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esde 2016, quando montou a NBA House durante as Olimpíadas do Rio e teve uma visitação assombrosa, a NBA encontrou o melhor formato para se conectar com o fã brasileiro. Agora, a partir do dia 30 de maio, a liga tenta dar mais um passo na consolidação dessa estratégia, promovendo a NBA House durante todo o período de disputa das finais da temporada.A edição de 2019 da casa da NBA é o maior investimento feito pela liga no Brasil desde os Jogos do Rio. Durante 18 dias, a casa ficará aberta num espaço montado no estacionamento do Shopping Eldorado, em São Paulo. A ideia é tentar criar a atmosfera de um jogo da NBA para o torcedor e, assim, torná-lo fiel consumidor.
"A NBA House é hoje, sem dúvidas, a maior ativação da NBA na América Latina, pela estrutura, pelo tempo de ativação, pelas marcas e número de profissionais
O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O
DO
POR ERICH BETING
NBA House tenta criar
atmosfera de jogo a fã
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N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1245 - QUARTA-FEIRA, 15 / MAIO / 2019
de euros por ano é o que a Adidas pagará ao Real Madrid no novo contrato de fornecimento de uniforme, válido até 2028
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envolvidos, expectativa de público. Queremos dar a melhor experiência possível para os fãs, criar a mesma atmosfera que o público encontra quando vai a uma are-na, quando assiste a um jogo da NBA", diz Rodrigo Vicentini, head da NBA Brasil. Com a abertura da casa durante todo o período das finais, a NBA quer tentar alcançar números próximos ao obtidos no Rio em 2016, quando 80 mil pessoas passaram pela casa montada na região do Porto. Em São Paulo, a casa funcionará de noite durante os jogos das finais e também o dia todo nos finais de semana.
"Será um grande parque de diversões da NBA. Vamos trazer o que a liga tem de melhor. São mais de 20 atrações, mascotes, dançarinas, entretenimento, o Troféu Larry O’Brien, Kids Club, Realidade Virtual, NBA Store, NBA Sports Bar", afirma.
Durante o dia, a liga promoverá o "Fan Day", com entrada livre. A ideia é, com isso, aproximar famílias e crianças do universo da liga. Durante a noite, o objetivo é fazer a experiência se aproximar mais do que acontece nos ginásios da NBA.
"Vai ser um mergulho no universo da NBA. Será um ponto de encontro para que as pessoas possam se divertir, comer bem, respirar NBA e acompanhar as Finais da liga de uma maneira muito especial", resume Vicentini.
A casa também servirá para parceiros comerciais da liga ativarem seus patro-cínios. Até agora, Budweiser, Gatorade e Vivo farão ações dentro do espaço. A marca de cervejas é quem "apresenta" a NBA House. Dentro do local, os bares levarão o logo da empresa, que também fatura com a venda de cerveja. A Gatora-de recriará a ativação que faz no All-Star Game, com uma quadra Gatora-de habilidaGatora-des. Já a Vivo usará a casa para ativar o espaço de Realidade Virtual que foi montado.
O P I N I Ã O
'Abadá' exibe pouca
evolução no futebol
M
esmo sem um patrocínio máster, o Santos fechou nesta semana com
a sexta marca para expor no uniforme, sem contar com a presença
da fornecedora de material esportivo e o próprio escudo do time. É
mais um clube no futebol brasileiro a sustentar o 'abadá de carnaval', um sonoro erro
da gestão do esporte que insiste em permanecer nas principais agremiações do país.
O maior expoente dessa estratégia é justamente o time que puxou a tendência há
dez anos. Hoje, o Corinthians possui incríveis 11 marcas no uniforme, com direito a
propriedades novas, como a lateral da camisa e o ombro com duas empresas.
Em 2010, o time paulista puxou a estratégia graças a um contrato com a
Hyper-marcas que, na época, valia R$ 38 milhões (mais de R$ 60 milhões, com a correção
da inflação). Com a soma dos valores investidos pelo Banco Panamericano, o clube
se gabava de ser o mais valorizado do país,
o que justificaria ter marcas até mesmo na
região da axila do uniforme.
A estratégia adotada, no entanto, não
se mostrou sustentável. Basicamente, as
propriedades menores no uniforme são
praticamente invisíveis aos torcedores, o
que as torna um investimento ruim para
as empresas. Além disso, a poluição de
pa-trocínio desvaloriza o aporte máster. Com
plano comercial focado na exposição,
ati-vações ficam em segundo plano, enquanto
as companhias passam a ver menos valor na presença da camisa de jogo.
Isso foi dito na época, mas, na abundância, foi ignorado pelos clubes. O
resul-tado é que hoje o próprio Corinthians recebe consideravelmente menos pelo aporte
máster. Em 2005, o time mantinha um contrato de R$ 15 milhões com a Samsung,
cerca de R$ 30 milhões com a inflação. Não há crise econômica que justifique
tama-nha desvalorização, especialmente ao considerar o profundo processo de
restrutura-ção do clube nos últimos anos, com uma moderna arena e uma colerestrutura-ção de títulos.
Portanto, é incompreensível que o time mantenha a estratégia atualmente; ficou
o excesso de marca, mas a fartura foi deixada para trás. Se não há um novo plano em
longo prazo para a valorização dos clubes, eles ficarão sempre à mercê de aventureiros
do mercado e nunca serão apontados como plataformas confiáveis e eficientes para as
principais companhias. É um ciclo muito pouco inteligente que hoje cerca a grande
maioria dos times nacionais. Não deveria ser assim. O mercado evoluiu muito nos
últimos anos para ainda existiram 'abadás' pelos gramados nacionais.
