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IMAGINÁRIO SOCIAL: ANÁLISE DO MITO DO PODER EMPRESARIAL PELO VIÉS DA SEMIÓTICA DA LINGUAGEM 1

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Academic year: 2021

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IMAGINÁRIO SOCIAL: ANÁLISE DO MITO DO PODER EMPRESARIAL PELO

VIÉS DA SEMIÓTICA DA LINGUAGEM

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Adriano Rodrigues de Almeida2

Resumo: As organizações e corporações empresariais representam um importante suporte no campo científico dos estudos do imaginário social, enquanto objeto vivo constrói suas linguagensediscursospormeiodacomunicaçãoepercepçãodousuário,serelaciona,vivencia e, constrói o imaginário, o que possibilita diversas interpretações significativas sobre a sociedade e suas culturas as quais estão inseridas. Este artigo tem como objetivo geral analisar o mito do poder empresarial, tendo com especificidades: analisar a linguagem mítica por meio da decodificação semiótica do objeto/cadeira de presidente/diretor empresarial; analisar o potencial de influência dos discursos míticos sobre o imaginário social. O método consiste em análise semiótica da linguagem, sendo uma pesquisa qualitativa, documental e bibliográfica, tendo como objeto de análise a imagem fotográfica do reality show “o aprendiz”. Pode-se constatar que os discursos míticos influenciam a construção do imaginário social por meio de técnicas persuasivas, alterando as relações comunicacionais empresariaiscotidianas.

Palavras-chave: Imaginário Social; Semiótica da linguagem; Imagem.

Introdução

Da relação comunicacional imagética e o imaginário social emergem discursos e transformações que merecem atenção e análise: as linguagens dos discursos míticos possuem em suas estruturas signos persuasivos, os quais permeiam e influenciam o consciente ou, mesmo,inconscientedosindivíduos.Ocontroledoimagináriosocial,dasuaprodução,manejo e difusão, assegura em graus variáveis, reais influências sobre os comportamentos e as atividades individuais e coletivas, permitindo assim elaborar uma representação de si e estabelecer papéis e posições sociais propondo e impondo as crenças do senso comum, é “através dos seus imaginários sociais que uma coletividade designa a sua identidade” afirma Bronislaw Baczko (1985, p.312) em seu estudo sobreimaginários.

Para a compreensão desta identidade dentro do imaginário social, seus sentidos e significados, necessitamos entender as estruturas dos seus discursos. A teoria semiótica serve de suporte nesta decodificação, uma vez que interpreta a concepção de sentido, formas e maneiras que os indivíduos atribuem significados as coisas em seu cotidiano. Segundo Roland Barthes(1985)omundoéfeitodesignificação,neleafunçãosignoocorreemmuitossistemas semióticos cuja substancia de expressão não é apenassignificar.

1 Trabalho apresentado no Simpósio de Comunicação e Imaginação Social do XII Seminário de Pesquisa em Ciências Humanas – SEPECH – UEL, realizado nos dias 16 e 17 de outubro de 2018.

2 Mestrando em Comunicação na Universidade Estadual de Londrina – UEL. Especialista em Comunicação com o Mercado pela UEL e em Gestão de Negócios pela Faculdade Pitágoras de Londrina. Colaborador no Projeto de Pesquisa Os discursos do Varejo na Espacialidade Urbana – UEL. adrianoralmeida@hotmail.com

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10 Diante do exposto sobre a significação dos objetos e a construção do imaginário por meio da sua linguagem este artigo tem como objetivo geral analisar o mito do poder empresarial,tendocomespecificidades:analisaralinguagemmíticapormeiodadecodificação

semióticadoobjeto/cadeiradepresidente/diretorempresarial;analisaropotencialdeinfluência deste discurso mítico sobre o imagináriosocial.

Metodologicamente caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa, utilizando como método a pesquisa documental e bibliográfica, e para a interpretação dos dados o método da Semiótica da linguagem de Roland Barthes (1985), que utiliza as estruturas da linguagem que constituem os discursos para desmitificar algumas crenças cristalizadas no imaginário social, tentando compreender como a sociedade determina sua significação do objeto mediante o seu contexto social. Como objeto de análise

utilizamos imagem fotográfica do reality show “o

aprendiz”daediçãode2008(RECORD),tendocomorecorteamesadereuniõeseacadeirado apresentador, sendo símbolo central do programa, e manifestação expressa do poder empresarial.

