Sistema de Esgoto
Materiais das Tubulações
Materiais das tubulações
Fatores que devem ser observados na escolha:
•Resistência a cargas externas;
•Resistência a abrasão e a ataque químico; •Facilidade de transporte;
•Disponibilidade de diâmetros necessários; •Custo de material;
•Custo de transporte;
•
Cerâmica
•
Concreto
•
PVC
•
PEAD
•
Ferro Fundido
•
Aço
•
Fibra de vidro
Materiais das tubulações
Materiais das tubulações
•
Tubo Cerâmico
• Não resiste a cargas externas elevadas
• Não resiste a pressões internas
• Geralmente utilizado em escoamento livre
• Alta resistência a meios ácidos e corrosão
• Frágil (quebra facilmente)
Materiais das tubulações
Tubos tipo ponta e bolsa
DN (diâmetro nominal):
75, 100, 150, 200,
250, 300, 350, 375, 400, 450, 500 e 600 mm.
Comprimento nominal:
600, 800, 1.000,
1.250, 1.500 e 2.000 mm.
Materiais das tubulações
• Resiste a cargas externas moderadas
• Não resiste a pressões internas
• Grande peso
• Geralmente utilizado em escoamento
livre
• Utilizado para grandes diâmetros
•
Concreto Armado
•
Concreto Armado
Materiais das tubulações
Utilizado para coletores de esgoto com diâmetro igual ou maior que 400 mm, principalmente nos:
•Coletores tronco; •Interceptores e •Emissários
•
Concreto Armado
Materiais das tubulações
Redes de esgotos podem ser utilizados
Tubos de concreto simples: NBR 8889 prevê duas classes de tubos (S-1 e S-2 ) e diâmetros de 200 a 1000mm.
Tubos de concreto armado: NBR 8890 prevê duas classes de tubos (A-2 e A-3 ) e diâmetros de 400 a 2000mm
• Leve
• Boas condições de escoamento
• Longa durabilidade (sem exposição ao sol) • Baixo custo
• Facilidade de assentamento e conexão
• moderada resistência a pressões internas elevadas • moderada resistência a cargas externas
• Baixa resistência a choques
• Altamente resistentes a corrosão
•
Cloreto de Polivinil (PVC)
•
Cloreto de Polivinil (PVC)
Materiais das tubulações
Tubos tipo ponta e bolsa
DN (diâmetro nominal):
100, 150, 200, 250,
300, 350, 400 mm.
Comprimento
nominal:
todos
com
•
Cloreto de Polivinil (PVC)
•
Polietileno de Alta Densidade (PEAD)
Materiais das tubulações
• Termoplástico derivado do Eteno
• Elevada resistência à abrasão e compressão • Alta resistência ao impacto
• Boa resistência contra agentes químicos • Leve
• Boas condições de escoamento
Tem sido utilizados em ligações prediais de água e em emissários de esgoto terrestres e aquáticos.
•
Polietileno de Alta Densidade (PEAD)
Materiais das tubulações
• Elevada resistência a pressões internas • Elevada resistência a pressões externas • Sensíveis a corrosão
• Peso elevado
• Utilizados em linhas de recalque, passagem sob rios, etc • Facilidade de assentamento e conexão
• Pode ter revestimento interno com concreto, e outros materiais especiais
• Pode ter revestimento externo • Rugosidade baixa
• Envelhecimento provoca incrustações ou corrosão
•
Ferro Fundido (FºFº)
Materiais das tubulações
Na companhia de Águas e Esgoto do Ceará (CAGECE) começaram a ser utilizados tubos de plástico reforçado com fibra de vidro em coletores de grande diâmetros, em razão da facilidade de manuseio e da boa resistência á agressividade de gases gerados na decomposição do esgoto.
Sistema de Esgoto Sanitário
Alto custo de construção de redes
Sistemas alternativos para coleta e
transporte.
Visando diminuição dos custos das
redes de esgotos.
Sistema de Esgoto Sanitário
Sistema condominial de esgoto;
Redes de coleta e transporte de esgoto decantado; Rede pressurizada e a vácuo;
Rede coletora de baixa declividade com utilização do dispositivo gerador de descarga.
Sistema condominial de esgoto
Origem: Rio Grande do Norte
Idéia central:
formação de condomínios, em
grupos de usuários, a nível de quadra urbana,
como unidade de esgotamento.
Principais características:
Participação da população;
Locação do coletor em área particular;
Redução de profundidade e diâmetros
Sistema condominial de esgoto
Formada por :
Rede básica
Rede condominial
Localizada no passeio
Instalada em área pública
Podem ser utilizados os mesmos órgãos acessórios da coleta convencional, porém em muitos casos o PV é substituído por caixa de inspeção.
