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AULA DE

AULA DEMONSTRMONSTRATIATI VAVA

S

SUMÁRUMÁRII O O PÁPÁGGII NANA

Apresentação 01

Apresentação 01

O

O Estado Estado e e suas suas funções funções econômicas econômicas fundamentais fundamentais 0404 Lista

Lista de de questões questões 4242

Gabarito 54

Gabarito 54

Oi, pessoal! Oi, pessoal!

Antes de tudo, gostaria de dar as boas vindas ao nosso curso de Antes de tudo, gostaria de dar as boas vindas ao nosso curso de Econo-mia para o concurso da Polícia Federal. De fato não somente é motivo de mia para o concurso da Polícia Federal. De fato não somente é motivo de grande satisfação, mas, sobretudo, de alegria, oferecer a todos vocês, um grande satisfação, mas, sobretudo, de alegria, oferecer a todos vocês, um c u r s o c o m p

c u r s o c o m p l e t o d e t e o rl e t o d e t e o r i a e i a e e x e re x e r c íc íc i o s c i o s p a r a e s t e c ep a r a e s t e c er tr t a ma m e .e .

Nosso propósito assim é a realização de um curso que aborde os Nosso propósito assim é a realização de um curso que aborde os conhecimen-tos de maneira

tos de maneira c l a r a , o b j e t i v ac l a r a , o b j e t i v a e tendo como meta que vocêe tendo como meta que você g a b a r i t eg a b a r i t e a provaa prova da nossa disciplina e

da nossa disciplina e,, como muitos puderam perceber, dados a mudança docomo muitos puderam perceber, dados a mudança do conteúdo de economia, nossa disciplina pode fazer a

conteúdo de economia, nossa disciplina pode fazer a diferença nesta reta final.diferença nesta reta final. A teoria deste nosso curso respeitará a sequencia proposta pela A teoria deste nosso curso respeitará a sequencia proposta pela banca e teremos ainda questões de concursos recentes e muitas inéditas banca e teremos ainda questões de concursos recentes e muitas inéditas abor-dando todos os tópicos do

dando todos os tópicos do edital.edital. Nosso conteúdo programático,

Nosso conteúdo programático, d e a c o r d o c o m o E d i t a ld e a c o r d o c o m o E d i t a l, aborda os seguintes, aborda os seguintes itens:

itens:

NOÇÕES DE ECONOMIA: 1 O Estado e as funções econômicas NOÇÕES DE ECONOMIA: 1 O Estado e as funções econômicas governamen-tais.

tais. 2 As 2 As necessidades públicas e as formas necessidades públicas e as formas de atuação dos de atuação dos governos. 3 Esta-governos. 3 Esta-do regulaEsta-dor e produtor. 4 Políticas fiscal e monetária; outras políticas do regulador e produtor. 4 Políticas fiscal e monetária; outras políticas econô-micas. 5 Evolução da participação do setor público na atividade econômica. 6 micas. 5 Evolução da participação do setor público na atividade econômica. 6 contabilidade fiscal: NFSP; resultados nominal, operacional e primário; dívida contabilidade fiscal: NFSP; resultados nominal, operacional e primário; dívida pública. 7. Sustentabilidade do endividamento público. 8 Financiamento do pública. 7. Sustentabilidade do endividamento público. 8 Financiamento do dé-ficit público a partir dos anos 80

ficit público a partir dos anos 80 do século XX. 9 Inflação e crescimento.·.do século XX. 9 Inflação e crescimento.·.

Sendo assim, podemos observar que o certame versará sobre itens Sendo assim, podemos observar que o certame versará sobre itens co-mo macroeconomia, economia brasileira e finanças públicas, o que nos mo macroeconomia, economia brasileira e finanças públicas, o que nos permi-tirá ter uma noção

tirá ter uma noção clara da situação econômica brasileira.clara da situação econômica brasileira.

Percebemos então pelo descrito, que temos muito trabalho pela frente, e Percebemos então pelo descrito, que temos muito trabalho pela frente, e sen-do assim

do assim “ f o c o ”“ f o c o ” na aquisição dos conhecimentos será o nosso “mantra”. As-na aquisição dos conhecimentos será o nosso “mantra”. As-sim gostaria de citar uma expressão que gosto muito:

sim gostaria de citar uma expressão que gosto muito: “ p a r a s e i r a o n d e a“ p a r a s e i r a o n d e a m

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Desta forma, desde já, assumiremos j u n t o s este compromisso!