Esta pesquisa busca compreender e descontruir dentro do imaginário social os elementos que compõe a estrutura linguística utilizadas na construção da linguagem mítica, as quais encontram-se enraizadas e vivenciadas de forma alienada pelos usuários, que se relacionamsemcompreenderseusatoscomunicacionais,eosefeitosdelesnacriaçãodosenso comum.

Dado as informações que impulsionam esta pesquisa, abordamos as fundamentações teóricas que vão nos acompanhar na compreensão dos conceitos teóricos, iniciando pelos conceitos do imaginário social.

Imaginário social e a construção do mito

Omitopossuiemsuaetimologiadiversossignificados:fábulaquerelatahistórias,pode ser uma interpretação ingênua do mundo e de sua origem, ou então a exposição simbólica de umfato,atémesmoumatradiçãoque,sobformaalegórica,deixaentreverumfatonatural, histórico ou filosófico. De certa forma todas as definições acima estão relacionadas a fatos que não condizem com o real, que se encontram fora da realidade.

Acerca do pensamento científico Claude Lévi-Strauss (1987) argumenta que a relação entreomitoeciênciaproduzconhecimento,ondeosmitospossuemcarátersimbólicopartindo do mundo dos sentidos, onde a mitologia se encarrega de compreender e analisar suas origens e significados. Para ele o mito, como outra linguagem, também seria pleno de significado (LEVI-STRAUSS,1987).

Nas palavras de Barthes "o mito não se define pelo objeto de sua mensagem, mas pela maneira como a profere: o mito tem limites formais, mas não substanciais" (BARTHES,1985, p.137), o imaginário é a representação, evocação, simulação, sentido e significado, um jogode espelhos onde o “verdadeiro” e o aparente se mesclam. Este imaginário social se constrói por meio de um sistema de sentidos, onde os indivíduos se comunicam por meio de referências simbólicas, sendo suporte para a

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criação de identidade coletiva, norteando as relações

institucionaisdestegrupo,cuja“asignificaçãoéprodutoradesonhos,ilusõesesímbolos”como afirma Baczko (1985, p.308).

Analisado por este conceito o imaginário é uma atividade executada pelo indivíduo visando se reconhecer dentro destes sistemas, organizando e reorganizando seu entorno para que encontre equilíbrio na obtenção de realizar suas necessidades básicas cotidianas para sua existência.Paraoautor,oconflitoquesedánoimaginário(eemsuasrepresentações)nãopode ser visto como um acréscimo do ilusório ao real, mas como uma duplicação e reforço da dominação efetiva pela apropriação de símbolos que garantam obediência (BACZKO,1985).

O controle do imaginário contribui, portanto, conforme a afirmação de André Azevedo da Fonseca (2014) para o estabelecimento de uma representação global e totalizante da sociedadecomoumaordememquecadaelementoencontraoseu “lugar”easuarazãodeser. A imaginação social torna-se, nessa perspectiva, uma das principais forças reguladoras davida coletiva. Por isso, o domínio do simbólico constitui-se em instrumento eficaz no exercício da autoridade dentro dasociedade.

Semiótica da linguagem

Podemos compreender a cultura de determinado grupo social por meio das suas estruturas comunicativas, as quais são constituídas por sistemas complexos de linguagens, que se manifesta através de textos e significados, os quais transmitem informações ou mensagens. A análise semiótica se torna suporte teórico na decodificação dos sentidos emitidos nos elementos que compõem as linguagens, estes, estruturam os elementos culturais que compõe a sociedade: a arte, religião, política entre outros.

Santaella (2007) argumenta que todo e qualquer fato, cultural ou comunicacional produzem significantes, isto é, práticas de produção de linguagem e de sentido. Sendo assim, esta interação se apresenta em um estado nascente, “frágil e delicado”, o que possibilita alteraçõesemseuprocessodeamadurecimentoatéserumfatoconsumido,é“justamenteocaso da Semiótica: algo nascendo e em processo de crescimento. Esse algo é uma ciência, um território do saber e do conhecimento ainda não sedimentado, indagações e investigações em processo” (SANTAELLA, 2007, p.8).

