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Incontinência urinaria. Claudia witzel

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

Incontinência urinaria

(2)

A Incontinência Urinária (IU) é “a queixa de

qualquer perda involuntária de urina”,

caracterizando uma condição que gera

grandes transtornos para a vida das pessoas

e que apresenta aspectos fisiopatológicos,

sociais, psicológicos e econômicos que

devem ser sempre avaliados em seu

conjunto.

(3)

Acarreta?

Muitas mudanças de hábitos na vida dos indivíduos,

Isolamento socialmente,

Restringindo suas atividades esportivas,recreativas,

sexuais;

Dificuldades em estabelecer novos relacionamentos

e mantenham adequadamente os antigos,

acarretando sentimentos de depressão, frustração,

marginalização, ansiedade, aborrecimento, perda da

auto-estima e, enfim, piora da qualidade de vida

(4)

Anamnese

Considerar os aspectos relativos:

hábitos alimentares

ingestão hídrica,

sensibilidade e o controle vesical,

tempo de perda de urina,

freqüência e quantidade das perdas,

uso de recursos (fraldas, absorventes, cateteres) e

sua freqüência,

sintomas percebidos, as manobras de esvaziamento

vesical, as características da urina, a presença de

dores e a classificação da incontinência.

(5)

Avaliação da pessoa com incontinência urinária

 Entrevista :

 conhecer os hábitos anteriores e atuais de micção e evacuação,

 história da IU,

 as medicações utilizadas,

 os exames laboratoriais,

 os diagnósticos médicos,

 motivação do cliente para o tratamento,

 a habilidade física e manual,

 a cognição,

 as noções gerais de higiene,

 o estilo de vida,

 a mobilidade, as atividades física e sexual e os aspectos emocionais

(6)

Havendo necessidade de quantificar o volume da

perda urinária, pode-se realizar o teste do

absorvente, que consiste em pesar o absorvente

antes e após o uso, e que pode ser de curta duração

(1 hora), geralmente realizado em determinadas

condições (andar, pular com incremento da ingestão

hídrica), ou de longa duração, por um período de 24

a 48 horas

(7)

Exame físico geral

Avaliação física postural,

Palpação do abdômen procurando detectar

massas, distensão vesical e dores

(8)

Avaliação do períneo

Observar o estado da pele e das mucosas,

Presença de lesões, escoriações, eritemas,

vulvovaginites, atrofias, cicatrizes e varicosidades

externas.

A análise da abertura vulvar permite uma avaliação

do estado da musculatura: normalmente fechada,

sendo que a distensão se traduz por uma abertura

do orifício, que pode variar de uma cruz (abertura

pequena) a três cruzes (lesões perineais

(9)

Dinâmica

Durante um esforço de aumento da pressão

intra-abdominal como uma tosse, a contração simultânea

dos elevadores do ânus deve limitar o deslocamento

vertical dos órgãos, caso contrário é comprometido o

sucesso de qualquer trabalho de fortalecimento

muscular

.

(10)

Exame

Solicita-se, então que a paciente contraia e mantenha a contração dos músculos perineais ao redor do dedo do

examinador, graduando-se a capacidade de contração, a saber :

(11)

Esquema PERFECT

P = power (força muscular) avalia a presença e a intensidade da

contração voluntária dos MSP, graduando-se de 0 a 5 de acordo com o sistema de Oxford:

0 – nenhuma: ausência de resposta muscular dos músculos perivaginais

1 – esboço de contração muscular não sustentada

2 – presença de contração de pequena intensidade, mas que se sustenta.

3 – contração moderada, sentida como um aumento de pressão intravaginal, que comprime os dedos do examinador com pequena elevação cranial da parede vaginal.

4 – contração satisfatória, que aperta os dedos do examinador com elevação da parede vaginal em direção à sínfise púbica.

5 – contração forte, compressão firme dos dedos do examinador com movimento positivo em direção à sínfise púbica.

(12)

 Ainda na avaliação física, em uma última etapa, realiza-se a medida do volume residual de urina através de cateterismo e,

caso se perceba que haverá necessidade de indicação de cateterismo intermitente limpo, este momento poderá ser aproveitado para uma primeira demonstração ao cliente ou ao

(13)

Orientações iniciais

Ingestão de dieta rica em fibras;

Evitar o consumo excessivo de cafeína, aspartame,

álcool, frutas cítricas e bebidas carbonatadas,

Sugestão hídrica de 1800 ml/dia ou 30 ml/Kg

peso/dia, para as crianças .