O planejamento foi feito para contemplar todo o conteúdo ainda neste mês de abril de 2012, de maneira que você possa adequar sua preparação com as ou-tras disciplinas exigidas neste concurso.

Dito isto, cabe me apresentar a todos vocês: s o u o P r o f e s s o r A l e x M e n d e s, graduado em Filosofia e Geografia, M e st r a n d o e m Ec on o m i a, leciono atuali-dades/conhecimentos gerais, e Ec o n o m i a , em cursos presenciais para concur-sos, com um pouco mais de 15 anos de experiência na área, além de ter um livro publicado de s i m u l a d o s c o m e n t a d o s d e a t u a l i d a d es e outro no prelo de m i cr o e c o n o m i a p a r a c o n c u r s o s.

Nossos trabalhos seguirão o seguinte cronograma:

AULA 00 ( D e m o n s t r a t i v a ) Es t a d o e s u a s f u n ç õ es e co n ô m i c as g o v e r n a m e n t a i s AULA 01 ( 0 9/ 0 4) A s n e c e s s i d a d e s p ú b l i c a s e a s f o r m a s d e a t u a ç ã o d o s g o v e r n o s . Es t a d o r e g u l a d o r e p r o d u t o r AULA 02 ( 1 0/ 0 4) Po l í t i c as f i s c a l e m o n e t á r i a ; o u t r a s p o l í t i c as e c o -n ô m i c a s . AULA 03 ( 1 3/ 0 4) Ev o l u ç ã o d a p a r t i c i p a çã o d o s e t o r p ú b l i c o n a a t i v i -d a -d e e c o n ô m i ca AULA 04 ( 2 0/ 0 4) C o n t a b i l i d a d e f i s c a l : N F S P ; r e s u l t a d o s n o m i n a l , o p e r a c io n a l e p r i m á r i o ; d í v i d a p ú b l i c a. AULA 05 ( 2 7/ 0 4) S u s t e n t a b i l i d a d e d o e n d i v i d a m e n t o p ú b l i c o . 8 F i -n a -n c i a m e -n t o d o d é f i c i t p ú b l i c o a p a r t i r d o s a -n o s 8 0 d o s é cu l o X X AULA 06 ( 0 1/ 0 5) I n f l a ç ã o e c r e s ci m e n t o . ·.

Para encerrar assim, este nosso bate-papo inicial, não posso dei-xar de dizer que, nós aqui do Canal d os Con cursos, estamos c o m v o c ê nes-ta jornada, p a s s a n d o n o s s a e x p e r i ê n c i a, rumo a sua APROVAÇÃO!

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Vamos começar nosso estudo com a definição de Estado, pois este ira balizar uma série de questões ao longo de nosso curso.

DEFINIÇÃO DE ESTADO

Estado é uma instituição organizada politicamente, socialmente e juridicamen-te, ocupando um território definido, normalmente onde a lei máxima é uma Constituição escrita, e dirigida por um governo que possui soberania reconhe-cida tanto interna como externamente.

Resolvida esta primeira definição, vamos agora buscar entender quais as formas que historicamente, foram construídas para a participação do Estado na economia.

1 . Visão clássica (advinda do século XIX)

A escola clássica defendia o que poderíamos chamar de Estado mínimo, ou seja, a atividade estatal deve ser voltada apenas para o atendimento de demandas onde a atividade privada não possa se autoequilibrar, como no caso dos b e n s p ú b l i c o s e s e m i - p ú b l i c o s.

A presença do Estado seria representada apenas pelo controle da segu-rança nacional do país, a segusegu-rança pública, bem como serviços de natureza social não atendidas pelo setor privado.

Foram protagonistas desta escola, pensadores como Adam Smith, David Ricardo, Jean Baptiste Say etc., e o pensamento subjacente era de que na economia de mercado (capitalista) funciona a Lei da Oferta e da Demanda nas negociações de compra e venda de bens e serviços e também de fatores de produção (insumos ao processo produtivo), de forma que uma demanda maior que a oferta, forçaria os preços para cima e uma demanda menor que a oferta, forçaria os preços para baixo.

