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Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias – Língua Portuguesa e Literatura Volume 2 | Editora LT

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Academic year: 2021

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Proff

Manual do Professor de

Língua Portuguesa Volume 2

Linguagens, Códigos

e Suas Tecnologias

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Apresentação

O

material didático da Coleção EJA Educação Profissional foi elaborado a par-tir do documento base do Programa Nacional de Integração da Educação

Profissional com a Educação Básica na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, tendo como pressupostos alguns princípios e fundamentos pedagógicos:

compreensão do trabalho como princípio educativo; pesquisa como fundamento da for-mação, por entendê-la como modo de produção de conhecimentos e de entendimento da realidade, além de contribuir para a construção da autonomia intelectual dos educandos; integração do currículo; valorização dos diferentes saberes no processo de ensino e apren-dizagem; e o trabalho como princípio educativo.

Nos livros que compõem a coleção, as abordagens das áreas dos conhecimentos são embasadas na perspectiva de complexos temáticos, ou seja, em temas gerais comuns liga-dos entre si. Temas que abrangem os conteúliga-dos mínimos a serem abordaliga-dos sob o enfoque de cada área do conhecimento; possibilitam a compreensão do contexto em que os alunos vivem; atendem às condições intelectuais e sociopedagógicas dos alunos; garantem um aprofundamento progressivo ao longo do material; e promovem o aprofundamento e a ampliação do conhecimento do aluno.

A abordagem dos materiais didáticos é centrada em resoluções de problemas, ou seja, no início da unidade são propostos os problemas, dilemas reais vividos pela sociedade e, a partir da disciplina, são fornecidos dados e fatos buscando a solução dos problemas propostos.

Para efetivar a integração das diferentes áreas do conhecimento, articulando-as ao mundo do trabalho, são utilizados grandes temas integradores: sociedade e trabalho; ciên-cia e tecnologia e trabalho; saúde e trabalho; linguagens e trabalho; entre outros.

Em cada volume da coleção, a disciplina é dividida em unidades que, por sua vez, são separadas em capítulos. Cada unidade conta com seção inicial de abertura, em que é colocado o problema gerador; conteúdos desenvolvidos de modo a propiciar a construção de soluções para o problema inicial por meio de atividades, propostas de reflexão, aná-lise de situações, simulação de cenários para tomada de decisão que são intercalados ao conteúdo em estudo; atividades de reflexão, de análise, de pesquisa e de produção (oral e escrita); seção final de sistematização da unidade, retomando o percurso de aprendizagem e relacionando-o ao problema inicial.

Com a intenção de desenvolver ideias e conceitos, ampliando os conhecimentos do educando de maneira estimulante e participativa, as obras contam ainda com sugestões de livros e sites, nos quais o aluno poderá realizar pesquisas para explorar as conexões entre as áreas do conhecimento.

Por meio da participação de todos os envolvidos no processo educacional, o material foi desenvolvido de modo que o trabalho dos alunos se desenvolva de maneira prazerosa e significativa.

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Orientações aos Professores

Orientações aos Professores

Orientações Gerais do Volume

A sociedade que atravessou as portas do século XX, cada vez mais globalizada e tecnológica, marcou configurações e padrões na educação escolar que exigem uma prática educativa adequada às necessidades dos educandos jovens e adultos que, ao chegarem à escola, trazem diferentes experiências de vida e uma bagagem de conheci-mentos adquiridos em outras instâncias, que são significativas para o contexto social. Em face dessa realidade, que tem como meta o ideal de uma igualdade crescente entre os cidadãos e a integração no mundo do trabalho, com condições para prosse-guir, com autonomia, no caminho de seu aprimoramento profissional, a Educação de Jovens e Adultos tornou-se um desafio que exige a ampliação de espaços permeados com material didático, metodologia e conteúdos socialmente relevantes e compatíveis com um ensino de qualidade e com as especificidades dos alunos que buscam a escola para retomar sua trajetória educacional.

Nessa perspectiva, os conteúdos desenvolvidos no livro destinado aos estudos de língua portuguesa e literatura estão articulados por meio de temas integradores comuns para a área de Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias.

Na primeira unidade, o tema linguagem, comunicação e cotidiano foi desen-volvido por meio de uma reflexão sobre alguns dos inúmeros gêneros textuais, que circulam em nosso meio, e as funções que as linguagens exercem no cotidiano social. Na segunda unidade, vinculou-se o tema linguagem, sociedade e cidadania às questões sobre as variedades linguísticas, os níveis de linguagem, a semântica e as diferentes formas de discursos utilizadas nos gêneros textuais que priorizam as sequências nar-rativas. Na terceira unidade, articulou-se o tema linguagem, cultura e globalização aos estudos da literatura. E, finalmente, na quarta unidade, relacionou-se o tema tecnologias de comunicação e informação com a importância das tecnologias para a humanidade e com as diferentes linguagens utilizadas na tecnologia da informação e da comunicação.

Dentro dessa dinâmica, o trabalho com a literatura não visa apenas a ensinar o aluno a memorizar características dos diferentes estilos de época, situando os autores e a produção artística em blocos de períodos literários. A preocupação maior tem o propósito de propiciar uma compreensão mais ampla do objeto literário e mostrar que a literatura é um instrumento de comunicação e interação atemporal, social, his-tórico e político capaz de revelar as contradições da realidade em que os alunos estão inseridos.

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Assim sendo, a linha pedagógica adotada no livro do aluno foi desenvolvida com base em uma pedagogia problematizadora e entrelaçada com situações de aprendizagens estimulantes e desafiadoras, que permitem ao aluno estabelecer uma relação entre os conhecimentos prévios adquiridos na prática social e em suas experiências profissionais. Além disso, baseou-se também na apropriação dos novos conhecimentos que dão suporte ao desenvolvimento de diferentes capacidades cognitivas, como a formulação de hipóteses, a pesquisa, a compreensão, a observação, a generalização, a análise/síntese, o debate, a argumentação convincente e o respeito pelas opiniões divergentes.

Objetivo Geral do Volume

• Utilizar os recursos expressivos da linguagem verbal na produção de textos orais, na leitura e na produção de textos escritos com o intuito de atender às múltiplas demandas sociais, responder às exigências das interações comunicativas e analisar os diferentes discursos que se materializam na forma de gêneros textuais.

Princípios Pedagógicos Gerais do Volume

A proposta metodológica abrange o conteúdo por meio dos princípios pedagógicos que norteiam o processo de ensino e de aprendizagem de língua portuguesa e literatura – oralidade, leitura, escrita e reflexão sobre a língua. Na sequência, essas práticas são apre-sentadas de forma separada por uma questão de organização didática, mas, nas atividades desenvolvidas em sala de aula, elas devem ser contempladas na totalidade, para oportunizar ao aluno a apropriação dos conteúdos escolares.

Tendo em vista que a oralidade é concebida como conteúdo de língua portuguesa e literatura, não apenas estratégia de ensino como nas demais disciplinas, os conteúdos que envolvem a língua oral e os demais conteúdos escolares devem ser planejados com vistas a ampliar a capacidade de comunicação dos alunos, superando a conversação espontânea e descompromissada, presentes, algumas vezes, no círculo escolar.

Apesar de a linguagem espontânea ser coerente e apresentar unidade para os inter-locutores, o espaço escolar deve desenvolver um trabalho com a oralidade que permita ao aluno utilizar os recursos expressivos da língua, conhecer e usar a norma urbana de pres-tígio, adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto, objetivos) comunicativas e fazer uso da língua oral de forma cada vez mais competente.

