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Fertilizantes Heringer S.A. e Fertilizantes Heringer S.A. e empresa controlada Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 e

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(1)

Fertilizantes Heringer S.A. e

Fertilizantes Heringer S.A. e

empresa controlada

Demonstrações financeiras em

31 de dezembro de 2009 e de 2008 e

parecer dos auditores independentes

(2)

Viana - ES

1 Examinamos os balanços patrimoniais da Fertilizantes Heringer S.A. (a "Companhia") e os balanços patrimoniais consolidados da Fertilizantes Heringer S.A. e sua controlada em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido, dos fluxos de caixa e do valor adicionado da Fertilizantes Heringer S.A. e as correspondentes demonstrações consolidadas do resultado, dos fluxos de caixa e do valor adicionado dos exercícios findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.

2 Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos

trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

(3)

em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Fertilizantes Heringer S.A. e da Fertilizantes Heringer S.A. e sua controlada em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido, os fluxos de caixa e os valores adicionados das operações da Companhia referentes aos exercícios findos nessas datas, bem como o resultado consolidado das operações, os fluxos consolidados de caixa e os valores consolidados adicionados das operações desses exercícios, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Campinas, 11 de março de 2010

PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5 “S” ES

Wander Rodrigues Teles

(4)

Controladora Consolidado Controladora Consolidado

Ativo Nota 2009 2008 2009 2008 Passivo e patrimônio líquido Nota 2009 2008 2009 2008

(Reclassificado) (Reclassificado)

Circulante Circulante

Caixa e equivalentes de caixa 3 153.040 250.810 154.358 251.191 Fornecedores:

Contas a receber de clientes 4 307.320 352.375 307.320 352.375 Nacionais 175.964 50.848 175.786 50.848

Estoques 5 415.936 533.887 415.936 533.887 No exterior 14 424.981 795.801 424.981 795.801

Tributos a recuperar 6 107.713 113.437 107.713 113.437 Empréstimos e financiamentos 15 567.387 644.823 567.387 644.823

Imposto de renda e contribuição social diferidos 7(a) 28.722 40.254 28.722 40.254 Encargos sociais 10.976 8.483 11.003 8.483

Demais contas a receber 38.019 54.730 38.004 54.736 Tributos a recolher 5.248 2.443 5.977 2.443

Tributos diferidos 7(a) 3.467 2.118 3.467 2.118

1.050.750 1.345.493 1.052.053 1.345.880 Adiantamentos de clientes 114.096 64.779 114.096 64.779

Juros sobre capital próprio 626 626

Não circulante Demais contas a pagar 36.984 72.638 36.987 72.638

Realizável a longo prazo

Contas a receber de clientes 4 426 426 1.339.103 1.642.559 1.339.684 1.642.559

Tributos a recuperar 6 145.672 77.670 145.672 77.670

Imposto de renda e contribuição social diferidos 7(a) 53.857 102.340 53.857 102.340 Não circulante

Créditos tributários adquiridos 16(d) 90.448 90.448 Empréstimos e financiamentos 15 6.221 9.776 6.221 9.776

Depósitos judiciais 9 7.167 8.616 7.167 8.616 Provisão para contingências 16(a) 659 1.976 659 1.976

Bens destinados à venda 10 3.070 13.330 3.070 13.330 Tributos a recolher 16(d) 61.832 16 61.832 16

Demais contas a receber 2.882 571 2.882 571

68.712 11.768 68.712 11.768

303.096 202.953 303.096 202.953

Patrimônio líquido 17

Investimentos 11 977 526 139 139 Capital social 448.746 448.746 448.746 448.746

Imobilizado 12 344.747 338.679 344.770 338.679 Prejuízos acumulados (151.980) (211.488 ) (151.980) (211.488)

Intangível 13 5.011 3.934 5.104 3.934

296.766 237.258 296.766 237.258

350.735 343.139 350.013 342.752

653.831 546.092 653.109 545.705

(5)

Exercícios findos em 31 de dezembro

Em milhares de reais, exceto quando indicado

Controladora Consolidado

Nota 2009 2008 2009 2008

Receita bruta de vendas 3.260.988 3.611.131 3.260.988 3.611.131

Impostos e outras deduções de vendas (68.674) (86.572) (68.676) (86.572)

Receita líquida de vendas 3.192.314 3.524.559 3.192.312 3.524.559

Custo dos produtos vendidos (2.951.181) (3.242.704) (2.975.976) (3.242.704)

Lucro bruto 241.133 281.855 216.336 281.855

Receitas (despesas) operacionais

Com vendas (215.560) (180.137) (189.480) (180.137)

Gerais e administrativas (51.138) (44.118) (51.740) (44.121)

Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 19 (9.475) 15.298 (9.475) 15.282

(276.173) (208.957) (250.695) (208.976)

Lucro (prejuízo) operacional antes das participações societárias e

do resultado financeiro (35.040) 72.898 (34.359) 72.879

Resultado de participações societárias - Equivalência patrimonial 451 (13)

Receitas (despesas) financeiras 18

Receitas financeiras 732.473 392.060 732.479 392.060

Despesas financeiras (620.508) (851.534) (620.548) (851.534)

111.965 (459.474) 111.931 (459.474)

Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda

e da contribuição social 77.375 (386.589) 77.571 (386.595)

Imposto de renda e contribuição social 7(c))8

Do exercício (5.343) 281 (5.532) 281

Diferidos (12.524) 133.144 (12.531) 133.150

(17.867) 133.425 (18.063) 133.431

Lucro líquido (prejuízo) do exercício 59.508 (253.164) 59.508 (253.164)

Ações em circulação no final do exercício (em milhares) 48.471 48.471

Lucro líquido (prejuízo) por ação do capital social no

(6)

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. Subvenções para investimentos Nota Capital social Apoio fiscal-PSDl Incentivo fiscal -ADENE Legal Retenção de lucros Incentivos fiscais Ações em tesouraria Prejuízos acumulados Total Em 31 de dezembro de 2007 429.781 16.095 938 3.876 42.137 492.827

Ajustes de exercício anteriores 1.630 1.630

Aumento de capital:

Por emissão de lote suplementar de ações 1.932 1.932

Com reservas 17.033 (16.095) (938)

Compra de ações para manutenção em tesouraria (5.967 ) (5.967)

Cancelamento das ações em tesouraria (5.967) 5.967

Prejuízo do exercício (253.164) (253.164)

Apropriação de reserva de Apoio fiscal 17 (b) 19.009 (19.009)

Absorção de prejuízo 17(c) (3.876) (36.170) (19.009 ) 59.055

Em 31 de dezembro de 2008 448.746 (211.488) 237.258

Lucro líquido do exercício 59.508 59.508

Apropriação de reserva de Apoio fiscal 17 (b) 27.776 (27.776)

Absorção de prejuízo acumulado 17(c) (27.776 ) 27.776

(7)

Exercícios findos em 31 de dezembro

Em milhares de reais

Controladora Consolidado

2009 2008 2009 2008

(Reclassificado) (Reclassificado)

Fluxo de caixa das atividades operacionais

Lucro líquido (prejuízo) antes do imposto de renda e da contribuição social 77.375 (386.589) 77.571 (386.595)

Despesas (receitas) que não afetam o caixa:

Juros e variação cambial não realizada das contas a receber de clientes 7.044 (6.536) 7.044 (6.536)

Provisão para devedores duvidosos 4.138 4.601 4.138 4.601

Juros e variação cambial não realizados dos estoques e importação em

andamento 1.539 (3.697) 1.539 (3.697)

Provisão para (realização de) ajuste de estoques a valor de mercado (64.374 ) 64.374 (64.374 ) 64.374

Ajuste a valor presente do saldo inicial 1.629 1.629

Provisão para perdas 1.843 1.843

Depreciação do imobilizado 37.082 15.028 37.086 15.028

Amortização intangível 2.122 1.816 2.142 1.816

Amortização do ágio 386 386 386 386

Perda com equivalência patrimonial (451 ) 13

Ganho (perda) na venda de ativo imobilizado 4.651 (147) 4.651 (147)

