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Estudo de caso O LED na iluminação comercial. A loja Me Move teve seus 900m² iluminados por LEDs de diferentes modelos. Caderno de Iluminação

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Academic year: 2021

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Caderno de Iluminação

Estudo de caso

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O LED na iluminação comercial

Vitrines em

destaque

Com alto IRC, que confere maior precisão de cores a objetos iluminados,

menor geração de calor e maior eficiência energética, os LEDs têm

sido a melhor opção para iluminação de centros comerciais

Lino Ferreira

(2)

Por Larissa Luizari

C

om baixo consumo de energia, a tecnologia LED vem se mostrando a preferida na hora de se ilu-minar locais que demandam luz artificial a maior parte do tempo, inclusive durante o dia. Exemplos típicos desta realidade são lojas de shopping cen-ters que, muitas vezes, sem incidência de luz natural, neces-sitam de uma tecnologia que seja eficiente tanto na hora de iluminar quanto na hora de consumir menos energia elétrica.

Quanto a isso não há dúvidas de que as vantagens dos LEDs são irrefutáveis. Comparado com tecnologias convencionais, comumente utilizadas na iluminação de estabelecimentos comerciais, como as lâmpadas halógenas, o resultado chega a uma diferença de quase 100%. Um fator determinante para isso é a baixa emissão de calor. De acordo com a demonstração apresentada pelo

pesqui-sador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Oswaldo Sanchez, em uma lâmpada halógena de 100W, apenas 10% da potência é convertida em luz, enquanto os outros 90% são transformados em calor. Já em um LED com a mesma potência, 95% são convertidos em luz e apenas 5% em calor.

Esta grande diferença está relacionada ao processo de con-versão de energia elétrica e emissão de luz dos semicondutores, que, por um processo de transferência de carga, conseguem converter a energia elétrica em luz. Esse processo também emite bem menos calor que o das lâmpadas convencionais.

Com tais características, os diodos emissores de luz, na prática, são capazes de gerar muito menos calor aos ambien-tes que iluminam. Por emitirem menos calor, seu desgaste é menor, o que torna sua estimativa de vida útil bem acima da

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estimada para lâmpadas convencionais. Um LED pode chegar a até 50 mil horas de vida útil, ao passo que uma lâmpada halógena, de duas mil a quatro mil horas.

No entanto, segundo Sanchez, o alto valor de investimento ainda é um obstáculo para se optar pela tecnologia. “O pro-blema do alto investimento atrapalha a penetração do LED nesse mercado de iluminação, apesar da vantagem evidente da eficiência” explica. Porém, ele argumenta que os processos produtivos desses pontos de luz estão sendo barateados e a escala está em ascensão. Dessa forma, em breve, eles se tornarão bastante vantajosos para muitos nichos.

Mesmo diante dos altos valores de investimento, alguns segmentos já estão utilizando o LED para iluminar inteiramen-te os ambieninteiramen-tes. Para exemplificar essas aplicações, a Revista Lumière Electric selecionou quatro projetos luminotécnicos que utilizaram LEDs para iluminar e economizaram custos.

O primeiro caso é o da loja Polishop do shopping Tambo-ré, em São Paulo (SP). Antes do retrofit, o ambiente utili-zava lâmpadas a vapor metálico e fluorescentes compactas refletoras. A troca por LEDs foi motivada pelo fato de ser possível economizar de 70% a 90% de energia elétrica em comparação às tecnologias convencionais.

O projeto luminotécnico foi desenvolvido pela Osram, fa-bricante de soluções para iluminação. Assim sendo, o espaço, que antes consumia 10.400W, passou a consumir 3.700W. Para alcançar este resultado, os projetistas utilizaram as lâmpadas LEDvance downlight XL e L. Ambos os modelos foram instala-dos em toda a extensão do estabelecimento. Para destacar as prateleiras laterais, foram aplicados os modelos com foco de 12°, que conferem uma iluminação mais direcionada.

Segundo o gerente para a linha de LEDs profissional da Osram, Marcos de Oliveira Santos, a utilização da tecnologia permitiu

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A loja Polishop substituiu a tecnologia de lâmpadas a vapor metálico e fluorescentes compactas por LEDs, o que permitiu que o estabelecimento reduzisse o consumo entre 70% e 90%

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que o espaço físico ganhasse inovação, oferecendo novas pos-sibilidades de exposição dos produtos comercializados. “Conse-guimos atender esse quesito, proporcionando um local com uma iluminação moderna e, ao mesmo tempo, sustentável”, afirma.

Outra vantagem, ainda de acordo com Santos, é que as lâm-padas LED oferecem maior flexibilidade de aplicação, sendo capazes de atender as diferentes necessidades do projeto, com suas variadas formas e temperaturas de cores.

Já na nova unidade das lojas Hammy, localizada no BH Sho-pping, em Belo Horizonte (MG), a baixa manutenção devido à extensa vida útil dos LEDs foi o motivo decisivo na hora de escolher a tecnologia. De acordo com Flávio Luiz Melo da Silva, analista de marketing da Everlight – empresa res-ponsável pelo projeto –, a manutenção de lojas de shopping centers é um fator crítico, pois necessita de agendamento em horário que o centro de compras está fechado para o público.

O estabelecimento possui 120m2 e foi todo iluminado por LEDs. Acima das araras foram utilizados LEDs de alta potência de 3,6W, criando um efeito de cortina de luz nas paredes. Já as fitas de LED de alta potência de 4,2W/m podem ser encontradas nas sancas e são responsáveis pela iluminação geral do ambien-te. O provador de roupas recebeu luminárias com LEDs de 3,6W de potência e lentes de 28°, oferecendo uma iluminação focal.