Assim sendo, as atividades de oralidade sugeridas no livro do aluno devem ser uti-lizadas para exercitar os usos mais formais do discurso oral nas instâncias públicas. Dessa forma, possibilita uma reflexão sobre a utilização da oralidade em eventos que exigem ouvir com atenção; formular e responder a perguntas; respeitar as ideias do outro; selecio-nar a variedade linguística mais adequada à situação e expressar opiniões com coerência e argumentos convincentes na perspectiva de possibilitar ao aluno o desenvolvimento da competência discursiva em situações concretas de uso da língua materna.

A leitura é um processo de produção de sentidos que ocorre a partir das relações dia-lógicas que acontecem entre o autor, o texto e o leitor. É dentro dessa dimensão dialógica e discursiva, que os diferentes gêneros textuais – anúncio publicitário, panfleto, carta de leitor, notícia, gráfico, crônica, cartum, letra de música, pintura, tira humorística, gráfico e currículo, entre outros – são apresentados no livro do aluno.

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Desse modo, a leitura não pode ser tra-balhada em sala de aula apenas para localizar informações contidas no texto. As práticas de leitura devem ajudar o aluno a construir o signi-ficado do texto a partir dos seus conhecimentos prévios sobre o assunto, o autor, o suporte em que o texto é veiculado e as características do gênero textual em estudo.

A aplicação dessas estratégias de leitura permite que o aluno perceba que todo texto envolve um enigma e que o seu entendimento decorre: da compreensão do conteúdo temático, dos elementos explícitos presentes na superfície do texto, do uso das inferências que permitem desvendar os elementos implícitos e na per-cepção dos efeitos de sentidos provocados pelo vocabulário, pela pontuação e pela construção sintática utilizada.

Na escrita, a produção de textos e as respostas das atividades propostas no livro do aluno ganham valor no momento em que o dis-cente percebe a importância da função social da escrita e compreende que essa dinâmica, como qualquer atividade verbal, representa uma ação cooperativa entre duas ou mais pessoas – os interlocutores que participam do jogo das inte-rações verbais

Nessa perspectiva, a mediação do profes-sor deve desenvolver estratégias que propiciem a discussão e a reflexão sobre o tema que será desenvolvido na escrita do texto, tendo em vista, principalmente, que a realização das atividades prévias abre o leque que determina os elementos do texto: quem escreve, o que, para quem, para que, por que, quando, onde e como se escreve.

Assim sendo, a prática da escrita é uma experiência interpessoal e dialógica que requer o domínio de determinados procedimentos que envolvem o planejamento do que vai ser escrito em função das características do gênero textual, a escrita da primeira versão sobre a proposta apresentada e, em seguida, a revisão e a reescrita do texto. Essas etapas, apesar de serem interde-pendentes, devem estar presentes nas atividades que envolvem a escrita, porque elas permitem que o aluno compreenda os procedimentos que norteiam a escrita dos vários gêneros textuais que circulam na sociedade.

A atividade de reflexão sobre a língua tem a finalidade de criar condições para que a varie-dade padrão seja aprendida efetivamente na escola. Uma vez que os conhecimentos gramati-cais ganham significado no momento em que o aluno monitora a própria escrita, no interior da produção textual, para observar, por exemplo, a organização do assunto, a progressão textual, o emprego da sintaxe e o uso dos recursos linguísti-cos responsáveis pelas ligações que se estabelecem entre os termos de uma frase, entre as orações de um período e entre os parágrafos do texto.

Em outras palavras, os conceitos gramati-cais devem estar inseridos nas atividades de leitura e produção de texto oral e escrita com o intuito de propiciar ao aluno a ampliação da capacidade de usar as várias possibilidades que a língua oferece, desenvolvendo, ao mesmo tempo, a competência linguístico-discursiva necessária para se expressar nas diferentes situações de interação comunica-tiva com as quais se depara no decorrer de suas atividades acadêmicas, sociais e profissionais.

Articulação do Conteúdo

Na pressuposição de que os conteúdos básicos relativos ao funcionamento da língua portuguesa foram aprendidos no decorrer do Ensino Fundamental, cabe ao Ensino Médio oferecer aos estudantes as ferramentas neces-sárias para a ampliação do potencial crítico, da percepção das várias possibilidades de expressão linguística e da capacidade de ler e interagir com as ideias explícitas e implícitas que permeiam os conteúdos escolares e os diferentes gêneros textuais que circulam nas esferas comunicativas. Dentro dessa perspectiva, os conhecimen-tos mantêm um diálogo permanente com outros conhecimentos e, assim sendo, os conteúdos abordados no livro de língua portuguesa e litera-tura podem ser amplamente integrados com as disciplinas de língua inglesa e língua espanhola devido à própria natureza de seus objetos de estudo – a própria língua.

Além dessas disciplinas, sugere-se, tam-bém, a possibilidade de integração com arte, geografia, história e sociologia. Estes são ape-nas alguns exemplos de discipliape-nas integradoras, cabendo ao professor adequar sua prática peda-gógica e didática à realidade de sua sala de aula

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Atividades Complementares

As atividades complementares são consideradas componentes das ações didáticas e pedagógicas próprias do processo de ensino e de aprendizagem. Relacionadas com o mundo da cultura e do trabalho, devem ser realizadas de forma aberta e flexível (den-tro ou fora da escola) com a finalidade de propiciar ao aluno a progressiva autonomia intelectual e profissional. Além das atividades apresentadas no livro do aluno, sugere--se que o professor planeje e desenvolva atividades para complementar o processo de aprendizagem dos alunos.

Para isso, o professor poderá selecionar textos não verbais para a turma anali-sar, realizar uma mostra de poemas ou produção de textos no quadro mural da escola, organizar um recital literomusical, orientar a organização de um júri simulado ou de um seminário, depois do estudo de um texto polêmico escolhido pelos alunos ou sele-cionado pelo professor, organizar um debate regrado ou deliberativo com o objetivo de deliberar a favor ou contra uma causa de interesse comum, criar um jornal mural sobre um determinado assunto, organizar um varal de textos (selecionados de jornal ou revista) que pertencem ao gênero estudado em sala de aula, assistir a um filme da atualidade (ou não) para os alunos analisarem os aspectos históricos, sociais e culturais da época, entre inúmeras outras atividades.

Essas atividades devem ser realizadas com a mediação do professor, que deverá, ao mesmo tempo, incentivar a prática dos estudos independentes dos alunos para que eles possam enriquecer o conteúdo escolar e o currículo profissional, ampliando, assim, as chances de ingressar ou atingir patamares mais elevados no mercado de trabalho.

Sugestão de Planejamento

O livro de língua portuguesa e literatura, que foi elaborado com o objetivo de subsidiar a prática pedagógica no cotidiano escolar, é constituído por quatro unidades temáticas. Cada uma das unidades se desdobra em dois capítulos organizados em torno de diferentes gêneros – poemas, letras de música, crônicas, contos, anúncios publicitá-rios, pinturas, cartas de leitor, notícias, reportagens e gráficos, entre outros.

O fio condutor que norteia as noções teóricas e práticas contribui para a pro-gressão e a coerência da sequência dos conteúdos desenvolvidos, no livro do aluno, por meio de seções que são recorrentes ao longo de todos os capítulos: Leitura, Análise, Reflexão, Produção Oral e Produção Escrita. Essas seções têm o objetivo de comple-mentar e enriquecer os conteúdos estudados.

As atividades propostas no livro do aluno devem ser desenvolvidas durante um semestre e, por isso, propõe-se que o planejamento das atividades priorize os resultados que se deseja atingir, os conteúdos básicos que melhor respondem às características, aos limites e às facilidades do grupo de alunos e os procedimentos, métodos e técnicas que criarão as condições adequadas para o processo de aprendizagem.

