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OS SEGUROS E 0 FINANCIAMENTO DA ECONOMIA ()

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Estudos de Economia, vol. VI, n.' 1, Out.-Dez., 1985

OS SEGUROS E 0 FINANCIAMENTO DA ECONOMIA

(*)

Carlos Pereira da Silva

(* *)

A) lntroduc;ao

Aquando da realizagao da 1. a Conferencia Nacional dos Economistas

apresentamos um trabalho em colaboragao (1), cujo tema era o papel dos seguros como sustentacula do crescimento econ6mico.

Tratava-se de uma investigagao sabre a fungao do sector de seguros enquanto gestor do Fundo da Mutualidade dos Segurados e produtor da informagao sabre riscos seguraveis.

Gragas a esta fungao os seguros reduzem a incerteza que rodeia as actividades de consume e do investimento dos agentes econ6micos, limitando--se estes a gerir os riscos dinamicos ligados

a

optimizagao daquelas actividades e deixando para os seguradores o papel de gestores do risco aleatoric puro. Atraves de um decreta de 1982 (2) o Governo regulamentou a margem de solvencia das empresas de seguros e as formas de constituigao e aplicagao das provisoes tecnicas, provisoes financeiras estas que garantem a satisfagao dos compromissos financeiros assumidos pelos seguradores, quer no que diz respeito

a

sua estabilidade econ6mica, quer face

a

comunidade dos seus segurados.

Em trabalhos recentes, Seixas Vale (1983) e Pereira da Silva (1972) debrugaram-se respectivamente sabre a metodologia e os aspectos financeiros fiscais e sabre as consequencias a curta prazo da constituigao da margem de solvencia, criada pelo respective decreta; mas embora defendendo a existencia de garantias financeiras, consideram que o mesmo decreta nao teve

(*) Agradecemos ao Prof. Martins Barata, presidente da Comissao Directiva do Centro de lnvestigac;:ao em Economia Financeira (ClEF}, a sua colaborac;:ao na elaborac;:ao e estimac;:ao do modelo econometrica e ao colega Antonio Martins, assistente do ISE e membra do ClEF, a sua ajuda na criac;:ao do ficheiro de dados. Ao Dr. Seixas Vale, presidente da Companhia de Seguros Mundial Confianc;:a, e ao Dr. Jose Lameiras, director da Companhia de Seguros Imperio, expressamos a nossa gratidao pela leitura crftica que fizeram ao nosso trabalho. Obviamente assumimos a responsabilidade integral dos resultados aqui apresentados.

(* *) Assistente convidado do ISE, equiparado a bolseiro. Membra do Centro de lnvestigac;:ao em Economia Financeira e do Institute dos Actuaries Portugueses. Prepara actualmente uma tese em Economia de Seguros na Unversidade de Orleaes. Obteve o Diplome d'Etudes Approfondies (DEA) nesta Universidade no ano lectivo 1982-1983.

( 1) Pereira da Silva e Ernesto Vitor, «Os seguros como elemento sustentador do processo

de crescimento econ6mico», Revista Egide, Associac;:ao Portuguesa de Seguros, nos 9 e 10, Lisboa, 1983.

(2) V. Decreta n. o 98/82, de 7 de Abril.

(2)

em conta a situa9ao real da industria de seguros em Portugal e o estado actual do mercado financeiro.

Na primeira parte do presente trabalho voltamos a abordar aspectos macroecon6micos ligados

a

actividade seguradora, agora atraves de uma pesquisa sobre o papel dos segurados como meio de financiamento da economia nacional, isto e, o sector de seguros como gerador de fundos financeiros para o investimento (3}. .

Na segunda parte testamos um modele econometrica simples que pretende explicar, para o perfodo de 1960-1982, a evolu9ao das previsoes tecnicas nao s6 em fun9ao de algumas variaveis financeiras e de pre9os, mas igualmente de um indicador da produ9ao nacinoal, o PIB a pre9os constantes.

8) Provisoes tecnicas e financiamento da economia

1 - Conteudo e fins das provisoes tecnicas e livres

Possuem as companhias de seguros duas especies de reservas financeiras. Uma constitufda pelas provisoes tecnicas dos ramos de seguro que exploram e que servem de garantia

a

consuma9ao dos contratos de seguro em vigor nas suas carteiras de ap61ices existentes (4

). Outra que inclui as reservas livres e as reservas legais, que, tal como em qualquer outra actividade, garantem a perenidade da empresa, isto e, a sua solvabilidade face aos agentes econ6micos que nela investiram (5).

As provisoes tecnicas regulamentadas pelo diploma ja citado sao de dois tipos:

a) Provisoes para premios, englobando:

Provisoes para riscos em curso dos ramos nao vida; Provisoes matematicas do ramo vida;

Provisoes para incapacidades do ramo acidentes de trabalho.

b) Provisoes para sinistros, que incluem:

Provisoes matematicas para pensoes resultantes dos acidentes de trabalho (6

};

Provisoes tecnicas para sinistros;

Provisoes para desvios de sinistralidade do seguro de credito C).

(3) Louberge (1981) fala de uma oferta de fonds pre tables par parte das companhias de seguros.

(4) Skogh (1982) e Doherty (1981) consideram que o «prod uta» seguro se relaciona com o

pagamento das indemniza96es.

(5) Estao neste caso os accionistas, o Estado e mesmo os pr6prios segurados.

(6) Ha quem considere esta provisao como provisoes de pemios, uma vez que elas servem para o pagamento do premia unico de uma renda vitalfcia a pagar ao pensionista dos acidentes de trabalho. A ser assim estavamos a influenciar os valores dos premios ou a criar premios artificiais.