Nesta concepção Barthes (1985) defende que o mundo é feito de significação e nele, a função signo, é recorrente em diversos sistemas semióticos, cuja sua substância de expressão não é apenas significar: para ele todo sistema semiótico é um sistema de valores. É por meio desta teoria que o autor se utilizou da semiótica para interpretar os sentidos e significados que emergem das linguagens e discursos dos mitos. O que existe na teoria barthesiana que a diferencia dos outros semióticos é que não usa um signo contraposto a outro para interpretar e deles tirar a significação, ele vai mais fundo, decompõe o signo empenhando-se para compreender além da estruturação e organização dos mecanismos de construção do sentido (BARTHES, 1985).

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12 Em seu estudo realizou uma crítica ideológica da linguagem dita da cultura de massa por meio da desmontagem semiótica da linguagem dos mitos. Buscou encontrar falsas evidencias sobre o sentido das coisas no cotidiano social. Segundo Barthes “o mito é umafala, [...], mas não uma fala qualquer, são necessárias condições especiais para que a linguagem se transforme em mito” (BARTHES, 1985, p.131). O mito se organiza como uma mensagem,um sistema de comunicação que permite mitificar tudo o que seja suscetível de ser julgado porum discurso.

Para o autor o mito é lido como um sistema fatual. O consumidor do mito considera o processo de significação como um sistema de fatos, onde existe apenas uma equivalência, ele vê uma espécie de processo casual (casos mais fatos), enquanto, em sua opinião, o mito é em sua essência apenas um sistema semiológico. Revela detalhes de como a mistificação transforma a cultura em natureza universal

por meio do mascaramento e manipulação dos

discursosdosmeiosdecomunicacionais,analisandoosabusosideológicosnasconstruçõesdos mitossócio-políticos-históricos.

Mito como linguagem e sistema semiológico

“O mito fala. O mito é vivo, assim como a linguagem. Tudo é mensagem (linguagem)” (1985, p.131), assim afirma Roland Barthes em seu Livro Mitologias que aborda a teoria da linguagem iluminada pela semiótica para compreender e desmitificar os mitos do imaginário social.Estaafirmaçãodoautortornatodososcampossociaissignificativos.Tudoémensagem, sendo passível de análise por essaciência.

Em sua teoria o autor esclarece que sua abordagem trata o mito como uma forma de linguagemquepossuíestruturalinguísticaprópria,porém,utiliza-sedeoutrossuporteseformas de linguagem para ser transmitido, “rouba” elementos do que já foi dito para fazer um “ocultamento” da mensagem central, alterando seu sentido por meio de deformações, reconstruindo artificialmente, tornando-a simples, naturalizando seu contexto, apagando ou desconsiderando o passado sem conectar a mensagem ao seu contexto histórico – entendemos na análise do mito de Barthes como linguagem toda forma de expressão: oral, escrita, foto, desenho, revista, publicidade, signos não verbais entreoutros.

Esta afirmação do autor permite-nos compreender por meio da sua crítica a naturalizaçãocaricatadasmensagensqueéoperadapelalinguagemmítica,mostrandoomodo pelo qual atua como um mecanismo de despolitização do leitor em favor do mundocapitalista, do modo de vida burguês e do contexto sociocultural que dele decorre (BARTHES, 1985). Aproximou-se desses objetos produzidos pela cultura de massa, tratando-os como linguagem, criando um método de análise bastante próximo dos procedimentos utilizados nas análises de textos literários para compreendê-los. Nesse contexto o que importa na teoria barthesiana é a decodificação desse universo aparentemente tãonatural.

Estas leituras, no entanto, nunca são inocentes, delas implicam valores sociais, morais, ideológicos. É preciso, pois, descobrir-lhes o sentido oculto, submeter a um volume amplo de

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13 fatos,aumprincípiodeclassificação,estudaressaoperaçãopelaqualumamensagemqualquer se impregna de um segundo sentido, difuso, em geral ideológico, e que é chamado de “senso comum” (WERNECK, 2008,p.1527).

Quando recorta o mito como objeto o autor delimita o que deve ser estudado, podendo dele extrair as informações para uma análise coerente e desmistificadora. Em suas palavras “cada objeto no mundo pode passar de uma existência fechada, muda, a um estado oral, aberto à apropriação da sociedade, pois nenhuma lei [...] pode impedir-nos de falar das coisas” (Barthes, 1984, p. 42).

