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VI-073 POLÍTICA EDUCACIONAL DE ESCLARECIMENTO PARA POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA ASA AGENTE SOCIAL AVANÇADO

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Academic year: 2021

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VI-073 – POLÍTICA EDUCACIONAL DE ESCLARECIMENTO PARA

POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA – ASA – AGENTE SOCIAL AVANÇADO

Abal Simões de Magalhães(1)

Engenheiro Civil pela (UFBa/BA - 1982). Superintendente da Embasa na Região Metropolitana de Salvador desde 1994, anteriormente atuou na gerência de quatro, das sete Unidades de Negócios da Região Metropolitana (Federação, Cabula, Bolandeira e Pirajá) e no Departamento de Manutenção Eletromecânica (1993 a 1986), além de ter atuado na Gerência de Projetos da Embasa (1986 a 1983) e na Construtora Norberto Odebrecht (1983 A 1979).

Endereço(1): Rua do Jacarandá, n.º 114, Horto Florestal – Brotas - CEP.: 40295-090 - Salvador – BA tel:

(0**71)276-0774 residencial, (0**71)373-7825 comercial, fax: (0**71)373.7600 e-mail:

abal.magalhaes@ig.com.br RESUMO

O objetivo do Projeto ASA – AGENTE SOCIAL AVANÇADO é obter, através de uma Política Educacional e de Esclarecimento para populações de baixa renda, redução de perdas nestas comunidades, oriundas de ligações clandestinas, erros cadastrais, desperdício interno, vazamentos internos e irregularidade nas ligações.

O Projeto consiste na formação de equipes especializadas compostas principalmente por Técnicos em Saneamento, Assistentes Sociais, com o objetivo de fazer visitas a um conjunto de residências, preferencialmente com baixo índice de hidrometração e de baixa renda familiar, inseridas em um distrito pitométrico, conscientizando essa população no uso racional da água, promovendo pesquisas, intra domiciliares, de vazamentos, cadastro social, realizações de serviços de recuperação de instalações hidráulicas com a instalação dos “Kit Anti – Desperdício” e o “Kit – Sanitário”, além de promover palestras e visitas às instalações operacionais da companhia.

Manter uma base administrativa na comunidade oferecendo outros serviços juntamente com os demais órgãos municipais e estaduais, elevando o nome da empresa na atividade social.

PALAVRAS-CHAVE: ASA, Agente Social Avançado , Comunidade de Baixa Renda, Perdas, Desperdício

Interno

INTRODUÇÃO

Existem no Estado da Bahia milhares de Comunidades de Baixa Renda. Tais comunidades, em sua maioria, possuem abastecimento precário, uma vez que impera o desarranjo físico de uma ocupação de área não oficial. Uma grande quantidade de moradias simplesmente possuem abastecimento clandestino.

Face à dinâmica dessas comunidades, as ligações existentes raramente encontram-se com suas instalações hidráulicas internas de acordo com as normas técnicas, assim como também o seu cadastro comercial, dificultando desde a leitura até a manutenção, tendo como reflexo o aumento da inadimplência.

METODOLOGIA

A empresa manterá equipes denominada “ASA” (Agente Social Avançado) na Comunidade de Baixa Renda, composta de 01 Assistente Social e 01 Técnico em Saneamento e 01 Auxiliar Administrativo.

Durante a semana cada Equipe ASA visitará uma quantidade de habitações previamente selecionadas (13 a 15 visitas em média por dia) onde ocorrerá a inspeção do imóvel e entrevista com o seu representante. Nesta oportunidade será feito o convite para uma palestra na semana seguinte, dada orientações quanto a

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além de analisar as pesquisas e entrevistas da semana anterior, agendando novas visitas, emitindo ordem de serviço para reparos nos imóveis (Equipe de Campo), emissão de correspondências a outros órgãos, atendimento a clientes, etc.

Na sede do ASA permanecerá a Auxiliar Administrativa dando apoio ao atendimento, elaborando relatórios, emitindo correspondências, etc.