Nesse sentido, sugere-se que o professor, antes de iniciar o planejamento (sema-nal, mensal ou bimestral), reflita sobre estas perguntas: para que ensinar? (identificação dos objetivos), o que ensinar? (seleção dos conteúdos essenciais), como ensinar? (esco-lha dos métodos e estratégias que serão utilizadas em sala de aula), para propiciar aprendizagens significativas no dia a dia de seu fazer pedagógico. Não se deve esquecer, porém, que o planejamento é um ato flexível que deve se adaptar à realidade e às neces-sidades vivenciadas no contexto escolar.

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A atividade avaliativa deve ser utilizada, nessa mesma linha de concepção, com a finalidade de dar ao professor os elementos fundamentais para a realização de seu planejamento, uma vez que ela informa quem são os alunos, quais os conhecimen-tos prévios que estes já detêm e o que buscam na escola. Assim sendo, a avaliação vista como instrumento de controle e poder da escola deixa de existir para dar lugar a uma prática avaliativa diagnóstica, contínua e cumulativa, que deve ser realizada no processo de intervenção professor/aluno, a partir de ações e de experiências cuida-dosamente planejadas, com o intuito de solucionar as dificuldades encontradas pelos alunos no processo de aprendizagem.

Sugestões de Leitura

Diretrizes curriculares nacionais

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica. Brasília, 2013.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica / ENCCEJA – Ensino Médio: Exame Nacional de Certificação de Competências de Jovens e Adultos do Ensino Médio. – Linguagens, Códigos e suas Tecnologias volume do estudante. Brasília, 2002.

Oralidade e escrita

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MARCUSCHI, L. A. Análise da conversação. 5. ed. São Paulo: Ática, 2003.

SUASSUNA, L. Ensino de Língua Portuguesa: uma abordagem pragmática. Campinas: Papirus, 1995.

VANOYE, F. Usos da linguagem: problemas e técnicas na produção oral e escrita. São Paulo: Martins Fontes,1987.

Literatura

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COUTINHO, A. Introdução à literatura no Brasil. 17. ed. Rio de janeiro: Bertrand do Brasil, 2001.

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FIORIN, J. L. As astúcias da enunciação: as categorias de pessoa, espaço e tempo. 2. ed. São Paulo: Ática, 1999.

GUIMARÃES, E. A articulação do texto. 7. ed. São Paulo: Ática, 1999.

ILARI, R. A linguística e o ensino da língua portuguesa. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1992. KLEIMAN, A. Oficina de leitura: teoria e prática. Campinas: Pontes/Editora da Universidade Estadual de Campinas, 1998.

KOCH, I. G. V. A coesão textual. 5. ed. São Paulo: Contexto, 1992.

KOCH, I. G. V.; ELIAS, V. M. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006. ORLANDI, E. P. A linguagem e seu funcionamento. Campinas: Pontes, 1996.

PÉCORA, A. Problemas de redação. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989. SERAFINI, M. T. Como escrever textos. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

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SOLÉ, I. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

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CUNHA, C.; CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

ILARI, R.; GERALDI, J. W. Semântica. 2. ed. São Paulo: Ática, 1985.

LUFT, C. P. Dicionário prático de regência verbal. 2. ed. São Paulo: Ática, 1993. NEVES, M. H. M. Gramática de usos do português. São Paulo: UNESP, 2003.

PERINI, M. A. Para uma nova gramática do português. 8. ed. São Paulo: Ática, 1995.

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TRAVAGLIA, L. C. Gramática e interação. São Paulo: Cortez, 1996. Tecnologia e comunicação

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SALOMON, S. W. Informática: um mundo acessível. São Paulo: Maltese, 1991. SANCHO, J. M. (Org.) Para uma tecnologia educacional. Porto Alegre: Artmed, 1998.

SANDHOLTZ, J. H.; DWYER, D. C. Ensinando com tecnologia: criando salas de aula centradas nos alunos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

Mecanismos de busca • <http://www.aol.com>. • <http://www.busca.achei.com>. • <http://www.google.com>. • <http://br.yahoo.com>. • <http:/www.academia.org.br>.

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Revistas

Revista Bravo – <http:/www.bravoonline.com.br>.Revista Época – <http:/www.revistaepoca.globo.com>. Jornais

Jornais brasileiros atuais – <http://www.jornaisdehoje.com.br>. Cinema brasileiro

• <http://www.adorocinemabrasileiro.com.br>. Bibliotecas virtuais

• Biblioteca virtual de literatura – <http://www.biblio.com.br>.

• Biblioteca virtual do estudante brasileiro – <http://www.bibvirt.futuro.usp.br>. • Biblioteca virtual do MEC – <http://www.dominiopublico.gov.br>.

• Fundação Biblioteca Nacional – <http://www.bn.br>.

• Sistema Integrado de Bibliotecas da USP – <http://www.usp.br/sibi>. • Biblioteca Nacional – <http://www.universal.pt>.

Orientações Didáticas

Unidade 1

Orientações Gerais

A unidade A linguagem e o cotidiano aborda temáticas a partir de textos significativos para que o aluno possa perceber os vários tipos de discurso, permitindo-lhe entender que mesmo as informa-ções de seu cotidiano fazem parte de sua língua.

A partir do trabalho com a análise do conteúdo do texto, objetivando a compreensão dos elementos que o compõem, busca-se relacioná-lo com a realidade vivenciada pelo educando – por meio de questionamentos que lhe dão condições para refletir e expor as suas ideias, posicionando-se a respeito do assunto tratado.

Na sequência, sugere-se que o professor conduza a turma a uma leitura dos textos que lhes pro-picie, além de um aperfeiçoamento de sua capacidade de entendimento e interpretação de textos por meio das habilidades de leitura, a ampliação do universo cultural dos alunos. Assim sendo, espera-se que os alunos, ao entrarem em contato com o gênero textual apresentado, exercitem sua expressão trazendo para o grupo seus conhecimentos prévios sobre o assunto tratado e as suas impressões pes-soais sobre o texto na perspectiva de:

• desenvolver a capacidade de ouvir e respeitar diferentes opiniões;

• ampliar ou reformular sua visão de mundo ao estabelecer um diálogo com os textos apre-sentados, com os colegas e o professor(a);

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Dentro desse contexto, as questões apresentadas para as atividades de compreensão e interpre-tação do texto, com diferentes níveis de dificuldade e complexidade, buscam encaminhar os alunos para que:

• tenham a compreensão literal do que está expresso no texto;

• percebam a inferência de significados, estabelecendo relações entre elementos do texto e seu contexto;

• interpretem o que está nas entrelinhas, estabelecendo relações entre o texto e seus conheci-mentos prévios.

No estudo do Capítulo 2, apresentamos textos que propiciam aos alunos uma reflexão sobre temas do nosso cotidiano. No desenvolvimento das atividades que acompanham os textos apresenta-dos neste capítulo, faça a leitura com os alunos e encaminhe questões que os levem a perceber que os temas abordados questionam o leitor sobre os fatos que vão discorrendo – fazem reflexões sobre como as pessoas, absorvidas pela rotina do dia a dia, vão se esquecendo de que é preciso falar, refle-tir, questionar, olhar nos olhos dos outros, saber o que pensam, o que sentem, perceber aquilo que nos cerca e tentar mudar alguma coisa para melhorar nossa vida.

