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A prevalência da Síndrome de Burnout entre trabalhadores hidroviários

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM E LICENCIATURA

MARCELLE BELARMINO DAL BELLO DE OLIVEIRA

A PREVALÊNCIA DA SÍNDROME DE BURNOUT ENTRE TRABALHADORES HIDROVIÁRIOS

NITERÓI 2016

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1

MARCELLE BELARMINO DAL BELLO DE OLIVEIRA

A PREVALÊNCIA DA SÍNDROME DE BURNOUT ENTRE TRABALHADORES HIDROVIÁRIOS

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Coordenação de Curso de Graduação em Enfermagem e Licenciatura, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem e Licenciatura.

Orientador:

Prof. Jorge Luiz Lima da Silva

Niterói, RJ

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O 48 Oliveira, Marcelle Belarmino Dal Bello de. A prevalência da Síndrome de Burnout entre

trabalhadores hidroviários / Marcelle Belarmino Dal Bello de Oliveira. – Niterói: [s.n.], 2016.

40 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense, 2016.

Orientador: Prof. Jorge Luiz Lima da Silva.

1. Estresse Psicológico. 2. Saúde do Trabalhador. 3. Esgotamento Profissional. I. Título.

CDD 616.9803

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MARCELLE BELARMINO DAL BELLO DE OLIVEIRA

A PREVALÊNCIA DA SÍNDROME DE BURNOUT ENTRE TRABALHADORES HIDROVIÁRIOS

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Coordenação de Curso de Graduação em Enfermagem e Licenciatura, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem e Licenciatura.

Aprovado em 13 de dezembro de 2016.

BANCA EXAMINADORA:

______________________________________________________________________ Prof. Dr. Jorge Luiz Lima da Silva

Orientador (EEAAC – UFF)

______________________________________________________________________ Prof. Dra. Cristina Portelada Mota

1º examinador (EEAAC – UFF)

______________________________________________________________________ Profa. Dra. Donizete Vago Daher

2ª examinadora (EEAAC – UFF)

Niterói, RJ 2016

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 AGRADECIMENTOS 

Este é momento no qual venho agradecer a todas as pessoas que foram fundamentais para que eu conseguisse chegar, ao fim com integridade mental preservada.

Primeiramente, gostaria de agradecer à Deus por ter permitido toda a minha caminhada acadêmica, e ter feito dela um sucesso. Agradecer ao mesmo por ter me dado a melhor família do mundo que me fez ser quem sou hoje.

Agradeço especificamente agora aos meus pais, que frente às dificuldades existentes tiveram lutae satisfação para me ajudar nesses últimos anos, e que nunca deixaram de me apoiar. Eles são os responsáveis pela minha criação e pela orientação que possuo hoje, e, que por consequência me fazem ter tanta garra e vontade de vencer na vida, me fazendo uma mulher forte, dedicada e que sempre buscou o equilíbrio no decorrer do curso na faculdade, desde o primeiro dia que pus meus pés na EEAAC, levando assim o curso o tempo todo com muita seriedade.

Agradeço a minha sobrinha, que é uma filha para mim, nos momentos mais difíceis ela era capaz de me fazer levantar novamente.

Agradeço ao meu orientador que sempre me direcionou e me ajudou frente as minhas dificuldades, se mostrando presente em todos os momentos, com uma dedicação incrível. E, hoje se torna um grande amigo meu.

Agradeço ao meu companheiro que sempre permaneceu ao meu lado me ajudando mais do que podia e fazendo de tudo para me agradar, visto que no ultimo ano do curso eu me encontrava extremamente estressada, e ele ainda assim, permaneceu com o sorriso ao meu lado.

Agradeço aos meus amigos que estiveram comigo em todos os momentos nessa luta infinita, que compartilharam dos mesmos sentimentos do que eu, estando presente no choro, no desespero, na vitória, na guerra, nas loucuras feitas e nas risadas. Eles que como ninguém foram capazes de alegrar todas as minhas manhãs em que eu me encontrava cansada, exausta e indisposta. Deram-me forças quando eu já mais não agüentava, conviveram mais tempo comigo do que minha própria família, logo se tornaram minha segunda família.

Só tenho a agradecer por esse privilégio que Deus pôde me dar, por cada um citado a cima, no qual fez dessa minha caminhada acadêmica menos difícil!

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RESUMO

Introdução: o termo inglês burnout significa “queimar-se” ou “consumir-se”, sendo empregado para caracterizar um conjunto de sintomas predominantemente evidenciados em profissionais que lidam com pessoas, que se queixam de esgotamento físico e mental, irritabilidade, perda do interesse pelo trabalho e sentimento de autodesvalorização. Objetivo: descrever a prevalência da suspeição burnout entre trabalhadores, analisando possíveis fatores associados. Material e método: trata-se de estudo observacional transversal. Os sujeitos da pesquisa foram os funcionários de empresa de transporte marítimo localizada no estado do Rio de Janeiro. A coleta dos dados se desenvolveu durante o ano de 2012. O total de participantes foi de 430 trabalhadores. O instrumento utilizado foi questionário autopreenchido contendo aspectos sociodemográficos, laborais e de estilo de vida. O Maslach Burnout Inventory (MBI) foi utilizado para a avaliação da SB, em sua versão adaptada e validada para o português. Os resultados foram representados por medidas de tendência central: média e desvio padrão e analisados por teste estatístico de associação qui-quadrado de person, durante a análise bivariada. Foi considerado como significância estatística o valor p≤ 0,05. A pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética do Hospital Universitário Antônio Pedro, sob o número 260/11, atendendo a resolução 422/2012. Resultados: a prevalência da SB foi observada segundo critérios de Grunfeld e cols (2000), 336 trabalhadores (78,1%). Durante a análise bivariada, não se observou associação entre fatores sociodemográficos, embora entre os laborais, verificou-se que aqueles que autorreferiram alto nível de estresse apresentaram associação à SB com prevalência de 74,5% (51, p= 0,045). Conclusão: nota-se que a SB manteve-se distribuída de forma semelhante entre as variáveis investigadas, o que demonstra de a força da doença sobre a população. Ou seja, independente de características individuais, a SB esteve presente, demonstrando associação com estresse autorreferido. Quando se trata de trabalhadores do setor hidroviário, as pesquisas são poucas e voltadas para segurança do trabalho, condições perigosas, acidentes de trabalho e privação de sono. Mediante aos resultados, espera-se aumento do autocuidado; melhores hábitos e estilos de vida; maior adesão da população a práticas preventivas de cuidado em saúde especialmente a mental.

