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Mudança de cultura e apoio da tecnologia dão base à transformação digital na construção civil no enfrentamento à crise do Covid_19 / Culture change and technology support based on digital transformation in civil construction in coping with the Covid crisi

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Academic year: 2020

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p.58884-58903 aug. 2020. ISSN 2525-8761

Mudança de cultura e apoio da tecnologia dão base à transformação digital na

construção civil no enfrentamento à crise do Covid_19

Culture change and technology support based on digital transformation in civil

construction in coping with the Covid crisis_19

DOI:10.34117/bjdv6n8-340

Recebimento dos originais: 18/07/2020 Aceitação para publicação: 18/08/2020

José Augusto Paixão Gomes

Mestrando em Engenharia Civil do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, na Área de Concentração em Gestão, Produção e Meio Ambiente,

com foco em Inovação e Cidades Inteligentes. Universidade Federal Fluminense - UFF.

Endereço: Rua Passos da Pátria, 156, Campus da Praia Vermelha, São Domingos, CEP 24210-240, Niterói, (RJ), Brasil.

E-mail: joseaugustogomes@id.uff.br. Orlando Celso Longo

Doutor em Engenharia de Transportes

Professor do Departamento do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil Universidade Federal Fluminense - UFF.

Endereço: Rua Passos da Pátria, 156, Campus da Praia Vermelha, São Domingos, CEP 24210-240, Niterói, (RJ), Brasil.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p.58884-58903 aug. 2020. ISSN 2525-8761 RESUMO

Em 2020, o mundo vive um estado de exceção devido a uma pandemia, de maneira que não era visto há mais de 100 anos. Tal cenário impactou consideravelmente a vida em sociedade, assim como, as atividades econômicas, sendo o setor da construção civil, um dos que mais foi impactado de imediato. É sabido que a construção civil é um dos setores mais atrasados tecnologicamente, então o cenário de caos trazido pelo coronavírus, pode vir a ser um catalisador para a implantação de tecnologias que venham a minimizar os riscos em um canteiro de obras, além de trazer maior assertividade e economia, nas atividades a serem realizadas. A partir disso, o estudo tem como objetivo apresentar como a transformação cultural advinda a partir do surgimento do Covid-19 pode influenciar na aceleração da transformação digital no ambiente da construção civil. Para isso foi adotada como metodologia de desenvolvimento uma revisão integrativa de literatura.

Palavras-Chave: Transformação digital na construção civil, cenário da construção civil na pandemia de coronavíru, tecnologias na construção civil, inovações na construção civil.

ABSTRACT

In 2020, the world is in a state of exception due to a pandemic, so it has not been seen for over 100 years. This scenario had a considerable impact on life in society, as well as on economic activities, with the civil construction sector being one of the most impacted immediately. It is known that civil construction is one of the most technologically backward sectors, so the chaos scenario brought about by the coronavirus, can become a catalyst for the implementation of technologies that will minimize the risks in a construction site, in addition to bringing greater assertiveness and economy in the activities to be carried out. Based on this, the study aims to present how the cultural transformation resulting from the emergence of Covid-19 can influence the acceleration of digital transformation in the civil construction environment. For that, an integrative literature review was adopted as the development methodology.

Key Words: Digital transformation in civil construction, civil construction scenario in the coronavirus pandemic, technologies in civil construction, innovations in civil construction.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p.58884-58903 aug. 2020. ISSN 2525-8761 1 INTRODUÇÃO

O crescimento econômico de um país depende de uma série de fatores que proporcionam o aumento de sua riqueza, consequentemente a população obtém maior poder aquisitivo para que com isso, venham a mudar sua qualidade de vida. Os setores industriais e produtivos contribuem significativamente para a ascensão da economia, de forma a gerar emprego e, consequentemente, o aumento de renda das família (DIAS et al., 2020).

Segundo dados de 2014 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, o ramo da construção civil representou cerca de 9% do Produto Interno Bruto – PIB brasileiro. Ou seja, apesar de inúmeros eventos como crises internacionais, crises políticas, assim como, desaceleração do setor ao longo dos últimos anos, a Construção Civil continua sendo um dos domínios mais importantes para a economia do país e, de acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção – CBIC, é um ramo que atualmente emprega cerca de três milhões de trabalhadores, tendo assim, também um importante papel social (SOUSA, 2015).

