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AS PEQUENAS CIDADES DA MICRORREGIÃO DE ITUIUTABA (MG): ANÁLISE DAS ESTRUTURAS ESPACIAIS, ECONÔMICAS E SÓCIO- CULTURAIS DE IPIAÇÚ E SANTA VITÓRIA.

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Academic year: 2021

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AS PEQUENAS CIDADES DA MICRORREGIÃO DE ITUIUTABA (MG): ANÁLISE DAS ESTRUTURAS ESPACIAIS, ECONÔMICAS E

SÓCIO-CULTURAIS DE IPIAÇÚ E SANTA VITÓRIA.

GESSILAINE DE ALMEIDA BESSA1 NAGELA APARECIDA DE MELO2 BEATRIZ RIBEIRA SOARES3

RESUMO

Esta pesquisa tem como objetivo analisar a dinâmica urbana de pequenas cidades, tomando como objeto de estudo as cidades de Ipiaçú e Santa Vitória, localizadas na microrregião de Ituiutaba (MG), situada na região do Triângulo Mineiro. Foram analisados dados que caracterizam a dinâmica socioeconômica e espacial das cidades e municípios que formam os objetos de pesquisa deste trabalho. Procurou-se identificar e problematizar a situação de Ipiaçú e Santa Vitória enquanto cidades pequenas, por meio de estudos de alguns parâmetros como aspectos demográficos, serviços e infra-estrutura urbana, bem como setores de saúde e educação, analisando a dinâmica sócio-espacial de forma a demonstrar a realidade e a dinâmica regional que caracterizam esses municípios.

Palavras-chave: Cidades. Pequenas cidades. Urbanização. Microrregião de Ituiutaba

(MG).

1

Bolsista PIBIC/CNPq pelo Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia. Rua do Feirante, 1031. Bairro Planalto. CEP: 38413-153. E-mail: geissebessa@yahoo.com.br

2

Professora Doutora da Universidade Federal de Uberlândia – FACIP- e-mail. nagela@pontal.ufu.br 3

Professora Doutora da Universidade Federal de Uberlândia – Instituto de Geografia. E-mail: brsoares@ufu.br.

(2)

Small towns of micro-region of Ituiutaba (MG): ANALYSIS OF STRUCTURE SPACECRAFT, SOCIO-ECONOMIC AND CULTURAL

ABSTRACT

This work is an analysis of the dynamics of small urban towns, taking as an object of study two cities: Ipiaçú and Santa Vitoria. Located in micro-region of Ituiutaba, that is located in the Triangle Mineiro, were analyzed data that characterize the dynamic socio-economic space in the municipalities. With this, identified and analysed the situation of Santa Vitoria and Ipiaçú while small cities, studied some parameters such as demographic aspects, services and urban infrastructure as well as the health and education, analyzing the social dynamics and space in order to demonstrate the reality and regional dynamics that characterize these municipalities

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INTRODUÇÃO

Este artigo é um dos resultados do projeto pesquisa “Rede urbana e pequenas cidades: seus limites e possibilidades no Triângulo Mineiro” cujo objetivo é analisar a dinâmica urbana das pequenas cidades mineiras.

A área de estudo do referido projeto compreende as pequenas cidades da microrregião de Ituiutaba (MG), sendo elas: Santa Vitória, Capinópolis, Ipiaçú Gurinhatã e Cachoeira Dourada, (Figura 1). Para o desenvolvimento da pesquisa estabeleceu-se uma divisão das cidades em dois grupos específicos: 1) Capinópolis, Gurinhatã e Cachoeira Dourada; 2) Ipiaçú e Santa Vitória.

Este artigo é, portanto, resultado de análises da dinâmica sócio-econômica e espacial do segundo grupo de cidades. Tem como objetivo analisar as estruturas sociais, econômicas e espaciais das pequenas cidades de Ipiaçú e Santa Vitória, no período contemporâneo, tendo em vista a compreensão do significado destas cidades, no contexto da urbanização regional.

Ipiaçú e Santa Vitória se formaram por meio de processos de fragmentação territorial do município de

Ituiutaba (MG). A primeira fragmentação territorial de Ituiutaba ocorreu em 1948, quando ocorreu à emancipação de Santa Vitória, sendo apenas em 1962 a emancipação de Ipiaçú, conforme demonstra a figura 2.

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Mapa 1: Mapa de localização da Microrregião de Ituiutaba. Org.: FARIA, G. E. F., 2007.