O consumidor do mito considera o processo de significação como um sistema de fatos. O mito é lido como um sistema fatual. Quando ele é apenas um sistema semiológico. Para o leitor do mito, tudo se passa de modo natural, como se a imagem provocasse naturalmente o conceito, e, o significante criasse o significado. Entretanto, “o mito é um sistema particular, visto que ele se constrói em cima de uma cadeia semiológica que existe já antes dele” (BARTHES, 1985, p.133), precisando de um signo já

existente para poder exercer sua função

desentido,sendonestarelaçãoosignificanteoelementodaimagemmentalouescrita:descreve oobjeto-sendovaziodesentido.Osignificadoéoqueoobjetorepresenta:suautilidadeesua função-nosremeteaalgoespecíficonomundo.Destarelaçãonasceosigno:éaideiadoobjeto - descrição do objeto mais a significação dada pelo leitor.

Na concepção do autor o mito transforma o signo resultante da primeira cadeia semiológica em significante na segunda. No mito, Barthes nomeia o significante como Forma, o significado como Conceito e o signo como Significação o Mito propriamente dito. Há dois sistemas semiológicos na construção da mitologia, sendo o primeiro um sistema linguístico, a próprialíngua,oqualsedeslocaemfunçãodosegundosistema,alinguagemmítica.Oprimeiro é chamado de “linguagem-objeto, já que é a linguagem que o mito se serve para construir seu próprio sistema”. O segundo é, de fato, o próprio mito que, enquanto sistema semiológico, ele denominou como “metalinguagem” (BARTHES, 1985, p.137).

Énessarelaçãoentreosentidoeformaquesedefineomito.Oconceitoédeterminado,

éhistóricoeintencional,epormeiodele,todaumanovahistóriaéimplantadanomito.Quando se passa do sentido

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14 à forma, perde-se um pouco do conhecimento sobre o signo, esvaziando o seu sentido, evaporando sua memória, desta forma o mito considerado de forma natural,perde seu caráter histórico social, fica disponível para ser preenchido por um novo saber mascarado ou intencional. O conceito do mito deforma a linguagem e sentido do mito, isto só é possível porque a forma do mito já é constituída por um sentidolinguístico.

Seguindo a teoria barthesiana se o pesquisador focalizar o significante vazio deixa o

conceitopreencheraformadomitosemambiguidade,ficadiantedeumsistemasimples,sendo

estemododefocalizaradoprodutordemitos,oqualpartedeumconceitoeprocuraumaforma

parapreenchê-lo.Seopesquisarfocalizarosignificantedomito,enquantototalidadedesentido e forma

recebe uma significação ambígua (reagindo de acordo com o mecanismo constitutivo do mito),

se transforma em usuário do mito, sendo este modo de focalizar a do leitor de mitos. Se o

pesquisador focalizar o significante pleno, no qual se distingue claramente o sentido da forma,

acarreta uma deformação, portanto a deformação que um provoca no outro, destrói a

significação do mito, sendo este modo de focalizar a do mitólogo que decifra o mito e

compreende uma deformação nalinguagem.

Compreendemospormeiodestadecodificaçãosemióticaaconstruçãodomitopormeio dos elementos estruturais da linguagem. Destrói o mito desmascarando-o por meio de análise dos sentidos e significações do discurso, bem como, revelando seu real sentido e intenção, permitindo ao leitor do mito que não viva a história contada de forma verdadeira e irreal simultaneamente.

Comunicação e Imagem

Os fatores relacionados à comunicação estão intrinsicamente ligados à função da linguagemedeterminamodirecionamentodasmensagensemitidas,sendoque"aemissão,que organiza os sinais físicos em forma de mensagem, colocará ênfase uma das funções - e as demaisdialogarãoemsubsídio,assim,umdosfatoresprevalecerá"conformeargumentaSamira Chaulhub (2003,p.8).

O discurso é uma forma de expressão da linguagem encontrada em diversos contextossociais, e, sendo ele realizado através da fala ou escrita, se relaciona por diversos suportes:estruturas verbais, eventos comunicativos, interativos, ou, fonte de sentido, através de uma representação mental ou de um signo, gerando significado. Segundo Manhães,a “[...] linguagem é um instrumento de comunicação que está sempre em atividade, seja nas relaçõescotidianas coloquiais, seja nas interações institucionais e formais” (MANHAES, 2012, p.305). A construção do discurso ocorre junto à interatividade social, nesta relação o indivíduo constróisuaidentidadenainteraçãocomooutro,nocentrodestarelaçãoestáoespaço discursivo criado entre ambos, e a constituição do sentido dos enunciados. O discurso se torna a expressão da linguagem, formação do sujeito que se constitui nessa relação dinâmica, utilizando a

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15 linguagem para fazer-se entender e, nesta troca comunicacional, entender-se.

