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Breves considerações sobre a extracção das secundinas

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Academic year: 2021

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BREVES CONSIDERAÇÕES

1 EXTRACÇÃO DIS SICU1II1S

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-A ESCHOL-A MEDÎCO-CmURGIC-A DO PORTO

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PELO ALUMNO

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­ \ ^ \ ».N. •­ \ *V . **» > < , .. P O R T O T Y P O G R A P H I A L U S I T A N A 7i—Rua de Bellomonte—74 1867

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ESCHOLA MEDICO-CIRURGICA DO PORTO

D I R E C T O R

O Exc.mo snr. Conselheiro Dr. Francisco de Assiz Sousa \ai

LENTE JUBILADO. S E C R E T A R I O

O IIl.mo snr. Agostinho Antonio do Souto.

CORPO CATHEDRATICO

JLciilew itrourielarios

Os 111.mos e Exc.mosSnrs. :

1.a Cadeira—Anatomia Descripliva e Geral . Luiz I'ereira da Fonseca.

2.a » —Physiologia José de Andrade Gramacho.

3." » —Historia natural dos

medicamen-tos. Materia medica. . . . João Xavier de Oliveira Barros. 4." » —Pathologia peral, Pathologia

ex-terna e Therapeutiça exex-terna. Antonio Ferreira Braga. 5.a » —Operações cirúrgicas e

appare-llios, com Fracturas, Hernias,

e Luxações Caetano Pinto de Azevedo. 6.a » —Partos, moléstias das mulheres

de parto e dos recem-nascidos Manoel Maria da Costa Leile. 7.a » —Pathologia interna,

Therapeuti-ça interna e Historia medica. Vaga.

8.a » —Clinica medica Antonio Ferreira de Macedo Pinlo.

9.a » —Clinica cirúrgica Vaga.

10.* » —Anatomia Pathologica.

Deformi-dades, e Aneurismas . . . José Alves Moreira de Barros. 11.a » —Medicina legal. Hygiene privada

e publica e Toxicologia geral. Dr. José Fructuoso Ayres de Gou-veia Osório

Lentes de medicina jubilados í J o s é P c r e i r a R e i s

-J ( Dr. Francisco Vclloso da Cruz.

Lente de cirurgia jubilado " Antonio Bernardino de Almeida.

Xientes s u b s t i t u t o s

Secção medica í Dr José Carlos Lopes Junior,

( Pedro Augusto Dias, presidente.

Secção cirúrgica í Agostinho Antonio do Souto.

D ( João Pereira Dias Lebre. l i e n t e s d e m o n s t r a d o r e s

Secção medica Joaquim Guilherme Gomes Coelho. Secção cirúrgica Dr. Miguel Augt.0 Cezar d'Andrade.

A eschola não responde pelas doutrinas expendidas na dissertação e enunciadas nas proposições.

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A SEIS TERSOSE EXTREMOSOS PAES

COMO PROVA DO MUITO QUE LHE PESAM OS TRARALHOS E DESGOSTOS QUE LHE TEM FEITO SOFFRER

A SEIS IRMÃOS

EM SIGNAL

á ^ K £ i a i 3 ^ , L i j L a s a i ^ i ï i i i ï i L s s ï j a L s )

mi

erece

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1

AO SEL PRESIDEATG

O ILLUSTMSSIMO E EXCELLENTISSIMO SEXHOil

P E D R O A U G U S T O D I A S

EM TESTEMUNHO

tiJSja iiiSaSS^Lsia'Q'CSDSei, é±SZlUZ4ã±is2L2i

E S I N C E R A G R A T I D A O

MltXírí

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INTRODUCÇAO

Consultando os padrões por onde se afere a vida das gerações primitivas, encontra-se sempre a mulher influindo poderosamente no socialismo, na moral e no physico da humanidade. Não querendo averiguar nem discutir o modo como foi creada, nem estabelecer grau de nobreza entre a argila e a costella do primeiro homem, vou surprehendel-a no paraizo terreal a decidir com a sua astúcia o fu-turo do mundo.

Vê o pomo dourado, appetece-lhe saboreal-o, esquece e des-preza a prohibição prescripla por Deus, come-o, e com ardiloso egoís-mo induz o seu innocente companheiro de delicias a constituir-se cúmplice do crime.

Será isto figura oujmistiíicação da historia?... Não o creio, porque era um escândalo.

E era escândalo; porque attribuir falsamente a desobediência e o crime aos senhores do éden, seria o mesmo que ensinar ás gera-ções o trilho escabroso do abysmo, e levar pela mão a humanidade até ao beiral do precipício.

. Nem se diga, que o castigo comminado aos delinquentes er correctivo para a reincidência.

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-Maior escândalo ainda; por participar da pena quem não tivera influencia na culpa.

Creio, pois, na veracidade do facto, ainda que lhe não admitia as vestes obsoletas com que a eloquência antiga o quiz enroupar. O diabo, transformado em cobra, só para estimular a gula da primeira mulher; e todos os episódios mais, que precederam e acompanha-ram o crime d'Eva, dispenso-os por inverosimeis o imiteis para o meu intento, que outro não é senão provar a proposição com quo principiei este capitulo.

Na corrente da historia a cada passo se topam casos interessan-tes em que plenamente se traduz a feição da influencia feminina. Colleccional-os seria intentar trabalho a que me não propuz. Citarei só aqui e acolá algum que me lembre, e que me possa auxiliar no meu empenho.

A ambiciosa Semiramis seduz os ministros e pontífices de Ba-bylonia, e obriga Assúr a ministrar o veneno mortífero ao infeliz Ni-no, a quem ella devia a coroa. A imagem do crime, e a sombra do assassinado por toda a parte perseguem a esposa cruel e perjura, mas a soberba Babylonia deixa-se algemar pelas mãos ensanguenta-das d'uma mulher.

Foi pela influencia de Ilerodiades, neta de llcrodes, o Grande, que Antipas, tetrarca d'além do Jordão, repudiou a bella filha de Hareth, e commeltcu o incesto com a mulher de Marianne E S. João Baptista, reprovando nas suas predicas a vileza do crime de Ile-rodiades e Antipas, sentiu o alfange do carrasco derrubar-lhe a ca-beça pelo premeditado desejo da Salomé dissoluta, a quem o lascivo tetrarca cedeu em troco das danças voluptuosas com que a filha da incestuosa neta dos Ilerodes o divertia.

Na Grécia, e especialmente em Sparta, desde que Lycurgo ten-tou dar á mulher uma constituição robusta, promulgando leis que a obrigava aos exercícios viris, as Spartanas só respiravam heroísmo, e o seu viver foi-se de dia para dia transformando, até que a liber-tinagem, penetrando no seio da republica, envenenou os costumes que a antiga virtude justificava, c os homens submelteram-se ao jugo feminino, e obedeceram ao seu império. Mas a esposa de Leonidas, dizendo-lhe uma estrangeira—que as Lacedemonius eram as únicas

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— II —

mulheres que dominavam os homens—respondeu immediatamente — mas também somos nós as únicas que fazemos homens—. Felizmente

conheceu-se a tempo quaes os fruetos que se colheriam de tão es-tranho ascendente, e Sparta salvou-se.

