p e s v e
p e s q u i s a d e e m p r e g o d o s e t o r d e v i a g e n s
e e v e n t o s n o e s t a d o d e s ã o p a u l o
p e s v e
p e s q u i s a d e e m p r e g o d o s e t o r d e v i a g e n s
e e v e n t o s n o e s t a d o d e s ã o p a u l o
Se há um consenso a respeito do mercado de viagens, eventos e turismo brasileiros, trata-se do seu enorme potencial. O fortalecimento do poder de compra das famílias do País nos últimos vinte anos – por meio do incremento da massa salarial e de maior acesso a linhas de crédito, e a expansão da atividade econômica e, consequentemente, do investimento das empresas – resultou em um forte crescimento do setor, bem como no maior acesso das famílias e das corporações a novos serviços e produtos. Segundo a última pesquisa da FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) para o Ministério do Trabalho e Emprego, quase 59 milhões de brasileiros fizeram pelo menos uma viagem doméstica em 2012. Na mesma linha, em 2014, o gasto dos brasileiros no exterior atingiu US$ 25,6 bilhões, o maior patamar anual já observado na série histórica.
O mesmo fenômeno aconteceu especificamente com as viagens e eventos corporativos, onde o Brasil ocupa oitava posição entre as maiores despesas de viagens e negócios do mundo. Em 2013, foram US$ 31,2 bilhões em gastos, segundo a Global Business Travel Association. Outra pesquisa – essa elaborada pela FGV (Fundação Getulio Vargas) para EMBRATUR – mostra que a cidade de São Paulo recebe 16,4% de todos os turistas estrangeiros de negócios e eventos que visitam o País.
Ao mesmo tempo em que se observa grande atratividade da capital paulista a viagens e eventos corporativos, o estado de São Paulo possui características para atender todos os perfis de viajantes, seja para negócios, como na capital e em importantes cidades, como Guarulhos, Campinas, Jundiaí, Sorocaba, São José dos Campos, seja para o turismo de sol em Ubatuba, Santos, São Sebastião e Caraguatatuba, ou para o religioso, localizado no cone-leste do estado, Vale do Paraíba, entre outras demandas, como de estâncias hidrominerais, de aventura, de patrimônio histórico, festivais e festas populares, entre outros.
Segundo a Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo, o estado paulista:
> Responde por 43,8% do faturamento com turismo no Brasil;
> Recebe cerca de 80% das grandes feiras e eventos do País;
> Recebe 29% dos turistas domésticos brasileiros e responde por 41,3% dos turistas que viajam às demais unidades da Federação;
> A grande maioria visita o Estado em carros próprios (49,4%), além de ônibus de linha regular (19,9%) e transporte aéreo (14,9%);
> Possui 36 aeroportos;
> Possui três terminais internacionais;
> Possui o maior aeroporto de cargas do Hemisfério Sul e o maior aeroporto de passageiros da América Latina;
> Detém 128 Unidades de Conservação.
Estoque de empregos cresceu 30% desde
2007; crise, porém, já levou à queda
da ocupação formal no setor em 2015
SEtor dE ViagEnS
E EVEntoS já poSSui
maiS dE 240 mil
trabalhadorES
formaiS no EStado
dE São paulo
6
pes ve _ ju lho 2015Devido a esta importante realidade, a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) remodelou o seu antigo Conselho de Turismo e criou o novo CEVEC – Conselho Executivo de Viagens e Eventos Corporativos. Junto a essa reestruturação prezou-se como objetivo o trabalho constante de levantamento de dados e indicadores econômicos para a melhor compreensão do setor. Dessa forma, como ponto de partida para apresentar a importância que o Estado de São Paulo possui na atração às demandas de viagens e eventos, o que se propõe é uma “fotografia” do atual estoque de trabalhadores relacionados a esta demanda no Estado de São Paulo.
Inicialmente é importante salientar a dificuldade de se definir padrões de características em atividades tão pulverizadas, como as ligadas a viagens e eventos, e de estabelecer quais dessas atividades são exclusivamente direcionadas ao viajante em relação aos serviços direcionados à população local, por exemplo o caso dos restaurantes. Até porque a oferta de serviços não distingue integralmente as características de origem da demanda, o que é observado sobretudo em atividades, como transporte, alimentação e eventos – culturais, esportivos ou outros.