Ligado à imagem enquanto um conjunto de representações, de impressões e de convicções de um objeto armazenado na memória, está a capacidade do intelecto humano, que se revela como função primordial de influência e direcionamento na personalidade e comportamentodoindivíduo.Opensamentohumanoreproduzemimagensmentaisquasetudo que vê ou imagina. A dimensão simbólica está relacionada a representação dos pensamentos em signos, permitindo assim a interpretação do mundo em que vive e os objetos que se relaciona, mesmo na ausência destes, uma vez que o sujeito possui um acervo de sentidos e significados, o qual executa ligações aproximando este signo por semelhança ou por similaridade designificância.

Metodologia

Tendo em vista que o objetivo geral deste trabalho é analisar o mito do poder empresarial,tendocomespecificidades:analisaralinguagemmíticapormeiodadecodificação

semióticadoobjeto/cadeiradepresidente/diretorempresarial;analisaropotencialdeinfluência dos discursos míticos sobre o imaginário social. Utilizamos como instrumento de investigação a pesquisa qualitativa, documental e bibliográfica, e para a interpretação dos dados osmétodos da semiótica dalinguagem.

A pesquisa qualitativa permitiu abordar os fenômenos sociais e explicá-los por meioda compreensão da vivência dos usuários, analisando as experiências do indivíduo e dos grupos sociaisemsuaslinguagenseinteraçõescomunicacionais,permitindorelacionarquestõessócias culturais, obtidas por meio de investigação documental e bibliográfica (MARCONI; LAKATOS,2002).

A pesquisa de campo ocorreu de forma exploratória e qualitativa. Segundo Marconi e Lakatos este tipo de pesquisa é “utilizada com o objetivo de conseguir informações e conhecimentos acerca de um problema para qual se procura uma resposta ou de uma hipótese que se queira comprovar ou ainda descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles” (MARCONI, LAKATOS, 2002, pg. 83).

Escolhemos a imagem fotográfica – documentação visual – para análise do objeto de pesquisa. Esta opção está intrinsicamente relacionada ao seu poder de comunicação. Nas palavrasdeIluskaCoutinhoaimagemétodaformavisualgeradapeloindivíduo,sejaemforma abstrata, por meio pictóricos, registro “foto mecânico”, ou mesmo em formações mentais da imagem (pensamentos), complementam que “é precisamente essa capacidade das imagens de comunicar uma mensagem que constitui o aspecto principal de sua análise” (COUTINHO, 2012, p.330).

Utilizamos da técnica de pesquisa documental indireta para a obtenção da imagem fotográfica, como definem Marconi e Lakatos (2002) a fonte propicia o estudo de fenômenos; permite estudar eventos ocorridos no fato ou precedente ao fenômeno. Será analisada uma imagem fotográfica do episódio 13 do reality show brasileiro “O aprendiz 5 – o sócio”, produzido e distribuidora pela Rede Record transmito dia 19 de junho de 2008. A fotografia é de autoria de Edu Moraes/Record (2008), encontra-se depositada na editoria de Economia do site UOL. A escolha desta imagem fotográfica

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16 ocorreu pela disponibilidade de elementos que contribuem para coleta e analise dos dados para as respostas à pesquisa deste trabalho.

Ométododepesquisadeabordagemvisualconsideraaspectoscomoasubjetividadedo indivíduo que registra as imagens bem como aquilo que ele escolheu incluir ou excluir da imagem fotográfica que foi capturada, e, as duas áreas com maior atuação são as que analisam imagens produzidas em estudo de

campo e/ou imagens produzidas pelos atores sociais no

contextodavidacotidiana(BARTHES,1984).Opesquisadorutiliza-sedeimagenscomofonte de informações para extrair seus dados e poder estudar um fenômenosocial.

Para a interpretação semiótica dos dados obtidos utilizamos a teoria da Semiótica da

Linguagem de Roland Barthes (1985), a qual analisa os signos e seu processo de significação

dentro dos mitos como um sistema semiológico, por uma abordagem denotativa e

conotativa,

nomeandoossistemasdecódigosquesãotransmitidoseadotadoscomopadrõesnaslinguagens

construtivas dos mitos.