Tendo em vista, o massa de pessoas que a construção civil emprega, está acaba por ter um impacto significativo também na saúde e segurança dos trabalhadores. Assim, se torna essencial, estudar o cenário deste importante setor da economia ao longo do período da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2). O surgimento deste novo vírus fez com que a sociedade tivesse que redobrar os cuidados quanto a higiene, além disso, os mais diversos níveis de governo foram demandados de aprovar exigências quanto a isolamento e distanciamento social, limitando a circulação de pessoas nas ruas, devendo estas circular apenas para ida a locais de serviços essenciais ou para suas atividades laborais.

De acordo com o Ministério da Saúde (2020), a COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2), que apresenta um quadro clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros respiratórios graves. De acordo com a Organização Mundial da Saúde – OMS, a maioria dos pacientes com COVID-19 (cerca de 80%) podem ser assintomáticos e cerca de 20% dos casos podem requerer atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória e desses casos aproximadamente 5% podem necessitar de suporte para o tratamento de insuficiência respiratória. Essa doença faz parte de uma família de vírus chamada coronavírus que foi descoberto em 31 de dezembro de 2019, logo após serem registrados casos na China.

Conforme a CBIC (2020), no Brasil, diversas iniciativas estão sendo tomadas, pelos 03 (três) níveis de governo, e pela sociedade, como a comunidade de saúde, empresários, entidades sociais e sindicatos de trabalhadores para o enfrentamento da pandemia do coronavírus. A atividade da construção é essencial, tendo em vista que, sem ela moradias não são entregues, leitos hospitalares

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não são disponibilizados, reforma e adaptação de estruturas para melhorar o funcionamento de serviços públicos essenciais não ocorrem. Como pode ser imaginado, a paralisação de obras pode levar a prejuízos irreparáveis para a sociedade e, mesmo para as empresas, pela deterioração irreversível de bens, máquinas e equipamentos. Assim, se afloram novamente os debates acerca da transformação digital e automação de diversos processos da construção civil.

Na concepção da Assespro (2020), se já existe alguma certeza sobre o mundo pós-pandemia do coronavírus é a que o planeta será cada vez mais tecnológico. O processo de transformação digital se tornou uma importante prioridade do dia para a noite em uma boa parte das empresas. Planos que foram avaliados por anos e que foram postergados por pura comodidade, saíram das gavetas e se tornaram a única opção para a manutenção do faturamento da maioria.

É de conhecimento geral, que o setor da construção civil é um dos mais atrasados tecnologicamente, e aparentemente a pandemia pode ter chegado para mudar o curso desta história. De acordo com a Assespro (2020), entre as tecnologias mais promissoras estão a inteligência artificial e robótica, com 37%, seguidas por Big Data, com 33%. O uso de drones aparece em terceiro lugar, com 18% dos votos. Com isso, pode ocorrer uma nova tendência de utilização de dispositivos tecnológicos nos processos construtivos, o que pode beneficiar a construção civil no quesito segurança, eficiência e racionalização do trabalho.

Além disso, novas tecnologias vinculadas a segurança e saúde dos trabalhadores podem vir a ser cada vez mais comuns, protegendo assim, a integridade física e mental dos trabalhadores em um canteiro de obras.

A partir de todo o exposto, foi possível construir a seguinte questão de pesquisa: “Como a pandemia do novo coronavírus pode vir a acelerar o processo de transformação digital na construção civil?”

De posse do problema de pesquisa foi então formulado o objetivo geral desse artigo, que é apresentar como a transformação cultural advinda a partir do surgimento do Covid-19 pode influenciar na aceleração da transformação digital no ambiente da construção civil.

2 METODOLOGIA

O presente estudo é uma pesquisa qualitativa, do tipo revisão integrativa de literatura (RIL). Este método de pesquisa tem por objetivo agrupar as produções científicas de um determinado tema, de maneira a sistematizar e organizar o conhecimento já publicado, sintetizando em um novo estudo os diversos saberes. Com isso, a revisão integrativa de literatura possibilita a junção dos

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conhecimentos e aprofundamento do tema em questão, a fim da elaboração de “conclusões gerais a respeito de uma particular área de estudo” (MENDES et al., 2008, p.759).

Mendes et al. (2008) apresentam assim os cinco passos para a construção de uma RIL. O primeiro passo consiste na identificação do tema e construção da questão de pesquisa. Neste estudo se delineou a seguinte questão: “Como a pandemia do novo coronavírus pode vir a acelerar o processo de transformação digital na construção civil?”

O segundo passo da RIL é o “estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos/amostragem na busca de literaturas (MENDES et al., 2008). Com isso, os critérios de inclusão utilizados neste estudo foram: textos científicos completos disponíveis online; textos completos; textos em português ou inglês; publicações realizadas nos últimos 05 (cinco) anos, a fim de abranger publicações mais atuais relacionadas à transformação digital na construção civil. Já os critérios de exclusão considerados foram: textos científicos duplicados nas bases de dados, assim como, textos científicos que não venham a responder à pergunta de pesquisa, configurando assim a impertinência temática.

