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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E INOVAÇÃO DIRETORIA DE PESQUISA E INOVAÇÃO

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Academic year: 2021

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ANEXO 12

Modelo de Relatório Final

ESPAÇAMENTO DE PLANTIO PARA O DESENVOLVIMENTO

DO CAPIM-ELEFANTE BRS KURUMI

EDITAL IFMT Nº 037/2018

RELATÓRIO FINAL

Coordenador do Projeto: Fernando Luiz Silva

Aluno(s) Bolsista(s): Carlos Miguel Ribeiro de Souza

Camila Batista Knupp

Colaborador: Marcus Henrique Martins e Silva

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1. Identificação

a) Título do Projeto: ESPAÇAMENTO DE PLANTIO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CAPIM-ELEFANTE BRS KURUMI

b) Início e fim do Projeto: 01/08/2018 a 31/07/2019 c) Nome do Orientador: Fernando Luiz Silva

d) Nome do Aluno Bolsista: Carlos Miguel Ribeiro de Souza Camila Batista Knupp

e) Instituição/Campus: Instituto Federal de Mato Grosso – Campus Alta Floresta

2. Resumo do Projeto

A intensificação da produção leiteira é determinada por diversos fatores zootécnicos, agronômicos e econômicos, dentre estes fatores, é fundamentalmente importante destacar o uso de forrageiras, pois estas se constituem na principal fonte de energia e proteínas para a produção leiteira. O capim-elefante BRS Kurumi se constitui em uma importante alternativa para sistemas de pastejo rotacionado, porém, sobretudo na região Norte de Mato Grosso ainda se faz necessária estudos que possam avaliar estratégias de manejo para potencializar a produção em agroecossistemas de pecuária leiteira. O manejo do espaçamento é determinante neste contexto, visto que a formação do stand da forrageira está diretamente relacionada com a taxa de ocupação do solo, competição com plantas daninhas, ocorrências de cigarrinhas e é claro, com a produção de biomassa. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento e a produção do capim-elefante BRS Kurumi (Pennisetum purpureum Schum), sob diferentes espaçamentos de plantio.

3. Metodologia ou Material e Métodos

O experimento foi conduzido no Instituto federal de Educação, Ciências e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) Campus Alta Floresta que apresenta as seguintes coordenadas: 9°54'34.4"S de latitude, 56°03'54.2"W de longitude. O clima do município de Alta Floresta-MT é classificado como Aw de acordo com a Köppen, sendo clima tropical chuvoso, com duas estações bem definidas: verão chuvoso e inverno seco. Temperaturas entre 20° a 38 °C,

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tendo em média 26 °C. Nos meses chuvosos, sua pluviosidade pode atingir médias muito elevadas, algumas vezes superiores a 2.750mm. O solo da área experimental foi classificado como argissolo vermelho amarelo distrófico.

O experimento foi implantado no período de outubro de 2018 a maio de 2019, sendo o plantio realizado no mês de novembro. O esquema de plantio utilizado foi o delineamento inteiramente ao acaso, foram preparadas 5 parcelas de 5x10 m com linhas de plantio espaçadas em 0,5 m sendo feita a correção da fertilidade com aplicação de calagem para elevar a saturação por base a 60 %, e a aplicação de nitrogênio e potássio equivalente a 50 kg ha-1. Cada parcela recebeu mudas do capim-elefante BRS Kurumi, conforme os espaçamentos

de 50x30; 50x40; 50x50; 50x80 e 50x100 cm, respectivamente.

Figura 1. Dados climáticos do município de alta Floresta durante o período de condução do experimento.

Foram realizados 4 cortes para coleta de forragem, com intervalo de 25 dias a partir de fev/2019. A coleta foi realizada com um quadro de 0,25 m2 em pontos aleatórios em cada

parcela, para determinação de PB e MS. As amostras foram submetidas à secagem em estufa de circulação forçada de ar com temperatura de 65 a 70º C, por 72 horas. Após a secagem determinou-se a MS em g e em seguida as amostras foram submetidas a determinação de N pelo método Kjedahl para obtenção do o teor de PB.