Sexto, filho de Tarquinio Soberbo, violenta Lucrécia; e a roma-na, que prefere a morte á deshonra, crava em si um punhal; mas antes que pela ferida se tivesse exhalado a ultima aura vital da sui-cida, milhares de ferros se tinham levantado, pedindo a vida do in-fame violentador.

E quantos crimes iguaes tinha presenciado Roma até ao atten-tado de Sexto?!...

E quanto mais grave não foi o rapto e violência das mulheres Sabinas, quando presenciavam os jogos do circo romano para onde tinham sido convidadas?!...

E' que Lucrécia, emquanto o punhal tapava a sahida ás golfa-das do sangue que se revolvia na ferida, tinha pedido a extermina-ção do estuprador, e da família. E apenas se denunciava a immobi-lidade da morte, Roma inteira a uma voz condemnava Tarquino e a sua posteridade a um exilio perpetuo, e votava aos deuses infernaes qual-quer que tentasse restabelccel-o no poder, ou restaurar um governo similhante ao d'elle.

Foi assim que nasceu a republica romana.

Mais tarde a vaidade d'uma mulher tem o poder de reformar o caracter do governo. Deixam d'existir os tribunos militares; restabe-lece-se o consulado; um dos cônsules é tirado da plebe; e nenhum cidadão romano poderá possuir mais de quinhentos bastis de terra, e o que excedesse seria distribuído pelos pobres!!!...

E tudo em resultado da emulação d'uma das filhas do patrício Fábio Ambusto, a qual, estando em casa de sua irmã, casada com um patrício também, não pôde ver com socego, e a sangue frio as honras que se lhe prestavam, como á mulher d'um dos primeiros ma-gistrados, e a que ella não podia aspirar por ser seu marido plebeu.

E a resposta, que a ambiciosa romana deu ao pai, que lhe per-guntava qual era a causa da sua melancolia e pezar, foi—E' que vós,

casasle-me n'uma família excluída das honras da republica. Quedif-ferença entre minha i-y.nã e cu!'...—

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— 12 —

Na historia moderna poderá eu também fazer boa colheita de factos que me salvaguardassem de qualquer acommettimento que se fizesse á minha proposição.

Mas demasiadamente conhecidas são por todos as Rolenas, Ar­ ques, Stuarts, Messalinas e até Leonores Telles, para me dispensar o trabalho de transcrever para aqui o que anda por ahi espalhado por todos os livros de historia.

E mesmo, a verdade é tão manifesta, que não quero acreditar em que haja alguém que a ponha em dúvida. Mas, quando houves­ se, para esses, para os incrédulos não ha baptismo, por não haver agua benta que os lave.

De mais a mais hoje que a mulher pugna, como nunca pugnou pela sua emancipação; e pela egualdade de direitos de toda a natu­ reza entra ella e o homem. Veja­se como na America Ingleza por conta e risco d'ellas e a seu bel­prazer se vão emancipando.

Alli já ha diários, redigidos por mulheres; alli já em nome de Miss. R.... se convoca um—■ meeting—; e quem do alto da tribuna eleva o povo nas azas da eloquência são mulheres, que com discur­ sos patheticos e sensibilisadores protestam contra a escravidão do sexo.

Não me recordo cm que paiz do norte da Europa é que o ser­ viço telegraphico c feito por mulheres.

As tendências vão­se espalhando, e ainda havemos de vêr a pa­ rodia da esquisita lembrança do certo imperador romano, que creou um senado de mulheres l !...

—No physico da humanidade pôde a mulher actuar de três mo­ dos; ou modificando a organisação do homem adulto, ou infundindo os vícios orgânicos no homem criança, e manifestando cm si pro­ pria um complexo orgânico muito dislinclo do que fora, antes de chegar á idade em que os sexos se olham com respeito."

Os factos, apontados já, podem também servir­me para demons­ trar o modo como o homem já feito se deixa muitas vezes dominar, não só moral, mas até physicamente pelo frágil poderio d'uma mu­ lher. Antipas até ao momento, em que Salomé lhe desenvolveu dian­ te dos olhos todos os mysterios da lubricidade d'uma dança volu­

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- 13 —

ptuosa, seria lascivo, mas não era cruel. Foi-o depois, porque o torpe furor do gozo da carne, a todos os momentos estimulado pela astuciosa devassidão da mulher que o fascinara, lhe entorpeceu as faculdades, e enervou os órgãos. O antecessor de Abdul-Azzis, actual principe dos Crentes, viveu os últimos annos inteirameute inapto para qualquer acção ou movimento, que não fosse o que o levava, com passos vacillantes e incertos, a procurar as caricias obrigadas e mentidas das sultanas; e a final morreu quando já não tinha mais força para gastar nas orgias do harem, e nos regaços perfumados das dissolutas houfiz ! !...

Este é um facto moderno.

—E quem duvida que a criança, que além dorme no berço o somno socegado da innocencia, já trouxe do ventre materno a eiva de vícios desastrosos e ás vezes incuráveis, e que ainda actualmen-te, n'aquelle leiactualmen-te, que suga nos peitos da mãe, recebe a peçonha que no futuro lhe hade envenenar a existência?!!

Ninguém. Até a indole e os sentimentos se bebem com o leite. Nero, quando se entretinha em presenciar a luta dos leões com homens mis, e observar de longe o effeito que fazia uma grande parte da cidade incendiada, e quando, finalmente, abria com um pu-nhal o ventre materno para vêr, como elle dizia, o lugar onde tinha andado, mostrava que a herança recebida da ama que o amamentou, da loba que lhe deu o leite, foi a crueldade feroz.

Em relação ao terceiro ponto interrogue-se a medicina toda; em cada pagina se encontrará a resposta. A mulher, desde que é mulher, desde a puberdade, é a séde d'uma revolução importantíssi-ma, que tanto se manifesta na saúde, como na doença; e n'esta ain-da mais do que n'aquella.

A mulher possue uma physiologia propria, e encerra em si uma palhologia particular. Eu transcrevo as palavras de Roussel no pre-facio da sua obra—SYSTEMA. PHYSICO E MORAL DA. MULHER—:

«.Dans tous les livres de médecine, où l'on se propose d'exposer la nature et l'état de l'homme sain, et connus sous le nom de Phy-siologie, on ne fait ordinairement mention de la femme que lorsqu'on vient à parler du flux menstruel, de la génération, cl de l'excrétion

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_ u —

du luit. Dans les Traités des Maladies des Femmes, ou se. borne a une simple exposition des parties qu'on croit être le siège accoutumé des affections de ce sexe. Enfim, les accouchemens donnent lieu d'exa-miner la conformation du bassin, et celle des parties qu'il renferme. Mais toutes ces connaissances solitaires représentent les membres sé-parés d'un corps, disjecli membra poctae, qu'il fallait réunir, pour leur donner l'unité, l'ensemble et accord nécessaires á un tout. l'ai cru que ce corps aurait tous les traits convenables, si, à des considé-rations sur le constitution fondamentale de la femme, qui en compo-seraient le tronc, ou prenait la peine de lier, pour en former les membres, toutes les notions detachers et particulières que nons avons sur les foulions du sexe. C'était le seul moyen d'avoir la Physiologie ou le Système Physique de la Femme.)) —

N'essas poucas linhas, que o eminente philosophe- escreveu, diz-se tudo, e ninguém diria mais, ainda que enchesse volumes. A mulher precisa que descrevam ludo, o que lhe diz respeito, ii'um tratado á parle, só d'ella. Precisa d'um livro onde se encontre, em qualquer parle, que se abra, a photographia do seu physico e mo-ral, da força e do mechanismo. 0 medico também não pôde dispen-sais, porque a sua doutrina seria bastante, se não fosse de mais, para uma especialidade; e se o especialista obstétrico não tiver uma fonte onde possa beber as ideias, se precisar de mendigar em todo o campo medico, de que lhe serve dedicar-se áquelle estudo?