Para esta busca, se optou pela utilização de descritores nas seguintes bases de dados: Scielo (Scientific Eletronic Library Online), Google Scholar, repositório de universidades brasileiras, periódicos da CAPES. Os descritores escolhidos para a pesquisa foram: transformação digital na construção civil; cenário da construção civil na pandemia de coronavírus; tecnologias na construção civil; inovações na construção civil.

Como terceiro passo da RIL foi desenvolvida uma Tabela de maneira a reunir os dados dos artigos coletados e selecionados, contendo as seguintes informações: título do texto científico, país de publicação, ano de publicação, objetivo do estudo, base de dados ao qual o texto científico foi encontrado.

O quarto passo é determinado pela interpretação dos resultados. Nesta pesquisa, tal interpretação foi promovida pela análise de conteúdo que inclui um conjunto de técnicas para pesquisa, na qual se objetiva encontrar um sentido ou os sentidos de uma produção (BARDIN, 1977). A primeira fase da análise se dá através da leitura dos resumos dos textos selecionados. A fase seguinte é a exploração do material, separando então os textos em categorias, para facilitar o desenvolvimento do estudo e por fim, se tem o tratamento e interpretação dos resultados (SILVA; FOSSÁ, 2015).

O quinto e último passo é relativo à construção de uma RIL, em que Mendes et al. (2008) descrevem é a apresentação dos resultados encontrados, que no presente estudo foi realizada através

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da categorização dos achados e discussões temáticas, de acordo com a análise de dados desenvolvida.

Por fim, o desenvolvimento da RIL, visa principalmente a responder à pergunta de pesquisa supracitada, assim como, apresentar como os objetivos traçados para o estudo foram atingidos. Para o caso em questão, os resultados devem apresentar como a transformação digital da construção civil pode ser acelerada, graças às exigências sanitárias que surgiram devido à pandemia do coronavírus em 2020.

3 RESULTADO

A partir do procedimento de pesquisa descrito no tópico de metodologia foi possível desenvolver a Tabela 1, apresentada a seguir, expondo o número de fontes encontradas e selecionadas para se utilizar neste estudo.

Tabela 1 – Fontes encontradas e selecionadas nas principais bases de dados

Base de Dados Fontes Encontradas Fontes Selecionadas

Google Scholar 50 9

Repositório de Universidades 5 3

Scielo 8 4

Base de Dados Fontes Encontradas Fontes Selecionadas

Total 63 16

Fonte: Autor (2020).

A filtragem para a seleção dos textos científicos que auxiliariam no desenvolvimento deste estudo foi desenvolvida com base ao que foi descrito no tópico de metodologia, ou seja, foram selecionadas fontes publicadas ao longo dos últimos 05 (cinco) anos – Período entre 2015 e 2020. Com base nisso, foram encontrados 63 textos que poderiam agregar conteúdo para este estudo, no entanto, a partir da leitura destes, apenas 16 foram selecionados. A partir deles, foi desenvolvida a Tabela 2, que é relativa à organização e categorização das fontes utilizadas, conforme também descrito no tópico de metodologia.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p.58884-58903 aug. 2020. ISSN 2525-8761 Tabela 2 – Organização e categorização das fontes encontradas

Autor e Ano da Publicação

Título do Texto Científico

País de

Publicação Objetivo do Estudo Base de Dados

FREITAS, J. T. de (2015).

Automação na

Construção Civil Brasil

Aprofundar nos conhecimentos de automação e robótica na construção civil com intuito de planejar e realizar zoneamento de segurança de um canteiro de obras. Repositório de Universidades SOUSA, R. F. de (2015). Inovações Tecnológicas na Construção Civil Brasil Desenvolver uma plataforma web com informações sobre inovações tecnológicas na construção civil. Repositório de Universidades POTT, L. M.; EICH, M. C.; ROJAS, F. C. (2017). Inovações Tecnológicas na Construção Civil Brasil

Apresentar algumas ideias que podem ser adotadas, e divulgar alguns produtos que ainda não são tão conhecidos e que impactaram de forma positiva no processo de produção. Scielo Autor e Ano da Publicação Título do Texto Científico País de

Publicação Objetivo do Estudo Base de Dados

Padilha, L. (2018). A Transformação Digital na Construção Civil Brasil Apresentar os principais pontos que a transformação digital poderia auxiliar na racionalização dos processos na construção civil. Google Scholar