O>D Preços e ainda O<D Preços

Ocorria ainda outras crenças como a da chamada Lei de Say: a oferta cria sua própria demanda! Mas como isto se daria? Vejamos o raciocínio de Say: a produção gera a demanda de mais trabalhadores, o que ocasiona o au-mento da renda, provocando assim o consumo e este à demanda, ou seja, a

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Observemos: Produção

Consumo Trabalho Renda

Os clássicos também acreditavam na flexibilidade dos salários dos traba-lhadores, assim em caso de crise, bastava que se reduzisse os salários nomi-nais, para que se mantivesse o pleno emprego.

Portanto não haveria emprego involuntário, apenas o voluntário! Atenção!

A teoria clássica assim atribuía ao Estado apenas o papel de fornecedor de bens públicos e semi-públicos (meritórios), ou seja, o oferecimento de bens, cujo sistema de precificação (preços) da economia de mercado fosse ine-ficiente.

Foco! A e x i s t ê n c i a d e b e n s p ú b l i c o s

Exemplos: defesa nacional, segurança pública, justiça, ruas, iluminação públi-ca.

Indivisíveis: não ocorre um sistema de divisão eficiente para a ocorrência de precificação de acordo com o uso por cada cidadão.

Tipos de desemprego

Voluntário: por uma decisão exclusiva do trabalhador. Ex.: parar de

trabalhar para só se dedicar a concursos públicos.

Friccional: desemprego voluntário, onde se esta a busca de melhor

remuneração, novo emprego ou função, sendo assim temporário.

Involuntário: é o desemprego indesejado pelo trabalhador.

INDIVISÍVEIS

NÃO RIVAIS

NÃO EXCLU-DENTES

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Não Rivais: duas concepções possíveis; primeira de que a utilização do bem não exclui outrem de sua utilização; segundo que a oferta do bem público cabe ao Estado ou a quem ele concede, não havendo rivalidade com a iniciativa pri-vada.

Não excludente: o bem se torna disponível independente de pagamento para a sua utilização, o que muitas vezes provoca a ocorrência do Free Rider, ou seja, do carona.·.

Bens meritórios: são os que podem ser considerados como uma classificação intermediária entre os bens públicos e os de mercado, e possuem a seguinte característica: podem ser produzidos pela iniciativa privada, pois são submeti-dos ao princípio da exclusão, mas também podem ser produzisubmeti-dos, total ou par-cialmente, pelo setor público, devido aos benefícios sociais gerados e às exter-nalidades positivas.

2 . P e n s a m e n t o m a r x i s t a: fundamentado na ideia de que o Estado deveria atuar diretamente na redistribuição igualitária da renda entre a população.

A critica marxista dará origem assim ao pensamento socialista, de que a intervenção do Estado na economia, deveria ser máxima, atuando de forma a abolir a propriedade privada dos meios de produção, tornando a todos traba-lhadores e assim pondo fim a exploração do homem pelo homem.

Historicamente sabemos que as tentativas de maior justiça social fracas-saram diante da incapacidade de competição com a economia de mercado, e ainda pela construção de ditaduras monopartidárias, sem grande participação popular e crescente perda das liberdades civis.

Co m o c r e s ci m e n t o d a a t i v i d a d e p r i v a d a , g e r a d o r a d e l u c r o s , p a s sa m a e x i s t i r n a Ec o n o m i a q u e st i o n a m e n t o s r e f e r e n t e s à

(6)

3 . K e y n e s i a n i s m o:

No início do século XX, mais especificamente com a chamada Grande Depres-são (1929), uma nova defesa na dimenDepres-são da atuação do Estado passa a exis-tir.

Com o nível de oferta agregada superior ao da demanda agregada, ge-rando por consequência uma diminuição no nível de riqueza dos países, e con-sequentemente de suas sociedades, o economista J o h n M a y n a r d n es propôs que o Estado interviesse na economia, com o objetivo de estimular a demanda agregada. Para isso, este deveria aumentar os seus gastos, de forma a estimular o emprego e a renda.

A análise fundamental de Keynes baseia-se na observação de que a Lei de Say estava incorreta. Não é a produção que gera a demanda, mas sim o inverso! É porque as pessoas desejam um bem/serviço que as empresas se põem a campo para produzi-las.

Portanto o motor econômico não se encontra do lado da oferta (produ-ção) e sim da demanda (consumo).