(3)

As provisoes tecnicas para riscos em curso (8

) dizem respeito aos ramos

nao vida, com excep9ao de acidentes de trabalho, e sao constitufdos porque o segurador recebe no infcio do contrato um premia par um risco que vai correr durante todo o perfodo, podendo este nao coincidir com o exercfcio contabilfstico. 0 segurador constituira no final do ana uma provisao tecnica equivalente em regra a 1/s da sua receita de premios da carteira nao vida, de forma a responder pelas indemniza9oes que possam vir a ser exigidas em perfodo posterior (9).

E

uma conta de especializa9ao de receitas par exercfcios a que quase poderfamos chamar, par compara9ao com o Plano Oficial de Con-tabilidade, como de proveitos antecipados.

As provisoes para incapacidades temporarias do ramo de acidentes de trabalho correspondem a 1f1o dos premios

e

seus adicionais do exercfcio

e

garantem o pagamento das incapacidades temporarias relativas aos sinistros que ocorram nesse mesmo exercfcio e regularizados no seguinte e as pensoes ja em curso mas ainda nao homologadas pelo tribunal.

As provisoes matematicas do ramo vida sao constitufdas para garantir aos beneficiaries dos contratos deste ramo o reembolso dos capitais e rendas incertas (vitalfcias au temporarias) contratados pelos segurados no infcio· dos mesmos.

Baseado nas leis de calculo de probalidades, e tendo em conta a taxa de jura de Iongo prazo (1°), o segurador poe de reserva em cada ana a diferen9a entre as suas responsabilidades actuais e as do segurado (11

).

E

esta reserva acumulada que constitui as provisoes matematicas do ramo vida.

As provisoes matematicas das pensoes do ramo de acidentes de trabalho constituem o valor actual das pensoes em curso dos sinistrados de trabalho.

As provisoes tecnicas para sinistros (12

) constituem uma reserva financeira para sinistros ja conhecidos mas nao totalmente regularizados

e

destinam-se ao pagamento das indemniza96es dos ramos nao vida em exercfcios posteriores. 1

As provisoes para desvios de sinistralidade do seguro de credito sao constitufdas no ambito da actividade da COSEC para fazer face as varia96es da taxa de sinistralidade real.

As reservas legais e as reservas livres, tal como as seus names indicam, nao caucionam qualquer responsabilidade tecnica dos segurados, mas constituem antes um acto de poupan9a, quer obrigat6rio no caso das reservas legais, quer voluntario no que diz respeito a reservas livres. Elas entram para

(8) Em terminologia anglo-sax6nica, Unearned premium reserve.

(9) No seguro de transporte corresponde a 1110 da receita de premios.

(10) Actualmente a taxa de jura actuarial e de 4% para as rendas vitalfcias diferidas, sendo os premios obtidos a partir da tabua de mortalidade francesa para homens (PF 60-64).

( 11 ) Cf. Santos Fernandes (1979). 0 valor de reserva corresponde

a

diferenc;:a entre o premia

nivelado e o premia natural. p. 133.

(12) Em terminologia anglo-sax6nica Loss Reserve.

(4)

o apuramento do valor da margem de solvencia, pelo que teoricamente o segurador nao as podera desmobilizar desde que essa margem nao atinja o nfvel legalmente institufdo (13).

2 - Aplicat;oes financeiras das provisoes tecnicas e financiamento da economia

Do atras exposto conclui-se que o processo de intermedia<;:ao financeira realizado pelos seguradores se relaciona com a transforma<;:ao de uma parte dos premios recebidos em provisoes tecnicas que sob a forma de liquidez entram na oferta de fundos disponfveis ao lado das reservas livres.

Esta intermedia<;:ao efectuada pelos seguradores e controlada pelo Estado pode ser esquematizada como na figura 1:

Agentes com defice de financiamento

Moeda

Titulos

Companhias de seguros

Agentes com excedentes de recursos financeiros

As companhias de seguros podem entao substituir-se aos agentes econ6micos no financiamento directo (14) investindo em tftulos ou outros activos financeiros as provisoes tecnicas dos segurados que adquiriram ap61ices de seguro.

No quadro n. o 1 apresentamos a evolu<;:ao das provisoes tecnicas e das

reservas livres no perfodo de 1969-1982. Como pode verificar-se, o ratio entre as aplica<;:oes e os fundos disponfveis cresce rapidamente ate 1973, mantendo--se superior a 1, querendo aparentemente significar que as empresas de seguros aplicavam mais do que os fundos lfquidos que geravam.

Assim, as companhias de seguros teriam de encontrar outras fontes de liquidez, pr6prias ou alheias, nomeadamente atraves do recurso ao credito bancario e aos excedentes da balan<;:a de resseguro. Efectivamente, ate 197 4 · o custo do endividamento era relativamente barato, o que incentivava alguns seguradores a recorrerem ao credito bancario. Ate esta altura as seguradoras aplicavam mais do que aquila que era indispensavel, a fim de obterem rendimentos de mais-valias de activos financeiros.

(13) Cf. Decreto n. o 98/82. de 7 de Abril.

(5)

...

