• Nenhum resultado encontrado

PENSÃO POR MORTE. Professor: Rodrigo Sodero. FANPAGE/Facebook: Professor Rodrigo Sodero e Rodrigo Sodero III.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "PENSÃO POR MORTE. Professor: Rodrigo Sodero. FANPAGE/Facebook: Professor Rodrigo Sodero e Rodrigo Sodero III."

Copied!
76
0
0

Texto

(1)

Professor: Rodrigo Sodero

FANPAGE/Facebook: Professor Rodrigo Sodero e Rodrigo Sodero III

Instagram: @profrodrigosodero

(2)

Pensão por morte - Fundamentação

Fundamentação:Art. 201, inciso V, da CFArts. 74 a 79 da Lei 8.213/91 (LB)Arts. 105 a 115, do Decreto 3.048/99Arts. 367 a 380, da IN INSS/PRES 77/2015.

(3)

Pensão por morte - Definição

Definição:

A pensão por morte é o benefício previdenciário pago aos dependentes do segurado, homem ou mulher, que falecer, aposentado ou não. O benefício de pagamento continuado substitui a remuneração do falecido.

(4)

Pensão por morte - Pressupostos

Pressupostos:

Óbito do segurado ou morte presumida (art. 78, da Lei 8.213/91 - declarada pela autoridade judicial competente depois de 06 meses de ausência ou mediante prova do desaparecimento do segurado em conseqüência de acidente, desastre ou catástrofe)

(5)

Pensão por morte - Pressupostos

Qualidade de dependente do requerente (art. 16 e art. 76, § 2º, ambos da Lei 8.213/91).

Qualidade de segurado do de cujus à época do óbito (art. 15 e art. 102, ambos da Lei 8.213/91).

(6)

Pensão por morte - Dependentes

Os dependentes para fins previdenciários estão

listados no art. 16 e no art. 76, § 2º, da Lei 8.213/91.

Dois são os critérios utilizados pelo legislador para

estabelecer a dependência: o critério familiar e o econômico.

O art. 16 da Le 8.213/91, divide os dependentes em

Classes (1ª, 2ª e 3ª classes). Regra: havendo dependente de classe superior, deve ser excluído o direito daqueles de classe inferior!

(7)

Pensão por morte - Dependentes

Dependentes de 1ª classe:

Cônjuge, companheiro, filhos menores de 21 anos não emancipados ou inválidos de qualquer idade ou portadores de deficiência mental, intelectual ou grave (dependência econômica presumida).

Prorrogação da pensão por morte para o filho universitário ou estudante curso técnico: não é possível ( REsp repetitivo 1.369.832/SP).

(8)

Pensão por morte - Dependentes

Enteado, menor tutelado, ex-cônjuge ou companheiro e menor sob guarda: tem necessidade da comprovação da dependência econômica.

(9)

Pensão por morte - Dependentes

Concubina(o): COMPANHEIRA E CONCUBINA -DISTINÇÃO. Sendo o Direito uma verdadeira ciência, impossível é confundir institutos, expressões e vocábulos, sob pena de prevalecer a babel. UNIÃO ESTÁVEL - PROTEÇÃO DO ESTADO. A proteção do Estado à união estável alcança apenas as situações legítimas e nestas não está incluído o concubinato. PENSÃO SERVIDOR PÚBLICO MULHER CONCUBINA -DIREITO. (...)

(10)

Pensão por morte - Dependentes

A titularidade da pensão decorrente do falecimento de servidor público pressupõe vínculo agasalhado pelo ordenamento jurídico, mostrando-se impróprio o implemento de divisão a beneficiar, em detrimento da família, a concubina. (STF, RE 397.762, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 03/06/2008, DJe-172 DIVULG 11-09-2008 PUBLIC 12-09-2008)

(11)

Pensão por morte - Dependentes

Atenção: nas ações de concessão que envolvem a anulação de benefício previdenciário recebido por outra pessoa – pensão por morte, por exemplo – esta deverá necessariamente compor o pólo passivo juntamente com o INSS (litisconsórcio passivo necessário), sob pena de nulidade (TRF3, AC 00162692220104039999).

