U N ! V E R 5 I O l=l O E F E O E R q L O O 1:;: I O G R q I~ O E O [I 5 U I_
..
INSTITUTO DE OUIMICI=l
DEPI=lRTI=lMENTO DE FISICO-OUIMICI=l
[)li:: II.J i!'"'/:
T~NII=l Ml=lRI=l PI550LI=lTTO
Dissertação apresentada ao [urso de P6s-Graduacão em QuÍmica, para obtenção do Tftulo de Mestre
Orientadora: ProfN YEDI=l P. DICK
c e Julho ..J -• -' •;!
!ns:: tc:o de 0Limi•a da Unive~sicade ~ ederal do Rio Grande do sob a orientaciío de: Yed-:~
o
i ck. auto~ salvo eventuai ~ a q r a d e c i m e :, t-c1 ~ ou e aoare:am neste te. to. e julgando adequado naraco
em DLfmica ne.a orientadora e oe~d o anca examinadara comoosta dos seouintes memoros :Prof. Dr. r:lcalbertn Vasaue= Instituto
de
F(sica -UFRGS
Prof. Dr. Roberto F. de Souza Instituto
ce
Ou(mica - UFRGSProf . Or . ~avinel lonescw Instituto dP. OL (mica - UFRGS
...
r:JGRr..:JDEliMENlOS
r:l Profa . YEDr:l PiNHEIRO DICK , oor sua 0 r i e n t a C
a
L' cientifica , seu ca rinho e constante dedi cacão.r:lo Prof. lJ r . Pf:IULO H
c
NR I CJUE DlONISlO, oela o r i e n t a cão no e s t u do r e f e r e n t e a E s De c t r o s c·o o i. a Mos s b a u e r .ÇJo Prof . Dr. ROBERTO DE SOUZÇJ, oelas micro-anàlises e concess~o de artigos cientificas.
ÇJo Prof. Dr . Lf..lVINEL IONESCU oela concessão de reagentes, artigos cientificas e pelas valiosas discussões.
Prof. Dr. YOSHIYUKI HÇJSE, Grupo de ÇJo
Espectroquimica Vibracional, Instituto de Ouimica, Universidade Estadual de Campinas, SP; pela obtenç~o dos espectros Infra-vermelho com Transformada de Fourier.
f..lo CENTRO DE ECOLOGI~. em especial à Enga. Ouimica TEREZr:l ÇJMf..lZÇJRRÇJY e VERÇJ ÇJTZ, pela colaboração nas dosagens do metal por absorção atômica ent forno de qrafite.
r:lo Prof. Dr. [ÇJRLOS r:JLBERTO FILGUEIRRS, pelo envio de material bibliogràfico.
f-lo Prof. Dr. DIMITRlOS SRMI05, pelas discus sões sbbre Espectroscopia Vibracional com Transformada de Fourier .
ÇJo Prof. Dr. RNTONIO B.J.B. TODESCO, pela concessão de material.
r:lo INSTITUTO DE FI51Cr:l-UFGR5, pelo uso da aparelhagem de
M
a·
s s b a u e r .difraç~o de ra1o
X
e de EspectroscopiaR WRTSON LOH, pelas valiosas discussões.
q RONY R. Gr:JRCIR, pela digitação deste trabalho, elaboração de programas de computador e constante aooio.
Ro Eng. Ou(mico JORGE TRIERWElLLER, pelo auxilio na
confecç~o de programas para m1cro computador.
OTELO JOSÉ MÇJCHI-=l00 1 pela realização dos difratogramas.
.
ÇJ r:1NDRE ÇJ. TURQUETl, pelas determinações de CMC de surf atantes por tensiometria .
ÇJ Çj O E N I M Çj R O N E Z I 1 p e L o c a r i n h o 1 p-a c i ê n c i a e e s t i m u L o em todas as horas.
ÇJ FÇJTIMÇJ JÇJNE51 pela constante compreensão e \
estimulo.
Çlos colegas do Laboratóri o K-104 1 sempre presentes em todos os momentos.
ÇJ CÇJPES e FÇJPERG5 1 pelo auxilio financeiro e de equipamentos.
Çj meus familia res.
PROPÓSITOS DESTE ESTUDO
Este trabalho de certa f o r· ma representa uma con tinuação daquele realizado por Souza, R.F . , no perlodn de 1981 -1'382 no labora tório de Oulrnica de do
Instituto de Ouimi ca , (LIFRG5). r::lquele autor es tudou complexos '
ternar~os de estanho com Hemate!na e ha logenetos , comprovanda
por espect roscopi a ~o ssbauPr que n estado de o ~idacão do met al C I I - )
I
V
)
var iou espontane~rnente sem a interferência dequalquer a~ente oxidante ao meio .
O presente estudo foi desenvol vido tendo ern vi st a os
seguintes objetivos:
1 ) Sintetisar urn complexo misto de Sn
IV
comHematelna e outro Snion capaz de coordenar-se ao me ta l através de oxigênios , mantendo , ass1m , a primeira esfera de coordenação
do a do' r e s.
constituida de uma única espécie de à tomos
2 ) U t i L i z a r um meio reaciona l para obtenção do
composto, em que a única espécie catiônica presente , além do
metal, fosse o próton (H+) Esperava-se deste uma espécie complexa destituida de
daqueles anteriormente s i n t e t i s a d o s , test.é!-la como catalisador.
carga , visando
modo , preparar
ao contràrio
poster·iormente
3) Investigar a estrutura e determina r os parâmetros
te rmodinâmicos de formação do que lato. Neste processo, recorreu-se não somente às limitadas condições de equ ipamento e r~agentes do Instituto de Ouimica, existentes no periodo de
1 9 8 6 - ·1 9 8 8 1 mas ainda, foi possivel cont ar com o apoio do
Instituto de Fisica
Ins tituições.
CUFRGS) , [entro de Ecologia e de outras
4) ~valiar a interaç~o do complexo com surfatantes a
de obter informações adicionais relacionadas com sua
estrutura , bem como estabelecer
deste procedimento para dosagem
es tanho. E' um fato bastante
a viabilidade de aplicação
de micro-quanti dades de
conhecido o emprego de
tensoativos associados a complexos meL3licos, nas
determinações anal(t icas de muitos elementos, considerando,
que aumentam significativamente a sensibilidade de ta i s
processos.
RESUMO Foi minima investigado um complexo
[5n([1~H
1~0A)~SO
J,
pH 1 ,1. ternário de sintetisado Sn IV de fórmula em meio àquo-sulfúrico,Nas condições reacionais empregadas, constatou-se que apenas um quelato de Sn IV é formado em soluç~o.
~constante condicional de estabilidade, em soluc;:ão
aquo-su lfúrica, pH f o i determinada por via
esoectrofotométrica, por dois métodos, obtendo-se o valor a 298 K, de =
c
2 1 7 1 :..o
1 2o
)
o 1o:.
•
Os parâmetros termodinâmicos de acusaram
os valores: = 11 I 50 k c a L . mo L-· l ;
6
H~."
... I=
7124 kcal .mol·-1 e=
62,88 cal.moL··:t .K-.. :•1 Levando à conclusão que, para a espontaneidade da reac;:ão de formacão do
composto, medida pela queda de energia livre padrão, só
contribuem fatores entr6picos, posto que a contribuição
entáloica é desfavorável.
Procurando subsidias para confi rmar a ausência de
carga elétrica na espécie complexa , inferida através c ·~ eletroforese de a L ta voltagem em gel de agar·-agar, foi investigado seu comportamento frente a surfalantes (aniônico,
catiônico e não iônico) no mesmo solvente supra-citado.
