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BRASÍLIA URGENTE Informativo nº de junho de 2010

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BRASÍLIA URGENTE – Informativo nº 07 – 16 de junho de 2010

CNMP debate estratégia nacional

O grupo de trabalho criado para auxiliar o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) nas ações relativas à Estratégia Nacional de Segurança Pública (Enasp) realizou, na semana passada, a primeira reunião de trabalho, em Brasília. O objetivo do encontro foi discutir metas para agilizar e dar maior efetividade às investigações, denúncias e julgamentos nos crimes de homicídio – ação apresentada como prioritária pelo CNMP por ocasião da criação da estratégia. Os membros debateram o plano de trabalho do Grupo de Persecução Penal, coordenado pelo Conselho.

Instituído por portaria do presidente do CNMP e composto por nove membros do Ministério Público, o GT tem a missão de propor plano de trabalho para ações coordenadas e desenvolvidas pelo CNMP na Enasp; sugerir ao plenário do Conselho as medidas normativas e os projetos para atingir os objetivos da Estratégia Nacional; e monitorar a execução das medidas.

As ações do Grupo de Persecução Penal começaram a ser discutidas, no dia 21 de maio, em workshop que reuniu em Brasília membros do MP, juízes, policiais, defensores públicos e representantes do Ministério da Justiça e de secretarias de Segurança Pública de diversos estados. Divididos em dois grupos (investigação e processo judicial), os participantes identificaram as principais causas de atraso na

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apuração, instrução e julgamento dos crimes de homicídio, trocaram experiências, falaram sobre boas práticas capazes de agilizar os procedimentos e sugeriram ações.

A partir das informações levantadas no evento, o GT deverá desenhar o plano de trabalho do Grupo de Persecução Penal. Já foi identificada, por exemplo, a necessidade de viabilizar a tramitação direta dos inquéritos entre a polícia e o MP em todo o Brasil. Agora, o GT vai debater de que forma isso por ser feito. O grupo também deve propor ações para diminuir a subnotificação dos crimes de homicídio, debater a criação de diretrizes nacionais para orientar o trabalho de peritos e a padronização dos registros de morte e dos boletins de ocorrência, entre outras necessidades já levantadas.

MPF quer mais efetividade da Lei Maria da Penha

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir que a Lei Maria da Penha, criada em 2006, produza mais efeitos no combate à violência doméstica e familiar contra a mulher. O principal objetivo é que não seja necessária uma representação da vítima para a instalação da ação criminal contra o agressor.

Na ação, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirma que a violência doméstica é grave violação dos direitos humanos, e que a Constituição prevê que o Estado deve prevenir sua ocorrência. “A opção constitucional foi clara no sentido

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de não se tratar de mera questão privada”, afirma. A ação propõe que o Ministério Público tenha prerrogativa exclusiva de acionar a Justiça nesses casos.

O presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Jayme Asfora, acredita que dar a titularidade das ações para o Ministério Público é uma forma efetiva de proteger as mulheres contra possíveis retaliações dos agressores. “Também é uma forma de levar as ações adiante, já que muitas mulheres se calam por medo de perder os companheiros.” Outro ponto abordado pelo procurador-geral da República na ação enviada ao Supremo é o afastamento da aplicabilidade da Lei dos Juizados Especiais nos crimes de violência doméstica. Segundo a ação, casos como esses, mesmo os considerados crimes de lesão corporal de natureza leve, devem ser encaminhados à Justiça Comum e não aos juizados especiais.

A Lei Maria da Penha alterou o Código Penal e determinou a prisão em flagrante ou preventiva dos agressores, com pena de até três anos. A norma também impede que os autores sejam punidos com penas alternativas, uma solução comum para os casos que chegam aos juizados. (Conamp)

Instalada Subcomissão para analisar mudanças nas atribuições do MP

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) instalou subcomissão especial para analisar o Projeto de Lei 6745/06, que retira do Ministério Público a autonomia e a exclusividade na condução do inquérito civil público. De acordo com

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o projeto, o inquérito civil público também poderá ser presidido por delegado de polícia e deverá ser submetido ao juiz cível competente.

O deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) foi eleito presidente da subcomissão. O relator será o deputado Marcelo Ortiz (PV-SP). A primeira reunião, que estava marcada para o dia 16 de junho, foi adiada, conferindo mais tempo ao Ministério Público para se empenhar no trabalho de convencimento dos parlamentares sobre a importância da manutenção da exclusividade dessa atribuição.

PEC que trata da aposentadoria dos membros do Poder Judiciário foi retirada da pauta da CCJ

A PEC 46/08, de autoria do senador Eduardo Azeredo (PSDB/MG), que trata da aposentadoria dos membros do Poder Judiciário, foi retirada da pauta da Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal para análise da emenda nº 1 apresentada pelo Senador Romeu Tuma (PTB/SP).

O relator da matéria senador Marconi Perillo (PSDB/GO) já havia manifestado, em seu parecer, favorável, nos termos de emenda substitutiva. Entretanto, com a apresentação dessa emenda, o relator solicitou a retirada de pauta para análise. Dessa análise poderá resultar um parecer complementar acatando ou rejeitando-a. Não há previsão da matéria retornar a pauta da CCJ.

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O senador Tuma inicia a justificativa de sua emenda da seguinte forma: "É certo que a presente Proposta de Emenda à Constituição tem por objetivo disciplinar a aposentadoria dos magistrados. Porém, não devemos deixar de lado os demais integrantes que compõem o sistema jurídico brasileiro e carreiras essenciais ao Estado, dentre eles os delegados das polícias judiciárias dos Estados, do Distrito Federal e da União". (Conamp)

Câmara: CCJ aprova fim da prisão especial para quem tem diploma

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara aprovou, na na terça-feira (15), o fim da prisão especial para quem possui diplomas de nível superior, a detentores de cargos e também de mandatos eletivos, entre outros. A detenção diferenciada só poderá ser concedida ao preso quando houver necessidade de preservação da vida e da integridade física e psíquica. As informações são da Agência Câmara.

O relator da medida na CCJ, deputado José Eduardo Cardoso (PT-SP), acatou o substitutivo do Senado ao projeto, que prevê o fim da prisão especial. A matéria faz parte da reforma do processo penal, iniciada em 2001. O texto foi aprovado originalmente pela Câmara em junho de 2008, mas voltou à Casa em virtude de modificações feitas pelos senadores. A proposta passará ainda por votação o Plenário.

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durante a investigação criminal. Isso só poderá ser feito por requisição da autoridade policial ou do Ministério Público. De acordo com o relator, esse mecanismo adequa o sistema à Constituição, que prevê que o magistrado não deve ter iniciativa na investigação criminal.

Também foi acatada a proposta do Senado que obriga o juiz ou tribunal que decretou a medida cautelar a reexaminá-la a cada 60 dias, para avaliar se persistem seus motivos. A decisão deverá explicar os motivos da manutenção ou mudança. Foi aceita ainda alteração do Senado que dá ao juiz o poder de determinar ou não a fiança, nos caso em que se aplica o recurso, mas dependerá da avaliação do magistrado. Nos casos em que o magistrado pedir a prisão de alguém em outra comarca, deverá providenciar sua remoção em, no máximo, 30 dias. Caso contrário, o juiz a quem foi solicitada a prisão poderá libertar o preso.

O texto aprovado originalmente na Câmara já previa que os presos provisórios ficassem separados daqueles condenados em definitivo. O Senado acrescentou que os militares presos em flagrante e o desertor ou insubmisso preso por autoridade policial deverão ser recolhidos a quartel da instituição a que pertencerem. De acordo com a nova redação, a prisão de qualquer pessoa deverá ser comunicada ao Ministério Público. A justificativa é que é o MP que tem a atribuição de zelar pelo respeito aos direitos constitucionais dos presos e exercer o controle externo da atividade policial.

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O Senado permitiu que o preso condenado por crimes com pena mínima superior a dois anos, com residência e trabalho fixos, possa dormir em casa, inclusive nos dias de folga.

Com relação ao estabelecimento de fiança, foi aceita a proposta de que ela pode ser aumentada em até mil vezes. A Câmara havia proposto originalmente cem vezes. Também na nova redação, foi aceita a idéia de que a fiança possa ser quebrada caso se cometa uma nova infração intencional. Caso o preso não tenha condições financeiras por motivo de pobreza, o juiz poderá liberá-lo provisoriamente sem pagamento.

