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CARTOGRAFIA DIGITAL E GEOMORFOLOGIA URBANA EM SALA DE AULA

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Academic year: 2021

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CARTOGRAFIA DIGITAL E GEOMORFOLOGIA URBANA EM SALA DE AULA Abraão Levi dos Santos Mascarenhas

abraaolevi@hotmail.com Maria Rita Vidal mritavidal@yahoo.com.br

Resumo

Novas tecnologias, cartografia, SIG e ensino são as novas tendências no ensino de geografia visto em eventos científicos e em publicações especializada, todas têm em comum a necessidade de transpor o conhecimento acadêmico para o ensino escolar, a educação geográfica é colocada como eixo norteado do ensino de Geografia. A metodologia apresenta a interface SIG-Ensino na inserção da temática geomorfologia, em especial, o estudo do relevo. Os primeiros resultados apresentam uma inclusão da linguagem das tecnologias de Informação e comunicação (TICs) via Sistemas de Informação Geográfica (SIG), com o uso do software QuantumGIS. O uso dos Bancos de dados do disponibilizado junto ao site do IBGE. A estratégia da palestra é o elemento capaz de despertar nos alunos e professores do ensino básico a leituras de texto para além dos livros didáticos. A geomorfologia urbana apresentou-se como sendo capaz de aproximar as questões teóricas da temática “relevo” condidas no livro didático, uso e ocupação do solo urbanos e seus problemas socioambientais como elementos do cotidiano dos alunos potencialização de forma positiva o ensino de geografia. Palavras-Chaves: Cartografia, geomorfologia e ensino.

Introdução

A Construção de modelos dinâmicos e de representação das formas de relevo a partir das imagens de Radar/pushbroom imager para subsidiar as aulas de geografia no ensino médio, visando análise a dinâmica dos sistemas naturais e os sistemas humanos no perímetro urbano da Cidade de Marabá-PA.

O ensino de geografia sempre esteve ligado aos avanços científicos, tecnológicos e as necessidades de organizar a dinâmica da sociedade sobre o espaço, fruto da ação humana da dinâmica dos sistemas naturais. Nesse sentido temos o espaço urbano dominado pelos objetos técnicos (SANTOS, 1996), e pela dinâmica dos ambientes naturais. (ROSS, 1994). A dinâmica da Cidade de Marabá é fruto da imbricação dos objetos técnicos e dos ambientes natural pouco visto por aqueles que planejam a cidade, enchentes, colapsos e movimentação de massa são eventos que costumam afetar os citadinos, nesse panorama a disciplina de geografia pode auxiliar no entendimento de toda essa dinâmica, em especial, o estudo de geografia física pelo viés da Geomorfologia.

A geomorfologia como base física de toda ocupação humana, tem potencial pedagógico que possibilita a compreensão dos principais eventos naturais que a cidade possui, por isso, urge instrumentalizar professores, graduando e alunos com o uso dos estudos de geomorfologia no ensino de geografia. Para esse processo de intervenção pedagógica a utilização de imagens de satélites e a construção de maquetes sobre o relevo se expressa por ser um instrumento metodológico útil nas aulas de Geografia.

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Ao passo que o projeto vem sendo desenvolvido, já se apresentam algumas situações de dificuldades instrumental e pedagógicas. O Instrumental refere-se ao dilema de incluir a linguagem das tecnologias de informações e comunicação (TIC’s), nesse sentido o uso da informática, utilização dos Sistemas de Informações geográficas (SIGs), em especial o QuantumGIS e seus respectivos bancos de dados. Nas questões pedagógicas enfrentasse a questão da transposição didática (CHEVALLARD, 1991) em relação os conceitos da geomorfologia e o ensino de geografia física em ambiente escolar.

Os caminhos iniciais apontam a necessidade de uso de novas linguagem e novas posturas diante das realidades impostas sobre o município e consequentemente sobre a forma de ensinar e aprender geografia em busca de uma cidadania, pois assim é possível analisar as formas de pensar e agir das pessoas sobre o relevo e a formação de paisagens urbanas.

Metodologia

As Oficinas, minicursos e palestras sobre geomorfologia Urbana de Marabá a partir do texto base de Mascarenhas; Vidal e Silva (2013) para docente do ensino médio, visando aprofundar a dinâmica geomorfológica na cidade de Marabá. Para tanto, será necessário conhecer e identificar as principais unidades e feições do relevo e como estas influenciam na dinâmica urbana.