Constatou-se que tanto o Ligante orgânico corno o que lato intera~em unicamente com tensoativos catiônicos . Pelo
emprego etanol)
de f o i
sondas ad~quadas Cfenol,
possivel comprovar que
ben:eno, pir-í.dina
a interação daqueles
compostos com os surfatantes catiônicos é do tipo: elétron
1(
.
do l igante ou do complexo· com as mi celas
carregadas destes, indicando
carga elétrica em solução .
r::l inves tigação
estado sólido através
da de que o complexo espéc~e espectroscopias positivamente destituido de em
vibracional e
Mdssbauer forneceu informações sobre o sitio de coordenação do
liganle orgânico (grupo orto-hidróxiauinóide) e do inorgânico
Cb1-coordenação) assim como confirma r o estado de oxidac:i~o
(
I
V
)
do metal e a simetria local em relação ao SnI
V
Coctaédrica distorcida) .
r=l85TRr=lCT
q terna ry complexo o f 5n IV , minimum formula
synthesized 1 n a water-sulfuric pH 1 1 1
medium, has been studied. I t
conditions,
c ou L d be shown t h a t , 1 n these only one 5n IV chelate has been formed.
\
reaction
The stabil ity conditional constant 1n water-sul furic solution, pH 1 I 1 was est abl i shed through two spectrophotometric methods 1 being, a t 298 K,
=
( 2 1 71 ~o 1 2o)
.
1o,<
>,
.
The t h e ,. m o d y n a m i c p a r a m e t e r w e r e :
Ú
G:
•
~
!
. ,_
..
11 1 50kcal.mol···,
Ú
f-'~~
'
.•. = 7, 2 4v
c a L . mo l ···· 1 a n d - 62,88cal.f~- ~ .mal ····• which Led to the conclusion t h a t the
spontaneity o f the formation r·eaction o f the compound 1 measured through the decrease of the standard free energy, 1s only due to entropic factors, consider ing that the enthalpic
contribution is unfavorable.
In arder to confirm the absence of an eletric charge on the complex species, suggested by high voltage electrophoresis 1n agar-agar g e L , the effect of surfactants (anionic, cationic and non-ionic) was studied 1 in the so lvent mentioned above.
I .t w a s s h o w n that the organic Ligand as well as the chelate interact only with the cationic tensoactive agents.
Employing suitable probes Cphenol, benzene, pyridine and
ethanol) i t was possible to prove tha t the interac tion of 1 fhose compou~ds with the cationi c surfactants was of the type :
Cfr
.
electrons of the ligand or of the complex with positivelycharged micell es, indicating that the complex h as no net
charge 1n solution .
The study of the species
[s
n (c
I .t. H I I.o
6 ) :•5o
-J
1 n t h e solid state , through vibrational and ~·1ossbauer·gave information about the coordination s i t e of the organic
ligand (ortho-hidroxyquinoid group) and the inorganic ligand Cbi-coordination), confirming as well the oxidation state CIV)
o f the metal and the local symmetry rn relation to Sn IV ( d i s t o r r e d o c t a h e d r a L ) .
,
It\DI C:: / PR0°0S!TOS DESTE ESrUDG 1 1 -RESUMC
...
.
iv -I
NDICE
.
...
"' v -IND!C
E DE
FIGUR~S . v l fNDICE DE T~BEL~S. vi i - ~BREVI~TUR~S . . . ,..; I - INTRODUC~O 1. 1 - Estanho. 1 . 2 - Hemateina ..1.3 - Constante de Estabilidade.
1.4 - Surfatantes . . . .. . .. . ... .. .
,
!I - M~TERI~L E METODOS
2. 1 - Reagentes e Equi oamentos. 2 .1 .1 - Reagentes .. ..
2.1.2 - Equipamen tos .
2.2 - Metodos de Pur ificacão.
2.2.1 - Purificacão do dioxano .
2.3
2.3. 1 - Prepa ração do t:CJante orgânicoCC,_H.,: Oc
2.3.2 - Preparação da so lução de metal CSn IV)
06 08
o
2 7 21 22 24 32 35 41 46 46· 47 49 49 49 50 50 50 122.4
2.5
2.6
2.7
-2.3.3 - Preparação do complexo em solução. 51
2.3.4 Preparação do complexo s6lido. 53
Determinação do Numero de Esoecie; Esoect rofotometricamente l=lbso rventes no
Reaciona l .
Meto dos de Determinação da Esteouiomet ria Ouelato ...
2. 5. 1 Mé todo da v~riacão
soluções isomolares.
continua
2.5.2 - Método da razão das i n c L i n a ç ~ e s .
2.5.3 Determinação da estequiometria
comolexo . . . . .. . ou to t a L Meio 54 do 61 das 61 65 do 6 8 Métodos de Determinação da Constante Condic ional de Formação do Ouelato . . . . 2.6.1 Método do des locamento equiL(brio . . .. 2.6.2- Método de Mukherji-Dev. incompleto 69 do 69 7 2
Determinação da Concentração Micelar Cr(tica ([MC)
por Método Espectrofotométrico.
2.8 - Espectroscopia M~ssbauer . .. . . .
76 79
2.9 - Determinação da Carga Elétrica da Espécie Complexa
95
2.10- Dete rminação do Ponto de Fusão do Ouelato. 95
2.11 - Determinação da l=lbso rtividade Molar das
CQLoridas .
III - RESULTQDOS
3.1 - Prdpriedade F{~icas do Ligante Org5nico .
3.1.1 - Cor e cristalinidade . . . . Espécies 96
97
97 133.2 - Prooriedades F(sicas do Comolexo. . 100 100 3.3 -3.4 3 .5 3.6
3.2 .1 - Cor e cris talini dade . . . .
3.2.2 - Ponto de fusão e solubilidade. 100
3.2.3 Determinação da carqa elétrica do comole~o
IOI
3.2.4 Determinação das condicões 6timas da
reação de formação . . . . . . -101
3.2.5 - Caracterfsticas \ esoectrais eletrônicas do
Liaante oroânico e do comolexo .. .103
Determinação da Comoosição do Comolexo. .111
3. 3. 1 Estabelecimento da esteauiometria com
3.3.2
relação ao Lioante oroânico . . . . 111
3. 3. 1 . 1 Método da variação continu~
das soluções isomolares . . . . .. . 111 3. 3. 1 . 2 Método da razão das inclinações
Determinação da esteouiometria . ... . 113 t o t a L .... . 118 ~nàlise Elementar .. ou
Determinação do Numero de Esoécies Comolexas
Presentes em Solução ..
Determinação das r:lbsodi vidades Molares
Espécies. Coloridas em 570 nm.
3.5.1 - r:lbsortividade molar do Liqante orgânico
3.5.2 - r:lbsort~vida~e molar do aue lalo .
D e t e :' m i n a :;: ã C• :::' Ct S 0a r-âm~ ~ ·-·Ds T e ~ fn O C .: rr :0 frr '. -120 das -131 .131 ·131 Complexo em Solução .. . . . ... ·135
3 .6.1 Determinação do constante condicional de
formação ~c2 ) e energia Livre "padr·ão" de formação ( 6G0 ' ) . . . . . . . . . . . 135
3. 6. 1 . 1 Método do deslocamer1to
incompleto do equiL(brio . .135
3.6. 1.2 - Método de Mukher ji-Dev . 136
3.6 .2 Dete rminação da variação de enta lpic;
"padrão"
6
H o ') e da variação de entropia "padrão" reação de complexação para o quel ato [ 5 n C H t ) 2 5oJ. .
.
. .
. . .
.
.
.
