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IA «ELECTRICIDADE» E A NOSSA INDúSTRIA

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• I

,

IA

«ELECTRICIDADE» E A NOSSA INDúSTRIA

FÁBRICA

DE

CONDUTORES

ELÉCTRICOS

DIOGO

D' ÁVILA,

LDA.

I

'Data de ] 923 o início da produção de fio e cabos eléctricos

'em Portugal com a fundação da empresa hoje denominada

FÁBRICA DE CONDCTORES ELÉCTRICOS DIOGO

D'ÁVILA, LDA. Durante 36 anos o seu fundador o

in-dustrial Diogo d'Á

"lia

consagrou-se inteiramente ao

descn-'volvirnento da indústria de que foi um dos ou ...ados

per-cursores em Portugal.

'-'

Ocupando. a princípio. um pequena superf'icre, a fábrica

lÁ vila

ira

nsferiu as suas instalações em 1949 para a

Por-tela da Ajuda, na Estrada Ajuda-Queluz onde hoje utiliza

40000 m2 dos quais 10 000 de área coberta.

:Desde então, o seu equipamento tem vindo a ser

sucessiva-mente aumentado, sendo a maquinaria adqurrida

princi-palmente em França, Itália, Alemanha e Inglaterra.

Div

ersas

máquinas

(sobretudo

no sector da preparação da

'borracha) são de construção nacional, e algumas até, e ....

tu-'dadas e construídas pelas oficinas metalo-rnecãnicas da

IFábrica.

Em 1953 foi firmado um contrato de assistência tecruca

'entre a Fábrica Á \ ila e a empresa francesa TREFILERIESET

L\.MINOIRS ou HA \ RE. Dai re ....ultou o aperfeiçoamento de

fabricos

executados, bem como a extensão a nov o

....mo-.delos de cabos. da gama de produção da Á \ da.

A fábrica tem actualmente ao seu serv IÇO 450 operúrios.

empregados e engenheiros e dispõe de uma potência

insta-lada de 1100 kw.

O fornecimento de energia é feito pela

c.

R. G. r à tensão

de 10 000 V reduzida em posto de transformação prJ\ auv o.

O apro\ isronarnento de

matérias

primas

rev

este nesta

in-dústria, carácter muito especial, dadas a grande div

ersr-dade dos materiais utilizados, as frequente') oscilações da

sua COlação c a dispersão dos mercados fornecedores.

Embora a Fábrica Á \ ila procure, tanto quanto po,;; iv el.

adquirir no pai uma grande parte das matéria') primas de

que necessita. o certo é que as aquisições que se vê obngada

a fazer no estrangeiro (nomeadamente em Inglaterra, França

e E. U. A.) atIngem ainda" olurne muito considerável.

Há, no entanto, div ersos materiais - têxteis metais, cargas

minerais, vernizes. etc. - que o Continente e o Ultramar

português fornecem

a esta indústria em condições

plena-mente sansfatorias ,

A gama de produção da Fábrica A \ ila abrange actualmente

todos os modelos de nos e cabos normalmente consumidos

pelo nosso mercado. Podemos, de forma sumaria, reparti-Ia

pelas classes seguintes:

- FIOS e cabos isolados com borracha natural, elastórneros

SIntétICOS e

rnaterrars

ter moplást

ICOS.

- Cabos com cobertura e protecção metalicas

- FIOS e cabos para smalizacão, telefone. T S. F e T. \ .

- Cabos para elevadores, gUinda te<. monta-cargas e 105t

..1-lações portuárias

- Condutores para

automóveis

e motores térmicos

- Cabos para rruna , aeroportos e caminhos de ferro.

- FIOS esmaltados e isolados com algodão ou «rayonne».

- FIO~ e cabos especldl~ pala as Forças Armadas.

O aumento da produção no" últimos unos tem sido bastante

expressIvo: no período de 1951 a 1959 a tonelagem dos cabo ....

fabricados decuplicou, sendo actualmente a produção, por

opera no, quatro vezes supenor à de 19) I .