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p.58884-58903 aug. 2020. ISSN 2525-8761 ASSESPRO (2020). Construção Civil vai Intensificar Transformação Digital após Pandemia Brasil

Apresentar quais pontos na construção civil podem se transformar, devido a pandemia do coronavírus. Google Scholar SALVIANO, G. (2019). Transformação Digital na Construção Civil – Como Trazer Inovações ao Setor Brasil

Expor quais as principais formas de inovações que podem ser implantadas na indústria da construção civil. Google Scholar DIAS, S. C. et al. (2020). Cenário da Construção Civil no Brasil durante a Pandemia da COVID-19 Estados Unidos

Apresentar o cenário atual da construção civil de alguns Estados Brasileiros, demonstrando os locais que estabeleceram a parada do setor e de locais que continuaram a atuação normalmente. Scielo CBIC (2020). A Pandemia do Coronavírus – Recomendações para o Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Brasil Apresentar recomendações para o funcionamento da indústria da construção civil de modo a minimizar o risco de infecção dos trabalhadores pelo Covid-19. Google Scholar Autor e Ano da Publicação Título do Texto Científico País de

Publicação Objetivo do Estudo Base de Dados

RAMOS, M. (2020). Covid-19 e a Construção Civil – Como Agir em Meio à Pandemia Brasil Expor as principais medidas para reduzir a exposição e risco dos trabalhadores da indústria da construção civil ao novo coronavírus.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p.58884-58903 aug. 2020. ISSN 2525-8761 HANSEN, S.

(2020).

Does the Covid-19 Outbreak Constitute a Force Majeure Event? A Pandemic Impact on Construction Contracts Estados Unidos

Investigar quais podem ser os principais efeitos da pandemia nos contratos da construção civil. Scielo KENNEDY, C. (2020). Coronavírus força a indústria da Construção Civil a Considerar Contingências Estados Unidos

Apresentar quais são as principais contingências demandadas à indústria da construção civil durante o período da pandemia do novo coronavírus. Google Scholar MARZAGÃO, J. P. et al. (2020). Efeitos do Covid-19 no Brasil e nos Setores da Construção Estados Unidos Apresentar as principais implicações do coronavírus nos contratos da construção civil. Google Scholar PORTO, G. de B. P.; KADLEC, T. M. de M. (2018). Mapeamento de Estudos Prospectivos de Tecnologias na Revolução 4.0: Um Olhar para a Indústria da Construção Civil Brasil Identificar as tecnologias prospectivas que estão sendo estudadas e pesquisadas na indústria da construção civil. Repositório de Universidades GABRIEL, J. C.; AMARAL, M. A. do; CAMPOS, G. M. de (2018). Automação e Robótica na Construção Civil Brasil

Apresentar algumas das aplicações da automação e robótica na construção civil. Scielo Autor e Ano da Publicação Título do Texto Científico País de

Publicação Objetivo do Estudo Base de Dados

SEBRAE (2020).

Guia Prático para a Construção Civil em Tempos de Covid-19

Brasil

Apoiar de forma prática a gestão dos pequenos negócios da construção civil em momentos de crise.

Google Scholar

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De posse das fontes acima descritas foi possível então redigir os resultados obtidos a partir do procedimento de pesquisa.

3.1 CENÁRIO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NA PANDEMIA DE CORONAVÍRUS NO BRASIL De acordo com Dias et al. (2020), o cenário atual da pandemia do coronavírus é alarmante, todos os Estados brasileiros possuem casos confirmados do Covid-19. No Brasil já há cerca de 2 milhões de casos confirmados e quase 75 mil óbitos registrados, números assustadores, tendo em vista que os primeiros casos desta doença só foram confirmados no país no final de fevereiro de 2020. Na Tabela 3 são apresentados os casos e óbitos registrados de Covid-19 por regiões do Brasil.

Tabela 3 – Casos e óbitos de Covid-19 por região do Brasil

Região Casos Confirmados Óbitos Confirmados

Centro-Oeste 148.564 2.959 Nordeste 630.099 23.288 Norte 320.879 10.507 Sudeste 640.331 32.842 Sul 124.808 2.504 Total 1.864.681 72.100

Fonte: Ministério da Saúde (2020).

As regiões que possuem maior percentual de casos da doença são a Região Sudeste com 34,34%, Nordeste com 33,79% e Norte com 17,21%. Tais estados acabam por impactar mais a população e os setores econômicos, inclusive o da construção civil, que foi considerado um serviço essencial pelo governo federal e pelos governos estaduais.