(12)

Pensão por morte - Dependentes

Dependentes de 2ª classe:

Pais

(13)

Pensão por morte - Dependentes

Dependentes de 3ª classe:

Irmãos menores de 21 anos não emancipados ou inválidos de qualquer idade ou portadores de deficiência mental, intelectual ou grave.

(14)

Pensão por morte

Qualidade de segurado do de cujus

Período de graça (art. 15, da Lei 8.213/91

variação de 03 a 36 meses).

Segurado que deveria estar em gozo de benefício (art. 15, inciso I, da Lei 8.213/91).

Exceção: preenchimento dos requisitos legais para obtenção de aposentadoria até a data do óbito (art. 102, da Lei 8.213/91 e Súmula 416 do STJ).

(15)

Pensão por morte – Divisão do valor

Divisão do valor do benefício

Fundamento: art. 77, da Lei 8.213/91.

Como é feita a divisão? Entre todos e em partes iguais.

A parte daquele cujo direito à pensão cessar reverterá em favor dos demais.

(16)

Pensão por morte - Cessação

Cessação da cota individual da pensão

Fundamento: art. 77, da Lei 8.213/91.

Hipóteses:

Pela morte do pensionista.

Para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, ao completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.

(17)

Pensão por morte - Cessação

Para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez.

Pelo decurso do prazo de recebimento de pensão pelo cônjuge, companheiro ou companheira.

(18)

Pensão por morte - Cessação

o a. Se inválido ou com deficiência, pela cessação da

invalidez ou pelo afastamento da deficiência, respeitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação das alíneas “b” e “c”.

o b. Em 04 meses, se o óbito ocorrer sem que o

segurado tenha vertido 18 contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 02 anos antes do óbito do segurado.

(19)

Pensão por morte - Cessação

o c. Transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 contribuições mensais e pelo menos 02 anos após o início do casamento ou da união estável:

(20)

Pensão por morte - Cessação

1. 03 anos, com menos de 21 anos de idade.

2. 06 anos, entre 21 e 26 anos de idade.

3. 10 anos, entre 27 e 29 anos de idade.

4. 15 anos, entre 30 e 40 anos de idade.

5. 20 anos, entre 41 e 43 anos de idade.

(21)

Pensão por morte - Cessação

Após o transcurso de pelo menos 03 anos e desde que nesse período se verifique o incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional única, para ambos os sexos, correspondente à expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer, poderão ser fixadas, em números inteiros, novas idades para os fins previstos na alínea “c”, em ato do Ministro de Estado da Previdência Social, limitado o acréscimo na comparação com as idades anteriores ao referido incremento.

(22)

Pensão por morte - Cessação

Exceção: Serão aplicados, conforme o caso, a regra de cessação somente com o fim da incapacidade ou da deficiência ou os prazos previstos na alínea “c”,

se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho, independentemente do recolhimento de 18 contribuições mensais ou da comprovação de 02 anos de casamento ou de união estável.

(23)

Pensão por morte – Perda do direito

Perda do direito ao benefício (02 hipóteses)

Fundamentação: art. 74, §§ 1º e 2º, da Lei 8.213/91.

Após o trânsito em julgado, o condenado pela prática de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do segurado.

O cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a

qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa.

(24)

Pensão por morte - DIB

Data de Início do Benefício - DIB

Fundamento: art. 74, incisos I a III, da Lei 8.213/91.

Será fixada na data do óbito, se requerido em até 90 dias da data do falecimento do segurado.

Será ficada na Data da Entrada do Requerimento (DER): se requerido depois dos 90 dias.

Será fixada na data da decisão judicial: no caso de morte presumida.

(25)

Pensão por morte - DIB

Atenção!

Menor de idade: segundo o STJ não corre prescrição contra o 18 anos, nos termos do art. 79, da Lei 8.213/91 (precedente: REsp 1.405.909/AL).

(26)

Pensão por morte - RMI

Renda Mensal Inicial (RMI)

Fundamento: art. 75, da Lei 8.213/91.