A vrsita iniciou-se pelas instalações fabris.

A fase InICIal comum a todos os fabricos é a de preparação

dos fios ou cabos elementares de cobre.

O cobre electrolruco puro é adquirido

sob a forma de

fio, ao qual é, no entanto,

necessário

conferir o diâmetro

requerido. o grau de recozimento adequado, e por vezes,

uma protecção que o defenda do alaque das ubstâncias

que o

irão

isolar.

É o que se consegue pela operações de

Trefilagem: Recozimento: e Estanhagem

(2)

Aspecto d~ Oftcina de Trefilagern

Trefilagem

Executa-se em máquinas nas quais o fio de cobre é obrigado

a atravessar fieiras calibradas, que lhe vão conferindo

diâ-metros cada vez menores.

As fieiras - de aço-tungsténio ou de diamante para os

me-norcs diâmetros - são preparadas e calibradas em oficina

adstrita à secção de trefilagem.

O equipamento de que a Fábrica Ávila dispõe permite-lhe

trefilar fios de diâmetros. em milímetros, desde 10 a 0,5.

Recozimen to

Este tratamento térmico do fio de cobre, que, como se sabe,

é destinado a corrigir-lhe determinadas características

mecâ-rucas (ductibilidade. tlexi bilidade) ou eléctricas (resisti. Idade)

é levado a cabo em quatro fornos de resistência do

»r=

«BeU»,

com a potência de 35 kW nos quais o cobre é aquecido em

atmosfera protectora para preveOlr a sua oxidação

Estanhagem

Como é conhecido, diversas substâncias utilizadas no

ISO-lamento dos cabos - as composições de borracha e de

elastórneros por exemplo - são fàcilmente destruídas por

oxidação em presença do cobre que actua como catalisador,

Aspecto d~ Of,c,"~ de Cablagern

assim como o

próprio

cobre sofre a acção química de

de-terminados produtos dessas composições. Há, pOIS, que

dificultar e"....as reacções, pela interposição de uma camada

protectora que, no caso mais frequente, é constituída por

um depósito de estanho.

A estanhagem do fio de cobre e feita por imersão a quente em

banho do meta) protector. dispondo a Fábrica Á \ tia de três

maqumas para a executar Após estas operações.o fio

encon-tra-se pronto a ser directamente isolado, ou hav erá ainda que

o aorupar para se constituirem elementos multifilares.

A c~nstltuição destes elementos e o objectivo da secção de

cablagem.v Cabla.gem

Nesta secção, que, como é lógico. se encontra na vizinhança

imediata das anteriormente descritas. deparam-se-nos

má-quinas duma grande div ersidade de modelos e, capacidades.

circunstância óbv la se se atentar que a Fábrica

A \

ila está

ape-trechada para construir desde o cordão de 0,3 rnm'' de

secção ate ao cabo de 500 mm? de cobre duro ou macio;

e

que estes cabos devem apresentar a forma circular,

secto-rial, 0\ ai, etc.

Após a preparação dos elementos condutores. pa~sam estes

a constituir o senti-produto das cadeias de fabrico que se

sucedem.

Estas cadeias são nitidamente diferenciadas. consoante o tipo

de Isolamento e as condições de utilização do cabo - tensão

de serv iço. classe de protecção, etc.

Surgem nelas como primeiras máquinas operatórias as que

aplicam aos condutores o seus revestimentos isolantes.

Aspecto d~ Oficina de Extrusâo de Termoplásticos

Revestimento isolante

Para esta operação - ou série de operações como

é

o caso

mais frequente - exrste em cada cadeia de fabrico uma

secção que utiliza 05 materiais isolantes adequados ao tipo

de cabo a constituir.

Entre este') materiais citam-se, em especial, as composições

de borracha e de elastómeros sintéticos, os materiais

termo-plásticos, o papel e as fibras têxteis, os esmaltes e os vernizes.

