (ql)
=
3
-
q;i
.
Eo
1!empres'rio produzir'
2
1.1 ma
quan t i d ad
e
de forma a ql.1e
[3-ql-C3 - q;iJJ 3-q;i
=
f ,
01.1
2 2
SI
ou seja, ql
=3
2Jf.
Desta feita, a estrat'gia
de
impedimento
--aentrada
é
utilizada pela pioneira quando
SI
SI
f
e[....!...[2-]2J2,
64 r-ocorre no ponto
(~1 , ~2)
=
(3 - ~Jf
,0).,
CAPITULO IV
Proposição
4.1Pr.ova:
Para l.1m
melhor
entendimento
da
9
J,e o equilrbrio
16
c.q.d •
determinação
do(s)
~
eqUI
. l'b . ( )
Irio s ,ana Isam-se
1 . t A .res SI uaçoes.
t - .( i ) W2 (1,1)
<
0 f ) 1Para os valores do custo fixo maiores do que
1os
equil'-40
!
•
brios sio análogos propicia
à
firma pela equaçio 2.1.aos ilustrados pela figura 2.1. O pioneirismo nio 1 nenhuma vantagem sobre a empresa 2, como discutido
(ql ,q2) = Logo, ( 3
,
0) Oll (0, 3 -2 2 (0,0) ( l i ) 11'2 (5 , 2) )°
3 3 ),
se 1<
f se ., ) f<
4 9 ~ 9 4 9 4Neste caso, as duas empresas fabricam o bem
e
o equilrbrio~ o de Stackelberg, onde a c6mpanhia 1 ~ a ltder, como discutido
• anteriormente (ver gráfico 4.5).
•
Dessa maneira, ( ql ' q2 ) = ( 3 , 3 ) , para f<
4 2 4 9 ( i i i ) 11'2 (1,1) )° )
11'2 ( 5 , 2 ) , 3 3 4<
f<
1 9Imagine que f seja igual a 4
e
a empresa 1 produza 5 ,entio9 3
a firma 2 ficaria indiferente entre nada produzir
e
fabricar sua quantidade 6tima de entrada, 2 ,3
•
•
2 )=
Va (
5 , 0), 3 3se
f=
4
9o
ganho da companhia
1 ,no caso do par de
~quilCbrio(ql'
q2)
=
(5 , 0).é
VI (5 0)=
16para f
=
4 •3 3 3' 9
Não obstante. se a
pioneira
fabr icar
a
qlJant idade
de
Stackelberg,
qi
=
3•
a
entrante responde com
q2
=
3-
2 4Como
-I
(5-
,
0)=
-
16é
maior que
VI (3. 3)=
49a
companhia
1 prefere3 9 2 4 72
impedir
,
a entrada com ql iglJal a
5.
3Além
do
mais.
como
VI(ql'
0)com
Cf1 e (3,2
5 )
é
3
decrescente no
primeiro argumento
da
funçio. o
1~empresirlo oecloe
produzir
ao nCvel
mlnlmo •
,
.
tal
que
não permita a"entrada da
concorrente, quando ql
~(3. 5 ). Assim, os valores de ql são tais
que
2 3
tornam o ganho da companhia
2nulo.
3
-
q,
(3-
ql
-
3-
q,
)-
f
=
02 2
• •
.
ql
= 3-
2}f.
para f
e (-
4•
-
9 )~-- 9 :16
Quando f
é
maior
que
9
.a pioneira bloqueia
~entrada
16
produzindo o montante de monop6lio.
Logo,
42•
~{ . «; I~ ( \,
I(ql' q2) = (3 - 2["7, 0>.
pa ... a .,
E (4 9J -09 16 (Ql' q2 ) = (3, 0),
pa ... a
f E ( 9, 1 ) -2 16Assim, tem - se bloqueio
,
aent ... ada
q2)= (
3 , 0) o ,4
.. f E (9 ,1),
16
impedimento
à
ent ... ada
(Ql' q2) = (3 - 2Jrf, 0)," E (4 ,9 Je
9 16
acomodação
à
ent ... ada
(Ql' q2)=
(32 43 3 ) , " E ( 0 , 4 ) 4 9
c.Q.d.
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~Faro
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SUBFATURA~ENTODE
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BRAZILiAN EXPERIENCE WITH EXTERNAL DEBT ANO PROSPECTS FOR
GRG~T~-Fernando de Hoianda Barbosa and r"!anuel
Sa:1che~de. La Cal.-· 1987
(esgot8lj~)KEVNES NA SEDIÇÃO DA ESCOLHA PÚBLICA .- Ar,tonio. r·r.da Silveira-1987(es;cta.:!o)
O TEOREMA DE FROBENIUS-PERRGN - C2rlos Ivan Simcnsen leal - 1587
POPULAÇÃO BRASILEIRA - JessÉ r1ontello-1987 (escotedo)
MACROECCNOMIA - CAPíTULO VI: "DH1ANDA POR MOEDA E A CURVA lM"
- Mario Henrique 5imonsen e Rubens Penha Cysne-1987 (esgotado)
MACROECONOMIA - CAPíTULO VII: "DGiANDA A;:;REGADA E A CURVl\ IS!:
- Mario Henrique Simonsen e. Rubens Penha Cysne - 1987 - (esgotaco)
MACROECONOMIA - MODELOS DE EQUILíBRIO AGREGATIVO A CURTO
F~~ZO. - Mario Henrique Simonsen e Rubens Penha Cysne-1987 (esgotado)
THE BAVESIAN FOUNDATIONS DF SOLUTION CONCEPTS OF GAMES -
S~rgioRibeiro da Costa Werlang e TOr.1my Chin-Chiu Tan - 1987 (esgotada)
~REÇOS
LíqUIDOS (PREÇOS DE VALOR ADICIONADO) E SEUS DETERMINANTES;
DE PRODUTOS SELECIONADOS, NO PERíODO 1980/1
2Semestre/1986
-- Raul Ekerman -- 1987
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EMPR~STIMOS BANCA~IOS
E
SAlDO-M~DIO:O CASO DE
PRESTAÇ~ES- Clovis de Faro - 198B (esgotaQQ)
A DINAMICA DA
INFLAÇ~O- Mario Henrique Simonsen - 1988 (esgctado)
UNCERTAINTV AVERSION AND THE OPTIMAL CHOISE DF PORTFOLIO -.
J~mes