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EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE GESTÃO DE SAÚDE E SEGURANÇA NAS ORGANIZAÇÕES O CASO MRN

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(1)

EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE

GESTÃO DE SAÚDE E SEGURANÇA

NAS ORGANIZAÇÕES – O CASO

MRN

(2)

INTRODUÇÃO

O objetivo deste estudo é mostrar a influência da

qualidade da gestão comportamental no ambiente de

trabalho e o seu impacto no desempenho de segurança

nas organizações, considerado em seus mais diversos

aspectos,

tais

como

gestão

estratégica,

estrutura

organizacional,

relações

de

poder,

participação,

criatividade, padrões de liderança, cultura e clima

organizacional,

gestão

de

mudanças,

gestão

pela

qualidade total, comunicação, motivação e satisfação no

trabalho, aprendizado e ética empresarial, estabelecendo

um estudo de caso com a experiência da Mineração Rio

do Norte S/A (MRN).

(3)

EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE GESTÃO DE

SSO NAS ORGANIZAÇÕES.

Observando-se as organizações de uma maneira geral,

com foco na Gestão da Saúde e Segurança Ocupacional,

percebe-se os mais diversos estágios de evolução do

desempenho:

Inexistência - caracterizado na maioria dos casos pelo

trabalho informal, exposto a grandes riscos não avaliados

e sequer percebidos;

Segurança Reativa – que age de maneira simplista,

limitada, à procura do atendimento dos aspectos legais

mínimos

atribuindo

as

“causas” dos acidentes à

“irresponsabilidade” dos empregados, transformando-os

de vítimas em culpados;

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EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE GESTÃO DE

SSO NAS ORGANIZAÇÕES.

Fase das exortações - Em que se começa a perceber que

segurança deve ser uma responsabilidade gerencial.

Normalmente não ocorre uma percepção e sim uma

imposição como consequência de resultados desastrosos

em segurança que passam a afetar a imagem da

organização;

Processo de Mudança (cultural) - No qual começa a

existir um envolvimento, mesmo que incipiente, das

lideranças no processo de gestão de segurança. Surgem

neste momento, ainda de maneira não estruturada, os

princípios dos planos de gestão de segurança no trabalho

focados principalmente na introdução de ferramentas

gerenciais;

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EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE GESTÃO DE

SSO NAS ORGANIZAÇÕES.

De uma maneira geral as auditorias, em organizações que estão no estágio das exortações e iniciando um processo de mudança, detectam o seguinte:

•Desconhecimento, quando de sua existência, da Política de Saúde e Segurança por parte dos empregados;

•Baixo envolvimento das lideranças nos assuntos de segurança; •Indefinição da responsabilidade gerencial sobre segurança;

•Baixo conhecimento e uso das ferramentas gerenciais de segurança; •Inobservância generalizada do uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI);

•Gestão de saúde e segurança centrada na área de segurança do trabalho;

•Ações isoladas na melhoria do ambiente de trabalho;

•Descumprimento da legislação trabalhista no que concerne à proteção do empregado, inclusive sub notificação dos acidentes;

•Inexistência de um programa de gestão de saúde ocupacional, limitando-se aos exames obrigatórios por lei, feitos em grande parte de maneira inconsistente.

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EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE GESTÃO DE

SSO NAS ORGANIZAÇÕES.

Segurança Pró-ativa - Em que passa a existir o

envolvimento das gerências assim como um sistema mais

estruturado no processo de gestão de saúde e segurança;

Começa-se a evoluir de uma situação reativa na qual: As práticas e condições inseguras não são gerenciadas;

O gerenciamento de segurança é reativo, concentrando-se nas estatísticas;

Segurança é vista isoladamente e não como parte integrante da gestão dos processos; Segurança é vista pelas gerências como de responsabilidade dos outros (Engenharia de segurança, CIPA, etc.).