(27)

Pensão por morte - RMI

Hipótese 01 - segurado instituidor aposentado: 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia em vida.

Hipótese 02 - segurado instituidor não aposentado: valor da aposentadoria por invalidez na data do falecimento (simulação).

(28)

Pensão por morte - Acumulação

Acumulação de pensão por morte

Art. 124, da Lei 8.213/91: proibida a acumulação de pensões por morte deixadas por cônjuge ou companheiro desde a edição da Lei 9.032/95.

Pensão + Aposentadoria: é perfeitamente possível a acumulação de pensão por morte com aposentadoria!

(29)

Pensão por morte - Interpretação

Interpretação das normas relacionadas à pensão por morte

Súmula 340 do STJ: A lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por morte é aquela vigente na data do óbito do segurado.

(30)

Pensão por morte - Recálculo

Cálculo equivocado da RMI: erro no cálculo da aposentadoria do segurado instituidor.

Decadência: art. 103, da Lei 8.213/91 (revisão do ato de concessão, distinguishing, contagem do prazo).

(31)

Pensão por morte - Recálculo

Termo a quo do prazo decadencial: o início do prazo decadencial se dá após o deferimento da pensão por morte, em decorrência do princípio da actio nata, tendo em vista que apenas com o óbito do segurado adveio a legitimidade do pensionista para o pedido de revisão, já que, por óbvio, não era titular do benefício originário, direito personalíssimo. (Processo 5015568-30.2012.4.04.7201 (TNU), Processo 5049328-54.2013.4.04.7000 (TNU) e REsp 1.529.562/CE (STJ)).

(32)

Pensão por morte - Competência

Pensão por morte de natureza comum: Justiça Federal (Vara Comum e JEF).

Pensão por morte de natureza acidentária: Justiça Estadual (Súmulas 15, do STJ e 501, do STF e CC 132.034/SP, julgado pelo STJ).

(33)

Pensão por morte - Competência

Competência – Questões específicas

Competência delegada (art. 109, § 3º, da CF).

Mandado de Segurança (art. 109, inciso VIII, da CF).

(34)

Pensão por morte - Competência

Ações de revisão (STJ, AgRg no CC 117.486/RJ).Acumulação de benefícios de naturezas diversas

(35)

Pensão por morte – Ação judicial

ajuizada pelo segurado falecido

-Habilitação

Os valores decorrentes do processo previdenciário não recebidos pelo autor da ação em vida, devem ser pagos, prioritariamente, aos depentendes habilitados à pensão por morte, para só então, na falta destes, serem pagos aos demais sucessores na forma da lei civil, independentemente de inventário ou arrolamento, na forma do art. 112, da Lei 8.213/91. (STJ, REsp 1.596.774/RS)

(36)
(37)

Estudo de caso 01

Dependente requer a pensão por morte decorrente do óbito do segurado falecido em 26.10.2016, desempregado e sem contribuir para o RGPS desde novembro de 2014. Possuía 05 anos de contribuição. O benefício é indeferido com fundamento na inexistência de qualidade de segurado. Como advogado previdenciarista, apresente a sua solução para o caso.

(38)

Estudo de caso 01 - Solução

Período de graça: art. 15, da Lei 8.213/91.

Situação de desemprego: + 12 meses (art. 15, § 2º, da Lei 8.213/91).

Meios de prova: registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho. Outros meios de prova são admitidos (seguro desemprego, SINE, PAT, etc.).

CTPS e CNIS: a ausência de registros no CNIS e na CTPS não constitui prova cabal do desemprego (Pet 7.115/PR, STJ).

(39)

Estudo de caso 01 - Solução

Resumo da tese: segurado desempregado tem direito à prorrogação da qualidade de segurado por mais 12 meses, o que pode ser comprovado por qualquer meio de prova.