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Figura 2: Ituiutaba: evolução do desmembramento territorial, 2006. Fonte: BESSA, G. A., 2008.

A emancipação dos municípios em estudo ocorreu no período de auge da cultura de arroz no município de Ituiutaba (MG), que trouxe reflexos na economia de sua microrregião, alterando o estilo de vida e as condições econômicas da população que ali residiam, registrando um significativo aumento nos números sociais e econômicos da região. O arroz foi a principal atividade econômica nessa região até a década de 1970,

proporcionando um intenso crescimento da região.

A partir de 1970, a economia arrozeira começa a entrar em crise dando espaço a uma atividade que exigia baixo custo e menor número de mão-de-obra (pois sem emprego a população tinha migrado para a área urbana), a pecuária. Então, a partir de 1970, a produção de arroz começa a perder espaço para a pecuária, e para a soja.

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Com a crise na produção de arroz e milho há um processo de decadência econômica dos municípios, com destaque para Ipiaçú e Santa Vitória.

Nesse contexto histórico, os municípios em questão apoiado por diretrizes do II PND (Plano Nacional de Desenvolvimento - 1974 a 1979), começam a desenvolver os setores agropecuários e a agroindústria, principalmente na produção de milho, mandioca, gergelim, cana-de-açúcar e soja.

A produção de soja e a pecuária ganharam força com medidas governamentais, que disponibilizava programas de créditos fundiários para promover investimentos nesses setores e também na mecanização. Porém, somente os médios e grandes produtores tinham maior acesso às tecnologias.

Diante das transformações econômicas resultantes da crise do arroz, o principal beneficiado foi o município de Ituiutaba, que possuía

melhores condições econômicas e o apoio dos médios e grandes proprietários de terras que proporcionaram investimentos em novos setores econômicos. Os pequenos municípios da microrregião de Ituiutaba, por não possuírem condições favoráveis para a reestruturação da economia, tiveram suas dinâmicas sócio-econômicas espaciais alteradas, ocasionando, dentre outras coisas, a perda de população para os médios centros urbanos, apresentando ainda, estagnação no crescimento e na dinâmica urbana.

Diante dos aspectos apresentados e tendo em vista a carência de pesquisas que identifiquem as dinâmicas socioeconômicas das pequenas cidades, percebe-se a importância dos estudos regionais e locais, de forma a elaborar análises quantitativas e qualitativas que possibilitem a contribuição para as futuras análises geográficas, bem como para a compreensão da dinâmica urbana e as diversas relações nela existente.

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2 -REFERENCIAL TEÓRICO-CONCEITUAL

O processo de urbanização no Brasil inicia-se a partir do século XVIII, se intensificando em meados do século XX. Até então, a vida nas cidades resumia-se a funções administrativas, para coordenar o setor agrícola do país. A partir da década de 1950, com o crescimento da industrialização e as alterações na economia do país, verifica-se uma modificação na organização social, como o crescimento dos centros urbanos e a integração do território pelas redes de transportes e comunicações.

Retomando o processo histórico, percebe-se que o excedente da produção de café na região Sudeste e, em especial, no estado de São Paulo, provoca um crescimento econômico e populacional surpreendente para os moldes brasileiros. Houve então um processo de concentração industrial na região da grande São Paulo, que fez com que o estado atingisse o status de grande centro econômico do Brasil e, assim, recebesse os maiores fluxos migratórios.

A partir da década de 1990, a tendência é de desconcentração

industrial, visto que as indústrias buscam novos locais onde os custos de produção sejam menores. Tal fato gera uma mudança significativa dos fluxos migratórios e, cidades como São Paulo ou Rio de Janeiro, deixam de ser as que mais atraem pessoas proporcionando o crescimento de outras cidades do país.

No Brasil, a partir da década de 1970, ocorre uma difusão da modernização econômica, tanto no campo como nas cidades. O sistema capitalista que começa a atuar de forma expressiva na vida das pessoas e cria necessidades de integrar o país por meio de modernas redes de transportes e de comunicações, o que permite a unificação de um mercado consumidor cada vez maior.

Segundo Santos (1993, p. 57), o Brasil deixa de ser um país essencialmente agrícola no final da década de 1960, quando a população urbana chega a 55,92%. Associada a esta mudança ocorre a mecanização das atividades agrícolas, que provoca o desemprego de grandes contingentes de trabalhadores rurais e de pequenos proprietários que, sem ter condições para trabalhar, migravam para os centros urbanos à procura de oportunidades de emprego nas

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indústrias que começavam a surgir nesse período.

