APLICAÇÃO DA MUSICOTERAPIA NO MÉTODO DE INTEGRAÇÃO GLOBAL (MIG )

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APLICAÇÃO DA MUSICOTERAPIA NO MÉTODO DE INTEGRAÇÃO GLOBAL (MIG®)

Nadja Pinho dos Santos

Bacharel em Musicoterapia Especialista em Psicopedagogia Especialista em Reabilatação cognitiva/Gerontologia

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Atualização científica MIG - 2021

MÚSICA

Segundo Thaut, “qualquer movimento é organizado entre tempo e espaço. A música também é organizada ritmicamente e consistentes. Essa qualidade da música permite que seja usada como um marcador para as atividades físicas. Os estímulos auditivos ativam a prontidão motora no planejamento neural.”

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MÚSICA

Os estímulos rítmicos podem controlar o movimento: ➢ Pela sincronia associada à ativação neural de

movimentos; ➢ Motores;

➢ Redução da Percepção da fadiga muscular;

➢ Fornecendo sugestões para a previsibilidade de movimentos;

➢ Realçar atividades locomotoras e não locomotoras; ➢ Melhor habilidade de imitar e interpretar;

através do movimento rítmico criativo;

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MUSICOTERAPIA

Segundo a Federação Mundial de Musicoterapia, “Musicoterapia é o uso profissional da música e de seus elementos como uma intervenção em ambientes médicos, educacionais e cotidianos com indivíduos, grupos, famílias ou comunidades que busca otimizar sua qualidade de vida e melhorar sua saúde e bem- estar físico, social, comunicacional, emocional, intelectual e espiritual.”

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MUSICOTERAPIA

“Musicoterapia é a utilização da música e/ou dos elementos musicais (som, ritmo, melodia e harmonia) pelo musicoterapeuta para facilitar e

promover a comunicação, o relacionamento, a aprendizagem, a

mobilização, a expressão e a organização (física, emocional, mental, social e cognitiva de forma que ele possa alcançar melhor integração intra e interpessoal e consequentemente uma melhor qualidade de vida.” (SOUZA, 2008).

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OBJETIVO

❖ Comunicação verbal e não verbal ❖ Interação social

❖ Diminuir comportamentos patológicos (hiperatividade, auto agressividade,tensões).

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MUSICOTERAPIA E TEA

Atuação desde o processo de avaliação até o de reabilitação,com ricas intervenções por meio da utilização de diversos recurso entre eles a voz e o corpo.

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AÇÃO MÚSICA DEACORDO COM SUA LOCALIDADE

❖ Córtex visual – Ler música, ver os movimentos de quem executa instrumento. O cérebro não funciona em

departamentos individualizados e desconectados. As áreas cerebrais unimodais motoras e sensoriais se comunicam com as áreas polimodais.

O verdadeiro ser humano se constrói a partir da integração supramodal.

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AÇÃO MÚSICA DEACORDO COM SUA

LOCALIDADE

De acordo com Levitin ( e apud LOBATO, 2011), a atividade musical mobiliza quase todas as regiões do cérebro:

❖Córtex motor – Regula o movimento (acompanha o

ritmo com os pés/ dançar e tocar);

❖ Córtex pré-frontal – criação de expectativas

satisfação ou decepção;

❖Córtex sensorial – “Feedback” tátil ao tocar

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AÇÃO MÚSICA DEACORDO COM SUA

LOCALIDADE

❖Córtex auditivo – Primeiros estágios da audição/

percepção e análise de tons;

❖_{Cerebelo – Movimento rítmico; reações emocionais}

à música;

❖Corpo caloso – liga os hemisférios (direito e esquerdo);

❖Hipocampo – Memória, experiência e contextos

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CONDUTAS TERAPÊUTICAS

O processo musicoterapêutico esta dividido em etapas:

❖ Anamnese ❖ Observação ❖ Checklist ❖ Protocolos ❖ Avaliação ❖ Intervenção ❖ Reavaliação

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CONDUTAS TERAPÊUTICAS

Avaliação diagnóstica: fase em que o terapeuta observa o

paciente e os seus familiares ou responsáveis para compreender e identificar de que maneira o paciente e a sua família se relacionam com a problemática apresentada.