Para uma situação pró-ativa na qual:

As não conformidades são observadas, identificadas e eliminadas;

O gerenciamento de segurança é preventivo e preocupado com as pessoas;

O gerenciamento de segurança é parte integrante do gerenciamento dos negócios e é tratado estrategicamente;

Segurança passa a ser aceita como de responsabilidade gerencial e possibilita o envolvimento de todos em sua gestão.

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EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE GESTÃO DE

SSO NAS ORGANIZAÇÕES.

Gestão

Integrada

de

HSEC

-

Neste

estágio,

considerado de excelência, percebe-se claramente um

sistema de gestão integrado, normalmente certificado e

reconhecido externamente através de um processo de

certificação de Saúde e Segurança, Occupational Health

Safety Assessment Series (OHSAS 18.001); ambiental,

International Standardization Organization (ISO 14.001)

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EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE GESTÃO DE

SSO NAS ORGANIZAÇÕES.

As organizações como sistemas devem permitir o desenvolvimento de crenças e estabelecer os meios para evoluir do estágio da

inexistência da gestão de segurança para um processo de Gestão Integrada de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Relações Comunitárias, na qual as pessoas possam escolher trabalhar e doar

sua energia e conhecimento sem a perda de sua saúde ou colocando em risco as suas vidas, terem o senso de realização profissional, satisfação no trabalho, realizar seus objetivos pessoais em consonância com os da organização, buscando sinergia com a missão organizacional e que o senso de comunidade no local de trabalho contribua para a qualidade de vida de todas as partes interessadas internas e externas, assim como estabelecer uma relação de sustentabilidade com o meio ambiente, com as pessoas e com a sociedade como um todo.

(9)

EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE GESTÃO DE

SSO NAS ORGANIZAÇÕES.

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EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE GESTÃO DE

SSO NAS ORGANIZAÇÕES.

No contexto organizacional os indivíduos manifestam reações que podem sofrer influências de diversos fatores, tais como:

•Gestão estratégica;

•Estrutura organizacional;

•Relações de poder, autoridade e conflito; •Participação e criatividade;

•Padrões de liderança exercida; •Cultura e Clima Organizacional; •Gestão de mudanças;

•Gestão pela qualidade total; •Aprendizado organizacional; •Ética.

A consideração dos fatores listados acima é que influenciam na qualidade das relações organizacionais e possibilitam ou não as condições para que as empresas estabeleçam os caminhos que possam levá-las à excelência na gestão de segurança e saúde ocupacional, tanto em uma esfera geral quanto especificamente na área de interesse deste estudo.

(11)

O CASO MRN

Localização:

(12)

O CASO MRN

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O CASO MRN

Evolução do desempenho de segurança da MRN

A MRN iniciou suas operações em abril de 1979,

passando a manter um reporte das taxas de freqüência de

seus acidentes a partir de 1980. Os gráficos dos slides

seguintes mostram a evolução deste desempenho de

segurança ao longo dos anos, para a MRN e suas

contratadas. A partir da segunda metade da década de

oitenta a MRN passou a terceirizar alguns serviços,

principalmente aqueles voltados para a infra-estrutura de

Porto Trombetas, núcleo urbano criado para apoiar as suas

operações, tais como educação, hospital, limpeza urbana,

restaurantes, hotéis e posteriormente algumas atividades

de apoio às suas operações

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O CASO MRN

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O CASO MRN

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O CASO MRN

A evolução das estratégias de gestão de saúde e

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O CASO MRN

A evolução das estratégias de gestão de saúde e

segurança da MRN – Primeira Política de SSO – 1986

Uma simples análise do conteúdo desta primeira política nos leva a constatações sobre o estágio da gestão de saúde e segurança no período compreendido entre 1979 e 1988, tais como:

1. Produção era entendida como de maior importância sobre os outros aspectos organizacionais. “Empregados devem trabalhar com segurança para produzir com eficácia”;

2. Completa falta do entendimento dos conceitos de risco, sendo incluído no texto o aspecto de “absoluta segurança”;

3. Política descrita como um meio para exortação. “A chave do sucesso nos programas de segurança

são as chefias...”;