O capitalismo moderno atua no meio socioeconômico de forma incisiva, produzindo intensas alterações. Surge, então, uma sociedade cada vez mais globalizada em termos tecnológicos, econômicos e culturais. Os avanços no segmento de informações provocam, assim, mudanças expressivas no cenário mundial. Em suma, o sistema capitalista se expressa na reorganização rápida e profunda dos vários setores econômicos e sociais que caracterizam tanto o meio urbano quanto o meio rural.

As condições estavam criadas para um processo de diversificação e crescimento da economia. Percebe-se então, uma alteração nas relações sócio-espaciais em um país eminentemente urbano, cujo papel tem sido transformado e (re) organizado constantemente devido à intensa dinamicidade do sistema capitalista, que cria e recria necessidades de consumo e de ocupação do espaço. (SANTOS, 1993)

Com o crescimento da urbanização e da industrialização, os centros urbanos passam a se integrar às redes de grande complexidade, palco para a expressão cultural, para as relações de interação entre o homem e o

ambiente geográfico, refletindo uma reorganização social e econômica, que produz o ambiente das cidades. Nesse aspecto, Corrêa (2002, p. 42) afirma que a cidade é um local onde ocorrem diversas maneiras de utilização da terra, onde os homens, com seu poder de explorar e modificar as coisas transformam a natureza em edifícios, casas, indústrias, e fazem do espaço da cidade um “local de concentração da atividade comercial, de serviços e de gestão”.

Historicamente, as migrações internas no Brasil partiram do Nordeste em direção às grandes cidades do Sudeste, contribuindo para a expansão da economia urbana. No entanto, de acordo com dados dos últimos anos de censos demográficos elaborados pelo IBGE, os fluxos de migrações se alteraram de forma significativa nos últimos anos. O que se percebe, é a redução do fluxo migratório para as grandes cidades e o aumento do fluxo populacional para as cidades médias. Isto significa que aumenta o número de municípios que chegam às categorias de cidade grande e média.

Para citar o processo de urbanização brasileira no final do século XX, Santos (1993, p. 121) afirmou:

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[...]para aquelas entre 1.000.000 e 2.000.000 era de 4,96. Esse índice é de 5,90 as aglomerações com mais de 1.000.000 de habitantes continham 51,35% da população urbana em 1950 e somente 38,31% em 1980. Há, pois, evidente processo de desmetropolização, sem que o tamanho urbano das metrópoles diminua: são as cidades que aumentam em volume, crescendo sua participação na população urbana. Enquanto as cidades com mais de 2.000.000 de habitantes têm sua população urbana multiplicada por 3,11% entre 1950 e 1980, o multiplicador para a população urbana vivendo em aglomerações entre 500.000 e 1.000.000 e de 5,61 para o conjunto daquelas entre 200.000 e 500.000 habitantes.

A análise do processo recente de urbanização no Brasil tem revelado um aumento da importância das cidades médias, que se deve em grande parte, à conjuntura da revolução tecnológica e à reorganização que as relações de trabalho estão sofrendo.

Diante da atual tendência de migração e diversificação econômica e espacial dos municípios de porte médio, percebe-se uma minimização dos estudos que caracterizem as dinâmicas das pequenas cidades, e que identifiquem a importância regional desses municípios, sendo, portanto, o ambiente onde vive parcela significativa da população brasileira.

Para tentar explicar o que caracteriza as pequenas cidades, utilizar-se-á a descrição de alguns autores e órgãos públicos, que na

tentativa de conceituar essas cidades buscam parâmetros que melhor identifiquem a dinâmica e as relações existentes. Diante desses aspectos, o IBGE apresenta as pequenas cidades como aquelas com até 20.000 habitantes. (BACELLAR, 2002)

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) classifica como cidades pequenas aquelas cuja população seja inferior a 50 mil habitantes e subdivide estas em três grupos. Conforme Soares (2001, p. 8),

o Instituto de Pesquisa Econômica aplicada utiliza a denominação generalizada de pequenos centros e os subdividem em três grupos, por tamanho populacional. Constituem o primeiro grupo, as cidades de até 10.000 habitantes, segundo, as cidades de 10.00 a 20.000 habitantes e o terceiro, de 20.000 a 50.000.

A cidade local, como é denominada por Santos (1979), não pode ser definida apenas por índices populacionais, mas como um conjunto de características qualitativas que possibilitem atender às necessidades básicas da população, bem como as relações socioeconômicas e espaciais que atendem o modelo mundial de consumo.