Keynes afirma, contudo, que diante de uma recessão (queda do produto abaixo do potencial) ou ainda pior, de uma depressão (recessão prolongada), as expectativas de produtores é de reduzir a oferta que não encontra deman-da, e a dos trabalhadores de reduzir o consumo, porque não sabe se terá seu emprego amanhã.

Desta forma caminha-se para uma situação autorrealizável, onde a que-da do investimento e consumo, de fato leva a novas demissões e falências.

Para contornar este fato, Keynes propõe uma intervenção exógena (ex-terna) na economia de mercado, a ser realizada pelo Governo, através de au-mento do gasto público e redução dos impostos, que segundo ele, provocaria o aumento da demanda agregada (demanda total de bens e serviços de uma economia), gerando assim o circulo virtuoso.

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Dito de outra forma:

Estado Liberal: intervém apenas nos campos onde não surja iniciativa

priva-da. É a busca do Lucro individual, o motor da atividade econômica.

Es t a d o I n t e r v e n c io n i s t a ( k e y n e s i an o ): Intervém direta e indiretamente na atividade económica para combater e prevenir crises.

Es t a d o P r o v i d ê n c i a ( s o c i al i s t a ): pretende combater as desigualdades soci-ais e garantir as condições mínimas de sobrevivência.

Dito isto, podemos passar a compreender as funções modernas do Esta-do:

→ Políticas (promove a paz social, gerindo a administração pública e

aplicando os recursos na satisfação das necessidades coletivas)

→ Sociais (promove a melhoria das condições de vida e de

bem-estar da população)

→ Econômicas (pretende-se que estabilize a economia e garanta o

seu bom funcionamento, promova o crescimento e desenvolvimento econômico).

→ O Estado deve garantir a:eficiência, estabilidade e equidade.

4 . A I NTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMI A: AS FALHAS DE MERCADO

Acima dissemos que a intervenção do Estado na economia, para os clás-sicos, devia-se somente quando o sistema de precificação da economia de mercado não fosse eficiente, agora vamos incluir todos os itens que justificam esta intervenção; são as chamadas falhas de mercado.

Segundo os clássicos as condições necessárias e suficientes para uma eficiência de mercado, seriam as seguintes:

Para atingir uma situação ótima (máxima eficiência) não é necessário um pla-nejador central, bastando um mercado em livre concorrência, d e s d e q u e ha- ja:

(i) c o n d i çõ e s i d ea i s p a r a o f u n c io n a m e n t o d o m o d e l o d e c o n co r r ê n c i a p e r f e i t a (mercado atomizado e informação perfeita),

(ii) i n e x i s t ê n c i a de externalidades, bens públicos, monopólios naturais, mer-cados incompletos, desemprego e inflação.

Ocorre que, no mundo real, a ocorrência de um mercado de concorrên-cia perfeita raramente ocorre, provocando assim as falhas de mercado e a ne-cessidade da intervenção do Estado.

Portanto, sob certas condições, os mercados competitivos geram uma alocação de recursos “ótima” no s e n t i d o d e P ar e t o, mas em outras não.

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Assim, além dos bens públicos e semi-públicos que falávamos acima, temos ainda as seguintes falhas de mercado:

M o n o p ó l i o s n a t u r a i s

→ Existem setores nos quais o processo produtivo se caracteriza por

retornos crescentes de escala.

→ Isto significa que os custos de produção unitários declinam à

me-dida que aumenta a quantidade produzida.

→ Pode ser mais eficiente uma empresa produtora de energia

elé-trica do que duas ou mais.

→ O governo neste caso pode: regular empresas ou intervir

direta-mente produzindo o bem/serviço. M o n o p ó l i o d e u m r e c u r s o n a t u r a l

→ O monopólio de um recurso natural ocorre quando uma única

em-presa domina a venda de um insumo ligado ao fator de produção Terra. Atenção!

M o n o p ó l i o c o n c e d i d o p e l o Es t a d o

→ Quando o Estado é o concedente do monopólio

Ex: Energia elétrica

EFICIENCIA SOB O PONTO DE VISTA DE PARETO – OTIMO DE PARETO

Um ponto (ou situação) de ótimo de Pareto se caracteriza pelo fato de

que ninguém pode melhorar sua situação sem causar prejuízo a

ou-tros.