I 4 23 .7 Espectroscopi a Vibraci~nal do Ligante Org~nico e
\
do Ouelato . . . . .147
3.8 - Espectroscopia M6ssbauer. .157
3.8.1 -Deslocamento isomérico CI5). .161 3.8.2 - Desdobramento quadrupolar CEOJ. .167 3.8.3 Variação do efeito Mossbauer com a
temperatura. . . . 170
3.9 - Determinação da Concentração Micelar CrÍtica de 5urfatantes CCMC) . ... . . . .. .. 173
3. 9. 1 Determinação da concentração micelar
cr(tica CCMCJ do CPB e do TX-100 . . . .. . . 176 3.9.2 - Determinação da concentração micelar crítica
do CT~B e do 505 .. .. .. . . .183
3. 1
o-
Interação do Complexo com 5urfatantes. .190 3.10 .1- Comportamento do ligan te orgânico e doquelato frente a su rfatantes ani6nico e não
lOnlCO. . . 190
3,10.2- Comportamento do ligante org~nico e do quelato frente a surfatantes catiônicos
. . . .. . .. . . 196
">) IV - CONCLU50E5 ... . ... . . .... .. . . .. . . .. .. .. .... 206
"'
V - 5UGE5TOE5 P~R~ TR~B~LH05 FUTUROS .. . . . .... . . .. . .... . . 209 l.'I- r:mEXOS ... . . ... . . .. . . .. . . 210 VI - BIBLIOGR~FI~ .. .. . . ... ... . . ... . . 218 16fND!CE
DE
FIGU
P.Q
S
FigLra 1 - 5u~fatantes utí li:aOOS no [H~~Se'lte tr<Jbalhü .... 42
Figura '") '- - Reoresentacão bidimens ionc:l de uma mícela iõn :ca ... 44
Fiqura 3 - Processo de absorcão ressonante ... ... . 79
Fir,ura 4 Forma torentz:~na da probabil idade de emissão ou aoso"ção de fóto'ls pelo J nt.Jcleo ... ... 81
Figura 5 - L i n h a s d e e m i s s ã o e a b s o r c ã o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
Figura 6 - E s p e c t. r o t1 b' s s :J 3 u e r c o m d e s L o c a rn e n t o i s o m 1..! r· ~ c o . . . . . . 87
Figura - Represenlac~o esoucm6li ca d' s estados nucleares do ~ '·~5n . . . . 91
Figure: 8 Simulacão de um espectro M6~sbauer obi.ido de amostra que possua álamos de Sn sujei tos a um campo magnético hiperf ino ... .. . 92
Figura 9 Esquema de uma experiência 11ossbauer por 1 transmiss~o ... . 93
Fiqura 10 - Espectro de transmissão ... .. Figura 11 Oifratograma do ligante orgânico . . . .. 98
F i g u r a 1 2 - O i f r a t o g r a m a d e r a i o s X d o c o m p L e x o . . . . . . . . . . . . . . 99
Figura 13 - Curva de tempo a 30.:•[ ... .. . . .... . 104
f igura 14 - Curvi'J de tempo a 25•··( .... . ... ... . 105
Figura 15- Espec tro eletrônico de hemalelnõ ... . 106
F i g u r a 1 6 - E s p e c l r o e l e t r ô n i c o d o c o m p l e >· o t e r n á r i o . . . . . . . . . . . . . lO 7 17 - Espe::t"o 108 F : 9 v ... a 1 8 - . G " à f ~ '= C1 d o m é I n rl '' d < s v 2 •· 1 <~ ç õ e s c o n t i n u a ~: , a ~ 5 , .. C . . . . I I 3 Figura 19 - Razão das inclinações ... .. 115
Figura 20 - Gráfico de razão molar com excesso esteouiométrico de estanho ... -... 116
F1gura 21 - Gráfico da razão molar com excesso estequiomêt ri co de nemateina ... .. ... 117
17
Figura 22 Teste para uma especiP. absorvente, nos
comprimentos de onda de 400 e qJQ nm ... ...... . . . . .
....
122Figura 23 Teste para uma espécie absorvente, nos
comprimentos de onda de Li
OO
e 450 nm ... 123 Figura 24 Tes te para uma espéc ie absorvente, noscomprimentos o e onda de 600 e 620 nm ... ... 124
Figura 25 Teste para uma espéc1e absorvente, nos
comprimento.,; de (1 ,.. d ô 47C-530 e 550-600 nm ............. '125
Figura 26 Teste para duas espécies absorvente!', no~
comprimentos de onda L>70-500-530 nm ... ... o • • • • • . . 128
Figura 27 Teste para duas espécies absorventes, nos
compr imentos de onda 400-~30-450 iltn .•• .
..
...
...
....
....
129Figura 28 Teste para duas espécies absorventes, nos
comprimentos de onda 530-S/0-600 nm ... . ... .
.
....
..
.
.
. ...
..
.. 130 Fi aura2
9
Te s l e para duas esoécies absorventes . noscompr:mentos de onda 570-600-620 nm ... 130
Fioura 30 - Gràf ico oara determinac~o da abso rtividade mol ar
do liaante oraânico ... . 133
Fiaura 31 - Gráfico para delerminacão da absortividade molar
d o a u e l a l o ... _ . . . . . . . • . . . . . . .. . .. . .. . .. . 134
Fiaura 32 - Curvas de abst·r:~ância versus fracão molar do metal a duas di ferentes concentracões, a 15<·[ ... 137
Fiaura 33 - Curvas de absorbânc ia versus frclc~o molar co metal a duas di f e rentes c o n c e n t r c; c õ e s . a 2 O· C. . . .. 138 Fioura 34 - Curvas de abso rb~nc i c; versus f rac~o molar do metal
a d u a s d i f e r e n t e s c o n c e n l r a c õ e s . a 2 5 · · C . . . . . . . 139
Fioura 35 - Curvas de absorbáncia versus frac~o molar do meta l
a d u a s d i f e r e n t e s c o n c e n t r a c õ e s . a 3 O,. C .. . .. .. .. . .. .. .. .. 140 Fiaura 36 - Curvas de absorbância versus fracão molar do metal
a duas dife rentes concentracões, a 35<·C ... ... 141
.lt
Fiaura 37 - Gráfico de Ln Q
!"'C2 v e r s u s 1 I : ... o o... . . • . . . . . . . • . . . . . . . . . . . 143 Fi r~ura 38 Esoec tro vibracional comoara tivo do Liaante
orainico (~) e do auelato (b) no intervalo de 4000
a 2000 em ' ··· o···· 149
Fiaura· 39 Esoec tro vibraciona l do liaante oraânico
(Hematefna) no intervalo de 2000 a 380 em • 150
Fiou ra 40 - Esoectro vibraciona l do oue la to [ snCHt l2
s
o
4
J
noi n t e r v a l o d e 2 O O O a 3 8 O c m . '· . . . .. . . .. .. . . . .... o • • • • • • • • • • • • 151
fi aura Esoectro M6ssbauer de soluc:ão de sulfato de estanho diaerido em ácido sul fúrico concentrado.
Temoeralura = 77 I fonte: estanalo de bário ... ... : .. 158
. Fiaura 42- Esoectro Mossbauer do comole·:ü
[
s
nCHt)
é!
So
,
.]
s6l idod 7 7 ~- . F o n t e : e s t a n a t o d e b
a
r i o . . . . . . .. o • • • 159Fioura 43- Esoect ro Mõ'ssbnuer do comole),o [ srdHtl2S04] s6lido
c, 2 9 8 K . F o n t e : e s t a n a t o d e b á r i o. . . . . . . . . . . . o o • • • • • 160 Figura 44 - Oeterminaç~o de CMC do CPB em meio aquoso, po"
tensiomPl ria ... ... ... . . 174 Figura 45 - Oeterminaç~o da CMC do CT~B por lensiometri~ em
m e i o a q u o - s u l f ú r i c o d e p H 1 , 1 . . . . . . .. 175
Líf3 - '..! l t ,.. a '-' i o I "' t =: do
C
PB
( ~ q Jo o • • • • • • • • • • o .. . . .. . . 176
F: 9'- "a 47 - Espect"o •...!l t"av~ole1a do TV-1":1'\ ' ~ ~ c ... <?)••o• ••·· · · ·· · · · . . . 177
F::JL'"'2 48- G"áfj,-n p<tra cle 1p··'ll:'ler;ãc• da [ t-.1[ do TX- 'lOO(e<"'t)··· ···· 179
Figura 49 - Grafico para determinação da CMC do TX-100 em meio
a quo-s u l f ú r i c o ... _ . . . .... .... . . .. .. .. . . . .. . . 180
F i g u r a 5O - G r H i c o p a r a d e t e r m i n a ç ã o d a C M C d o C P 8 < ... , , , • • _ • • .. .. .. • 181
Figura 51 - Grafico para determinação d2 CMC do CPB em me1o
aquo-sulfúrico .... -... .. 182
Figura 52 - Espectro eletrônico em ultra-violeta do benzeno
pu r o ... ,... . . . .. . . . . . . . . . . . . . .. . . . .. .. 184
Figura 53 - Espectro e letrônico em ultra-violeta da solução de
CTr:lB em meio a q u o -s u l í ú r i c o ... ... _ . 185
Fi gura 54 -Espect ro eletrônico em ultra-viole ta da solução de
5 O 5 em me i o a q u o -s u l f ú r i c o. . . . . . . . . . . . . I 86
Figura 55 - Gràfico pa ra detprminaç~n da [M[ do CTr:lB em me1o
aouo-sul fu ri co ... . 188 Figura 56 - Gráí:co para determinação da CMC do 505 em meio
a q u o - s u l f
u
r i c o. . . . . . . . . . . . . . . . . . I 89Figura 57 - Espectro e letrônico do ligante orgânico e~ solucão
aquo-sulfúrica com T'l-100 ... ... . 192
Figura 58 - Espect ~o e letrônico do ligante or~ân ico em solucZo
a q u o - s u l
r
u
r ~ c a c o ms
o :;
.. -. .