(14)

 Preenchimento do diário vesical (DV) no período de dois dias alternados, por duas semanas consecutivas, num total de

quatro diários

 O DV fornece valiosas informações – sem muito trabalho –

sobre o funcionamento da bexiga e dos hábitos da pessoa.

 Dá-nos idéia de quando, com que freqüência e de quanto é a perda de urina, além de apontar quais as situações associadas a essas perdas

(15)

Reeducação vesical:

hábitos alimentares e miccionais,

treino vesical e

(16)

O primeiro aspecto a ser considerado deve ser o

hábito alimentar, incluindo-se aí a ingestão hídrica.

O hábito de evacuar diariamente, fezes pastosas e

que não requeiram esforço

A presença constante de impactação fecal é um

importante complicador da incontinência urinária,

além de causar grande desconforto

.

(17)

Uma mudança gradativa: com pequenos hábitos que

se incorporem no dia-a-dia, tem maiores chances de

ser mantida.

consumo de fibras insolúveis : a sugestão de

consumo diário de frutas como mamão, laranja, pera

ou tangerinas é sempre um passo fundamental;

as frutas deverão ser comidas com bagaço, na

quantidade de uma ao dia, como sobremesa, ou no

intervalo das refeições

(18)

O hábito de mastigar os alimentos em pequenas

porções, por 15 vezes, até que sejam liquefeitos, é

fundamental.

O lembrete que “os sólidos devem ser bebidos e os

líquidos devem ser comidos .

A ingestão de hortaliças em geral

Consumo mínimo de duas colheres de farelo de

trigo ao dia, acompanhado de líquidos.

 É importante lembrar que o consumo de líquidos deve ser evitado durante as refeições e a partir de três horas antes de dormir, para facilitar o processo digestivo e diminuir o

(19)

 Aproveitar o reflexo gastrocólico para sentar no vaso sanitário com calma, durante os primeiros meses, o que irá favorecer a aquisição de uma rotina .

 Posição , a maioria das mulheres têm muita dificuldade de sentar-se em vasos sanitários de banheiros públicos, hábito este que dificulta o relaxamento da musculatura esfincteriana e a contração do músculo detrusor, ocasionando um

(20)

O treino vesical

 Também conhecido como micção de relógio, consiste em estratégias para aumentar o intervalo das micções,

 sentir o desejo de urinar, antes de dirigir-se ao local apropriado, deve tentar contrair a musculatura pubococcígea por 5 a 6

vezes seguidas – o que favorece a ativação do arco reflexo

miccional, aumentando o intervalo de tempo em que o paciente consegue evitar uma provável perda urinária no trajeto –

 iniciando pelo maior tempo que consegue contê-las, até chegar a um intervalo razoável de 2 a 3 horas

(21)

Dispositivos

 Dispositivos intra-uretrais: são pequenos tubos feitos de

material macio e flexível, de fácil manuseio, que são colocados na uretra feminina, de forma a ocluí-la e evitar a perda urinária,

 Cateteres com coletores externos: utilizados apenas por homens, são como preservativos masculinos.

 Fraldas e absorventes externos:

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Cateterismo vesical intermitente e de permanência

 Geralmente, um cateter de 12 a 14 Ch é suficiente para homens e mulheres,

 16 a 18Ch são indicadas para pacientes com muco na urina e

 Acima de 18Ch somente devem ser utilizados para pacientes com hematúria ou coágulos, que poderão obstruir os de menor lúmen.

 Os de maior diâmetro podem causar distensão nos tecidos da mucosa uretral, levando a maiores complicações.

 Os balões devem ser inflados sempre com 5 a 10 ml de água destilada estéril, seguindo-se a recomendação do fabricante, evitando-se o uso de solução salina, cujas partículas podem obstruir o canal de saída, impedindo a sua deflação.

(23)

 Em relação ao comprimento,

 utilização de cateteres de 40 a 45 cm para os homens,

 de 20 a 26cm para as mulheres.

 A fixação do cateter deve ser feita na região da coxa nas

mulheres, e no abdômen nos homens, para evitar as lesões no ângulo peno-escrotal.

 Uso de sistema fechado, com válvula anti-refluxo e clamp de drenagem em bolsa com capacidade para 2000 m .

(24)

O cateterismo vesical intermitente limpo

Aos pacientes que apresentam resíduo pós-miccional maior

ou igual a 30% da capacidade vesical funcional, associado a infecções de repetição no trato urinário e/ou retenção urinária, indica-se o cateterismo intermitente limpo, que

deve ser realizado de 4 a 6 vezes ao dia, preferencialmente após uma urina espontânea

Referências

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