Fatores de produção:

Terra

Capital

Trabalho

Capacidade empresarial

Capacidade Tecnológica

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E x t e r n a l i d a d e s

→ São comuns os casos em que a ação de um indivíduo ou empresa

afeta direta ou indiretamente outros agentes econômicos.

→ Há externalidades positivas e negativas.

Exemplos das positivas (benefícios): infraestrutura.

Exemplos das negativas: poluição, tabagismo, ações criminosas.

→ Diante de externalidades, o governo pode : produzir diretamente,

subsidiar ou tributar, proibir, multar ou regulamentar.

M e r c a d o s i n c o m p l e t o s e o co r r ê n c i a d e d e se m p r e g o e i n f l a ç ão

→ Mesmo em atividades típicas de mercado, nem sempre o setor

privado está disposto a assumir riscos.

→ No Brasil, a intervenção do governo é importante para a

conces-são de crédito de longo prazo.

→ O livre funcionamento de mercado não soluciona problemas como

a existência de altos níveis de desemprego e inflação. A ss im e t r i a d e I n f o r m a çã o ( e x - a n t e )

→ Ocorre quando uma das partes detém um conhecimento que o

ou-tro desconhece, justificando em alguns casos a intervenção do Estado. Ex.: medicamentos. A bula é regulamentada pelo Estado de forma a mi-nimizar a assimetria de informação, contendo itens como, objetivo do medicamento, interação medicamentosa, dosagem, etc.

Ri s co M o r a l ( e x - p o s t )

Segundo Pindyck e Rubinfeld, há risco moral “quando uma parte apre-senta ações que não são observadas e que podem afetar a probabilidade ou a magnitude de um pagamento associado a um evento”.

Ex.: Se você já teve um carro sem seguro, provavelmente dirigia com muito cuidado, evitava estacionar na rua, instalava todos os equipamentos de segu-rança imagináveis, além de várias outras precauções. É o que costumam fazer as pessoas quando compram um carro zero até que o seguro seja feito.

A partir do momento em que o carro está segurado, vários motoristas rela-xam: o prejuízo será muito menor em caso de batida ou furto. Essa mudança de comportamento a partir da contratação do seguro é um dos exemplos mais nítidos de r i s co m o r a l.

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Podemos então, resumir os argumentos acima, a partir de uma pergunta: por que existe governo?

R az õ e s p a r a a ex i s t ê n c i a d o g o v e r n o :

→ A operação do sistema de mercado necessita de uma série de

con-tratos que dependem da proteção e da estrutura legal implementada pe-lo governo.

→ Ocorrência de falhas de mercado em função de bens públicos,

ex-ternalidades, monopólios naturais, falta de informação, etc.

→ Promoção de crescimento e estabilidade econômica - elevado nível

de emprego, estabilidade de preços, certo equilíbrio nas transações com o exterior.

→ Redistribuição de renda, riqueza e oportunidades.

Finalmente podemos agora, nos dedicar a entender as funções do governo:

→ Alocativa → Distributiva → Estabilizadora → Reguladora

Vamos conhecer um pouco mais de cada uma delas: FUNÇÃO A LOCATI VA

→ Os bens públicos não podem ser fornecidos de forma compatível

com as necessidades da sociedade através somente do sistema de mer-cado.

→ Os bens que produzam externalidades também não são

adequa-damente ofertados / demandados

Assim o governo deve atuar corrigindo a alocação de recursos:

→ Oferecendo (ou estimulando) a oferta de bens públicos e bens que

produzem externalidades positivas o u

→ desestimulando ou inviabilizando a produção de bens que

produ-zem externalidades negativas. FUNÇÃO DI STRI BUTI VA

→ A distribuição de renda resultante, em determinado momento, das

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→ Para redistribuir a renda, o governo se utiliza, principalmente, das

transferências, dos impostos, dos subsídios e dos gastos na área social (assistência social, saúde, saneamento, habitação, educação etc.).

FUNÇÃO ESTABI LI ZADORA

→ O livre funcionamento do mercado não é capaz de assegurar

ele-vados níveis de emprego, estabilidade dos preços, elevadas taxas de de-senvolvimento econômico e estabilidade nas transações com o exterior.

→ O governo pode afetar o nível de atividade econômica atuando

sobre a demanda agregada através dos instrumentos de política macro-econômica.

