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Avaliação da demonstração financeira da Sadia. 1. Introdução

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Academic year: 2021

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1. Introdução 1.1 Origem e relevância

Este presente relatório vem por meio de ferramentas apresentadas durante o curso de EPR-30 Contabilidade Gerencial e Teleduc apresentar a análise financeira da Sadia ao longo dos anos de 2002, 2003 e 2004.

Por meio dos dados coletados da referida organização foi possível determinar seu balanço padronizado; análise vertical; análise horizontal; índices de estrutura de capital, liquidez e rentabilidade; a previsão de falência (por Kanitz); prazos médios; EVA e o comportamento desta no mercado de ações.

A interpretação dos resultados descritos anteriormente nos permite determinar o perfil desta expressiva empresa do setor alimentício.

1.2 Objetivos

O objetivo deste reside em aplicar as ferramentas apresentadas em aula na empresa Sadia e por meio da interpretação dos resultados dos dados coletados e calculados estruturar o perfil desta organização e assim verificar sua capacidade de gerar rentabilidade no mercado de ações.

1.3 Justificativa

Escolheu-se a Sadia para efetuar a avaliação da demonstração financeira porque se trata de uma empresa que detem expressiva presença no mercado nacional de alimentos, sendo assim tradicional e renomada.

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Desta forma, pretendeu-se verificar qual a posição e performance da Sadia não apenas como fornecedora de alimentos, mas, também como uma organização inserida no mercado de ações.

2. Escolha da Empresa Sadia S.A.

2.1 Histórico

Começa em 1944 na cidade de Concórdia, SC, com um frigorífico com capacidade para 6 toneladas/dia e um abatedouro de suínos inacabado (que abateu no fim daquele ano 30 animais).

A partir daí passou a chamar-se S.A. Indústria e Comércio Concórdia e mais tarde, em 1971, tomaram a denominação de Sadia Concórdia S.A. Indústria e Comércio, ocasião da abertura de seu capital.

À época da fundação, 27 acionistas assinaram a ata da empresa e elegeu Attilio Fontana seu diretor-presidente.

A Sadia S.A. finalizou 2003 com capital social de R$1.000 bilhão, representado por 257 milhões de ações ordinárias e 426 milhões de preferenciais, possuindo 9.843 acionistas.

2.2 Características do setor de atuação

As atividades da Sadia estão organizadas em dois segmentos: produtos industrializados e in natura (aves e suínos). A empresa é líder nacional no setor de alimentos (carnes) e também é a maior exportadora brasileira de aves. Seus produtos são distribuídos no mercado interno por

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mais de 300 mil pontos de venda e no mercado externo chegam a mais de 60 países. Visando o crescimento da sua participação no mercado, a companhia tem buscado novas parcerias e acordos comerciais no Brasil e exterior.

A expectativa de continuidade do crescimento da economia brasileira no atual exercício tende a elevar a renda do consumidor, o que não só favorece os volumes comercializados, mas, principalmente, o mix de vendas da empresa, que tem como estratégia concentrar seu portfolio exatamente nos produtos mais nobres, elaborados e processados. As exportações deverão continuar a apresentar boa evolução, haja vista a conquista de novos mercados e a expansão das vendas para outros já tradicionais. Neste sentido, cabe destacar os ganhos de mercado obtidos com os problemas com a gripe aviária na Ásia, que ainda estão influenciando positivamente as vendas de aves para o continente. A companhia espera manter o bom volume de exportações no 2º sem/04, em linha com a conquista de novos mercados e ampliação dos já tradicionais, além da detecção de novos focos de gripe aviária na Ásia.

2.2.1 Atividades

Suas atividades principais são:

Fornecimento de animais de abate; Granjas de matrizes suínas e de aves; Fabricação de rações animais;

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Produção e comercialização de industrializados de carne congelados e resfriados.

2.2.2 Sazonalidade FRANGOS

Não apresentam sazonalidade. PERUS

“Perus inteiros” tem sua produção concentrada no 2º semestre. CEREAIS

Primeiro semestre possui época de safra onde os estoques são crescente.

INDUSTRIALIZADOS

Só existe sazonalidade nos produtos da família de comemorativos”. 2.2.3 Participação dos produtos no total de venda

AVES INTEIRAS INDUSTRIALIZADOS OUTROS SUÍNOS 79% 6% 6% 5% 4% AVES PARTES

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2.2.4 Participação no mercado mundial ORIENTE MÉDIO TERCEIROS MERCADOS EUROPA

18%

17%

22%

3%

12%

AMÉRICAS

28%

EURÁSIA ÁSIA

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3. Fundamentos Teóricos

O trabalho partiu de estudos realizados a partir do balanço patrimonial e da demonstração de resultados, que devem ser obrigatoriamente publicados em publicações de grande circulação e cedidos também à Comissão de Valores Mobiliários, órgão do Governo Federal.