(40)

Estudo de caso 02

Dependente requer a pensão por morte decorrente do óbito do segurado, contribuinte individual, falecido em 25.10.2015. Última contribuição realizada em 15.10.2011. Óbito decorrente de sequelas de acidente de trânsito sofrido em 07.09.2012. Esteve incapaz para o trabalho até o óbito. O benefício é indeferido com fundamento na inexistência de qualidade de segurado. Como advogado previdenciarista, apresente a sua solução para o caso.

(41)

Estudo de caso 02 - Solução

Período de graça: art. 15, da Lei 8.213/91.

Quantificação: mínimo de 12 meses (art. 15, inciso

II, da Lei 8.213/91).

Contagem: até o dia 15 do 14º mês (art. 15, § 4º, da

Lei 8.213/91 e anexo XXIV à IN INSS/PRES 77/2015).

Manutenção da qualidade de segurado no caso em análise: até o dia 15.12.2012.

(42)

Estudo de caso 02 - Solução

Surgimento da incapacidade: 07.09.2012, quando ainda estava no período de graça. Deveria receber benefício por incapacidade (art. 15, inciso I, da Lei 8.213/91, o que mantém a qualidade de segurado).

Provas: documentos que comprovam o acidente, documentação médica, inclusive, referentes à internação hospitalar.

Precedentes importantes: STJ, AgRg no Resp 985.147/RS; TNU, IUJEF 200770950124664.

(43)

Estudo de caso 02 - Solução

Resumo da tese: o segurado detinha qualidade de segurado à época do óbito, pois deveria estar recebendo benefício por incapacidade desde 2012 até o seu falecimento (art. 15, inciso I, da Lei 8.213/91).

(44)

Estudo de caso 03

Dependente requer a pensão por morte, pedido que é indeferido pelo INSS sob o fundamento de inexistência da qualidade de segurado à época do óbito. O trabalhador falecido, nascido em 1950, era titular de benefício assistencial de prestação continuada desde 2015. Seu CNIS demonstra um total de 16 anos de contribuição. Como advogado previdenciarista, apresente a sua solução para o caso.

(45)

Estudo de caso 03 - Solução

Inexigência da qualidade de segurado: art. 102, § 2º, da Lei 8.213/91.

Benefício previdenciário a que fazia jus: aposentadoria por idade (art. 48 e ss., da Lei 8.213/91 (mais de 65 anos de idade e mais de 180 contribuições à título de carência).

(46)

Estudo de caso 04

Dependente requer a pensão por morte ao INSS. O pedido é indeferido sob o fundamento de inexistência da qualidade de segurado. O trabalhador falecido estava sem contribuir desde 2009, quando foi demitido da empresa em que era empregado, onde continuou trabalhando informalmente nas mesmas condições anteriores até a data do óbito. Como advogado previdenciarista, apresente a sua solução para o caso.

(47)

Estudo de caso 04 - Solução

Qualidade de segurado na condição de empregado do falecido: o reconhecimento do tempo de contribuição, da qualidade de segurado e da carência independe do cumprimento da obrigação tributária pelo empregador doméstico (arts. 30, inciso I, alínea a e 33, § 5º, da Lei 8.212/91).

(48)

Estudo de caso 04 - Solução

Provas: sentença trabalhista (estratégia) e art. 55, § 3º, da Lei 8.213/91.

Sentença trabalhista: a sentença trabalhista considerada como início de prova material. No entanto, na forma da jurisprudência do STJ, “a sentença homologatória de acordo trabalhista é admitida como início de prova material para fins previdenciários, mesmo que o INSS não tenha participado da lide laboral, desde que o decisum contenha elementos que evidenciem o período trabalhado e a função exercida pelo trabalhador” (STJ, AgRg no

AREsp 249.379/CE, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, DJe de 22/04/2014).

(49)

Estudo de caso 04 - Solução

Precedente do STJ: Ag no REsp 331.748/SP (trata da carência).

Resumo da tese: existia qualidade de segurado à época do óbito, tendo em vista que o falecido exercia a atividade informal como empregado, o que o torna segurado obrigatório da Previdência.

(50)

Estudo de caso 05

Benefício de pensão por morte é indeferido com fundamento na inexistência de qualidade de segurado. O trabalhador falecido era prestador de serviços em uma empresa, na condição de contribuinte individual. Como advogado previdenciarista, apresente a sua solução para o caso.