Durante as palestras a Assistente Social e o Técnico em Saneamento deverá aproveitar a oportunidade de voltar a conversar com os representantes dos imóveis já visitados e checar se as orientações para eliminação das anomalias foram executadas, assim como nortear seu tema pelo resultado da análise do Cadastro Social que mereça destaque no sentido de reeducar alguma família. Nesta reunião, seguindo a premissa do edital fazer o convite de visita a alguma instalação da empresa, preferencialmente às sextas-feiras.

O PROJETO E SEU PLANO DE AÇÃO

Identificar as Comunidades de Baixa Renda por Unidade de Negócios, utilizando dados comerciais (n.º de ligações medidas e não medidas, clandestinidade, ligações inativas, etc.) , operacionais (perdas, histórico de vazamentos, pressão na rede distribuidora, etc) e identificando áreas carentes (favelas), priorizando as ações de combate às perdas

Compatibilizar a extensão de cada comunidade de baixa renda como sendo um distrito pitométrico, demarcando em planta a área de abrangência da comunidade, dotando-a de apenas uma linha abastecedora para instalação de macromedidor, realizando serviços complementares para a sua individualização com o objetivo de para os resultados obtidos com a implantação do programa e consequentemente a redução das perdas.

Dimensionar as equipes especializadas (ASA - Agente Social Avançado) para desenvolver as ações nas Comunidades de Baixa Renda, para implementar o Programa Educacional e de Esclarecimento nas Comunidades, levando em consideração o número de unidades imobiliárias existentes na área demarcada. Para uma área de atuação com aproximadamente 14.000 habitações no período de 01 ano, a equipe ideal seria 04 equipes “ASA” composta cada uma de:

01 assistente social 01 técnico em saneamento 01 auxiliar administrativa

01 equipe de campo (01 encanador, 01 servente)

Identificar as lideranças locais, associações de bairros, promovendo uma reunião com as mesmas apresentando a programação de trabalho, espaços destinados às palestras (Colégios, Clubes etc.);

l

Instalar-se na Comunidade, devendo manter uma estrutura fixa contendo aparelho de fax, telefone, celular, vídeo, televisão, retro projetor, computador, impressora etc. para melhorar o relacionamento com a comunidade e aumentar a produtividade dos trabalhos;

Anunciar a primeira reunião de apresentação, em local previamente escolhido com capacidade para no mínimo 10% do número de moradias, através de carro de som, dos líderes comunitários, panfletos, etc., para apresentação dos trabalhos e conhecimento por parte dos moradores, utilizando o apoio dos líderes comunitários e associações de bairros;

Inspecionar todos os imóveis existentes, suas instalações hidráulicas internas, verificando a situação do cadastro, condições do hidrômetro, condições de leitura, manutenção e pesquisa interna de vazamento, situação comercial do imóvel, através de boletins específico como: boletim de cadastro de imóvel, boletim de pesquisa de vazamento, boletim de pesquisa de inativa , utilizando informações comerciais emitidas pela Unidade de Negócios. Atividade do Técnico em Saneamento;

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Inspecionar todos os imóveis existentes pela Assistente Social, a fim de realizar o cadastro social da família, preenchendo boletim específico fornecido pela Empresa, boletim esse que devera ser analisado, criticado e modificação aprovada pela mesma;

As visitas aos imóveis serão realizadas, conjuntamente, pelo Técnico em Saneamento e pela Assistente Social;

A equipe ASA deverá comunicar e cobrar da Unidade de Negócios todas as anomalias identificadas nos logradouros como: vazamentos, clandestinidade, “by-pass”, impedimentos de leitura (hidrômetro soterrado, vidro suado, hidrômetro retirado, etc.)

A equipe do ASA deverá expedir correspondência de anomalias fora da responsabilidade da Empresa, a outros órgãos municipais e estaduais, promovendo com isso maior estreitamento com a comunidade local e elevando o nome da mesma no âmbito social;

A equipe ASA deverá realizar nova visita nos imóveis que foram identificados problemas hidráulicos para fiscalizar sua correção e qualidade do serviço.