Ganho na venda do intangível 107 107

Reversão de perdas na realização de bens destinados à venda (438 ) (184) (438) (184)

Reversão de provisão para deságio de impostos a recuperar (520) (520)

Juros e variação cambial não realizados de fornecedores (196.579 ) 198.321 (196.579) 198.321

Juros e variação cambial não realizados de empréstimos (127.239 ) 189.363 (127.239) 189.363

Provisão para férias e 13º salário 1.806 967 1.827 967

Variação cambial não realizada de demais contas a pagar (14.780 ) 15.330 (14.780 ) 15.330

Provisão (reversão de) para contingências, líquidas (1.374 ) 258 (1.374) 258

Reversão de deságio sobre créditos tributários adquiridos 29.917 29.917

Juros e encargos financeiros do ativo não circulante 41.870 41.870

Juros e encargos financeiros do passivo não-circulante (49.327 ) 99 (49.327) 99

"Swaps" não realizados 22.957 (209) 22.957 (209)

(221.725 ) 94.303 (221.033) 94.284

Redução (aumento) nas contas de ativos

Contas a receber de clientes 21.510 (36.890) 21.510 (36.890)

Estoques 178.943 (54.631) 178.943 (54.631)

Tributos a recuperar (30.522 ) (105.033) (30.522) (105.033)

Demais contas a receber 14.176 (28.740) 14.191 (28.740)

Depósitos judiciais 1.449 (718) 1.449 (718)

Bens destinados a venda 23.487 3.004 23.487 3.004

Aumento (redução) nas contas de passivos

Fornecedores (49.126 ) 257.515 (49.303) 257.515

Contratação de financiamentos de importação 1.069.227 743.519 1.069.227 743.519

Pagamento do valor principal de financiamentos de importação (971.775 ) (546.112) (971.775) (546.112)

Salários e encargos sociais 687 (5.889) 692 (5.889)

Tributos a recolher (48.774 ) 1.230 (48.060) 1.230

Adiantamentos de clientes 49.317 227 49.317 227

Demais contas a pagar (43.990 ) 23.271 (43.987) 23.271

(7.116 ) 345.056 (5.864) 345.037

Caixa proveniente das operações

Pagamento de juros de financiamentos (50.254 ) (24.655) (50.254) (24.655)

Imposto de renda e contribuição social pagos (175)

Antecipações de imposto de renda e contribuição social pagos (26.108) (26.108)

(8)

Controladora Consolidado

2009 2008 2009 2008

(Reclassificado) (Reclassificado)

Fluxo de caixa das atividades de investimentos

Adições em investimentos (400)

Aquisição de imobilizado (42.583) (168.500) (42.610) (168.500)

Recebimentos por vendas de ativo imobilizado 7.064 15.215 7.064 15.215

Adições no intangível (3.306) (1.112) (3.419) (1.112)

Ações em tesouraria (5.967) (5.967)

Caixa utilizado nas atividades de investimentos (38.825) (160.764) (38.965) (160.364)

Fluxo de caixa das atividades de financiamentos

Contratação de empréstimos e financiamentos 15.435 5.130 15.435 5.130

Pagamento de principal de empréstimos e financiamentos (16.384) (3.683) (16.384) (3.683)

Distribuição e pagamento de juros sobre capital próprio (626) (4.543) (626) (4.543)

Aumento de capital social 1.932 1.932

Caixa utilizado nas atividades de financiamentos (1.575) (1.164) (1.575) (1.164)

Aumento líquido (redução) do caixa e equivalentes de caixa (97.770) 132.365 (96.833) 132.746

Demonstração de aumento (redução) no caixa e equivalentes de

caixa

No início do exercício 250.810 118.445 251.191 118.445

No final do exercício 153.040 250.810 154.358 251.191

Aumento líquido (redução) do caixa e equivalentes de caixa (97.770 ) 132.365 (96.833 ) 132.746

Transações que não envolvem caixa

Aquisição de ativo imobilizado por meio de utilização de créditos de

ICMS 12.282 22.436 12.282 22.436

Aquisição de créditos tributários 71.524 71.524

(9)

Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais Controladora Consolidado 2009 2008 2009 2008 Receitas

Vendas de mercadorias, produtos e serviços 3.256.887 3.589.804 3.256.887 3.589.804

Receitas relativas à construção de ativos próprios 37.547 224.361 37.547 224.361

Constituição de provisão para devedores duvidosos (4.468 ) (4.819) (4.468 ) (4.819)

Outras receitas 3.833 1.296 3.833 1.296

3.293.799 3.810.642 3.293.799 3.810.642

Insumos adquiridos de terceiros

Custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços

vendidos 2.860.081 3.183.332 2.884.876 3.183.332

Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 310.470 424.204 284.730 424.204

Perda de valores de ativos 24.621 152.507 22.621 152.507

Outras 105 660 105 673

3.195.277 3.760.703 3.194.332 3.760.716

Valor adicionado bruto 98.522 49.939 99.467 49.926

Depreciação, amortização e exaustão 39.212 16.843 39.237 16.843

Valor adicionado líquido produzido pela entidade 59.310 33.096 60.230 33.083

Valor adicionado recebido em transferência

Resultado de equivalência patrimonial 451 (13)

Receitas financeiras 709.030 368.114 709.030 368.114

Outras 4.654 (1.293) 4.660 (1.293)

714.135 366.808 713.690 366.821

(10)

Controladora Consolidado

2009 2008 2009 2008

Distribuição do valor adicionado

Pessoal

Remuneração direta 61.602 52.855 61.791 52.855

Benefícios 18.655 16.660 18.670 16.660

FGTS 4.152 3.493 4.164 3.493

84.409 73.008 84.625 73.008

Impostos, taxas e contribuições

Federais, líquido de créditos tributários 52.112 (155.274) 52.359 (155.274)

Estaduais 41.447 (31.473) 41.447 (31.473)

Municipais 456 389 459 389

Menos incentivos fiscais (27.776) (19.009) (27.776) (19.009 )

66.239 (205.367) 66.489 (205.367)

Remuneração de capitais de terceiros

Juros 508.722 768.675 508.731 768.675

Aluguéis 6.975 8.599 6.975 8.599

Outras 47.592 8.153 47.592 8.153

563.289 785.427 563.298 785.427

Remuneração de capitais próprios

Lucro retidos/Prejuízo do exercício 59.508 (253.164) 59.508 (253.164)

(11)

financeiras em 31 de dezembro de 2009 e de 2008

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

1 Contexto operacional

A Fertilizantes Heringer S.A. ("Companhia") tem como atividade preponderante a industrialização e a comercialização de fertilizantes sob a marca Heringer, desde 1968. A partir de abril de 2007, as ações ordinárias de emissão da Companhia são negociadas no mercado de bolsa, admitidas no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo,

BOVESPA.

A Companhia atua em todo o mercado brasileiro, sendo os principais mercados de atuação as regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste.

A Companhia, sediada em Viana, Estado do Espírito Santo, Brasil, possui unidades industriais próprias localizadas nas cidades de Viana-ES, Paulínia-SP, Ourinhos-SP, Manhuaçú-MG, Três Corações-MG, Uberaba-MG, Iguatama-MG, Rosário do Catete-SE, Paranaguá-PR, Catalão-GO e Rio Verde-GO, bem como unidades alugadas nas cidades de Camaçari-BA, Catalão-GO, Anápolis-GO, Rondonópolis-MT, Rio Brilhante-MS, Porto Alegre-RS, unidade industrial terceirizada na cidade de Bebedouro-SP, Rio Grande – RS e São João do Manhuaçú-MG e unidade comercial em Maringá-PR. As unidades de Anápolis-GO, Rio Grande-RS e São João do Manhuaçú-MG entrarão em operação durante o primeiro semestre de 2010. A Companhia possui ainda uma unidade fabril de “SSP – Super Fosfato Simples” em Paranaguá-PR.

Em agosto de 2009, foram iniciadas as obras na futura unidade de Dourados-MS, com previsão de início das atividades operacionais no segundo semestre de 2010.