As demonstrações têm diversos usuários, e cada um está interessado em algum setor particular da empresa. A seguir serão listados alguns deles:

Fornecedores – Este necessita conhecer a capacidade de pagamento de seus clientes, a sua liquidez. Analisam também a rentabilidade e endividamento da empresa;

Clientes – É de rara ocorrência, mas ocorre quando há poucos fornecedores e a relação entre comprador e fornecedor é forte. Pode ocorrer em casos de expansão, onde há maior necessidade de seus fornecedores. Analisam a capacidade de investimento e recursos de longo prazo que a empresa possui;

Bancos Comerciais – Concedem crédito em curto prazo, preocupando-se com o endividamento do cliente;

Bancos de Investimentos – Concedem crédito em longo prazo e para poucas empresas, e o risco deve ser rigorosamente calculado, observando a situação futura do cliente;

Dirigentes – É um instrumento complementar para a tomada de decisões, auxiliando a formulação de estratégias da empresa.

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3.1 Balanço Patrimonial

Esta demonstração busca apresentar todos os bens e direitos da empresa, sendo o Ativo, assim como as obrigações no Passivo. A diferença entre ativo e passivo é chamada de Patrimônio Líquido, sendo o capital investido pelos proprietários da empresa. Cabe ressaltar que os valores do Ativo e Passivo devem ser iguais ao final da avaliação, e se isso não foi realizado houve um problema com a elaboração das contas, não sendo feita a colocação correta dos valores nas determinadas contas.

3.1.1 Ativo

Mostra o que realmente existe na empresa, sendo que todos estes bens e direitos podem vir a ser comprovados por documentos. O Ativo engloba os itens cujo valor é indiscutível, possuindo um chamado valor de face e as mercadorias e bens do ativo imobilizado cujo valor irá depender da avaliação. Ele é composto por:

- Circulante - Disponibilidades e direitos realizáveis no exercício seguinte;

- Realizável a Longo Prazo - Que são os direitos realizáveis após o término do próximo exercício;

- Permanente - Sendo os investimentos em outras sociedades, em bens para a empresa, compondo o imobilizado e as aplicações de recursos em despesas irão formar o resultado de mais um exercício, sendo o diferido.

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Este balanço pode vir a ser padronizado, passando a seguir um modelo previamente definido. Isto é feito visando a simplificação, pois um balanço chega a ter mais de 50 contas, complicando muito o trabalho. Busca precisar a classificação das contas, buscando possíveis erros, adequando o balanço para a análise e esta padronização leva a uma maior intimidade do analista com as demonstrações da empresa. Esta padronização é feita da seguinte forma:

- Circulante – Financeiro (Disponível e Aplicações Financeiras) e Operacional (Clientes e Estoques);

- Realizável a Longo Prazo – Não há nenhuma subdivisão nesta conta;

- Permanente – Investimentos, Imobilizado e Diferido. 3.1.2 Passivo

O Passivo exibe a origem dos recursos que estão investidos no Ativo. O Passivo Exigível tem um valor líquido e consiste às dívidas assumidas com terceiros, sendo fornecedores, bancos, empregados. O Patrimônio Líquido não tem representação de um valor realmente concreto, pois aumenta com os valores acrescidos nos lucros acumulados no exercício, e, além disso, é composto pelo Capital, como foi explicado em sala de aula. No início da empresa os sócios investem um determinado capital, demonstrando assim a origem desses recursos. Ele é composto por:

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- Circulante – Obrigações que a empresa no exercício atual, além de financiamentos para o Ativo Permanente que vencerem no próximo exercício;

- Exigível a Longo Prazo – Obrigações que vencem após o próximo exercício;

- Patrimônio Líquido – É composto pelo Capital Social, o montante do capital, pelo Lucro Acumulado, lucros que ainda não receberam destino específico e pelas Reservas, de lucros, capitais e reavaliações.

Assim como nas contas do Ativo, o Passivo pode ser padronizado nas seguintes contas:

- Circulante – Operacional (Fornecedores e Outras Obrigações) e Financeiro (Empréstimos Bancários e Duplicatas Descontadas);

- Exigível a Longo Prazo – Empréstimos e Financiamentos;

- Capital de Terceiros – A soma do Circulante com o Exigível a Longo Prazo;

- Patrimônio Líquido – Capital e Lucros Acumulados. 3.2 Demonstração de Resultados do Exercício

É uma demonstração dos aumentos e reduções causados no Patrimônio Líquido. Esta demonstração pode ser considerada como o resumo dos movimentos de entradas e saídas no balanço, durante o exercício.

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Esta demonstração retrata o fluxo econômico, deixando de lado o monetário. Para este item basta que a receita e a despesa afete o Patrimônio Líquido.

Todas as receitas e despesas estão na Demonstração de Resultados, sendo ordenadas de acordo com a sua natureza, vindo a fornecer informações significativas sobre a empresa. É uma forma de avaliar o desempenho da produção, ou dos serviços prestados, no exercício, sendo possível observar onde estão as despesas mais significativas, gerando uma análise rápida da situação econômica que a empresa enfrenta.