O autor elenca e categoriza aspectos para a análise dos mitos por meio

da sua estrutura de linguagem: O mito é uma fala; O mito como sistema semiológico; A forma e

o conceito; A significação; Leitura e decifração do mito; O mito como linguagem roubada; A

burguesia como sociedade anônima; O mito é uma fala despolitizada; O mito, na esquerda; O

mito, na direita; Necessidade e limites de uma mitologia. Utilizamos em nossa análise os

pontosreferenciasqueabordam:Omitoéumafala;Omitocomosistemasemiológico;Aforma

e

conceito; Leitura e decifração domito.

Como dados secundários recorremos a referenciais teóricos que possibilitaram nos relacionarmos com conteúdo teóricos acadêmicos que enriqueceram a análise contrapondo linhas de pensamentos diferentes sobre o mesmo tema.

Análise dos Dados

Analisaremos o mito do Poder Empresarial por meio da posição do presidente/diretor de empresa, tendo como objeto a cadeira de quem ocupa este cargo e o simbolismo nela embutido.

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Figura 2: Foto: Mesa de Reunião, Reality Show “O Aprendiz 5 – o sócio” – 2008 Fonte: UOL Economia – Imagem: Edu Moraes/Record

Apercepçãobarthesianaanalisaaconstruçãodomitoconsiderandoqueomesmoéuma

fala,oqualpermitedecodificá-loedesmitificá-lopormeiodalinguagem,utilizandocomobase os conceitossemióticos.

Analisando os elementos que compõe a imagem, notamos a mesa de reunião, como elementocentraldopalcoenorteadornaconstruçãoedisposiçãodosdemaiselementosdorito do poder empresarial, neste caso, representado pelo empresário, reconhecidamente famoso, e com prestígio social elevado, Roberto Justus, no papel de presidente daempresa.

Na imagem notamos que a cadeira (significante/denotativo), peça de mobília composta de um assento individual e de um encosto, com ou sem braços, onde está sentado o empresário/apresentador é constituída por estofado confortável, tecido de couro, encosto alto (significado/conotativo), possuí características distintas, onde, o encosto maior, é um símbolo de distinção aparente que a diferencia das demais cadeiras que compõe o ambiente.

As junções do significante denotativo com o significado conotativo constroem o signo

(sentido): posição reservada ao presidente da empresa.

Ao trazermos esta linguagem sígnica já composta de sentido – a cadeira se relacionaao cargo do presidente, encontramos no apresentador/empresário as qualidades e características queodefinemparaocuparestaposiçãodentrodaempresa.Acriaçãodomitoocorrequandose utiliza a cadeira e impregna nela todo o conceito de poder por meio de adjetivos qualitativose características que o função/cargo transmitiu ao indivíduo e, ao sentar-se na cadeira,transferiu estas características a ela. Criou-se um segundo sistema, repleto de valores (sentido), que chamamos de Mito (sistema semiológico do mito).

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O mito esvaziou o sentido da cadeira onde está sentado o apresentador Roberto Justus

(forma: significante do sistema semiológico do mito), preencheu o lugar onde ocupa o

empresário (conceito: significado do sistema semiológico do mito) com elementos que

mascaram a realidade hierarquia empresarial atribuindo prestígio, superpoderes, direitos

melhores ou maiores do que os cidadãos comuns, status de um “ser especial”. Elementos de

distinção do cargo de presidente/diretor transferidos ao Roberto Justus dando-lhe Poder e

Distinção, gerando o signo mítico, o próprio Mito do Poder Empresarial. Na linguagem

utilizada pelo imaginário a cadeira transformada em signo mítico tem seu sentido esvaziado,

evaporado, e dá lugar a elementos e valores sociais, culturais e históricos que vão construir o

Mito do Poder Empresarial.

Na imagem e no imaginário social o mito garante a constatação do fato, constata-se o Poder de quem senta na cadeira, mas esquece da cadeira como tal (como objeto). A forma afastoutodaessariqueza,enolocaldapobrezadeixadaomitomanipuloualinguagemeencheu de significação distorcida. É importante salientar que no sistema semiológico mítico da teoria barthesianaépossívelexistirparaumadeterminadaforma(significantedosistemasemiológico do mito: lugar da posição do presidente) diferentes conceitos (significado: quem esta sentado nestaposiçãopossuíopoder),podemosexemplificarutilizandootronodaRainhaElizabethda Inglaterra, a cadeira presidencial do Papa, entre outros. Na afirmação de Barthes (1985, p.134) “atravésdoconceito,queéosignificantedosistemasemiológicomítico,todaumahistórianova é implantada nomito”.