Sistema condominial tipo passeio
•Diâmetro da ligação ao ramal condominial: 100 mm, com declividade mínima de 1%;
• Diâmetro mínimo do ramal condominial: 100 mm, com declividade mínima de 0,006 m/m;
• Utilização das caixas de inspeção no interior das quadras, com recobrimento mínimo de 0,30 m.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Sistema condominial tipo frente de lote
A rede coletora é assentada na parte frontal da propriedade particular, no jardim, o que requer grande colaboração da comunidade, não apenas para permitir o assentamento como a manutenção, quando necessária.
Ideal para:
Onde as residências estejam alinhadas e disponham de terreno livre na parte da frente.
Sistema condominial tipo fundo de lote
A rede coletora é assentada na parte dos fundos da propriedade particular, no quintal, o que requer grande colaboração da comunidade, não apenas para permitir o assentamento como a manutenção, quando necessária.
Sistema condominial tipo fundo de lote
Deve ser evitada em grandes comunidades pelas dificuldades decorrentes:
a) De negociação da propriedade em que está assentada a tubulação coletora requerer a renovação do trabalho de conscientização da filosofia do sistema para os novos moradores;
b) Da possibilidade de eventuais ampliações ou construções de cômodos no imóvel sobre a rede condominial, que dificulta a atividade de manutenção;
c) De obstrução de trecho da rede, causando transtornos para toda comunidade, por lançamento indevido de resíduos sólidos e mesmo por desentendimento entre vizinhos.
Cont..
Quintais com árvores, tanques sépticos e poços artesianos obrigam que a rede coletora tenha sua direção constantemente modificada
Solução dispendiosa
Comparação Entre o Sistema Condominial e o Convencional
Sistema convencional
As principais vantagens do sistema condominial
• Menor extensão das ligações prediais e coletores públicos;
• Baixo custo de construção dos coletores, cerca de 57,5 % mais econômicos que os convencionais;
• Custo menor da operação;
As principais desvantagens do sistema condominial • Uso indevido dos coletores de esgoto para lançamento de águas pluviais e resíduos sólidos urbanos;
• Menor atenção na operação e manutenção dos coletores;
• Coletores assentadas em lotes particulares, podendo haver dificuldades na inspeção, operação e manutenção pelas empresas que operam o sistema;
• O êxito desse sistema depende fundamentalmente da atitude dos usuários, sendo imprescindíveis uma boa comunicação, explicação, persuasão e
Redes de coleta e transporte de esgoto decantado Utilizado em Brotas, no Ceará
Projeto pelo prof. Szachna Elias Cynamon da Faculdade de Engenharia da UERJ
Diferenças em relação ao sistema convencional
Utilização de tanques sépticos domiciliares especiais, com
dispositivo para secagem do lodo;
Substituição de poços de visitas por tubos de inspeção e
Utilização de tubos plásticos com diâmetro mínimo de 40
mm e 100 mm para comunidades com população flutuante;
Velocidade mínima tolerada na rede de 0,05 m/s; A tubulação pode funcionar a seção plena;
Tratamento utilizando um filtro anaeróbio segundo o
esquema concebido pelo autor;
Custo do sistema: 20% do sistema convencional.
Redes de coleta e transporte de esgoto decantado
Redes de coleta e transporte de esgoto decantado
Deve ser utilizado para pequenas comunidades;
Brotas tinha 2.000 habitantes e a taxa de consumo
de água adotado no projeto foi de 100 l/hab.dia. Taxa de infiltração foi praticamente desprezada.
Rede pressurizada e a vácuo
Utilizadas em casos onde a topografia é
desfavorável
:
lençol
freático
alto,
solo
estruturalmente instável ou rochoso
Sistemas continuamente sendo melhorados: obtenção de dados operacionais, pesquisa bibliográfica, consulta a fabricantes de equipamentos, na ocasião de implantação desse sistema.
Rede pressurizada
Elimina a necessidade de pequenas estações elevatórias de esgoto.
Necessidade de se ter em cada lançamento na tubulação principal, uma bomba com triturador, acarretará além do custo inicial, custos de
operação e manutenção.
No Brasil não existe nenhum sistema de rede pressurizada.
Rede a vácuo
Rede coletora de baixa declividade com a utilização do Dispositivo Gerador de Descarga (DGD).
Em áreas planas ou em terrenos com baixas declividades.