. . .
.
. .
.
.
. .
.
.
.
.
. .
.
. . .
. .
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
193 Fi aura 59 Esoec tro eLe trônico do oue lato em mei oa a u o - s u L f ú r i c o . c o m T X -1 O O . . . . . . . . . . • . . . • . . . .. 194
Fi aura
6
0
Esoectro eletrônico do auelato em meioaauo-sul furico. com 505 ... .... .. 195
JF'iaura 61 Esoectro eletrôncio do L:gante orqânico, em
solução aquo-sulfúrir.a, com CHlB ... ... 197
f igura 62 Espec tro eletrônico do ligante orgânico, l·m
soluc,:ão aquo-sulllJrica , com CI'IJ ... . 198
figura 63 Espectro ele trônico do quelatc1,
a quo-s u l f 6 r c a , c o m 1_ I~~} ... . . _ . . . .. 199
Figura 64 EsrH!CI ro e l •: t ,, ó n i c o do t;uela lo , (~m ••• •J I IJt,'6.o
aquo-sulfúrica, corn CPB ... ... . . . .. . 200 f igura 65 Espectro e letrônico do ligante orgânico e .. J
solução aquo-sulfúr ica, corn piridina ... . .. 203 Figura 66 Espectro el etrônico do quelato, em solução
aquo-sulfúrica, com oi ridi na ... 204
Figura 67 Espec tro e letrônico do ligante orgânico a
diferentes pHs ... ... 205
""
INDICE DE T~BEL~S
Estados rl~ o1 ·i d<!<:~o. p r-i ., r i p a i s de
c o o r d e rr 2 c ã o e q e o m <? f ~ i a d L' c 0 rn tJ u s t o s d e e s t a n h o. . . 26
Taoela
r:
Compostos or()anneslânicos s imples e mi s tos ... ... .. 23T3be t a II I Comp l eYOS de es tanho .. ... .... ... ... . 31
Tabela !V Condições reac ionais ótimas para formar;:ão do
comp le)(o ... ... ... . 102
Resultados de microanálise de amostras s61 idas cicr comp lexo ternário est anho-rternale(na-su l fa to ... 118 Tabe l a VI Dados da matriz de absorbâncias ... . . . . .. 121 T:lbela VI I ~bsor ti vidades mo lares do l iq<:Jnte orgânico e da
que lat o a cinco diferentes temperaturas ... . 132
Tabela VI II Va lo res de ~c
2
142T >be la IX P a r â me t r os t e r mo d i n â 111 i c os de f o r ma c;: ã o do que l a to. . .. .. 144
Tabe la X Pa râme t ros Mossbauer medidos pa ra os compos tos :
( 'l) sulfato de estanho IV e
C~)
[ snCHt>_.so . .] ... .... 161 T3be laX
1
Dados do trabalho de Greenwood ... ... ... . . ... 163O a do s de e s p e c t r o s c o p i a Mó' s s b a u e r . . . . . . . . . . . . . 164
T a b e L a X I I I V a r i a ç ã o cJ o e f e i t o c o m a t em p e r a t u r a ... ... 172 Tabela XIV Dados de concentração micelar cr í tica para CPB e
TX-100 ... ... ... ... . 183
Tabe la XV Dados de concentração micelar cr [ tica para CT~B e 505 ... ... ... ... .. .. ... ... .. . 187
CMC
CPB
CTf:lB
505 TX-100 Pr acac Ph E l BuEOTI=l
Me ai o C,.. .•~i
[Q] [ H tJ [MJf:lBREV HITURf:lS
- concentracão miceta~ critica
brometo de cetil-oiridinio
- brometo d8 ceti l-t rimet il-amônio
- dodeci l sulfato de sódio
triton X-100 - orooi la - acetilacetonato - fenil a - etila - butila
- ~cido etileno-diaminatetracético
- rnetila
- atividade do componen te "i" em solucão
- constante termodinâmica global de estabilidade
-constante termodinâmica parcial de eouilibrio
- constante estequiométrica global de estabilidade
- coeficiente de atividade do componente "i"
- constante condicional de formacão
forca iônica
lo g [ H·•J
- absortividade molar da espécie "i " em L.moL- ' .em-~ - c o n c e n t r a cão de que l a to [ 5 n ( C , .,. H 1 1 O~ ) _.5O .. J
concentração do Ligante orgânico
- concentração do metal, Sn
l=lbs - absorbãnciõ ·~'
.
- energia livre "oadrio" de formac~o em I = 0,11
- entalpia "padrio" em = 0,11
- entropia "oadrio" em I
=
0 ,11I 5 deslocamento isom~ri co
EO
- desdobramento auadruoolarXs.·· - fração molar do metal
- comprimento de onda L n L o gari t mo natural de ~ c2 - d e s v i o p a d r ã o d e l n d e ~ c 2 - forte ( m f ) - muito forte ( o ) - ombro ( f r ) - fraca - estiramento
E
f% - oercentagem do efeitoE,. C O) - eletronegatividade na escala de Pauling para o
oxigenio
E, .. (F) - e letronegatividade na escala de Paul ing para o
fluo r
TH
F
tetra-hidro-furanok o
.i
- ácido ko1icoo 1 c ácido oicot inico
di oi c - ácido dioicolinico
rnnt - eis - d icianoe~i ~eno 1,:' - ditio'.alo
dipy - 2,2' dipi ri dila
(*) O termo absorb5ncia foi util izado Pm lugar de absorvância
(registrado no Dicioná rio ~uréli o) devido a sua utilizacão
corrente (Ohlweil ler, 1981).
23
"'
INTRODUÇÇJO
1.1 - Estanho
O estanho, elemento do grupo IV, com caracteristicas
predominantemente metàlicas, apresenta-se sob duas fo rmas
alotróoicas. forma estàvel à temperatura ambiente ê
tetragona l e tem uma tona lidade branca-acinzentada
brilhante.
Sua utilizac~o pelo homem remonta a a lguns milênios,
tendo sido encontrados ob jetos cestü metal nas tumbas egipcias
(Mel lor, '1942). Não se sabe com segurança se os fen icios
ob tinham o metal da India, das ilhas Britânicas ou da
Peninsula Ibérica . Entretan to , a semelhança entre a pa lavra
sins~rita "castira" e a grega "cassiteros" foi usada como
argumento em favor da origem indiana do estanho fenicio.
Os romanos parecem te r f e i to distinc:ão entre o
chumbo e o estanho, chamando aquele de "plumbum nigrum" e este de "plumbum candidum" . Posteriormente, a pa lavra "stannum"
passou a ser empregada somente para des ignar o es tanho
propriamen te. dito.
Ha
evidências da exis tência de estanho metàlico nana tureza, C Boêmia, B'ollvia, Nigéria), porém, o minério
cassiterita constitui-se , praticamente, na un, 1c. r:J fonte
indus t rial do meta
.
l. Ela o óxido de Estanho IV,contaminado, em maior ou menor grau, com pi ritas arsenicais, piritas de cobre e diversos sulfetos met~licos (Mellor, 1942). Em seus compostos, o estanho apresenta doi s estados de oxidação principais: I I e
IV.