Finalizado o trabalho com a temática, os gêneros textuais abordados e a análise e reflexão sobre a língua, propõe-se a produção de textos, entendendo que os alunos serão capazes de elaborar textos adequados às mais diversas situações da vida cotidiana como também de serem críticos em relação aos seus próprios textos, observando sua clareza e coerência. Para tanto, deverão exercer as tarefas de revisão e de reescrita do texto, sempre orientados pelo professor(a), até considerá-lo satisfatório e adequado para o objetivo a que se destina.

Objetivos Gerais

• Ler e interpretar diferentes textos, fazendo inferências e antecipações; validá-las apropriando--se das características do gênero.

• Reconhecer as características típicas da legenda, artigo de opinião, canção, artigo científico e reportagem jornalística.

• Identificar no artigo de opinião e no artigo científico o tema e a posição adotada pelo autor do texto.

• Identificar no texto poético (canção) aspectos formais que o caracterizam verso, estrofe, rima e distribuição espacial das palavras

• Reconhecer as características de um texto narrativo (narrador, personagens, foco narrativo, cenário e enredo) na crônica reflexiva.

• Recuperar informação anteriormente oferecida no texto para resolver um problema de leitura subsequente.

• Ampliar o conjunto de conhecimentos discursivos e gramaticais relacionados ao emprego dos pronomes demonstrativos e conjunções.

• Planejar a fala apoiando-se em textos escritos, levando em conta a intenção comunicativa e reformulando o planejamento prévio para adequá-lo aos interlocutores e aos objetivos do pro-cesso de comunicação.

• Planejar a produção do texto em função do interlocutor (virtual ou não), dos objetivos coloca-dos e das especificidades do gênero e do suporte.

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Conteúdos Privilegiados

• Gêneros textuais.

• Pronomes demonstrativos.

• Conjunções.

• O texto e sua construção.

Orientações Específicas e Respostas das Atividades

Página 11

Abertura

Nesta unidade de estudos, buscou-se trabalhar alguns gêneros textuais a partir dos temas urbano e rural, que revelam situações e contextos do cotidiano da sociedade contemporânea em que vivemos – com suas contradições, seus conflitos e problemas, seus contrastes, sua diversidade cultural que traduz diferentes experiências, histórias e valores que são marcados pela linguagem presente nesses gêneros textuais como forma de representação da realidade.

Na introdução das atividades, propõe-se algumas reflexões com os alunos a respeito dos gêneros textuais presentes na esfera jornalística e literária (crônica reflexiva) a partir da sugestão:

• Você já observou como o cotidiano de uma cidade pode estar presente em matérias jorna-lísticas publicadas em revistas, jornais, televisão, internet e, também, em imagens, charges, novelas, poemas, crônicas e contos?

• Você já parou para pensar como os diversos gêneros textuais podem revelar, em sua lingua-gem e em seus temas, a sociedade de uma época e de um determinado local?

Essas reflexões permitem que os alunos compreendam que as atividades comunicativas, presen-tes em nosso dia a dia, estão cada vez mais impregnadas dos avanços das tecnologias as quais propiciam o surgimento de novos gêneros textuais, alguns deles substituindo gêneros antes muito utilizados pelas pessoas, como, por exemplo, o e-mail (em substituição às cartas) e às conversas via telefone celular e fixo (em substituição às conversas pessoais).

Na esfera jornalística temos as imagens, os infográficos, as tabelas e os gráficos, entre outros, que são linguagens que fazem a interação com outras linguagens, como a palavra escrita, como recursos para transmitir as informações com maior objetividade e clareza para o leitor. Portanto, a tecnologia propicia aos jornalistas, com o desenvolvimento dos softwares, mais recursos visuais e gráficos disponí-veis, o que chama a atenção do leitor para a notícia ou reportagem.

Na continuidade da aula, mostrar aos alunos que o uso de imagens é um recurso importante na esfera jornalística. Para complementar esse estudo, apresente aos estudantes algumas imagens do cotidiano para que eles possam observar e comparar as pessoas e situações representadas nas imagens, não apenas sobre como elas se vestem, o que revelam suas feições, o que estão fazendo, mas, também, lembrando-se de que as imagens revelam pessoas que tanto vivem em um determinado contexto geo-gráfico e social como em um período determinado, e que as imagens são importantes registros desses momentos históricos.

Reflita, também, com os alunos sobre a relevância da leitura de imagens como um exercício importante de interpretação, pois a imagem carrega múltiplos significados e pode ajudar, inclusive, na interpretação de outros textos, como notícias e reportagens. As imagens apresentadas no livro do aluno fazem parte de duas reportagens distintas, veiculadas em um blog e em uma revista de circulação nacional, que evidenciam o cotidiano das pessoas em lugares diferentes.

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Na sequência, observar também, professor, sobre a importância das legendas e sua fun-ção, que não é apenas repetir o que a imagem transmite, mas acrescentar outras informações que irão dar maior conhecimento ao leitor sobre o assunto tratado em uma matéria jornalística, ou sobre uma obra de arte, entre outros.

Páginas 13-14

Análise

a) A primeira imagem retrata uma situação vivenciada no ambiente rural – uma

pequena propriedade no Sertão Nordestino, em Custódia, Pernambuco; a segunda imagem, no ambiente urbano – uma rua movimentada na cidade de São Paulo.

b) Na imagem 1, observamos uma pessoa desenvolvendo o seu trabalho – os

ele-mentos que a compõem são casa, animais, um homem, paisagem natural. Na imagem 2, vemos várias pessoas caminhando em uma via urbana, provavelmente fazendo compras ou indo para o trabalho, num centro comercial, os elementos que compõem essa imagem são pessoas, prédios, automóveis, barraquinhas de ambulantes, rua asfaltada.

c) Cenário descrito na resposta anterior. Podemos observar as diferenças entre a vida rural e a vida urbana – percebe-se, na segunda, uma agitação, o vai e vem das pessoas, enquanto na vida rural podemos observar a tranquilidade que até a paisagem nos transmite, o serviço braçal do trabalho no campo.

d) Resposta pessoal.

Sugestão de resposta: algumas pessoas, apressadas, devem estar se

encami-nhando para o trabalho; outras estão indo às compras, aos bancos, ou retornando para as suas casas depois das suas tarefas cotidianas.

e) A dura vida de quem mora no sertão devido às estiagens, pela pura e simples falta

de água, o que implica na escassez da produção da lavoura e na dificuldade da criação de gado.

f) A linguagem escrita, as legendas, trazem as informações a respeito das imagens.

g) A informação é de que lá não existe água encanada, é necessário buscar água em

poço artesiano para a subsistência do dia a dia e também do trabalho na lavoura.

h) Resposta pessoal.

Sugestão de resposta: O aluno poderá responder que sim, pois essa situação

ainda está presente no ambiente rural. Observa-se, nos noticiários dos jornais impressos e televisivos, que o sertão nordestino ainda é castigado pela falta de água, apesar do avanço das pesquisas e das tecnologias.

(14)

Página 15

Pesquisa

Professor, é interessante comentar com os alunos sobre a impor-tância da pesquisa como um grande instrumento na construção do conhecimento, por essa razão propõe-se esta atividade que está relacionada com o conteúdo desenvolvido neste capítulo.

A pesquisa, como atividade tanto na disciplina de língua portuguesa como nas demais disciplinas, é um importante exercício de leitura, de interpretação, de seleção de informações e de produção de texto baseados em outros textos utilizados como material da pesquisa. Reflita com os alunos sobre a leitura e utilização de outros textos que tragam novas informações e conhecimentos sobre o tema da pesquisa – deve-se fazer uma paráfrase sobre as informações observadas nos textos pesquisados. Explique para os alunos que a paráfrase é a reescrita das ideias do autor, condensando-as, com a intenção de trazer as informações contidas em seu texto de forma mais objetiva, podendo-se incluir também comentários, ideias e impressões de quem faz a paráfrase.