U1

QUADRO N.0 1

Rela~;ao entre fundos e aplica~;oes

Valores em 103 cantos 1969 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982

I - Fundos financeiros 6 737,40 7 600,82 8 590,67 10 144,70 12 694,45 14 729,76 16 855,67 18 754,87 21 403,52 25 234,76 29 638,27 35 673,87 43 120,76 64 386,55

Provisoes tecnicas (*) 6 180,28 6 919,51 7 827,07 9 227,71 11 516,71 13177,69 15 284,08 17 022,16 19 599,65 23 059,54 27 226,33 33 620,12 40 933,58 62 060,7 Reservas livres 557,12 681,31 763,6 916,99 1 177,74 1 552,07 1 571,59 1 732,71 1 803,87 2 175,22 2 411,94 2 053,75 2 187,18 2 325,85

I I - Aplica96es 7 635,3 8 588,65 10 165,54 13 060,28 16 929,87 19 523,21 16 525,63 17 276,1 20 273,3 33 349,09 37 209,51 45 008,52 53 366,24 61 458,64

Obrigat6rias 5 857,96 6 492,48 7 586,04 8 754,17 10 815,15 13 764,26 11 890,62 12 235,52 14 487,57 27 200,93 30 854,48 35 993,49 44 188,59 53 599,78 Livres 1 777,34 2 096,17 2 579,50 4 306,11 6114,72 5 758,95 4 635,01 5 040,59 5 785,76 6 148,16 6 355,03 9 015,03 9 177,65 7 958,86

11/1 1,13 1,13 1,18 1,29 1,33 1,33 0,98 0,92 0,95 1,32 1,26 1,26 1,24 0,96

- L_ _ _ _ _

(6)

De 1975 a 1977 os mercados de valores (tftulos e im6veis) sofrem os efeitos nao s6 da paralisia da balsa mas tambem da fraca rentabilidade dos valores imobiliarios. Par outro lado, o criteria da valorimetria dos actives par fon;:a das nacionaliza<;:oes determina valores de inventario inferiores aos reais. De 1977 a 1982 trata-se de novo de uma altera<;:ao dos criterios de valorimetria. A avalia<;:ao dos im6veis foi alterada, permitindo elevar os respectivos valores (para balan<;:o) em fun<;:ao do ana de aquisi<;:ao. De facto nao houve «investimento real» que justifique o

ratio.

Em 1982 julgamos que a forma de constitui<;:ao da provisao para sinistros, aumentando-a consideravelmente com a inclusao das indemniza<;:oes a pagar (15

), tera tido efeitos significativos sabre o

ratio.

Em nossa opiniao esta rela<;:ao deveria oscilar em torno de um, o que implicaria que as provisoes tecnicas mais as reservas livres seriam totalmente cobertas pelos investimentos financeiros respectivos, isto na hip6tese de uma uniformidade de criteria quanta a valor de aquisi<;:ao dos actives, valor para caucionamento e valor de inventario.

Estes valores ganham maior significado se os compararmos com uma variavel macroecon6mica representativa da poupan<;:a nacional, embora nao possamos confundir oferta de fundos disponfveis e poupan<;:a das seguradoras. No quadro n. o 2 comparamos os fundos disponfveis para aplica<;:oes com a

poupan<;:a nacional; embora a rela<;:ao passe de 16% para 12,6% em 10 a nos, este ultimo valor nao deixa de ser significative se considerarmos que o

ratio

premios/PNB no mesmo perfodo passava somente de 2,42% para 2,76%.

QUADRO N.0 2

Ratio oferta fundos seguradoras/poupan«;a nacional

Valores em 1 03 cantos 1970 1980

1- Poupanc;:a 47 314 284239

I I - Provisoes tecnicas. 6 919,51 33 620,12

I l l - Reservas livres. 681,31 2 053,75

(11+111)/1 16% 12,6%

Premios/PNB . 2.42% 2,76%

Fonte: Contas da OCDE, estatfsticas do lnstituto de Seguros de Portugal e Revista Sigma,

n.0 5, Maio de 1982.

( 15) A partir de 1982 sao consideradas provisoes para sinistros todas as indemnizac;:oes a

(7)

No quadro n. o 3 podemos observar que, contrariamente

a

ideia geralmente

difundida de que as provisoes tecnicas do ramo vida constituiriam o grosso dos fundos financeiros das seguradoras, as provisoes para sinistros tem vindo a adquirir uma importancia crescenta juntamente com as provisoes tecnicas para riscos em curso (16}. Com efeito, vemos que o peso das provisoes tecnicas do ramo vida e acidentes de trabalho tem vindo a perder terrene em detrimento das provisoes ja citadas. Se par outro lado se considerar que as provisoes do ramo acidentes de trabalho sao respeitantes a sinistros ja efectivados, vemos que a componente de Iongo prazo na oferta de fundos d isponfveis relacionada com o ramo vida e cada vez menos significativa (17

}.

OUADRO N.0 3

Repartit;ao das provisoes tecnicas por ramos de seguros

1970 1980 1982

103 cantos % 103 cantos % 103 cantos %

Provisoes premios:

Riscos em curso .... 1011,41 (14,6) 7 579,2 (22,5) 11 042,27 (17,8) Mat. ramo vida .. . . . . ... ] 4 988 47 (72,1) 17 981,9 (53,5) 25 897,61 (41,7)

Mat. ramo acidentes de trabalho ' lncapacidades do ramo acidentes de

trabalho .. 62,71 ( 0,9) 878,6 ( 2,6) 1 358,62 ( 2,2)

Provisoes sinistros . . . ... 856,92 (12,4) 7 180,41 (21 ,4) 23 642,74 (38, 1)

Desvios sinistral (COSEC) . ... - - - - 119,46 (0,2)

Total. .... . .. . ... 6 919,51 - 33620,12 - 62 060,7

-Fonte: Estatfstica do Gremio dos Seguradores (1970) e estatisticas do lnstituto de Seguros de Portugal (1980, 1982).

