0. Ainda dá para ganhar dinheiro

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Data de geração: 03/04/2009 Página 1 Clipping +

0. Ainda dá para ganhar dinheiro

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Pelo segundo ano consecutivo, a você s/a pediu às 76 corretoras habilitadas a operar na BM&FBovespa sugestões do melhor mix de ações para quem quer ganhar dinheiro agora. Apenas 22 corretoras enviaram as informações solicitadas, e os números surpreenderam. Elas escolheram 71 ações, a maior parte do setor de energia elétrica, e apenas 48 dos papéis estavam no lbovespa (índice que reúne as ações mais negociadas na bolsa). A carteira com o maior rendimento chegou a 130% e a menor, a 44% no ano. Com os dados, a Economática, uma empresa de análise de ações, de São Paulo, analisou cada carteira com base no modelo Markowitz, Prêmio Nobel de Economia. A metodologia de análise de risco de Markowitz é respeitada e reconhecida no mundo todo.

A ideia foi verificar como o peso de cada ação na carteira poderia ser alterado para se obter um novo portfólio cuja relação entre o risco e o retorno fosse a melhor possível. "O método de Markowitz parte da sensibilidade que a empresa tem a mudanças no cenário econômico", diz Fernando Excel, presidente da Economática. Depois de computados os dados, entrevistamos o professor André Oda, da Fundação Instituto de Administração (FIA), de São Paulo, que analisou cada uma das novas carteiras. Nas próximas páginas você vai encontrar:

a melhor carteira de ações das corretoras; o percentual de aplicação para cada papel; o risco da carteira e o retorno estimado; ao lado da indicação da corretora, você terá outra composição de ações feita pelo método Markowitz, na qual é revelado que, com o mesmo risco embutido na carteira, você poderia ter uma rentabilidade muito maior.

A regra para escolher sua carteira é simples: se não for precisar do dinheiro no curto prazo - um ou dois anos - prefira correr um pouco mais de risco.

o economista americano Harry Markowitz, de 81 anos, ganhou o Prêmio Nobel de Economia em 1990 com a teoria das carteiras. Ela deu origem ao modelo Markowitz, um sistema matemlltico que faz infinitas combinações de ações de uma carteira e os percentuais que devem ser investidos nelas para obter o melhor resultado financeiro. Para chegar a esse resultado ideal, Markowitz compara cada uma das ações, considerando o seu desempenho nos Ultimos três anos. Analisa ainda a expectativa de risco e de retorno dessa carteira, qual foi informado pelos analistas econômicos.

GANHO DE QUASE 70afo NOANO

A carteira sugerida pela Agora Corretora de Valores, de São Paulo, é bem diversificada, com maior participação nos setores de finanças e seguros, energia elétrica e siderurgia e metalurgia. Uma das principais mudanças após o uso do sistema Markowitz foi o aumento na participação das ações da Sul América, que têm um retorno projetado para o ano de 111,14% A rentabilidade anual da carteira aumentou para 69,57%.

INVESTIMENTO EM ENERGIA

Poucas mudanças foram feitas na carteira da Bradesco Corretora, que já apresentava uma ótima rentabilidade no ano. A maior parte das dez ações sugeridas pela corretora está concentrada no setor de energia, que tem risco baixo. As ações também têm pequena correlação entre si: quando uma vai mal, a outra vai bem. "Quanto menor a correlação, menor o risco da carteira", diz André Oda, professor da Fundação Instituto de Administração (FIA).

CINCO AÇÕES E RETORNO DE 73afo

Com uma carteira enxuta e com papéis considerados blue chips, a Corretora Oliveira Franco consegue dar um retorno de 73% ao investidor. Vale e Petrobras têm os maiores pesos no portfólio, com 25% de participação cada. Juntas, as duas ações têm um retorno projetado de 145% no ano.

UM DOS MAIORES RETORNOS DO ANO

A carteira de ações da Geração Futuro, de São Paulo, apresentou um bom ganho para o ano: 109,72%. Quem investisse 100 reais nesta carteira teria 209 reais no final de 12 meses. Das oito ações sugeridas, cinco têm retornos esperados acima de 100%. São previsões otimistas, mas que podem não se confirmar ao longo do ano por causa da instabilidade do cenário econômico.

SEM VALE E PETROBRAS A realocação das ações da carteira da Elite, de São Paulo, se concentrou em apenas três papéis. Bradesco teve a participação aumentada em quatro vezes e ficou com peso de 66,8% na carteira. Já as ações consideradas blue chips (mais negociadas no pregão), como Vale e Petrobras, deixaram o mix da carteira. A escolha dos papéis foi feita considerando os maiores retornos e os menores riscos.

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GANHO ACIMA DE 100 %

A carteira da Corretora Pax tem forte concentração em ações do setor de siderurgia e metalurgia. A participação dos papéis da Gerdau representa 44% da alocação de dinheiro na carteira. A previsão dos analistas é de que a ação tenha um ganho de 129% neste ano.

RETORNO DE 70070 EM UMANO

Apenas as ações da Telemar deixaram de fazer parte da carteira de ações sugerida pela corretora SLW, de São Paulo. Com sete papéis foi possível projetar um ganho de 70% para a carteira em um ano. O destaque são as ações da ALL, que têm projeção de valorização de 138% até dezembro.