A obstétrica por ora não satisfaz: limita-se á descripção dos phenomenos só desde o momento da concepção até terminar o puer-perio. Effectivamente, é n'este período que mais importância tem o estudo da mulher, mas fora d'elle ha muito e muito que nos mere-ce altenção.

Eu fui á obstétrica buscar o ponto para a minha ultima prova escolar, não para esclarecer as penumbras da sciencia, que para isso. é mister luz muito intensa; foi o desejo de me instruir nos se-gredos obstétricos, e a inclinação, que em mim sinto para a arte dos partos, que me aconselhou na escolha.

—Breves considerações sobre a extracção das secundinas—é O ponto; o desenvolvimento, sabe-o Deus, como será.

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Dividi o trabalho em primeira e segunda parte; n'aquella refl-ro-me aos casos em que accidentes pouco graves obstaram á sahida natural, ou expulsão, e portanto, é preciso proceder á extracção; e n'esta exponho as complicações graves e sérias que muitas vezes obrigam a operar immediatamente.

Oxalá, pois, que ao menos se realize o principal dos meus de-sejos... que satisfaça.

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PRIMEIRA PARTE

i

O parto não é o acto pelo qual se expelle do ventre malerno o producto da concepção. Parto é a maternidade; e a mulher, que sen-te a luz do fogo sagrado da natureza, no momento de ser mãe é que mais se identifica com o filho, e no amplexo, com que lhe circumda o pequenino corpo, exprime o desejo egoísta de se unir cada vez mais a elle.

A mulher, quando pare, não expelle o frueto que durante nove mezes dentro de si acalentara. A essência do parto é outra. Parir é dividir, e por conseguinte a causa reside em ambos, no ser procrea-dor, e no procreado. Na expulsão a força parte só d'um lado, do lado do agente expulsor; mas na parturição a influencia é recipro-ca ; a mãi sem repellir o filho procura conservar a independência, e o filho sem fugir da mãi deseja conquistar a sua.

A independência, pois, é o fim commum d'ambos, e ambos che-gam a elle pela direcção que a vida toma de dentro para fora, pelo parto.

A vida consiste no movimento, e a vitalidade cresce e diminue em cada órgão, segundo um rhythmo que depende da estruetura

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— 18

pecial d'elle. 0 utero, como órgão que é, c não dos menos impor-tantes, não se sublrahe á lei geral, mas distingue-se pela lentidão do seu movimento vital.

O trabalho preparatório da sua funcção não se realiza com a promptidão com que se faz nos outros órgãos. A acção vital é aqui mais demorada, julgo, que não tanto, porque o perfeito complemento do órgão precize de todo esse tempo para poder desempenhar a func-ção que a natureza lhe destinou, mas pelo gastar á espera que o conjuncto orgânico, e até mental, do individuo disponha de certo grau d'auxilios, que tem de lhe prestar. A quinta parle, pouco mais ou menos, da duração total da vida gasla-se n'esta preparação, de maneira que a mulher não é mulher senão depois de ter vivido um quinto da sua existência.

Parece paradoxo, mas deixa de o parecer desde que se recorde o aphorismo de Van-helmont— Propkr solum uterum mulicr est id

quod est.

E eu admilto-o, porque só n'elle (no utero) é que vejo a care-cteristica do sexo. Mas o utero nasce com a mulher... poder-me-hão dizer.

Mas não nasce a faculdade de funecionar. E a existência do ór-gão mede-se desde o momento em que principia a sua acção.

Até alli se existe não representa papel algum distincto no cur-so natural da vida. Acha-se já formado, está completo na parte ma-terial, o dynamismo é que espera o momento de poder actuar sobre o instrumento.

Por um modo análogo, da mesma maneira que o utero empre-ga a quinta parte da vida da mulher, preparando-se para a funcção que tem a executar, também todo o tempo da gravidez lhe é preci-so para se dilatar, amollecer, receber uma maior quantidade de san-gue, e adquirir mais alto grau do vitalidade. Desde este instante as tendências são outras, porque tocou o marco de limites a marcha

ascendente dos phenomenos vilães.

0 movimento, que até alli era progressivo, transforma-se ago-ra em retrógago-rado. O órgão uterino, como que cançado de laboago-ra- labora-ção tão grande, mostra tendências para o descanço, approxima-se a hora do seu somno depois de longa vigília. O utero então

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conlrahe-19 —

se, condensa-se, deita comportas nos canses da sua circulação, e reprime a sensibilidade.

E' isto o que constitue o momento decisivo e solemne; é esta a hora do perigo e das alegrias!!... Está a mulher a parir...

Silencio respeitoso e afílictivo impera na camará da parturiente ; se a mãe se sobresalta ao ouvir o primeiro vagido do filho, e instan-temente pede para o abraçar, troca-se a tristeza da duvida pela cer-teza de que está salva a mãi e o filho! !...

E passaria, efectivamente, a hora do perigo? Desde o nasci-mento da criança até ao complenasci-mento do parlo não haverá alguma cousa que se deva recear?

Ha. E quantas vezes tem acontecido que a desventurosa mãe, pensando só nas delicias do seu amor maternal, nem tempo teve de contemplar bem o recem-nascido muito amado?!!...

E' que o parto ainda se não ultimou, e o seu ultimo período podo ser precedido e acompanhado d'accidentés graves e fataes. Resta ainda a sabida das secundinas, espera-se ainda por este ultimo acto, que, senão é mais respeitável (em certos casos) do que o do nasci-mento, é, certamente, como elle tão temeroso, a ponto d'um gran-de numero gran-de vezes exigir a intervenção do operador.

Vejamos como sahem naturalmente as secundinas.

II

A superficie do utero, em que se insere a placente, torna-se suecessivamente mais pequena do que esta, em consequência das re-petidas contracções; a separação, que já principiara no segundo pe-ríodo do parto, vai-se fazendo, com tanta mais facilidade, quanto maior diminuição de vitalidade tem tido o órgão placentario, até que, com as novas contracções subsequentes á sabida da criança, são expedidas as secundinas para a vagina, que umas vezes d'ahi as lan-ça fora pela suas contracções proprias, e outras de lá é preciso ex-trahil-as.