A comparação entre as tecnologias pôde ser feita a partir de outras duas lojas da rede, cuja iluminação é feita por lâm-padas halógenas dicroicas PAR 20 e PAR 38. Segundo Melo da Silva, a queima destas lâmpadas é mais frequente e deve haver manutenção constante. Outra desvantagem é que as halógenas têm alto consumo de energia elétrica, além de ge-rarem calor, deixando o ambiente iluminado muito aquecido. O uso do LED permitiu à unidade do shopping reduzir em 90% o consumo de energia elétrica. Dessa forma, o investimento

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que chegou a quase R$52.000, obteve um retorno financeiro em menos de 12 meses – a loja está em funcionamento há um ano.

Fato semelhante foi observado na joalheria Coliseu, em Novo Hamburgo (RS). A loja com 36m2, que também fica dentro de um shopping, optou por um projeto de iluminação com LEDs por se tratar de algo inovador e pelo fato do LED não necessitar de constante manutenção.

De maneira contrária aos LEDs, as tecnologias já utilizadas em outras lojas da rede, como lâmpadas HQI de 150W, CDMR PAR 30 de 75W e MR 111 de 70W, produziam calor intenso, tornando necessário um maior uso do ar condicionado, além da constante troca de lâmpadas, em razão da queima dos produtos.

As lâmpadas LEDs PAR 30 e fita LED Super 600 foram

ins-Flávio Luiz Melo da Silva

Na loja Hammy, em Belo Horizonte (MG), os LEDs de alta potência, acima das araras, criam um efeito de cortina de luz nas paredes

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taladas na vitrine do espaço comercial e sobre as mesas de atendimento. “O LED é excepcional para iluminação focada e dramática”, elogia o arquiteto Gilberto Sibemberg da Sibemberg Arquitetos – empresa responsável pelo projeto luminotécni-co. Esse diferencial pode ser explicado pelo alto índice de reprodução de cores (IRC) dos LEDs, que varia de 80 a 85. Tal característica, de acordo com o pesquisador Oswaldo Sanchez, faz com que essa tecnologia distorça minimamente as cores, muito menos que as convencionais. Com isso, ele se torna a melhor opção para destaque de produtos em exposição.

O projeto possibilitou uma redução de consumo de cerca de 60%. Pelo fato de este sistema de iluminação gerar menos calor, o mesmo aparelho de ar condicionado passou a render mais. Além

disso, a manutenção pode ser feita uma vez por ano, diminuindo o agendamento de horários e mobilização de ferramentas para efetuar a troca de lâmpadas. Com a economia obtida, o investi-mento de R$14 mil poderá ser recuperado dentro de sete meses. Versatilidade e sustentabilidade também são características grandemente levadas em conta ao se desenvolver um projeto luminotécnico. Isso foi o que motivou a escolha dos diodos emis-sores de luz para iluminar a loja de departamentos Me Move, do grupo Valdec. O estabelecimento é o primeiro da rede, e foi inaugurado no shopping Tamboré, em São Paulo (SP).

Com 900m2, a loja teve o projeto de iluminação assinado pelo escritório Mingrone Iluminação, do lighting designer An-tonio Carlos Mingrone, e toda sua extensão foi iluminada por

Com os LEDs instalados na vitrine e sobre as mesas de atendimento, a joalheria Coliseu conseguiu realçar as peças expostas

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luminárias a LED da Philips. Inaugurada no mês de outubro deste ano, a loja de moda jovem, que foi moldada por materiais sustentáveis, como vidros e pisos reciclados, desejou adotar a mesma tendência para a iluminação e escolheu os LEDs, atu-almente considerados os mais ecologicamente corretos dentre as soluções para iluminação disponibilizadas pelo mercado.

A versatilidade na aplicação foi aproveitada com o uso de lâmpadas com diferentes temperaturas de cores e ângulos de iluminação. As luminárias downlight, com luz mais neutra, são responsáveis pela iluminação geral. Para o destaque de produtos, os projetistas utilizaram modelos de luminárias em versões para trilhos, spot e de sobrepor.

Os modelos para trilho foram instalados nas vitrines da loja. Segundo a consultora comercial para lojas da Philips, Marcela Martins, a escolha de trilhos se deu a fim de oferecer mais flexibi-lidade à iluminação, possibilitando a mudança do foco da luz de acordo com a estação do ano ou com o produto a ser destacado.

Já os spots com lâmpadas LEDs PAR 30 e PAR 38, com 2.700K, oferecem uma iluminação mais amarelada, e foram escolhidos para destacar o perímetro do estabelecimento. As tubulares LED

com 11W e 22W de potência e 4.000K estão instaladas atrás dos painéis, com o objetivo de evidenciá-los.

Para a iluminação das araras e dos expositores, o projeto lançou mão de luminárias de semi-embutir direcionáveis, com 25W e 40W de potência, angulações de 18°, 28° e 40° e temperatura de cor de 3.000K.

De acordo com Mingrone, a luz mais fria foi praticamente apli-cada na loja inteira. Trata-se de uma iluminação de circulação e foi utilizada para criar um efeito mais dinâmico, apropriado ao caráter jovem do público. A iluminação amarelada, encontrada no perímetro da loja, tem o objetivo de destacar os produtos expostos, sob as mais diferentes formas. “Essa iluminação de destaque estabelece um jogo ora cênico ora uniforme, com asso-ciações de temperaturas de cor diferentes adotadas pelas fontes de luz empregadas (4.000K, ou 3.000K ou 2.700K)”, explica.

Todas as lâmpadas possuem entre 25 mil e 50 mil horas de vida útil, o que pressupõe menos gastos com manutenção. De acordo com as projeções feitas por Marcela Martins, em comparação com projetos que utilizaram outras tecnologias para iluminação, será pos-sível diminuir cerca de 30% no consumo de energia.

Referências

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