A equipe ASA deverá possuir uma estrutura mínima (Equipe de Campo) para realização de serviços hidráulicos internos nos imóveis que por ventura no ato da visita foi identificado ocorrência de vazamentos e outras anomalias como possibilidade de contaminação e que posteriormente por uma análise da Assistente Social decidiu a Empresa assumir o custo dos serviços instalando caso necessário o “Kit Anti-Desperdício” e o “Kit Sanitário”;

A equipe ASA deverá identificar imóveis passíveis de individualização;

Identificar vias de acesso com possibilidade de assentamento de rede de água, de forma a estender o atendimento individualizado a todos os imóveis;

Identificar, mediante teste com corante, a forma de esgotamento sanitário dos imóveis (rede coletora da Embasa, rede coletora através de outro imóvel, fossa, córrego, céu aberto, galerias de águas pluviais, etc.);

Elaborar relatório mensal com diagnóstico das habitações pesquisadas, identificando e quantificando os serviços, situações encontradas, ata das reuniões realizadas com a comunidade contendo informações sobre o trabalho social desenvolvido.

Realizar visitas às Unidades de Produção, Tratamento, Distribuição de Água, Coleta de esgoto, Central de Teleatendimento e Lojas de Atendimento.

Promover palestras abordando os seguintes temas: § Saiba de onde vem a sua água;

§ Combate ao desperdício domiciliar; § Doenças de veiculação hídrica;

§ Importância da micromedição no combate ao desperdício;

§ Custo da produção, tratamento e distribuição da água e coleta de esgoto x inadimplência; § Direitos e deveres do consumidor;

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KIT ANTI – DESPERDÍCIO

O Kit Anti – Desperdício (figura 1) foi concebido pela necessidade de controlar o uso doméstico da água, reduzindo as perdas internas, pela queda da pressão na rede distribuidora com a instalação de reservatório, além de equipar as instalações com dois pontos de água: torneira e chuveiro.

O Kit Anti – Desperdício é composto por:

• Reservatório de 250 litros com tampa;

• Pintura e logotipo;

• Estrutura de apoio em barrotes, quando necessitar base de apoio;

• Material hidráulico em PEAD.

Figura 1 – Kit Anti-desperdício KIT SANITÁRIO

O Kit Sanitário (figura 2) é um equipamento provisório, mas que atende ao mínimo necessário das condições sanitárias para uma família de baixa renda, considerando que nestes casos a ocupação física da família é totalmente para dormitório e cozinha.

Todo o destino final do esgoto doméstico é feito a céu aberto, sendo utilizado um “buraco negro” para as necessidades fisiológica.

O Kit Sanitário é composto por:

• Madeirite;

• Barrotes;

• Telha ondulado em cimento amianto;

• Ferragens (dobradiças, fechadura simples);

• Assento em Concreto;

• Tubo 40mm – esgoto;

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Figura 2 - Kit Sanitário CONSIDERAÇÕES

Considerando que uma Comunidade de Baixa Renda possui um consumo mensal por habitação em média de 32m3 a 50 m3;

Considerando que para uma Comunidade com 14.000 habitações apenas 40% (5.600 lig. não medida) consome mensalmente em torno de 179.000 m3 a um custo médio de R$0,70/m3 totalizando R$ 125.440,00; Considerando que com a implantação do programa nesta Comunidade teríamos uma redução no volume consumido nas ligações não medidas para 95.200 m3, economizando R$ 58.800,00 mensais fruto do desperdício interno; redução no volume consumido para 47.600m3 nas ligações clandestinas (2.800 ligações) economizando R$ 29.400,00 mensais;

Acréscimo no faturamento de R$ 33.320,00 em função das ligações clandestinas; Totalizando um saldo positivo de R$121.520,00 por mês.

Teremos um retorno esperado do investimento (R$ 687.804,00) em 5 a 6 meses após conclusão das atividades.

Figura 3 – A casa de D. Leninha RETRATO DE UMA REALIDADE

A casa de “D. Leninha” (figura 3)

• N.º de habitantes: 10;

• Consumo diário de água: 3.500 litros;

• Projeção para 30 dias: 105.000 litros;

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• Débito atual: R$ 15,12 referente a 12 meses (10/98 a 09/99);

• Valor da tarifa: R$ 1,05;

• Valor da fatura após instalação do hidrômetro sem aplicação do programa: R$ 95,30;

• Consumo do imóvel projetado para 30 dias após implantação do programa: 30.000 litros;

• Valor da fatura após instalação do hidrômetro e aplicação do programa: variar de R$ 9,0 a R$ 17,60;

• Renda média familiar: r$ 160,00;

• Comprometimento da renda familiar com a fatura de água: de 6% a 11%.