Conforme Guimarães (2020), os impactos da pandemia da Covid-19 na indústria da construção civil podem ser divididos em duas ondas: 1) impacto do isolamento social no curto prazo; e 2) consequências macroeconômicas na demanda por imóveis por prazos médio e longo. Como consequência da primeira onda apresentada, é possível citar uma forte queda nas vendas contratadas desde a última semana de março até o fim da quarentena. Além disso, é possível citar que o andamento das obras acaba por ser prejudicado, visto ao isolamento social implantado em todo o país.

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Já no longo prazo, Guimarães (2020), cita que a queda geral da atividade econômica terá como consequências o nível geral de emprego e de renda da população.

De acordo com o artigo Mérida, Hasenclever e Carvalho (2019) a difusão das novas tecnologias no mundo é mais rápida que no passado e também mais desigual entre as nações e no interior de cada uma, o que acentua o atraso em relação aos países de economia avançada.

De acordo com dados apresentados pelo GT Habitação e Cidade coordenado por professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, em torno de 550 mil trabalhadores da Construção Civil no Brasil fazem parte do chamado grupo de risco, por pertencerem à faixa etária acima dos 60 anos de idade. Devido a este cenário foi desenvolvido todo um protocolo para evitar a propagação do coronavírus nos canteiros de obras e nas empresas de construção civil.

Conforme a CBIC (2020), algumas das orientações inseridos nos protocolos para evitar a propagação do coronavírus nas empresas da construção civil são:

I. A empresa deve fornecer lavatórios com água e sabão, além de sanitizantes, como álcool 70% e orientar os trabalhadores sobre o seu uso, quando do início dos trabalhos e pelo menos a cada duas horas;

II. Os ambientes de trabalho que não estão a céu aberto, devem ser mantidos ventilados, com a retirada de barreiras que venham a impedir a circulação de ar, observadas as normas de segurança;

III. Todas as ferramentas, máquinas e equipamentos de uso manual devem ser constantemente limpos e higienizados, antes e durante a execução dos trabalhos;

IV. Grandes superfícies devem ser esterilizadas com desinfetante contendo cloro ativo ou solução de hipoclorito a 1% ao menos duas vezes ao dia;

V. Deve ser restrita a entrada e circulação de pessoas que não trabalham no canteiro, especialmente fornecedores de materiais, que, se necessária a entrada, deve ser restrita ao ambiente de descarga e deve durar o menor tempo possível. A essas pessoas deve ser oferecida higienização das mãos, com água e sabão ou álcool 70%, antes de adentrarem à área de descarga;

VI. Devem ser tomadas medidas de distanciamento social em ambientes fechados do canteiro de obras, como escritórios e refeitórios, de forma a preservar a separação mínima de dois metros entre as pessoas, nos postos de trabalho ou local de refeições;

VII. Avaliar a possibilidade de definição de turnos diferenciados de trabalho para evitar o congestionamento de ambientes fechados, bem como, para evitar a aglomeração de pessoas no transporte coletivo;

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VIII. Adotar temporária e emergencialmente, o ponto por exceção, conforme previsão legal, para evitar aglomeração de pessoas em volta dos equipamentos de marcação, em horários de início e final de expediente;

IX. O afastamento imediato, com encaminhamento ao serviço médico, de pessoas que apresentem sintomas relacionados ao Covid-19, quais sejam: febre e tosse (seca ou secretiva) persistentes, coriza e falta de ar;

X. Adoção de medidas alternativas para as pessoas que não trabalham nas atividades de produção, como o home office;

XI. O afastamento imediato de pessoas consideradas no grupo de risco da doença, quais sejam: pessoas idosas (com mais de 60 anos) ou que apresentem condições de saúde pré-existentes, como diabetes, hipertensão ou problemas respiratórios;

XII. A orientação e arguição permanente dos trabalhadores sobre as suas condições de saúde, bem como, de seus familiares, para identificação rápida dos casos que podem levar às condições de isolamento previstas na legislação;

XIII. Os trabalhadores devem ser constantemente orientados quanto às ações de higiene necessárias, quando da utilização do transporte público.

Em geral, o protocolo em questão, pode ser aliado já as políticas e campanhas de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais no ambiente do canteiro de obras, tais medidas auxiliam na conscientização dos empregados da indústria da construção civil, evitando assim, a propagação da doença nesse setor e a incapacitação da força de trabalho, de modo a atrasar a finalização da obra.

Além das medidas, supracitadas, devem ser efetuadas a verificação de temperatura corporal dos funcionários, promovido o distanciamento social, além de ser incentivado o uso de máscaras para evitar a propagação do vírus.