Isto posto, a assessoria econômica da FecomercioSP criou a seguinte metodologia para estabelecer qual o atual número de trabalhadores no Estado de São Paulo para atender a demanda dos viajantes que se encaminham para cá.
A base de todas as informações será o Ministério do Trabalho. Para compor o total de empregados nas atividades, será utilizada a plataforma RAIS (Relação Anual de Informações Sociais). A avaliação mensal será obtida com as movimentações registradas pelo CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho).
As atividades contempladas na pesquisa provêm da Classificação Nacional de Atividades Econômicas da classe 2.0 e agrupam-se da seguinte forma:
> transportes
i. Transporte rodoviário de táxi;
ii. Transporte rodoviário coletivo de passageiros, sob regime de fretamento e outros transportes rodoviários não especificados anteriormente;
iii. Trens turísticos, teleféricos e similares; iv. Transporte aéreo de passageiros regular; v. Transporte aéreo de passageiros não regular; vi. Terminais rodoviários e ferroviários;
vii. Atividades auxiliares dos transportes aéreos; viii. Locação de automóveis sem condutor.
> hospedagem i. Hotéis e similares;
ii. Outros tipos de alojamento não especificados anteriormente. > alimentação
i. Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas;
ii. Serviços ambulantes de alimentação;
iii. Serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada; > cultura e esportes
i. Artes cênicas, espetáculos e atividades complementares; ii. Gestão de espaços para artes cênicas, espetáculos e outras
atividades artísticas;
iii. Atividades de museus e de exploração, restauração artística e conservação de lugares e prédios históricos e atrações similares; iv. Atividades de jardins botânicos, zoológicos, parques nacionais,
reservas ecológicas e áreas de proteção ambiental; v. Gestão de instalações de esportes;
vi. Atividades esportivas não especificadas anteriormente;
vii. Atividades de recreação e lazer não especificadas anteriormente. > eventos não culturais ou esportivos
i. Atividades de organização de eventos, exceto culturais e esportivos. > agências e operadoras de viagens
i. Agências de viagens; ii. Operadores turísticos;
iii. Serviços de reservas e outros serviços de turismo não especificados anteriormente.
Uma importante observação de aplicabilidade metodológica da pesquisa diz respeito à análise das atividades ligadas ao setor de viagens e eventos de modo a se dividir entre as integralmente relacionadas e não integralmente relacionadas ao setor. Este estudo considera não integrais aquelas que
8
pes ve _ ju lho 2015atendem em grande parte à população residente e também aos viajantes. Como exemplo, temos os serviços de “Alimentação”. Ao considerar que o total da mão de obra formal de tal serviço na cidade de São Paulo atende totalmente ao viajante, há uma superestimação do indicador. Para apurar o dado e visualizar a concentração acima da média que as cidades possuem de vocação às atividades turísticas (negócios e lazer), utilizou-se o Quociente Locacional (QL). Para elencar os municípios mais ligados ao setor de viagens e eventos, utiliza-se esse medidor – apresentado por Walter Isard em 1956, economista norte-americano – que indicará, por meio da concentração de mão de obra ligada aos setores de viagens e eventos, quais são os municípios mais vocacionados às atividades aqui pertinentes.
> o medidor vocacional
emp (setor x; cidade y) / emp. total (cidade y) emp (setor x; estado w) / emp. total (estado w)
Como se trata de um medidor de razão de proporções do estoque de emprego formal das atividades ligadas ao setor de viagens e eventos, QL>1 significa vocação setorial. Quanto maior o QL, maior a vocação. Nesta análise estadual, utiliza-se o QL das vocações municipais com base na média do Estado de São Paulo e todos os municípios que são contemplados em seus grupos por QL>1. As atividades que necessitam ter seus números melhor apurados para quantificar sua proporção acima da média de base – que aqui é considerada aquela que está acima da média por atender uma população maior que a residente (isto é, viajante) –, são:
> Transporte rodoviário coletivo de passageiros, sob regime de fretamento, e outros transportes rodoviários não especificados anteriormente;
> Locação de automóveis sem condutor; > Transporte rodoviário de táxi;
> Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas;
> Serviços ambulantes de alimentação;
> Serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada; > Artes cênicas, espetáculos e atividades complementares; > Gestão de espaços para artes cênicas, espetáculos
e outras atividades artísticas;
> Atividades de museus e de exploração, restauração artística e conservação de lugares e prédios históricos e atrações similares; > Atividades de jardins botânicos, zoológicos, parques nacionais,
reservas ecológicas e áreas de proteção ambiental;
atividades 2007 2010 2013 20151
Transportes 46.967 63.241 66.790 66.619
Hospedagem 57.417 64.089 72.334 72.382
Alimentação 56.349 62.703 65.554 66.136 Eventos não culturais ou esportivos 2.895 4.595 4.989 5.082 Cultura e esportes 4.162 4.810 4.699 4.453 Agências e operadoras de viagem 17.279 23.653 27.517 26.027
Total 185.069 223.091 241.883 240.699
Evolução do estoque de emprego do setor de viagens e eventos estado de são paulo
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – RAIS e CAGED | Elaboração e cálculos: FecomercioSP
1 até julho
> Gestão de instalações de esportes;
> Atividades esportivas não especificadas anteriormente;
> Atividades de recreação e lazer não especificadas anteriormente; > Atividades de organização de eventos, exceto culturais e esportivos. Os cálculos serão baseados na RAIS-2014, atualizados para julho de 2015 por meio da movimentação mensal apresentada pelo CAGED.