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ABSTRACT

Introduction: The term burnout means "burn" or "consumed," which is used to characterize a set of symptoms predominantly evident in professionals dealing with people who complain of physical and mental exhaustion, irritability, loss of interest By the work and feeling of self-devaluation. Objective: to describe the prevalence of burnout suspicion among workers, analyzing possible associated factors. Material and method: this is a cross-sectional observational study. The subjects of the survey were the employees of shipping company located in the state of Rio de Janeiro. The data collection was developed during the year 2012. The total number of participants was 430 workers. The instrument used was self-administered questionnaire containing sociodemographic, labor and lifestyle aspects. The Maslach Burnout Inventory (MBI) was used for the evaluation of SB, in its version adapted and validated into Portuguese. The results were represented by measures of central tendency: mean and standard deviation and analyzed by statistical test of chi-square association of person, during the bivariate analysis. Statistical significance was considered as p≤0.05. The research was submitted and approved by the Ethics Committee of the Antônio Pedro University Hospital, under number 260/11, in compliance with resolution 422/2012. Results: the prevalence of SB was observed according to Grunfeld et al (2000), 336 workers (78.1%). During the bivariate analysis, there was no association between sociodemographic factors, although among those working, it was found that those who referred to a high level of stress had an association with SB, with a prevalence of 74.5% (51, p = 0.045). Conclusion: it is noted that SB remained similarly distributed among the variables investigated, which demonstrates the strength of the disease over the population. That is, regardless of individual characteristics, SB was present, demonstrating association with self-reported stress. When it comes to workers in the waterway, research is few and far between for work safety, hazardous conditions, work accidents and sleep deprivation. Through the results, it is expected to increase self-care; Better habits and lifestyles; Greater adherence of the population to preventive practices of health care especially to mental health.

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7 SUMÁRIO 1INTRODUÇÃO, p.9 1.1OBJETIVO, p.11 1.2 JUSTIFICATIVA, p.11 2 REVISÃO DE LITERATURA, p.12

2.1 SOFRIMENTO PSÍQUICO OCUPACIONAL, p.12 2.2 SÍNDROME DE BURNOUT, p.12

2.3 SINTOMATOLOGIA, p.13 2.4 DIMENSÕES,p.14

2.5 FISIOPATOLOGIA, p.14

2.6 PREVALÊNCIA E INCIDÊNCIA, p.15

2.7 COMPLICAÇÕES E MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA, p.16 2.8 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO, p.16

2.9 SAÚDE DO TRABALHADOR E ENFERMAGEM, p.17 2.9.1 Trabalhador marítimo, p.17

3 MATERIAL E MÉTODO, p.19

3.1 ABORDAGEM E TIPOLOGIA, p.19

3.2 SUJEITOS, CENÁRIO, CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO, p.19 3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS E VARIÁVEIS, p.19

3.3.1 AVALIAÇÃO DA SUSPEIÇÃO DE BURNOUT, p.20 3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS, p.20 3.5ASPECTOS ÉTICOS, p.20

4 RESULTADOS, p.21

4.1 SOBRE OS ASPECTOS SOCIODEMOGRÁFICOS, p.21 4.2 SOBRE OS ASPECTOS LABORAIS, p.22

5 DISCUSSÃO, p.24 5.1 LIMITAÇÕES, p.26

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6 CONCLUSÃO, p.28

7 OBRAS CITADAS, p.29

8 APÊNCIDE, p.33

8.1 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE), p.33 8.2 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS, p.34

9 ANEXOS, p.40

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1INTRODUÇÃO

Ao iniciar a trajetória acadêmica na Universidade Federal Fluminense na Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa, e posteriormente ter a oportunidade de desfrutar da saúde publica como meio de estudo, como por exemplo: o Hospital Universitário Antônio Pedro e a Policlínica Carlos Antônio Silva, onde pude presenciarvários momentos de estresse no meio profissional durante o seu dia-a-dia, mas sabemos que a sociedade a qual vivemos está exposto o tempo todo a algum tipo de estresse. No ambiente de trabalho as relações interpessoais, a falta de recursos materiais e humanos, a falta de remuneração desejada, a sobrecarga e o cansaço são fortes indicadores de estresses na vida dos trabalhadores. Porém algumas situações como: falta de controle, falta de ética, mau comportamento, agressividade, tristeza e desânimo dessas pessoas como consequências desses indicadores de estresse principalmente, foram me preocupando com o tempo. Assim, interesses e questionamentos surgiram a respeito desses trabalhadores, pois a cada dia que passa mais doente mentalmente a nossa sociedade fica a partir de fatores estressantes que estão presente na vida de muitos, porém existem formas de levar a vida e encarar esses fatores estressantes que reduzem a chance desse estresse gerar um problema de saúde na vida do trabalhador.

No meado de 2015 tive a oportunidade de iniciar um projeto de pesquisa sobre a temática: qualidade de vida e bem-estar dos trabalhadores hidroviários. O presente estudo é parte integrante de um projeto de iniciação científica – PIBIC, através de uma parceria envolvendo o as Barcas, e a Pró-Reitoria de Iniciação Científica da Universidade Federal Fluminense. Desta forma, surge a oportunidade de um aprofundamento do seguinte tema:“a prevalência da síndrome de burnout entre trabalhadores hidroviários”.Logo, inicio o presente estudo a fim de atender alguns aspectos relevantes.

A síndrome de burnout (SB) surgiu como um conceito importante na década de 1970, pois conseguiu captar a experiência de trabalhadores em sua relação com o trabalho. Sua importância é crescente e cada vez mais reconhecida como um problema social por pesquisadores que tentam estudá-la em busca de melhor compreender seu conceito, suas causas e consequências, visando, com isso, lidar, conter e combater sua ocorrência. Este reconhecimento, atualmente, ultrapassa as fronteiras de seu país de origem, os Estados Unidos, e passa a adquirir importância mundial (CARLOTTO, 2014), uma vez que é evidenciado o impacto das transformações na vida dos trabalhadores e das organizações (MACIEL et al, 2015).

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O termo inglês burnout significa “queimar-se” ou “consumir-se”, sendo empregado para caracterizar um conjunto de sintomas predominantemente evidenciados em profissionais que lidam com pessoas, que se queixam de esgotamento físico e mental, irritabilidade, perda do interesse pelo trabalho e sentimento de autodesvalorização (TAVARES et al, 2014). Sendo considerado um fenômeno psicossocial que ocorre como resposta crônica aos estressores interpessoais ocorridos na situação de trabalho (CARLOTTO, 2014).

Maslach (1981) relata que esta é uma situação que afeta, com ¼ de maior frequência de pessoas que, em decorrência de sua profissão, mantêm um contato direto e contínuo com outros seres humanos. Ainda de acordo com Maslach(1998), a patologia pode ser um fator de proteção, mas representa risco de desumanização, constituindo a dimensão interpessoal de burnout (OLIVEIRA; COUTINHO; PINHEIRO, 2015).