A demonstração parte da Receita Bruta, sendo desta acrescidas as receitas e descontadas as despesas, chegando a um Lucro ou Prejuízo do Exercício, possibilitando ainda obter o Lucro ou Prejuízo por Ação.

A padronização pode ser feita na Demonstração de Resultados, e assim como indicado na bibliografia utilizada, busca evidenciar apenas os valores fundamentais. A demonstração padrão tem as seguintes contas:

- Receita Líquida – Receita Bruta já descontadas as devoluções e abatimentos;

- Custos de Produtos Vendidos – Total gasto para a produção, incluindo mão-de-obra, materiais, estoques e custos indiretos;

- Lucro Bruto – Lucro descontado os custos com a produção;

- Despesas Operacionais – Despesas para a empresa funcionar, ou seja, vender, administrar e financiar suas atividades;

- Outras Receitas e Despesas Operacionais – Compreendem as receitas e despesas geradas em atividades objeto social da empresa, como participações em coligadas, deságio de investimentos e dividendos ou rendimentos de outros investimentos;

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- Lucro Operacional (Antes dos Resultados Financeiros) – Ainda não estão computados os resultados na área financeira;

- Receitas e Despesas Financeiras – São as contas de ordem financeira, geradas pelos empréstimos contraídos, além de outros pagamentos;

- Lucro Operacional – Lucro após descontados os gastos com a produção, operação e com as atividades financeiras;

- Resultado Não-Operacional – Resultado de operações não vinculadas ao objeto social, como lucros ou prejuízos na venda de Ativo Permanente, assim como possíveis baixas neste, além de indenizações;

- Lucro Antes do Imposto de Renda e Contribuição Social – Resultado final antes das taxas obrigatórias por lei;

- Provisão para Imposto de Renda – Uma parte do lucro é destinada para o imposto de renda, e ainda é especificada uma parcela para incentivos fiscais;

- Lucro Líquido – Resultado final da empresa no exercício. 3.3 Análise através de índices

Os índices têm a responsabilidade de medir os diversos aspectos econômicos e financeiros das empresas. Os índices financeiros permitem formar um quadro de avaliação da empresa.

Não há um número definido de índices que permita o conhecimento da empresa. Esta quantidade irá depender do grau de profundidade requerido pela análise. Uma maior quantidade de índices gera mais custos para a companhia.

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Os índices podem ser divididos na análise da situação financeira e da situação econômica. A seguir estão os aspectos revelados pelos índices financeiros:

Estrutura

Situação Financeira Liquidez

Rentabilidade Situação Econômica

Há três índices que são usados praticamente por todos os usuários que analisam balanços, sendo eles: Participação de Capitais de Terceiros, Liquidez Corrente e Rentabilidade do Patrimônio Líquido. A seguir será detalhado cada um dos índices, separando-os em três grupos.

3.3.1 Estrutura de Capitais

Os índices a seguir mostram as grandes linhas de decisões financeiras, analisando a obtenção e aplicação de recursos.

I Participação de Capitais de Terceiros

100 X LÍQUIDO PATRIMÔNIO TERCEIROS DE CAPITAIS

Indica quanto a empresa tomou de capitais de terceiros para cada $100 de capital próprio investido. E quanto menor, melhor. Ele relaciona as duas maiores fontes de recursos da empresa, é um fator de risco, ou de dependência de terceiros. É o grau de endividamento. O uso de capitais de

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terceiros pode ser vantajoso na obtenção de lucro, se a remuneração paga aos capitais for menor que o lucro conseguido com a sua aplicação nos negócios. Há três fatores que influem na capacidade de endividamento, como a geração de recursos, liquidez e renovação das dívidas por refinanciamentos. II Composição do Endividamento 100 x TERCEIROS DE CAPITAIS CIRCULANTE PASSIVO

Indica o percentual das obrigações de curto prazo em relação às obrigações totais, e quanto menor, será melhor. Para pagar as dívidas de curto prazo deve se gerar recursos de curto prazo, o que é muito difícil, no mercado atual.

III Imobilização do Patrimônio Líquido

100 x LÍQUIDO PATRIMÔNIO PERMANENTE ATIVO

Indica quanto a empresa aplicou no Ativo Permanente para cada $100 de Patrimônio Líquido, e quanto menor, será melhor. Quando este valor ultrapassa os 100%, o valor que excede é composto pelos recursos de terceiros. Assim quanto mais a empresa investir no Ativo Permanente, irão sobrar menos recursos para o Ativo Circulante, e assim será maior a dependência de capitais de terceiros para financiar o Ativo Circulante.

IV Imobilização dos Recursos Não Correntes

PRAZO LONGO A EXIGÍVEL LÍQUIDO PATRIMÔNIO PERMANENTE ATIVO +

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Indica o percentual de recursos não correntes aplicado no Ativo Permanente, e quanto menor, será melhor. Como o Permanente não é eterno, não é necessário financiar o Imobilizado com os recursos próprios. É possível utilizar os recursos de longo prazo, desde que seja compatível com a duração do Imobilizado, ou este prazo deve ser suficiente para gerar recursos capazes de resgatar as dívidas de longo prazo.