Percebe-se, portanto, uma imprecisão que caracterize as cidades pequenas, sendo importante entender que esses municípios não podem ser caracterizados apenas por seus aspectos

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quantitativos, mas apreendendo as diversas relações existentes no ambiente urbano, bem como as interações existentes, sejam elas sócio-econômicas, culturais e de organização do espaço, em âmbitos locais e regionais.

Segundo Bacelar (2005, p. 1405), os estudos sobre as pequenas cidades são essenciais para entender a dinâmica urbana de grande parte do espaço regional, sendo que são nesses municípios que residem grande parte da

população do Triângulo Mineiro, cerca de 89,35% da população da região .

Mesmo diante da pequena dinâmica urbana e da contribuição socioeconômica dos pequenos municípios da microrregião de Ituiutaba, percebe-se que em termos regionais tornam agentes importantes para caracterização da mesorregião, tornando-se, nas linhas subseqüentes objeto de estudo e análise geográfica.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Como parte da metodologia deste trabalho, foi feito um levantamento bibliográfico acerca do tema trabalhado em artigos científicos, livros, dissertações, teses e em jornais e revistas publicados nos últimos quatro anos. Realizou-se também coleta e organização dos dados existentes (dados econômicos, sociais, de equipamentos urbanos, serviços, bem como aspectos de administrações políticas, saúde, educação e segurança) sobre Ipiaçú e Santa Vitória, em órgãos públicos municipais, estaduais e federal, tais como: Prefeitura Municipal de Ituiutaba, Fundação João Pinheiro, Assembléia Legislativa de Minas

Gerais, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre outros.

Pesquisa de campo também foi um dos procedimentos metodológicos adotados para elaboração deste trabalho. Os trabalhos de campo foram realizados nos dias 26 de abril de 2008, em Ipiaçú; 30 e 31 de maio e primeiro de junho, em Santa Vitória.

Esta atividade foi executada por meio de:

a) Entrevistas estruturadas que teve como objetivo conhecer quais são os elementos mais importantes das cidades para os seus moradores e os principais problemas existentes; identificar os fluxos estabelecidos pelas cidades em estudo com outras localidades a partir

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do movimento de pessoas; identificar os motivos principais dos deslocamentos realizados pelos residentes das pequenas cidades para outras cidades.

Foram realizadas 144 entrevistas, sendo 44 em Ipiaçú e 100 em Santa Vitória. O critério adotado para estabelecer a quantidade de questionários a serem aplicados, foi o de colher uma amostra de 1% da população total segundo dados do censo demográfico do IBGE do ano de 2000.

b) Observações orientadas por meio de um roteiro que tinha como finalidades facilitar o registro das percepções dos pesquisadores e levantar informações sobre os fatores principais do cotidiano, da cultura, da relação entre as pessoas e das paisagens das pequenas cidades. c) Registros fotográficos.

Além desses procedimentos, efetuaram-se leituras, sistematização dos dados, análises e a elaboração escrita do relatório de pesquisa.

4. DISCUSSÕES E ANÁLISES DOS RESULTADOS

4.1 – Ipiaçú e Santa Vitória: uma

perspectiva urbana

Ao avaliar a evolução demográfica dos municípios de Ipiaçú e Santa

Vitória, no período de 1970 a 2007, verifica-se, por meio dos dados que, em geral, esses dois municípios apresentaram significativa perda no número total de habitantes. Entre os anos de 1970 e 1980 houve uma redução da população em cerca de 38,03%, em Ipiaçú e, 11,45%, em Santa Vitória. Nas décadas de 1980 e 1990 o decréscimo populacional permaneceu, entretanto, com índices menores do que o registrado na década de 1970.

A tabela 1 apresenta ainda a evolução da população por situação de domicilio, na década de 1970, onde a maior parte da população residia na zona rural dos municípios selecionados. Porém, a partir de 1980, o número de habitantes que reside na área urbana começou a aumentar, indicando o período de crise das produções de milho e soja, e o declínio da economia do pequeno proprietário rural.

Em comparação com os dados de Minas Gerais e do Brasil, verifica-se que desde a década de 1970, a maior parte da população residia na área urbana, apresentando crescimento em todos os anos analisados.