Consoante o Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial - PSDI, que ampara benefício concedido à Companhia em setembro de 2003, a unidade fabril de Rosário do Catete, Estado de Sergipe, goza de benefício fiscal correspondente à redução de 92% do valor do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS apurado nessa unidade. Tal benefício possui prazo de duração de 10 anos, com vencimento em 2013.

A partir de 2007, a Companhia passou a usufruir benefício fiscal de redução de 75% do imposto de renda a recolher obtido da Agência de Desenvolvimento do Nordeste – ADENE, que é determinado com base no lucro da exploração e foi concedido em março de 2006, por um período de 10 anos e abrange a unidade localizada em Rosário do Catete-SE.

Em março de 2008, foi constituída a Lógica Transportes S.A., subsidiária integral da Companhia, para operações de transportes rodoviários e prestação de serviços a terceiros.

(12)

2 Apresentação das demonstrações financeiras e principais práticas contábeis 2.1 Apresentação das demonstrações financeiras

As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração da Companhia em 5 de março de 2010.

As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, com base nas disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações, normas e instruções da Comissão de Valores Mobiliários – CVM, pronunciamentos técnicos emitidos pelo IBRACON – Instituto Brasileiro dos Auditores Independentes e resoluções do Conselho Federal de Contabilidade – CFC.

O balanço patrimonial do exercício findo em 31 de dezembro de 2008 foi reclassificado para fins de comparação com as demonstrações do exercício findo em 31 de dezembro de 2009. Essas reclassificações correspondem a saldos de tributos federais reclassificados do Ativo circulante para o Ativo não circulante, no montante de R$ 73.289 e de ágio decorrente de incorporação de investidora reclassificado da rubrica Intangível para a rubrica Demais contas a receber no montante de R$ 2.285. Também, o fluxo de caixa foi reclassificado para refletir a apresentação partindo do Lucro antes do imposto de renda, uma vez que até 2008 era

apresentado iniciando do Prejuízo do exercício.

As principais práticas contábeis adotadas na elaboração destas demonstrações financeiras correspondem às normas e orientações que estão vigentes para as demonstrações

financeiras encerradas em 31 de dezembro de 2009, que serão diferentes daquelas que serão utilizadas para elaboração das demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2010, conforme descrito no item 2.3 adiante.

Na elaboração das demonstrações financeiras é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos e outras transações. As demonstrações financeiras da Companhia incluem, portanto, estimativas referentes à provisão para devedores duvidosos, à seleção das vidas úteis do ativo imobilizado, apuração dos valores de mercado dos bens destinados à venda, provisões necessárias para passivos contingentes, determinação de provisão para imposto de renda e outros similares. Os resultados reais podem apresentar variações em relação às estimativas.

(13)

financeiras em 31 de dezembro de 2009 e de 2008

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

As notas explicativas referem-se às demonstrações financeiras da controladora e, quando indicado, também às demonstrações financeiras consolidadas.

2.2 Descrição das principais práticas contábeis adotadas

As principais práticas contábeis adotadas na elaboração dessas demonstrações financeiras estão definidas a seguir:

(a) Caixa e equivalentes de caixa

Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo de alta liquidez com vencimentos originais de três meses ou menos, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor. Nas demonstrações do fluxo de caixa, caixa e equivalentes de caixa são apresentados líquidos dos saldos tomados em contas garantidas, quando aplicável, que são demonstradas no balanço patrimonial como "empréstimos", no passivo circulante.

(b) Instrumentos financeiros (i) Classificação e mensuração

A Companhia classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: mensurados ao valor justo por meio do resultado, empréstimos e recebíveis e disponíveis para venda. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial. Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado

Os ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são ativos financeiros mantidos para negociação ativa e frequente. Os derivativos também são categorizados como mantidos para negociação e, dessa forma, são classificados nesta categoria. Os ativos dessa categoria são classificados como ativos circulantes. Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são apresentados na demonstração do resultado em "resultado financeiro" no período em que ocorrem. Nesse caso, as variações são reconhecidas na mesma linha do resultado afetada pela referida operação.

(14)

Empréstimos e recebíveis

Incluem-se nessa categoria os empréstimos concedidos e os recebíveis que são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado ativo. São incluídos como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data do balanço (estes são classificados como ativos não

circulantes). Os empréstimos e recebíveis da Companhia compreendem os empréstimos a coligadas, contas a receber de clientes, demais contas a receber e caixa e equivalentes de caixa, exceto os investimentos de curto prazo. Os empréstimos e recebíveis são

contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa de juros efetiva. Ativos financeiros disponíveis para venda

Os ativos financeiros disponíveis para venda não são derivativos. Esses ativos são

designados nessa categoria em virtude de sua especificidade como tal ou por que não são classificados em nenhuma outra categoria. Eles são incluídos em ativos não circulantes, a menos que a administração pretenda alienar o investimento em até 12 meses após a data do balanço. Os ativos financeiros disponíveis para venda são contabilizados pelo valor justo. Os juros de títulos disponíveis para venda, calculados com o uso do método da taxa de juros efetiva, são reconhecidos na demonstração do resultado como receitas financeiras. Valor justo

Os valores justos dos investimentos com cotação pública são baseados nos preços atuais de compra. Para os ativos financeiros sem mercado ativo ou cotação pública, a Companhia estabelece o valor justo através de técnicas de avaliação. Essas técnicas incluem o uso de operações recentes contratadas com terceiros, a referência a outros instrumentos que são substancialmente similares, a análise de fluxos de caixa descontados e os modelos de

precificação de opções que fazem o maior uso possível de informações geradas pelo mercado e contam o mínimo possível com informações geradas pela administração da própria

entidade.

A Companhia avalia, na data do balanço, se há evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros está registrado por valor acima de seu valor recuperável (impairment). Se houver alguma evidência para os ativos financeiros disponíveis para venda, a perda cumulativa - mensurada como a diferença entre o custo de aquisição e o valor justo atual, menos qualquer perda por impairment desse ativo financeiro previamente reconhecida no resultado - é retirada do patrimônio e reconhecida na demonstração do resultado.

(15)

financeiras em 31 de dezembro de 2009 e de 2008

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

(ii) Instrumentos derivativos e atividades de hedge

A Companhia realiza transações com instrumentos financeiros derivativos, contratados com o propósito de mitigar os efeitos da volatilidade do câmbio, principalmente sobre suas compras de produtos importados. Esses derivativos não são utilizados para fins especulativos e são reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato de derivativos é celebrado e são, subsequentemente, remensurados também ao seu valor justo, com as variações do valor justo lançadas contra o resultado, exceto quando o derivativo for designado como um instrumento de hedge de fluxo de caixa.

Embora a Companhia faça uso de derivativos com o objetivo de proteção, ela não aplica a chamada contabilização de hedge (hedge accounting).

O valor justo dos instrumentos derivativos está divulgado na Nota 20(h). (c) Contas a receber de clientes

As contas a receber de clientes são avaliadas no momento inicial pelo valor presente e deduzidas da provisão para créditos de liquidação duvidosa. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é estabelecida quando existe uma evidência objetiva de que a Companhia não será capaz de cobrar todos os valores devidos por seus clientes. Tal avaliação é baseada na análise individualizada dos clientes em atraso, considerando a sua capacidade de pagamento, as garantias oferecidas e a avaliação de advogados e empresas especializadas em cobranças. O valor da provisão é a diferença entre o valor contábil e o valor recuperável.

O valor presente é calculado com base na taxa efetiva de juros das vendas a prazo. A referida taxa é compatível com a natureza, o prazo e os riscos de transações similares em condições de mercado. Essa taxa em 31 de dezembro de 2009 correspondia a, em média, 15,39% a.a. (2008 – 15,39% a.a.).