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CONDUTAS TERAPÊUTICAS

Tratamento: fase do processo em que o paciente interage

com as quatro ferramentas básicas (música, sons, voz e instrumentos musicais) e o musicoterapeuta estabelece uma relação de apoio e escuta integral ao indivíduo, realizando suas intervenções de acordo com interação apresentada pelo paciente;

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METODOLOGIA

1. Aplicação de instrumentos de avaliação com os país: Checklist ATEC com os pais e retorno através do App do MIG.

2. Uso de Método de Improvisação IAPs com o paciente. 3. Aplicação do protocolo de Avaliação das funções

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Avaliação de Tratamentos do Autismo – ATEC

(Autism Treatment Evaluation Chechlist) –

AUTISM

A checklist de Avaliação no Tratamento do Autismo, ou ATEC é uma das ferramentas de avalaição mais utilizadas na comunidade do autismo. A lista de verificação é projetada para avaliar a eficácia dos tratamentos, bem como para monitorar como um indivíduo progride ao longo do tempo.

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Avaliação de Tratamentos do Autismo – ATEC (Autism

Treatment Evaluation Chechlist) – AUTISM

Subescalas:

❖ Fala - Linguagem –Comunicação

❖ Sociabilidade-Sensibilidade Sensorial

❖ Cognitiva e Física

❖ Saúde

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ESCALA IMPROVISATION ASSESSMENT PROFILES-IAPs

É uma bateria de avaliação.

A aplicação dos IAPs está dividida em 3 etapas:

1.Observação clínica da improvisação do paciente em diversas condições,

2. Análise musical da improvisação; 3. Interpretação da informação.

O paciente deve improvisar por diferentes condições de estimulação: musical e interpessoal, com e sem referência a uma fantasia ou tema musical específico.

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Submisso Concordante Contributivo Controlador Opressivo

IAPs

1. Gradientes do perfil Saliência

Ex; Submisso: o elemento musical é totalmente dependente, ou oprimido por outros elementos musicais.

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IAPs

2. Gradientes do perfil Tensão - As variáveis do perfil oferecem um modo de analisar as relações dentro do papel desempenhado por cada elemento musical. Em outras palavras, o quanto que o paciente realiza papéis de liderança ou de submissão, como esses papéis se manifestam musicalmente e as condições em hipotenso, calmo, cíclico, tenso e hipertenso.

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IAPs

3.Gradientes do perfil autonomia

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IAPs

4.Gradientes do perfil variabilidade - :

EX; Variável: caracteriza-se por um equilíbrio e integração dos esforços para estabilizar e mudar a música.

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IAPs

5. Gradientes do perfil Integração

EX; Indiferenciados: as entidades não estão separadas, elas estão fundidas em uma só, sem diferenças entre elas.

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IAPs

6. Gradientes do perfil congruência

Não comprometido: o elemento musical é descontrolado, inativo, irrelevante, ou neutro com relação à tensão.

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É um instrumento que avalia o desempenho das habilidades musicais, permitindo registrar o comportamento da criança frente aos instrumentos musicais antes e após as intervenções musioterápicas, permitindo a interação com o instrumento musical e suas possíveis aplicabilidades para a reabilitação.

PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO DAS FUNÇÕES MUSICIAS

(PAFM)

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PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO DAS FUNÇÕES MUSICIAS

(PAFM)

Atualmente é composta por 9 itens: Exploração dos instrumentos – EXI, Coordenação motora Global – CMG,

Coordenação motora com Instrumento – CMI, Pulsação

– P

Andamento – A

Memória rítmica imediata – MRI Atenção – AT

Criativividade – C,

Expressão melódica verbal – EMV

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PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO DAS FUNÇÕES MUSICIAS

(PAFM)

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PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO DAS FUNÇÕES MUSICIAS

(PAFM)

PAFM

Tem sido aplicado em crianças com déficits neurológicos, que apresentam alteração de tônus muscular, movimento e a postura.

Associados ou não às alterações sensitivas, cognitivas e perceptuais.

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EVIDÊNCIAS DO PAFM

▪ Aumento da Capacidade de expressão verbal Cantada; ▪ Manutenção do Ritmo;

▪ Diminuição da defensibilidade frente aos sons de instrumentos de Percussão;

▪ Estabilidade e Segurança;

▪ Dados quantitativos frente a estímulos musicais;

▪ Aspectos avaliados: Atitude motora, a verbal e gestual elaborada pela criança através de sua resposta rítmica-sonora-musical.

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Plano Musicoterapêutico

Os musicoterapeutas realizam a avaliação, o Plano terapêutico individual(PTI), justificando: A necessidade de determinada freqüência, quantidade de horas e objetivos que devem ser alcançados em um prazo determinado (Blasco, 2002).