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Tabela 01: Ipiaçú, Santa Vitória, Minas Gerais e Brasil: população residente por local de domicilio População Total Municipios 1970 1980 1991 2000 2005 2007 Urbana 2.377 3.251 3.454 3.512 NI NI Rural 4.488 1.000 668 515 NI NI Ipiaçú TOTAL 6.865 4.254 4.122 4.026 3.966 4.191 Urbana 5.430 11.113 12.196 12.474 NI NI Rural 14.205 6.269 4.387 3.825 NI NI Santa Vitória TOTAL 19.635 17.385 16.583 16.365 16.228 15.492 Urbana 6.063.298 8.983.371 11.786.893 14.671.828 NI NI Rural 5.422.365 4.396.734 3.956.259 3.219.666 NI NI Minas Gerais TOTAL 11.485.663 13.380.105 15.743.152 17.891.494 NI 19.273.506 Urbana 52.097.260 80.437.327 110.990.990 137.953.959 NI NI Rural 41.037.586 38.573.725 35.834.485 31.845.211 NI NI Brasil TOTAL 93.134.846 119.011.052 146.825.475 169.799.170 NI 183.987.291 Fonte: IBGE, 2007.

NI: Dados não identificados

Organizado por: Bessa, G. A. (2007).

É importante ressaltar que a base econômica da região em estudo esteve sempre atrelada às atividades primárias, destacando-se o setor agropecuário, principalmente, a produção de soja, cana-de-açúcar e de gado. Porém, é o setor terciário que mais contribui para o PIB, o que comprova esse setor como um importante condutor da economia municipal, seguindo uma tendência

nacional de concentrar mão-de-obra e renda no setor de comércio e serviços, apresentando 9.391 no setor de serviços em Ipiaçú, e 47.772 em Santa Vitória. Porém, as atividades agropecuárias possuem uma significativa importância na economia desses municípios, representando cerca de 8.681 em 2002, em Ipiaçú e 39.844, em Santa Vitória, conforme demonstra as tabelas 2 e 3.

Tabela 02. Ipiaçú: produto interno bruto, 1998 a 2001.

ANO AGROPECUÁRIO INDÚSTRIA SERVIÇO TOTAL

1998 6.088 571 7.414 14.073

1999 6.197 1.540 6.626 14.363

2000 6.951 1.657 7.784 16.392

2001 6.937 1.505 8.642 17.084

2002 8.681 1.578 9.391 19.650

Fonte: ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE MINAS GERAIS, 2008. Organizado por: BESSA, G. A. (2008).

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Tabela 03. Produto Interno Bruto – Santa Vitória

ANO AGROPECUÁRIO INDÚSTRIA SERVIÇO TOTAL

1998 26.532 7.522 32.713 66.767

1999 26.949 9.968 33.956 70.873

2000 28.105 11.256 36.372 75.733

2001 31.343 10.391 42.291 84.025

2002 39.844 12.048 47.772 99.664

Fonte: ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE MINAS GERAIS, 2008. Organizado por: Bessa, G. A. (2008).

O setor de serviços é também o que mais emprega população, sendo os índices superiores ao setor agropecuário. Em 2000, Ipiaçú contava com o registro de 1.763 trabalhadores,

sendo que 674 trabalhavam no setor agropecuário, 216 nas indústrias e 690 no setor de serviços, como demonstra a tabela 04.

Tabela 04: Ipiaçú: população ocupada por setores econômicos

2000

SETORES No. DE PESSOAS

Agropecuário, extração vegetal e pesca 674

Industrial 216

Comércio de Mercadorias 183

Serviços 690

TOTAL 1.763

Fonte: ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE MINAS GERAIS, 2008. Organizado por: Bessa, G. A. (2008).

O município de Santa Vitória, em 2000, apresentava 7.283 trabalhadores, sendo que 2.433 pessoas trabalhavam no setor agropecuário, 829 nas indústrias e 2.894 no terceiro setor, conforme demonstra a tabela 5.

O fato do número de pessoas ocupadas no setor de serviços serem superiores ao setor agropecuário é resultado de um processo de mecanização do setor, bem como a

pouca disponibilidade de investimentos no pequeno empreendimento rural.

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Tabela 05: Santa Vitória: população ocupada por setores econômicos

2000

SETORES No. DE PESSOAS

Agropecuário, extração vegetal e pesca 2.433

Industrial 829

Comércio de Mercadorias 1.127

Serviços 2.894

TOTAL 7.283

Fonte: ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE MINAS GERAIS, 2008. Organizado por: Bessa, G. A. (2008).