Estudos apontam o trabalho como o ponto-chave do prazer e do sofrimento. O fenômeno do estresse é um problema atual, sendo objeto de pesquisa multiprofissional em diversas áreas, pois apresenta riscos para o equilíbrio da saúde do ser humano (LIMA DA SILVA et al, 2015), tornando-se uma ameaça à integridade sócio- psicossomática do homem e interferindo na homeostase de seu organismo. Contudo, afetam a saúde das pessoas através de mecanismos psicológicos e fisiológicos, podendo se manifestar de forma silenciosa e sorrateira (DIAS et al, 2013). É uma realidade que vem produzindo muito sofrimento em espaços de trabalho onde os indivíduos deveriam encontrar condições para sua realização e felicidade (CRESPO; BOTTEGA; PEREZ, 2014).

Um aspecto a ser considerado na atualidade é a magnitude dos aspectos psicossociais representado, em grande parte, pelo estresse na sociedade moderna. Busca-se, o entendimento dos processos mórbidos provocados pelos fatores desgastantes nos ambientes de trabalho. As condições sociais de trabalho e o estresse psicológico mostram-se, cada vez mais, como fatores de risco ocupacional que afetam praticamente toda a população economicamente ativa (SILVA; TEIXEIRA, 2015), bem como o trabalho em ambiente de “pressão” do supervisor ou dos seus colegas, a falta de segurança no emprego ou mesmo os riscos de acidentes de trabalho são fatores determinantes para o desenvolvimento do problema, trazendo consequências em níveis individual, profissional, familiar e social (OLIVEIRA; COUTINHO; PINHEIRO, 2015). Além de provocar uma baixa produção e baixa qualidade do trabalho executado, devido ao seu baixo envolvimento laboral, assim apresentando comportamentos frios e distantes (MACIEL et al, 2015).

Considerando a centralidade do trabalho na vida humana, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) assumiram o estreito

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relacionamento entre o trabalho e a saúde, admitindo-se, por conseguinte, uma considerável influência do primeiro termo na saúde do trabalhador e na construção da sua subjetividade (MENDONÇA; ARAÚJO, 2016).

Quando se trata de trabalhadores do setor hidroviário, as pesquisas são escassas e voltadas para segurança do trabalho, condições perigosas, acidentes de trabalho e privação de sono (CARVALHO, 2010). As alterações psíquicas desses trabalhadores podem trazer prejuízos ao indivíduo na vida social além de afetar a qualidade da atividade desenvolvida. O equilíbrio no ambiente de trabalho é essencial para se evitar, ou reduzir o adoecimento advindo do estresse laboral (SANTOS; PASSOS, 2012). O estudo traz como objeto a prevalência da síndrome de burnout entre trabalhadores hidroviários.

1.1 OBJETIVO

Descrever a prevalência da síndrome de burnout entre os trabalhadores hidroviários, analisando possíveis fatores associados.

1.2 JUSTIFICATIVA

É sabido que parte significativa da sociedade desconhece a importância da seriedade do bem-estar, tanto para a saúde mental quanto para a física. O local de trabalho influencia sensivelmente o grau de realização pessoal no trabalho e a possibilidade de desenvolver estresse e, possivelmente, burnout a partir de um ambiente que exerça pressão sobre os indivíduos (OLIVEIRA; COUTINHO; PINHEIRO, 2015). Observa-se que a SB tem consequências negativas relacionadas às esferas individuais, profissional, familiar, social e institucional, perdendo o trabalhador a capacidade de se readaptar às demandas existentes no contexto laboral. (TAVARES et al, 2014).

Este estudo torna-se relevante, pois destaca-se a possível conscientização dos trabalhadores envolvidos e a possibilidade de alerta e intervenção no processo saúde-doença, visando à qualidade de vida da população.

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Posteriormente, a psicóloga social CHRISTINA MASLACH (1981, 1984, 1986) estudou a forma como as pessoas enfrentavam a estimulação emocional em seu trabalho, chegando a conclusões similares às de Freunderberger. Ela estava interessada nas estratégias cognitivas denominadas despersonalização. Estas estratégias se referem a como os profissionais da saúde (enfermeiras e médicos) misturam a compaixão com o distanciamento emocional, evitando o envolvimento com a enfermidade ou patologia que o paciente apresenta

REVISÃO DE LITERATURA

Nesta seção é discorrido um breve contexto histórico acerca da saúde do trabalhador e aspectos psicossociais, assim como conceitos de sedentarismo e, de estresse e transtornos mentais comuns relacionados ao processo laboral. Também é abordada a relação da atuação da enfermagem no ambiente de trabalho, quanto à prevenção de agravos e promoção da saúde de profissionais.

2.1 SOFRIMENTO PSÍQUICO OCUPACIONAL

O campo “Saúde Mental e Trabalho”(Saúde do Trabalhador) é uma dimensão que ainda precisa ser consolidada, tanto na formação dos profissionais de saúde quanto na gestão do trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS). Por outro lado, crescem as estatísticas de doenças mentais relacionadas ao trabalho, sendo que os transtornos mentais ocupam o terceiro lugar nas causas dos benefícios concedidos pela Previdência Social para doenças do trabalho (GUIMARÃES, 2009; INSS, 2014) – evidenciando a relação existente entre a atividade ocupacional exercida e os agravos à saúde mental.(CRESPO; BOTTEGA; PEREZ, 2014).

A temática do sofrimento psíquico nas organizações de trabalho trata-se do impacto à saúde relacionado ao trabalho de maior amplitude. O assédio moral nas relações de trabalho tem sido debatido e motivo de preocupação nas três esferas de governo por constituir grande risco ao mundo do trabalho e grave problema de saúde pública (ibid).

2.2SÍNDROME DE BURNOUT

O termo "Síndrome de Burnout" foi desenvolvido na década de setenta nos Estados Unidos por Freunderberger(1974). Onde observou que muitos voluntários com os quais trabalhava, apresentavam um processo gradual de desgaste no humor e ou desmotivação. Geralmente, esse processo durava aproximadamente um ano, e era acompanhado de sintomas físicos e psíquicos que denotavam um particular estado de estar "exausto" (GUIMARÃES; CARDOSO, 2004).

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e utilizando a "desumanização em defesa própria", isto é, o processo de proteger-se a si mesmo frente a situações estressoras, respondendo aos pacientes de forma despersonalizada (GUIMARÃES; CARDOSO, 2004).

Burnout tem sua origem em níveis intensos e prolongados de estresse. As ocupações que tendem a serem mais vulneráveis ao burnout, são aquelas que requerem grande esforço e dedicação ou que lidam com poucos recursos e condições de trabalho ruins. Saúde, educação, segurança e assistência social, estão entre os grupos mais estudados (DIAS, et al, 2013). Nas últimas décadas, diversos fatores, como a demanda por aumento da produtividade, geraram maior estresse ocupacional. Assim como outras formas de estresse, o ocupacional aumenta as chances de adoecimento da população, embora um estilo de vida saudável pareça atenuar este risco (PROSDÓCIMO et al, 2014).