→ Pode-se reduzir ou aumentar impostos, ampliar ou cortar gastos,

elevando ou restringindo a demanda agregada e, assim, gerando mais ou menos atividade econômica.

Exemplo:

 Caso se queira combater a inflação, políticas que restrinjam a

de-manda podem ser recomendáveis (cortes nos gastos ou aumento de im-postos).

 Caso se queira ampliar o nível de emprego pode-se optar por

polí-ticas que ampliem a demanda (aumento de gastos e redução de tribu-tos).

Obviamente que para exercer suas funções o Estado necessita se financiar, e isto ocorre através:

→ Receitas: originárias e derivadas

→ Endividamento público: externo e interno → Emissão monetária

As receitas originárias e derivadas decorrem do poder de tributar e do po-der de polícia e, portanto, formam a principal fonte de recursos do Estado. Já o endividamento público, tanto interno quanto externo, significa o déficit orçamentário do governo, tendo que portanto, recorrer à poupança privada ou externa.

Aqui o problema reside no descontrole, e assim no comprometimento do fu-turo com juros e principal da dívida elevados, o que trará menos bem-estar social para sua população.

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Papéis do Estado (dito ainda de outra forma)

D e m i u r g o – representa o papel de produtor. Papel geralmente assumido na infraestrutura, como estradas e obras de caráter publico ou coletivo. Presume limitações do K (capital) privado.

O p a p e l d o Cu s t ó d i o

O Estado pode desempenhar diferentes papéis que podem ser mais ou menos efi-ciente em função do setor da atividade econômica, das capacitações do setor pri-vado e do estágio de desenvolvimento econômico do país.

Assume diretamente a produção de determinados bens e

serviços, muitas vezes em competição com o capital privado.

Implica assumir a inadequação do capital privado para

de-senvolver a produção.

O capital transnacional é considerado desinteressado no

de-senvolvimento local.

Papel geralmente assumido em áreas que requerem grandes

investimentos, de retorno a longo prazo e incerto:

infraestru-tura (transportes e energia) e obras de caráter publico ou

co-letivo.

E s t a d o r e g u l a d o r

. Atua por meio do protecionismo, políticas

públicas e prevenção de comportamentos ilegais.

Papel clássico do Estado: regras podem ser mais intervencionistas

ou liberais, de implementação rígida ou flexível.

Demiurgo - Produtor

(anos 1930 a 1990)

• Vale e CSN (anos 40),

Pe-Custódio – Regulador (1990...)

(13)

N ã o p e n s e v o c ê q u e o t r a b a l h o t e r m i n o u !

Vamos agora para a hora da r e v i s ã o com nossos exercícios comentados e com gabarito.

QUESTÕES PROPOSTAS

1 . P r o v a : CESGRANRI O - 20 11 - TRANSPETRO - Econom ist a Jún ior

U m a c ar a c t e r ís t i ca i m p o r t a n t e d o m o d e l o m a cr o e c o n ô m i c o c l ás si co é a ( o ) a ) i l u s ão m o n e t á r i a d o s a g e n t e s e c on ô m i co s . b ) r i g i d e z d o s p r e ç o s e d o s s a lá r i o s n o s m e r c a d o s d a e co n o m i a . c ) p r o d u ç ã o se r d e t e r m i n a d a a p e n a s p e l o l a d o d a o f e r t a . d ) d e s eq u i l íb r i o p e r m a n e n t e n o m e r c ad o d e t r a b a l h o . e ) d e s co n h e c i m e n t o d o s p r e ç o s p o r p a r t e d o s a g e n t e s e c on ô m i c os .

2 . P r o v a : CESPE - 2 01 1 - Cor reio s - Analist a de Corr eios - Econom is-t a A s p o l í t i c a s p r o t e c i o n i s t a s , v o l t a d a s p a r a o m e r c a do i n t e r n o , c o n t r a p õ e m - s e à q u e l a s i n s p i r a d a s n o s e n s i n a m e n t o s d o l i b e r a l i s m o e c o n ô m i c o , c e n t r a d o n a a u t o r r e g u l a ç ã o d o s m e r c a d o s . A c e r c a d e s s e a s su n t o , j u l g u e o i t e m q u e s e s eg u e . A i d e i a d e q u e a s f o r ç a s d e m e r c a d o , p o r m e i o d a a u t o r r e g u l a ç ã o , c o n d u z a m à a l o c a ç ã o e f i c i e n t e d o s r e c u r s o s c o n t r a d iz a d o u t r i n a d o l i b e r a l is m o e c o n ô m i co , d e f en d i d a p o r A d a m S m i t h . ( ) Ce r t o ( ) Er r a d o