Como é óbvio. os processos tecnológicos de execução destes

revestimentos dependem do material a aplicar e assim

po-demos observar a ex trusão das borrachas e dos plásticos,

o enfitamento a papel de tela. o entrancamento com fios

têxteis naturais ou artificiais, a estufagem dos vernizes e

esmaltes. etc

Cabe ainda dizer que a maioria dos matcnais isolantes

uti-lizados, a partir dos produtos-base (polímeros,

plastifi-cantes, estabilizadores. materiais de carga e outros) é

pro-duzida na Fábrica.

Normalmente, há ainda que agrupar os condutores assim

Isolados e ~e\estir o conjunto com camadas protectoras de

natureza div ersa. São Os objectiv os das ecções a que nos

(3)

Reunião de cond u tores isola.dos

Em todas

a'\ cadeias

de

fabrico se executa a operação de

agrup.H

em

«lDO

múltiplo, os condutores individual e

prê-\ iameruc

isolados. .t\'\ máquinas

são,

de princípio.

sernc-lhantc-,

àquelas

quc

observ amo ... na

secção

de cablagcm;

di'\tingucm-n.l'\, no entanto. certas parucularidades,

sobre-ludo a ....que \

i-am

a

cxccuçâo

do agrupamento regular de

condutores cuja ....

ccção

recta

não

é circular.

Aspecto da Ofrcm a de Fio Esmaltado

Embainhamento

Para assegurar a

protecção

final do conjunto de condutores

que formam o cabo, ou para constituir a camada de apoIo

de ulteriore ... revestimentos, executam-se um ou mais

em-bainharnentos tubulares em

máquinas

de extrusão ou

enfi-tarnento, as quaIs lançam mão dos mesmos processos

citados para a operação de revestimento Isolante.

,

Revestimen to metálico

Esta operaçào é executada em duas prensas de chumbo e

em diversas máquinas para aplicação de camadas de

alu-,

.

rrumo, zinco, aço, etc.

Os rev estimentos metálicos são ainda mormalmente

defen-didos da corrosão pela cobertura com têxteis Impregnados,

com bainhas de termoplástico ou de elastomeros sintéticos.

Aspecto da Estação de Ensaios de Alta Tensão

Aspecto de um l",boratóno de Ensaios

As cadeias de fabrico terminam, portanto, em maqumas

de entrançar ou de extrudir, que complementam as de

aplicação dos revesnrnentos

metalrcos

Uma vez terminada a produção dos cabos, são estes

entregues aos Laboratorios de Ensaios finais (funcionando

um para cada cadela de fabnco) que os submetem às provas

de qualidade.

Os métodos de ensaio são os que as Normas oficiais

deter-minam, ou resultam de

imposicões

especiaIS dos clientes.

Dentre as estações de ensaio \ isitadas, alienta-se uma

insta-lação para

«tests-

de ngidez

dieléctrica

dos cabos, equipada

com transformadores para a tensão de 150 k\, sob uma

potência de 225 k

\iA.

O controle laboratorial não

intervém

apenas nesta fase final;

com efeito realizam-se no decurso das operações de fabnco

e nas

próprias

oficinas. constantes ensaios de compro\

ação,

fazendo-se largo uso de aparelhagem electronica de

con-cepção

recente.

A própria selecção e estudo de comportamento das maténas

primas utilizadas é objecto de uma

série

de ensaios

tecnoló-gICOS, determinados por cadernos de encargos própnos,

além das habituais expenenuas de natureza química,

me-cânica e

eléctnca.

Precisamente neste sector, a fabnca está actualmente a ser

ampliada. pois o alargamento da produção e a

utilização

de nov os materiais exige uma exten ão dos serv Iças de

con-trole. Em novo

edifrcro

ja

concluído

e que

dispõe

de quatro

pavimentos

amplos e uma , torre de pro\a com 23 metros

de altura, está a Fabnca A \ ila a concentrar todos os seus

serv IÇOS de estudo e controle de

rnateriars

e de processo~

de fabrico.