Atualmente o estoque de trabalhadores diretamente existente devido às viagens e eventos está em 240.699.
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – RAIS e CAGED | Elaboração e cálculos: FecomercioSP
atividades 2007 20151 variação
Transportes 46.967 66.619 41,8
Hospedagem 57.417 72.382 26,1
Alimentação 56.349 66.136 17,4
Eventos não culturais ou esportivos 2.895 5.082 75,5
Cultura e esportes 4.162 4.453 7,0
Agências e operadoras de viagem 17.279 26.027 50,6
Total 185.069 240.699 30,1
Evolução do estoque de emprego do setor de viagens e eventos estado de são paulo
1 até julho
Há um crescimento de 55.630 vagas em relação ao estoque avaliado em 2007 para o Estado de São Paulo:
10
pes ve _ ju lho 2015Crescimento % do estoque de emprego das atividades do setor de viagens e eventos
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego | Elaboração e cálculos: FecomercioSP
Total
Agências e operadores de viagem
Cultura e esportes
Eventos não culturais ou esportivos
Alimentação
Hospedagem
Transportes
30,1
50,6
7,0
75,5
17,4
26,1
41,8
Porcentualmente, o estoque avançou 30,1% para o total das atividades ligadas às viagens e eventos. Nestes oito anos, o crescimento por atividade é de:
Dentre os desempenhos das seis atividades, chama atenção o crescimento do estoque de trabalhadores com carteira assinada alocados nos eventos não culturais ou esportivos, demonstrando a força dos eventos corporativos e de negócios. Por outro lado, o avanço de apenas 7% do quadro funcional dos eventos culturais e esportivos ainda reflete a difícil realidade do setor em geral, como forma de investimento no ambiente socioeconômico brasileiro, mesmo com Copa do Mundo do Futebol e às vésperas de uma olimpíada. Desse modo, a participação do estoque de trabalhadores do total das atividades de viagens e eventos em relação ao total de trabalhadores com vínculos formais na economia paulista cresceu de 1,67% em 2007 para 1,72% em julho de 2015.
Sendo 1,72% do total de trabalhadores no Estado de São Paulo, os 240.669 das vagas de emprego diretamente relacionadas ao setor de viagens e eventos apresentava as seguintes características estruturais em julho de 2015.
1. escolaridade
Observando o atual estoque de trabalhadores por sua escolaridade, 75% não iniciaram o ensino superior. Em geral, tal realidade também auxilia o entendimento do quanto a mão de obra brasileira necessita de maior profissionalização. Dentre as seis atividades, apenas aquelas alocadas nos serviços de reservas possuem mais da metade (53%) de seu mercado de trabalho com ensino superior incompleto ou completo. Um dado que chama atenção está no grupo de transportes, o qual, devido às ocupações ligadas ao setor aeroviário, possui pouco mais de 44% de seu quadro funcional com ensino superior ao menos iniciado.