Segundo dados da Associação Mineira de Municípios (AMM), entre os

anos de 2000 e 2003 houve um aumento na arrecadação municipal total, tanto em Santa Vitória como em Ipiaçú, sendo que primeira arrecada um valor

significativamente superior aos números de Ipiaçú, ou seja, no ano de 2003 Ipiaçú arrecadou R$ 6.765.223,44 e Santa Vitória arrecadou R$ 22.033.610,19, conforme dados apresentados na tabela 06.

Tabela 06. Receita Municipal, Ipiaçú e Santa Vitória

Ano Cidades Receita Municipal 2000 2001 2002 2003 Receita Total R$ 4.884.120,00 R$ 6.812.039,45 R$ 5.828.135,34 R$ 6.765.223,44 Receitas Correntes R$ 4.884.069,00 R$ 6.738.270,40 R$ 6.620.470,76 R$ 7.561.678,06 Ipiaçú Receitas de Capital R$ 51,00 R$ 73.769,05 R$ 249.614,91 R$ 13.050,00 Receita Total R$ 16.374.845,46 R$ 21.633.677,01 R$ 20.373.750,27 R$ 22.033.610,19 Receitas Correntes R$ 15.794.191,25 R$ 21.102.540,46 R$ 22.080.246,47 R$ 24.248.160,05 Santa Vitória Receitas de Capital R$ 580.654,21 R$ 531.136,55 R$ 560.062,60 R$ 199.500,00 Fonte: Associação Mineira de Municípios (AMM)

Nota: NE - dados não encontrados

Dentre os municípios estudados da microrregião de Ituiutaba, percebe-se que apenas Ituiutaba possui índices de crescimento populacional, além de maior qualidade nos atendimentos à

população no que se refere aos serviços, especificamente, os de saúde e educação. Há uma maior necessidade da população residente em Ipiaçú e Santa

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Vitória em se deslocar para Ituiutaba e para outros municípios da região.

A tabela 7 demonstra que Ituiutaba possui o menor índice de analfabetismo da região, e que o

percentual de pessoas analfabetas reduziu 21,18% entre 1991 e 2000. Os municípios com os maiores índices em 2000 foram Cachoeira Dourada (27,04%) e Ipiaçú (22,71).

Tabela 07.Microrregião de Ituiutaba/MG: taxa de analfabetismo para pessoas de 25 anos ou mais (1991/2000).

Município % 25 anos ou mais analfabetas, 1991 % 25 anos ou mais analfabetas, 2000 Cachoeira Dourada 35,23 27,04 Capinópolis 28,6 21,33 Gurinhatã 25,57 16,79 Ipiaçu 28,07 22,71 Ituiutaba 17,75 13,99 Santa Vitória 30,05 19,82

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2000. Organizado por: Bessa, G. A. (2006).

Verifica-se, também, que em 2000, apenas o município de Ituiutaba possuía um índice de desenvolvimento humano classificado como alto. Todos

os demais municípios possuíam índice médio, sendo o pior de Cachoeira Dourada com IDH de 0,753 (Tabela 8).

Tabela 08. Microrregião de Ituiutaba/MG: Índice de desenvolvimento Humano

municipal (2000). Município IDH, 2000. Cachoeira Dourada 0,753 Capinópolis 0,766 Gurinhatã 0,758 Ipiaçu 0,764 Ituiutaba 0,818 Santa Vitória 0,76

Fonte: Prefeitura Municipal de Ituiutaba. Organizado por: Bessa, G. A. (2006).

Ipiaçú e Santa Vitória são municípios mineiros e pequeno porte cuja

dinamicidade econômica e social atenua-se com o tempo,

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concretizando-se uma estrutura urbana pouco complexa e desenvolvida, que apresenta problemas nos setores educacionais e de saúde, demonstrando a necessidade da população local procurar outros centros urbanos que atendam suas necessidades, sendo algumas de maior complexidade e outras de necessidade básica para o bem estar da população.

4.2 – Ipiaçú e Santa Vitória:

caracterização dos equipamentos urbanos

A evolução da cidade corresponde às modificações quantitativas e qualitativas nas atividades urbanas e, consequentemente, surge a necessidade de adaptação tanto dos espaços necessários a essas atividades, como da acessibilidade desses espaços, e da própria infra-estrutura que a eles serve.

O crescimento físico da cidade, resultante do seu crescimento econômico e demográfico, se traduz numa expansão da área urbana através de loteamentos, conjuntos habitacionais, indústrias, diversos equipamentos urbanos, e/ou em adensamento, que se processa nas áreas já urbanizadas e construídas, muitas vezes resultando em renovações urbanas, quando construções existentes são substituídas

por outras, mais adequadas às novas atividades pretendidas, em locais dos quais são expulsas as atividades anteriores.