Ao experimentar o estresse decorrente do trabalho, o indivíduo precisa desenvolver mecanismos de enfrentamento que lhe permitam continuar em atividade. Todavia, caso a exposição aos fatores estressantes persista, essas estratégias acabam sendo insuficientes e as condições de trabalho tornam-se frustrantes e desgastantes. Isso produz uma tensão emocional severa, que associada ao estresse ocupacional crônico, desencadeia um conjunto de sinais e sintomas, físicos e psíquicos. É o que se chama de Síndrome do Esgotamento Profissional ou Síndrome de Burnout (DIAS et al, 2013).

2.3SINTOMATOLOGIA

No burnout o stress passa de um nível saudável para um nível cronificado, o qual prejudica fatores cognitivos e emocionais do individuo e apresenta como consequência dificuldade em lidar com as exigências e pressões do ambiente acadêmico e posteriormente profissional. Algumas das somatizações dos indivíduos traduzem-se como fadiga acentuada, frequentes dores de cabeça, distúrbios gastrointestinais e respiratórios, insônia e labilidade emocional (DELALATA et al, 2016).

De acordo com Almeida Freire e cols., 2012, asíndrome de burnout manifesta-se através de quatro classes sintomatológicas, sendo:

- Física: quando o trabalhador apresenta fadiga constante, distúrbio do sono, falta de apetite e dores musculares;

- Psíquica: observada pela falta de atenção, alterações da memória, ansiedade e frustração;

- Comportamental: identificada quando o indivíduo apresenta-se negligente no trabalho, com irritabilidade ocasional ou instantânea, incapacidade para se

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concentrar,aumento das relações conflituosas com colegas, longas pausas para o descanso, cumprimento irregular do horário de trabalho;

- Defensiva: quando o trabalhador tem tendência ao isolamento, sentimento de onipotência, empobrecimento da qualidade do trabalho e atitude cínica.

2.4 DIMENSÕES

A SB possui três dimensões, sendo: exaustão emocional, que se caracteriza por uma falta ou carência de energia, entusiasmo e sentimento de esgotamento de recursos; despersonalização, que se caracteriza por tratar os clientes, colegas e a organização como objetos; diminuição da realização pessoal no trabalho, que é caracterizada por uma tendência do trabalhador a se auto avaliar de forma negativa. As pessoas sentem-se infelizes e insatisfeitas com o seu desenvolvimento profissional e estes sintomas são avaliados mediante o MaslachBurnoutInventory (MBI) (FIGUEIREDO-FERRAZ et al, 2014).

2.5 FISIOPATOLOGIA

O corpo humano possui dois sistemas reguladores do estresse, o eixo simpático-adrenal-medular (SAM) e o eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA). O SAM é responsável por uma resposta imediata a um agente estressor. Os fenômenos decorrentes da ativação desse eixo ocorre o aumento do ritmo cardíaco, da pressão sanguínea e a secreção de catecolaminas. O eixo HPA é o elo entre o cérebro e o sistema endócrino, desencadeando uma resposta mais lenta do organismo a estímulos internos e externos dentre eles: os estressores psicológicos. Sua ativação envolve a secreção dehormônios e principalmente o cortisol, e provoca imunossupressão (RIBEIRO; MOTTA, 2014).

Os níveis de CAR (resposta do cortisol) alteram-se de acordo com exposição a um estressor. Outro hormônio liberado durante o mesmo processo do cortisol é o desidroepiandrosterona (DHEAS), precursor dos hormônios sexuais. Possui ações opostas ao cortisol, está envolvido no aperfeiçoamento do funcionamento do sistema imunológico, na recuperação muscular, recuperação da massa óssea e diminuição dos níveis de colesterol. Uma alteração em um desses hormônios pode causar um desiquilíbrio entre eles, suspeita-se que isto possa desencadear as síndromes relacionadas ao estresse (ibid).

Ainda de acordo com Ribeiro e Motta, 2014, a disfunção do eixo HPA está associada a manifestações desreguladas psicossomáticas e psiquiátricas, pode ser resultante de uma resistência adquirida pelo organismo com a continuidade a exposição ao estresse, neste caso a tentativa de recuperação da homeostase é fracassada e o organismo entra em estado crônico.

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A fisiopatologia da doença não está de toda esclarecida, sua relação com o cortisol é arduamente estudada, pois as alterações provocadas pela SB no eixo HPA podem alterar a secreção de cortisol. A análise das alterações fisiológicas, como as dosagens hormonais, podem identificar a doença e o nível em que ela se encontra, indicando o melhor tratamento, porém são pouco seguras uma vez que tais alterações ainda não estão elucidadas e vários estudos apresentam divergências (RIBEIRO; MOTTA, 2014).

2.6 PREVALÊNCIA E INCIDÊNCIA

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que as doenças no trabalho representem 160 milhões de pessoas/ano em todo o planeta. (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2010).

Apesar de apresentarem alta prevalência entre a população trabalhadora, os distúrbios psíquicos relacionados ao trabalho, frequentemente, não são reconhecidos, diagnosticados e registrados, no momento da avaliação clínica pela rede de serviços de saúde pública e privada.Apesar da ampliação multidisciplinar nos atendimentos da Rede do Sistema Único de Saúde (SUS), os profissionais têm dificuldades para ao estabelecimento da relação entre saúde mental e trabalho. Essa situação pode estar relacionada às próprias características desses transtornos, regularmente mascarados por sintomas físicos (CRESPO; BOTTEGA; PEREZ, 2014).

Desta maneira, existe ainda uma grande dificuldade para a definição de condutas e procedimentos estruturados para investigação e para o acompanhamento terapêutico dos trabalhadores com sofrimento mental relacionado ao trabalho (ibid).

2.7 COMPLICAÇÕES E MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA

Estudos comprovam uma correlação entre a síndrome e o surgimento de pensamentos suicidas, bem como depressão, sendo esses as principais complicações. Desta forma, o indivíduo pode buscar formas de lazer, relaxamento e diversão para contrabalançar o intenso estressem a que está submetido no trabalho. Uma avaliação psicológica e/ou psiquiátrica pode ser uma ferramenta útil, pois ajuda a identificar o problema e fornece suporte para que o profissional não venha a desenvolver complicações relacionadas aoburnout. A alta incidência desses problemas mentais ocupacionais torna imperativa a busca de medidas intervencionistas e curativas para diminuir o alto desgaste a que estão expostos os profissionais (SOARES et al, 2012).

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Observam-se ainda, que muitos sofrimentos ocupacionais têm sidorelacionados com a gestão, os transtornos ligados às formas de organização do trabalho: nesta situação, é a própria forma de organizar o processo de trabalho, os modos de gerenciamento e as relações de trabalho que estarão ligadas aos impactos produzidos no psiquismo, podendo desencadear, então, a síndrome de burnout(CRESPO; BOTTEGA; PEREZ, 2014).