Importante: Ao se fazer uma paráfrase, deve-se ter o cuidado de citar as fontes consultadas, pois isso caracteriza um trabalho de pesquisa.

A atividade de parafrasear consiste em um excelente exercício de leitura, interpretação, seleção de informações e produção de texto, uma vez que desenvolve o poder de síntese, clareza e precisão vocabular.

Para auxiliá-lo em suas orientações, professor, apresentamos um quadro que mostra, de modo sintetizado, as etapas de uma pes-quisa, com indicações sobre os papéis do professor e do aluno no processo de desenvolvimento do trabalho em sala de aula.

Professor, para contribuir com seu trabalho, indicamos a leitura do texto a seguir para a abordagem do trabalho de pesquisa com os alunos:

NININ, Maria Otília Guimarães. Pesquisa na escola: que espaço é esse? O do conteúdo ou o do pensamento crítico?. São Paulo: PUC,

2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid= S0102-46982008000200002&script=sci_arttext> Acesso em: 07 jul. 2014.

(15)

Páginas 16-20

Leitura e Compreensão

Professor, convide os alunos a analisarem o título do texto Uma

refle-xão sobre a guerra urbana no cotidiano das cidades brasileiras antes

de realizarem a sua leitura para que levantem hipóteses a respeito do tema a ser tratado – quais situações vivenciadas no cotidiano das cidades poderão estar presentes nesse texto.

Após a leitura do texto, evidenciar para os alunos a associação das ideias apresentadas pelo autor com a sua formação e estudos desen-volvidos na área de sustentabilidade e gestão ambiental, propiciando um debate a respeito da importância desses temas para a participa-ção consciente das pessoas nas comunidades em que vivem.

Oriente seus alunos, primeiramente, a realizarem uma leitura silen-ciosa do texto para, depois, iniciarem a leitura compartilhada por parágrafos. Solicite-lhes, a cada parágrafo lido, a participação oral sobre as informações dadas. É importante que você auxilie os alu-nos leitores na identificação dos diferentes argumentos apresentados pelo autor.

Saliente a eles que o texto foi organizado a partir, primeiro, de argu-mentos que identificam o que, idealizadamente, se esperaria da relação entre os habitantes de uma cidade que vivem em uma comu-nidade – o respeito à coletividade. (Explique-lhes o significado amplo da palavra comunidade – comunhão, identidade: comunidade de sen-timentos). Num segundo momento, apresente alguns dos inúmeros problemas vivenciados nas cidades para, depois, evidenciar a questão dos problemas causados pelo número excessivo de automóveis no trânsito e as atitudes que demonstram a falta de educação e intole-rância dos motoristas. Por fim, apresente os argumentos das pessoas, baseadas no senso comum (verdades aceitas pela maioria das pes-soas), para apresentar sua opção pelo transporte individualizado (de acordo com pesquisas de campo e estatísticas).

Em seguida, solicite-lhes a realização das atividades de análise. Professor, peça, sempre, aos alunos para justificarem as respostas dadas nesta seção, para que as atividades propostas se transfor-mem em um momento de reflexão. Abra espaço para um debate que permita a interação e o envolvimento dos alunos com os exercícios realizados em sala de aula.

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1) O tema que está sendo abordado é sobre o que ocorre no cotidiano das grandes cidades e o problema mais evidenciado nesse artigo, a respeito do qual faz suas argu-mentações mais contundentes, é sobre as dificuldades no trânsito com o número excessivo de automóveis e a intolerância dos motoristas ao transitar nas vias públicas.

2) O título antecipa as impressões comuns sobre os aborrecimentos a que estão sujeitos os cidadãos que habitam as cidades. O próprio título do artigo, que já traduz a opinião do autor sobre o tema, desperta no leitor a curiosidade acerca das argumentações que serão apresentadas a esse respeito.

3) A potencialização da tensão e irritabilidade das pessoas em decorrência dos proble-mas vivenciados no dia a dia com a falta de infraestrutura das cidades – saneamento, trânsito, lixo, manutenção inadequada, calçadas intransitáveis; lixos espalhados e jogados no chão ao lado de lixeiras; praças com bancos quebrados e monumentos depredados; ruas e avenidas mal sinalizadas e iluminadas.

4) Ao problema do trânsito com o excesso de automóveis e às atitudes intolerantes dos motoristas para com os demais transeuntes – sejam eles outros motoristas, ciclis-tas ou pedestres. Muiciclis-tas vezes, as atitudes dos motorisciclis-tas provocam acidentes pela imprudência e falta de respeito às leis de trânsito.

Professor, explique para os alunos que a ideia principal de um texto também pode ser chamada de tese e é a partir dela que o autor pretende a adesão do leitor aos seus argumentos.

5) Apresenta um trecho em seu artigo que se intitula “Triste resultado”, em que traz uma pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o qual demonstra que a situação caótica no trânsito das cidades tende a se agravar ainda mais.

6) A tendência do agravamento do problema no trânsito se deve aos argumentos apre-sentados pelas pessoas entrevistadas na pesquisa:

um em cada quatro brasileiros afirma que mesmo se o transporte coletivo fosse eficiente, não deixaria de usar o carro como principal meio de deslocamento diário;

outros entrevistados optariam por utilizar o carro por considerarem o transporte coletivo ruim e ineficiente;

44,3% das pessoas entrevistadas são usuários dos transportes coletivos e também o consideram ruim e ineficiente.

7) Características do artigo de opinião:

Apresentação de assuntos que abordam questões polêmicas sobre variados temas: sociais, políticos, científicos e culturais, de interesse geral e atual, que afe-tam direta ou indireafe-tamente um grande número de pessoas, a partir de um fato ocorrido e noticiado.

Desenvolvimento de argumentos com a finalidade de persuadir o leitor sobre o ponto de vista do autor sobre o assunto tratado.

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Produção

Depois de as duplas selecionarem os diferentes gêneros textuais publica-dos em revistas (notícia, reportagem, entrevista, texto de opinião, carta do leitor propaganda, relato, receita culi-nária, horóscopo, piada, charge), abra uma discussão em sala de aula e ques-tione os alunos sobre o objetivo, a estrutura, a composição e o estilo dos textos escolhidos e solicite, em seguida, a realização das atividades propostas no livro do aluno. Na sequência, conduza a turma ao laboratório de informática da escola para navegar no site <http:// pt.slideshare.net/mandebemnoenem/ generos-textuais-26364061> com o pro-pósito de obter mais Informações sobre as características dos gêneros textuais que circulam em nossa sociedade.

Página 21

Leitura e Compreensão

1) Parágrafos 1 e 2.

O autor expõe sua opinião no terceiro parágrafo.

Sugestões para solução dos problemas:

Deve haver, nas cidades, a implemen-tação de políticas e investimentos de planejamento urbano que pos-sam garantir a todos direitos iguais de acesso, mobilidade e de uso dos equipamentos e espaços públicos.

Ações do poder público que visem reduzir as enormes desigualda-des e que trilhem o caminho do desenvolvimento sustentável.

2)

a. Reinaldo Canto, jornalista especiali-zado em Sustentabilidade e Consumo Consciente. O papel social do jorna-lista é colaborar com o processo de cidadania, divulgando, questionando fatos e situações e trazendo informa-ções de interesse da sociedade em geral.

b. Os interlocutores a quem o autor

do artigo se dirige são pessoas da sociedade em geral, possíveis forma-dores de opinião, que farão reflexões a respeito do assunto abordado e discutirão com outras pessoas essas questões, buscando posicionar-se a respeito das situações apresentadas.

c. Apresentar um tema polêmico que faz parte do dia a dia das pessoas das grandes cidades, apresentando argu-mentos para reflexões e discussões.

d. Revista Carta Capital de 24 de março

de 2011.