O fato principal deste cenário, é que entra em debate novamente, a questão da transformação digital da construção civil, considerado um dos setores econômicos mais atrasados tecnologicamente. Enquanto o mundo já vive a revolução industrial 4.0, com a implantação da automação e robótica nas demais indústrias, a construção civil, ainda é um setor com mão de obra pouco qualificada, com produção em grande parte manual, o que faz com que se torne onerosa e perigosa para a integridade física dos colaboradores. Assim, é importante, debater sobre as possíveis inovações tecnológicas que podem vir a ser implantadas nos canteiros de obra e no processo produtivo da construção, auxiliando na racionalização do processo construtivo, poupando tempo e recursos materiais ao final de tudo.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p.58884-58903 aug. 2020. ISSN 2525-8761 3.2 INOVAÇÃO

O conceito de inovação está relacionado à introdução de algo novo, seja uma coisa, uma ideia ou até mesmo um método. Para o governo inglês, este “algo novo” só é considerado inovação quando sua exploração é bem sucedida. Já para o matemático David Archibald, a inovação surge a partir da junção de dois elementos: criatividade + produtividade, sendo a criatividade composta pela soma da ideia com a ação. Ou seja, a inovação é o resultado da ideia + ação + produtividade. Esse último item, a produtividade, é a prova de que esta ação, resultante da ideia, foi realmente útil e satisfatória (SOUSA, 2015).

Lopes e Barbosa (2015) descrevem que apesar da diversidade conceitual existente, é possível notar que a ideia de inovação está sempre ligada a mudanças, a novas combinações de fatores que rompem com o equilíbrio existente. Assim, à primeira vista, a construção conceitual sobre inovação deve ser feita de forma mais abrangente, de forma a situar o leitor em termos nas noções fundamentais. Preliminarmente, a inovação pode ser entendida sob os seguintes pontos de vista: da estratégia, de padrões, do processo de gestão da inovação e dos seus tipos.

Em relação ao estudo em questão, as inovações principalmente nas áreas tecnológicas são questões constantemente debatidas, mas ainda pouco exploradas e implantadas na indústria da construção civil, que é considerada uma das mais atrasadas nesse quesito.

3.3 TECNOLOGIAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Segundo Padilha (2018), a sociedade está passando por uma revolução comportamental e, para acompanhar tantas mudanças, as organizações precisam aumentar sua performance. É sabido que isso depende diretamente do uso da tecnologia e que toda mudança é um processo que leva tempo e demanda recursos. No entanto, as organizações devem ter consciência de que o investimento em inovação e priorização de um atendimento de excelência ao cliente não são um plus, e sim uma obrigação. A transformação digital é uma necessidade, mesmo em setores conservadores como a construção civil, e a pandemia do coronavírus por todos os seus efeitos, pode vir a ser um catalisador deste processo de transformação digital do setor

Nas palavras de Porto e Kadlec (2018), o aquecimento tecnológico em todo o mundo colocou a indústria de engenharia e construção à frente de uma nova era, onde startups de tecnologia estão criando novas aplicações e ferramentas que estão mudando a forma como as empresas projetam, planejam e executam projetos, fornecendo recursos avançados de software, hardware e capacidade de análise. Em virtude disso, estes empreendimentos inovadores estão eliminando muitos dos problemas que perseguiram o setor da engenharia civil há décadas, incluindo dificuldades em

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compilar e compartilhar informações do projeto. Tais melhorias não poderiam chegar em melhor momento, uma vez que os projetos de construção estão se tornando cada vez mais complexos e caros, colocando os gerentes sob maior pressão para melhorar custos, cronogramas e eficiência.

Para Salviano (2019), a construção civil tem alto potencial para se desenvolver tecnologicamente justamente por ser um setor que se encontra defasado neste sentido em comparação com outros mercados. Este ainda relata que existem diversas tendências tecnológicas que já abrem caminho para a transformação digital na construção civil. O BIM (Building

Information Model, em português, Modelagem da Informação da Construção) é uma delas (Figura

1). Esta é uma metodologia de digitalização e padronização capaz de tornar os projetos mais enxutos e lucrativos. Em geral, o uso do BIM na construção civil pode vir a reduzir em 20% de custo com insumos, aumentar 4% os custos com uso de Tecnologias da Informação e Comunicação – TICs, na área de design, arquitetura e engenharia e vir a reduzir o custo total da construção em 10%.

Figura 1 – Ciclo de vida do sistema BIM

Fonte: Gabriel; Amaral; Campos (2018).