O projeto tramita em regime de urgência, já foi aprovado pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e ainda será votado pelo Plenário. (JB Online)

CCJ da Câmara aprova Conselho Nacional de Polícia

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (26/5), o projeto que cria o Conselho Nacional de Polícia. De autoria do deputado Regis de Oliveira (PSC-SP), o órgão deve exercer controle externo da Polícia Federal e das polícias civis do estados. Agora a PEC será analisada por uma comissão especial que será criada especificamente para esse fim e, depois, segue para o Plenário.

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De acordo com Oliveira, a PEC foi criada porque esse controle deveria ser feito pelo Ministério Público que não tem como impor punições. Outra questão levantada por ele é que as corregedorias da polícia estão enfraquecidas. “A PEC 381/09 representa o endurecimento das regras do jogo do controle ético da polícia, para expurgar aqueles que não pertencem à classe”, disse.

Pela proposta, compete ao Conselho o controle da atuação administrativa, funcional e financeira das polícias Federal, dos estados e do Distrito Federal. As polícias militares não foram incluídas no texto, embora a comissão especial que analisará a PEC possa decidir que elas devam ser fiscalizadas pelo conselho. De acordo com o texto substitutivo do relator Marcelo Ortiz (PV-SP), o presidente do Superior Tribunal de Justiça deve presidir o órgão. O Conselho será formando por oito delegados indicados pelos governadores, além de outras indicações vindas do governador do Distrito Federal, da Polícia Federal e do ministro da Justiça. Haverá ainda cargos vindos do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Câmara e do Senado, à semelhança do CNJ (controle externo do Judiciário) e do CNMP (controle externo do Ministério Público).

O conselho terá ainda um corregedor nacional, escolhido em votação secreta entre os integrantes das polícias judiciárias que o compõem. Ele será o responsável pelo recebimento de denúncias contra policiais. A PEC prevê também a criação, por meio de leis federal e estaduais, de ouvidorias da polícia, para receber reclamações e denúncias.

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Voto contra

A Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) se manifestou contra a ideia e diz que o MP já exerce a função de fiscalizar a polícia com eficiência. Como o MP é um órgão independente, é o único com competência para vigiar as polícias. Segundo a Conamp, a proposta retira do MP essa responsabilidade, que passaria a ser do Conselho, composto, em sua maioria (10 do total de 17), por integrantes da própria Polícia.

Segundo a Conamp, a Polícia é um órgão integrante do organograma do Executivo, diferente do Ministério Público, que goza de independência e de autonomia, e do Judiciário, que constitui um Poder. "A Polícia não quer se submeter ao controle de ninguém. Hoje, o controle externo é exercido com eficiência pelo Ministério Público. Se tal Conselho for instituído, o controle deixará de ser externo e continuará a ser interno", afirmou o presidente da entidade César Mattar Jr. Os antecedentes que deram origem ao sistema judiciário brasileiro. (Conjur)

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Outras atividades legislativas em pauta

A pauta do Congresso Nacional está repleta de assuntos de interesse do Ministério Público, porém, acreditamos que dificilmente haverá quorum para as sessões. Na pauta do Plenário do Senado Federal está incluído o PLS 190/07, que altera a Lei de Execução Penal, para prever o exame criminológico para progressão de regime prisional, livramento condicional, indulto e comutação de pena. Na CCJ do Senado, o PLS 249/05, de autoria do senador Hélio Costa, que altera o Código Penal e a Lei nº 8.072/90, para elevar o período mínimo de cumprimento da pena na concessão do livramento condicional a condenados pela prática de crimes hediondos, da relatoria do senador Demóstenes Torres, que conclui pela aprovação do projeto.

Na CCJ da Câmara de Deputados estão previstos dois PL’s 3377/08 e 3622/08 que cuidam, respectivamente, do prazo de prescrição na ação civil pública (cinco anos) e da imprescritibilidade dos crimes hediondos. Está na pauta da CCJ, ainda, a PEC 354/09, apelidada de “Kaytto Guilherme”, que dá nova redação ao inciso XLIII, do art. 5º, determinando o cumprimento da pena no regime integralmente fechado ao autor de crime hediondo. O parecer do relator é pela admissibilidade.

Referências

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