Página 22

Pesquisa

Depois de reler com a turma o tre-cho transcrito do artigo de opinião em estudo, lance o desafio aos alunos: “Quem é o maligno Mr. Hyde a que se refere o texto?” A resposta a esse ques-tionamento deverá ser dada pelos alunos depois da realização de uma pesquisa na internet sobre o comportamento e as características físicas e psicológicas desse personagem. Concluída a pesquisa, os alunos devem organizar um roteiro para orientar a exposição do resultado do trabalho, com indicação das fontes pes-quisadas, aos demais colegas da turma, falando pausadamente e usando tom de voz alto e audível.

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Página 23

Análise

As opiniões dos leitores são as seguintes, transcritas do link:

Mari Angela disse: 2011-03-31 17:36:20 Como foi bom ler este artigo, especialmente hoje, em que volto para casa desacreditada do ser humano e da sua capacidade de viver em sociedade. Digamos que o meu dia não foi dos melhores, foram pequenas coisas que aos poucos foram minando aquela alegria com que comecei o meu dia. Compartilho de sua indignação Reinaldo e acredito, assim como você, que só o bem estar coletivo acima do individual poderá nos devolver dias melhores em uma cidade mais humana. Parabéns pelo artigo!!! Mari Angela Magalhães.

André Trigueiro disse: 2011-03-31 06:44:48 Caro Reinaldo: Bela reflexão sobre assunto urgente e necessário. Mais de 80% da população brasileira vive em cidades que não se planejam adequadamente. Os gestores passam a ser reativos aos problemas e a população sofre os efeitos nefastos desse descompasso entre interesse público e ausência de políticas inteligentes e de longo prazo. Um abraço, André.

André Trigueiro é jornalista com Pós-graduação em Gestão Ambiental, professor de Geopolítica Ambiental, autor de livros, editor-chefe do programa Cidades e Soluções, da Globo News, e comentarista da Rádio CBN.

Resposta pessoal.

Sugestão de resposta: A primeira opinião parece ser de uma leitora comum, pois apresenta

seu ponto de vista a respeito do artigo baseado em suas próprias experiências e vivências. Isso se evidencia no seu próprio texto que está escrito na primeira pessoa (eu) e numa linguagem mais informal, utilizando termos mais comuns à maioria das pessoas.

A segunda opinião demonstra ser de um especialista da área, pois apresenta dados esta-tísticos e argumentos que denotam maior conhecimento sobre o assunto em questão e trazem novas informações para os leitores. Apresenta também uma linguagem mais formal, mais elaborada, com domínio e precisão da linguagem escrita.

Produção

Professor, observe para os alunos que uma característica muito peculiar deste tipo de gênero textual – a carta do leitor – é a persuasão, que consiste na tentativa do emissor de conven-cer seus destinatários, neste caso, os leitores, a adotar as opiniões apresentadas (favoráveis ou não) a respeito do assunto publicado. A linguagem é objetiva e aparece repleta de sinais de exclamação e interrogação, os quais incitam à posição de reflexão favorável ao enfoque do autor.

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Outros aspectos persuasivos são as orações no imperativo (seja, compre, ajude, favoreça, exija, etc.) e a utilização de conjunções que agem como ele-mentos articuladores (e, mas, contudo, porém, entretanto, uma vez que, de forma que, etc.) e dão maior clareza às ideias. Geralmente, é escrito em pri-meira pessoa, já que se trata de um texto com marcas pessoais e, portanto, com indícios claros de subjetividade, porém pode surgir em terceira pessoa, mais impessoal, ou ainda pode utilizar os dois tipos de linguagem – a menor ou maior impessoalidade depende da intenção do autor: protestar, brincar ou impressio-nar, por exemplo.

Páginas 25-27

Leitura e Compreensão

Professor, você poderá utilizar a música

Rua da Passagem, de Lenine e Arnaldo

Antunes, para promover uma discussão a respeito da violência e falta de respeito que ocorre no trânsito nos dias atu-ais, tanto nos grandes centros urbanos quanto em cidades menores.

1) Essa música canta uma situação enfren-tada nas ruas da cidade, trata sobre a necessidade de respeito e gentileza no trânsito.

2) A cada dupla de versos (estrofe) é evi-denciada uma situação de desrespeito, de falta de educação e de descompro-misso com o bem-estar da comunidade, e se apresenta uma possível atitude positiva no sentido de se estabelecer uma mudança de comportamento para benefício de todos os cidadãos.

3) Resposta pessoal.

Sugestões de respostas: Gentileza é

funda-mental; Já buzinou, espere, não insista; Dando seta pra mudar de pista ou pra entrar na transversal; Devagar pra con-templar a vista; Menos peso do pé no pedal.

4) Todo mundo tem direito à vida/Todo mundo tem direito igual.

5) Não adianta correr com seu automóvel, porque seu antepassado chegou pri-meiro (traduz uma crítica com tom de humor) pois é muito mais interessante chegar com vida, sem machucar-se, sem correr riscos desnecessários.

Produção

Professor, para este momento do debate, convém que você assuma o papel de moderador. É importante que sejam estabelecidas, previamente, algumas regras, elaboradas em conjunto com os alunos, para que o debate seja conduzido de forma a ter os resultados desejados. Por exemplo, quem deseja expor suas opiniões a respeito do assunto, deverá se inscrever com o mediador; definir o tempo de participação oral de cada debatedor, o direito de réplica, caso um dos participantes apresente um contra--argumento ao ponto de vista do outro, o respeito às ideias dos colegas.

Portanto, antes de iniciar o debate, é importante que você, como mediador, explique aos alunos que se deve escu-tar com respeito os pontos de vista do colega e apresentar os seus também de modo respeitoso para não ofender o outro. A oposição é de ideias, não de pessoas.

(20)

Deve-se evidenciar, também, que a variante linguística utilizada em um debate (gênero oral) é a variante mais aproximada da linguagem formal. Embora tenha características próprias da oralidade, o discurso deve ser claro e sem atropelos, evitando-se ideias repetidas. Enfatizar que, no decurso do debate, um dos interlocutores pode ser convencido pelo outro, ou, ainda, é possível que ambas as partes aceitem os argumentos do outro lado (mesmo que parcialmente) e repensem suas opi-niões. Mesmo que isso não aconteça, o importante é que um debate serve para se conhecer os diferentes pontos de vista sobre determinado assunto para todos os participantes (para quem debate e também para quem assiste).

É importante, também, professor, apon-tar para os alunos a diferença existente entre o gênero debate e outros gêneros

orais públicos como, por exemplo, as

mesas redondas ou painéis.

Síntese do debate: professor,

obser-var e ter em vista de que este é um momento muito importante da ativi-dade proposta, pois ao sintetizar as ideias debatidas e se chegar a uma conclusão, deve-se encaminhar uma proposta de aplicabilidade de atitudes positivas que deverão ser tomadas frente a situações similares para que a aprendizagem, tanto da competência de desenvolver um debate quanto do aprendizado de novos conhecimentos a respeito do tema, tenha um resul-tado eficaz.

Desta forma, síntese e aplicação podem estar integradas no mesmo movimento, possibilitando que o ciclo Ação←→Reflexão←→Ação aconteça efetivamente.

Páginas 28-32

Leitura e Compreensão

Professor, observar para os alunos que um artigo científico pertence ao gênero textual produzido em um contexto acadêmico. O que significa um gênero textual produ-zido em um contexto acadêmico?