3.3.2 Liquidez

Os seguintes índices mostram a base da situação financeira da empresa. Bons índices indicam boa capacidade para pagar suas dívidas, mas não indica que elas estão sendo pagas em dia, para isto há a dependência de outras variáveis.

I Liquidez Geral PRAZO LONGO A EXIGÍVEL CIRCULANTE PASSIVO PRAZO LONGO A REALIZÁVEL GERAL LIQUIDEZ + +

Indica quanto a empresa possui no Ativo Circulante e no Realizável a Longo Prazo para cada $1,00 da dívida total. Quanto maior o índice, melhor. Quando este índice for menor que um, a empresa irá ter que gerar recursos para pagar suas dívidas.

II Liquidez Corrente

CIRCULANTE PASSIVO

CIRCULANTE ATIVO

Quanto a empresa possui no Ativo Circulante para cada $1,00 de Passivo Circulante. E quanto maior, melhor.Quando o Ativo Circulante é

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maior que o Passivo Circulante há uma folga financeira para que as dívidas de curto sejam cobertas, o que dá uma maior segurança, havendo o chamado Capital Circulante Líquido.

III Liquidez Seca

CIRCULANTE PASSIVO

CLIENTES FINANCEIRO

CIRCULANTE +

Mostra quanto a empresa possui de Ativo Líquido para cada $1,00 de Passivo Circulante, que são as dívidas de curto prazo. E quanto maior, melhor. Visa medir o grau de excelência, e deve ser analisado juntamente com a Liquidez Corrente. Neste índice se exclui do Ativo Circulante os itens de maior risco, os estoques, pois dependem da empresa, mercado e da conjuntura econômica.

3.3.3 Rentabilidade

Estes índices mostram o quanto rendeu os investimentos, medindo o grau de êxito econômico da empresa.

I Giro do Ativo

ATIVO

LÍQUIDAS VENDAS

Indica o quanto a empresa vendeu para cada $1,00 de investimento total. Quanto maior esse índice, melhor. O volume de vendas tem relação direta com o montante de investimentos. Portanto é medido o volume de vendas em relação ao capital total investido. Há três fatores que podem

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afetar esse índice, a retração do mercado, perda de participação do mercado e estratégia da empresa.

II Margem Líquida 100 x LÍQUIDAS VENDAS LÍQUIDO LUCRO

Indica quanto a empresa obteve de lucro para cada $1,00 vendidos, e quanto maior o valor, melhor. Assim, este índice tem a utilidade de definir qual das hipóteses citadas anteriormente pode ter ocorrido. Este índice indica qual a política adotada pela empresa, durante todo o processo contábil do exercício.

III Rentabilidade do Ativo

100 x ATIVO

LÍQUIDO LUCRO

Indica quanto se obteve de lucro para cada $100 de investimento total, assim quanto maior o valor será melhor. Depende diretamente do Giro do Ativo e da Margem Líquida. É uma medida do potencial de geração de lucro da parte da empresa. Mede o desempenho comparativo da empresa ano a ano.

IV Rentabilidade do Patrimônio Líquido

100 x LÍQUIDO PATRIMÔNIO LÍQUIDO LUCRO

Quanto a empresa obteve de lucro para cada $100 de Capital Próprio investido. Quanto maior, melhor. Este índice mostra qual a taxa de

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rendimento do Capital Próprio, e esta pode vir a ser comparada com outras no mercado, como câmbio, poupança, fundos de investimentos, etc.

3.4 Método para avaliação dos índices.

Os índices podem ser avaliados intrinsecamente, sem fazer comparação com setor, deixando essa avaliação muito limitada, e só é recomendada quando não se dispõe de índices-padrão para comparação com o setor. Os índices podem ser comparados com o tempo, visando indicar as tendências seguidas pela empresa, formando uma opinião a respeito das políticas seguidas pela empresa. A comparação pode ser feita com padrões, os chamados índices-padrão, onde são coletados os índices de um grupo de empresas, definindo decis para a classificação das empresas, e gerando uma classificação de péssimo, deficiente, fraco, razoável, satisfatório, bom e ótimo.

Os índices-padrão permitem um estudo dos índices de todas as empresas.

Os índices têm um peso diferente no seu setor, e os três grupos compõem a nota global de uma empresa, seguindo as seguintes equações:

- Nota Estrutura =0,6 (CT/PL) + 0,1(PC/CT) + 0,2 (AP/PL) + 0,1 (AP/PL+ELP)

- Nota Liquidez = 0,3 (AP+RLP/CT) +0,5 (AC/PC) + 0,2 (AC-EST/PC) - Nota Rentabilidade = 0,2 (V/AT) + 0,1 (LL/V) + 0,1 (LL/AT) + 0,6 (LL/PL)

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3.5 Análise Horizontal e Vertical

Ambas as análises prestam-se fundamentalmente ao estudo de tendências. As empresas e os analistas têm abandonado esta análise, devido à elevada inflação, dinâmica da economia brasileira e pelas alterações dos procedimentos contábeis, devido à legislação comercial e fiscal, que é freqüentemente alterado.