A organização do espaço urbano apresenta-se de forma diversificada entre os diversos municípios e regiões brasileiras, que são produtos das ações conjuntas de vários agentes sociais e econômicos que são importantes elementos modeladores e transformados do meio sócio-espacial.

Segundo Souza (2008, p. 39) os conflitos e a complexidade das relações urbanas,

[...] provocam um constante processo de reorganização espacial que se realiza através da incorporação de novas áreas do espaço urbano, da densificação do uso do solo, do desgaste de certas áreas, da renovação urbana, e da mudança no conteúdo social e econômico de determinadas áreas da cidade. (SOUZA, 2008, p. 39)

No ambiente das cidades existem uma série de estruturas que caracterizam e proporcionam a funcionalidade de serviços vitais à população, podendo ser públicos e privados, possuem características e funções próprias. Os equipamentos urbanos são fundamentais para organizar e qualificar o espaço e podem, por sua característica ou importância, constituir-se numa referência de

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qualidade de vida para a população residente.

Ipiaçú e Santa Vitória possuem uma estrutura urbana diversificada entre elas, com uma configuração urbana própria do desenvolvimento sócio-econômico de cada uma.

Nos estudos realizados a campo, verifica-se que há uma significativa quantidade de templos religiosos – sete templos em Ipiaçú e 10 em Santa Vitória – que traduzem a intensa vocação religiosa da população, seja ela pela igreja católica ou protestante. Em alguns casos esses templos religiosos chegam a serem superiores em números que estabelecimentos comerciais essenciais para as atividades cotidianas.

A história da sociedade brasileira mostra que ela sofreu e tem sofrido, transformações importantes no seu processo de organização espacial. Entre todas elas, é de fundamental importância citar as alterações nos modos e na forma de vida da população, que foram alteradas, principalmente, a partir do momento em que o Brasil passa a ser essencialmente urbano.

Diante da modernidade, a população tem cada vez menos tempo para atividades de lazer e cultura. As atividades cotidianas, em muitos casos, resumem-se ao trabalho e aos cuidados

com a casa e a família. Dedica-se pouco tempo a atividades recreativas e de âmbito cultural, mas outro grande problema é a falta de espaços destinados ao lazer e cultura, principalmente os chamados espaços públicos para o lazer.

Em relação aos equipamentos urbanos voltados às atividades de esporte e lazer, verifica-se que Ipiaçú possui apenas duas praças públicas, e em Santa Vitória existem cinco praças, e apenas um campo de futebol em Ipiaçú e três em Santa Vitória. De modo geral, percebe-se que há nesses municípios poucos equipamentos destinados a ação recreativa dessa população.

Ipiaçú conta atualmente com três redes de ensino, sendo que não possui nenhuma instituição de ensino superior. Além disso, não possui escola de ensino profissionalizante e nem escola particular de ensino médio e fundamental. A cidade é servida apenas por duas escolas de ensino fundamental públicas e uma escola pública de ensino médio (PESQUISA DE CAMPO, 2008).

Já o município de Santa Vitória possui uma escola privada de ensino superior, quatro escolas de cursos profissionalizantes, uma escola particular de ensino médio, quatro

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escolas públicas de ensino fundamental e uma escola pública de ensino médio (PESQUISA DE CAMPO, 2008).

Com relação aos serviços de saúde, os dois municípios possuem um sistema de saúde de pouca complexidade, não atendendo diversas necessidades da população residente. Não possuem atendimento médico

particular, porém possuem um local de atendimento odontológico em Ipiaçú e dois em Santa Vitória, uma clínica pública de fisioterapia em cada município, duas farmácias cada município e um hospital, em Ipiaçú e sete em Santa Vitória, conforme demonstra a tabela 9.