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sim-— 20 sim-—

plesmente meclianico, e que facilmente se concebe. A acção passa-se ii'nra ponto inteiramente inaccessivel aos olhos do observador; toda-via, não é isso bastante para tolher a explicação. Quantas cousas em medicina se escondem á acção de todos os sentidos, e que nem por isso deixam de se explicar só pelos preceitos d'uma lógica se-gura?...

Este facto é d'esses. A superficie d'inserçao da placenta dimi-nue em dimensões, em consequência das contracções do utero; os laços ccllulo vasculares, que estabelecem a união entre este e aquella, rompcm-se por ser vencida a sua molleza e friabilidade ; a gravidade actua sobre o corpo descollado, que envolvido nas mem-branas do ôvo segue a direcção da abertura do collo uterino e vai deposilar-se na cavidade vaginal até que, por esforço das contracções da parte, ou da mão do parteiro, seja lançado no exterior.

Se a massa placental" se apresenta ao orifício interno do utero, umas vezes pela sua face interna, outras pela externa, e ainda ou-tras, pelo seu bordo peripherico, não me proponho eu decidir, assim como passarei adiante sem theorisar o ponto por onde principia o descollamenlo. Para o assumpto que tentei desenvolver, de nada me serve entrar n'essas minuciosidades.—Pois bem, na direcção que sigo convém-me fazer aqui uma interrogação.

Em que casos é que o parteiro terá de proceder á extracção das secundinas, por ser impossível a sua sabida naturalmente?...

i.° Quando o volume da placenta, ou antes das secundinas, fôr

excessivo.

2.° Quando se tiver rompido o cordão.

3." Quando houverem contracções spasmodicas do utero. 4.° Havendo inércia do utero.

5.° Nos casos d'adherencias anormaes.

Em todas estas circumstancias, comludo, não ha igualdade no grau de gravidade. Umas são mais graves que outras, e mesmo a natureza do obstáculo não ó o mesmo para todas ellas; algumas são casos simples que não podem arrastar perigo, nem fazer correr ris-co a vida da parturiente, mas outras, ris-conseguintemente a accidentes consecutivos, podem pôr termo á vida da mulher. D'esta espécie são o terceiro e quinto casos, mas principalmente o quinto, que só de

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— 21 —

per si pôde dar lugar a resultados de tão má indole, que seria mi-lagre oppôr-lhes uma barreira e obstar á morte. Isto, todavia, não é uma regra geral, muito principalmente se o medico parteiro diagnos-ticar a tempo a anomalia de inserção, e proceder com cuidado e sciencia ao descollamento.

Ill

VOLUME EXCESSIVO DA PLACENTA. — Eu diria antes —volume excessivo das secundinas, — por ser opinião de todos os auctores, que rigorosamente volume anormalmente grande da placenta raras vezes se manifesta, e que o mais frequentemente observado com a denominação d'esté capitulo era o falso volume ; o volume formado pela accumulação de coágulos sanguíneos dentro das membranas do ôvo. Mas, como nos livros se encontra este modo de dizer, ado-ptei-o pelo julgar por todos admittido.

É o caso em que, umas vezes, mas raras são ellas, a placenta apresenta um volume exagerado para não poder transpor o orifí-cio uterino, e em outras são as membranas do feto que, sobre-pondo-se á abertura interna do utero, recebem os coágulos do sangue derramado no interior do órgão, a ponto de não poderem passar atravez do collo, pelas suas dimensões demasiadas. Tanto n'um, como n'outro caso a placenta descollou-se e cahiu até ao col-lo do utero, mas d'ahi por diante não pôde a natureza só obrigal-a

a passar. É mister recorrer á arte, e, felizmente para a mulher que se acha n'estas circumstancias, não é perigosa nem difíicil a opera-ção. Na maioria dos casos, e principalmente quando o obstáculo é devido á retenção dos coágulos sanguíneos dentro das membranas, as tracções methodicas e bem dirigidas do cordão umbilical são suf-flcientes para terminarem o parto com felicidade. Mas, se por acaso a capacidade da abertura do collo é proporcionalmente muito mais pequena do que o volume total da massa que se quer extrahir, dif-íicil nem trabalhoso é ainda o meio operatório. Frocede-se então á ruptura do sacco, extrahem-se pela abertura os coágulos, e

(18)

puxan-— 22 puxan-—

do, em seguida, pelo cordão fica o ntero alliviado. Quando, porém, o angmcnto do volume depende da placenta, o processo operatório é outro, c o parteiro precisa d'usar da mão, ou para obrigar a pas-sar as secundinas inteiras atravez do collo, ou para destruir o cor-po placentario, e reduzil-o a dimensões procor-porcionaes ás do canal por onde tem de passar. Ainda assim o processo é simples. Consis-te em introduzir a mão na vagina, e, gtiiando-se pelo cordão, apa-nhar com dous dedos o tecido da placenta, e extraliil-a por meio de tracções enérgicas ou reduzindo-lhe o volume.

Este accidente lerá muita gravidade, e poderá mesmo pôr em risco a vida da parturiente, se, obstando á sabida do sangue, occul-tar uma hemorrhagia, que produzirá a morte se opportunamente se não der fé d'ella. Exceptuando este caso, o volume excessivo das secundinas nunca fará recear pela sorte da mulher.

IV

RUPTURA DO CORDÃO. — Quasi todos os andores consideram esta circumstancia como um verdadeiro accidente, como um obstá-culo á sabida natural das secundinas, e que obriga a extracção. Por qualquer lado, que olhe o facto, não encontro razão para eu também assim julgar. Metli a ruptura do cordão na conta dos accidentes, mas foi exactamente para poder aqui negar-lhe o lugar.

Uma de duas, ou a natureza tem força para poder expellir as secundinas, e por conseguinte não lhe é mister o cordão, ou a ex-pulsão não se pôde fazer, mas então o obstáculo não deve attribuir-se á falta d'elle.

Fois para que é preciso o cordão quando a natureza é que opéra?!!...

A força natural actua impellindo, e não altrabindo; precisa por-tanto d'uma superficie sobre que exerça a acção impulsora, e não d'um ponto onde applique o agente attractor.

Não concordo, pois, com a maioria dos auetores, e creio que n'esta minha desharmonia não se envolve desconsideração para elles;

(19)

9

— 23 —

pois que os motivos são evidentes e de primeira intuição. Conse-guintemente alrevo-me a formular a seguinte proposição: — A

ru-ptura do cordão não é accidente que obste á expulsão das secundi-nas—

V

INÉRCIA DO UTERO. — E tão obvia a influencia d'esté accidente sobre a conclusão do parto, como sem importância se mostra o caso que precede. E, effectivamente, como em outra parte já disse, as contracções, que succedem quinze ou vinte minutos ao nascimento da criança, são necessárias e indispensáveis, já para terminar o des-collamento, já para expellir o corpo estranho. E que aconteceria, se por um motivo qualquer, por uma atonia do utero, por um esgo-tamento geral de forças, devido ou á mizeria, ou a moléstias passa-das, ou mesmo ao longo e fatigante trabalho do parto; digo, se por um motivo d'estes terminassem as contracções do órgão uterino?... Nem a placenta se separava completamente do utero, nem po-dia ser expellida no caso de estar já separada. É, certamente, isto o que muitas vezes o medico encontra na prática obstétrica, e outras tantas o obriga a proceder á extracção, por ser o meio mais prom-pto e seguro para obstar a resultados tristes e fataes.