Como

dissérnos,

algumas das

máquinas

ao serviço da

Fabrica, foram projectadas e construídas nas suas oficinas

metalo-mecânicas. Estas têm a sua

própria

secção de estudos

e encontram-se equipadas com as

máquinas-ferramentas

q ue lhe permitem executar todos os trabalhos de serralharia

mecânica e CI\

II.

à excepção ev identernente dos mais

e~pe-cializados.

A manutenção do eqUIpamento fabril. obnga

à

frequente

renovação das peças com maror desgaste e a construção

de ferramenta especial - fierras, matrizes. calibradores. etc

Como oficinas acessonas existem ainda as de carpmtana

(incumbidas da tarefa de construção de bobinas e outras

embalagens), a de pmtura e a de reparações eléctncas.

(4)

A capacidade de produção mensal da Fábrica Ávila. pode

resumir-se nos segumtes numeros:

Trefilaria - 60 t

Estanhagem - 7 t

Cabos isolados a plásticos - 65 t

Cabos isolados a ela tómeros - 50 t

Cabos de força - 45 t

Cabos telefónicos - 20 t

A par das instalações fabris é dada especial atenção

às

obras de carácter social.

Neste domínio são de salientar a Cantina, os Refeitórios e

um Posto de Assistência Médica, com equipamento de

des-pistagem e \igilância sanitárias ao dispor de todo o pessoal.

Um Centro de Alegria no Trabalho desenvolve actividade

no aspecto cultural. mantendo uma Biblioteca e organizando

excursões, ao mesmo tempo que cuida do desenvolvimento

físrco

e da recreação dos operários pelo sector desportivo.

CARRIS

DE FERRO

DE LISBOA

Um pouco de história

A Companhia Carris de Ferro de Lisboa foi fundada no

Rio de Janeiro, em 1872. Em 1876 foi legalmente reconhecida

como Sociedade Anónima Portuguesa. Antes, porém (em

1873), inaugurava a Companhia Carris um serviço de

trans-porte colectivo, em Lisboa, utilizando carros do então

chamado «sistema americano». Eram uns veículos puxados

por muares e rodando sobre carris, com lotação para 24

ou 32 passageiros.

Esses carros gozaram de grande popularidade, e prestaram

bons serviços à população, mas em 1895 solicitava a

Com-panhia à Câmara Municipal (com a qual já havia firmado

contrato de concessão) autorização para dotar Lisboa de

um sistema de transportes

colectiv

os urbanos que os

pro-gressos técnicos já aconselhavam - a tracção eléctrica.

Em Abril de 1898, a Câmara autorizava a Companhia

Carris a electrificar as linhas do sistema existente, e, em

31 de Agosto de 1901, Lisboa assistiu, deslumbrada, à

pas-sagem dos primeiros «carros eléctricos», entre o Largo do

Corpo Santo e S. José de Ribamar (Algés). Toda a Imprensa

se referiu com entusiasmo ao grande acontecimento, que

foi. na verdade, um importante factor da expansão e progresso

da Capital, tornando acessíveis muitos bairros até então

pouco

desenv

olvidos, e contribuindo notàvelmente para que

Lisboa se transformasse na grande cidade que hoje é.

Data da mesma época a edificação e apetrechamento da

Central Eléctrica de Santos, por meio da qual a Companhia

assegurou durante muitos anos o fornecimento regular e

\cguro da energia electrica indispensável aos seus serviços.

Desde então até ao presente, as sucessivas Direcções da

Companhia Carris orientaram os seus esforços no sentido

Cabo Ruivo - Edrfrclo dos Serviços Sociais e do Movimento

230

«Eléccrico» construído nu Oficinas da Carris

de ampliar e modernizar o sistema de tracção eléctrica,

e assim é que a CIdade conta hoje com 28 carreiras de carros

eléctricos, compreendendo 38 serviços diferentes, cujos

traçados são de molde a permitir cruzar Lisboa de um a

outro extremo, e alcançar os bairros mais distantes.