(d) Estoques

Os estoques de matérias-primas e embalagens são avaliados e demonstrados ao custo médio das compras, inferiores ao custo de reposição ou aos valores de realização. O custo é

determinado usando-se o método da Média Ponderada Móvel. O custo dos produtos

acabados e dos produtos em elaboração compreende matérias-primas, mão-de-obra direta, outros custos diretos e despesas gerais de produção relacionadas, sempre considerando a capacidade operacional normal. O valor realizável líquido é o preço de venda estimado para o

(16)

(e) Imposto de renda e contribuição social diferidos

O imposto de renda e a contribuição social diferidos são calculados sobre os prejuízos fiscais do imposto de renda, a base negativa de contribuição social e as correspondentes diferenças temporárias entre as bases de cálculo do imposto sobre ativos e passivos e os valores

contábeis das demonstrações financeiras. As alíquotas desses impostos, definidas atualmente para determinação desses créditos diferidos, são de 25% para o imposto de renda e de 9% para a contribuição social (Nota 7).

Impostos diferidos ativos são reconhecidos na extensão em que seja provável que o lucro futuro tributável esteja disponível para ser utilizado na compensação das diferenças

temporárias e/ou prejuízos fiscais, com base em projeções de resultados futuros, trazidos a valor presente. Essas projeções, são baseadas em estudos técnicos elaborados e

fundamentados em premissas internas e em cenários econômicos futuros que podem, portanto, sofrer alterações. As mesmas foram examinadas pelo conselho fiscal e aprovadas pelo conselho de administração da Companhia.

(f) Depósitos judiciais

Os depósitos são apresentados como dedução do valor de um correspondente passivo constituído quando não houver possibilidade de resgate dos depósitos, a menos que ocorra desfecho favorável da questão para a entidade.

(g) Investimentos em controladas e coligadas Custo e/ou valor patrimonial

Os investimentos em subsidiária integral são registrados e avaliados pelo método de equivalência patrimonial, reconhecido no resultado do exercício como despesa (ou receita) operacional. Para efeitos do cálculo da equivalência patrimonial, ganhos ou transações a realizar entre a Companhia e suas coligadas e equiparadas são eliminados na medida da participação da Companhia; perdas não realizadas também são eliminadas, a menos que a transação forneça evidências de perda permanente (impairment) do ativo transferido. Quando necessário, as práticas contábeis da controlada e coligadas são alteradas para garantir consistência com as práticas adotadas pela Companhia.

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financeiras em 31 de dezembro de 2009 e de 2008

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

(h) Conversão em moeda estrangeira

As transações em moeda estrangeira são convertidas para reais usando-se as taxas de câmbio em vigor nas datas das transações. Os saldos das contas de balanço são convertidos pela taxa cambial da data do balanço. Ganhos e perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão de ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são reconhecidos na demonstração do resultado.

(i) Imobilizado

Terrenos e edificações compreendem principalmente fábricas e escritórios e são demonstrados pelo custo histórico de aquisição, corrigidos monetariamente até 31 de dezembro de 1995.

A depreciação é calculada pelo método linear, de acordo com as taxas divulgadas na Nota 12. Terrenos não são depreciados.

Ganhos e perdas em alienações são determinados pela comparação dos valores de alienação com o valor contábil e são incluídos no resultado.

Reparos e manutenção são apropriados ao resultado durante o período em que são

incorridos. O custo das principais renovações é incluído no valor contábil do ativo no momento em que for provável que os benefícios econômicos futuros que ultrapassarem o padrão de desempenho inicialmente avaliado para o ativo existente fluirão para a Companhia. As principais renovações são depreciadas ao longo da vida útil restante do ativo relacionado. (j) Intangíveis

(i) Pesquisa e desenvolvimento

Os gastos com pesquisa são reconhecidos como despesas quando incorridos. (ii) Programas de computador (softwares)

Licenças adquiridas de programas de computador são capitalizadas e amortizadas ao longo de sua vida útil estimada, pelas taxas descritas na Nota 13.

(18)

Os gastos associados ao desenvolvimento ou à manutenção de softwares são reconhecidos como despesas na medida em que são incorridos. Os gastos diretamente associados a softwares identificáveis e únicos, controlados pela Companhia e que, provavelmente, gerarão benefícios econômicos maiores que os custos por mais de um ano, são reconhecidos como ativos intangíveis. Os gastos diretos incluem a remuneração dos funcionários da equipe de desenvolvimento de softwares e a parte adequada das despesas gerais relacionadas. Os gastos com o desenvolvimento de softwares reconhecidos como ativos são amortizados usando-se o método linear ao longo de suas vidas úteis, pelas taxas demonstradas na Nota 13.

(k) Redução ao valor recuperável de ativos

O imobilizado e outros ativos não circulantes, inclusive o ágio e os ativos intangíveis, são revistos anualmente para se identificar evidências de perdas não recuperáveis, ou ainda, sempre que eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Quando este for o caso, o valor recuperável é calculado para verificar se há perda. Quando houver perda, ela é reconhecida pelo montante em que o valor contábil do ativo ultrapassa seu valor recuperável, que é o maior entre o preço líquido de venda e o valor em uso de um ativo. Para fins de avaliação, os ativos são agrupados no menor grupo de ativos para o qual existem fluxos de caixa identificáveis separadamente.

(l) Provisões

As provisões são reconhecidas quando a Companhia tem uma obrigação presente, legal ou não formalizada, como resultado de eventos passados e é provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação e uma estimativa confiável do valor possa ser feita.

A Companhia reconhece provisão para contratos onerosos quando os benefícios que se espera auferir de um contrato forem menores do que os custos inevitáveis para satisfazer as obrigações assumidas por meio do contrato.

(m) Participação dos empregados nos lucros

A Companhia possui programa de participação nos lucros - PLR, por meio do qual distribui aos seus empregados 10% do lucro líquido ajustado na forma estabelecida em acordo sindical (Nota 22).

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financeiras em 31 de dezembro de 2009 e de 2008

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

(n) Empréstimos

Os empréstimos tomados são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, no recebimento dos recursos, líquidos dos custos de transação. Em seguida, os empréstimos tomados são

apresentados pelo custo amortizado utilizando o método da taxa de juros efetiva, isto é, acrescidos de encargos e juros proporcionais ao período incorrido ("pro rata temporis"). (o) Apuração do resultado e reconhecimento de receita

O resultado é apurado pelo regime de competência.

A receita de venda de produtos é reconhecida no resultado quando todos os riscos e benefícios inerentes ao produto são transferidos para o comprador, ou seja, para casos de vendas FOB, a receita é reconhecida no momento em que o comprador retira a mercadoria nas unidades da Companhia; para casos de venda CIF, a receita é reconhecida somente após entrega da mercadoria no local estabelecido pelo cliente.

As vendas são realizadas com pagamentos à vista ou a prazo. Existem ainda vendas realizadas por meio de um programa de "Vendor", financiadas através de bancos, que assumem a responsabilidade dos recebíveis pelo período de até um ano.

As bonificações decorrentes de compras de matérias-primas, concedidas pelos fornecedores, são reconhecidas como redutora de custos na rubrica Custo de produtos vendidos, no

resultado do exercício, na medida em que a Companhia adquire o direito ao seu recebimento. As despesas relativas a frete de compras de matérias-primas e materiais auxiliares são apropriadas aos custos dos produtos vendidos quando da venda dos mesmos. As despesas com frete relacionadas à entrega da mercadoria, bem como as despesas com comissão sobre vendas são registradas como despesas comerciais, quando incorridas.

(p) Incentivos fiscais

A partir de 2008 o benefício de Redução de ICMS descrito na Nota 1 passou a ser registrado diretamente no resultado do exercício e posteriormente transferido da conta Lucros

acumulados para Reserva de lucros de incentivos fiscais. O programa tem duração de dez anos, com vencimento em 2013 (Nota 17(b)).

(20)

A partir de 2008 o benefício de Redução do imposto de renda a recolher descrito na Nota 1 passou a ser registrado diretamente no resultado do exercício e posteriormente transferido da conta Lucros acumulados para Reserva de lucros de incentivos fiscais.

(q) Resultado por ação

Calculado considerando-se o número total de ações existente na data de encerramento dos exercícios, excluídas as ações mantidas em tesouraria, quando existirem.

(r) Demonstrações financeiras consolidadas e critérios de consolidação

As demonstrações financeiras consolidadas abrangem as demonstrações financeiras da Fertilizantes Heringer S.A. e sua subsidiária integral Lógica Transportes S.A.