Este é um dos accidentes mais graves por se manifestar quasi sempre uma hcmorrhagia dimanente dos vasos que se romperam com o descollamento parcial da placenta, e que se não obliteraram por faltar a contracção, que, como se sabe, é o agente mais notá-vel d'aquella obliteração. E, como que isto ainda fosse pouco, junta-se mais a difficuldade com que frequentes vezes tem de luetar o parteiro para diagnosticar a inércia. A propósito d'isto citarei as palavras de Ant. Dugés, no seu artigo — INÉRCIA DO UTERO — do

Dictionnaire de medicine et de chirurgie:

«.L'inertie se reconnaît quelque fois assez difficilement, cl ilest même bon de se rappeler qu'aprez la parturition il se manifeste dans

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Vu-— 24 Vu-—

terns des alternatives de contraction et de relâchement, quelque fois avec douleur (tranchées) lors de la manifestation des premières.

ail ne suffit donc pas que la matrice reste mollasse à la main qui la cherche à la région hypogaslrique pour qu'on déclare qu'il y a inertie; il faut encore qu'elle ail un volume plus ample qu'elle ne doit avoir après sa reduction; qu'elle fiole pour ainsi dire flasque, large et aplatie au devant du rachis jusqu'au niveau de l'ombilic, et même dcvanlage, il faut que cel'élat de flaccidité soit permanent ou à peine interrompu par quelques roidissements imper fails.))

D'esté modo, quantas vezes se hade diagnosticar inércia o que não é senão uma alternativa de contracção e relaxação?!

E quantas vezes também inutilmente se procederá á extracção? É de necessidade, portanto, attender seriamente ás instrucções de Dugés para que se não institua imprudentemente uma therapeu-tica inconveniente e até perigosa. Mas verificada a inércia, qual é o caminho a seguir?

0 que primeiro lembra é a indicação racional —restabelecer as

contracções.

Têem-se empregado os tónicos excitantes — a cravagem de cen-teio— e as compressas d'agua fria sobre a região hypogastrica e nas virilhas. Tanto d'uns como d'outros meios pouco resultado tem tira-do a therapeulica. A titilação, preconisada por Levret, não tem sitira-do mais proveitosa do que a immersão da extremidade do cordão em agua fria, aconselhada por Guillemot; nem a introducção— d'um dedo no anus da mulher, e as tracções exercidas sobre os pêllos do monte de Venus, tão usadas por Touretle, excedem os resultados benéficos obtidos por Trousseau com os clisteres d'infusao de folhas de sene!!!...

Quer dizer; por todos estes modos têem os seus auetores podi-do provocar as contracções podi-do utero, mas topodi-dos elles também têem falhado em casos bem determinados d'inercia do órgão. Em conclu-são, o meio mais seguro e mais efficaz consiste na introducção da mão do operador na cavidade uterina, c n'um certo grau d'attricto, produzido nas paredes interiores do utero, até provocar as contrac-ções. As tracções sobre ó cordão nunca devem tentar-se com o fim

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— 25 —

de prevenir algum accidente desagradável, como seria a inversão do utero, ou alguma hemorrhagia, que pela presistencia da inércia se-ria prompta e inevitavelmente mortal. E no caso em que o medi-co se decida pela extracção deve previamente proceder a um exa-me que o certifique de que não ha inserção anormal.

VI

CONTRACÇÕES IRREGULARES E SPASMODICAS DO UTERO.—Deno-minate assim a retracção spasmodica d'uma porção ou da totalidade do utero. Por esta descripção resumida do phenomeno, não é diffi-cil conceber o modo como se possa levantar um obstáculo á sahida das secundinas. Certamente; uma zona, uma callote, ou mesmo a totalidade do órgão formaram um envolucro ao corpo estranho so-bre que se contrahiram, que d'alli não ha tiral-o emquanto se não desfizer a retracção spasmodica. Ou assim, ou a obturação dos ori-fícios interno e externo da madre, em consequência da contracção das fibras circulares dos sphincteres, é o modo porque n'este caso se não realiza a expulsão das secundinas.

D'isto é que nasceu a vontade de dividir os spasmos uterinos em espécies distinctas, senão na natureza, ao menos e acertadamen-te, na sede do phenomeno.

E porque nem todos affrontavam a questão pelo mesmo lado, d'ahi veio também a divergência na divisão. Uns, e como principal entre elles Guillemot, queriam duas espécies—spasmos hour-glass—, em que o orifício interno do collo se contrahia e o utero tomava a configuração d'uma garrafa; e—spasmos por engastamento—no caso em que uma porção só do corpo uterino se apertava sobre a massa estranha, em virtude da irritação local por ella produzida, formando-lhe um verdadeiro engaste.

Stoltz foi mais além que Guillemot, e fez maior divisão, admit-tindo quatro espécies: 1.° spasmo do orifício externo do collo—2.°

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spasmo do orifício interno—3.° spasmo d'uma ou muitas porções do utero—e 4.° spasmos da totalidade do órgão.

A differença estava na contracção spasmodica da totalidade, ena do orifício externo. E eu pendo para as ideias de Guillemot, porque não encontro um só auctor, e até o próprio Stoltz, que não confesse a raridade da retracção do orifício externo. Mas essa mesma rari-dade também se pôde negar, desde que se mostrar a flacidez e a tendência extrema, que tem o tecido d'aquella parte, para voltar ao estado e forma primitiva de que sahira na occasião do parto.

Com o segundo modo não acontece o mesmo; o phenomeno ahi é bem distincto, e accessivel não só ao tacto como também aos olhos. Quer por um, quer por outro meio d'observação encontra-se o collo dillatado na sua metade inferior, assimilhando-se a uma porção do intestino grosso, e franjado no orifício interno que se tapa qua-si completamente, qua-simulando um estrangulamento. A cavidade ute-rina fica dividida em duas partes desiguaes, uma maior do lado su-perior e outra menor do lado inferior; e d'esta disposição ou simi-lliança, que o órgão apresenta, com uma garrafa é que nasceu a de^ nominação creada por Guillemot para designar aquella espécie de spasmo. A força desenvolvida pelas fibras musculares da zona con-trahida é demasiada e causa espanto. Frank compara o collo n'estas circumstancias a um circulo de ferro.

A placenta umas vezes fica inteira dentro do utero, e n'outras, como que sendo abraçada pelo spasmo, encontra-se parte d'um lado e parte do outro. Isto não tem influencia alguma, nem na gravidade do mal, nem no tratamento d'elle; em ambos os casos é preciso es-perar pela acção da natureza todo o tempo que a prudência e juizo medico do prático julgar conveniente. Mas, quando digo que é mis-ter esperar, não intento de qualquer modo propagar a ideia de que o medico, quando espera, contempla de braços cruzados a marcha boa ou má do caso mórbido. Por espectação tomo eu o procedimen-to muiprocedimen-to outro, muiprocedimen-to différente, do que junprocedimen-to do leiprocedimen-to do enfermo não cessa d'interrogar todas acções da vida até conhecer se ella de per si terá força bastante, ou do que precisará para não suecumbir na lucla.