3 . P r o v a : CESPE - 2 01 1 - Cor reio s - Analist a de Corr eios - Econom is-t a A s p o l í t i c a s p r o t e c i o n i s t a s , v o l t a d a s p a r a o m e r c a do i n t e r n o , c o n t r a p õ e m - s e à q u e l a s i n s p i r a d a s n o s e n s i n a m e n t o s d o l i b e r a l i s m o e c o n ô m i c o , c e n t r a d o n a a u t o r r e g u l a ç ã o d o s m e r c a d o s . A c e r c a d e s s e a s su n t o , j u l g u e o s i t e n s q u e s e se g u e m . D e a c o r d o c o m o s s e u s d e f e n s o r e s , o s g a n h o s d o l i v re c o m é r c i o i n c l u e m o s g a n h o s d e e s c a l a d e c o r r e n t e s d a a m p l i a ç ã o d o m e r c a d o d o -m é s t i c o , p o r -m e i o d o a ce s so a o s -m e r c a d o s i n t e r n a c i o n a i s . ( ) Ce r t o ( ) Er r a d o

(14)

4 . Prova: ESAF - 20 10 - CVM - Analista d e Mercado d e Capit ais M e r c a d o s e f i c i en t e s s ão a q u e l e s n o s q u a i s : a ) é l i v r e a e n t r a d a o u a s aíd a d e q u a l q u e r a g e n t e e co n ô m i co . b ) a i n f o r m a çã o é d i r e c io n a d a a o s p ar t i ci p a n t e s d o m e r c ad o . c ) o s p r e ç o s d o s b e n s n e g o c i a d o s r e f l e t e m d e f o r m a a c u r a d a a s e x p e c -t a -t i v a s d o s a g e n -t e s . d ) n ã o h á e s p e c u l a çã o . e ) a s v a n t a g e n s p a r a a t o m a d a d e p o s i çõ e s é c r i s t a l i n a .

5 . Prov a: COPEVE-UFAL - 2 01 1 - UFAL

A p ó s a S e g u n d a G r a n d e G u e r r a M u n d i a l , m u i t o s p a í s e s e m d e s e n v o l v i m e n t o , s o b r e t u d o d a A m é r i c a L a t i n a , a d o t a r a m u m m o d e l o d e d e s e n v o l v i m e n t o q u e f i c o u c o n h e c i d o co m o i n d u s t r i a l i z aç ão p o r s u b s t i -t u i ç ã o d e i m p o r -t a ç õ e s. Es se m o d e l o s e c ar a c -t e r i z a v a p o r : a ) i n c o r p o r a r u m a e s t r a t é g i a d e o r i e n t a ç ã o d o d e s e n v o l v i m e n t o p a r a f o r a , o u s e j a , e m d i r e çã o a o m e r c a d o i n t e r n a c i o n a l . b ) p r a t i c a r e l e v ad o g r a u d e s u b s íd i o s à ex p o r t a ç ão d e p r o d u t o s m a n u f a -t u r a d o s co m o o b j e -t i v o d e e s-t i m u l a r a p r o d u ç ão i n -t e r n a d e s-t e s b e n s. c ) c o n c e d e r e l e v a d o s i n c e n t i v o s à e x p o r t a ç ã o d e i n s u m o s e p r o d u t o s i n t e r m e d i á r i o s, co m o f o r m a d e es t i m u l a r a p r o d u ç ã o d o m é s t i c a d e b en s f i n a i s . d ) u t i l i z a r b a r r e i r a s c o m e r c i a i s p a r a d i f i c u l t a r a i m p o r t a ç ã o d e b e n s m a n u f a t u r a d o s e , c o n s e q u e n t e m e n t e , e s t i m u l a r a p r o d u ç ã o i n t e r n a d e s t e s b e n s . e ) i n c en t i v a r a s i m p o r t a çõ e s d e b en s d e c o n su m o f i n a l d e a l t o c o n t e ú d o t e c n o l ó g i c o , n o l u g a r d a s i m p o r t a ç õ e s d e p r o d u t o s d e b a i x o c o n t e ú d o t e c n o l ó g i co , co m o i n t u i t o d e m o d e r n i z ar a i n d ú s t r i a d o m é st i c a . 6 . Prova: ESAF - 20 10 - SMF-RJ N a e x i st ê n c i a d e e x t e r n a l i d a d e n e g a t i v a n a p r o d u ç ã o d e u m d e t e r m i -n a d o b e m , p o d e - se d i z er q u e : a ) e m q u a l q u e r n ív e l d e p r o d u ç ão , o c u st o s o c i al é m e n o r d o q u e s e r i a s e m a e x t e r n a l i d a d e n e g at i v a . b ) a c u r v a d e o f e r t a d e m e r c ad o e s t á a c im a d a c u r v a d e c u st o s o ci a l . c ) a q u a n t i d a d e s o c i a l m e n t e ó t i m a é m e n o r d o q u e a q u a n t i d a d e d e e q u i l íb r i o d e m e r c ad o . d ) o p a g a m e n t o d e s u b s í d i o s à p r o d u ç ã o d o b e m s e r v e d e i n c e n t i v o