Na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas foram eliminados os

investimentos, saldos ativos e passivos e das receitas e despesas de operações realizadas entre as companhias.

2.3 Normas e interpretações de normas que ainda não estão em vigor

As normas e interpretações de normas relacionadas a seguir, foram publicadas e são obrigatórias para os exercícios sociais iniciados em ou após 1o de janeiro de 2010. Além dessas, também foram publicadas outras normas e interpretações que alteram as práticas contábeis adotadas no Brasil, dentro do processo de convergência com as normas

internacionais. As normas a seguir são apenas aquelas que poderão impactar as

demonstrações financeiras da Companhia de forma mais relevante. Nos termos dessas novas normas, as cifras do exercício de 2009, aqui apresentadas, deverão ser reapresentadas para fins de comparação, quando da apresentação das demonstrações financeiras do exercício a findar em 31 de dezembro de 2010. A Companhia não adotou antecipadamente essas normas no exercício findo em 31 de dezembro de 2009.

(a) Pronunciamentos

. CPC 21 - Demonstração intermediária . CPC 22 - Informação por segmento

. CPC 26 - Apresentação das demonstrações contábeis . CPC 27 - Ativo imobilizado

. CPC 38 - Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração . CPC 39 - Instrumentos financeiros: apresentação

(21)

financeiras em 31 de dezembro de 2009 e de 2008

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

(b) Interpretações

. ICPC 08 - Contabilização da proposta de pagamento de dividendos . ICPC 10 - Esclarecimentos sobre os CPC 27 e CPC 28

(c) Estimativa dos efeitos

A Companhia está em processo de avaliação dos impactos dos novos pronunciamentos, porém ainda não foi praticável estimar os efeitos caso as mudanças fossem aplicadas. Com relação ao ativo imobilizado, CPC 27 e o ICPC 10, a Companhia vem desenvolvendo trabalhos com o auxílio de especialistas com o objetivo de revisar as atuais taxas de depreciação e revisar os valores residuais dos seus ativos.

3 Caixa e equivalentes de caixa

Controladora Consolidado

Taxa 2009 2008 2009 2008

Caixa e bancos 19.522 21.672 20.840 22.053

Certificados de Depósitos Bancários - CDB 101% do CDI 63.034 223.832 63.034 223.832

Debêntures – operações compromissadas 99,6% do CDI 69.710 5.143 69.710 5.143

Outras aplicações 774 163 774 163

153.040 250.810 154.358 251.191

Os Certificados de Depósitos Bancários – CDB, são denominados em reais, com rentabilidade atrelada à variação dos Certificados de Depósitos Interfinanceiros – CDI, com liquidez

imediata.

Debêntures – operações compromissadas, referem-se a operações realizadas com

instituições financeiras de primeira linha, com liquidez imediata, e compromisso de recompra pelas próprias instituições financeiras.

(22)

4 Contas a receber de clientes

2009 2008

Contas a receber no País 416.830 444.752

Contas a receber no exterior 722 2.323

Operações de crédito rural (i) (32.932) (47.657)

Operações de "Vendor" (i) (29.129) (3.538)

Provisão para créditos de realização duvidosa (45.318) (41.180)

Ajuste a valor presente (ii) (2.853) (1.899)

307.320 352.801

Ativo circulante (307.320) (352.375)

Realizável a longo prazo 426

(i) A Companhia mantém contratos com instituições financeiras relativos a operações de "Vendor" e crédito rural (vendas à vista com financiamento de instituições financeiras direto para o comprador com garantia da Companhia), efetuadas com seus clientes preferenciais, consignadas no balanço patrimonial em contas redutoras do grupo Contas a receber de clientes por ser a Companhia garantidora dessas operações. As potenciais perdas são consideradas quando da constituição da provisão para créditos de realização duvidosa.

(ii) O ajuste a valor presente foi calculado tomando como base todas as operações de venda com prazo superior a 30 dias com juros de 15,39% ao ano.

5 Estoques 2009 2008 Matérias-primas e embalagens 343.506 547.343 Importações em andamento 55.979 18.341 Adiantamentos a fornecedores 11.092 29.378 Almoxarifado 6.092 4.109

Provisão para ajuste ao valor de mercado (i) (64.374)

Ajuste a valor presente (733) (910)

(23)

financeiras em 31 de dezembro de 2009 e de 2008

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

(i) Os estoques de matérias-primas e embalagens, em 31 de dezembro de 2009, estão avaliados e demonstrados ao custo médio das compras, inferiores ao custo de reposição ou aos valores de realização. Em 31 de dezembro de 2008, os estoques contemplavam provisão para ajuste ao valor de mercado, uma vez que, naquela data, em razão da crise financeira mundial, os custos-médios de certos estoques estavam superiores aos preços esperados para a comercialização dos produtos. Em 31 de dezembro de 2009, tal provisão não se faz mais necessária uma vez que todos os estoques foram comercializados no exercício e os custos médios dos estoques foram reduzidos em razão das compras realizadas no exercício, o que permitiu a recomposição das margens de lucro.

6 Tributos a recuperar

2009 2008

(Reclassificado)

Imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços - ICMS (i) 58.598 38.331

Provisão para deságio na venda de créditos de ICMS (i) (217)

Imposto de renda pessoa jurídica – IRPJ 120.300 49.325

Contribuição social sobre o lucro líquido – CSL 27.481 18.454 Contribuição para financiamento da seguridade social - COFINS 40.347 38.306

Programa de integração social – PIS 6.236 6.094

IRRF sobre aplicações financeiras 640 40.597

253.385 191.107

Ativo circulante (107.713) (113.437 )

Realizável a longo prazo (ii) 145.672 77.670

(i) A provisão para deságio na venda de créditos de ICMS corresponde ao deságio na venda de créditos de ICMS no montante, em 31 de dezembro de 2009, de R$ 965. Os créditos

acumulados de ICMS serão utilizados na aquisição de ativo imobilizado e insumos para produção, além da utilização nas operações normais da Companhia. Na data das

demonstrações financeiras, a companhia possui aprovação para transferências de créditos junto à autoridade estadual de Minas Gerais no montante de R$ 16.128; no Estado da Bahia foi autorizado pela Secretaria da fazenda a transferência de ICMS para terceiros no montante de R$ 2.272; e em processo de aprovação junto a autoridade estadual do Estado de São Paulo no montante de R$ 14.368.

(24)

7 Imposto de renda e contribuição social (a) Composição dos tributos diferidos

Os saldos de ativos e passivos diferidos apresentam-se como segue:

Diferido ativo Diferido passivo

2009 2008 2009 2008

Prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social 66.805 116.963

Diferenças temporárias

Provisão para ajuste ao valor de mercado dos estoques 627 21.887

Provisão para créditos de realização duvidosa 1.625 1.656

Perda (ganho) não realizado com instrumentos financeiros 7.860 114 2.118

Provisão para comissões sobre vendas 2.126 2.018

Provisão para contingências 1.041

Provisão para perdas na realização de bens destinados

à venda 395 543

Ágio amortizado da empresa investidora BSSF 593 676

Ajuste a valor presente 1.219 (3.258) 3.353

Outras 288 2.109

82.579 142.594 3.467 2.118

Circulante (28.722 ) (40.254) (3.467) (2.118)

Não circulante 53.857 102.340

(b) Período estimado de realização

Os valores dos ativos não circulantes apresentam a seguinte expectativa de realização:

2011 15.542

2012 19.646

2013 18.669

53.857 Como a base tributável do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido decorre não apenas do lucro que pode ser gerado, mas também da existência de receitas não tributáveis, despesas não dedutíveis, incentivos fiscais e outras variáveis, não existe uma correlação imediata entre o lucro líquido da Companhia e o resultado de imposto de renda e contribuição social. Portanto, a expectativa da utilização dos créditos fiscais não deve ser tomada como único indicativo de resultados futuros da Companhia.