A metodologia da Psicodinâmica do Trabalho (PdT) foi construída a partir de 1980, pensando em servir exatamente como instrumento para esse tipo de intervenção. A proposta da PdT pretende uma intervenção coletiva, onde o próprio grupo de trabalhadores recrie o seu local de trabalho, visando à redução do sofrimento e à ampliação do prazer. Promover ambientes e processos de trabalhos saudáveis; estabelecendo adoção de parâmetros protetores da saúde dos trabalhadores nos ambientes de trabalho é um dos objetivos constantes na PNSTT (art. 8º, inciso I, alínea d, inciso II, alíneas, a até h) (ibid).

2.8 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

As situações de sofrimento/adoecimento vividas pelos trabalhadores na atualidade têm sido relacionadas com os novos modelos de gestão, suas metamorfoses e modulações, por diversos autores (CRESPO; BOTTEGA; PEREZ, 2014).

Logo, as medidas preventivas do estresse laboral crônico devem ser tomadas no âmbito organizacional para que a cronificação do estresse ocupacional não se estabeleça, comprometendo a saúde e a qualidade de vida do trabalhador. Estudos afirmam que, além de não viabilizar o aumento da produtividade no contexto laboral, o excesso de pressão e sobrecarga pode favorecer o adoecimento do trabalhador, comprometendo o desempenho e o alcance da missão organizacional. Nesta conjuntura, os autores preconizam que a produtividade pode ser facilitada nos espaços de trabalho em que a qualidade de vida se fizer presente, daí a importância de que o gestor de recursos humanos tenha sensibilidade para detectar possíveis fatores causadores de estresse ocupacional (MENDONÇA; ARAÚJO, 2016).

Os autores defendem que o suposto cuidado das organizações tem se configurado muito mais como uma atividade motivada pela produtividade do que pelo bem-estar dos trabalhadores. Deste modo, as práticas de melhoria da QVT acabam funcionando como estratégias de sedução gerencial, almejando ganhos de desempenho e comprometimento do trabalhador e não objetivamente a sua saúde e bem-estar, porém gera sensação imediata de alívio e bem-estar ao trabalhador, ocultando as reais causas ou problemas que sustentam o

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risco de adoecimento (por exemplo, esgotamento profissional e baixa qualidade de vida) do trabalhador (MENDONÇA; ARAÚJO, 2016).

As ações voltadas a prevenir e reduzir o burnout são de grande importância, não só no que diz respeito à qualidade de vida das pessoas afetadas ou com riscos potenciais, mas também para prevenir as perdas econômicas que vêm como resultado do absenteísmo, rotatividade e aposentadorias precoces, realidade presente nas instituições educacionais (CARLOTTO, 2014).

2.9 SAÚDE DO TRABALHADOR E ENFERMAGEM

A Enfermagem do Trabalho, função que pode ser exercida por Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem com especialização na área, é um campo em crescimento. Cada vez mais empresas estão se conscientizando sobre a importância do bem-estar do trabalhador, e é uma das prioridades da Enfermagem do Trabalho. À Enfermagem do Trabalho cabe elaborar ações de higiene, medicina e segurança do trabalhador, contribuir através de técnicas, promoção das campanhas de saúde, implantação de projetos, identificação de problemas que agrega o trabalhador, além de ações educativas e administrativas que envolvem proteção contra agentes químicos, físicos e biológicos. Lista-se também entre suas atividades a manutenção da saúde no mais alto grau de bem-estar físico e mental e acompanhamento de doenças ocupacionais ou não ocupacionais e sua reabilitação para o trabalho (COREN, 2013).

O resultado positivo do planejamento de ações de prestação de serviços de saúde e de segurança nos locais de trabalho desenvolvidas pela Enfermagem do Trabalho é nitidamente percebido na relação custo-benefício, de um lado, a empresa que oferece acompanhamento relacionado à saúde, e do outro, o trabalhador que sente mais segurança na relação de trabalho e apresenta melhor desempenho. Com essa atividade é possível diminuir o absenteísmo e melhorar a qualidade de vida do trabalhador (ibid).

2.9.1 Trabalhador marítimo

Segundo a Organização Internacional do Trabalho em sua convenção nº 163, a expressão "trabalhadores marítimos" ou "marinheiros" refere-se a todas as pessoas empregadas, com qualquer cargo, a bordo de um navio dedicado à navegação marítima, de propriedade pública ou privada, que não seja um navio de guerra. Por outro lado, não são considerados marítimos os trabalhadores de terra em estaleiros, oficinas de construção ou reparos navais e nos portos ou estaleiros.

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O artigo 2º da lei 9.537/97 traz algumas definições relacionadas ao trabalhador marítimo que são pertinentes ao estudo em questão. Segundo a mesma lei, aquaviário é todo aquele que opera embarcações em caráter profissional com habilitação certificada pela autoridade marítima. O local de trabalho desse indivíduo é a embarcação, que é definida como qualquer construção, flutuante ou fixa, sujeita a inscrição na autoridade marítima e suscetível de se locomover na água, por meios próprios ou não, transportando pessoas ou cargas.

A tripulação da embarcação é constituída pelo comandante, tripulante que é responsável pela operação e manutenção de embarcação, em condições de segurança, extensivas à carga, aos tripulantes e às demais pessoas a bordo; pelos tripulantes do convés, que são responsáveis pelas manobras de atracação da embarcação; e pelos tripulantes das máquinas, responsáveis pela operação e manutenção das máquinas da embarcação.

Os trabalhadores do estudo realizam transporte de pessoas em uma baía localizada no estado do Rio de Janeiro. A lei citada anteriormente define como Passageiro, o indivíduo que, não fazendo parte da tripulação nem sendo profissional não-tripulante prestando serviço profissional a bordo, é transportado pela embarcação.

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19

3

Nesta seção,são especificado material e método de estudo utilizados para atender aos objetivos do estudo, nos resultados e discussão.

3.1 ABORDAGEM E TIPOLOGIA

Trata-se de estudo quantitativo observacional transversal. Nesse tipo de pesquisa – denominada seccional – desenvolve-se um estudo epidemiológico realizado em curto prazo determinado, propiciando um corte transversal no processo de observação e análise; assim, demarca-se em tempo e local a população a ser estudada (ALMEIDA FILHO; ROUQUAYROL, 2006). Na quantitativa há uma questão pontual que é a objetividade, essa tipologia refere-se a fatos relativos ao mundo concreto, objetivo e mensurável, concebidos as ciências naturais ou sociais. Caracteriza-se pelo processo de quantificação, tanto no processo de coleta de informações, como no tratamento destas por meio de técnicas estatísticas e procedimentos matemáticos. Representa em princípio, a intenção de garantir a precisão dos resultados (FIGUEIREDO, 2011).

3.2 SUJEITOS, CENÁRIO, CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO

Os sujeitos da pesquisa foram os funcionários de empresa de transporte hidroviário localizada no estado do Rio de Janeiro. O cenário foram as instalações dos setores administrativo, estaleiro e hidroviário dessa empresa.