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No plano musicoterapêutico, os objetivos estão concentrados em grandes metas, sendo elas:

1) Cognitivo; 2) Sensorial;

3) 3)Motricidade ampla;

4) Motricidade fina; 5) Motricidade Oral;

6) Comunicação receptiva / percepção auditiva; 7) Comunicação expressiva

8) Emocional; 9) Social; e

10) Musicalidade

(Baxter et al., 2007; Da Silva, 2012).

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MUSICOTERAPIA NO MIG

• Avaliação • Feedback da avaliação; • APP MIG+; • PTI • Intervenção Musicoterápica;

• Alimentar as evoluções , postar fotos e vídeos;

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REFERÊNCIA

American Music Therapy Association, & The Certification Board for

Music Therapists (2015). Scope

Consulta em 25 de fevereiro

of Music Therapy Practice.

de 2020. Disponível em:

https://www.musictherapy.org/about/scope_of_music_therapy_prac

tice/ American Music Therapy Association - AMTA (2019).

American Music Therapy with Specific Populations: Fact Sheets, Resources & Bibliographies. Consulta em 31 de julho de 2019.

Disponível em: https://www.musictherapy.org/research/factsheets/

André, A. M. B. Tradução e validação da Escala Nordoff-Robbins de Comunicabilidade Musical. Dissertação e Mestrado do Programa de Pós Graduação em Música da Música da Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2017.

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REFERÊNCIA

Araújo, G., Gattino, G., Leite, J., & Schüller-Faccini, L. O tratamento

musicoterapêutico aplicado a comunicação verbal e não verbal em

crianças com deficiências múltiplas em um ensaio controlado

randomizado. Revista Brasileira de Musicoterapia, 16(2), 2014, 81-101. Arora, T., Broglia, E., Thomas, G. N., & Taheri, S. Associations between specific technologies and adolescent sleep quantity, sleep quality, and parasomnias. Sleep Medicine, 15(2), 2014, 240-247.

Baker F., Tamplin J. Music Therapy Methods in Neuro- Rehabilitation: A Clinician's Manual . Philadelphia: Jessica Kingsley Publishers, 2006.

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REFERÊNCIA

• Barcellos, L. R. Quaternos de Musicoterapia e Coda. Dallas, EUA: Barcelona Publishers,2016.

• Baxter, H. T.; Berghofer, J. A.; MacEwan, L.; Nelson, J.; Peters, K.; Roberts, P. The Individualized Music Therapy Assessment Profile: IMTAP. Londres e Filadélfia: Jessica Kingsley Publishers,2007.

• Beach, E., Williams, W., & Gilliver, M.. Estimating young Australian adults' risk of hearing damage from selected leisure activities. Ear and Hearing, 34(1), 2012, 75-82.. doi:10.1097/AUD.0b013e318262ac6c

• Benenzon, R. O. La Nueva Musicoterapia: Nueva Edición, Corregida y Aumentada. Buenos Aires: Lumen,2008.

• Bruscia, K. E. Improvisational Models of Music Therapy. Springfield, EUA: Charles C. Thomas Publishers, 1987. Carpente, J. A.

IMCAP-ND: Manual de Aplicação. Tradução de Gustavo Schulz Gattino. North Baldwin, EUA: Regina Publishers, 2016.

• Gattino, Gustavo Schulz; Riesgo, Rudimar dos Santos; Longo, Dânae; Leite, Júlio César Loguercio; Faccini,

Lavina Schüler. Effects of relational music therapy on communication of children with autism: a randomized controlled study, Nordic Journal of Music Therapy, 20:2, 2011, 142-154 Gattino, G. S., Ferrari, K. D., Azevedo, G., De Souza, F., Dal Pizzol, F. C., Santana, D. C. Tradução, Adaptação Transcultural e Evidências de Validade da Escala Improvisation Assessment Profiles (IAP´s) para Uso no Brasil: Parte 1. Revista Brasileira de Musicoterapia, ano XVIII número 20, 2016. 92-116. Gattino, G. S., Ferrari, K. D., Azevedo, G., De Souza, F., Dal Pizzol, F. C., Santana, D. C. Tradução, Adaptação Transcultural e Evidências de Validade da Escala Improvisation Assessment Profiles (IAP´s) para Uso no Brasil: Parte 2. Revista Brasileira de Musicoterapia, ano XIV número 21, 2016. 92-116. 51-72