Significa que em um gênero textual da esfera acadêmica, como o artigo

cientí-fico, desenvolve-se um texto em que se

apresenta um trabalho científico que tem como objetivo principal comunicar, com clareza, coerência e fidedignidade, ideias e informações sobre um determinado assunto pesquisado.

Essa finalidade também está presente em outros gêneros textuais acadêmico-cien-tíficos como monografias, dissertações e teses, nesses casos com maior profun-didade de elementos e de abordagens teóricas que irão fundamentar as pes-quisas e também com critérios bastante rígidos de apresentação da estrutura do trabalho (layout do texto, apresentação gráfica, normas técnicas, etc.)

Os artigos científicos, no entanto, dis-tinguem-se desses outros tipos de trabalhos científicos pela sua reduzida dimensão e conteúdo. São publicados em suportes como revistas ou periódicos especializados com o objetivo de disse-minar a comunicação e intercâmbio de ideias entre cientistas, pesquisadores e estudiosos da sua área de atuação.

Professor, o objetivo do trabalho com este texto tem também como foco o gênero textual relato de experiência e a

varie-dade linguística nele apresentado, por

essa razão faremos breves observações sobre o gênero textual artigo científico do qual fazem parte esses relatos. Apenas sugerimos que explique, brevemente, algumas de suas características.

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Professor, aqui será interessante que observe os conhecimentos prévios dos alunos, perguntando-lhes que diferenças eles percebem entre a linguagem oral e a linguagem escrita. Também observar que os relatos orais apresentados no texto não são concretamente a lingua-gem oral, mas a representação escrita dessa linguagem oral, indicada pelas reticências que demonstram o parar para pensar e continuar a fala, buscando trazer a entonação e o ritmo usados pelo falante.

Explique, então, as diferenças entre linguagem oral e linguagem escrita. Observe para os alunos que ao utili-zarmos a linguagem oral, estamos nos dirigindo a um interlocutor presente que interfere na conversa, interroga--nos, ajudando-nos a desenvolver o que narramos; o que não acontece no ato da escrita, quando temos apenas a imagem desse interlocutor.

Quando falamos, abusamos das repeti-ções, dos silêncios, das gírias, do retomar a narração, mesmo que interrompida pelo outro; já na escrita temos que amar-rar as partes, cuidar do texto como um todo harmônico, claro, coerente, em que cada frase está costurada com o todo do texto.

Na escrita usamos regras ortográficas, fazemos a concordância verbal e nomi-nal, escrevemos frases mais longas (o que está escrito, permanece).

Na oralidade, entretanto, usamos fra-ses mais curtas devido à limitação da memória (com frequência esquecemos o que estávamos falando); abusamos dos conectivos como: né, daí, aí, então, ali, que, usados com a intenção de reforçar, retomar, o que estamos narrando.

1) As profundas transformações do traba-lho nas pequenas propriedades rurais de Boa Esperança, na região serrana do Rio de Janeiro, devido à disseminação de novas técnicas agrícolas e ao uso inten-sivo de agrotóxicos e suas consequências tanto para o processo produtivo rural da região quanto para os pequenos agri-cultores que estão abandonando sua profissão.

2) Para fundamentar o artigo, foi elaborado um projeto de pesquisa centrado em

relatos de vida e experiências a partir

de entrevistas com pessoas que fazem parte da população rural da região.

3) Nesses relatos está transcrita a lingua-gem oral e informal.

4) Pode-se observar, por exemplo:

– a falta de concordância nominal: Os

antigo [avós] memo usava era lavoura de café ; Às vez..; Porque os novo tão tudo saindo pro emprego…; Lá na cidade as coisa é tudo caro, né?; Os meus dois filho…

– a falta de concordância verbal: Eles

não comprava nada, não… Plantava quase que só pra comer.; os velhos está fracassando…

– uso de conectivos: Daí, eles não

com-prava nada, não…; Então não usava quase veneno…; hoje tem muita varie-dade de lavoura, né?; Então é assim,…; É sempre assim, né,…; Lavoura tá muito difícil aqui, né?

– a fragmentação do texto que se evidencia pela descontinuidade dos pensamentos, nas frases emitidas pelos entrevistados, apontadas na transcrição do texto oral pela pontuação, no caso as reticências.

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5) O uso de palavras diferentes do registro padrão memo (mesmo), num (no sentido de não), come (comer).

Professor, observar que, provavelmente, o texto não registra exatamente a fala dessas pessoas, que provavelmente poderiam também dizer “mio” em vez de milho e “fio” em vez de filho. Abordar aqui, então, a questão da varie-dade linguística.

Explicar, portanto, que nesses relatos temos exemplos de variação da língua segundo o local, a cultura e a forma como se dá a aquisição da linguagem entre esses falantes, ou seja, os sujeitos aprendem a sua língua em convívio com a família, amigos, pessoas que estão ao seu redor e participam do seu cotidiano.

Pode evidenciar também que as crianças não falam como os jovens e adultos, nem como os idosos. As faixas etárias apresentam, também, características diferentes de linguagem.

A criança, por exemplo, não domina ou não usa várias estruturas da língua; con-forme a idade, não pronuncia grupos consonantais (brinco/binco). Os jovens, por sua vez, têm uma linguagem marcada pelas gírias, pelas simplificações.

6) Percebe-se que os jovens deixam a comunidade em busca de melhores opor-tunidades de trabalho em cidades maiores e, em grande parte dos relatos, são estimulados pelos pais a buscarem essas oportunidades. Justificam essa busca dizendo que, financeiramente, seu trabalho no campo não é lucrativo e, também, pelas questões de saúde, devido ao uso intenso dos agrotóxicos.

7) Resposta pessoal.

8) Resposta pessoal.

Sugestão de resposta: Meus filhos deixaram de trabalhar na roça porque o

lucro é muito baixo. O lavrador trabalha bastante para colher o produto e, no momento de vendê-lo, recebe um valor irrisório pela produção. No entanto, esse mesmo produto, na cidade, é repassado ao consumidor por um valor bem mais alto. Devido a isso, e também porque a lavoura estava dando pouco lucro, meus dois filhos foram trabalhar na cidade: um deles trabalha na cons-trução civil e o outro está empregado na cidade de Friburgo.

Professor, o objetivo desta atividade é mostrar ao aluno como se faz a trans-posição do texto oral para o texto escrito. Sugerimos que essa transtrans-posição seja feita no quadro, junto com os alunos, para que eles percebam a diferença entre essas duas formas de linguagem. É importante lembrá-los que, do ponto de vista linguístico, as variedades se equivalem e não há como diferenciá--las em termos de certo ou errado. O emprego de uma ou outra variedade depende do contexto de comunicação, do interlocutor e do objetivo que se deseja alcançar no processo de interação verbal.

(23)

Páginas 33-34

Análise

Professor, antes de iniciar a realização dos exercícios sobre a estrutura da língua, sugerimos um levantamento dos conhecimentos prévios dos alu-nos com o objetivo de relacioná-los com as atividades apresentadas e com as atividades vivenciadas na prática social. Essa relação é importante para mostrar ao aluno por que ele está aprendendo o conteúdo que está sendo ensinado e em quais atividades de seu dia a dia ele irá aplicá-lo.

1)

a. Ao numeral. Ambos (numeral cardinal eu equivale a dois) está se

refe-rindo à incorporação de novas tecnologias e processos produtivos. O pronome demonstrativo este está se referindo à crescente subordinação do homem do campo à economia do mercado.

b. O pronome demonstrativo aquelas se refere à palavra técnicas.

c. Trabalho no campo.

d. Migração do trabalhador rural em direção à periferia dos grandes centros

urbanos.