~lgumas espécies que aparentam ter estados formais de oxidação inte~mediàrios entre!I
eIV
consistem geralmente de moléculas unidas por pontes def luoreto, contendo cada uma delas um átomo de estanho
I
I
ouIV, em proporções diversas . ~ssim, o complexo Sn~F~ é formado
de SnrvF6 oiramidalmente coordenado através de átomos de fl6or a Sn~ 1F3 em proporção 1 :2 ([otton, 1980b) .
o
numero de ox idad~o 111 bas tante ra ro, porém, foram sintetisados compostos orÇJanometálicos estáveis (radicais livres) do metal de fórmula :~ meia vida destes ([otton e col, 1980b), sendo
(Si
M~}2
N "-. /N (Si Me3).2
Sn
I
N(SiMe~2
radicais de alguns meses
sua estabilidade devida ao impedimento estérico ao ataque, exercido pelos ligantes volumosos.
O estanho, semelhança do f e r· r o, tem sido
largamente investigado, em suas multiplas combinações ou em
Ligas , por espectroscopia Mossbauer. Por meio desta técnica é
possivel estabelecer o estado de oxidação do elemento bem como
obter informações es truturais relacionadas a seus compostos. Os valores de deslocamento isomérico
a ordem: Sn I l Sn<> Sn IV (l!arrison e cal , 1977).
P
estereoquimica dos complexos de estanho é bastantediveI rsificada, correlacionando-se não só com a valência do
metal como também com a natureza dos ligantes.
Tabela I relaciona os principais números de
coordenacão e estruturas espaciais de compostos de estanho em
seus diversos estados de oxidacão ([otton e col. 1S80c).
Tabe la - Estados de oxidacão, princioais n6meros
de coordenacão e aeometria de compostos de es tanho.
Estado de oxidacão Sn<• Sn I I Sn I I I Sn I V NC 6 3 4 3 5 6
'
I 8 Geornetria octaédrica trigonal (angular) piramidal1i1
-
oipirâmide lrigonalV
-
octaédrica piramidal distorcida tetraédrica bipirâmide trigonal oc taécricc; distorcida coéecaédricaNos comoostos de estanho li . o oa r de elétrons em
orbital não-liaantC! exerce um efeito irnoortante na
determinacão ~o n6mero de coordenacão e 9eometria. ("efeito do
.)f
oar isolado") ocuoando muitas vezes o v6rtice de uma oirâmide
triaonal ou de um octaedro, oor· e:.:emolo . CGeometr·ia
Y
trioonal anaular,Y
- octaédrica).Os comolexos de estanho IV aoresentam-se orincioalmente com números de coordenac~o auatro (aeometria
t e t r a é d r i c a ) e seis (octaédrica), oodendo ocorrer varias
outros, menos comuns, conforme mostra a Tabela I.
Tendo em vista oue o oresentc trabalho estudou as orooriedades de um comolexo te rnàrio de es tanho IV. ser~o. a seouir. considerados. de modo esoecial acenas os comoostos do metal com este estado de oxidacão.
Os sais de Sn IV, em solucão aauosa, oossuem orande
tendência a sofrer hidrólise e oualouer aoente comolexante
tera de comoetir com a acentuada afinidade daouele câtion oela aoua. Os orodutos da interacão do Sn IV com aaua. na ausência
de outros aaentes comolexantes, oeralmente são insolúveis. consistindo de uma mistura de óxidos hidratados ([otton e cal,
1980d e Nervik , 1960a) .
r:ldicionalmente, em meio fortemente alcalino oarece exisfir a esoécie solúvel SnCOH)62 ([elton e cal. 1980b) .
Um efeito secundaria da tendência hidrolltica do estanho IV manifesta-se em sua habilidade em formar comolexos ternàrios, em oue um ou mais ânions OH · da orimeira esfera de coordenacão são substituidos oor liaantes oraânicos ([ourtnev e cal, 1958) .
reacão do me ta l com acido sulfúrico concentrado,
tem como oroduto. o sulfato de estanho IV (Voael, : 981 ) . Brubaker (1955 e 1957) ' c i ta a predominância da esoécie
estanho se encontra em solucão di luida de
acido sulfúrico . 27
•
Os comoostos de coordenac:ão de Sn
IV
oodem ser classificados ouanto à natureza dos liaante e também visandouma sistematizac:âo de estudo, em duas categorias:
1 - Compostos nrganoestânicos, simples ou mistos;
2 Complexos propriamente ditos.
1 No primeiro grupo colocamos aqueles compostos em
que o metal CSn> esta unido diretamente, pelo menos, a um
ca rbono de um ligante geralmente orgânico. ~lguns exemplos de
compostos organoestânicos são dados na Tabela I l .
Os compostos organoes tânicos apresentam,
moderadamente um grande numero de apl icac:ões . Os primeiros
compostos deste tipo foram descobertos por volta de 1850; no entanto, a primeira patente a utiliza-los industrialmente só
foi registrada no final de 1925 CSawyer, 1971).
~pós este periodo o desenvolvimento da quirnica dos
organoestânicos ascendeu rapidamente e eles passaram a ser
utilizados em muitos setores industriais ou biológicos. ~lguns exemplos são dados a seguir: rsawyer, 1971).
a ) Estabi l i~adores, p r : n c i p a l !11 E' ri t r:! de clurelo de
oot)vin:la contra a deterioh~zacão c~usõda pelo eloL
pela luz. Consta que dois terc:os a três quartos da produção de
organoestânicos, esta voltada para esta final idade .
b) Como fungicidas e bactericidas.
c) Na agricultura e veterinaria, como controladores
de doenças causadas por fungos e como removedores de vermes
intestinais de aves.
d) Como pre~ervadores de madeira, preservadores de
texteis, tratamento de tecidos e tratamento de águas.
e) Uso médico na desinfecção hospitalar.
•
28
Tabela II - Compostos organoestânicos simples e mistos Composto Pr~,5n. acac Ph:-.5n0, Bu~, SnO, Me;·· 5 n . a c a c,. P h :· 5 n . a c a c ::o Bu
Me;-~
I
v""
O= COEt Hc
.
!7
s
n '-.. ):H Eto'c= o/I
o-CMe
Bu Bu _ M<;f-OI
/0- C~e H C("-s
n~'~'
qCHMeOC =o/
1
'0-0-CMeBu
Referências
CPonomarev e col, 1966)
(Kawakami e cal, 1966 e Raneucci e co l, 1964) CFaldesi e cal, 1965 e Kawakami e cal, 1966) (Kawakami e cal, 1964) (Me Grady e cal , 1965) <Mehratra e cal , 1965) CMehrotra e cal, 1965)
(Van der Kerk e cal, 1962)
(Van der Kerk e cal, 1962)
CGloskev, 1958)
(Kaars Sijperstei jn e cal, 1962)
f ) Como catalisadores: na formação de poliuretano, em
reação de esterificaç~o. na "cura" de silicone e de resinas
eooxi e na oolimerizacão de olefinas.
l=loesar
oroanoestânicos.
de todas estas aolicacões dos
h à uma ar ande dificuldade de encontrar
oublicacões aue descrevam sua oreoaracão ou mecanismo de acão.
oosto aue em sua arande maioria es tão sob forma de oatentes .
2 - Na cateooria de como lexos orooriamente ditos
colocamos os demais comoostos de coordenacão do estanho IV, em
oue os doadores são ions haloaenetos, ou aruoos liaantes em
ou e os atamos diretamente unidos ao metal são oxiaênio.
nitrooênio. enxofre ou fósforo.
o
estudo dos comolexos de es tanho I V (um meta l reoresentativo) não teve o arande desenvolvimento ocorrido comos comoostos de metais de transir;:ão . Por este motivo. são
relativamente ooucos os traba lhos encontrados na literatura
sobre o assunto. Uma ar ande oarte de comoostos desla classe
f o i invest iaada com fins analiticos. não se oreocuoando os
autores . na maioria das vezes. em determinar sua estrutura ,
esteauiometria ou constantes de estabilidade. [i lamas como
exemolos. os seauintes aoentes comolexantes do metal
emoreaados com a finalidade suoracitada: àcido oxàlico CDev e
cal . 1946). ânions tartarato COev e cal . 1947). àcido selenoso COe [arvulho, 1960), ferrocianeto CPelegatti, 1938), àcido
feni larsônico CKnapper e cal, 1933), cloreto de feni larsônio
(Willard e cal, 1939), pirocatecol (Halmekoski, 1959), amônia
CSchmitz e cal, 1964) e piridina (Miller, 19661.