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pro= 27

-ceder d'outro modo; limitar­me­hei a vêr se a resolução se faz na­ turalmente, e ajudal­a­hei quando muito com a applicação das pre­ parações d'opio, até que julgue chegado o momento de ser mais enérgico.

O spasmo mostra tendências para a permanência?...

Deverá a mão do parteiro fazer o que a natureza não reali­ zou!..

E' sim; é agora que o operador introduz a mão, envolvida em po­ mada de belladona, na vagina da parturiente, mette depois um dedo

!no orifício do collo, em seguida outro, e outro até que de todo se

tenha praticado uma dillatação gradual.

Relativamente ás outras espécies de contracção não admitto se "não as irregulares do corpo do utero, ou o spasmo por engastamento de Guillemot. Colloco­me assim n'uma posição intermedia, fico en­

;tre Stoltz e Guillemot, nem sou adepto das doutrinas d'um, nem se­

ctário das ideias do outro; não comprehendo só duas espécies, as­ sim como não posso, nem preciso de conceber quatro; apresento só ires. Fallei já de duas, resta­me a terceira.

Peu foi o primeiro que fallou d'esta espécie d'spasmos. Guille­ mot foi que a denominou—engastamento—e Levret descreveu um caso em que, examinando uma mulher, encontrou dentro da madre uma abertura estreita que communicava com uma camará membranosa, onde estava retida a placenta.

Gomo se vê da descripção, o caso de Levret não é o verdadeiro

engastamento de Guillemot, porque o engaste era formado por um

perfeito kysto, e não pelas pregas d'uma porção do utero contrahi­ da. A maior parte dos auetores mettem o enkystamento na conta dos spasmos irregulares do corpo do utero, e distinguem duas or­ dens— engastamento por enkistação—e engastamento por encastoação.

Comtudo, eu julgo haver tanta differença entre ellas, em rela­ ção ao modo da sua origem, que nem mesmo se podem approximar; ■mas, como o meu fim é todo práctico, não ha para mim inconve­

niente em referir­me a ambos n'este mesmo capitulo.—Acredito que tem havido confusão nos auetores que se teem oceupado d'esté as­ sumpto; creio mesmo que se não teem apreciado bem os cazos em que se observou o enkistamento da placenta. Os kystos, os verda­

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_ 28 —

deiros kystos encontrados por muitos parteiros, e até alguns multi-loculares, como os dous observados por Velpeau, não podem no meu pensar confundir-se de modo algum com a cellula formada pela con-tracção spasmodica da callote immediatamente excêntrica á periphe-ria da placenta. No primeiro caso ha uma vesícula constituída ape-nas por uma membrana, no segundo é uma maior ou menor por-ção do tecido do utero, que se contrahiu violentamente, e que n'es-ta approximação rápida e anómala envolveu parcial on ton'es-talmente a massa placental*.

Como, pois, collocar os dous phenomenos no mesmo plano em relação á cauza e origem?!...

Está hoje fora de dúvida, que a face concava ou fetal da pla-centa é forrada por uma membrana, que nada mais é que um pro-longamento da —caduca—, e que na opinião de muitos também se reflecte na face convexa, interpondo-se ao contacto entre o utero e

o centro circulatório do feto (a placenta).

E porque não ha-de ser esta membrana, provavelmente modifi-cada na sua estructura e constituição intima, que forma o sacco hystoso? Eu assim o creio, e ainda mais m'o vem confirmar Vel-peau com a sua observação de kystos multiloculares. E confirma-se a minha hypothèse, porque todos sabem que a caduca, forrando a placenta, acompanha os cotyledones nas suas circumvoluções, pene-trando até á profundidade das anfractuosidades que os separam, e sen-do assim, nada mais fácil e natural que estender-se a modificação da estructura da membrana d'envolucro até estes prolongamentos, e dar assim lugar aos repartimentos do kysto. Eu não sinto escrúpulo em acceitar esta explicação, nem encontro outro modo porque se possa dar a razão do phenomeno.

Porém, isto é um ponto d'etiologia, que, apezar de muito im-portante, não tem comtudo, valor algum real para a práctica ; isto é, para a boa therapeutica.

Aqui os factos, taes como elles se nos apresentam, é que nos guiam para o tratamento. No caso de engastamento a medicação deve ser mera e simplesmente especlante até ao momento opportuno de proceder com a mão armada ou desarmada. Não quero dizer, com-tudo, que" não haja alguma cousa a fazer emquanto se espera,

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por-s

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que ha, e não é pouco. Os banhos quentes, as fricções quentes—as injecções calmantes e anti­spasmodicas, a sangria mesmo, e a appli­ cação interior das preparações opiadas, de belladona e almíscar, são os meios racionalmente indicados, e que em muitos casos não teem deixado de corresponder á espectativa. No caso em que houver hys­ to da natureza, que ha pouco referi, não é á pharmacologia que o práctico tem de pedir recursos; aqui de nada vale tudo quanto a ma­ teria medica expõem e ensina. A natureza com enérgicas contrac­ ções, ou o parteiro com o seu braço, são o—spes única—da thera­ peutica. E' preciso que se abra o kysto, e só uma ou o outro é que pôde realisar a abertura.

VII

INSERÇÃO OU ADIIERENCIA ANORMAL DA PLACENTA. — Houve muito quem negasse a existência de adherencias entre a placenta e o utero, que não fossem as geralmente conhecidas — os numerosíssi­ mos vasos utero­placentares — ; comtudo, hoje quasi que ninguém ha que os não admitta. Baudelocque, quando diz: Rien n'es I plus

rares, que les adhérences extraordinaires du délivre,)-' dá claramente

a entender que as admitte, mas que as considera muito pouco fre­ quentes. Levret, decididamente, declara que não podem deixar de haver adherencias anormaes entre o utero e certas placentas que tenazmente resistem á separação. E Velpeau, citando os casos valio­ síssimos da sua extensa práctica, diz: — «.J'ai vu le placenta dur,

épais, jaunâtre, ayant perdu son aspect spongieux tantôt sur quelques points, tantôt clans toute l'étendue de sa surface utérine. Je l'ai vu

rempli de masses homogènes grosses comme des noix ou des œufs de perdrix, dures, élastiques. Au lieu, d'etre plus fortes, ces adhérences étaient au contraire sensiblement moindres dans ces divers cas.»—■

Estes très nomes bastam para auctorisar a existência das adheren­ cias anormaes, mas não são sufficientes para attestar a verdadeira natureza d'ellas.

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30

-E, efectivamente, não tem havido ponto mais controvertido, áò que a etiologia da inserção anormal da placenta. Invoca-se a trans-formação fibrosa do tecido cellular inter-existentej affiança-se uma degeneração heteromorpha ; antepoem-se as concreções calcareas, os coágulos das hemorrhagias interplacentares, e, finalmente, naô sei por quantos mais modos se tem querido explicar o caso mór-bido!!...