O mito se constrói quando o expectador do programa entende esta relação de fatos de forma inocente, replica este entendimento no seu cotidiano, cristalizando a informação deformada no imaginário social. O mito por meio dos elementos de poder, se torna arbitrário, se manifesta impondo-se sobre a cadeira (objeto). O que é retratado de modo metafórico no imagináriosãoospoderesequalidadesquevocêadquiriráocupandoaposiçãodepresidenteda empresa, onde a subversão dos signos gera um novo sentindo para acadeira.

Baczko (1985) revela que para exercer um poder simbólico não é necessário apenas acrescentaralgoilusórioaumfatoreal,massimreforçaradominaçãoefetivapelaapropriação

dossímbolosegarantiraobediênciapelaconjugaçãodasrelaçõesdesentidoepoder.Todosos profissionais que estão na imagem da sala de reunião são cientes dos seus papéis dentro da composiçãoeencenaçãodomito.Elessãocientesqueopoderestácentralizadonapessoado apresentador e está repetição cotidiana afirma e reafirma os elementos de poder que lhes foi atribuído pelo cargo de presidente.

O reality show trata de um programa de entretenimento voltado para a descoberta de profissionais e o resultado final é a contratação para uma das empresas de Roberto Justus. Utilizando a imagem da sala de reuniões podemos elaborar outra análise do Mito do Poder Empresarial cristalizado

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19 no imaginário social cotidiano, a qual se relaciona a contratação de novos colaboradores, as chamadas “entrevistas de emprego”. Podemos compreender a linguagem mítica por meio dos elementos sígnicos embutidos e transferidos ao imaginário social, relacionados à cadeira do presidente.

Como disposto na imagem, o presidente esta na ponta da mesa, ao seu lado direito e esquerdo encontram-se profissionais, com cargos e funções inferiores, que vão auxiliar no processo de escolha. Ao adentrar em qualquer sala de entrevistas, encontra-se dispostas no ambiente, uma situação parecida, e, neste ambiente uma cadeira com características mais imponentes do que as demais: design e tecidos diferenciados, logo, inconscientemente o indivíduo lê a cena e interpreta por meio da linguagem visual da disposição dos elementos do ambiente que, o sujeito que ocupar o acento, possui a maior posição hierárquica dentro da organização, se não, ao menos o maior poder dentro da sala.

Assim, suas ações e reações advindas deste sujeito serão alteradas mediante ao que seu imaginário resgatou de conhecimento sobre o Mito do Poder Empresarial, já que sofrerá interferência, pois, atribuirá sentido diferenciado a quem ali estiver sentado, pois, a linguagem do senso comum já o persuadiu a acreditar que está se relacionando com um “ser superior”, quasedivino(mitodosdeuses),escolhidosediferenciados,sendoassim,merecedoresdeserem temidos e respeitados, mais, do que os outros indivíduos que se encontram no mesmo meio social.

Outra análise que aparece por meio desta cristalizando do discurso mitológico transcende a linguagem social, e se cristaliza dentro dos imaginários sociais, comunicando-se como uma linguagem artificialmente natural, o qual denomina-se em nossa sociedade como ditado popular brasileiro – esta forma de comunicação permeia todas as classes sociais e éde domínio público, sendo uma linguagem composta por elementos estruturais linguísticos construídas pela comunicação da cultura de massa, a

qual diz: “quem senta na ponta, paga a

conta”:Atravésdenuançasemdiversosaspectosdasrelaçõessociais,aselitesprocuramimpor

suas“diferençasdesituaçãoeposição”atétransformá-lasem“distinçõessignificantes”.Assim, por meio das “marcas de distinção”, os sujeitos definem para si e para os outros o papel que cabe a cada um na “ordem cultural” da sociedade. (FONSECA, 2014,p.189).

Este ditado faz referência novamente ao Mito do Poder Empresarial na cultura local, tendoreferênciashistóricascomosgrandesbanquetesoferecidospelosreiserainhasmedievais.

Estesjantareseramofertadoscomgrandesadornosedispostosemmesasimensasretangulares, o que permitia que os convidados se posicionassem nas extremidades maiores e, as laterais, eram ocupadas pelos reis e rainhas. Sendo um símbolo de diferenciação de poder destes reis, sentar na “ponta” da mesa, lhes atribuíam a distinção por meio da visualidade, obtendo o respeito e a atenção de todos que compunham amesa.