Participação (%) do emprego do setor de viagens e eventos no total do Estado de São Paulo
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego | Elaboração e cálculos: FecomercioSP
1,67
1,73
1,71
1,72
2007 2010 2013 2015*
transporte alimentação eventos cultura e esportes hospedagem serviços de reservas total
Analfabeto = 0% 15 66 3 7 70 5 166 Até 5ª Incompleto 529 912 45 84 1.523 47 3.140 5ª Completo Fundamental 786 2.147 96 138 2.329 96 5.592 6ª a 9ª Fundamental 1.376 4.120 126 255 4.567 173 10.616 Fundamental Completo 3.091 11.767 301 464 14.112 723 30.458 Médio Incompleto 2.199 8.507 279 300 7.052 816 19.153 Médio Completo 29.172 33.899 2.777 1.946 34.243 10.389 112.426 Superior Incompleto 2.858 1.009 302 205 2.161 3.611 10.147 Superior Completo 26.594 3.709 1.153 1.054 6.325 10.167 49.001 Total 66.619 66.136 5.082 4.453 72.382 26.027 240.699
Estoque de emprego do setor de viagens e eventos em 2015¹ por escolaridade estado de são paulo
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - RAIS e CAGED | Elaboração e cálculos: FecomercioSP
12
pes ve _ ju lho 201547+
4+
20+
1+
2+
5+13+
8+r
Mercado de trabalho de viagens e eventos por escolaridade
Mercado de trabalho de viagens e eventos por faixa etária
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – RAIS e CAGED | Elaboração e cálculos: FecomercioSP
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – RAIS e CAGED | Elaboração e cálculos: FecomercioSP
médio incompleto médio completo superior incompleto superior completo até 5ª incompleto 5ª completo fundamental 6ª a 9ª fundamental fundamental completo analfabeto (0%) até 17 18 a 24 25 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 64 65 ou mais 47% 8% 13% 5% 2% 1% 20% 4%
2. faixa etária
Como pode ser observado abaixo, além da mão de obra ser, na média, de baixa escolaridade, nota-se que pessoas com esse nível escolar, mais da metade, possui entre 30 e 49 anos. Como era de se esperar, o grupo de alimentação é aquele que possui os trabalhadores mais jovens. Quase 1/3 do estoque de empregos da atividade tem até 24 anos. Tal realidade vai ao encontro da explicação de que também é aquela com menor escolaridade, com apenas 7% tendo ensino incompleto ou completo.
faixa etária transporte alimentação eventos cultura e esportes hospedagem serviços de reservas total
Até 17 293 2.885 29 36 642 298 4.184 18 A 24 7.672 16.105 935 710 11.007 4.989 41.418 25 A 29 12.164 10.808 1.061 718 10.343 6.081 41.175 30 A 39 24.783 17.610 1.679 1.288 21.630 9.050 76.039 40 A 49 13.051 11.936 827 896 17.240 3.659 47.608 50 A 64 8.206 6.493 514 727 10.841 1.822 28.603 65 OU MAIS 451 299 37 77 679 128 1.671 Total 66.619 66.136 5.082 4.453 72.382 26.027 240.699
Estoque de emprego do setor de viagens e eventos em 2015¹ por faixa etária estado de são paulo
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – RAIS e CAGED | Elaboração e cálculos: FecomercioSP
1 até julho
12+31+20+1+
31%2+
17+17+
r
17% 12% 17% 2% 1% 20%14
pes ve _ ju lho 20153. gênero do trabalhador
Puxada pela composição das atividades de alimentação, hospedagem e serviços de reserva, a maioria do quadro funcional do setor de viagens e eventos no Estado de São Paulo é feminina: 53%. Nos serviços de reservas, 63,6% dos postos de trabalho são preenchidos por mulheres, a maior proporção dentre as atividades. Por outro lado, nos transportes, 63,8% são homens.
4. rendimento médio
O rendimento médio do trabalhador do setor de viagens e eventos no estado de São Paulo é de R$ 2.887,74. Trata-se do dado que se refere a 2014 e, portanto, não leva em consideração possíveis reajustes estipulados em Convenção Coletiva de Trabalho com data-base em 2015. Mais uma vez puxado pelo setor aeroviário, as atividades de transportes lideram a média salarial.