A influencia do Estado na polftica de aplicagoes financeiras das seguradoras exerce-se a dais nfveis. A nfvel legal, pais que, de acordo com o diploma atras citado, o Governo fixa as mfnimos e as maximos aos quais devem obedecer as montantes investidos em cada um dos actives financeiros; a nfvel financeiro, atraves da orientagao sabre as taxas de jura de forma a condicionar as rendimentos financeiros das diferentes aplica<;:oes e atraves da emissao de tftulos da dfvida publica especialmente destinados ao caucionamento das provisoes tecnicas.

(1 6) Trata-se de provisoes a um prazo inferior as do ramo vida, portanto necessitando de

aplicac;:oes com uma liquidez maior.

(17) Este facto esta relacionado com a fraca competitividade dos contratos do ramo vida

como meio de poupanc;:a dos particulares face a outras alternativas de aplicac;:ao e a fraca propensao a poupanc;:a dos Portugueses.

(8)

No quadro n.0 4 estao representadas as percentagens mfnimas e maximas que regem as aplica96es financeiras tecnicas das seguradoras.

OUADRO N.0 4

Aplica~oes

Tftulos do Estado ...

Obrigac;:oes das empresas portuguesas Acc;:oes ....

lmoveis em Portugal . . ... . Emprestimos sf trtulos do Estado ou s/ imoveis em Portugal . Depositos a prazo ....

Fonte: Portaria n. o 1005/83.

(Em percentagem)

Minima Maximo

20 80

10 50

0 30

0 60

0 5

0 5

De acordo com este quadro, o Estado pode encaminhar as aplica96es financeiras das seguradoras para os sectores produtivos da economia, seja atraves da emissao de tftulos da dfvida publica para financiamento dos grandes projectos publicos, seja atraves da autoriza9ao da emissao de obriga96es das empresas do sector publico empresarial do Estado.

As ac96es das empresas privadas e a aquisi9ao de im6veis constituem outras alternativas para investimento que o Estado pode controlar indirectamente, atraves da manipula9ao da fiscalidade, reduzindo os impastos sabre os rendimentos das ac96es e dos im6veis.

Os emprestimos e os depositos a prazo (18

), apesar da sua fraca

pondera9ao no conjunto dos activos, sao perfeitamente condicionados pelo Estado atraves da orienta9ao sabre as taxas de jura.

No quadro n. o 5 podemos ver como tern evolufdo as aplica96es nos

diferentes grupos de activos.

QUADRO N.0 5

Repartic;:io dos activos financeiros dos seguradores

1970 1980 1982

Valores Valores Valores

em % em % em %

103 contos 103 cantos 103 contos

Tftulos . 2 865,98 44,1 12 793,79 35,5 15113,15 28,2 lmoveis. 3 062,81 47,2 22 744,59 63,2 36 916,57 68,9 Emprestimos . 563,69 8,7 455,11 1,3 854,44 1,6

Depositos .. 715,62 1,3

(9)

Como podemos observar, em 1982 a percentagem minima de 30% em tft ulos do Estado e obrigac;:oes nao tinha sido atingida, querendo isto significar a existencia de uma certa inercia do conjunto da industria em se ajustar as di rectivas do Governo para alem de uma certa preferencia por aplicac;:ao em valores a risco baixo, como e o caso dos im6veis (19).

Para melhor compreensao do significado destes numeros apresentamos no quadro n. o 6 a distribuic;:ao das aplicac;:oes das provisoes tecnicas para um

grupo de pafses ocidentais em 1979.

OUADRO N.0 6

Distribui~iio (em percentagem) dos activos financeiros por paises

RFA Franya Gra-Bretanha Estados Unidos

Acc;:oes 6,8 19,5 27,9 30,1

Ob riga<;oes . 78,6 55,7 53,9 68,5

lmoveis. 11,5 24,8 12,4 0,9

Emprestimos .. 3,1 5,8 0,5

Fonte: Revista Sigma, 12 de Dezembro de 1982.

Podemos verificar que o peso das aplicac;:oes em im6veis e relativamente baixo quando confrontado com os outros activos nos casos da RFA e da Gra--Bretanha; no caso dos Estados Unidos quase que nao tem significado; mesmo em Franc;:a a proporc;:ao de aplicac;:oes neste tipo de activos esta Ionge da que actualmente se verifica em Portugal.

A contrapartida das provisoes tecnicas sao as aplicac;:oes financeiras obrigat6rias das companhias de seguros.

Se compararmos estas aplicac;:oes com um indicador do investimento produtivo, a FBCF, poderemos ter uma ideia mais clara da sua importancia para a economia nacional.

No quadro n. o 7 apresentamos esta relac;:ao para o perfodo de 1970-1980.

QUADRO N.0 7

Rela~iio entre aplica~oes financeiras das seguradoras e a FBCF

1 - FBCF (1 03 cantos) I I - Aplica<;oes (103 cantos) 11/1

Fonte: Contas nacionais e Institute de Seguros de Portugal.

1970 1980

41 293 8 588,65

20%'

357 784 45 008,52

13%

(19) Uma parte do valor dos im6veis provem de criterios de valorimetria impastos pelo

Institute de Seguros de Portugal.

