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A educação dos surdos foi marcada ao longo do tempo por preconceitos, descréditos, piedade e loucura, porém, a concepção de homem cidadão é o

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(2)

A educação dos surdos foi

marcada ao longo do tempo por

preconceitos, descréditos,

piedade e loucura, porém, a

concepção de homem cidadão é o

primeiro passo para mudar uma

história marcada por lutas e

conquistas.

(3)

Idade Antiga

(4.000 – 355 a.c)

Eram protegidos e

considerados como criaturas

privilegiadas, enviados dos

deuses. No entanto, tinham vida

inativa e não eram educados.

Seres castigados pelos

deuses.

Eram lançados ao mar ou do

alto dos rochedos, rejeitados e

abandonados em praças

públicas ou nos campos

(vivendo miseravelmente como

escravos ou abandonados).

(4)

Sócrates

(469 a.c)

acreditava

que o surdo deveria usar

sinais para se comunicar.

Aristóteles

(384 a.c)

acreditava que quando uma

pessoa não verbalizasse,

consequentemente não

possuía linguagem, tão

pouco pensamento.

(5)

Idade Média

(476 d.c)

Para a Igreja Católica os

surdos eram como seres

com “almas imortais”, pois

não conseguiam verbalizar

os sacramentos.

Os surdos eram privados

dos direitos legais pois eram

considerados incapazes, não

fazendo parte nem mesmo

das famílias.

(6)

Idade Moderna

(1.453)

Girolano Cardano:

(1.500)

Os surdos poderiam ser ensinados.

Utilizava a língua de sinais e a

escrita com os surdos. (Filho surdo)

Pedro Ponce de Léon:

(1.584)

Primeiro professor de surdos usando como

metodologia a datilologia, a oralização e a

escrita. Criou uma escola para professores

de surdos e para os próprios surdos na

Espanha. (Irmãos surdos)

(7)

Publicou o primeiro livro sobre a educação de surdos em que

expunha o seu método oral, “Reduccion de las letras y arte

para enseñar a hablar a los sordos”.

Defendia o ensino precoce do alfabeto manual aos surdos.

Seu método serviu de base para toda Europa.

Juan Pablo Bonet:

(1.620)

Iniciou seu trabalho com

surdo através de sinais,

treinamento da fala e o

uso de alfabeto

(8)
(9)

Samuel Heinicke:

(1.755)

O “Pai do método alemão” –

Oralismo Puro – iniciou as bases da

filosofia oralista. Um grande valor

era atribuído somente à fala, na

Alemanha.

Publicou a obra “Observações sobre

os surdos e sobre a palavra” e em

1.778 fundou a primeira escola de

oralismo puro, inicialmente com 9

alunos.

(10)

Charles Michel L´Epée:

(1.759)

Instruía os surdos em sua própria

casa com as combinações de

língua de sinais e gramática

francesa sinalizada,

denominados sinais metódicos

(método bastante criticado pelos

oralistas). Defendia que a língua

de sinais constitui a

linguagem natural dos surdos e que é um verdadeiro meio de

comunicação e de desenvolvimento do pensamento. Publicou

o primeiro dicionário de sinais e sobre o ensino dos surdos

por meio dos sinais metódicos (A verdadeira maneira de

instruir os surdos), colocando as regras sintáticas e o alfabeto

manual inventado por Pablo Bonet.

(11)

Idade

Contemporânea

(1.802)

Jean Marc Gaspard Itard:

(1.802)

Médico cirurgião e psiquiatra residente do

Instituto Nacional de Surdos em Paris (criado

por L´Epée em 1.760) acreditava que as

sensações eram a base para o conhecimento

humano e que reconhecia somente a

experiência externa como fonte de

conhecimento.

Assim era exigida a erradicação ou a

“diminuição” da surdez para que o surdo

tivesse acesso ao conhecimento.