Esta análise irá apontar o maior credor e como foram alteradas as participações dos credores nos últimos três anos.

A Análise Vertical calcula o percentual de cada conta em relação ao total do Ativo, ou do Passivo. Na Demonstração de Resultados cada conta é calculada em relação à Receita Líquida de Vendas.

A Análise Horizontal mostra a evolução de cada conta em uma série de demonstrações (últimas três como utilizada neste trabalho). Com esta análise é possível observar o crescimento de cada conta, tornando mais fácil a análise da empresa, e os rumos que ela tem tomado nos últimos três anos.

É desejável que as conclusões baseadas na Análise Vertical sejam completadas pela Análise Horizontal. Assim, elas indicam a estrutura do Passivo e Ativo, e suas modificações no decorrer dos últimos três anos, e é possível analisar em detalhes o desempenho da empresa, onde as empresas criam metas percentuais, que funcionam como limites de operação para os administradores.

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3.6 Fórmula de Previsão de Falência

Após o cálculo dos índices e as análises dos balanços, foi estudada toda a estrutura da empresa, contudo não há como tomar uma posição sobre a situação real da empresa, ou seja, se ela está bem financeiramente ou está próxima da falência. Para isto pode vir a ser utilizada a Fórmula de Kanitz para previsão de falências, que será demonstrada abaixo: ) / ( 33 , 0 ) ( 06 , 1 ) ( 55 , 3 ) ( 65 , 1 ) / ( 05 , 0 LL PL LG LS LC CT PL FI = + + − − Sendo: FI < -3, Insolvente; –3 < FI <0, Indefinida; FI>0, Solvente.

3.7 Índices de Prazos Médios

São três índices que devem ser analisados conjuntamente:

Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV) – 360 (DR/V) Prazo Médio de Pagamento de Compras (PMPC) – 360 (F/C) Prazo Médio de Renovação de Estoques (PMRE) – 360 (E/CPV)

Recebimento Venda Compra PMRV PMRE Pagamento CICLO DE CAIXA PMPC

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No ciclo de caixa é o momento em que a empresa necessita de financiamento para a sua manutenção, é o chamado ciclo financeiro.

3.8 EVA (Economic Value Added)

Indica o valor agregado pela empresa no ano analisado. Leva em conta a taxa obtida para a obtenção e capitais de terceiros, e a taxa do capital próprio, juntamente com a porcentagem de cada uma destas contas no balanço, gerando assim a TMA (ou WACC), taxa mínima de atratividade.

Logo após é feito o seguinte cálculo para se obter o EVA:

Total Ativo X TMA IR p ovisão Fin s Antes Op Lucro 100 ) / Pr . . Re . ( − −

Normalmente as taxas de financiamento obtidas não são fornecidas pela empresa, e nem o valor da taxa de retorno aos acionistas, por isto, conforme foi dito em sala de aula pelo professor, pode ser adotado para um cálculo simples o valor de 12% para o capital de terceiros e 20% para o capital próprio.

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4. Estudo de Caso 4.1 Balanços e Demonstrações Padronizadas

4.1.1 Passivo Padronizado: Descrição da Conta 31/12/2004 31/12/2003 31/12/2002 Passivo Total Passivo Circulante Operacional Fornecedores 482.339 368.881 245.860 Outras obrigações 660.263 444.202 278.176 Subsoma 1.142.602 813.083 524.036 Financeiro Empréstimos e Financiamentos 1.165.044 1.096.522 1.477.348 Duplicatas descontadas 0 0 0 Subsoma 1.165.044 1.096.522 1.477.348

Total do Passivo Circulante 2.307.646 1.909.605 2.001.384

Passivo Exigível a Longo Prazo 1.003.438 1.694.002 1.389.102

Capitais de Terceiros 3.311.084 3.603.607 3.390.486

Patrimônio Líquido

Capital Social Realizado e reservas capital 1.767.045 1.470.054 1.168.017 Lucros e Prejuizos acumulados 24.932 24.932 95.473 Total do Patrimônio Líquido 1.791.977 1.494.986 1.263.490

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4.1.2 Ativo Padronizado: Descrição da Conta 31/12/2004 31/12/2003 31/12/2002 Ativo Total Ativo Circulante Financeiro Disponibilidades 84.270 91.130 131.850 Aplicações Financeiras 430.851 958.052 1.000.486 Subsoma 515.121 1.049.182 1.132.336 Operacional Clientes 1.089.591 1.105.144 764.520 Estoques 1.133.190 880.896 859.075 Subsoma 2.222.781 1.986.040 1.623.595 Total do Ativo Circulante 2.737.902 3.035.222 2.755.931