Em 1940 adquiriu a Companhia Carris seis autocarros,

destinados a reforçar o serviço de transporte de passageiros

para a Exposição do Mundo Português, em Belém. A

Câ-mara

Municipal,

as entidades oficiais e a Companhia

resol-veram, oportunamente, estabelecer um serviço de

auto-carros complementar do de carros eléctricos, para fazer

face ao aumento anormal da população de Lisboa.

(5)

• Arnoreir as V l &6:xl~ I ~v.. Tr~nslormadot 15" lOO~V" R)V OllCY\As , C()InJlaI~ 5onalozatlo e c:omardo ~ T

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tini ~'Eil 15900 VI. Arco do Cego v

1~~'f11~

StN.hza~ comando C~bo 10 (G1or'.l_ Cabo 9 (GIQrlal Cabo 1 (Santos) --C..ee (Glóna)

Cabo & tGlóno)

umnaçlo. ed,'~IOS.

car-barn. etc 1 Santos s C IJ, .ntO .. I tO ... 1 ... "'I

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ComulattlZ Comu1atroz Turbo gerador

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Cabo S Para Gtó"a) Cabo 4 (Para G16raaj_

abo 2 (Para Glória) Cabo San los -~·Iosca

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t.lv.o\ LOOA 3~~

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JO.,,, Glorta

Subestação dIZ Sacavém

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Comutatroz

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Cabo 7 (Arco do C~) _,

Ca bo\O (Amor l1li"as)

,

• ScrYlÇOS aWtJloares IIl.fT11"\aclo. cte Cabo !I(sarues Cabo' (Santos) __ ....:C..:.a=._bo;;_2 (Sd~) Cabo ~tos - Moscavlde

Santo Amaro A Amp«r~Iro Vl VoHmctro Faslm.tro Wattímttro Regulador d~ tensâo Relt dll falta dll tensâe Relé de máJ una dlrlle.onal Relé" de lerra drferenclal RellÍ de fuga ii tlltra

Rele de mÁJlma Inlensidade Relé dlfcreznc:,al da prolccÇ;o C()(\t~dor

Relez de sobre carga lIermlCol R.hl de sobfrcqufncla mcrtz-prlCe

}

Cabo J C S.mlos) Cabo 6te Sa,..tos) ...

i

C-IiGE Esquema eléctrico 231

(6)

lecerarn-se assim as primeiras

carreiras regulares de

auto-carros, em 9 de Abril de 1944.

O número dessas carreiras é

hoje de 36, compreendendo

43 serviços diferentes.

O estabelecimento e expansão

do serviço de autocarros

exi-giu, naturalmente, a

constru-ção e apetrechamento de

Es-tações de Serviço e Recolha

de Autocarros, dispondo-se

actualmente de duas: - a das

Amoreiras, e a de Cabo Ruivo,

esta última inaugurada em 11

de Dezembro de 1958.

O número total de Estações

da Companhia é actualmente

de 4, situadas em diversas

áreas da cidade, para mais

ra-cional dispersão das frotas de

carros eléctricos e autocarros:

Santo Amaro, Amoreiras,

Arco do Cego e Cabo Ruivo.

Estações de serviço e oficinas

o

principal núcleo de trabalho encontra-se localizado em

Santo Amaro. Desde a tipografia privativa, às oficinas de

grande reparação de eléctricos e de autocarros, incluindo

fundição, caldeiraria, cromagem, carpintarias diversas,

fer-raria, tornos, serralharias, de tudo se dispõe para a

explo-ração e manutenção do serviço a cargo da Empresa.

Competem a este conjunto oficinal as grandes reparações

das frotas, constituídas por 411 carros eléctricos motores,

100 carros atrelados, 281 autocarros e 68 veículos diversos.