(12)

Thomas Gallaudet:

(1.814)

Vai à Europa buscar métodos de

ensino a surdos, voltando à América

com o professor surdo Laurent Clerc

(melhor aluno do Instituto Nacional

para Surdos de Paris). Juntos

fundaram a primeira escola

permanente para surdos nos Estados

Unidos, e com seu sucesso imediato

levou à abertura de outras escolas

de surdos nesse país. Quase todos os

professores ouvintes e surdos já

eram usuários fluentes em língua de

(13)

Eduard Huet: (1.855) professor surdo francês chega ao

Brasil, sob aprovação do imperador Dom Pedro II, para abrir

uma escola pra iniciar um trabalho de educação de pessoas

surdas. Em 26 de setembro de 1857 fundou-se, no Rio de

Janeiro, o Instituo Nacional dos Surdos-Mudos,

posteriormente alterou o nome para Instituto Nacional de

(14)

Oralismo

Bilinguismo

(15)

Considera a surdez como doença e tem como objetivo levar a pessoa surda a se tornar o mais semelhante possível ao modelo ouvinte, ou seja, o

surdo precisa aprender a falar, ler e escrever, valorizando a língua oral e rejeitando qualquer tipo de sinais. O surdo deve se capacitar para usar

a voz e a leitura labial, para isso requer:

 Diagnóstico precoce.

 Adaptação de AASI (aparelho de amplificação sonora

individual).

 Colaboração da família.

(16)

Aspectos Positivos Estimulou o estudo sobre a surdez. Estimulou o avanço tecnológico. Alguns surdos conseguiram o sucesso educacional. Aspectos Negativos Déficit cognitivo. A maioria dos surdos abandonaram a escola. Falta de comunicação no relacionamento familiar. Nega a aquisição natural da língua de sinais como língua materna. Nega a cultura surda.

Alguns defensores do oralismo:

Samuel Heinick Jean Marc Itard

(17)

O uso de sinais estava impedindo o desenvolvimento da fala, da leitura labial e, consequentemente, dos aspectos cognitivo dos surdos.

(18)

Sendo a utilização de sinais proibida em sala de aula, pais e alunos surdos eram instruídos a não fazerem uso dos mesmos nos ambientes familiares pela principal razão de que, no entendimento dos educadores, tal prática atrapalharia o aprendizado da língua oral.

(19)

Surgiu na década de 60 visando facilitar o processo de ensino e aprendizagem da língua oral pela utilização de todo e qualquer recurso.

 Sinais  Mímicas  Alfabeto manual  Leitura labial  Oralização  Escrita  Bimodalismo

(20)

Aspectos Positivos

Maior flexibilidade.

Aceita a língua de sinais como forma de comunicação. Melhores possibilidades de trabalho dos profissionais ouvintes. Aspectos Negativos Português sinalizado. Não dá o devido valor a língua de sinais. A utilização simultânea das duas línguas. Nega a aquisição natural da língua de sinais como língua materna. Nega a cultura surda. Alguns adeptos: Willian Stokoe Ivete Vasconcelos

(21)

Surgiu na década de 80. O objetivo é levar o surdo a desenvolver habilidades em sua língua primária (sinais) e secundária (a escrita do idioma do país).

 L1 – língua de sinais.

 L2 – língua oral na sua modalidade escrita.  A aquisição da L1 facilita a aprendizagem da L2.  O contexto bicultural que os surdos estão inseridos

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Aspectos Positivos Considera a língua de sinais com os mesmos status linguístico de uma língua oral. Estimula as relações humanas. A aquisição da L1 facilita a aprendizagem da L2. Permite o desenvolvimento cognitivo da criança. Facilita o trabalho pedagógico. Aspectos Negativos A proposta carece de sistematização e de mais pesquisas. Ainda não há resultados consistentes, e para alguns ainda

é utopia. Há carência de professores bilíngues e surdos instrutores. Alguns adeptos: Willian Stokoe Ronice Quadros

(23)

Lei nº 10.436 de 24 de abril de 2002:

Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de comunicação e expressão, em que o sistema lingüístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema lingüístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.

(24)

A Libras (Língua Brasileira de

Sinais) teve sua origem na

Língua de Sinais Francesa.

As línguas de sinais não são

universais, cada país possui

sua própria língua de sinais

que sofre as influências da

cultura nacional.

Como qualquer outra língua,

ela também possui expressões

que diferem de região para

região (regionalismo), o que a

legitima ainda mais como

língua.

(25)
(26)
(27)
(28)
(29)

A Libras (Língua Brasileira de

Sinais) é uma língua natural

usada pela maioria dos surdos

do Brasil.

Diferente de todos os idiomas

já conhecidos, que são orais e

auditivos, a Libras é

visual-gestual, porque utiliza como

canal ou meio de comunicação

movimentos gestuais e

expressões faciais que são

(30)

Decreto nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005:

Capítulo II – Da inclusão da Libras como disciplina curricular.

Art. 3°- A Libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos do magistério, em nível médio e superior, e nos curso de fonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas, do sistema federal de ensino e dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios.