Sillén e Martell (1964, 1971) fornecem constantes de
estabi lidade e correspondentes parâmetros termodinâmicos de
.
..
formac~o de uns poucus complexos de Sn IV, como por eYemolo
l=l Tabela
II
I
apresenta a lquns complexos de es tanhoIV
cuja estrutura, propriedades e/ou parâmetros termodinâmicosforam estudades mais recentemente.
Tabela I I I - Complexos de estanho
Composto 5n[l,.Cacac) 5n<5=.-CNEtz),. 5n [COC:.H,. >:.NCC ... H •. OH)J 5 n C l ':! ( 5 ~· C N E t ::· ) :. 5nJl 5 n C E O T l=l ) H :• O [5 n ( O:-.· C Me ) :-;] ·· -[ 5 n ( NO:·~ ) ~.J ~ ·-[ 5 n C NH~. ) ,.,J :• -.. , . H:·: O Refer·ênc ia Thompson e c o l (1972) Thampsan e cal (1972) Follner (1972) Follner (1972) van Remaortere (1971) l=llcock e cal (1979) Cotton e col C1980b) Schmitz e cal (1964) 31
1.2 - Hematelna
1=1 H e m a t e i n a ( C 6 H j : · O ... ) ( I )
e
obtida por oxidação dahematoxil ina Cl l) (l=lrshid e co l , 1954, a) . Es ta ultima é o
principio corante extraido da "Hematoxylon c~mpechianum L",
uma arvore pertencente a familia "Caesalpiniaceae". Sua
madeira f o i primeiramente levada para a Europa, pelos
espanhóis, após a descoberta da l=lmérica. parti r do
conhecimento das propriedades corantes do extrato da madeira
(Pau-Brasil) este passou a ser utilizado para o tingimento de
algodão e lã.
Perkin e Robinson (1902; 1908: a,b,c; 1926) foram os
primeiros a investigar a Hematoxilina e a Hematelna, tendo
estabelecido juntamente com Pfeiffer e col ('1920, 1927, 1928, 1930 a, 1930 b, 1934) a estrutura destes compostos.
Hunter e cal (1953) apresentaram a estrutura destas
substâncias, bem como de suas derivadas , brazilina ( l i ! ) e
I .
brazllelna (JV) .
l=lrshid e col (1954 a) publicaram um método para purir'icacão de hematoxilina e posterior oxidação desta para obtenção de hemateina.
Como os complexos metàlicos destes Ligantes
apresentam cores variadas, (l=lrshid e col, 1954) estes passaram a ser utilizados no tingimento de fibras.
Por este motivo, surgiu o interesse generalizado em
estudar as propriedades de varias daqueles complexos.
l=lssim, Houghton e cal (1943), utilizando
hematoxilina, desenvolveram um método para determinação de
aluminio residual (abaixo de 1 oom) em varias estaoios do
Hunter e cal (1953) desenvolveram um método de
determinacão de microouant idades de fluoreto. utilizando oar
isto um comolexo de alumlnio -hematoxi Lina . em oresenca de aoma
arábica .
l=ldicíonalmente. Hernatoxi lina e Hemateina foram
emoreaadas para dosaaem esoeclrofotomét rica de
micro-cuantidades de alouns elemenloi.
t\ewcombe e c o t ( "95 ·: ) um m2todo de
determinacão de aermânio. emoreoando solucões aouosas de
Hematoxilina oxidada .
Vários comolexos de hemateina com metais foram
obtidos e estudados. podendo-se citar os ouelatos de: tório.
urânio e zircônio <Srini vasul o e cal. 1958) : aluminio.
cobalto. ferro, cobre. cromo e estanho (l=lrshid e col , '1954):
hàfnio (Oick e col . 1973); oálio (Graffmam e col . 1969).
Recentemente (Tarek e c o l . 1988 a e 1988 b)
oublicaram métodos oara determinac:ão de oálio, indio e
aluminio. utilizando hematoxilina oxidada em meio micelar .
Todos os trabalhos citados . salientam a irnoortânci a
do controle do pH. pois Hernateina e Hematoxi lina são muito
sensiveis a a lterac:ões sianificativas deste oarâmet ro. Como
oode-se comorovar com Hemateina. o esoectro eletrônico desta é
alt erado em func:ão do oH fo i aoresentado oor Souza (1982) oara
o intervalo 6.0 a 7.5 e no oresente trabalho. na faixa
a 5 .5 (Fioura 66).
de 1,1
Conforme verificaram l=lrshid e cal (1954)
Hematoxilina em meio neutro ou fracamente alca lino. sofre
oxidac:ão esoontânea a Hemateina. Deste rnodo. muitos autores
aue estudaram reac:ões de comolexacão de Hemaloxilina com
diferentes metais. a maioria deles com f in s analilicos.
·
,
emoreoaram. na realidade. uma mistura das duas substâncias
.
(Tarek e cal. 1988a e 1988b; Newcombe e c o l . '1951 ; entre
outros). Hunter e cal (1953) e ~smus e cal (1966) chamaram a
atencão a este fato . demonstrando oue o liaante envolvido na
como lexacão com os metais é fundamentalmente a Hematelna.
formada durante o orocesso de envelhecimento das solud~es de Hematoxil ina. :=::.0
o
OH OH HO HO HO (I ) ( II)He mateín a Hemotox i I (na
34
1.3- Constante de Estabi l idade
Muitas orooriedades fisicas. oue em or incioio . são
usadas oara detectar a formacão de comolexos em soluc:ão, são também emoreoadas oara determinar a constante de eouilibrio de sua reacão de fo rmac:ão.
Oualouer orooriedade fisica oode ser. em orincioio.
uti lizada com es te oroo6sito. se sua variac:ão ouder ser
atr ibuida univocamente à interac:ão ouimica entre o metal e o l iaante . Vale observar oue variac:ões em certas orooriedades.
oodem usualmente não ser interoretadas em termos de formac:ão de comolexos. r:lssim. muitos sistemas não reativos. most ram var iac:ões em orooriedades tais como: condutividade elétrica.
oolarizac:ão elétrica, lndice de refracão. tensão superficial e entaloia de mistura . as ouais muitas vezes não
oodem
ser atribuidas a uma interacão ouimica do tioo reauerida oara a formacão de comoostos de coordendc:ão.r:l formacão de muitos comolexos é acomoanhada oor mudancão no esoect ro de absorcão . Ouando i s to ocorre. ta l
esoectro oode ser utili zado oara determinac:ão tanto de sua
comoosic:ão como de sua constante de eouilibrio de formac:ão
(constante de estabilidade).
o
termo "estabil idade" de um complexo o ode se r· considerado sob dois enfoaues: o termodinâmico e o cinético. Secundo Cotton e Wilkinson (1980a ) , "a es tabilidadetermodinâmica de uma esoécie
e
uma medida da extensão com aue!
e la formada. a aa·rti r de outras . sob certas condic:ões reacionais. auando o si stema atinoiu o eaui librio". Secundo os mesmos autores. "a estabilidade cinética
relacionada à velocidade com aue as transformac:ões ou e conduzem ao estado de eauilibrio ocorrem".
No oresen te estudo, será considerada aoenas a
estabilidade termodinâmica de um comoosto. exoressa matematicamente oela constante de eauilibrio de sua reacão de formacão. conhecida também, como constante de estabilidade.
~constante termodinâmica de eaui l ibrio é calculada
em funcão das atividades dos oarticioantes da reac:ão (ai)·
Consider·e-se oor razaes de simo licidade d rormac:ão
aenérica de um comolexo mononuclea r:
M + nl ~ Ml (1)
Se a reac:ão ocorre r em soluc:ão, admite-se oue,
inicialmente, os lons do metal "M" estão comolexados com "N"
ions ou moléculas d'áaua do meio aauoso , sendo
"N
"
o nómero de coordenac:ão do meta l . "N" será iaual a "n" se todos os aruoos iniciais da orimeira esfera de coordenac:ão forem substituidosoe los liaantes.
constante termodinâmica deste eauilibrio
reoresentado em ( 1 ) , será:
aMln
( 2 )a n
MaL
em aue ~ n . , reoresenta a constante alobal de estabilidade e "n" reoresenta o nómero de aruoos inicialmente comolexados ao
metal substituidos oela esoécie liaante.
reac:ão totul reoresentada em ( 1 ) o ode ser
considerada como ocorrendo ern etaoas, cada uma delas
36
envolvendo um eoui librio caracterizado oor sua or6oria
constante.