Usando novamente a imagem fotográfica para se referir ao poder embutido na cadeira/objeto,remetemosaosdesignsretangularesdasmesasdereuniões,paranosreferirmos aos bares e restaurantes, onde a simbologia da posição de destaque e distinção se encontra nas extremidadesdesuasmesas.Nosjantaresoueventoscomemorativosemretribuiçãoaotrabalho bem feito da

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20 equipe, os presidentes e diretores da empresa, inconsciente ou conscientemente, ocupam-se destes lugares para fazerem seus discursos de agradecimentos, e arbitrariamente pagando as despesas do evento, demonstrar por meio do poder do capital, o seu poder de distinção.

Odiscursodomitofazcomqueoindivíduopenetrenumaespéciedemundosubstancial, e que incontestavelmente estabelece uma relação natural com o objeto sedutor, validando a crençadequesentar-senesteobjetolheconferirásuperpoderes.Deixa-seenvolverporobscuros impulsos de envolvimento e desejo, onde o profissional que almeja sucesso e destaque dentro do mundo dos negócios idealiza uma riqueza transcrita dentro de elementos de um simples objeto, e por meio do imaginário se torne cúmplice e vislumbre um respeito acima do comum, maquiado, imposto, e nãoconquistado.

O importante para o discurso do imaginário é mascarar a violência do poder do qual o objeto-cadeira está impregnado. Por meio da sedução que a imagem transfere os direitos de gozar os prazeres e benefícios a quem se sentar nela. A cadeira como objeto adquire assim um estado de valor. Esta atribuição de valor do objeto só se valida dentro do imaginário, quando seu sentido tem relações de força no domínio do imaginário coletivo (BACZKO, 1985). O discurso se aproveita e se realiza por meio da

mitologia, aproveitando da liquidez da essência

humana(BAUMAN,2008).Nestesentido,observamos,portanto,umarelaçãoíntimaecircular

entreorealeoimaginário,sendopraticamenteimpossívelestabelecercomsegurançaoslimites entreambos.

Considerações Finais

O imaginário pode ser considerado como um quebra cabeça social onde os usos e funcionalidades realizam a composição dos diversos elementos sígnicos para a construção dos seus discursos.

A análise de desmitificação do discurso empresarial propiciou a possibilidade de viver a realidade, verdades e mentiras, criadas ou manipuladas, dentro de um recorte onde o poder é peça fundamental na criação de imaginários sociais. Foi possível encontrar mediante as bases teóricas que iluminaram e nortearam esta pesquisa os discursos paralelos da sociedade contemporânea sobre o poder empresarial e como suas linguagens e discursos são utilizados para movimentar o imaginário dito da cultura de massa.

A imagem fotográfica nos permitiu relacionar os sentidos entre os imaginários e suas construções, bem como as transformações nos discursos empresariais. É evidente a estratégia míticarecorrenteeefetivanalinguagemempresarialenaconstruçãodoimagináriosocial,pois seu caráter natural da linguagem gera a eficácia perante aqueles que recebem a mensagem. É necessário evitar a confusão desonesta entre os signos fabricados e uma pretensão ao natural, entendendo que o “natural” pode ser manipulado e composto tecnicamente para a obtenção de resultados, por meio de técnicas persuasivas das linguagens dosdiscursos.

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21 mito,indicandooselementosideológicosdominantesqueconstituemseusdiscursos.Mediante a teoria barthesiana cabe ao mitólogo localizar e decifrar o mito por meio da significação impregnada em sua linguagem tentando compreender a deformação causada na compreensão por meio do seu discurso. O mito é apenas um sistema produtor de sentido, e não de fatos. Assim,quandoamensagemideológicaédesmontadapormeiodaanálisedasuasignificaçãoe não da sua relação natural, revela sua artificialidade (BARTHES,1985).

Éprecisosalientarquenossainterpretaçãoéapenasumadentreinfinitaspossibilidades de abordagem. O objeto de análise está sempre em movimento, sendo assim todo processo de análiseouinvestigaçãotambémestarásempreemmudança,comoressalta LuizCarlosIasbeck (2012, p.196) dizendo que “o objeto também não se imobiliza não se congela não estaciona para ser observado, portanto um projeto que elege a semiótica por fundamentação tende a ser um projeto dinâmico, o ato transformador a cada aplicação, a cada fase do processo investigativo”.

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Referências

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