O equipamento das oficinas de autocarros é moderno e

permite manter um mínimo de veículos imobilizados de

cerca de 3

%

do total, percentagem que os técnicos da

espe-cialidade consideram das mais reduzidas no Mundo. O

equipamento das oficinas de «Eléctricos» tem sido

moder-nizado de molde a manter um número, também muito

Santos - Interior da Geradora, 1955

Santo Amaro - Oficinas de Armaduras

baixo, de carros retidos; esse valor atinge uma média de

5

%.

Ambas as percentagens incluem os veículos danificados

por acidentes de trânsito. pelo que, na realidade, o número

de viaturas imobilizadas para conservação e reparação é

ainda mais reduzido.

O número de

operários

em Santo Amaro é de cerca de 1000

A Estação de Serviço do Arco do Cego limita-se

à

recolha,

lubrificação, lavagem e pequenas reparações de carros

eléctricos. Esta Estação dispõe, como todas as outras, de

Serviços Médicos, barbearia, balneários e cantina.

Nas Amoreiras funcionam duas Estações de Serviço: - uma

para autocarros e outra para eléctricos.

Em Cabo Ruivo possui a Companhia a sua mais moderna

Estação de Serviço para autocarros. O abastecimento de

gasóleo, óleo lubrificante e a lavagem constituem, pelo

seu automatismo, um elemento de alto rendimento de

trabalho.

Particularmente espectacular, é a instalação de lavagem;

os carros, conduzidos por pessoal especializado, entram

na zona dos grandes escovões, que funcionam ao mesmo

tempo que a água é lançada a jorros contra o veículo. O

mo-tonsta

só tem que se preocupar em ganhar o alinhamento

de início e regular a marcha do carro, pois deixa de ver

o que se passa à sua frente.

O rodado dianteiro é mantido no alinhamento pela forma

do pavimento. A água é recuperada em grande parte e

filtrada de seguida, ficando o sistema pronto a funcionar

imediatamente. Tudo se passa em menos de um

minuto.

Adoptou-se, em qualquer das Estações de autocarros, o

sis-tema de parque ao ar livre, pois que o estacionamento se

reduz a cerca de 8 horas diárias por veiculo.

A Central termoeléctrica

Possui a Companhia uma Central termoeléctrica em Santos,

a qual, até 1951, assegurava o fornecimento de energia

eléctrica para os carros e para parte das instalações da Com-panhia.

Havia, além disso, ligações de socorro às Companhias

Reu-nidas Gás e Electricidade, as quais permitiram que a partir

j

(7)

,

CIH.'r~l,.

~I'r ivcuou <c p,lra t.lI um !,,,,....to de trun ...tormncâo 10

'.h

k V,

de ~(X ) k. \ \, con ....truido cm Il 42, l}Ui.\ ndo ns diflculdadc ....

de "bh.'llI,',h' de ombustlvcis pr~l""'\lI'.l\.Hn serinmcntc .\

\dmi tuxtl ,11:.,,"'.

ore-se

qUl'

e....

ta ~ ouu ..

l....providências permitiram 1ll.IIHt"I.

durante a última gll~rr,l.todu .1

1',

otu em ser, iço. Daria,

'\\' p,,'r 'I, um h'ng,,' .HtI~", .\ ..CII· de dificuldades \ cncida»

r.'

ra "'C conscuun esse

rcsulr.ulo.

Em 1952. ,I ll'r,,'cIH.lgcm de energia de or igem ludr n,.i atingi.l

~O\'._" c. 11n.1II))el)(l" l'111 10"", .1 Central de Santo ....entrou

em rcglll1e

J~

.lp

iio d.t Rede Llcctrica Nacional.

Existem qu,Hr\.') caldeu.is n\Hl<JL'l-., '"" \\ 11cox do ripo

:1l1L11-tubular, p.tro urna pn: ...5l) de Ieglllle de 21,5 kg cm-, Duu ....

d las tem 933 m2 de superf'icic de aquecimento e uma

pro-duçã ' horária normal de 30 t de \.1por. A~ outra duas.

om 34 m~. têm uma produção horária de _O t. Três destas

caldeiras fun ioru m indiferentemente (001 óleo combustiv cl

ou corri '8 rv..10.