Ativo Realizável a Longo Prazo 543.289 439.360 576.824

Ativo Permanente

Investimentos 768.134 670.615 321.099 Imobilizado 1.004.794 886.549 894.572 Diferido 49.140 67.045 105.748 Total do Ativo Permanente 1.822.068 1.624.209 1.321.419

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4.1.3 Demonstração de Resultados: Descrição da Conta 01/01/2004 a 31/12/2004 01/01/2003 a 31/12/2003 01/01/2002 a 31/12/2002

Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 6.099.307 5.050.033 4.004.355

Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos -4.384.829 -3.733.235 -2.961.394

Resultado Bruto 1.714.478 1.316.798 1.042.961

Despesas/Receitas Operacionais -1.072.015 -697.118 -606.635

Resultado Operacional antes result financeiros

642.463 619.680 436.326 Receitas Financeiras 62.730 1.436 422.201 Despesas Financeiras -181.335 -164.123 -661.225 Resultado Operacional 523.858 456.993 197.302 Resultado Não Operacional -5.933 -17.888 591 Resultado Antes Tributação/Participações 517.925 439.105 197.893

Provisão para IR e Contribuição Social -29.910 -37.002 3.653 IR Diferido -42.714 50.388 34.580 Participações/Contribuições Estatutárias 0 0 0

Lucro/Prejuízo do Exercício 445.301 452.491 236.126 4.2 Análise através de índices

Índices Fórmula 2004 2003 2002

Estrutura de Capital

Participação de Capitais de Terceiros CT/PL= 185% 241% 268%

Composição do endividamento PC/CT= 70% 53% 59%

Imobilização do Patrimônio Líquido AP/PL= 102% 109% 105%

Imobilização de recursos não correntesAP/(PL+ELP)= 65% 51% 50%

Liquidez

Liquidez Geral (AC+RLP)/CT= 0,99 0,96 0,98

Liquidez Corrente (circulante) AC/PC= 1,19 1,59 1,38

Liquidez Seca (AC-EST)/PC= 0,70 1,13 0,95

Rentabilidade

Giro do Ativo V / AT= 1,20 0,99 0,86

Margem líquida LL / V= 7% 9% 6%

Rentabilidade do Ativo LL / AT= 9% 9% 5%

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A companhia Sadia diminuiu seu endividamento de 268% em 2002 para 241% em 2003 e para 185% em 2004.Contudo houve um aumento no endividamento em curto prazo, pois em 2002 era de 59%, em 2003 de 53% e em 2004 70% diminuindo os prazos para o pagamento das mesmas.O grau de imobilização do patrimônio líquido que era de 105% em 2002 aumentou para 109% em 2003 e teve uma baixa em 2004 para 102%,sendo assim praticamente não sofreu alterações.Já a Imobilização de recursos não correntes que se manteve de 2002 para 2003 teve uma elevação em 2004 para 65%, dessa forma investiu-se em imobilizado (ampliação da linha em Uberlândia) em longo prazo o que pode ser interessante se for compatível com o prazo de depreciação do mesmo, ou seja, suficiente para a empresa gerar recursos capazes de resgatar as dividas.

Analisando a liquidez geral da empresa nota-se que está muito próxima de um o que é não é bom, pois teoricamente a empresa não consegue honrar suas dívidas e ainda ter um “excedente”, contudo isto não quer dizer que a empresa esteja em solvência. A liquidez corrente apresenta uma queda ao longo dos três anos acima, sendo maior que um nos dá a interpretação de que os investimentos no ativo Circulante são suficientes para cobrir as dívidas de curto prazo e ainda permite uma folga. A liquidez seca passou de 0.95 em 2002 para 1.12 em 2003 e caiu para 0.69 em 2004, mostrando uma redução na capital de giro para dividas em curto prazo.

A análise dos índices de rentabilidade permite observar quanto renderam os investimentos e assim qual o grau de êxito econômico da empresa.

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Houve um aumento do giro do ativo demonstrando que aumentou o volume de vendas com relação ao capital investido.Contudo nota-se uma diminuição da margem líquida, denotando assim uma redução do preço unitário dos produtos.Já a rentabilidade do Ativo permaneceu constante nos três anos.

A rentabilidade do patrimônio líquido apresentou uma sensível queda que pode estar relacionada com a queda na margem líquida.

4.3 Método para avaliação dos índices

Os índices podem ser analisados através das notas dadas a cada estrutura. Para o ano de 2004: N. E = 2,0 N. L = 1,04 N. R = 2,44 N. G = 5,48 Para o ano de 2003: N. G = 5,96 Para o ano de 2002: N. G = 5,43

(26)

Comparativo do Setor - Evolução de Notas 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 2002 2003 2004 Ano No ta NENL NR

Comparativo do Setor - Evolução de Notas

0 1 2 3 4 5 6 7 2002 2003 2004 Ano No ta NG

Foi possível concluir que a Sadia apesar de apresentar grandes valores no seu demonstrativo financeiro tem índices razoáveis em relação

(27)

ao setor. O ideal seria que as notas estivessem a um nível superior, isso daria uma situação mais tranqüila à Sadia.