2)

a. Resposta pessoal.

Sugestão de resposta: ...estão sendo incorporadas novas tecnologias no

meio rural.

Professor, explique que a conjunção uma vez que introduz uma oração

que deverá trazer um sentido ou uma ideia de causa ao fato ou situação evidenciada na oração principal (a oração anterior).

b. Resposta pessoal.

Sugestão de resposta: ...tenham trazido bons resultados aos pequenos

produtores rurais.

Professor, explique que a conjunção embora introduz uma oração que

deverá trazer um sentido ou uma ideia de concessão, admitindo uma

contradição ao fato ou situação evidenciada na oração principal (a

ora-ção anterior).

c. Resposta pessoal.

Sugestão de resposta: ...as pessoas estão abandonando esta tradicional

ocupação e migrando para os centros urbanos.

Professor, explique que a conjunção por isso introduz uma oração que

deverá trazer um sentido ou uma ideia de conclusão ao fato ou situação evidenciada na oração inicial (a oração anterior).

(24)

d. Resposta pessoal.

Sugestão de resposta: ... a agricultura está se tornando pouco compensatória.

Professor, explique que a conjunção porque introduz uma oração que deverá trazer um sentido ou uma ideia de explicação do motivo ou razão do fato ou situação evidenciada na oração inicial (a oração anterior).

3)

a. Migração e permanência de jovens no meio rural. Para representar

infor-mações em porcentagem de jovens que se evadem do campo em busca de novas oportunidades de trabalho e sobre a porcentagem de jovens que permanecem na comunidade agrícola, continuando o trabalho de suas famílias.

b. Que a busca por melhores oportunidades no meio urbano entre muitos

dos jovens da comunidade agrícola de São Vítor é maior do que a perma-nência de outros no meio rural.

c. Chama-se gráfico de setores – que demonstra:

quantas são as partes que compõem um certo universo (em nosso caso os jovens do meio rural da comunidade rural de São Vítor);

qual é a participação das partes desse universo (os que migram para as cidades – uma parte ( 64%) –, e os que ficam na zona rural – outra parte (36%);

no todo (100%) desse universo (jovens do meio rural), em porcentagem.

Esse tipo de gráfico é constituído por uma representação esférica ou

circu-lar, que se divide de acordo com a proporção de um fenômeno ou tema. Os dados dispostos nos gráficos de setores (pizza, circulares) são expres-sos em números ou em percentuais.

Professor, discuta com os alunos sobre o que é porcentagem. Explore

seus conhecimentos sobre o significado das porcentagens presentes nesse gráfico. Conclua, a partir das observações dos alunos, que a soma das porcentagens apresentadas no gráfico equivale a 100% dos jovens da comunidade agrícola de São Vítor.

Questione os alunos sobre quais outros tipos de gráficos poderão estar presentes em muitos outros textos como fontes de informação para o leitor. Depois, desenvolva outras atividades em que os alunos poderão aprofundar os conhecimentos a respeito de outras situações presentes no cotidiano em que se utilizam os gráficos. Por exemplo, divida a sala em grupos e forneça diferentes tipos de gráficos. Cada grupo de alunos analisará os gráficos apresentados (gráfico de colunas, gráfico de barras, gráfico de setores – conhecido por pizza ou circular), a partir de perguntas propostas pelo professor. Nesse momento, você deverá estar à disposição para as possíveis dúvidas que os alunos levantarem. Em seguida, os gru-pos irão socializar e comparar suas resgru-postas.

(25)

Páginas 36-39

Leitura e Compreensão

Professor, proponha a leitura silenciosa do texto. Sugere-se um trabalho com o vocabu-lário do texto por meio do uso de dicionário, para, em seguida, apresentar os objetivos da leitura, o que se pretende com ela e os aspectos mais importantes que devem ser priorizados. Esta estratégia de leitura permite que os alunos se detenham nas ideias mais importantes veiculadas nas linhas e nas entrelinhas, permitindo, assim, a atribuição de sentido por meio da leitura dos níveis explícitos e implícitos do texto. O conteúdo temá-tico deve ser explorado por meio das questões de compreensão e interpretação que acompanham o texto. 1) Resposta pessoal. 2) Resposta pessoal. 3) Resposta pessoal. 4) Resposta pessoal. 5)

a. O cotidiano das pessoas, principalmente daquelas que correm no dia a dia sem olhar

para os lados, deixando de perceber a beleza e a simplicidade das pequenas coisas ou situações que estão tão próximas.

b. A gente se acostuma. Essa repetição transmite a ideia de uma rotina enfadonha,

maçante, e traduz também um tom irônico – é, a gente se acostuma...

Professor, observe para os alunos que o emprego repetitivo da palavra “gente” é uma

forma de incluir o leitor como participante das situações do texto e também veicula a ideia de rotina enfadonha. Evidencie também o tom de ironia que essa repetição transmite – será mesmo que a gente se acostuma com todas essas situações?

6) Resposta: alternativa a.

7)

Consequência Causa

Acordar sobressaltado porque está na hora Tomar café correndo porque está atrasado

Ler no ônibus para não se perder tempo Comer sanduíches porque não dá para almoçar

Sair do trabalho porque já é noite Cochilar no ônibus porque está cansado

(26)

Professor, observe, também, que a repetição de estruturas sintáticas como a expressão porque não, seguidas de verbo no presente do indicativo, como

valor habitual demonstram que os motivos são sempre os mesmos. Observe

que o uso dos verbos no infinitivo (acordar, tomar, ler, sair, cochilar...) intensi-ficam que essas ações dão ideia de uma rotina que nunca se acaba, se repete sempre.

Chame a atenção para o fato de que, em textos literários, não é apenas o con-teúdo que é importante, mas a forma como o escritor/poeta dispõe as palavras também tem significado, transmite ideias e sentimentos.

Lembre aos alunos que: Causa é o fato que provoca ou justifica o que está exposto na ideia principal. Consequência é o fato que decorre da causa. As palavras que expressam ideia de causa são: pois, porque, visto que, uma

vez que, entre outras.

8) A acomodação do homem diante da crueldade e da violência e seu descré-dito das possibilidades de uma vida mais tranquila, menos estressante, com melhor qualidade em todos os aspectos.

9)

a. Quarto parágrafo.

b. Quinto parágrafo.

10)

a. O narrador defende a ideia de que as propagandas e as infinidades de

produtos nos instigam a comprar, muitas vezes sem necessidade, e a nos endividar cada vez mais. Para isso, trabalhamos mais e temos menos tempo para aproveitar o que a vida pode nos oferecer de melhor.

b. Resposta pessoal. Sugestões de respostas:

Sim, a ilusão das propagandas nos “fascinam” e essa “fascinação” nos leva a

gastar mais, e para isso temos que trabalhar mais e levar essa vida corrida. Discordo, pois temos que aprender a gastar, controlando-nos com a oferta

dos produtos que os anúncios disseminam.

11) “... vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá...”.

12) É mais cômodo aceitar algumas contrariedades que a vida moderna impõe para esquivar-se de mágoas ou ressentimentos ao invés de se opor a elas. Isso acaba fazendo com que as pessoas se acostumem com o ter para sobreviver, esquecendo-se de que precisamos de muito mais, precisamos nos acostumar com o que a vida pode nos oferecer de melhor – de uma boa qualidade de vida, de relacionamentos que nos tragam alegrias e afetividade, de reivindicar nosso direito por um trabalho honesto e digno, de possibilidades melhores em todas as situações.

Referências

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