Figura 4 – Gráfico de Acompanhamento do Consumo Diário

REFLEXÃO

• Com a implantação do programa temos a certeza da redução das perdas físicas domiciliares relativas a um descontrole do consumo (desperdício) e vazamentos internos;

• A colocação do hidrômetro é um fator positivo mas não isolado na retração do consumo;

• Com a implantação do hidrômetro dentro da atual estrutura tarifária e considerando a situação sócio-econômica da família teremos um aumento da inadimplência.

O QUE FAZER NESTE CASO?

• Tolerar a perda física (domiciliar), já reduzida com a implantação do programa educacional e de esclarecimento em comunidade de baixa renda, e não implantar o hidrômetro, ou implantar o hidrômetro e correr o risco da inadimplência, do corte, da reabertura indevida, do aumento da inativa, do “by-pass”, etc. ?

PROPOSIÇÕES

1. Tarifa residencial popular:

Nas ligações não medidas admitir para cálculo das perdas um consumo médio de 32m3 por economia mês. 2. Condicionar a instalação de hidrômetros em ligações existentes não medidas após implantação do programa nas comunidades de baixa renda em que a renda familiar possa arcar com a despesa da fatura de água instalando um redutor de vazão para garantir o per-capta.

3. Retirar o hidrômetro existente ou não instalar, nas habitações em que o valor da fatura de água seja superior a 3%, (havendo coleta de esgoto 5%) da renda familiar, mesmo após a redução do consumo com a implantação do programa, analisando o cadastro social, assumindo parte do consumo, mas garantido parte do faturamento. Instalar redutor de vazão

4. Instalar 100% de hidrômetros, criar no sistema uma tarifa subsidiada (residencial baixa renda) em

ACOMPANHAMENTO DO CONSUMO DIÁRIA DA RESIDENCIA DE D. LENINHA COM 10 HABITANTES (per-capta de 100 litros/hab./dia) 0 1 2 3 4 5 6 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 DIAS m3

consumo estimado consumo real

Marco referencial que mostrar o resultado do Programa Educacional,

após realização de diversas atividades como:

conscientização da família, correção de anomalias, instalação dos

KIT”s, palestras, visitas, etc..

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condição de pagamento (o valor da fatura de água não pode ser superior a 3% da renda familiar). Nestes casos implantar o programa e instalar o redutor de vazão.

DEPOIMENTOS

Durante as atividades do Projeto “ASA” colhemos algumas frases ditas por moradores da Comunidade que confirmam a necessidade de implantação de uma Política Educacional e de Esclarecimento em Comunidades de Baixa Renda com resultados a curto prazo.

• “ AGORA SIM VOU CONSEGUIR DIMINUIR O DESPERDÍCIO DE ÁGUA” D. LENINHA;

• “ VIXE MARIA, NÃO SABIA QUE DAVA TANDO TRABALHO PARA A ÁGUA CHEGAR ATÉ MINHA CASA”;

• “ ADOREI O PASSEIO, SERÁ QUE DA PARA LEVAR MAIS PESSOAS DA RUA?”;

• “ ISTO DAQUI É MAIOR QUE A BACIA DO AMAZONAS?”;

• “CHEGUEI NA BARRAGEM E FIQUEI MUITO IMPRESSIONADA. COMO VEM DE LONGE A ÁGUA”;

• “ESSE NEGÓCIO DE LIMPAR A ÁGUA PRA TRAZER PRA GENTE BEM LIMPINHA É UM NEGÓCIO DE INVOCAR. É MUITO COMPLICADO, MAS DEU PRA ENTENDER TUDO”;

• “VOU FALAR COM TANTA GENTE PRA POUPAR A ÁGUA...”;

• “É UM TRABALHO MARAVILHOSO O TRATAMENTO DA ÁGUA”;

• “NA SECA O PESSOAL ANDA LÉGUAS PRA PEGAR UM LITRO DE ÁGUA E AQUI TEM GENTE QUE ACHA NA PORTA E ESBANJA”.

Referências

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