(10)

Embora se assista a um decrescimo do valor da rela<;:ao aplicac;oes financeiras sabre a FBCF, verificamos que ela se mantem ao nfvel da rela<;:ao fundos disponfveis sabre a poupan<;:a nacional, apresentada no quadro n. o 3. Conclufmos, pais, que atraves do mecanisme da cria<;:ao de provisoes tecnicas e sua canaliza<;:ao para o investimento produtivo as seguradoras

portu~uesas exercem um papel activo na oferta de fundos financeiros. Mas

atraves de ac<;:oes de natureza legal, fiscal e financeira o Estado pode influenciar decisivamente esta oferta orientando-a para o financiamento dos sectores produtivos da economia portuguesa.

C) Modelo econometrica e dados

1 - ldentifica.;:ao do modelo

0 nosso objective nesta parte do nosso estudo e testar um modelo que permita explicar a evolu<;:ao das provisoes tecnicas e que seja operacional para efeitos de previsao.

A problematica da identifica<;:ao do modelo e composta essencialmente de duas fases. Numa primeira proceder-se-a

a

escolha das variaveis explicativas, uma vez que pretendemos testar uma rela<;:ao causal ao Iongo do tempo do tipo Y;= Y (x;, Z;), onde os Y, sao as variaveis end6genas, x, as variaveis explicativas ex6genas, e Z; uma variavel aleat6ria residual.

Numa segunda fase proporemos a forma matematica do modelo que, para alem de permitir explicar se as influencias das variaveis explicativas sao lineares ou nao, seja facilmente manipulavel tendo em conta que ele e sempre uma redu<;:ao da realidade concreta.

2 - A escolha das variaveis explicativas

Vimos atras serem as provisoes tecnicas o resultado da transforma<;:ao de uma parte dos premios de seguros em fundos de garantia de obriga<;:oes futuras, decorrentes de gestao do Fundo de Mutualidade dos Segurados.

Ora e possfvel provar que existe uma rela<;:ao estatfstica entre os premios de seguro e um indicador da produ<;:ao nacional. Para o caso portugues encontramos o seguinte modelo linear (20):

Pso=-1,1432+0,03469 PIBPM

DW=1,13 (104,02) R=0,98

(20) A utilizac;ao do PIB desfazado de dais perfodos melhora os testes de T, de Student,

revelando um problema do ciclo econ6mico subjacente

a

analise.

Agradecemos a Antonio Teixeira, tecnico de informatica da CNP, a estimac;ao deste modelo.

(11)

nao sendo relevante a presenqa de uma variavel estrututal (Vf) tomando os valores 0 ate 197 4 e 1 a partir de 1975 e os testes de Goldfeld Quandt nao revelando a presen9a de heterocedasticidade.

Face a estes resultados uma das variaveis explicativas do nosso modele sera a relativa a produ<;:ao nacional (PIB), podendo esta ser medida a preqos correntes ou a pre<;:os constantes de um ana de base.

No caso de pretendermos isolar a influencia dos pre9os na explicaqao da evolu<;:ao do volume de provisoes tecnicas, podemos substituir a variavel inicial pela sua equivalente deflacionada par um fndice de pre9os apropriado. Assim, temos

X* =.?S_

p X= variavel a preqos correntes

X*

=

variavel a preqos constantes

P

=

fndice de preqos

e em vez de X utilizaremos a sua equivalente X*P.

Uma outra variavel que nos parece poder explicar o comportamento dos premios, e par consequencia o das provisoes tecnicas, e a populavao (POP).

E

uma variavel medida em termos ffsicos que pretende detectar os efeitos da dimensao sabre a variavel end6gena. Se o modelo foi do tipo multiplicative

d

~;;~~P

,

representa a elasticidade de Y em rela9ao a popula9ao. Se esta for

superior a unidade, isso significa que uma varia9ao de 1 % na populavao origina aumentos mais que proporcionais nas provisoes tecnicas.

Uma quarta variavel explicativa no nosso modele, pretendendo detectar a influencia dos factores financeiros, e a taxa de juro.

Efectivamente, as seguradoras s6 terao interesse em ver aumentar a massa das suas provisoes se da sua aplica<;:ao resultarem ganhos financeiros que compensem o acrescimo dos custos operacionais das responsabilidades tecnicas.

Dado que a dfvida publica absorve uma parte significativa das aplica<;:oes financeiras das seguradoras portuguesas, utilizamos como variavel financeira a taxa de jura dos tftulos do tesouro (T JTT). De qualquer modo, no estado actual do mercado financeiro, para alem dos tftulos do Estado e das obriga9oes das empresas publicas, existem poucos valores mobiliarios alternatives para aplica<;:ao de fundos.

lnclufmos tambem uma variavel binaria VE que toma o valor 0 ate 1974 e o valor 1 a partir de 1975. Esta variavel pretende detectar eventuais altera<;:oes na estrutura do modelo, devido as mudan<;:as polftico-econ6micas introduzidas na sociedade portuguesa a partir de 197 4.

Finalmente, como e corrente em modelos do tipo que utilizamos, inclufmos uma variavel aleat6ria residual (U) que recolhe o conjunto das influencias de todas as outras variaveis que nao podemos identificar.

E

uma variavel com a probabilidade de distribui9ao normal com media 0 e de variancia finita.

(12)

3 - A forma matematica do modelo

Nao podemos, num trabalho com as caracterfsticas do que agora apresentamos, discutir as implica<;:oes te6ricas decorrentes da escolha de uma determinada expressao 'matematica para explicar o fen6meno que observamos, que e a existencia de uma relac;ao estavel entre as provisoes tecnicas e certas variaveis macroecon6micas.

Limitamo-nos por isso a postular uma relac;ao que vamos testar, escolhendo a que melhores resultados estatfsticos apresentar.

A questao que colocamos previamente e a de saber se o modelo e do tipo aditivo ou multiplicative.