(51)

Estudo de caso 05 - Solução

Qualidade de segurado na condição de contribuinte individual: o reconhecimento do tempo de contribuição, da qualidade de segurado e da carência independe do cumprimento da obrigação tributária pelo empregador doméstico (arts. 30, inciso I, alínea b e 33, § 5º, da Lei 8.212/91).

Filiação obrigatória: art. 201, da CF.

Quando surgiu: Lei 10.666/03 (abril) alterada pela Lei 11.933/09, prevê que a empresa é responsável tributária.

(52)

Estudo de caso 05 - Solução

Provas: art. 55, § 3º, da Lei 8.213/91.

Precedentes importantes: TNU, IUJEF 2006.33.00.714476-2, TRU da 4ª Região, IUJEF 2007.72.95.004119-2 e TRF4, AC 0007009-88.2010.404.9999.

Resumo da tese: existia qualidade de segurado à época do óbito, tendo em vista que o falecido exercia trabalhava na condição de contribuinte individual prestador de serviço, situação em que se presume de forma absoluta que o desconto da contribuição pela empresa se deu no momento oportuno. É segurado obrigatório da Previdência.

(53)

Estudo de caso 06

Benefício de pensão por morte indeferido, pois entendeu o INSS que a requerente, mãe do segurado, deixou de comprovar por 03 documentos (art. 22, § 3º, do Decreto 3.048/99) a dependência econômica com o falecido. Como advogado previdenciarista, apresente a sua solução para o caso.

(54)

Estudo de caso 06 - solução

Comprovação da condição de dependente: a mãe é considerada dependente de 2ª Classe. Não existe restrição legal aos meios de prova (afronta ao art. 84, inciso IV, da CF e à Lei 8.213/91).

Precedente do STJ: Ag Rg no REsp 886.069/SP.

Resumo da tese: a comprovação da dependência econômica não precisa ser feita por prova documental.

(55)

Estudo de caso 07

Benefício de pensão por morte indeferido, pois entendeu o INSS que a requerente, companheira do segurado, deixou de comprovar por 03 documentos (art. 22, § 3º, do Decreto 3.048/99) a existência de união estável

com o falecido. Como advogado

previdenciarista, apresente a sua solução para o caso.

(56)

Estudo de caso 07 - Solução

Comprovação da condição da união estável: não há restrição legal aos meios de prova da união estável (afronta ao art. 84, inciso IV, da CF e à Lei 8.213/91).

Precedentes importante: STJ, AR 2905/PE e TRF4, APELREEX 0001692-70.2014.404.9999.

Resumo da tese: a comprovação da dependência econômica não precisa ser feita por prova documental.

(57)

Estudo de caso 08

Benefício de pensão por morte é indeferido, com fundamento na ausência da condição de dependente. O pedido foi realizado por ex-cônjuge, que recebia auxílio financeiro do falecido, mas dispensou o recebimento de alimentos quando do divórcio. Como advogado previdenciarista, apresente a sua solução para o caso.

(58)

Estudo de caso 08 - Solução

Ex- cônjuge é dependente? Aquele que recebe alimentos, indiscutivelmente é dependente de 1ª classe (art. 76, § 2º, da Lei 8.213/91).

E se renunciou à pensão alimentícia? Súmula 336 do STJ, Súmula 64, do ex-TFR e APELREEX 5003540-74.2010.404.7112.

E se não recebia auxílio financeiro: a comprovação da carência econômica anterior ao óbito (TNU, Processo 2007.38.00.73.6982-0).

(59)

Estudo de caso 08 - Solução

Resumo da tese: a dispensa da pensão alimentícia não influencia negativamente no recebimento da pensão por morte, se comprovada a carência econômica à época do óbito.

(60)

Estudo de caso 09

Menor sob guarda tem pedido administrativo de concessão de pensão por morte indeferido pelo INSS sob o argumento de que não é considerado dependente para fins previdenciários, na forma do art. 16, da Lei 8.213/91 (DER: 05.08.2014; óbito: 04.08.2013). Como advogado previdenciarista, apresente a sua solução para o caso.