(25)

financeiras em 31 de dezembro de 2009 e de 2008

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

Os ativos e passivos diferidos de diferenças temporárias entre o resultado contábil e o

tributário, são reconhecidos contabilmente levando-se em consideração a realização provável desses tributos, a ser concretizada quando do efetivo pagamento das referidas provisões, momento em que as mesmas se tornarão dedutíveis na apuração dos referidos tributos. (c) Reconciliação do benefício (despesa) do imposto de renda e da contribuição social

A reconciliação entre a despesa de imposto de renda e de contribuição social pela alíquota nominal e pela efetiva está demonstrada a seguir:

Controladora Consolidado

2009 2008 2009

Lucro líquido (prejuízo) antes do imposto de renda e da contribuição social 77.375 (386.589) 77.571

Alíquota nominal dos tributos 34% 34% 34%

Imposto de renda e contribuição social à alíquota nominal (26.308) 131.440 (26.374)

Efeitos das exclusões permanentes no cálculo dos tributos:

Perdão de multa e juros – adesão ao Refis Lei 11.941/09 7.636 7.636

Programa de desenvolvimento e inovação tecnológica 352 352

Ágio amortizado da empresa investidora BSSF 765 677 765

Perda não realizada com instrumentos financeiros (657) (657)

Outras 345 1.308 215

Total do benefício (despesa) de imposto de renda e contribuição social (17.867) 133.425 (18.063)

Corrente (5.343) 281 (5.532)

Diferido (12.524) 133.144 (12.531)

Total do benefício (da despesa) de imposto de renda e contribuição social (17.867) 133.425 (18.063)

Em 2008 a diferença entre o benefício do imposto de renda e contribuição social da controladora e do consolidado referia-se a tributos diferidos apurados pela controlada. (d) Regime Tributário de Transição

Para fins de apuração do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido dos exercícios de 2008 e 2009, as companhias puderam optar pelo Regime Tributário de

Transição - RTT, que permite à pessoa jurídica eliminar os efeitos contábeis da Lei 11.638/07 e da Lei 11.941/09, por meio de registros no livro de apuração do lucro real - LALUR ou de controles auxiliares, sem qualquer modificação da escrituração mercantil. A opção por este

(26)

8 Partes relacionadas (i) Transações e saldos

As transações realizadas entre a Companhia e partes relacionadas referem-se a operações mercantis e outras operações e estão resumidas a seguir:

2009 2008

Contas a receber

Dalton Dias Heringer 1.087

Demais contas a receber

Dalton Carlos Heringer 1.600

Juliana Heringer Rezende 1.600

Lógica Transportes S.A. 19

Dalton Dias Heringer 17

3.219 17

Fornecedores nacionais

Lógica Transportes S.A 688

Receita bruta de vendas

Dalton Dias Heringer 1.667 1.681

Juliana Heringer Rezende 6 24

Roberto Rodrigues 3.113 5.572

4.786 7.277

Custo dos produtos vendidos

Dalton Dias Heringer (1.383) (1.662)

Juliana Heringer Rezende (1) (2)

Roberto Rodrigues (2.474) (5.566)

(3.858) (7.230)

Despesas com vendas – Frete de entrega – PJ

Lógica Transportes S.A. 25.192

Outras receitas operacionais

Aluguel

Dalton Dias Heringer 51 50

Resultado líquido vendas de ativo imobilizado

Dalton Carlos Heringer (1.203)

Juliana Heringer Rezende (1.203)

(2.355) 50

Compras

(27)

financeiras em 31 de dezembro de 2009 e de 2008

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

As contas a receber decorrem de vendas de produtos da Companhia, celebradas no curso normal dos seus negócios. Os preços contratados têm por base os praticados com terceiros e levam em conta o volume transacionado e as características dos produtos.

As demais contas a receber em 31 de dezembro de 2009, decorrem do contrato firmado em 20 de dezembro de 2009, de compromisso de venda de uma propriedade rural, localizada no Estado de Tocantins, com o grupo controlador, no montante de R$ 3.200. O preço contratado tem como base laudo de avaliação emitido por peritos independentes. Em 31 de dezembro de 2008, o saldo a receber decorre de adiantamentos efetuados para a compra de toras de eucalipto utilizadas no processo de construção de unidades industriais. Os preços contratados têm por base os praticados com terceiros.

(ii) Remuneração do pessoal-chave da administração

O pessoal-chave da administração inclui os conselheiros e diretores. A remuneração paga ou a pagar a empregados está demonstrada a seguir:

2009 2008

Salários e encargos 2.049 2.067

Honorários dos administradores 1.972 1.777

Participação nos lucros 112 338

Outros 68 63 4.201 4.245 9 Depósitos Judiciais 2009 2008 Tributários 5.352 5.925 Cíveis 1.418 1.396 Previdenciários 914 Trabalhistas 397 381 7.167 8.616

(28)

10 Bens destinados à venda

2009 2008

Propriedades rurais 1.818 12.053

Terrenos e imóveis urbanos 1.344 1.064

Máquinas, implementos e equipamentos agrícolas 1.043 1.767

Veículos 25 44

Provisão para perdas na realização de bens destinados à venda (1.160) (1.598) 3.070 13.330

Referem-se a bens recebidos de clientes em dação em pagamento. A provisão para perdas na realização é registrada para os casos em que o valor recebido em dação em pagamento é superior ao valor esperado na realização.

11 Investimentos

O saldo do investimento corresponde à participação de 0,083% no capital social da sociedade ligada Fertifós Administração e Participação S.A., adquirida em 1992 e avaliada ao custo. Para os demais investimentos é constituída provisão para perdas de 100%.

Em 28 de março de 2008, foi constituída a Lógica Transportes S.A., subsidiária integral da Fertilizantes Heringer S.A. com capital social de R$ 400, correspondente a 40.000 ações ordinárias, iniciando suas operações de transportes rodoviários e prestação de serviços a terceiros em janeiro de 2009.

Em 31 de dezembro de 2009 a Lógica Transportes S.A. possuía patrimônio líquido de R$ 838. O lucro líquido apurado no exercício foi de R$ 451.

(29)

financeiras em 31 de dezembro de 2009 e de 2008

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

12 Imobilizado Controladora 2009 2008 % Custo Depreciação

acumulada Líquido Líquido

Taxas anuais de depre-ciação Terrenos 11.052 11.052 6.831 Edificações 141.984 (13.237) 128.747 126.327 4 Veículos 3.856 (1.379) 2.477 2.235 20,4

Máquinas, equipamentos e instalações

industriais 210.592 (42.107) 168.485 166.473 14,1 Móveis e utensílios 4.442 (1.275) 3.167 2.715 10,1 Computadores e softwares 6.238 (2.994) 3.244 3.577 19,6 Outros 4.572 (516) 4.056 4.758 4,3 Adiantamentos a fornecedores 11.247 11.247 559 Obras em andamento 12.272 12.272 25.204 406.255 (61.508) 344.747 338.679

O saldo de imobilizado nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2009 contempla R$ 23, líquido da depreciação, de Computadores e periféricos de uso da controlada.

A conta Adiantamentos a fornecedores refere-se a adiantamentos efetuados com crédito de ICMS para aquisição de caminhões e também para compra de equipamentos e serviços de construção e manutenção a serem aplicados, basicamente, nas unidades fabris de Dourados-MS, Rio Verde-GO e no Complexo Industrial de Paranaguá “CIP”.

A conta Obras em andamento refere-se, substancialmente a, (i) ampliação nas unidades de Paranaguá-PR; Viana-ES, Catalão-GO; (ii) início da construção da unidade de Dourados-MS, com previsão das operações no segundo semestre de 2010;e (iii) modernização da fábrica “SSP – Super Fosfato Simples” em Paranaguá-PR.