(15)

e ) o c u s t o d e p r o d u ç ã o d o b e m é m e n o r p a r a a s o c ie d a d e d o q u e p a r a o p r o d u t o r .

7 . P r o v a : FCC 20 10 METRÔSP An alista Trein ee

-A c r i s e f i n a n c e i r a i n t e r n a c i o n a l , f o r t e m e n t e v i v e n ci a d a p e l o s E U -A e m 2 0 0 8 e m s e u m e r c ad o d e h i p o t e c a s, p r o v o c o u o r e n a sc im e n t o d o i n t e -r e s s e p e l a t e o -r i a e c o n ô m i c a d e s e n v o l v i d a p e l o e co n o m i s t a a ) Jo h n St u a r t M i l l. b ) Jo h n M a y n a r d K e y n e s. c ) Je a n B a p t i s t e Sa y . d ) A d a m Sm i t h . e ) K a r l M a r x . 8 . P r o v a : FCC - 2 01 0 - BAHI AGÁS N o m e r c a d o d e a u t o m ó v e i s u s a d o s , é t r a n s a c i o n a d a u m a p r o p o r ç ã o b e m m a i o r d e ca r r o s e m m a u e s t a d o d e co n s e r v a çã o d o q u e e m b o m e s t a d o d e c o n s e r v a ç ã o . E s s a f a l h a n o f u n c i o n a m e n t o d o m e r c a d o é d e n o m i n a d a : a ) Ri s co m o r a l . b ) Ex t e r n a l i d a d es n e g a t i v a s . c ) D e s ec o n o m i a s d e e s c al a . d ) A ss i m e t r i a d e i n f o r m a çã o e ) Si n e r g i a n e g a t i v a . 9 . P r o v a : FMPRS 2 01 1 TCERS -A n e c e s s i d a d e d e a t u a ç ã o e c o n ô m i c a d o s e t o r p ú b l i c o p r e n d e - s e à c o n s t a t a ç ã o d e q u e o s i s t e m a d e p r e ç o s n ã o c o n s e g u e c u m p r i r a d e q u a d a m e n t e a l g u m a s t a r e f a s o u f u n ç õ e s . P o r e x e m p l o , e x i s t e m a l g u n s b e n s e se r v i ç o s q u e s ã o i n d i v i s í v e i s e m q u e o p r i n c íp i o d a e x c l u s ã o n ã o é a p l i c á v e l . E s t a s i t u a ç ã o c a r a c t e r i z a q u a l d a s f u n ç õ e s e c o -n ô m i c a s c l á ss i ca s d o s e t o r p ú b l i c o ? a ) Fu n ç ã o d i s t r i b u t i v a . b ) Fu n ç ã o e s t a b i l i z a d o r a . c ) F u n ç ã o a l o c a t i v a . d ) T o d as a s a l t e r n a t i v a s a n t e r i o r e s. e ) N e n h u m a d a s a l t e r n a t i v a s a n t e r i o r e s.

(16)

GABARI TO

0 1 - C 0 2 - E 0 3 - C 0 4 - C 0 5 - D

Referências

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