(31)

A Língua Brasileira de Sinais – Libras – é um código de comunicação, uma língua, como o inglês ou o francês. Atualmente, devido às demandas sociais, exige-se que, em todos os ambientes, haja profissionais que promovam a acessibilidade aos surdos.

Quem aprende Libras amplia sua rede de comunicação, favorece a inclusão do surdo, além de enriquecer sua atividade profissional. O objetivo principal é promover a inclusão social por meio da Libras e o contato com a cultura surda.

(32)

Decreto nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005:

Capítulo VII – Da garantia do direito à saúde.

Art. 25 - A partir de um ano da publicação deste Decreto, o Sistema Único de Saúde – SUS e as empresas que detêm concessão ou permissão de serviços públicos de assistência à saúde [...] devem garantir [...] a atenção integral à saúde, nos diversos níveis de complexidade e especialidades médicas, efetivando:

(33)

I – ações de prevenção e desenvolvimento de programas

de saúde auditiva;

II – tratamento clínico e atendimento especializado,

respeitando as especificidades de cada caso;

III – realização de diagnóstico, atendimento precoce e do

encaminhamento para a área de educação;

IV – seleção, adaptação e fornecimento de prótese auditiva

ou aparelho de amplificação sonora, quando indicado;

V – acompanhamento médico e fonoaudiológico e terapia

fonoaudiológica;

VI – atendimento em reabilitação por equipe

multiprofissional;

(34)

VII

atendimento

fonoaudiológico

às

crianças,

adolescentes e jovens matriculados na educação básica,

por meio de ações integradas com a área da educação, de

acordo com as necessidades terapêuticas do aluno;

VIII – orientações à família sobre as implicações da surdez

e sobre a importância para a criança com perda auditiva

ter, desde seu nascimento, acesso à Libras e à Língua

Portuguesa;

IX – atendimento [...] por profissionais capacitados para o

uso de Libras ou para sua tradução e interpretação; e

X – apoio à capacitação e formação de profissionais da

rede de serviços do SUS para o uso de Libras e sua

tradução e interpretação.

(35)

Decreto nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005:

Capítulo VIII – Apoio ao uso e difusão da Libras.

Art. 26 - A partir de um ano da publicação deste Decreto, o Poder Público, as empresas concessionárias de serviços públicos e os órgãos da administração pública federal, direta e indireta devem garantir às pessoas surdas o tratamento diferenciado, por meio do uso e difusão de Libras e da tradução e interpretação de Libras – Língua Portuguesa, realizado por servidores e empregados capacitados para essa função, bem como o acesso às tecnologias de informação [...].

(36)

•ALPENDRE, E. V.; AZEVEDO, H. J. S. Concepções sobre surdez e linguagem e a aprendizagem de leitura. Curitiba: SEED, 2008.

•BRASIL. Decreto Nº 5.626. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Publicada no diário Oficial da União em 22 de dezembro de 2005.

•BRASIL. Lei Nº 10.436. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras e dá outras providências. Publicada no diário Oficial da União em 24 de abril de 2002.

•LACERDA, C. B. F. de. A difícil tarefa de promover uma inclusão escolar bilíngue para alunos surdos. Anais da 30 reunião nacional da ANPED. Rio de Janeiro: ANPED, 2007. v.1. p. 1-14.

•QUADROS, R. M. Educação de surdos: efeitos de modalidade e práticas pedagógicas. In: MENDES, E. G.; ALMEIDA, M. A.; WILLIAMS, L. C. de A. (orgs). Temas em educação especial: avanços recentes. São Carlos: EduFSCar, 2009.

•QUADROS, R. M.; KARNOPP, L. B. Língua de sinais brasileira: estudos linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004.

•QUEIROZ, T. G. B. Bilinguismo na educação do surdo – conhecimentos do professor. Anais do XV ENDIPE – Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino. Belo Horizonte: 2010.

•QUEIROZ, T. G. B; BENITE, A. M. C. A educação de surdos mediada pela língua de sinais e outras formas de

comunicação visual. Anais do XXV CONADE – Congresso de Educação do Sudoeste Goiano. Jataí: 2009.

•SILVA, A. C. da; NEMBRI, A. G. Ouvindo o silêncio: educação, linguagem e surdez. Porto Alegre: Mediação, 2008.

•UNESCO. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre Necessidades Educativas especiais. Brasília: CORDE, 1994.

•VELOSO, E; MAIA FILHO, V. Aprenda Libras com eficiência e rapidez. Curitiba: Mãos Sinais, 2009.

Referências

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