Para conclusão das obras em andamento a Companhia possui compromissos já firmados com empreiteiros e outros fornecedores que montam a R$ 26.346. Tais compromissos serão cumpridos com recursos próprios e geração futura de caixa e com recursos obtidos com

(30)

A movimentação do imobilizado está demonstrada abaixo: Controladora Terrenos Edificações e benfeitorias Veículos Máquinas, equipamentos e instalações industriais Móveis e utensílios Computadores e periféricos Outros Total em operação Adiantamentos a fornecedores Obras em andamento Imobilizado total Em 31 de dezembro de 2007 6.064 52.238 2.161 38.633 2.369 3.984 1.965 107.414 24.008 46.417 177.839 Aquisição 925 7 1.089 4.968 516 998 78 8.581 26.109 156.166 190.856 Alienação (179) (1.488) (357) (11.046) (13) (209) (169 ) (13.461) (240) (1.286) (14.987) Transferências 21 78.819 143.338 189 (3) 3.047 225.411 (49.318) (176.093) Depreciação e amortização (3.249) (658) (9.420) (346) (1.193) (163 ) (15.029) (15.029) Em 31 de dezembro de 2008 6.831 126.327 2.235 166.473 2.715 3.577 4.758 312.916 559 25.204 338.679 Custo total 6.831 134.732 3.647 185.940 4.443 6.787 5.168 347.548 559 25.204 373.311 Depreciação acumulada (8.405) (1.412) (19.467) (1.728) (3.210) (410 ) (34.632) (34.632) Valor residual 6.831 126.327 2.235 166.473 2.715 3.577 4.758 312.916 559 25.204 338.679 Em 31 de dezembro de 2008 6.831 126.327 2.235 166.473 2.715 3.577 4.758 312.916 559 25.204 338.679 Aquisição 904 5 1.261 4.426 305 954 63 7.918 16.564 30.329 54.811 Alienação (108) (241) (329) (9.151) (108) (204) (10.141) (253) (1.257) (11.651) Transferências 3.426 7.545 36.300 703 228 (584 ) 47.618 (5.622) (41.996) Depreciação e amortização (4.890) (690) (29.563) (448) (1.311) (180 ) (37.082) (37.082) Em 31 de dezembro de 2009 11.053 128.746 2.477 168.485 3.167 3.244 4.057 321.229 11.248 12.280 344.757 Custo total 11.053 141.984 3.856 210.591 4.442 6.238 4.572 382.736 11.248 12.280 406.264 Depreciação acumulada (13.238) (1.379) (42.106) (1.275) (2.994) (515 ) (61.507) (61.507) Valor residual 11.053 128.746 2.477 168.485 3.167 3.244 4.057 321.229 11.248 12.280 344.757

(31)

financeiras em 31 de dezembro de 2009 e de 2008

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

A depreciação do exercício de 2009 alocada ao custo dos produtos vendidos monta a R$ 34.302 (2008 - R$ 12.536) e às despesas operacionais, R$ 2.780 (2008 - R$ 2.492). Certos itens do imobilizado estão dados em garantia de operações de financiamentos (Nota 15).

13 Intangível

Controladora

Total em Intangível Intangível Software Outros operação andamento total

Em 31 de dezembro de 2007 4.199 26 4.225 412 4.637 Aquisição 309 309 803 1.112 Transferências 1.214 1 1.215 (1.215) Depreciação e exaustão (1.809) (6) (1.815) (1.815) Em 31 de dezembro de 2008 3.913 21 3.934 3.934 Custo total 10.149 34 10.183 10.183 Depreciação acumulada (6.236) (13) (6.249) (6.249) Valor residual 3.913 21 3.934 3.934 Em 31 de dezembro de 2008 3.913 21 3.934 3.934 Aquisição 1.448 1.448 1.903 3.351 Alienação (152) (152) (152) Depreciação e exaustão (2.115) (7) (2.122) (2.122) Em 31 de dezembro de 2009 3.094 14 3.108 1.903 5.011 Custo total 11.394 34 11.428 1.903 13.331 Depreciação acumulada (8.300) (20) (8.320) (8.320) Valor residual 3.094 14 3.108 1.903 5.011

(32)

14 Fornecedores

A Companhia efetua a maior parte das compras de matérias-primas de fornecedores no exterior. Em 31 de dezembro de 2009, o saldo de fornecedores no exterior corresponde a US$ 244.074 mil (2008 - US$ 346.872 mil).

As compras de matérias-primas junto a fornecedores estrangeiros são parcialmente garantidas por cartas de crédito contratadas com instituições financeiras (Nota 20(g)), sendo os valores atualizados pela variação do dólar estadunidense.

O ajuste a valor presente foi calculado tomando como base todas as operações de compra com fornecedores nacionais e no exterior com prazo superior a 30 dias e juros de 5,88% ao ano. Em 31 de dezembro de 2009, o ajuste representava R$ 9.863.

15 Empréstimos e financiamentos

Taxas de juros médias 2009 2008

Financiamentos de importação (i) Variável (2008 - US$ 25.344 mil) (2008 – Libor + 0,70% a.a.) 61.914 Fixo US$ 323.945 mil (2008 – US$ 248.614 mil)

Variação cambial + 3,71% a.a. (2008 – variação cambial +

5,34% a.a.) 564.053 578.325

Cédulas de crédito industrial - BNDES (ii) Variação do URTJLP e 5,4% a.a. (2008 - Variação do URTJLP e 5,8% a.a.) 9.555 14.360 573.608 654.599 Passivo circulante (567.387) (644.823)

Exigível a longo prazo 6.221 9.776

LIBOR (London Interbank Offered Rate) – em 31 de dezembro de 2009 era de 0,43% ao ano, repactuada semestralmente (2008 – 1,75% a.a.).

URTJLP - unidade de referência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social atualizada com base na TJLP. A taxa de juros de longo prazo é fixada trimestralmente pelo Conselho Monetário Nacional e divulgada pelo Banco Central do Brasil. É calculada tendo por parâmetros metas de inflação e prêmios de risco. Em 31 de dezembro de 2009, a TJLP era de 6% (Dezembro de 2008 de 6,25%) ao ano.

(33)

financeiras em 31 de dezembro de 2009 e de 2008

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

(i) Financiamentos de Importação - Financiamentos através do Programa Brasileiro de

Financiamento de Importação, contratados junto a várias instituições financeiras para financiar a importação de matérias-primas. O prazo de pagamento varia entre 180 e 270 dias da data da data do desembolso da operação. Em 31 de dezembro de 2009 estão garantidos por recebíveis que representam 23% do valor financiado, o saldo remanescente não possui garantias. Não há “covenants” ou outros compromissos assumidos atrelados aos financiamentos de importação.

(ii) Cédulas de crédito industrial BNDES - Referem-se a linha de crédito disponibilizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para construção da unidade misturadora de Paranaguá-PR, tendo como garantida o próprio imóvel objeto do

financiamento. Também a unidade de Ourinhos-SP foi financiada através das cédulas de crédito industrial BNDES supracitadas, mas tendo como garantia a unidade de Três Corações-MG.

Os montantes a longo prazo têm a seguinte composição por ano de vencimento:

2009 2008 2010 3.410 2011 3.335 3.410 2012 2.886 2.956 6.221 9.776 16 Contingências

(a) Análise das contingências provisionadas e depósitos judiciais

A Companhia é parte envolvida em processos judiciais e administrativos decorrentes do curso normal de sua atividade. As provisões para eventuais perdas decorrentes desses processos são estimadas e atualizadas pela administração, amparada pela avaliação de seus

(34)

Nas datas abaixo, a Companhia apresentava os seguintes passivos e depósitos judiciais relacionados a contingências:

2009 2008

Depósitos

Contingências judiciais Líquido Líquido

Contingências de naturezas: Tributárias 3.192 (3.115 ) 77 1.557 Trabalhistas e previdenciárias 1.486 (1.180 ) 306 144 Cíveis 276 276 275 Não circulante 4.954 (4.295 ) 659 1.976

Além do comentado na nota 16(d), adiante, a Companhia também aderiu ao Programa de Parcelamento de Tributos Federais, referente a outras ações e processos administrativos, no montante de R$ 3.600, que estão suportados por depósitos judiciais e respectiva provisão, bem como outras obrigações registradas como Tributos a recolher.