O equipamento ger ..idor e con..tuuido por três

turbo-alter-nadores, de 46 6 k\ \. (l,6 k \ . m grupo Diesel-dínamo

de 4\5 k\\ c 550 \, J ...."egufa o arranque da entrai no

caso de interrupção do fornecimento extcnor.

Su bestações

A alimentação da rede de tracção a 550 \ olts c.c. é feita

a partir de 5 ....

ubestacõe ..

de COo\ ersão, Evtas

subesracõe

,

ligadas

à

rede de 6.6 kv. têm as potências instaladas

se-guinte!", em quilo", att :

Arco do Cego , . Glória . Amoreiras . Santo Amaro .. Santos .

4000

2500

500 2000

4000

Existe ainda uma sexta subestação rnov el, actualmente no

Dafundo, para reforço em dias de trafego intenso. com a

potência instalada de 1000 kW.

--- ---

---Ligo.çn.o à rode eléctrico. nucí o na l

Encontra-se desde 1955 em serviço um cabo que liga a

subcstução da C.N.I. cm Moscavide

à

Central de Santos,

onde se instalou um transformador, fabrico da D.r.H., com

as sl'guin(es características: 10 MVA de potência, 31,5/6,6

kV, tipo exterior com arrefecimento natural, enrolamento

cm triângulo-estrela c regulação de tensão em carga.

O cubo, Iabricado pela n.r.c.c, é trifásico, com 3 x 96 rnm''

de ....cccão, impregnado de gú ... (,170tO) à pressão normal

de trabalho de 14 kg, cm", As rrc ....ões mínima e máxima de

u abalho <ao, rcvpccuvumcntc, de 10,S c 17,5

Truta-se do primeiro cabo deste tipo Instalado no país e o

ma is longo da Europa na data da montagem.

Maior rigldel dieléctrica dos isolantes, maior densidade de

corrente adrmssiv cl, ma ior potência de transporte por

quilo-grama de cabo e a consequente economia de instalação,

são a .... \ antagcns principais.

Os condutores de cobre são blindados com papel metalizado

c depois isolados com papel impregnado com óleo; sobre

o isolamento está colocada uma nova blindagem com papel

metalizado.

O cabo tem bainha de chumbo e é armado com dupla camada

de fitas de aço, colocadas longitudinal e transversalmente I

,1 sua protecção e isolamento são feitos com fitas de

bor-racha e plasuco e por uma camada de juta alcatroada e

gra-fitada de molde a permitir fazer uma medida de isolamento

eléctnco da protecção mecânica. apo~ a montagem do

cabo.

A sua exten ão é de 12 806 metros, dividida em duas secções

pneurnancas equipadas com painéis para fornecírnento

au-tornauco de gas, em cada um dos extremos do cabo.

O sistema de alarme em Santos funciona automàticarnente

com a diminuição de pressão nas garrafas abastecedoras

e no cabo O seu funcionamento é comandado por

manó-metros tendo, cada um deles, dois interruptores de

mer-cuno.

Como os interruptores estão regulados a pressões diferentes,

o tempo que decorre entre o funcionamento de um e de

outro dá uma ideia aproximada da importância da fuga

de gás.

Corte esquemático do Cabo Santos-Moscavide

ELEMENTOS EUCTRtCOS

L Casquilho de cobre ernbebrdo no condutor

2 lsolamentc aplicado manualmente em cada extremlda.de de molde a

dar ao cone de dispersão o perfil determinado.

l. Isolamento do condutor já escalonado.

4. Slindagem metálica refeita sobre o condutor e ligada ~ b~lnha do

cabo por fio de liga de chumbo,

5. ligaçio de cobre para garantir a coneinuid ade eléctrica da bainha

de chumbo.