Os critérios de inclusão para os participantes da pesquisa foram os seguintes: ser funcionário da empresa com vínculo empregatício, e ser maior de 18 anos de idade. Os critérios de exclusão foram: estar de licença médica, exceto por problemas cardiovasculares. O total de participantes ao final da coleta de dados foi de 430 trabalhadores.

3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS E VARIÁVEIS

O instrumento utilizado foi questionário autopreenchido com auxílio de pesquisador quando necessário. Após o questionário elaborou-se tabela com variáveis, com características sociodemográficas, laborais, estilo de vida e dados clínicos relacionando-as às prevalências da SB (Apêndice 1).

MATERIAL E MÉTODO

Os aspectos relacionados às características sociodemográficas foram os seguintes: cor da pele, sexo, idade, escolaridade, situação conjugal, filhos e renda per capita familiar por salário mínimo.

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Em relação ao aspecto laboral, as variáveis estudadas foram: categoria profissional, número de empregos, turno de trabalho, carga horária semanal, média de tempo no trabalho e tipo de vínculo empregatício. Quanto à saúde e estilo de vida, foram investigadas as seguintes variáveis: fumo; prática de atividade física; o índice de massa corpórea; valores glicêmicos; se tinha diagnóstico de diabetes e se realizava tratamento.

3.3.1 AVALIAÇÃO DA SUSPEIÇÃO DE BURNOUT

Foi utilizado oMaslachBurnoutInventory (MBI) para a avaliação da SB, em sua versão adaptada e validada para o português, com profissionais de enfermagem, é composto por 22 questões em escala do tipo likert, com valores de 1 (nunca) até cinco (sempre) os quais avaliam três dimensões: exaustão emocional EE (9 afirmativas); despersonalização DE (5 afirmativas); e realização pessoal RP (8 afirmativas) (TAMAYO; TRÓCCOLI, 2009).

3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS

Após a revisão e codificação, os dados foram transcritos para planilhas, pelo procedimento de dupla digitação independente. Erros e inconsistências foram verificados, através de processo de revisão e auditoria dos dados. O banco de dados foi construído utilizando-se o programa StatisticalPackage for the Social Sciences (SPSS) versão 20.

Os resultados foram representados por medidas de tendência central: média e desvio padrão e analisados por teste estatístico de associação qui-quadrado (x²) que foi utilizado para verificar diferenças entre os grupos analisados durante a análise bivariada. Foi consideradacomo significância o valor p≤ 0,05. A prevalência da SB foi observada segundo critérios descritos na literatura segundo de Grunfeld e cols. (2000).

3.5 ASPECTOS ÉTICOS

A pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética do Hospital Universitário Antônio Pedro, aprovada sob o número 260/11, atendendo a resolução 422/2012 (Anexo A). Os sujeitos preencheram termo de consentimento livre esclarecido (apêndice 2), e o estudo respeitou todos os princípios éticos descritos na resolução. A coleta dos dados se desenvolveu durante o segundo semestre de 2012.

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21

4RESULTADOS

Nesta seção, serão apresentados os resultados que se deram por meio da análise das respostas do questionário preenchido pelos funcionários da empresa.

A prevalência da SB foi observada, segundo critérios de Grunfeld e cols. (2000), onde 336 trabalhadores (78,1%) foram classificados no estrato de risco, valor considerado expressivo.

De acordo com as três dimensões da SB, foi observado que o esgotamento emocional foi obtido por 40 (9,3%) trabalhadores; a despersonalização foi de 49(11,4%); e a realização pessoal baixa foi de 136 (31,6%) (Tabela1).

Tabela 1. Dimensões da SB da população de trabalhadores marítimos, Rio de Janeiro, 2012.

DIMENSÕES DA SB N %

Esgotamento Emocional Média 10,6d.p +/- 10,2 Abaixo da média 390 90,7

Acima da média 40 09,3

Despersonalização Média 03,7d.p +/- 04,7 Abaixo da média 381 88,6

Acima da média 49 11,4

Realização pessoal Baixa Média 40,3 d.p+/- 07,2 Abaixo da média 136 31,6

Acima da média 294 68,4

Legenda: N=total de trabalhadores, Prev.= prevalência, d.p= desvio padrão.

4.1 SOBRE OS ASPECTOS SOCIODEMOGRÁFICOS

Em relação aos aspectos sociodemográficos, do total de funcionários que participaram deste estudo: (16,5%) eram do sexo feminino e 359 (83,5%) eram do masculino; 171 (39,8%) não possuíam filhos e 259 trabalhadores (60,2%) possuíam; 270 (62,8%) possuíam idade até a média de 37 anos e 160 (37,2%) possuíam acima de 37 anos; 348 (80,9%) haviam estudado até o ensino médio e 82 (19,1%) haviam estudo posterior ao ensino médio; 153 (35,6%) se autodeclararam brancos, 270 (62,8%) se autodeclararam negros e 07 (1,6%) se autodeclararam miscigenados; 253 (58,8%) possuíam relação conjugal e 177 (41,2%) não possuíam relação conjugal, conforme demonstrado na tabela 2.

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Tabela 2. Distribuição das variáveis sociodemográficas da população de trabalhadores marítimos, Rio de Janeiro, 2012.

Legenda: N= total no estrato, n = número de trabalhadores com a síndrome,Prev.= prevalência, freq.=frequência.

4.2 SOBRE OS ASPECTOS LABORAIS

Em relação aos aspectos laborais, 316 (73,5%) atuavam como embarcados; 157 (36,5%) possuíam turno de trabalho apenas diurno, 121 (28,1%) possuíam turno de trabalho em horário comercial – manhã/tarde – e 152 (35,3%) possuíam turno de trabalho tarde/noite; 322 (74,9%) possuíam até 05 anos de trabalho na referida; 415 (96,5%) possuíam vínculo empregatício estável; 270 (62,8%) possuíamcarga horário de trabalho deaté 38 horas semanais; 283 (56,8%) são submetidos a alto nível de estresse, 96 (22,3%) são submetidos a médio nível de estresse e 51 (11,9%) são submetidos a baixo nível de estresse; 230 (53,5%) recebiam até 5,5 salários mínimos; 403 (93,7%) afirmaram possuir satisfação no trabalho, conforme demonstrado na Tabela 3.