(b) Movimentação das contingências provisionadas líquidas

Em 31 de dezembro de 2008 1.976

Adições 2.223

Baixas (1.821)

Depósito judicial (1.771)

Juros e variações monetárias 52

Em 31 de dezembro de 2009 659

(c) Possíveis perdas não provisionadas

A Companhia possui ações de natureza tributária, previdenciária, trabalhista e cível, envolvendo riscos de perda classificados pela administração e seus consultores jurídicos como possível, para os quais não há provisão constituída, conforme composição demonstrada a seguir. Os valores apresentados estão atualizados monetariamente pela taxa SELIC ou, quando aplicável, correspondem aos valores atualizados pelos consultores jurídicos da Companhia:

(35)

financeiras em 31 de dezembro de 2009 e de 2008

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

2009 2008 Tributárias 25.827 25.418 Trabalhistas e previdenciárias 12.219 12.056 Cíveis 7.972 6.263 46.018 43.737

(d) Aquisição de créditos tributários e sua utilização para compensação com tributos devidos

Em fevereiro de 2003, a Companhia adquiriu créditos tributários decorrentes de indébito tributário federal, originário de decisão judicial transitada em julgado, na época há mais de dois anos, e com valor líquido definido nos autos. Para a operação foi firmado contrato de cessão dos créditos, objeto de averbação no Registro de Títulos e Documentos, e também foi solicitada e deferida pela Vara Federal a substituição do pólo ativo, decisão essa que quanto a este ponto também já transitou em julgado.

A partir daí a Companhia passou a ser detentora inequívoca do crédito tributário, com a mesma constando definitivamente como autora nos autos do processo, sem qualquer possibilidade de questionamento por parte da União quanto ao valor do indébito, bem como quanto à substituição de pólo.

Compensação de créditos tributários com tributos devidos

A partir da transferência do crédito e da substituição de pólo ativo, a Companhia iniciou a compensação do crédito tributário com tributos federais devidos no montante de R$ 64.554, fazendo-a no período de janeiro a dezembro de 2003. Ato contínuo e para cumprir requisito exigido para a compensação, solicitou-se a desistência do precatório formado, visto que o instituto da compensação dos créditos tributários com seus respectivos débitos de mesma natureza já representava a satisfação dos créditos de que a Companhia era detentora junto à União Federal.

A compensação efetuada extinguiu então o débito tributário da Companhia, consoante

disposição contida no parágrafo 2º do artigo 74 da Lei n° 9.430/96, com redação dada pela Lei n° 10.637/02, sob condição resolutória de posterior homologação. Diante da mencionada condição resolutória os efeitos da extinção dos débitos tributários operaram-se no momento

(36)

Portanto, ainda no ano de 2003, concluiu-se a utilização dos créditos tributários, do qual a companhia era única e indubitável detentora, mediante a compensação e conseqüente liquidação/extinção dos débitos tributários. Em conseqüência, foi considerado realizado deságio obtido na operação de compra dos créditos tributários, no montante de R$ 15.300, o qual foi apropriado ao resultado daquele ano, fundamentado na posição dos nossos

advogados que consideraram como grau de êxito provável em eventual questionamento por parte das autoridades competentes.

Autos de infração impostos pela atual Receita Federal do Brasil

Posteriormente, em abril de 2005, a Receita Federal do Brasil, com base em suposta vedação legal à compensação realizada constante à época no artigo 74 da Lei 9.430/96 e pretendendo aplicar retroativamente a Lei 11.051, editada em 29/12/2004, lavrou contra a Companhia auto de infração desconsiderando a compensação realizada. Diante do flagrante desrespeito às normas legais vigentes à época da compensação, que autorizavam a Companhia a proceder à compensação e, de modo a resguardar os interesses dos acionistas, a Companhia se viu instada a contestar tal ato, respaldada na opinião de advogados especialistas.

Adicionalmente, em 6 de outubro de 2006, a atual Receita Federal do Brasil, também

fundamentando-se na norma editada posteriormente à época em que se deu a compensação (Lei n° 11.051/04), lavrou auto de infração para impor à Companhia multa isolada no valor de R$ 56.440, correspondente ao percentual de 75% do valor principal dos créditos

compensados. A Companhia também se defende desta autuação na esfera administrativa com base em pareceres de advogados, os quais indicam o grau de risco como de perda remota. Em resultado do julgamento da primeira instância administrativa realizado em 27 de novembro de 2009, a Companhia teve sua defesa acatada ocorrendo o julgamento favorável com a conseqüente anulação do lançamento relativo à mencionada multa isolada. Tal decisão, por determinação legal, está sendo levada à apreciação do CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), em razão do reexame necessário, mantendo nossos consultores a opinião de que o risco de perda (reversão da decisão de primeira instância) é remoto.

Parcelamento previsto na lei nº 11.941/09

Muito embora a administração da Companhia, amparada por seus advogados, entenda que a compensação dos tributos tenha sido realizada no amparo da Lei, optou pela adesão ao Programa de Parcelamento de Tributos Federais instituído pela lei nº 11.941/09 em razão dos benefícios e dos montantes envolvidos, tanto do passivo quanto dos créditos tributários adquiridos.

(37)

financeiras em 31 de dezembro de 2009 e de 2008

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

Sendo assim, foi necessária a desistência da discussão administrativa e a renúncia à discussão judicial sobre a compensação realizada na época, cujo valor atualizado, incluindo multa e juros, montava a R$ 133.887 em 31 de dezembro de 2009.

Com a adesão, a Companhia obteve os seguintes benefícios: (i) redução da dívida no valor de R$ 21.852, correspondente a parcela de multa e juros; e (ii). compensação de prejuízos fiscais no montante de R$ 47.481. Assim, o saldo remanescente, correspondente ao valor principal de R$ 64.554, compensado à época, será objeto de parcelamento em 180 meses.

Os efeitos nas demonstrações financeiras da Companhia em 31 de dezembro de 2009 podem ser assim sumariados:

Aumento / (Redução)

Descrição Ativo Passivo Resultado

Desistência da compensação 71.524 71.524

Atualização do passivo 62.363 (62.363)

Registro do crédito tributário a valor de mercado – reversão do deságio (29.917) (29.917)

Adesão ao REFIS Lei 11941 – Redução da dívida (21.852) 21.852

Atualização do crédito tributário 48.841 48.841

Compensação de juros e multa do passivo com os créditos diferidos (47.481) (47.481)

IR e CS sobre efeitos acima 14.313 14.313

57.280 64.554 (7.274)

Créditos tributários adquiridos, processo de execução da sentença transitada em julgado e prazo de prescrição

Considerando a opção pelo parcelamento do débito objeto da compensação comentada, a Companhia retomará a satisfação de seus créditos tributários por via da ação de execução própria, cujo montante atualizado pelo critério estabelecido na sentença judicial, IPCA-E mais 1% ao mês, é de R$ 127.527 em 31 de dezembro de 2009.

(38)

O reconhecimento nas demonstrações financeiras foi feito pelo custo de aquisição dos referidos créditos, acrescido pela atualização definida em sentença judicial, que em 31 de dezembro de 2009 monta a R$ 90.448. O registro pelo custo de aquisição atualizado está fundamentado em entendimento exarado pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM, através de seu oficio n° 379/07 de 5 de novembro de 2007, em resposta a consulta da Companhia de 8 de outubro de 2007. A diferença favorável em 31 de dezembro de 2009, entre o valor de face dos créditos e seu custo de aquisição atualizado, no montante de R$ 37.079, será registrada nas demonstrações financeiras à medida em que os créditos sejam realizados através do recebimento via precatório.

O recebimento dos créditos através de precatórios está amparado no fato de que o prazo prescricional de cinco anos para a execução da sentença iniciou-se em 8 de maio de 1998, quando transitou em julgado a sentença judicial, e se interrompeu em 1º de julho desse mesmo ano, quando teve início a ação de execução da sentença. Tal entendimento é

confirmado pela avaliação dos advogados da Companhia e por julgados recentes, favoráveis à Companhia, de Agravos de instrumento que tratavam da questão de prescrição.

Reforçam os nossos advogados que se porventura vier a ser alegado que o prazo

prescricional estaria em curso, por conta da desistência da ação de execução para possibilitar a compensação, tal prazo estaria interrompido considerando que tanto o processo de

execução quanto o processo de compensação estão pendentes de julgamento final. (e) Ação Civil Pública na unidade de Paranaguá-PR

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