Postulamos, por conseguinte, os dais modelos seguintes:

a) Y=a+,B, PI8*+.BzP+,B3 POP+,B4 TJTT

+.Bs

VE+U

b) Y=a1(P/8*)131 • (P)I3z(POP)f33(TJTT)P4PslogvE

e ·

VE· U

[ 1 1960- 1974

VE

=

10 1975- 1982

A diferen<;:a fundamental que separa estes dais modelos reside no significado dos respectivos parametros.

Assim, enquanto no primeiro os ,B nos dao a medida de varia<;:ao abso-luta de Y em rela<;:ao a cada uma das variaveis (dy/dx) = ,6, no segundo os ,B

dao-nos a elasticidade de Y em rela<;:ao a

x,

dado que (d log Y/0 log x) =,B.

Transformemos o modelo b) num tipo a) atraves da aplicagao de logarit-mos aos dais membros da relac;ao. Telogarit-mos, assim:

&=loga Z=log U [

1 1960- 1974 VE

=

10 1975- 1982

Agora cada ,B da-nos a medida da elasticidade parcial das provisoes tecnicas em relagao a cada uma das variaveis explicativas.

0

segundo modele cujos coeficientes iremos estimar para o perfodo de 1960-1982, atraves da aplicac;ao do metoda dos mfnimos quadrados ordinaries, tera a seguinte especificac;ao:

Yi=~+,B 1 pib*;+,B2 P;+,B3pop;+,B4 tjtt+,Bslog VE+z;

E <zi)=O

f (zi, zj)

= [

~B

on de

(13)

4- Os dados

Utilizamos as estatfsticas do Institute de Seguros de Portugal para obtenc;ao dos dados referentes

a

industria seguradora, o anuario estatfstico para os valores da produc;ao nacional dos prec;;os e da produc;ao e as estatfsticas monetarias e financeiras para obtenc;;ao das taxas de juro.

Em anexo A-1 apresentamos o conjunto de dados de base.

5 - Os resultados

Utilizamos um programa informatica existente no Centro de lnvestigac;;ao em Economia Financeira (ClEF) que possibilita a correcc;;ao de autocorrelac;;ao dos erros grac;;as

a

aplicac;;ao do metoda de Cochrane Orcutt e da heterocedasticidade atraves da utilizac;;ao do metoda de Gleiser (21).

Primeira serie de regress6es:

Y = 54,6494

+

3,86775 pop - 0,1977 tjtt

+

2,85865 pib

+

t-+ ( -0,7102) (0,469) ( - 0,479) (4,268)

+

0,629133 p

+

0,112829 VE

t-+ (1 ,487) ( - 0,2247)

R2=0,948

R2=0,64

F= 63,07

DW=0,464

Face aos resultados obtidos verificamos que as variaveis populac;;ao, taxa de juro e variavel de estrutura nao sao significativas do ponto de vista estatfstico, existindo mesmo forte suspeita de autocorrelac;;ao positiva dos erros (D W baixo). Devido tambem a existencia de problemas de multicolinearidade resolvemos numa segunda serie de regress6es excluir a variavel taxa de juro porque a mesma apresenta um sinal negative contrario as nossas expectativas e igualmente a variavel binaria por nao nos parecer poder captar eventuais mudanc;;as na estrutura da economia.

Segunda serie de regressoes:

Y= 38,82

+

2,1819 pop+ 2,813 pib *

+

0,5263 p

t-+ (-1,34) (0,72) (6,938) (2,530)

R2

=

0,978

(21) Alguns testes suplementares sabre a permanencia da estrutura foram feitos com a cola· borac;ao de Antonio Teixeira, tecnico de informatica da CNP.

(14)

R-

2

=

0,816 F= 276,52

DW=

1,06

Os testes do modelo melhoram significativamente, mas a variavel popula<;:ao (POP) continua a nao contribuir para a explica<;:ao da variavel dependente. Por outro lado, o teste de Dustin Watson cai agora numa zona de indetermina<;:ao, o que pode ser devido a problemas de identifica<;:ao das variaveis explicativas.

Terceira serie de regressoes:

Y=- 18,128

+

2,637 pib *

+

0,664 p

t

~

(-

9,226) (8,25) (8, 197)

R2=0,977

R-2=0,87

F=424,82

DW=

1,05

A elimina<;:ao da variavel popula<;:ao provoca uma melhoria muito significativa quer dos testes

t

de nulidade de cada um dos parametres, quer do teste de Fisher. Devido, no entanto, a suspeita de autocorrela<;ao positiva dos erros fizemos varias itera<;:oes utilizando o metoda de Cochrane Orcutt, tendo retido o modelo saldo da primeira itera<;:ao.

Y= - 12,07

+

1,685 pib*

+

0,8157 p

t~ (-6,467) (4,697) (10,35)

R0=0,34

R2=0,98

R-2=0,87

F= 498,159

DW=

1,26

6 - Conclusoes

(15)

tecnicas das companhias de seguros. A elasticidade parcial das provisoes em relac;:ao

a

variavel explicativa produto e superior a 1, sugerindo que os efeitos de um aumento percentual unitario dela sao mais do que proporcionais em termos de variac;:ao percentual da variavel end6gena.

Estamos convictos de que, a verificar-se uma maior dinamica no funcionamento do mercado financeiro, conjugada com a implementac;:ao de medidas de natureza fiscal incentivadoras da poupanc;:a privada atraves dos seguros de vida, o Estado pode influenciar decisivamente os mecanismos de acumulac;:ao de capitais necessaries ao relanc;:amento da economia nacional.