Assim, é possível a instrumentalização de forma efetiva o ensino de Geografia nos temas de meio ambiente e recursos naturais. Aulas Expositivas e Dialogadas sobre Geomorfologia, Paisagem e Espaço Urbano com o texto de Mascarenhas; Vidal (2014) sobre a declividade e hipsometria do Perímetro urbano da cidade de Marabá-PA são subsídios importantes para dialogar e debater e criar um clima de cordialidade parceria e troca de conhecimento sobre os aspectos físicos da cidade entre os envolvidos.

Construção Coletiva de Maquetes com uso de Isopor, cola e tinta colorida com ajuda de carta topográfica a partir da metodologia de Vidal, Mascarenhas (2013) proporcionar a todos envolvido o entendimento dos elementos da carta topográfica, como por exemplo, as curvas de níveis e o uso das mesmas na definição de níveis de altitudes para construção das maquetes dinâmicas.

Aula de Cartografia com os conteúdos topológicos e projetivas através dos Pontos Cardeais, coordenadas geográficas e plana, aplicada a Geomorfologia urbana com professores e aluno do ensino médio com o auxílio de Bússola Bruton e de cartas topográficas geradas a partir das Imagens SRTM (NASA-EMBRAPA). Leitura dirigida sobre Geomorfologia aplicada aos espaços urbanos dos textos de Mascarenhas; Vidal (2014) e Vidal; Mascarenhas (2013) retratam os aspectos do relevo da cidade de Marabá.

A leitura dirigida deve ser vista como meio de construção de conhecimento dos docente e discente, levando em consideração as dificuldades da falta de habito de leitura. É percebido que o processo de leitura e mesmo de leituralização torna quem ler mais crítico e mais criativo, essa lógica é proporcionada de forma gradual e contínua. Quando pensamos em Ciência Geográfica o que mais torna relevante é ter um acumulo de leitura para poder ordenar um pensamento capaz de produzir inquietações para os que estão a nossa volta.

O estudo do espaço geográfico pelos conceitos de território, lugar, paisagem refletem de forma urgente a necessidade de se encarar a leitura de textos como mecanismo de leitura de mundo.

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Esse mundo deve se completar no momento do processo de ler e entender as relações sociais que ocorrem no espaço que muito das vezes provocam mudanças estruturais nas paisagens significando ou dês-significando os lugares. Por isso ver o mundo é construir pontes através da leitura, a Geografia segue firme o caminho na busca de revelar o espaço através do ler o mundo pelo processo do mundo da leitura, onde o espaço geográfico nos permite abarcar a realidade dos espaços urbanos rumo a uma utopia de mudança.

O recurso da Palestra sobre eventos naturais no espaço urbano e o caso do Córrego Grota Criminosa na cidade de Marabá contribui no processo de construção de elementos da análise do espaço da cidade e possibilita analisar os elementos da paisagem sobre a geomorfologia urbana. Estratégia de ministrar um minicurso sobre cartografia geomorfológica e de edição de mapas com o uso do Software QuantumGIS 2.6 no laboratório de cartografia da faculdade de geografia é fundamental na construção dos mapas de geomorfologia, carta topográfica. Noções de Registro Fotográfico aplicado a Geomorfologia Urbana, tem como objetivo apresentar de forma clara, objetiva e concreta as feições/unidades geomorfológicas da cidade de Marabá, construindo assim uma visão de geomorfologia mais próximo com a realidade do ensino médio.

Resultados, discussão

A instrumentalização dos graduandos e a aproximação da problemática da geomorfologia urbana é através da leitura de textos que iram balizar suas práticas, enquanto licenciados, os principais temas de leituras foram a representação espacial em geografia, cartografia geomorfológica digital e ensino de geografia na perspectiva da transposição didática, principalmente nas ideias de Cavalcanti (2002).

As oficinas seria o momento de instrumentalizar os professores, sem que necessariamente seja realizado a leitura, assim a estratégias é motivar os professores a fortalecer as leituras, já que pela experiência são capazes em realizar a transposição didática. Junto com os licenciados há uma aproximação entre conhecimento universitário e conhecimento escolar, dialeticamente há um processo de construção de novos conhecimentos.

A ênfase nos conceitos de paisagem e lugar são essenciais na manipulação das maquetes, em outras experiências foi possível associar a dinâmica do relevo com as dinâmicas sociais, isso é extremamente valido na construção e apropriação de conceitos e práticas geográficas no ambiente escolar.