Cazeaux diz que a opinião mais geralmente admiltida é a da concreção e organisação da lympha plástica derramada na superfície utero-placentar cm presença d'um trabalho inflammatorio pouco in-tenso. E tão pouco intenso, accrescentarei eu, que nem de si si-gnaes appareceram. Eu, concordo, mas não deixarei de fazer uma pergunta. — Para que se derrame a parte plástica do sangue não bastará o estado de congestão em que, durante a gravidez, se acha aquella parte?!...

Na affirmativa penso que se poderá prescindir da inflammação para explicar o phenomeno.

Que se deverá fazer, pois, em presença d'uma placenta anor-malmente inserida?

E preciso distinguir dous casos; ou ha adherencia completa, ou parcial. No primeiro, como não se manifesta accidente grave que justifique a urgência, ficar-se-ha na expectação ; e no segundo, pro-ceder-se-ha immediatamente á separação desde que se manifestar a consequência mais temerosa e frequente, a hemorrhagia. N'este sen-tido ha também grandíssima divergência entre os auetores. Querem uns provocar primeiro o descollamento natural, promovendo as con-tracções enérgicas do utero pela applicação dos estimulantes, espe-ciaes, e especialmente a cravagem de centeio ; e n'esta práctica ha a lastimar muitos resultados funestos, que, de certo o não seriam se o práctico, querendo introduzir a mão no utero, não o encon-trasse horrorosamente contraindo pela acção do centeio espigado, a ponto de se não poder abrir caminho até á placenta.

Outros, querem absolutamente que a natureza faça tudo, e que o parteiro, sem se envergonhar do papel que representa, espere pela expulsão!!!...

Baudelocque, Levret, Yelpeau, Desormeaux, P. Dubois e Pajot,

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— 31 —

entendem que se deve proceder á extracção desde o momento em que se reconhecer a anomalia d'inserçao, e que só cessarão as ma-nobras obstétricas, quando se notarem indícios, de que podem so-brevir accidentes ainda mais graves. Eu adopto a opinião dos illus-tres prácticos.

VII

A C C I D E N T E S S E C U N D Á R I O S , O U S U P E R V E N I E N T E S A O S Q U E F I C A M

REFERIDOS PRECEDENTEMENTE.—Mesmo observando escrupulosa-mente os preceitos, que a sciencia enuncia para se remediar o mal nos casos precedentes, pôde acontecer, que, nem o operador veja coroados os seus exforços com o premio da victoria, nem a família da parturiente entoe louvores merecidos ao salvador da mãi des-venturosa, que, entre o seu leito de dòr e o berço do filho bem querido, viu tão aterradoramente o phantasma da morte!!

Especialmente nos casos de contracções spamodicas, e de adhe-rencias anormaes da placenta com o utero, podem sobrevir acciden-tes, que muitas vezes põem a vida da mulher em perigo, e em al-gumas tèem produzido a morte.

Os principaes são: a hemorrhagia—o descolamento tardio da

placenta—, que quasi sempre dá em resultado um derramamento

considerável de sangue — e a absorpção pútrida da placenta. Não entra nas attribuições d'esté meu trabalho o descrever o modo, como se réalisa cada um d'estes accidentes ; devo apontal-os, mas não descrêvel-os.

Mas, apesar d'isso, não deixarei de dizer que a hemorrhagia é quasi sempre a consequência da retenção e adhercncia incompleta da placenta, e que o fluxo sanguíneo é tanto mais considerável, quan-to maior é a porção que ainda se acha adhérente.—A gravidade do descoUamenlo tardio depende também do derramamento que se ma-nifesta na superficie em que se fez já a separação, e por

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conseguin-— 32 conseguin-—

te quasi que entra na conta do caso precedente. E, finalmente, em relação á absorpção pútrida da placenta, todos sabem o que é para a vida do doente a manifestação dos symptomas d'uma infecção pu-rulenta; e, infelizmente, a placenta, demorando-se descollada den-tro da cavidade uterina, acha-se rodeada por todas as condições que provocam e auxiliam a putrefacção, a fermentação pútrida faz-se, em seguida absorvem-se as matérias apodrecidas, e a infecção manifes-ta-se.

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SEGUNDA PARTE

i

Lors qu'il survicntdes accidents, com-me une hemorrhagic uterine, des con-vulsions, etc., pendant la délivrance, ou losqu'elle se prolonge anormalement, la femme est exposée á périr, si on ne la délivre pas, et si l'on ne remplit pas les autres indications spéciales à chaque cas.

J. JACQUEMIER.—Manuel des

Accou-chements et des maladies des femmes grosses et accouchées. Tome second, pag. 510.

No medico operador, especialmente, exige o bem da humani-dade uma impassibilihumani-dade requintada, e que chegue mesmo a con-íundir-se com a insensibilidade repellente do cynico. É mister que seus ouvidos se cerrem e não ouçam as tristes harmonias da dôr e das angustias, e que o seu braço não vacille ao pegar no instrumen-to com que muitas vezes instrumen-tortura o seu similhante. Finalmente, o medico quasi que tem obrigação de se rir quando o infeliz, que sof-fre, chora, e de que com o rosto sereno e immutavel comtemple as scenas mais afflictivas e commoventes dos soffrimentos humanos.

Mas quantas vezes o dever não pôde vencer a natureza, o cora-ção triumpha das conveniências, e a lividez da face atraiçoa o sen-timento simulado?!...

(30)

— M —

Pois que queria a sociedade do medico?...

O homem nunca pôde assimilhar-se a um monstro.

As pulsações do coração não se podem abafar; e, emquanto o o coração bater, o homem ha-de sentir, e, emquanto sentir, não pôde ser estranho e insensível á desventura dos outros. E o medico é homem, e á cabeceira do doente, n'aquella hora respeitável e so-lemne em que o desventurado, que soffre, julga ter junto a si o an-jo salvador, um novo Messias, o medico não podia enganar o en-fermo.

Se o fizesse* abdicaria da sagrada missão que jurou, quando se deixou investir com as honras do sacerdócio, e seria perjuro e cri-minoso convicto de mil culpas!!!...

O medico é muito outro do que por ahi geralmente se pensa ; elle não se occupa unicamente das desordens materiaes ; elle chega muitas vezes até ao leito da dôr para consolar, para acalmar os sof-frimentos da alma, e se mente, é porque a vida do doente assim o exige. A fc e a esperança do enfermo tem grandíssima influencia no restabelecimento da saúde, e quantas vezes é preciso mentir para fortalecer o.animo do infeliz?...

Ahi está o que é o medico. E o homem condemnado a ouvir os gritos da mulher que quasi se acha exangue, e do mancebo que acabou de vomitar bacias de sangue, pedindo-lhe que os salve, e elle sem lhes poder dar remédio para conservar a vida, e presen-ciando muitas vezes o estrebuxar da agonia!!

O parteiro é muitas vezes testimunha presencial d'eslas scenas de lagrimas e luto.

Os accidentes, cuja analyse constitue o assumpto da segunda par-te do meu trabalho, são uma prova d'aquella asserção.

1!