VARIÁVEIS

SOCIODEMOGRÁFICAS N n Freq. Prev. Valor de p

Cor da pele auto-referida 0,269

Branca 153 118 35,6 77,1 Mestiça 007 003 01,6 42,8 Preto 270 215 62,8 79,6 Sexo 0,063 Feminino 071 059 16,5 83,0 Masculino 359 277 83,5 77,1

Idade por faixa etária 0,942

Até 37 anos 270 208 62,8 77,0

37 anos ou mais 160 128 37,2 80,0

Escolaridade 0,472

Até ensino médio completo 348 273 80,9 78,4

Ensino superior ou mais 082 063 19,1 76,8

Situação conjugal 0,750

Com companheiro (a) 253 198 58,8 78,2

Sem companheiro (a) 177 138 41,2 77,9

Filhos 0,928

Possui 259 202 60,2 77,9

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Tabela 3. Prevalência da SB, segundo as variáveis laborais, entre profissionais hidroviários do Estado do Rio de Janeiro, 2012.

Legenda: N= total no estrato, n = número de trabalhadores com a síndrome,Prev.= prevalência, freq.=frequência.

VARIÁVEIS

LABORAIS N n Freq. Prev. Valor de p

Categoria profissional 0,179

Estaleiro 114 084 26,5 73,6

Embarcado 316 252 73,5 79,7

Carga horária semanal 0,805

Até 38h 270 212 62,8 78,5

38h ou mais 160 124 37,2 77,5

Média de tempo no trabalho 0,916

Até 5 anos 322 252 74,9 78,2 Mais de 5 anos 108 084 25,1 77,7 Horário/turno em 3 estratos 0,128 Manhã 157 119 36,5 75,7 Manhã e tarde 121 90 28,1 74,3 Tarde e noite 152 127 35,3 83,5 Contrato 0,500 Temporário 008 005 01,9 62,5 Experiência 007 006 01,6 85,7 Estável 415 325 96,5 78,3 Nível de estresse 0,042 Alto 283 231 65,8 81,6 Médio 096 067 22,3 69,7 Baixo 051 038 11,9 74,5 Média de SM 0,500 Até 5,5 230 181 53,5 78,6 Acima de 5,5 200 155 46,5 77,5 Acidente no trabalho 0,959 Sim 095 074 22,1 77,8 Não 334 261 77,9 78,1 Satisfação no trabalho 0,963 Sim 403 315 93,7 78,1 Não 027 021 06,3 77,7

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5

Nesta seção, são apresentados os resultados de forma descritiva para que posteriormente sejam discutidos.

De acordo com Dias e cols., 2013 a saúde, educação e segurança, estão entre os grupos mais estudados. Neste estudo, a prevalência da SB de acordo com critérios de Grunfeld e cols. (2000), foi de 336 trabalhadores (78,1%). Em estudo com médicos intensivistas que trabalham em unidades de terapia intensiva adulto, pediátrica e neonatal, de cinco capitais brasileirascontatou-se a prevalência de burnout de 61,7% (TIRONI et al, 2016). Estudo

realizado entre militares registrou-se prevalência de SB em 89,1% (JESUS et al, 2016).

Quanto à pesquisa realiza entre os professores dos últimos anos do ensino fundamental, os resultados evidenciaram que 93% dos professores estão acometidos pela síndrome (RIBEIRO; BARBOSA; SOARES, 2015).

Nota-se que a prevalência da síndrome dessa doença varia entre 61,7% e 93%nos estudos citados acima, e estão próximos dos achados neste estudo (78,1 %), desta forma os resultados mostram a força com que a síndrome prevalece entre os trabalhadores.

Quanto às dimensões da SB, neste estudo foi observado que o esgotamento emocional foi obtido por 40 (9,3%) trabalhadores; a despersonalização foi de 49 (11,4%); e a realização pessoal baixa foi de 136 (31,6%). Comparando com os demais estudos, na pesquisa entre profissionais educadores, foi observado que os professores da cidade de João Pessoa-PB obtiveram 33,6% da amostra com alto nível de esgotamento emocional, 8,3% com alto nível de despersonalização e 43,4% com baixo nível de realização Profissional (COSTA et al, 2013). Outro estudo realizado com médicos anestesiologistas observou-seesgotamento emocional de 23,1%, despersonalização de 28,3%, e baixa realização profissional de 47,7% (MAGALHÃESet al 2015).A prevalência identificada quanto à SB entre militares do exército foi de 41,2% em esgotamento emocional, 52,1% em despersonalização e 60,5% em baixa realização pessoal (JESUS et al 2016).

Então se percebe o quanto as três dimensões estão presentes na vida desses trabalhadores, podendo observar que os valores de ambas as esferas se apresentam bem próximas.

DISCUSSÃO

Um estudo realizado com médicos residentes evidencia a existência de situações geradoras desse desfecho e de pensamentos suicidas, com a existência de 13 sujeitos (18,05% da amostra total) com manifestação de burnout, dentre os quais 61,53% apresentaram algum tipo de pensamento suicida. Essa alta incidência da síndrome e pensamentos suicidas é uma

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25

realidade nos hospitais brasileiros e nos demais países do mundo, o que torna imperativa a busca de medidas intervencionistas e curativas para diminuir o alto desgaste a que estão expostos os profissionais dessa área (SOARES et al, 2012).

Evidencia-se então, a necessidade de enfrentar essa realidade com medidas de controle e prevenção eficazes. Visando promover a saúde e a qualidade de vida desses trabalhadores, evitando a síndrome em si e, principalmente, as complicações que tal doença crônica pode causar. Com isso, observa-se a importância do profissional enfermeiro e os demais profissionais da área da saúde em se aprimorar na detecção desses diagnósticos, e nas condutas ideais na quais visemà intervenção dessa síndrome.

Não foram encontrados estudos com associações da SB com os trabalhadores hidroviários, porém de acordo com os estudos existentes os profissionais mais suscetíveis à síndrome são os que trabalham na área assistencial, em contato constante e direto com sua clientela na prestação de serviço, como profissionais de educação e saúde (RIBEIRO; BARBOSA; SOARES, 2015).

Os trabalhadores hidroviários possuem contato direto com a sua clientela ao prestar serviço, e seu trabalho oferece condições perigosas, riscos de acidentes e privação de sono, o que consequentemente produz o estresse, logo se apresenta como a única esfera que demonstra significância neste estudo é o nível de estresse, no qual todos os trabalhadores possuem em níveis diferentes. Contudo, foi observado que a maioria dos trabalhadores encontravam-se satisfeitos com trabalho.

Desta forma, 403 trabalhadores encontram-se satisfeitos com o trabalho e, estes possuem uma maior prevalência da SB de 78,1. Este fato se explica que o suporte oferecido pelos supervisores e colegas de trabalho é mais importante para a satisfação profissional do que o retorno financeiro. O fato de esses profissionais sentirem-se satisfeitos com o trabalho sugere que esses sujeitos consideram sua atividade um desafio, mesmo que as condições de trabalho não sejam plenamente adequadas (ANDOLHE et al, 2015).