No caso da esoécie complexa MLn I oode-se admiti r
"n ,, eauillbrios oarciais e sucessivos. assim reoresentados.
onde as caroas foram omitidas oor simolicidade;
M + L ~ ML \ ( 3) I< I
=
0 ML ( 4 ) o .o M' L 11L + L-
--
ML 2 ( 5 ) a K2=
ML2 ( 6) 0 ML .a L MLn -1 + L..;'! MLn ( 7 ) o MLn (8) I< n=
oOL
MLn_ll=l constante olobal (
rn)
e as cons tantes parciais Ki ~ de estab i lidade. estão relacionadas entre si. oela expressão: i= n=
I< I. K 2 ... I< n=
'jll<i i :: I ( 9)r:l atividade. ai do comoonente "i", é orooorcional a sua concentracão efetiva. [ Í J
Oj ( 1
o )
o n d e
fi
,
= c o e f i c i e n t e de a t i v i d a de de 1 .Portanto. oara a reacão aenerica ( 1 ) , a exoressão da
constante de estabilidade termodinâmica (2), oode ser escrita
o o r: ~ n
=
{ . CML n.J MLn ( 11 ) ou também:v·
o
M L n C ML nJ ( 1 2 ) CMJ.CLJ0Considerando a mesma escala de concentra~ão oara
todas as substâncias consti tuintes do sistema em es tudo e mantendo-se o meio iônico e forca 10n1ca constantes. a
orimeira oarte do seoundo membro da eaua~ão ( 1 2 )
cons tante, conforme a teoria de 8 r'ón s t ed ( '] 922) e de
Debve-Hückel (1923), podendo-se então escrever:
~
n
=
rt·
f3c
( 1 3 )O·n de
·
~r
e o r e senta a razão entre o o r o duto dos c o e f i cientes deatividade das esoecies e ~c é a chamada constante
esteouiometrica olobal de forma~ão do comolexo.
~cons tante termodinâmica de estab ilidade ~n , pode ser obtida determinando constantes esteauiométricas a diversas
forcas iônicas decrescentes e extrapolando aaue les valores
para forca iônica nula . condicões em oue os coeficientes de
atividade das esPécies tendem Para a unidade . Ó mesmo obietivo
é alcancado por determinacão direta dos coeficientes de
atividade dos particioantes da \ reac:ão. Ent retanto, ta L
Procedimento nem semore é Possivel .
constantes de estabilidade da maioria dos
trabalhos publicados sobre estudo de complexos são na verdade
relativas a medidas realizadas a meio iônico e forca iônica
constantes , sendo, portanto constantes esteouiométricas de
estabilidade.
Conforme Cotton e VJ i l k i n s o n (1980a). os ions
met~licos dissolvidos em meio aauoso estão comolcxados com
moléculas d' áaua e, ou, com ions presentes na soluc:ão, em
número iaual a seu núme ro de coordenacão.
SuPondo oue em solucão aouosa de H2SO~. oH 1,1 ; o
SnCIV) es teia comolexado sob forma de
<Brubacker, 1955 e 1957l ,oode-se admiti r, se a suoosic;ão
anterior f o r válida, aue a reac:ão com Hemateina, na mesma
matr iz reacional será:
+
2-2H +S04 +2H20 ( 14)
No orimeiro membro da e~uacão (14) fioura um ânion
504:::>- oue representa ·a contra-ion relativo à car~a 2• do ion comPlexo. em substituic:ão à atmosfera iônica orooosta Por
Oebye-H0ckel (1923). 39
r'
o r o I.J ~ :·o Lado , ódimitindo ou~ a de comolexacão se da numa só e taoa. uma vez oue exoerir11entalmente não foi oossivel detectar a oresenca do comolexo contendoaoenas um a ruoo exoressa-se a
constante es teouiométrica do eauilibrio representado em (14) por:
( 15)
Levando em conta que as concentrações de
H+
I
so4~-e H2 0 permanecem praticamente constantes no meio reacional, e
que as igualdades a seguir se verificam; no equilibrio:
C Sn (SO~.Hc
16
H11
Os)2J=
CSn (C 16H 11o
6 )2.J.2' CSn
t
v
J
CS n ( 504).0-~0J{J
é possivel simplificar a expressão (15) para :
CSn ( C1sH !IÜO) 2J
~c2=---~----
CSn1VJ. CC t6Ht20GJ2
( 16)
onde ~C2 é chamada de constante condicional de formacão ou de
estabilidade do complexo, estando relacionada com por :
f3Ck
· ~C2=---- ----~----~~-C.H+:J2cso~:J
.
CH 2oJ 2 ( 17)No presente estudo, a força iônica do meio assim
como a natureza dos ions foi mantida constante, uma vez que o solvente se constitui de H::_.SO ..... aquosoJ pH 1,1 CI=0111, pCH-... =
o
172),1. 4 - Surfatantes
Surfatantes, detergentes ou agentes tenso-ativos,
são moléculas anfifilicas (os seja, moléculas constituidas por
uma par te apolar ou hidrof6bica unida a uma ·parte polar ou hidrofi l ica).
parte hidrofilica potJe \
te r natureza e carga
variadas (p . ex.: alquilsulfato, alquil fosfa to ou alqui lamônio) e a parte hidrof6bica pode ser um grupo alquila de comprimento v a r i a do ( 8-1 8 ato mos. de C) ou ou t r o grupo h i d r o f 6 bico .
Representando-se por
R
-
X
y a estrutura de umtenso-at ivo, onde "R" é a parte hidrof6bica ou apolar, X o
grupo polar ou h i d r o f i l i c o e y o contraion, podem-se classificar os detergentes em função de X, como:
(1) catiônicos
R
-
X Y
l':,. -;
(2) aniônicos R -X Y' ;-
·'-(3) não-iônicos
(4) zwitteriônicos ou anf6teros
Çj Figura 1 representa os surfatantes utilizados neste trabal ho.
Em soluções muito diluidas, os surfatantes existem
como monômeros , mas quando sua concentração excede a um certo
minimo, chamado concentração micelar critica ([M[ ) ele se associa espontaneamente formando agregados.
Estes a g r e.g a do s , de dimensões coloidais que se encontra em ~quilibrio com os monômeros de que são formados,
..
denominam-se micelas (representadas na Figura 2). Çj medida que a concentração de ·surfatante aumenta ac1ma da CMC, cresce
a •f o rmac;ão de novas micelas ficando a concentração do monômero
constante.
Os,
s o-
~Cc~~N
Br
OH
3 Na· I~
I CH I CHo
I 2 c~ I 2 I CH 2 I CH CH I CH 2 I 2 I 2 CH CH 2 2 I~o
I CH2 I CH CH 2 2 I CH2@J
I I (C H 2 }~ ( C Hz)10 I ( CHJ 10 I I I C H 2 CH2 I H:f-C- CH 3 I I CH2 I Cf-1:; CH3 I CH2 CH 3 I C H2 I ( C H3} 3Brometo de ceti I Brometo de cetil Tri ton X I 00 Dodecil Sulfato
trimetil omõnio perldl'neo ( TX _100) de sódio
( CTA 8 ) (CP 8) (SD S)
Fi~
1-Fio~ra 1 - Reoresentac~o estrutural de surfatantes
estruturação das micelas
e
consequência da dupla I.
natureza da molécula de suríatante, tendendo a parte hidrofóbica a se a f as ta r· da água e a parte hidrofilica interagindo fortemente com esta. Sua estrutura é t a L que o
grupo hidrofilico (cabeça) cireciona-se de maneira a ficar em
contato com a solcão aquosa, formando uma superficie polar, em que a parte hidrofóbica fica direcionada "para longe" da água,
\
formando o centro ou "caroço" apelar, zona isenta de água. Cada micela
e
composta por um certo numero demolécu las de surfatante (chamado número de agregação), que
fornece o tamanho e a forma de um sistema micelar em
particular. Este número pode va riar de 60 a 100 monômeros.