DIVISÃO.—Na classificação dos accidentes, que immediatamen-te reclamam a extracção das secundinas, ha a. mesma divergência,

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— 35 —

que se nota era quasi todas as cousas de medicina. E isto, que não seria muito para admirar entre escriptos de auctores différentes, certamente, que causa espanto, quando se encontra em différentes pontos do mesmo livro!!

E, efectivamente, alguns auctores, debaixo d'esta denominação, faliam unicamente d'um caso, em que a urgência da acção do medi-co é manifesta ; outros referem dous, e, finalmente, outros fazem a conta de três.

Alguns, fazendo a descripção especial de cada um dos casos, não lhes reconhecem a gravidade, que obriga a operar immediata-mente, e em que se basearam para fazerem a divisão !

A maior parte admitte três espécies, que pelo risco em que põem a vida da mulher obrigam o medico a operar.

1.° As hemorrhagias uterinas intensas. 2.° Convulções eclampticas.

3.° Ruptura do utero.

Farei brevíssimas considerações sobre cada uma d'eltas, mas desde já declaro que, quando muito, só considero duas nas condi-ções da espécie a que as fizeram pertencer.

As hemorrhagias consideráveis considero-as sempre, a ruptura do utero só algumas vezes, e as convulções eclampticas nunca.

III

HEMORRHAGIAS UTERINAS—Todos sabem que é este o mais gra-ve de todos os accidentes que acommettem a mulher mesmo antes, durante e depois do nascimento.

E a grandeza da sua gravidade perfeitamente se avalia, sabendo-se que poucas horas bastam para que sabendo-se extingúa a vida da partu-riente, por ter perdido todo o seu sangue até á ultima gotta I As suas causas são diversas. 0 descollamento parcial da placenta impedindo as contracções francas e enérgicas de todo o órgão, obsta á oblite-ração dos vasos utero placentarios, que já se romperam, e dá lugar á hemorrhagia. A separação total ou parcial, mas acompanhada de

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— 30 —

enercia uterina, é também uma causa, e, infelizmente, é a mais sé-ria e frequente.

lia também a considerar duas ordens de derramamentos—derra-mamento interno e derraderramamentos—derra-mamento externo—. O externo é fácil de re-conhecer, e umas vezes corre o sangue em pouca quantidade, mas durante muito tempo, e se não se lhe oppozerem os meios adequados para o estancar, poder-se-ha tornar sério ; outras é notavelmente abun-dante, e o sangue sahe aos jorros.

Assim pouco tempo é preciso para se manifestar, primeiro a fra-queza, depois a syncope, pcqúenhez de pulso, pallidez da face, op-pressão do estômago, dores nos rins, convulsões e logo a... morte!

A liemorrhagia interna é mais insidiosa, porque pôde passar desapercebida, e só se dar a conhecer pelos seus effeitos desastro-sos, quando já não é tempo de a remediar.

Tudo o que obstruir a abertura do collo, ou mesmo uma posi-ção viciosa do utero, a grande obliquidade, por exemplo, pôde ser a causa de se conservar occulta até ao instante fatal.

Em presença d'uma hcmorrhagia que se deverá fazer? Proceder cohcrentemente com o que se disse das causas. Havendo descollamento parcial, completar a separação, e extra-hir a placenta; e no caso de descollamento total, acompanhado de inércia, tratar antes de mais nada de promover as contracções, ou por meios pharmacologicos, ou por meios mechanicos, applicando ao mesmo tempo os hemoslaticos ; e só depois de verificar, que tudo isto foi inutil, é que se deverá tentar a extracção.

Aqui mesmo, no caso d'hemorrhagia, se está a vèr claramente que também ha occasiões, cm que, muito ao contrario de se fazer a extracção rápida e immediata, é conveniente esperar-se o momento opportuno.

E o que aqui acontece uma vez em vinte casos, nas outras es-pécies póde-se dizer que se encontra na proporção de mais de oi-tenta por cento.

(33)

— 37 —

IV

CONVULSÕES ECLAMPTicAs—Julgo incompatível a extracção das secundinas com a existência de similhantes convulsões.

À irritação produzida pela mão do operador, sobre a superficio do utero, augmentaria os movimentos convulsivos da eclamptica, e o práctico, querendo remediar um mal, ia produzir outro maior.

E', pois, minha convicção que raríssimas vezes devemos intro-duzir a mão no utero d'uma eclamptica com um fim qualquer, mas muito menos para descollar e extrahir a placenta.

Será esta a norma da minha práctica, porque supponho que a eclampsia é uma doença nascida unicamente d'uma alteração do san-gue, que pôde ter muita relação com a gravidez pelas modificações que o liquido nutritivo soffre durante aquelle tempo, mas não tem nenhuma, absolutamente nenhuma com o acto da parturição.

E então para que dar tanta importância á retenção da pla-centa?...

V

RUPTURA DO UTERO—A ruptura do utero é uma circumstancia gravíssima em relação ao parto, pela serie d'outros accidentes a que

pôde dar logar.

Rompe-se o utero durante os primeiros períodos do parto, cahe o feto na cavidade peritoneal, c só a gastrotomia é que pôde apro-veitar.

N'este caso, se, a placenta se descollou e seguiu o mesmo ca-minho do feto, o processo operatório não é difficil, porque se tira por onde se tirou a criança.

(34)

38 —

pela incisão da gastrotomia até ao utero, e d'ahi para a vulva, e es-pera-se que a separação se faça naturalmente.

De modo, que mesmo n'este caso não vejo eu urgência d'extra-hir a placenta do utero; da cavidade peritoneal, sim, porque, ahi de-morada, poderia dar lugar a incómmodos mais sérios.

Existindo unida ainda ao utero, a natureza é que trabalha, e o parteiro observa.

Terminei do modo que pude; e se mais não fiz, foi que a mais não podia chegar, porque vontade de sobejo a sentia. Foi só para satisfazer á lei, que d'esté trabalho me não dispensava.

(35)

PROPOSIÇÕES

l.: l AiaaíocaíÈsi

0 pisiforme é o único osso curto e par do esqueleto que se não pôde conhe-cer se é direito ou esquerdo.

S.a P h y s i o l o g i a

A saliva tem a propriedade de fazer emulsões com as matérias gordurosas.

3.a M a t e r i a m e d i c a

Ha medicamentos abortivos.

4.a PatScoUogia e x t e r n a

Os abscessos por congestão não se elevem abrir.

5.a Operações

Nas grandes operações deve preparar-se o doente pbysica e moralmente.

0.a P a r t o s

A auscultação é um meio diagnostico infallivel na gravidez. Ï.'1 Patitaolioijia «ntersia

Na febre typhoïde não ha tratamento exclusivo.

8.a Anatoiaiia js«15ío3»giea

Na consolidação das fracturas não ha.eallo provisório.

Í9.a l í y g s e n e piibliea

Os soccorros domiciliários, debaixo do ponto de vista medico c moral, são preferíveis aos hospitaes.

Aup'rovada

Pedro Augusto Dias.

P o d e i m p r i m i r - s c .

Porto 20 de Julbo de 1867.

Dr. Assis, DIRECTOR.

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