(61)

Estudo de caso 09 - Solução

STJ: RMS 36.034/MT, Rel. Min. Benedito Gonçalves. No julgamento o STJ reformulou sua orientação jurisprudencial a respeito do direito do menor sob guarda à pensão por morte. O entendimento agora é no sentido de que o Estatuto da Criança e do Adolescente deve prevalecer, assegurando-se o benefício ao menor sob guarda (RPPS).

Atenção: REsp repetitivo 1.411.258/RS, aguardando julgamento e Pet 7436!

(62)

Estudo de caso 09 - Solução

STF: ADI 4878 (aguarda julgamento).

Prescrição: REsp 1.405.909/AL (STJ).

Resumo da tese: é devida a concessão da pensão por morte ao menor sob guarda, com fundamento no art. 33, § 3º, do ECA e art. 227, da CF.

(63)

Estudo de caso 10

Segurado com 12 contribuições vertidas

ao RGPS, falecido em decorrência de

complicações advindas de doença do

trabalho. O benefício é concedido à viúva

por apenas 04 meses. A decisão do INSS

está em conformidade com a legislação?

Por quê?

(64)

Estudo de caso 10 - Solução

Recebimento da pensão por morte pelo cônjuge ou companheiro por apenas 04 meses: quando houver menos de 18 contribuições ou menos de 02 anos de casamento ou união estável (art. 77, § 2º, inciso V, alínea b, da Lei 8.213/91.

(65)

Estudo de caso 10 - Solução

Exceções ao recebimento por apenas 04 meses: nos termos, do § 2º-A, do art. 77, da Lei 8.213/91, serão aplicados, conforme o caso, a regra contida na alínea “a” ou os prazos previstos na alínea “c”, ambas do inciso V do § 2º do art. 77, se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho, independentemente do recolhimento de 18 contribuições mensais ou da comprovação de 02 anos de casamento ou de união estável.

(66)

Estudo de caso 10 - Solução

Alínea a: se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, respeitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação das alíneas “b” e “c”.

Alínea c: 03 anos, com menos de 21 anos de idade;

06 anos, entre 21 e 26 anos de idade; 10 anos, entre 27 e 29 anos de idade; 15 anos, entre 30 e 40 anos de idade; 20 anos, entre 41 e 43 anos de idade; vitalícia, com 44 ou mais anos de idade.

(67)

Estudo de caso 10 - Solução

Resposta: a decisão do INSS está equivocada, pois não observou as exceções previstas na Lei 8.213/91!!!

(68)

Estudo de caso 11

Segurado convivente (união estável) há

03 anos e casado há 01 ano e 06 meses,

com apenas 18 contribuições vertidas ao

RGPS, vem a falecer. O benefício é

concedido à viúva por apenas 04 meses.

Como

advogado

previdenciarista,

apresente a sua solução para o caso.

(69)

Estudo de caso 11 - Solução

Ratio legis/ Exposição de motivos da MP

664/14: 7. (...) “é possível a formalização de

relações afetivas, seja pelo casamento ou pela união estável, de pessoas mais idosas ou mesmo acometidas de doenças terminais, com o objetivo exclusivo de que o benefício previdenciário recebido pelo segurado em vida seja transferido a outra pessoa. Ocorre que a pensão por morte não tem a natureza de verba transmissível por herança e tais uniões desvirtuam a natureza da previdência social e a cobertura dos riscos determinados pela Constituição Federal, uma vez que a sua única =>

(70)

Estudo de caso 11 - Solução

=> finalidade é de garantir a perpetuação do benefício recebido em vida para outra pessoa, ainda que os laços afetivos não existissem em vida com intensidade de, se não fosse a questão previdenciária, justificar a formação de tal relação. Para corrigir tais distorções se propõe que formalização de casamento ou união estável só gerem o direito a pensão caso tais eventos tenham ocorrido 2 anos antes da morte do segurado, ressalvados o caso de invalidez do cônjuge, companheiro ou companheira após o início do casamento ou união estável, e a morte do segurado decorrente de acidente”.