4. Causas de acidentes limitadas ao conceito de condições e atos inseguros;

5. Dissociação da produção dos aspectos de segurança, pois a própria política, solicitava integração entre estes dois aspectos, que na realidade são indissociáveis em processos de gestão de alto desempenho;

6. A política limitava o envolvimento dos empregados, “individualmente”, às “práticas prescritas” e

à “utilização de EPIs”. Considerava, portanto, os demais empregados operacionais como

incompetentes, limitando a sua contribuição a seguir as práticas prescritas; 7. Nenhuma referência aos empregados terceirizados;

8. Política foi assinada pelo segundo nível hierárquico da Empresa e não pelo Presidente ou Diretores.

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O CASO MRN

A evolução das estratégias de gestão de saúde e

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O CASO MRN

A evolução das estratégias de gestão de saúde e

segurança da MRN – Segunda Política de SSO – 1990

Uma série de recomendações feitas em auditoria dos sócios foram implementadas, sendo as principais listadas abaixo:

1. Introdução dos Diálogos Diários de Segurança – DDS; 2. Reuniões sistemáticas de segurança em todos os níveis; 3. Inspeções planejadas de segurança;

4. Uso obrigatório de EPIs e sua fiscalização; 5. Análise Prevencionista das tarefas;

6. Introdução de treinamentos voltados aos aspectos de segurança;

7. Investigação sistemática e obrigatória dos acidentes, buscando as suas causas; 8. Auditorias internas de segurança;

9. Reporte de todos os acidentes e inclusão dos acidentes sem afastamento nas estatísticas; 10. Introdução dos Planos Anuais de Gestão de Segurança pelas Áreas;

11. Divulgação em todos os níveis da nova política;

12. Levantamento e eliminação de condições inseguras e melhoria nas condições dos locais de trabalho;

13. Introdução do uso obrigatório do cinto de segurança nos veículos; 14. Melhoria da sinalização de segurança nos locais de trabalho;

(20)

O CASO MRN

A evolução das estratégias de gestão de saúde e

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O CASO MRN

A evolução das estratégias de gestão de saúde e

segurança da MRN – Terceira Política de

HSE

– 1992

Esta terceira versão da Política da MRN introduziu em suas estratégias a importância da gestão de meio ambiente e estabeleceu claramente novas diretrizes na Gestão de Saúde e Segurança. Analisando-se o conteúdo desta terceira versão observa-se que:

1.Todos deveriam estar envolvidos com a gestão de saúde, segurança e meio ambiente, inclusive como condição básica de Emprego;

2.A prevenção dos acidentes passa a ser responsabilidade de todos; 3.Fica clara a recomendação do envolvimento de todos os empregados e não apenas a participação individual, como explicitado na primeira política;

4.As empresas contratadas devem adotar os mesmos padrões de segurança da MRN;

5.Educação e treinamento nos aspectos de saúde, segurança e meio ambiente é estratégia organizacional;

6.O conhecimento adquirido pela MRN em gestão de saúde e segurança será repassado para as empresas contratadas;

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O CASO MRN

A evolução das estratégias de gestão de saúde e

segurança da MRN – Terceira Política de

HSE

– 1992

O envolvimento gerencial é crescente: Auto Avaliação do uso de ferramentas de segurança por um departamento da MRN

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O CASO MRN

A evolução das estratégias de gestão de saúde e

segurança da MRN – Terceira Política de

HSE

– 1992

Percebe-se claramente uma mudança de postura das gerências, estabelecendo-se um comportamento proativo e de autocrítica, o que possibilitou uma mudança de cultura na organização no sentido da melhoria contínua:

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O CASO MRN

A evolução das estratégias de gestão de saúde e

segurança da MRN – Terceira Política de

HSE

– 1992

Um dos pontos mais importantes na evolução das estratégias na MRN, materializado nesta versão da política descrita acima, foi o foco no processo de gestão dos serviços terceirizados, conduzidos pelos conceitos da Gestão da Qualidade Total:

1.Permitir o acompanhamento diário dos processos; 2.Gerenciamento efetivo dos ativos;