Grande número de cidades litorâneas da costa brasileira:
Disposições construtivas especiais tais como:
Escoramento contínuo de valas; Rebaixamento do lençol freático;
Fundações especiais para a tubulação, etc.
Rede coletora de baixa declividade com a utilização do Dispositivo Gerador de Descarga (DGD).
Conseqüência
Custos relativos a escavação, escoramento, reaterro e recomposição de via, se situa na faixa dos 80 a 90% do custo total de implantação.
Custos de implantação e operação de estações elevatórias de esgoto.
Desenvolvimento das redes coletoras de baixa declividade
Rede coletora de baixa declividade com a utilização do Dispositivo Gerador de Descarga (DGD).
Rede é assentada em declividades drasticamente reduzidas com utilização do Dispositivo Gerador de Descarga (DGD).
Desenvolvida pelo Engenheiro Wolney Castilho Alves do Instituto de Pesquisa Tecnológicas do Estado de São Paulo S.A.-IPT
Rede coletora de baixa declividade com a utilização do Dispositivo Gerador de Descarga (DGD).
Concepção básica do funcionamento de redes coletoras de baixa declividade, com a utilização do DGD.
Rede coletora de baixa declividade com a utilização do Dispositivo Gerador de Descarga (DGD).
Detalhe de instalação do Dispositivo Gerador de Descarga. (DGD) na cabeceira da rede.
Sistema de Esgoto Sanitário Guarujá
Tipos de Contribuição à Rede Coletora
De acordo com a contribuição, a unidade de coleta de esgoto pode ser de 3 tipos:
Sistemas de esgoto:
•
Unitário ou combinado;
•
Separador parcial;
Unitário ou combinado
Utilizado apenas uma tubulação para receber os esgotos sanitários e as águas provenientes das precipitações pluviométricas.
Sistemas unitários (pluvial + esgoto): Boston 1833
Rio de Janeiro 1857 Paris 1880
Coletor de esgoto em Tóquio, construído em 1884
Unitário ou combinado
Unitário ou combinado
• grandes dimensões das canalizações; • custos iniciais elevados;
• riscos de refluxo do esgoto sanitário para o interior das residências, por ocasião das cheias;
• as ETEs não podem ser dimensionadas para tratar toda a vazão que é gerada no período de chuvas (extravasamento sem tratamento;
• ocorrência do mau cheiro proveniente de bocas de lobo e demais pontos do sistema;
• o regime de chuvas torrencial no país demanda tubulações de grande diâmetros, com capacidade ociosa no período seco.
Separador parcial
uma componente do sistema de esgotamento sanitário e outra de drenagem pluvial.Instalado duas tubulações coletoras:
Recebe exclusivamente esgoto sanitário e as águas pluviais dos telhados e pátios das residências.
Recebe todas as águas pluviais (logradouro, telhados e pátios de residências).
Separador absoluto
Recomendado na NBR 9648/1986, que define:
Como o conjunto de condutos, instalações e equipamentos destinados a coletar, transportar, condicionar e encaminhar somente esgoto sanitário a uma disposição final conveniente, de modo contínuo e higienicamente seguro (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1986a).
Separador absoluto
Foi projetada na maioria dos municípios brasileiros, porém em muitos, a falta de implantação dos sistema de drenagem pluvial faz com que, na prática, esses coletores funcionem como tipo unitário.
• redução dos custos e prazos de construção
• possível planejamento de execução das obras por partes, considerando a importância para a comunidade e possibilidades de investimentos;
• melhoria das condições de tratamento dos esgotos sanitários;
• não ocorrência de extravasão dos esgotos nos períodos de chuva
• afastamento das
águas pluviais
facilitado (diversoslançamentos ao longo do curso d’água, sem necessidade de transporte a longas distâncias);
• menores dimensões das canalizações de coleta e afastamento das
águas residuárias
;• possibilidade do emprego de diversos materiais para as tubulações de esgotos, tais como tubos cerâmicos, de concreto, PVC ou, em casos especiais, ferro fundido;
Sistema separador absoluto - Problemas
a) Carreamento de sólidos, areia, para o interior dos coletores;
b) O transbordamento em poços de visita;
c) O retorno do esgoto em ligações prediais com cotas menores;
d) O extravasamento em poços úmidos de estações elevatórias;
Acréscimo da vazão de águas pluviais e o acúmulo de sólidos, problema como:
e) modificação na eficiência de estações de tratamento de esgoto;
f) O aumento dos custos operacionais do sistema de esgotamento sanitário.
Sistema separador absoluto - Problemas
É necessário impedir a execução de ligações clandestinas nos coletores de esgoto, para evitar a influência de águas pluviais.