4. Resultados

Os valores obtidos de matéria seca da parte aérea do capim-elefante BRS Kurumi apresentaram em média 1,64 Mg ha-1 e taxa de acúmulo variando de 65,6 (±19,8) kg de MS

ha-1 dia-1. Esses resultados foram abaixo do verificado por Gomide et al. (2015) que relataram

taxa de acúmulo de forragem na ordem de 120 a 170 kg de MS ha-1 dia-1. Dessa forma essa

cultivar apresentou uma produção abaixo da esperada, contudo é importante destacar que no decorrer desse experimento não houve reposição de nutrientes a cada corte, apenas a adubação inicial de estabelecimento.

Observa-se na Figura 2, que houve semelhança na produção de MS tanto em relação aos espaçamentos de plantio como entre os cortes realizados, não sendo verificada diferença estatística (P<0,05). Esperava-se que o plantio com maior densidade (50x30cm) resultasse em

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maior produção, considerando que ocorreria um estabelecimento mais rápido, com maior perfilhamento e maior interceptação de luminosa. Este resultado sugere que o espaçamento com menor densidade de plantio (50x100 cm) para o BRS Kurumi, pode ser utilizado sem prejuízos para produção de matéria seca da forragem.

Figura 2 – Produtividade de matéria seca do capim-elefante BRS Kurumi nos espaçamentos e cortes realizados.

Os valores obtidos de proteína bruta da parte aérea do capim-elefante BRS Kurumi variaram em torno de 17,1 %, evidenciando o alto valor nutricional dessa forragem. Desta forma essa cultivar se apresenta como uma importante alternativa forrageira para a intensificação da produção pecuária a pasto, especialmente devido ao seu valor nutricional.

Podemos observa na Figura 3, que houve semelhança no teor de proteína bruta da forrageira BRS Kurumi entre os diferentes espaçamentos de plantio, não sendo verificada diferença estatística (P-valor=0,8). Presumiu-se que o plantio com maior densidade (50x30 cm) resultasse em maior desenvolvimento das plantas, com estabelecimento mais rápido e consequentemente uma maior demanda de nutrientes e redução do valor nutritivo da planta, contudo os diferentes espaçamentos não produziram efeito sobre o teor de proteína da planta. Este resultado sugere que o espaçamento com menor densidade de plantio (50x100 cm) para o BRS Kurumi, pode ser utilizado sem prejuízos para conteúdo de proteína bruta da forragem.

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Figura 3 – Teor de proteína do capim-elefante BRS Kurumi nos espaçamentos e cortes realizados.

Observa-se na Figura 3, que houve diferença no teor de proteína entre os cortes realizados, sendo menor no primeiro corte (P<0,05). Este resultado pode estar relacionado ao período de estabelecimento inicial da forragem, que ocorreu em um período de 92 dias, enquanto os cortes subsequentes ocorreram com intervalo de 25 dias.

Segundo (Costa, 2012), nenhum fator isolado afeta mais a qualidade das forrageiras que a maturidade das plantas, pois este fator promove alterações no nível de tecidos, que resultam na elevação de compostos estruturais tais como a celulose, a hemicelulose e a lignina e, paralelamente, diminuição dos níveis de conteúdo celular, como carboidratos solúveis, proteína, minerais e vitaminas. Colheitas de forragens mais maduras implicam na obtenção de um alimento com baixa proporção de carboidratos solúveis e de baixa digestibilidade devido ao decréscimo da relação folha/haste, que parece ser o principal fator de perda de qualidade da forragem com a maturação (Candido et al., 2018). Menores intervalos entre cortes resultam em menores produções de matéria seca, porém proporcionam valor nutritivo mais elevado (Garcez et al., 2016). Dessa forma ressalta-se que o curto intervalo de tempo favorece melhor valor nutricional da planta, devendo ser conciliado com o ótimo desenvolvimento vegetativo para favorecer a produtividade animal.

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Figura 4 – Teor de proteína bruta do capim-elefante BRS Kurumi em 4 diferentes cortes. Letras diferentes representam diferença estatística pelo teste de Scott-Knott (p<0,05).

5. Conclusões

O capim-elefante BRS Kurumi apresentou em torno de 1,64 Mg/ha sem diferenças entre os espaçamentos de plantio e os cortes realizados. Quanto ao valor de PB este apresentou um alto valor em torno 17,1 %, sem diferenças entre os espaçamentos de plantio. Recomenda-se o plantio com espaçamento de 50x100 cm e período de descanso de 25 dias.

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6. Anexos (Imagens)

Algumas etapas da execução do projeto: a) Preparo do solo; b) preparo das mudas; c) plantio das mudas; d) desenvolvimento do capim; e) coleta e análise da forragem.