Além do já citado, a utilização do BIM pode vir a otimizar o posicionamento das equipes de trabalho no canteiro de obras, o que no caso da pandemia do coronavírus pode ser interessante, pois possibilita a manutenção de pequenas equipes atuando em determinada área do canteiro de obras, minimizando o risco de infecção dos operários pelo covid-19.

Uma outra questão que pode vir a ser interessante de se acelerar o processo de implantação e disseminação na construção civil é o uso da automação. Segundo Freitas (2015), a automação surgiu para revolucionar a forma de produção da humanidade, de maneira a aumentar a

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produtividade e padronização dos produtos. Além das vantagens em produtividade e qualidade de sistemas automatizados de construção há também uma grande vantagem quando se analisa o aspecto da segurança do trabalho, tendo em vista que o setor com maior índices de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais é o da construção civil, sendo necessário estudar e propor soluções para que todos os colaboradores venham a ter um ambiente de trabalho seguro.

Os sistemas de construção automatizados podem substituir o homem em diversas tarefas, muitas das quais colocam o ser humano em risco. Um grande obstáculo à aplicação da automação e robótica na construção é o estado dos canteiros de obra, com pisos irregulares, estoques desorganizados, escadas e diferentes materiais estocados em locais desfavoráveis. Outro obstáculo é a falta de mão de obra qualificada no Brasil, tendo em vista, que existem poucos cursos de especialização nesta área, além da falta de profissionais qualificados para suprir a demanda do setor (FREITAS, 2015). Com isso, esse processo demandaria uma transformação gradual, de modo a possibilitar uma redução das equipes de trabalho no canteiro de obras, fazendo este ambiente mais seguro e menos propenso a propagação do Covid-19.

Outra tecnologia que pode vir a ser cada vez mais utilizada no ambiente da construção civil são os drones. De acordo com Pott, Eich e Rojas (2017), os drones estão sendo muito úteis nas construções, principalmente para monitorar os canteiros de obras (Figura 2). Eles automaticamente convertem os vídeos gravados em relatórios para os administradores. Assim, os riscos e atrasos estão sendo sempre monitorados. Em relação, a questão do Covid-19, o uso de drones, permite verificar se o distanciamento social entre equipes de trabalho, assim como, orientações de minimização de riscos de infecção no canteiro de obras estão sendo respeitados.

Figura 2 – Inspeção por drones na construção civil

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Salviano (2019) também cita em seu estudo a utilização das impressoras 3D. Além de ajudarem projetos a ganharem “vida” e projeção real, como em maquetes, por exemplo, a tecnologia também pode ser útil para corrigir falhas em trabalhos já concluídos. A impressão 3D já foi utilizada para preencher e restaurar fissuras de rodovias. Ou seja, pode ser mais uma ferramenta para corrigir falhas cometidas pelos operários na produção de edificações.

Além das tecnologias já citadas, existem hoje de acordo com Gabriel, Amaral e Campos (2018), robôs para assentamento de lajotas. Este tipo de robô é colocado sobre uma plataforma em cima do qual ele se desloca linearmente (Figura 3). Ele é alimentado com tijolos e argamassa para executar a construção da parede. A construção de casas com a utilização deste tipos de robôs ainda é limitada, uma vez que, para que o robô construa outra parede é necessário que a plataforma sobre a qual se encontra e o próprio robô sejam deslocados para outra posição, o que na configuração atual pode demandar muito tempo, não sendo suficiente para diluir o custo de um maquinário deste porte.

Figura 3 – Robô para assentamento de tijolos

Fonte: Gabriel; Amaral; Campos (2018).

Segundo Salviano (2019) é também possível citar a utilização da realidade aumentada na construção civil. Ao incluir projeções virtuais a ambientes que já existem, é possível criar muitas coisas. A realidade aumentada, por exemplo, permite incluir projetos arquitetônicos virtuais a um canteiro de obras. A tecnologia pode assim, aumentar a eficiência e a precisão dos serviços, reduzindo erros, possibilitando assim a otimização do tempo, dinheiro e recursos materiais.

Em geral, já existem inúmeras tecnologias com potencial de uso na construção civil, no entanto, o grande dificultador é a baixa qualificação da mão de obra desse setor, demandando assim, investimentos em cursos de qualificação para os operários, ou contratação de mão de obra específica para uso dessas tecnologias, o que no momento não tem um custo tão barato dependendo do tipo de construção que for realizada. No entanto, o uso destas tecnologias vão levar para o canteiro de obra, maior assertividade, minimizando a incidência de retrabalho, maior segurança, tanto para a

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edificação, quanto para os colaboradores, visto que o uso de robôs pode substituir os operários nas linhas de frente mais arriscadas à integridade física destes, assim como, economia para a empresa que utiliza destas tecnologias.