4.4 Análise Horizontal e Vertical

Balanço Patrimonial Padronizado 2004 2003 2002

Descrição da Conta AV AH AV AH AV AH Ativo Total Ativo Circulante Financeiro Disponibilidades 2 64 2 69 3 100 Aplicações Financeiras 8 43 19 96 21 100 Subsoma 10 45 21 93 24 100 Operacional Clientes 21 143 22 145 16 100 Estoques 22 132 17 103 18 100 Subsoma 44 137 39 122 35 100 Total do Ativo Circulante 54 99 60 110 59 100

Ativo Realizável a Longo Prazo 11 94 9 76 12 100

Ativo Permanente

Investimentos 15 239 13 209 7 100 Imobilizado 20 112 17 99 19 100 Diferido 1 46 1 63 2 100 Total do Ativo Permanente 36 138 32 123 28 100 Total do Ativo 100 110 100 110 100 100

(28)

Análise Vertical Ativo 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 2002 2003 2004 Ano Porcentagem AP RLP AC

Análise Horizontal Ativo

0 20 40 60 80 100 120 140 160 2002 2003 2004 Ano Porcentagem AC RLP AP

Podemos analisar que de 2002 para 2004 houve um pequeno aumento no ativo permanente da Sadia, conseqüentemente uma redução no ativo circulante. Segundo relatório aos acionistas, a Sadia está

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investindo em melhorias, principalmente em Uberlândia, onde está sendo instalada uma nova unidade.

Também podemos notar que sempre a maior parte do ativo total está relacionada com o ativo circulante, dando à empresa maior versatilidade devido à liquidez de seu ativo.

2004 2003 2002 Descrição da Conta AV AH AV AH AV AH Passivo Total Passivo Circulante Operacional Fornecedores 9 196 7 150 5 100 Outras obrigações 13 237 9 160 6 100 Subsoma 22 218 16 155 11 100 Financeiro Empréstimos e Financiamentos 23 79 22 74 32 100 Duplicatas descontadas 0 0 0 100 Subsoma 23 79 22 74 32 100

Total do Passivo Circulante 45 115 37 95 43 100

Passivo Exigível a Longo Prazo 20 72 33 122 30 100

Capitais de Terceiros 65 98 71 106 73 100

Patrimônio Líquido

Capital Social Realizado e reservas capital 35 151 29 126 25 100 Lucros e Prejuizos acumulados 0 26 0 26 2 100 Total do Patrimônio Líquido 35 142 29 118 27 100

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Análise Vertical Passivo 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 2002 2003 2004 Ano Porcentagem PL ELP PC

Análise Horizontal Passivo

0 20 40 60 80 100 120 140 160 2002 2003 2004 Ano Porcentagem PC ELP PL

Já no passivo podemos observar um aumento no Exigível a Longo Prazo, o que é muito interessante para a empresa já que ela está mudando o perfil da sua dívida, passando a dever mais a longo prazo. Já que dívidas

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a curto a prazo são difíceis de pagar, pois é muito complicada gerar recursos a curto prazo.

A seguir será analisada a Demonstração de Resultados.

Demonstração de Resultados

Padronizada 2004

2003

2002

Descrição da Conta AV AH AV AH AV AH

Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 100 152 100 126 100 100

Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos -72 148 -74 126 -74 100

Resultado Bruto 28 164 26 126 26 100

Despesas/Receitas Operacionais -18 177 -14 115 -15 100

Resultado Operacional antes result financeiros 11 147 12 142 11 100

Receitas Financeiras 1 15 0 0 11 100

Despesas Financeiras -3 27 -3 25 -17 100

Resultado Operacional 9 266 9 232 5 100 Resultado Não Operacional 0 -1.004 0 -3.027 0 100 Resultado Antes Tributação/Participações 8 262 9 222 5 100

Provisão para IR e Contribuição Social 0 -819 -1 -1.013 0 100 IR Diferido -1 -124 1 146 1 100

Participações/Contribuições Estatutárias 0 0 0 100

Lucro/Prejuízo do Exercício 7 189 9 192 6 100 Nesse caso podemos notar, no decorrer dos anos analisados, um aumento na receita líquida de venda, também houve um aumento nos custos do produto, mas mesmo assim podemos notar um aumento razoável nos lucros acumulados pela empresa.

4.5 Fórmula de Previsão de Falências

Foi utilizada neste trabalho a fórmula de previsão de falências de Kanitz, para definir se a companhia é solvente ou insolvente. É importante

(32)

analisar que este método dá maior importância à liquidez da empresa, sendo os maiores coeficientes da forma empírica que foi demonstrada anteriormente.

Para 2004, F= 1,91; em 2003 F=2,79 e em 2002 F=2,31 com isso notamos que a Sadia se encontra numa situação solvente, não precisando se preocupar com falência nos próximos períodos.