3.Co-responsabilidade pelos serviços ou produtos finais; 4.Promoção contínua de melhorias;

5.Gerenciamento eficaz de segurança, saúde e meio ambiente; 6.Desenvolvimento de um relacionamento de parceria;

7.Treinamento e desenvolvimento dos empregados de terceiros nos mesmos moldes dos da MRN;

8.Agir como facilitador na implantação do sistema de gestão (Controle de Qualidade Total - TQC);

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O CASO MRN

A evolução das estratégias de gestão de saúde e

segurança da MR - Quarta Política de

HSEC

– 2001

Visando a integração de suas estratégias e adequação de sua política de Segurança, Saúde e Meio ambiente, a MRN revisa a sua política em 2001, buscando adesão da mesma aos protocolos da ISO 14.001 e OHSAS 18001;

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O CASO MRN

A evolução das estratégias de gestão de saúde e

segurança da MRN – Quarta Política de

HSEC

–2001

Em 2002 a MRN estabelece meta corporativa para a busca da certificação de seu sistema de gestão de Segurança e Saúde na OHSAS 18.001. É certificada em dezembro de 2003 e vem mantendo continuamente a certificação até o presente.

A MRN também estabelece recomendação para que todas as empresas contratadas permanentes busquem uma certificação que credencie os seus respectivos sistemas de gestão de Segurança e Saúde. Este tipo de relação de parceria demanda uma relação em longo prazo. A tabela abaixo mostra o tempo de relação de parceria com as principais prestadoras de serviços da MRN, a situação da recomendação, demonstrando esta relação de longo prazo.

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O CASO MRN

A evolução das estratégias de gestão de saúde e

segurança da MR – Quarta Política de

HSEC

– 2001

A MRN, ao longo dos últimos trinta e cinco anos, tem percorrido um longo caminho na busca da excelência na gestão de uma maneira geral e especificamente na gestão de Segurança, Saúde e Meio Ambiente, conquistando um avanço significativo, quando se compara o seu desempenho com referenciais externos relevantes. O sistema NOSA adota o reporte de taxa de freqüência de acidentes com afastamento, na base de 200.000 horas trabalhadas.

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O CASO MRN

A evolução das estratégias de gestão de saúde e

segurança da MR – Quarta Política de

HSEC

– 2001

A partir da última Política e mais recentemente a MRN continua com o processo de melhoria contínua de seu sistema de Gestão Integrada de Qualidade, Saúde, Segurança e Meio Ambiente, introduzindo novas ferramentas de Saúde e Segurança, principalmente aquelas voltadas para o maior envolvimento das Lideranças, que consideramos exemplares, tais como:

1.Interação de Segurança;

2.Programa de Controle de Fadiga para Empregados que trabalham em turnos de revezamento;

3.Programa de Gerenciamento de Riscos; 4.Programa de Prevenção de fatalidades;

5.Ranking de Segurança para Contratadas e Gerencias internas da MRN;

6.Cartão PARE, autorizando qualquer Empregado a parar uma atividade observada com risco de acidente;

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O CASO MRN

CONCLUSÃO:

Para que se obtenha resultados de classe mundial na Gestão de HSEC, o estabelecimento de políticas e sistemas de gestão que permitam o real comprometimento das lideranças e o envolvimento de

todos os empregados é indispensável. Fazer o que se diz, gerenciar pelo exemplo, estabelecer as mesmas condições de gerenciamento e

trabalho para as empresas contratadas, não criando empresas e empregados de segunda categoria, ser intolerante a práticas e condições inseguras, criar um ambiente salubre e ergonomicamente adequado deve ser preocupação constante, considerada como parte

integrante das estratégias das organizações.

TAXA DE FRQUENCIA MRN/CONTRATADAS - 2014

Nº DE ACIDENTES MRN/CONTRATADAS - 2014

(30)

MUITO OBRIGADO

Sistema de Consultoria Integrada para Sustentabilidade

ademar.cavalcanti@scifractal.com 031 97768789

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