Çt Figura
2
mostra uma representação esquemática bidimensional de um sistema micelar iônico tipico, de forma esférica, em solução aquosa.formação de micelas atribuida a três forças
primárias:
1) repulsão hidrofóbica entre as cadeias carbônicas
em relação ao meio aquoso;
2) repulsão intermolecular entre as cargas dos
grupos iônicos;
3) atração intermolecular devida às forças de Van der Waals entre as cadeias a lquidicas.
Çt Ct1C é uma medida da facilidade de formação de micelas; baixos valores de CMC, significam alta tendência a
formação des.tes agregados.
Fatores determinantes da CMC dos surfatantes: - númerà de agregação;
tamanho da micela;
IF~SIE /M!UJJOISCQ
interior
camada de Stern
Figura 2 - Representação bidimensional de uma micela
o
. .iônica esférica em solução aquosa.
contra-ions; cabeça iônica;
cauda de hidrocarboneto .
(Garcia e cal, 1986; Fendler e cal, 1975 e Hinze, 1979)
•
·
,
tamanho e estrutura da cabeça;
interações entre as cadeias alquidicas; interações com o solvente .
Qs micelas, geralmente são pequenas em volume (30 a o
60 Q de diâmetro ) . Qs propriedades macroscópicas da solução
são aproximadamente as mesmas de um sistema homogêneo; p. ex.;
são f i l trave i s sem deixar residuo
\ ·. usando métodos
convencionais e não causam erros mensurâvei s no espalhamento
de luz em espect rômetros comuns .
Q solução micelar é mic roscopicamente heteroqênec ,
pois, têm-se micelas dispersas por todo o sistema solvente,
conferindo ao conjunto caracterlsticas próprias .
~-/
Il - M~TERI~L E MET0005
2.1 - Reagentes e equipamentos
\
2.1.1 -Reagentes
Os seguintes reagentes foram empregados; - Brometo de ce·tilpiridÍnio CCPB) - Sigma;
- Brometo de ceti ltrimetilamônio CCT~B) -Sigma;
- Hematoxilina - Merck;
- Oodecit sulfato de sódio C505) - Sigma;
- Triton X 100 - CTX-100) - Sigma;
/
- Eter et(Lico p.a . - Merck redestilado no
Laboratório;
- Di oxano p.a. Merck pur ificado conforme
descrito no item 2.2.1;
- Estanho metálico espectrograficamente puro
(99 ,999% de pureza) - ~.O.McKay , US~;
Todos os demais reagentes utilizados foram de grau de pureza "pró-análise" (p. a. ), adquiridos principalmente, das firmas Merck e Sigma.
~ água utilizada para preparaç~o das soluções foi
bidesti lada em aparelho de vidro pirex no próprio laboratório.
2.1 .2 - Equipamentos
- ~gitador magnético, ma rca F~NEM;
- Balança Sartorius, precisão ~ 0,02·mg;
- Banhos termost~ticos : U15, capacidade 42 tubos,
precisão~
0,1o[<VEB-PRÜFGER~TEW
ER
K);
\
- Espec lrofotômetro UV-Vis, Zeiss - modelo PM 2~, precisão 0,3% para absorbâncias em torno de 0,450;
compartimento de inserção da cubeta termostatizado;
- Espectrofotômetro UV-Vis, com reg istrador
autom~tico, Baush e Lomb, duplo feixe com
termostatização do compartimento de inserção das
cubetas ;
- Estufa F~BE, Modelo no 0980, Limite de temperatura
30 Qc•[ j
- Medidor de pH , Metrohm-Herisau Modelo E-520,
precisão 0,1 unidades de pH;
Espectrofotômetro de Infravermelho com
Transformada de Fourier e Interferômetro de
Michelson, marca Nicolet modelo 60 SXB. Espectros de
4000-400 cm-1 obtidos com uma resolução de 1 cm-1 usando detector de TGS-R e "beam-splitter" de KBr. Espectros de 500-100 em- ~ obtidos com uma resolução de 4 cm-1 usando detector TGS-~ e "beam-splitter" de
My.lar com 6 micra de espessura. bandas
rotacionais de vapor de ~gua não compensadas pelo "ratio" cont ra o "background", foram removidas por subtração (cedido pela UNIC~MP);
- Equipamento padrão para medidas Mossbauer com
•
·
,.
multicanal, trabalhando em módulo MCS (Equipamento do Initituto de Fisica da UFRGSl. Fonte de 1~?·Sn em estanato de bario;
Espectrofotômetro de absorção atômica
PERKIN-ELMER, modelo 2380, forno de grafite HG~ ~00 e
tendo éomo acessórios:
amestrador automatico
~S-40 (gentilmente cedido, pelo Centro de Ecologia da
UFRGS);
- Oete rminador de ponto de fus~o Thermolyne-Micron, com termômetro de graduaçlo até 400a[,
0,01u[;
de precisão
Oifratômetro de raios
X
O
500, Siemens, comgerador de cobalto ou
raios
X
[ristoflex 810, com catodos de cobre (Insti tuto de Fisica - UFRGS);- ~parelho para eletroforese em alta voltagem (0-750
V), marca Research Specialties Co, us~. com câmara
horizontal de "plexiglass", provida de sistema de circulação de agua para termostatização e eletrodos
de platina. Os compartimentos eletródicos com
capacidade de 500 ml cada um, apresentam divisão in terna, provida de pequenos
preveni r a difusão do Liquido. - Microcomputadores util izados:
orificios,
CP 500 M80, 2 "drive!;" corn impres~Or'a P500; SID 501, 2 "drives", 512 kb, com impressor3;
para
2.2 - Métodos de Purificação
2.2.1 - Purificação do Dioxano
Empregou-se o método
pequenas modificações.
\
\
descrito por Souza (1982) com
~ pureza do produto obtido fo i controlada pelo ponto
de solidificação (11 ,8<=>() e pelo indice de refração
(n=1 ,4232) .
O
dioxano purificado foi conservado em frasco escuro sob refrigeração (5o() .2.2.2 - Purificação da Hematoxilina
Empregou-se o método de ~rshid (1954) Ligeiramente
modificado ,
Merck p.a .
partindo-se de 25 g do produto comercial , Sigma
Todas as filtr~ções foram realizadas em funil
ou
de
vidro sinterizado, obtendo-se, no cristais
Livres de fibras de celulose, possiveis contaminantes no caso
de empregar papel de filtro .
O material purificado foi mantido em dessecador a
vacuo , sob P:-0~·;, até peso constante, e, por fim, guardado em
pequenos frascos escuros, também em dessecador a vácuo.
O rendimento da purificação osci lou em torno de 50%.
·
,
2 .3 - Métodos de Preparaç~o
2.3.1 - Preparaçlo do Ligante orgãnico- Hemateina ((,6 H, 2 06 )
O
quelante foi preparado conforme técnica descritapor l=lrshid (1954) com algumas alterações (Souza, 1982) .
Partiu-se de hem a to x i L i na pu r i f i c·~ da , . c o n f o r me de s c r i to em
2. 2.2.
r:1 pureza e identidade do produto obtido foram
controladas por difração de raios X, pela ausência de residuo
sólido após calcinação de amost ras durante duas horas, a
55Qc• (, por an~Lise e lementar e pelos espectros eletrônico e
vibrac ional.
Uma das impurezas frequentes na hemateina preparada pelo método de l=lrshid
e
o cloreto de sódio, o qual pode serfacilmente detectado pelos picos caracter(sticos dos
difratogramas \
de raios X e pela presença de residuo sólido,
após calcinação do quelante a SSQo[.
Este sal, quando presente no residuo da calcinaç:ão
pode ser rapidamente identificado por reação com ions prata em
meio aquoso .
2.3.2 - Preparação da solução de metal (Sn IV)
r:ls soluções de estanho (5n IV) foram preparadas por
digestão do metal, espectrograficamente puro, com acido l
sul fú rico concentrado, em banho de parafina Liquida, a 15Qo[
por uma hora e trinta ·minutos. 1=1 solução obtida, foi resfriada
Lentamente, dentro do próprio banho.