Assim, o período que o mundo vive de pandemia, faz com que os grandes empresários do setor, assim como, estudiosos, busquem soluções que venham a melhorar o processo produtivo desta indústria que só não é considerada mais atrasada hoje, que a agricultura.

4 DISCUSSÃO

Como foi possível visualizar no estudo realizado, a indústria da construção civil é considerada uma das mais obsoletas, dentre os principais setores da economia brasileira, esta só se encontra a frente da agricultura. No entanto, a ocorrência de uma pandemia, sem precedentes similares nos últimos 100 anos, ocasionado pelo SARS-CoV-2 (Coronavírus), fez com que a população tivesse que adotar uma série de medidas ligadas a higienização, distanciamento e isolamento social, para minimizar a disseminação e infecção da população por ele. Tal cenário, fez entrar em debate novamente, o processo de transformação digital na construção civil, de maneira a fazer com que esse setor se tornasse mais seguro, eficiente e mais lucrativo.

As inovações em geral, só levam coisas positivas para a sociedade, e o mesmo pode se dizer quando estas forem aplicadas a indústria da construção civil, que é considerada super conservadora, quanto a seus métodos que pouco mudaram desde a década de 1940. Todo processo de transformação demanda que as empresas ou mesmo as pessoas saiam de sua zona de conforto. No caso da construção civil, a zona de conforto é situada sobre a mão de obra pouco qualificada e barata, que para muitos construtores ainda é mais viável do que o investimento massivo em novas tecnologias. No entanto, o cenário atual, assim como, o temor de novas pandemias no futuro, podem ser um processo catalisador para maior uso de produtos tecnológicos na indústria da construção.

Algumas das inovações já existentes que podem ser extremamente benéficas caso utilizadas são: o BIM, os drones, câmeras termográficas, impressoras 3D, assim como, robôs que podem ser utilizadas em frentes de trabalho, que vêm a colocar em risco a integridade física dos operários. Os benefícios deste cenário são: maior assertividade, reduzindo o retrabalho em determinadas frentes do canteiro de obras, economia (tendo em vista, a otimização de materiais e mão de obra), assim como, segurança (tanto para a estrutura da edificação, quanto para os operários).

Fica assim evidente, que a transformação digital na construção não é mais uma questão de como vai acontecer, mas sim de quando, e como pode ser visualizado no estudo, aparentemente, vai acontecer mais rápido do que muitos esperam.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p.58884-58903 aug. 2020. ISSN 2525-8761 5 CONCLUSÃO

O estudo em questão buscou analisar o cenário da construção civil, em meio a maior pandemia ocorrida no planeta ao longo dos últimos 100 anos. É evidente que devido às políticas para minimização da propagação do vírus em meio aos canteiros de obras, o cronograma destas fica prejudicado, levando a um debate importante acerca do uso de tecnologias na construção civil para minimização de riscos, de maneira que os cronogramas mesmo em cenários de dificuldades venham a ser cumpridos.

Em relação ao problema de pesquisa e objetivo traçado para o estudo, tem-se que o cenário atual força aos empreendedores da construção civil, a buscarem soluções que venham a fazer com que existam menos riscos a saúde humana no canteiro de obras, assim como, que venham a trazer mais lucratividade e assertividade nos processos produtivos. Já existem disponíveis no mercado inúmeras inovações que são extremamente benéficas para a área da construção civil, no entanto, o fato de existir uma mão de obra qualificada escassa para o uso destas inovações, é um entrave que vai fazer com que esse processo de transformação ocorra, mas de forma mais lenta do que o desejado.

Algumas das inovações que podem vir a ser implantadas de imediato, caso a empresa possuir mão de obra qualificada são: o BIM, drones, uso de câmeras termográficas, impressoras 3D, assim como robôs (estes um pouco mais distantes de serem utilizados que as demais inovações).

Por fim, o estado de exceção que o mundo vive no momento faz com que existam ainda poucas publicações acerca do tema da construção civil durante e pós pandemia, assim, recomenda-se que no futuro recomenda-sejam realizados novos estudos para explorar melhor esrecomenda-se “novo mundo” da construção civil, ainda pouco conhecido.

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Tabela 1 – Fontes encontradas e selecionadas nas principais bases de dados  Base de Dados  Fontes Encontradas  Fontes Selecionadas
Tabela 3 – Casos e óbitos de Covid-19 por região do Brasil
Figura 1 – Ciclo de vida do sistema BIM
Figura 2 – Inspeção por drones na construção civil
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