Quanto ao uso e manipulação do software QuantumGis e a construção do banco de dados é realizado com a ajuda da internet, seja para baixar o pacote do software de SIG para posterior uso off line, seja no uso bancos de dados associados ao IBGE, CPRM, ANA e outros bancos de dados disponibilizados na internet.

A produção de carta topográfica geradas a partir de curvas de níveis em meio digital é a base para a produção da maquete – a impressão no plote foi em papel A2, do qual conservar a proporcionalidade do perímetro urbano da cidade de Marabá. As curvas de níveis foram geradas em curvas mestre de 30 metros, gerando isolinas de 100, 120 e 140, ideais para transpor para as folhas de isopor com 10 milímetros de espessura.

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Os próximos passos serão as oficinas de fotografias e palestra sobre o conceito de paisagem, temas que iram balizar o uso da maquete e do próprio trabalho de campo, com a metodologia do estudo do meio. Dividido da seguinte forma a) Fortalecimento da ideia do conceito de paisagem na geografia e sua transposição didática atrelada ao trabalho de campo; b) O uso da fotografia é essencial para capturar as dinâmicas da produção das formas de paisagem urbanas som ênfase nas questões de aplainamento do relevo, retilinização de rios urbanos, edificações em planícies de inundações, etc.

Assim pode-se perceber que a construção da carta topográfica e a questão da produção do espaço urbano são elementos essenciais na discussão da dinâmica ambiental nos espaços urbanos, a geomorfologia urbana é eixo central no ensino da geografia física, em especial, no ensino da geomorfologia em caráter regional e local.

Considerações Finais

As diretrizes e conteúdo dos livros didáticos são essenciais como fonte de consulta para docentes e discente, o uso incorreto desse material tem se tornando recorrente em ambientes escolares havendo necessidade de se repensar esses manuais de forma crítica. Assim podemos ver a questão dos conteúdos que abordam a temática relevo.

O relevo nos livros didáticos ocupa paupérrimas páginas, não contribui de forma significativa com o ensino de geografia física, não apontam metodologias uteis em ambientes específicos, como por exemplo, o uso do solo urbano. Essa escassa bibliográfica reflete de forma geral, o conhecimento que esses alunos trazem do ensino médio e adentram no curso de licenciatura com uma quase ausência de tal conhecimento.

A construção da carta topográfica, em ambiente de SIG, reforça as noções de cartografia, em especial a noção de escala, curvas de níveis e de representação espacial – conceitos essenciais no ensino de cartografia que potencializa a própria noção de tecnologias de informações e comunicação prescritas nos parâmetros curriculares nacionais.

Quanto ao ensino de geomorfologia associado aos estudos do relevo em áreas urbanas tem-se potencializado os estudos do meio, a aproximação do conhecimento geográficos escolar com a realidade dos alunos, a aproximação da licenciatura com a experiência de sala de aula dos professores do ensino básico.

Novas tecnologias, ensino de geografia, ensino de relevo são temáticas que deverão ser potencializadas no ensino do município, diminuindo o hiato entre pesquisa, ensino e extensão, com objetivo de qualificar o ensino de geografia em ambientes escolares.

Referências

CHEVALLARD, Yves. La transposition didactique: du savoir savant au savoir enseigné. Grenoble: Ed. La Pensée Sauvage, 1991.

CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia e práticas de ensino. Goiânia: Aletrnativa, 2002

MASCARENHAS, A. L. S.; VIDAL, M. R. Declividade e Hipsometria do perímetro urbano da cidade de Marabá-PA: aportes conceituais de geomorfologia urbana. In: Anais...VII Congresso Brasileiro de Geógrafos, 2014, Vitória-ES. AGB-Nacional, 2014. v. 1.

ROSS. Jurandyr Luciano Sanches. Análise empírica da fragilidade dos ambientes naturais e antropizados. In: revista do departamento de geografia, USP, São Paulo, v. 8, 1994.

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SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado: fundamentos Teórico e metodológico da Geografia. Hucitec, São Paulo 1988.

VIDAL, M. R.; MASCARENHAS, A. L. S. Da abstração ao concreto: representação espacial no ensino de cartografia. In: Christian Nunes da Silva; Vivianne Nunes da Silva Caetano; Adolfo Oliveira Neto. (Org.). Ensino de Geografia e representação do espaço geográfico. 1ed.Belém-PA: GAPTA-UFPA, 2013, v. 1, p. 291-306.

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