2003 2002 2004 Solvência Insolvência 0 -3 3 Indefinida

4.6 Índices de Prazos Médios

Neste momento serão observados os índices de prazos médios, para que seja possível analisar a duração do ciclo operacional, e, conseqüentemente observar a duração do ciclo de caixa da empresa, onde ela necessita de capital de terceiros para a manutenção de suas atividades até o recomeço de seu ciclo. Assim ela deve financiar sozinha o ciclo operacional.

(33)

Para o ano de 2002 temos:

Ciclo de Caixa

57,39 dias

173,16

115,77

PMPC

PMRV

PMRE

Para 2003 temos:

163,7

120,16

PMPC

PMRV

PMRE

Ciclo de

caixa 43,57

E para 2004 temos: 157,35

PMPC

PMRV

PMRE

159,36

(34)

Ao longo dos anos a Sadia apresentou uma redução no ciclo de caixa, o que é muito interessante para a empresa, reduzindo assim, a necessidade de capital de giro. Quanto menor o ciclo de caixa, melhor para a empresa. A situação que aparece em 2004 é a situação ideal para qualquer empresa, pois ela está conseguindo se manter com a própria produção, sem depender de outros recursos da empresa como o capital de giro.

4.6 E.V.A. (ECONOMIC VALUE ADDED)

Cálculo do EVA 2004 2003 2002

NOPAT (Lucro operacional depois dos impostos) 569.839 633.066 474.559

WACC (Custo de Capital) 12% 12% 12%

Patrimônio Líquido + Exigível em longo prazo 2.795.415 3.188.988 2.652.592 WACC x (PL + ELP) 335449,8 382678,56 318311,04

EVA = NOPAT - WACC * Capital Investido 234.389 250.387 156.248 Podemos observar que mesmo que a Sadia esteja num ponto razoável em relação ao mercado, ela tem agregado um valor considerável no seu patrimônio. Isso é muito interessante, também pelo fato desse valor estar crescendo nos períodos observados.

(35)

Comportamento do EVA

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

2004

2003

2002

Ano

EVA

EVA

(36)

5. Conclusão

A Sadia encerrou o primeiro trimestre de 2005 com lucro líquido de R$ 100,6 milhões, 22,1% inferior frente ao mesmo período de 2004. Comercialmente houve crescimento de 16% na receita bruta, alcançando R$ 1.902,6 milhões. As exportações apresentaram evolução de 13,6%, para R$ 907,3 milhões, representando 48% do faturamento total (49% em igual período de 2004).

Seria interessante destacar que houve uma intensificação das vendas para a América do Sul (principalmente para a Venezuela e Chile) e África, e de suínos (+45,2%), pela retomada das compras por parte da Rússia. O segmento de aves seguiu registrando bom volume de exportação (+24,8%), pelo aprofundamento do problema da gripe aviária na Ásia, que vem proporcionando expansão das vendas, principalmente para o mercado japonês. Entretanto, vale salientar o menor crescimento do faturamento com exportações, houve uma queda dos preços médios internacionais no segmento de aves e suínos.

No que se refere ao mercado interno, o faturamento bruto apresentou incremento de 18,4%, tendo atingido R$ 995,2 milhões, influenciado pelo crescimento das vendas físicas de industrializados. A margem bruta alcançou 25,6%, 8,1 p.p. abaixo da verificada em igual período de 2004, o que de uma certa forma já era esperado, refletindo três aspectos principais: aumento dos custos com insumos, menor preço médio no mercado internacional e patamar de câmbio menos favorável às exportações.

Na atividade, as despesas com 15,9%, em virtude dos maiores gastos com fretes e esforços comerciais, direcionados ao lançamento de novos produtos e acirramento da concorrência. O maior esforço comercial aliado

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à pressão na margem bruta foram determinantes para a nítida deterioração do resultado da atividade: 50% inferior.

Por último, mencionamos o resultado financeiro que apesar de ainda negativo se mostrou relevante.

Esta organização apresenta-se expressivamente no mercado de ações sendo uma opção estável para investimento. Faz-se oportuno salientar os seguintes pontos antes de investir-se:

Positivo

Busca de mercados alternativos no exterior;

Expectativa de crescimento do PIB nacional em 2005 e nos próximos anos, com aumento gradativo da renda favorecendo as vendas no mercado interno;

Investimentos em ampliação;

Estratégia prioriza o enobrecimento do mix de vendas, inclusive no mercado externo;

Maior diversificação do mercado, reduzindo a concentração em determinados países.

Negativo

Acirramento da concorrência;

As margens ainda devem ser pressionadas no 1º sem/05 e no 3º tri/05, em função dos custos com insumos visto a quebra da safra de grãos da região Sul do País;

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5 Bibliografia

Matarazzo, Dante C. Análise Financeira de Balanços.São Paulo:Atlas, 2003. www.bovespa.com.br

www.cvm.gov.br www.griffo.com.br www.sadia.com.br www.yahoo.com.br

Referências

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