Uma importante constatação ao se tratar de rendimento após a composição do mercado de trabalho por gênero é avaliar se também nas atividades ligadas a viagens e eventos se repete a corrosiva característica endêmica do mercado de trabalho brasileiro, onde homens possuem rendimentos maiores do que o das mulheres. Observando apenas na composição por atividades, a resposta é afirmativa. Em todas as seis atividades, o rendimento médio dos homens é maior.
gênero transporte alimentação eventos cultura e esportes hospedagem serviços de reservas total
Masculino 42.486 29.279 2.290 2.612 26.519 9.470 112.655 Feminino 24.133 36.857 2.792 1.841 45.863 16.557 128.044
Total 66.619 66.136 5.082 4.453 72.382 26.027 240.699
Estoque de emprego do setor de viagens e eventos em 2015¹ por gênero estado de são paulo
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - RAIS e CAGED | Elaboração e cálculos: FecomercioSP
1 até julho
Mercado de trabalho de viagens e eventos por gênero
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - RAIS e CAGED | Elaboração e cálculos: FecomercioSP
feminino masculino
53+47+r
47%53%
Mercado de trabalho de viagens e eventos por rendimento médio
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego | Elaboração e cálculos: FecomercioSP
Total
Agências e operadores de viagem
Cultura e esportes
Eventos não culturais ou esportivos
Alimentação
Hospedagem
Transportes
2.887,74
2.854,16
1.598,41
2.055,46
2.164,70
1.277,17
6.011,39
atividades masculino feminino total
Transportes 6.651,29 4.628,32 6.011,39
Hospedagem 1.384,35 1.192,03 1.277,17
Alimentação 2.373,94 1.993,13 2.164,70
Eventos não culturais ou esportivos 2.120,33 1.963,46 2.055,46 Cultura e esportes 1.913,98 1.415,94 1.598,41 Agências e operadoras de viagem 3.275,03 2.613,43 2.854,16
Total 3.691,46 2.132,25 2.887,74
Rendimento médio do setor de viagens e eventos estado de são paulo
16
pes ve _ ju lho 2015setores rendimento médio (r$)
Extrativa mineral 3.381,65 Indústria de transformação 2.814,38 Servicos ind. de utilidade pública 3.245,39
Construção Civil 2.166,77
Comércio 1.906,30
Serviços 2.501,45
Administração Pública 3.476,19
Agropecuária 1.508,42
Setor de viagens e eventos 2.887,74
Rendimento médio por setores estado de são paulo
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – RAIS e CAGED | Elaboração e cálculos: FecomercioSP
Ainda se tratando de rendimento médio do trabalhador, como forma de contraposição, é importante avaliar a dimensão do rendimento médio do total das atividades de viagens e eventos com os demais setores estruturados da economia paulista. Em tal comparação, apenas o rendimento do extrativismo mineral, indústria e administração pública são superiores. Atualmente a massa salarial do setor de viagens e eventos corresponde a 1,95% da massa total do mercado de trabalho paulista, ou R$ 8,3 bilhões.
5. rankings municipais por atividade
Como era de se esperar, a capital paulista lidera o estoque de trabalhadores com carteira assinada em todas as seis atividades diretamente ligadas ao setor de viagens e eventos.
municípios transportes São Paulo 28.542 Guarulhos 16.202 Campinas 7.774 Ribeirão Preto 1.525 São Carlos 1.366 Barueri 1.213 Jundiaí 936 Osasco 640 Itu 627 Diadema 514
Municípios com maior estoque em 2015¹
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – RAIS e CAGED | Elaboração e cálculos: FecomercioSP
1 até julho
municípios alimentação
São Paulo 24.497
Campinas 13.862
São Caetano do Sul 2.884
Ribeirão Preto 2.212 Jacareí 1.719 Santos 1.538 Salto 1.198 Santo André 1.174 Ubatuba 1.055
São José dos Campos 1.028
Municípios com maior estoque em 2015¹
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – RAIS e CAGED | Elaboração e cálculos: FecomercioSP
1 até julho
municípios eventos
São Paulo 3.825
São Caetano do Sul 523
Campinas 253 Ribeirão Preto 110 Itu 80 Mauá 39 Boituva 35 Estiva Gerbi 31 Porto Ferreira 27 Sumaré 19
Municípios com maior estoque em 2015¹
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – RAIS e CAGED | Elaboração e cálculos: FecomercioSP
18
pes ve _ ju lho 2015municípios cultura e esportes
São Paulo 587
Olímpia 472
Guarujá 424
Araçoiaba da Serra 254
São José dos Campos 200
Casa Branca 139
São João da Boa Vista 133
Piracicaba 124
São José do Rio Preto 123
Brotas 117
Municípios com maior estoque em 2015¹
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – RAIS e CAGED | Elaboração e cálculos: FecomercioSP