ELEMENTOS PNEUMATICOS

6. Tubo de gás ligado a uma lunçio que permite a salda deste.

7. Tubo de gás do cabo.

8. Luva de borracha moldada que veda o gás à bainha do cabo e aos

ccodueores por fitu resistentes ao ccompoundJ>

ELEMENTOS MECANICOS

9 ReposIção escalonada das fitas protectoras do cabo.

10. Flange de aço com colar de latão (ensaIada a 35 kgJcm2 de pressão

hidrâulica ) soldado a chumbo à balnh~ do cabo e às armaduras

met2-licas deste.

II Anilhas de vedação de borracha (neoprene).

12 Soldaduras de pressão

I l. Tubo de aço (enulado a 35 kg/cm- de pressão hrdrãulica ) cheio

de uoto à pressão de 14 kg/cm'.

14 Remate e fixação das armaduras meti hcas de protecção do cabo.

15 Colar de latão soldado a chumbo à bainha do cabo e is armaduras

metálicas deste

16 Anilha de borracha (neoprene) que comprimida produz a vedação do

gás entre o colar de latão e o tubo de aço

(8)

500 Carros motores 450 400 350 300 250 200 150 100 Carros atrelados 50

o~---~~

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.-Número de carros elé ctricos em s ervrço

25 O~~~ __ 300 27S 250 225 200 175 150 125 100 75 SO

Número de autocarros em serviço

Atrav és

deste cabo tem-se feito também o serviço de

apoio

à Rede Eléctrica Nacional. Assim, no último

ano,

a

eneruia

~

fornecida atingiu o valor de 2 160000 kWh, e no ano de

t

957 forneceram- e

t

I 780000

k\Vh, valores estes que

colo-cam a Central em lugar de

re-levo entre as

térmicas

que

cola-boraram nesse apoio.

Simultâ-neamente com esses

fornecimen-lOS, estax a a cargo da Central

toda a rede da Companhia.

As remodelaçõe efectuadas, a par

de uma manutenção eficiente,

per-mitem que após 58 anos de

tra-balho efectivo, a Central de Santos

ocupe uma

posição

importante no

sistema de fornecimento de

ener-gia eléctrica.

Tão importante é essa missão

que transcende

a sua função

em relação à c. C. f. L., e mais

se afastará dessa função com a

provável redução progressiva dos

carros elétricos. 0 .. --- __ Milhões 300 275 250 225 200 175 150 125 100 75 SO 25 o ~ Ol .-

.-É de cerca de 6600 o número de empregados e

assalaria-dos

ao

serviço

da

Companhia

arris

de Ferro de

Lisboa.

As despesas da Companhia com o eu Pessoal

(referi-das ao ano de J 959) podem cifrar-se como segue;

Ordenados e salários .

Contribuição da Companhia

para

a

Caixa

de Previdência

De pesas com os Sen iços

Iédicos prestados

gratuita-mente ao eu Pe soal,

in-cluindo medicamentos ...

137 850 contos

20050 »

5711 »

Não se inc1uem acima as despesa com fardamento,

for-necidos ..,gratuitamente ao Pessoal do Movimento e

outros, Cantinas, Barbearias, Colónia Balnear para

filhos do Pessoal, etc.

Alguns números estatlstico8 (1959)

Carros

eléctrico

em serv

IÇO:

Carro

motore

.

trelado .. . .. A utocarro em

en

iço .. ..

...

411 100 _68

.

.

.

.

.

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III

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(9)

11.6 milhõe ..

100.8

Movimento

nus Barbearias das ·

rações:

Barbas

feitas. 116 637; ortes

de

cabelo.

55 H

19.

na

I Mllh6es 00 95 10

IS

lO 5

o

65 60

rati

pr.

ati II

ti,

r

III

Movimento

de vendas na

antina,

com 10

00

de

des-conto sobre

os

preços

corrente :

5952

contos.

onsulta

nos Postos MédiCOS

da

ompanhia:

39 796.

on ultu

a médico

c pecialistas:

10043.

nu h mas de II u

I-ainda O furd

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196 bon s. lnjecçõc

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Posto

Médicos:

62

555.

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.-Pasu, ••ros transportados .m autoarros

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