Embora o modelo econometrica proposto seja uma simplificac;:ao forc;:ada da realidade econ6mica e financeira na qual operam as companhias de seguros, ele permite avaliar por que forma o financiamento de economia atraves dos mecanismos do seguro depende do proprio processo de desenvolvimento econ6mico.

Assim, as polfticas recessivas, para alem de favorecerem a queda do investimento produtivo, impedem a criac;:ao de riqueza e portanto esvaziam de conteudo a utilidade do seguro como meio de financiamento da economia.

ANEXO 1

Dados

POP TJTT PIS PTEC p PIS• PTEC• In POP lnTJTT lnPTEC lnP lnPIS•

9076.7 3.46 411.3 1 11.7 3515.385 .0284464 9.113466 1.241269 8 2.459589 8.164904 8985.7 3.82 434.3 1.5 11.9 3649.580 .0411006 9.103390 1.340258 .4054651 2.476538 8.202367 9053.9 3.96 462.9 2.82 12.3 3763.415 .0749328 9.110951 1.376244 1.036737 2.509599 8.233082 9109.3 4.18 485 2.99 12.5 3888 .0769033 9.117051 1.430311 1.095273 2.525729 8.265650 9135.7 3.94 517.8 3.24 13 3983.077 .8813441 9.119945 1.371181 1.175573 2.564949 8.289810 9122 3.88 556.8 3.48 13.4 4155.224 .08375 9.118444 1.355835 1.247832 2.595255 8.332122 9095.6 3.96 579.3 3.75 14.1 4188.511 .0912740 9.115546 1.376244 1.321756 2.646175 8.320816 I

9110.4 5 624.9 4.02 14.8 4222.297 .0952888 9.117172 1.689438 1.391282 2.694627 8.348135 9119.7 5.11 679.9 5.5 15.7 4330.573 .1270048 9.118192 1.631199 1.704748 2.753661 8.373455 9074.7 5.15 693.1 6.14 17.1 4053.216 .1514846 9.113246 1.638997 1.814825 2.839078 8.307266 9013.7 5.28 757.5 6.86 18.2 4162.888 .1648211 9.106501 1.663926 1.925707 2.901422 8.333772 8967.2 5.7 807.6 7.74 20.4 3958.824 .1955126 9.101329 1.748466 2.046402 3.015535 8.283702 8973.7 6.01 872.5 9.1 22.5 3877.778 .2346705 9.102053 1.793425 2.288274 3.113515 8.263018 8978.2 5.5 969.9 11.33 25.4 3818.504 .2967131 9.102555 1.704748 2.427454 3.234749 8.247614 9218.4 5.5 900.9 12.94 31.9 3074.922 .4208237 9.128957 1.704748 2.560323 3.462606 8.031035 9633.1 5.5 938.5 14.97 36.7 2557.221 .5854012 9.172960 1.704748 2.706048 3.602777 7.846676 9698.8 9.74 1002.9 16.62 44.5 2253.708 .7374514 9.179757 2.276241 2.810607 3.795489 7.720332 9773 10.8 1059.5 19.1 56.6 1871.908 1.020349 9.187379 2.379546 2.949688 4.036009 7.534714 9819.6 16.17 1093.1 22.47 69.3 1577.345 1.424546 9.192136 2.783158 3.112181 4.238445 7.363498 9862.7 16.68 1142.6 26.52 85.8 1331.702 1.991437 9.196515 2.814210 3.277899 4.452019 7.194213 9904.9 16.68 1250.3 32.74 100 1250.3 2.618572 9.200785 2.814210 3.488598 4.605170 7.131139 9970 16.71 1496.3 39.82 120 1246.917 3.193477 9.207336 2.816007 3.684369 4.787492 7.128429 10030 16.79 1884.8 62.06 147.4 1278.697 4.853376 9.213336 2.820783 4.128102 4.993150 7.153597

(16)

23 Observa<;:oes.

Variaveis:

X 1 =lnPOP; X 2 = lnTJTI; X 3 = lnPIB*; X 4 = lnP.

Variavel explicada Y = lnPTEC.

ANEXO 2

Regressoes - 1. • serie

Regressio linear multlpla

VariB.veis Medias Variancias (s2) Desvios-padrao

X1. 9.14083 1.66315E-83

X2. ... 1.8864 .319532

X3 ... 7.95954 .215211

X 4. 3.31755 .687195

Y. 2.10949 1.14859

Matriz de correlac;:io

X 1 X2 X3 X4

X 1 1 .907335 - .964095 .929281

X2 1 - .943103 .967375

X3. 1 - .955334

X4 1

y

Coeficientes Desvios-Padrao T de Student

B 1 -88.379 34.5303

-B 2 .. 6.63557 3.52595

B 3. ... .358903 .276439

84. 2.76856 .401198

B 5. 2.16588 .213128

Os simbolos * .... indicam niveis de significancia aceitaveis (de 10% a 0.5 %).

Coeficiente de determina<;:ao R2 = .977376- R2 Corrigido = .75001.

F de Fisher/Snedecor = 194.403.

Durbin Watson= .885884.

86

2.55947 1.88192 1.29831 6.90075 10.1624

.0407817 .565271 .463908 .828972 1.07172

y

.825766 .908669 - .823906 .94802 1

Niveis de significancia

0.99% *** 3.81% ** 10.53%

(17)

22 Observa<;:oes.

Variaveis:

XC 1 = lnPOP; XC2=1nTJTI; XC 3 = lnPIB*; XC 4

=

lnP.

Regressio linear milltlpla - Estlma~;io Cochrane-Orcutt

R0=.344288

Variavel explicada YC = lnPTEC.