CARTEIRA DIVERSIFICADA

Ações de diferentes setores compõem a carteira sugerida pela Link Corretora, de São Paulo. As três ações com maiores indicações de compra são do setor bancário, de energia elétrica e de alimentos. "Quanto mais diversificada são

as ações, menores os riscos", diz André Oda, professor da Fundação Instituto de Administração (FIA), de São Paulo. PRESENÇA DO SETOR FINANCEIRO

Com duas ações do segmento de finanças e seguros e outras quatro de áreas diversas, a Sita conseguiu um retorno de 81%. O destaque são os papéis da Magnesita, que representam 21,5% da carteira e prometem valorização de 157% Dá as ações da Vale, por terem uma forte correlação com a Magnesita, saíram da carteira.

A MAIOR VALORIZAÇÃO: 130 %

A reorganização das ações que fazem parte da carteira sugerida pela Corretora Ornar Camargo fez com que o retorno projetado dobrasse. Saiu de 65,66% para 130,81%. O destaque são as ações da companhia Fertilizantes Heringer, que está projetado em 275% para o ano.

DEZ AÇÕES E GANHO DE 75 %

A carteira indicada pela Itaú Corretora, de São Paulo, previa um ganho de 93,60%. Mas, quando as ações foram submetidas ao modelo Markowitz, o retorno esperado caiu para 75,42%. Acontece que o retorno da carteira foi redefinido no momento da publicação, conforme pedido da corretora. O risco também diminuiu e ficou em 37.44%.

VÁRIAS AÇÕES E GANHO DE 54 %

Com uma carteira diversificada, a corretora Souza Barros, de São Paulo, projeta um ganho de 54% neste ano. Fazem parte da carteira papéis dos setores de finanças e seguros, siderurgia e metalurgia, petróleo e gás e telecomunicações. A ação com maior peso na carteira é Bradesco PN.

POUCAS MUDANÇAS E GANHO DE 56 %

A corretora Planner sugeriu uma carteira muito próxima da recomendada pelo modelo de Markowitz. Praticamente não houve alteração entre os papéis sugeridos. O risco, de 34%, ficou praticamente inalterado e o retorno para o ano subiu de

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55% para 56%. CARTEIRA OTIMISTA

As projeções dos analistas da Socopa apontam valorização de mais de 100% no ano para cinco dos dez papéis sugeridos na carteira. Com isso, o ganho no ano alcançaria 127%. As ações com as maiores perspectivas de alta são Vale, Gerdau, Bradesco, Unibanco e Randon.

GANHO DE 83070 PARA AÇOS VILLARES

O destaque da carteira sugerida pela Win Trade, braço de homebroker da Alpes Corretora, de São Paulo, são as ações da Aços Villares. Os papéis têm previsão de valorização de 83% no ano. Com mais quatro ações, a carteira promete render 47% no ano.

PRESENÇA FORTE DE PETROBRAS

As ações da Petrobras têm a maior participação na carteira de ações sugerida pela corretora Spinelli, de São Paulo. Junto com mais nove papéis, as ações garantem ganho de 66% ao investidor. Nenhum papel deixou de fazer parte da carteira depois da reorganização feita pelo método Markowitz, eles apenas ganharam pesos maiores.

TRÊS AÇÕES SAIRAM DA CARTEIRA

Com o rearranjo de ações promovido pelo método Markowitz, três ações deixaram de fazer parte da carteira sugerida pela Uniletra Corretora. São elas: Vale, Siderúrgica Nacional e Gerdau. Além de apresentarem os menores retornos projetados para o ano, os papéis tinham forte correlação com outras ações da carteira.

GANHO DE 44070 COM 5 AÇÕES

A XP Investimentos sugeriu cinco ações que, juntas, vão render as ao investidor. O destaque são as ações da B2W Varejo, que têm alta projetada de 109% no ano. O risco determinado pela corretora ficou em 34%. Os papéis estão concentrados em três setores: energia elétrica, mineração e química.

QUATRO AÇÕES E GANHO DE 66 %

A carteira inicial da Coinvalores, de São Paulo, tinha 11 ações que renderiam ao investir 49% ao ano. Depois do rearranjo dos papéis pelo método Markowitz sobraram apenas quatro papéis, mas o ganho aumentou para 66,23%. A seleção preferiu as ações com os maiores retornos projetados. Apesar de um bom retorno, os analistas recomendam que o investidor opte por uma carteira diversificada.

MAIS AÇÕES DA VALE

As ações da Vale representam 46,2% dos papéis que compõem a carteira da corretora Indusval, de São Paulo. Com mais cinco papéis, a carteira pode render até 48,93% neste ano. A forte presença da Vale pode ser explicada pelo retorno esperado para o papel no ano, de 63%. Outras cinco ações saíram do pacote por terem a expectativa de baixos retornos no ano.

Fernando Excel, presidente da Economatica, consultoria especializada no mercado acionário, diz que os analistas estão muito otimistas.

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SEGUNDA LINHA COM GANHO ALTO

A Gradual Corretora, de São Paulo, recheou sua carteira com ações de segunda linha, as que são menos negociadas no pregão. Mas os papéis têm um peso menor na composição total da carteira. A alocação de dinheiro em todas as 13 ações pode variar entre a máxima de 15% e a mínima de 5%. É uma estratégia interessante. "A ideia é não alocar todo o dinheiro em ações difíceis de vender. Pode ser uma boa carteira para quem pensa no longo prazo", diz André Oda, professor da Fundação Instituto de Administração (FIA), de São Paulo.

AÇÕES FORA DO INDICE

A Infinity Corretora, de São Paulo, optou por selecionar ações que estão fora do Ibovespa (índice que reúne as ações mais negocíadas da bolsa de valores) para compor sua carteira. "São papéis com maior risco, mas também com maior retorno", diz André Oda, professor da Fundação Instituto de Administração (FIA), de São Paulo. O setor de construção civil é o que tem o maior peso na carteira, 33,6%.