1 até julho municípios hospedagem São Paulo 20.601 Campinas 2.673 São Sebastião 1.770 Atibaia 1.698 Guarujá 1.695 Guarulhos 1.651 Ribeirão Preto 1.542 Campos do Jordão 1.517 Ubatuba 1.487 Aparecida 1.133
Municípios com maior estoque em 2015¹
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – RAIS e CAGED | Elaboração e cálculos: FecomercioSP
1 até julho
municípios agências e operadoras de viagem
São Paulo 16.296 Barueri 1.470 Santo André 1.137 Campinas 1.078 Guarulhos 922 Ribeirão Preto 427 Santos 418 Osasco 350 Sorocaba 272
São José dos Campos 265
Municípios com maior estoque em 2015¹
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – RAIS e CAGED | Elaboração e cálculos: FecomercioSP
1 até julho
Estabelecimentos do setor de viagens e eventos estado de são paulo
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – RAIS e CAGED | Elaboração e cálculos: FecomercioSP
6. estabelecimentos
Além de estabelecer as principais características dos mais de 240 mil postos de trabalho existentes devido à demanda por viagens e eventos, é importante observar em quantos estabelecimentos estes postos estão divididos. Utilizando a mesma metodologia de CNAEs e o quociente locacional nas atividades não integrais ao setor de viagens e eventos, são quase 17 mil estabelecimentos no total das atividades. Eles estão distribuídos da seguinte forma:
Lembrando mais uma vez que os números acima, principalmente na área de alimentação, referem-se à quantidade de estabelecimentos acima da média estadual nos municípios mais vocacionados aos setores de viagens e eventos, analisados individualmente.
atividades n° de estabelecimentos
Transportes 1.169
Hospedagem 6.134
Alimentação 5.150
Eventos não culturais ou esportivos 54
Cultura e esportes 520
Agências e operadoras de viagem 3.860
conclusão
Nesta primeira “fotografia” do setor de viagens e eventos do Estado de São Paulo, o objetivo central era mensurar o tamanho e características do seu mercado de trabalho com carteira assinada, isto é, computando-se apenas emprego formal. Um segundo passo era determinar as informações sobre rendimento médio em cada atividade do setor e tamanho de sua massa salarial. Para que isso fosse possível, não foi necessário somente uma imersão nos dados da RAIS e CAGED desde 2007, mas a aplicação de um importante medidor da doutrina econômica regional: o Quociente Locacional. Com ele, foi possível elencar grupo a grupo os municípios mais vocacionados aos CNAEs selecionados como não integrais ao setor de viagem e eventos, e mensurar a quantidade de postos de trabalho acima da média do estado de São Paulo. Assim, demonstraram-se quantas vagas existem diretamente devido aos consumidores que viajam e procuram por eventos culturais, esportivos ou de cunho distinto de ambos.
Da mesma forma que foi possível atingir os objetivos acima, no que se refere ao incremento do estoque de trabalhadores, percebe-se não apenas uma clara evolução nos últimos oito anos, mas um arrefecimento da geração de emprego junto ao esfriamento da economia brasileira.
Nesse sentido, mesmo com aumento de mais de 55 mil postos de trabalho desde 2007, a partir de 2010, houve uma freada no que diz respeito à participação nas atividades de viagens e eventos no mercado de trabalho paulista no geral. Em verdade, a geração de vagas, no setor de viagens e eventos, está diretamente relacionada ao poder de compra e à folga financeira das famílias, seja para os consumidores paulistas que buscam viagens, seja para consumidores de outros estados ou países que se destinam a São Paulo, bem como à expansão da atividade econômica e, consequentemente, aos gastos das empresas com viagens e eventos.
O setor, porém, já sente claramente os efeitos da desaceleração da economia, do consumo e dos investimentos, resultado de inflação elevada, dos juros altos, do aumento do desemprego e queda generalizada da confiança. Com menores receitas e custos mais altos, os empresários se veem na necessidade de cessar contratações ou até mesmo reduzir quadro funcional, como o que ocorre em 2015, em que o total dos setores já fecharam 4 mil postos de trabalho. O câmbio depreciado, se, por um lado, oferta serviços de reservas no caso de brasileiros viajando para fora do país; por outro, incentiva, junto a recuperação das principais economias mundiais, a vinda de visitantes estrangeiros. Portanto, tal tendência deve se intensificar.
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