Vari<iveis Medias Variilncias (s2) Desvios-padrao

XC 1 5.99613 8.28701 E-04

XC2 1.28088 .14799

XC3 5.19722 .105533

XC4 2.24058 .31905

YC. 1.5107 .424909

Matriz de conela~;io

XC1 XC2 XC3 XC4

XC 1 1 .86569 - .951333 .914927

XC2. 1 - .935689 .942228

XC3 1 - .963085

XC4 1

YC

Coeficientes Desvios-padra~ T de Student

B 1 .... -46.0541 20.1518 - 2.28537

8 2 . ... 3.11992 2.4987 1.24862

8 3. ... - .017937 .178453 - .100514

84 1.68321 . 34766 4.84153

85 ... 1.92098 .155065 12.3882

Os simbolos * ** "* indicam nfveis de significancia aceitaveis (de 10% a 0.5 %).

Coeficiente de determina<;:ao R2 = .982421 - R2 Corrigido = .742916.

F de Fisher/Snedecor = 237.51.

Durbin Watson= .981181.

.0287872 .364695 .324858 .564846 .65185

YC

.852719 .892185 - .885474 .972644 1

Niveis de signific8.ncia

1.77% •• 11.44% 46.06%

0.00% •••• 0.00% ••••

(18)

23 ObservaQ6es.

Variaveis:

X 1 =In POP; X 2 = lnPIB*; X 3 = lnP.

Variavel explicada Y = lnPTEC.

Regressoes - 2. • serie

Regressio linear multiple

Vari8.veis Medias Variancias (s2)

X 1 ... 9.14083 1.66315E-03

X2. ... 7.95954 .215211

X3 .. 3.31755 .687195

Y. . . . . ... 2.10949 1.14859

Matrlz de correla~io

X 1 X2 X3

X 1. 1 - .964095 .929281

X2. 1 - .955334

X 3. . . . ... 1

Y.

Coeficientes Desvios-padrao T de Student

B 1. . . . ... -81.9063 37.18

-B 2. 6.0575 3.80563

B 3 .. 2.62879 .420611

84. 2.35453 .169617

Os simbolos • * * * * indicam nfveis de significancia aceit8.veis (de 10 % a 0.5 % ).

Coeficiente de determinaQao R2 = .971732- R2 Corrigido = .809244.

F de Fisher/Snedecor=217.714.

Durbin Watson= .669493.

22 ObservaQ6es.

Variaveis:

XC 1 = lnPOP; XC 2 = lnPIB*; XC 3= lnP.

Regressio linear multiple - Estlma~io Cochrane-Orcutt

R0=.441493

Variavel explicada Y = lnPTEC.

88

2.20297 1.59172 6.24993 13.8814

Desvios·padrao

.0407817 .463908 .828972 1.07172

-y

.825766 - .823906 .94802 1

Nfveis de signific8.ncia

(19)

Variciveis Medias Variancias (s2)

XC1 5.10792 6.44806E-04

XC2 4.41995 .0805544

XC3 1.9255 .241115

YC ... 1.31456 .310626

Matriz de correlac,iio

XC 1 XC2 XC3

XC 1 1 - .941806 .903675

XC2 1 - .961913

XC3 1

YC

Coeficientes Desvios-padrao T de Student

8 1. -43.0014 17.3317 - 2.48108

8 2. 2.94211 2.34221 1.25612

83 1.53492 .321997 4.76689

84 1.81983 . 143431 12.6878

Os simbolos • •••• indicam nfveis de significancia a.ceitciveis (de 10% a 0.5 %).

Coeficiente de determinac;:ao R2 == .983378- R2 Corrigido == .813894.

F de FisheriSnedecor == 354.961.

Durbin Watson== .959717.

BIBLIOGRAFIA

Desvios-padrao

.025393 .283821 .491035 .557338

YC

.845425 - .887043 .972666 1

Niveis de signific8ncia

1.16% **

11.26% 0.00% ****

0.00% ••••

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Journal of Risk and Insurance, n. o 2, pp. 202-228.

(20)

SILVA, Carlos Pereira da- Os seguros e o financiamento da economia.

Neste trabalho pretendemos analisar a relac;:ao econ6mica entre seguros e financiamento da economia. Numa primeira parte fazemos a abordagem te6rica do problema definindo o papel dos seguros na intermediac;:~o financeira, atraves da constituic;:ao das provisoes tecnicas e sua canalizac;:ao para o mercado financeiro.

Numa segunda parte desenvolvemos um modelo econometrica de regressao linear multipla, bastante simples, no qual as provisoes tecnicas aparecem explicadas por algumas variaveis econ6mico-financeiras, das quais realc;:amos o produto interno bruto.

A nossa proposta e a de que atraves de medidas de caracter fiscal, legal e financeiro os responsaveis da polftica econ6mica podem orientar para o investimento produtivo uma parte importante das provisoes tecnicas das companhias de seguros.

SILVA, Carlos Pereira da- Insurance and the financing of the economy.

In this work it is our intention to analyse the economical relation between insurances and the financing of the economy.

In a first instance we have performed the theoretical approach of the problem by defining the role of the insurances in the financing intervenence, through the constitution of the technical provisions and the relevant canalization for the financial market.

Secondly we have developed an econometric model of multiple linear regression, very simple, where the technical provisions are accounted for by some economic-financing variables, out of which it should be emphasized across internal gross product.

Our proposal is that through measures of fiscal, legal and financial characters, those responsable for the economic politic may direct for the productive investment an important share of the insurance companies technical provisions.

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