(71)

Estudo de caso 11 - Solução

Resumo da tese: o período de união estável e casamento deve ser somado para fins de preenchimento do requisito de 02 anos previsto no art. 77, § 2º, inciso V, alínea b, da Lei 8.213/91. Interpretação teleológica!

(72)

Estudo de caso 12

Pensionista do INSS, na qualidade filho

menor de 21 anos de idade, consulta o

advogado previdenciarista no sentido da

possibilidade

de

prorrogação

do

pagamento da pensão por morte até os

24 anos ou término do ensino superior,

tendo em vista ser universitário. Analise

o caso.

(73)

Estudo de caso 12 - Solução

STJ: a concessão de benefício previdenciário

rege-se pela norma vigente ao tempo em que o beneficiário preenchia as condições exigidas para tanto. Inteligência da Súmula 340/STJ, segundo a qual “A lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por morte é aquela vigente na data do óbito do segurado”. O art. 16, inciso I, da Lei 8.213/91, desde a sua redação original, admite, como dependentes, além do cônjuge ou companheiro (a), os filhos menores de 21 anos, os inválidos ou aqueles que tenham deficiência.

(REsp repetitivo 1.369.832/SP – IMPOSSIBILIDADE DA TESE)

(74)

Estudo de caso 13

Viúva recebe pensão por morte desde 2007. Seu falecido marido era aposentado por tempo de serviço proporcional (30/35 avos) desde 1997. Quando da concessão da aposentadoria, entretanto, o INSS deixou de reconhecer, EQUIVOCADAMENTE, como especial, 10 anos trabalhados pelo segurado. Ajuizada ação de revisão da pensão por morte, a mesma foi julgada improcedente, posto que, segundo a sentença, o direito da autora teria decaído. Como advogado previdenciarista, apresente a sua solução para o caso.

(75)

Estudo de caso 13 - Solução

Decadência: art. 103, da Lei 8.213/91 (origem,

distinguishing, contagem do prazo).

Decadência x Pensão por morte: o início do prazo decadencial se dá após o deferimento da pensão por morte, em decorrência do princípio da actio nata, tendo em vista que apenas com o óbito do segurado adveio a legitimidade do pensionista para o pedido de revisão, já que, por óbvio, não era titular do benefício originário, direito personalíssimo.

(76)

Estudo de caso 13 - Solução

Precedentes da TNU e do STJ: Processo 5015568-30.2012.4.04.7201 e REsp 1.529.562/CE.

Referências

Documentos relacionados

Como metodologia, a fim de compreender como o operador do direito chegou ao determinado entendimento, assim, tendo em vista estas considerações, pretende-se aqui empreender

Com fundamento no Princípio da Isonomia, a equiparação de direitos para fins da pensão por morte para homens e mulheres, o reconhecimento da união estável como

Após vários desafios por mim lançados, quer na Câmara Municipal quer na Assembleia Municipal, nunca foi aceite fazer uma auditoria às contas do mandato 2005/2009 o que

42 “A Constituição, bem se vê, não restringiu o direito à pensão apenas aos companheiros que vivam em união estável, mas se ao referido dispositivo for aplicada

 De acordo com a Súmula 416 do STJ, caso haja a perda da qualidade de segurado à época do óbito, mesmo assim, será devida a pensão por morte ao dependentes, desde que o

Voleibol Clube Viana / SC Caldas, às 17h00 (Pav. Stª Maria Maior) Voleibol Clube Viana / AC. Stª Maria Maior) Voleibol Clube de Viana / Gondomar Cultural, às 21h00 (Pav. Stª

6º Estabelecer a obrigatoriedade da notificação ao Departamento de Defesa e Inspeção Vegetal - DDIV, desta Secretaria, de detecção ou caracterização de qualquer praga listada

3° da Lei n° 7/2001, de 11 de Maio, que veio adoptar medidas de protecção das uniões de facto, que as pessoas que vivem em união de facto nas condições ali previstas, ou seja,