7. Referências Bibliográficas

CÂNDIDO, D. et al. Potencial e desafios para a produção animal sustentável em pastagens cultivadas do Nordeste. Revista Cientifica de Produção Animal., v.20, n.1, p.59-70, 2018.

COSTA, N.L., DESCHAMPS, C. e MORAES, A. Estrutura da pastagem, fotossíntese e produtividade de gramíneas forrageiras. PUBVET, Londrina, V. 6, N. 21, Ed. 208, Art. 1387, 2012.

DANTAS. G. F, et al. Produtividade e qualidade da brachiaria irrigada no outono/inverno. Engenharia Agrícola., Jaboticabal, v.36, n.3, p.469-481, maio. /jun. 2016.

EMBRAPA, Informações sobre a cultivar de capim-elefante BRS Kurumi. Comunicado técnico 75, ISSN 1678-3131, Juiz de Fora, MG Maio, 2015.

e)

b) c)

d) a)

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GARCEZ, B.S.; ALVES, A.Z.; ARAÚJO, D.L.C. et al. Degradabilidade ruminal do capim colonião (Panicum maximum jacq. cv. colonião) em três idades pósrebrota. Acta Veterinaria Brasilica, v.10, p.130-134, 2016.

JÚNIOR, G. N. A, et al. Estresse hídrico em plantas forrageiras: Uma revisão. PUBVET, v.13, n.1, a241, p.1-10, jan., 2019.

DIAS-FILHO, M. B. Diagnostico das pastagens no Brasil. Embrapa Amazônia Oriental. ISSN 1983-0513, Belém, Pará, Mai. 2014.

EMBRAPA, Informações sobre a cultivar de capim-elefante BRS Kurumi. Comunicado técnico 75, ISSN 1678-3131, Juiz de Fora, MG Maio, 2015.

GOMIDE, C. A. M.; PACIULLO, D. S. C.; CASTRO, C. R. T.; LÉDO, F. J. S.; MORENZ, M. J. F. Produção de forragem e valor nutritivo de clones de capim-elefante anão sob estratégias de desfolha intermitente. Embrapa gado de leite, ISSN 0104-9046, Juiz de Fora, MG, 2011.

VITOR, C. M. T.; FONSECA, D. M.; CÓSER, A. C.; MARTINS, C. E.; JUNIOR, D. N.; RIBEIRO JUNIOR, J. I. Produção de matéria seca e valor nutritivo de pastagem de capim-elefante sob irrigação e adubação nitrogenada. Revista Brasileira de Zootecnia. vol.38 no.3 Viçosa Mar. 2009.

8. Dificuldades Encontradas 8.1. Análise bromatológica

Não ter a disposição um laboratório para realização de análises bromatológicas e análise de solos. No entanto, em parceria com a UNEMAT – Campus Alta Floresta houve disponibilização do Laboratório de Análises de Solo, Adubo e Foliar: LASAF.

9. Parecer do Bolsista quanto ao desenvolvimento do Projeto

9.1. Avaliação do bolsista Carlos Miguel Ribeiro de Souza

O desenvolvimento do projeto ESPAÇAMENTO DE PLANTIO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CAPIM-ELEFANTE BRS KURUMI foi bastante satisfatório de modo geral, considero ter obtido uma participação e contribuição expressiva durante todo o

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desenvolvimento do projeto, executando todas as tarefas devidamente para sua progressão juntamente com os colaboradores.

Durante toda a progressão do projeto através de atividades e leituras realizadas, ajudou significamente para o meu aprendizado em relação ao curso de zootecnia, obtendo maior conhecimento na área de forragicultura e bromatologia relacionadas a alimentação dos ruminantes.

9.1. Avaliação da bolsista voluntária Camila Batista Knupp

A participação desse projeto foi de suma importância, pois adquiri novos conhecimentos tanto para parte pratica, quanto teórica, esse projeto permitiu conciliar os conhecimentos transmitidos em sala de aula para a pratica, como ajudou aperfeiçoar e organizar as ideias, para elaboração de trabalhos e resumos científicos, além de contribuir para analises estatísticas e metodologia.

Alta Floresta – MT, 22/08/2019

____________________________ Assinatura do Bolsista

Carlos Miguel Ribeiro de Souza

____________________________ Assinatura do Bolsista - Voluntário Camila Batista Knupp

____________________________ ____________________________ Assinatura do Coordenador Assinatura do Colaborador

Referências

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