Excesso de marcas nas camisas mostra
que times insistem em estratégia que
não tem dado certo no longo prazo
POR DUDA LOPESSantos é mais
um a fechar com
marca de apostas
A volta da Olympikus com força
ao mercado de running se dará com
a criação de um novo conceito de
circuito de corridas. A marca criou
um circuito chamado de "Bota Pra
Correr". A ideia é pegar um
públi-co que tem na públi-corrida um estilo de
vida, mais do que performance.
A primeira prova será no Parque
Estadual do Jalapão, em Tocantins,
no dia 7 de julho. Com apenas 200
atletas, a corrida abriu inscrições
apenas para moradores locais. Nesta
quinta-feira as vagas remanescentes
serão vendidas ao público.
"Os corredores terão a
oportun-idade de correr em novos lugares,
conhecer novas histórias", diz
Már-cio Callage, CMO da Vulcabras.
O LY M P I K U S
C R I A C I R C U I T O
I N É D I T O D E
C O R R I D A D E R U A
A F1 confirmou que voltará a
cor-rer na Holanda após 35 anos de
aus-ência em 2020. O retorno do país ao
calendário é uma espécie de "agrado"
que a Liberty Media, gestora
comer-cial da F1, faz ao maior patrocinador
da categoria, a cervejaria Heineken.
Além disso, os gestores da F1
apostam na popularidade de Max
Ver-stappen, piloto holandês da Red Bull
e que tem gerado maior interesse do
país pela categoria. Além da Holanda,
o Vietnã estará no circuito em 2020.
H E I N E K E N E
V E R S TA P P E N
L E VA M F - 1 D E
V O LTA PA R A A
H O L A N D A
POR REDAÇÃOO aumento do patrocínio de sites de apostas ao futebol ganhou mais um "reforço" na terça-feira com o anúncio do sexto patrocínio de camisa do Santos para a temporada. O clube fechou com a marca de apostas on-line Casa de Apos-tas, que estará nas omoplatas da camisa até maio de 2020.
O contrato, que não teve os valores divulgados, é exclusivo do time profissional masculino. Fundada em 2013 na Europa, a Casa de Apostas iniciou o projeto de adequação ao mer-cado brasileiro em dezembro do ano passado e estabeleceu efetivamente suas atividades no país no mês passado.
"Damos boas-vindas à Casa de Apostas. Entendemos que este segmento de apostas será muito importante para o mercado de patrocínios do futebol brasileiro e temos o orgu-lho de iniciarmos este trabaorgu-lho junto ao novo patrocinador", declarou José Carlos Peres, presidente do Santos.
A empresa junta-se à Netbet (que em janeiro fechou com o Fortaleza e, em março, com o Vasco) e também à MarjoS-ports, que em abril assinou com o Corinthians.
"O grupo Casa de Apostas reconhece que o futebol é a paixão nacional e o Brasileirão um dos mais disputados do mundo. Dessa forma, resolvemos associar nossa marca ao Santos, um dos maiores e mais tradicionais clubes do plane-ta", disse Hans Schleier, diretor de marketing da empresa.
Além da Casa de Apostas, o Santos tem os patrocínios de Philco (costas da camisa), Algar (barra da camisa), UniCesu-mar (calção), Kodilar (meião) e Orthopride (número).
POR ERICH BETING
E
xaltada no mercado pela campanha em que pede a igualdade de gêneros no esporte por meio da tenista Serena Williams, a Nike enfrenta uma crise nos Estados Unidos depois de um vídeo publicado pelo New York Times com a atleta olímpica Alysia Montaño. Nele, ela acusa a empresa de ter suspendi-do seu contrato quansuspendi-do disse a executivos da marca que estava grávida, em 2014. O vídeo, publicado no canal do Times no YouTube, ironiza a campanha "Dream Crazy", lançada há alguns meses pela Nike e que defende mais direitos às mulhe-res. Nele, Alysia afirma que a companhia decidiu parar com o patrocínio durante sua gravidez. Ela, então, fechou um contrato com a Asics e passou a correr grávida. A denúncia foi feita logo após a Nike lançar uma nova campanha, no Dia das Mães, em que valoriza a prática esportiva das mulheres. Com a repercussão do caso, a companhia se posicionou e confirmou que realmente não tinha uma política de proteção às mulheres grávidas no passado. Mas, segundo a marca, desde 2018 que existe uma cláusula defendendo a mulher grávida. Essa foi a época em que Serena Williams, maior garota-propaganda da Nike, estava esperando uma filha."Reconhecemos que havia uma inconsistência em nossa abordagem em torno de diferentes esportes e, em 2018, padronizamos nossa abordagem em todos os esportes, de modo que nenhuma atleta feminina seja penalizada financeiramente pela gravidez", afirmou a Nike em comunicado divulgado ao New York Times.
O NYT, porém, obteve um contrato de atletismo datado de 2019 que ainda per-mite à Nike reduzir "por qualquer razão" o que paga ao atleta se ele não atingir a meta de desempenho. A gravidez ou a amamentação não estariam "protegidas".
Atleta diz que Nike a
abandonou na gravidez
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