Os trabalhadores com o nível alto de estresse possuem uma maior prevalência da SB, sendo81,6, uma vez que de acordo com estudo a SB é “um tipo especial de estresse ocupacional que se caracteriza por profundo sentimento de frustração e exaustão em relação ao trabalho desempenhado, sentimento que aos poucos pode estender-se a todas as áreas da vida de uma pessoa” (PEREIRA DA SILVA et al, 2013). Então quanto maior for o estresse, o trabalhador fica mais exposto a SB. Sendo esse o único fator com associação com a síndrome neste estudo (P=0,042). Tal fato pode ter ocorrido justamente por serem dimensões subjetivas que se interrelacionam.

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A prevalência da síndrome entre as mulheres quando comparada a dos homens é maior, o que vem ao encontro de estudos que mostram gênero feminino associado à exaustão emocional (BELTRAN et al. 2015).

Trabalhadores com companheiros (as) apresentaram prevalência elevada, estudos apontam que esse grupo requer uma forma de dedicação e nível de afetividade, e com isso, possuem multiplicidade de funções (ser marido/esposa, dona (o) de casa, ter filhos, vários vínculos empregatícios e outras atividades), podendo a partir da variável gênero, influenciar na SB (RIBEIRO; BARBOSA; SOARES, 2015).

Quanto ao trabalho noturno, observa-se número de suspeitos maior, diante dos demais turnos, estudos apontam que o turno noturno pode impactar negativamente a saúde e o bem-estar dos trabalhadores, podendo causar distúrbios no ritmo biológico normal, dificultar a manutenção de um relacionamento com a sociedade e com a família, e também gerar problemas para a saúde do trabalhador, que podem se manifestar em distúrbios do sono e de hábitos alimentares (SANTANA et al, 2015).

Logo, entre os investigados nota-se que existe algumas características mais frequentes entre os suspeitos como: gênero feminino, com companheiro, em trabalho noturno, soma-se ao fato de que a literatura menciona que como ter filhos e ser mulher prejudicam o descanso pós-trabalho noturno (SANTOS; COSTA, 2016).

Quanto ao período de experiência, aqueles com menos tempo de trabalho possui um número maior da prevalência, em relação aos mais experientes. Visto que em outro estudo, foi encontrado o mesmo resultado, onde esses profissionais com menor tempo de atuação sentem mais o impacto da SB (MOURA; RONCALLI; NORO, 2016).

Nota-se que há um maior número de pessoas com a SB para aqueles que pensam no trabalho durante a folga (80,3), bem como se encontra esta associação em outros estudos, como ocorreu na pesquisa dos enfermeiros intensivistas, tendo p=0,009 (LIMA DA SILVA et al, 2015).

5.1 LIMITAÇÕES DO ESTUDO

Algumas limitações do estudo devem ser consideradas. No que tange ao viés do trabalhador saudável, foi realizada busca ativa dos afastados, transferidos e os ausentes no setor. Foram incluídos no banco de dados trabalhadores ausentes do setor por até 6 meses. Foram agendados para preenchimento do questionário, na empresa, trabalhadores via contato telefônico. O grau de estresse autorreferido pôde sofrer da carga de estresse do dia, o que pode modificara percepção do trabalhador para maior estresse. E, sendo um estudo seccional

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27

ocorre a limitação de ter recorte somente naquele momento, logo sendo válido somente para aquele grupo.

A ausência de consenso na literatura sobre os critérios para da SB mostra-se como fator a ser superado, neste estudo foi escolhido o critério mais sensível, com ideia de facilitar as análises estatísticas, bem como os autores buscaram realizar o levantamento com o maior número possível de trabalhadores, o que caracteriza um senso/ levantamento com perdas inferiores a 2 %.

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6CONCLUSÃO

A prevalência da SB entre os hidroviários foi de 336 (78,1%), valor expressivo quando comparados a estudos com outras populações. Tal constatação, em um estudo de prevalência mostra a força do desfecho sobre grupo estudado. Pôde-se constatar que a SB se apresenta como possível complicação, relacionada à organização do trabalho, que independente de diversas variáveis investigadas demonstrou-se presente.

Foi possível constatar na descrição dos dadosque os trabalhadores entrevistados referem certo estresse e, a maior parte no grau elevado. Fator este que se mostrou associado estatisticamente com a SB, podendo estar relacionada à resposta do estresse crônico laboral.

Os sinais das doenças de ordem mental necessitam de maior atenção pelos profissionais de saúde, em nosso contexto atual de altas exigências e demandas diversas, especialmente entre os grupos mais vulneráveis de trabalhadores que necessitam oferecer atenção constante e lidar com público em geral de forma contínua.

Os impactos esperados com este estudo são: incentivo ao autocuidado; a melhores hábitos e estilos de vida; a adesão da população a práticas preventivas de cuidado em saúde; contribuição para maior engajamento e participação da comunidade nos serviços de saúde; contribuições efetivas para o ensino e assistência de enfermagem no que se refere ao cuidado em grupos humanos.

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(34)

33

8 APÊNDICE

8.1 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Responsável pelo projeto: prof. Jorge Luiz Lima da Silva

NOME DO ENTREVISTADO: __________________________________________Identidade:

O Sr (a) está sendo convidado para participar da pesquisa “Qualidade de vida e bem-estar dos trabalhadores hidroviários” de responsabilidade dos pesquisadores Jorge Luiz Lima da Silva, Jonathan Henrique Anjos de Almeida, Mariana Ribeiro Lopes e Rebecca Ferreira Moreno.

 Que esta pesquisa tem como objetivo conhecer a qualidade de vida e o bem-estar dos trabalhadores de uma empresa de transporte hidroviário, observando a ocorrência de transtornos mentais comuns e grau de estresse.

 Que para a coleta dos dados será utilizada um formulário com perguntas que ajudarão a alcançar os objetivos da pesquisa;

 Que esta pesquisa me causará riscos ou desconfortos mínimos, referentes à mensuração da pressão arterial e medida de açúcar no sangue que é realizado com pequena agulha que pode provocar mínimo de dor e quase nenhum risco devido ao uso de álcool;  Que esta pesquisa trará contribuições importantes para um melhor rendimento profissional e poderá indicar se possuo agravos à minha

saúde;

 Que recebi respostas ou esclarecimentos a quaisquer dúvidas acerca dos procedimentos, riscos, benefícios e outros assuntos relacionados com a pesquisa;

 Da liberdade de retirar meu consentimento, a qualquer momento, e deixar de participar do estudo, sem que isso traga algum prejuízo para mim;

 Que será mantido o caráter confidencial das informações relacionadas com a minha privacidade;

 Que obterei informações atualizadas durante o estudo, ainda que isto possa afetar a minha vontade de continuar dele participando.

Eu_______________________________________, RG____________________, declaro ter sido informado e concordo com

minha participação, como voluntário, do projeto de pesquisa acima descrito.

____________________________________ _________________________________________ Assinatura do entrevistado (a) Assinatura do responsável pela pesquisa

____________________________________ _______________________________________ Assinatura de testemunha 1 Assinatura de testemunha 2

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9 ANEXO

Referências

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