Tabela 09: Ipiaçú e Santa Vitória: equipamentos urbanos, 2008

Descrição Ipiaçú Quant. St Vitória Quant. Cultura e religião

Banca de jornal e revistas - 1

Biblioteca pública 1 1 Lan house 2 2 Livraria - 1 Locadora de filmes 1 1 Templo religioso 7 10 Esporte e lazer Academia de ginástica 1 2 Campo de futebol 1 3 Clube - 2 Ginásio poliesportivo 1 3 Parque de exposição 1 1 Praça 2 5 Educação

Ensino superior privado - 1

Ensino superior público - -

Escola de curso pré-vestibular - -

Escolas de cursos técnicos, profissionalizantes (informática, inglês e formação técnica)

- 4

Escolas particulares de ensino médio e fundamental - 1

Escolas públicas de ensino fundamental *** 2 4

Escolas públicas de ensino médio 1 1

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Atendimento médico particular - -

Atendimento odontológico particular 1 2

Clínica de fisioterapia – publica 1 1

Clínica de psicologia - 1

Farmácia 2 2

Hospital 1 7

Laboratório de análise clínica - 1

Plano de saúde particular - 2

Posto de coleta de materiais para análise clínica - -

Posto de medicamentos 1 2

Posto de saúde 1 1

Policlínica municipal 1 2

Fonte: Trabalho de Campo, 2008. Org.: Bessa, G. A., 2008

4.3 – Santa Vitória e Ipiaçú: perspectivas e reflexões

Nas “cidades pequenas” percebe-se, em geral, a configuração de um ambiente tranqüilo, bucólico, onde quase todas as pessoas se conhecem. Em outro aspecto, depara-se com uma baixa especialização de serviços e de mão-de-obra, fato este que provoca o deslocamento temporário ou até mesmo permanente da população em busca de maior facilidade nos acessos a serviços como educação, saúde, comércio, infra-estrutura urbana e ainda, maiores opções de lazer e cultura.

Quando lhes foram perguntados sobre o que mais gostavam do município onde moram, a maior parte

da população residente afirmou ser a tranqüilidade da cidade, representando em Ipiaçú 63,6 % e, em Santa Vitória, 72,0 % do total de respostas, conforme demonstra a tabela 10. Percebe-se que, em Ipiaçú, 9,1% das pessoas entrevistadas afirmaram como pontos positivos alguns serviços públicos, como e de educação e a administração pública, sendo que este fator não foi mencionado por nenhum habitante de Santa Vitória.

A percepção de tranqüilidade nas pequenas cidades também é reflexo da expansão das cidades médias e grandes, que de forma desordenada, provocam impactos negativos como a violência urbana, o desemprego, poluição ambiental e trânsito caótico.

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Tabela 10. Fatores positivos identificados pela população residente

Respostas em %

Fatores positivos Ipiaçú Santa Vitória

Tranqüilidade 63,6 72,0

Convivência com as pessoas 4,5 8,0

Tudo 4,5 6,0

Serviços públicos (saúde, educação e adm. pública) 9,1 0,0

Segurança - 2,0

Não gosta - 4,0

Outros 18,3* 8,0

Fonte: Trabalho de Campo, 2008. Org.: Bessa, G. A., 2008

Na pesquisa de campo foi possível identificar, tanto em Ipiaçú quanto em Santa Vitória, que há entre os moradores a preocupação com a melhoria das condições de vida da população local. Para os entrevistados isso deve ocorre por meio do aumento da oferta de empregos, ampliação da infra-estrutura urbana e melhoria de sua qualidade e, ainda, dos serviços de educação e saúde.

Quando perguntados sobre os fatores negativos presentes nas cidades onde moram, cerca de 22,7% dos entrevistados, em Ipiaçú, afirmaram ser o desemprego o problema mais grave enfrentado por

eles, ficando registrado ainda a preocupação com o aumento do envolvimento de jovens com substâncias entorpecentes. A oferta dos serviços saúde e educação também tiveram significativas, representação entre os problemas pontuados.

Em Santa Vitória, a maior preocupação está relacionada com o crescimento do consumo de

substâncias entorpecentes, representando 23,0% das respostas

dos entrevistados, além de preocupações com a saúde e educação (19,0% das respostas) e com o desemprego (17,0% das respostas).

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Tabela 11. Fatores negativos identificados pela população residente

Respostas em %

Fatores negativos Ipiaçú

Santa Vitória

Drogas 20,4 23,0

Problemas relativos à administração pública 4,0 3,0

Problemas de infra-estrutura urbana 0,0 1,0

Não tem 11,4 15,0

Não sabe responder - 14,0

Saúde/educação 18,2 19,0

Segurança 9,1 1,0

Lazer 9,1 2,0

Desemprego 22,7 17,0

Outros 5,1 5,0

Fonte: Trabalho de Campo, 2008. Org.: Bessa, G. A., 2008

Mesmo com a precariedade de alguns serviços e equipamentos urbanos, a maior parte da população entrevistada, tanto de Ipiaçú quanto de Santa Vitória, não pretende migrar para outros municípios, pois, mesmo com a carência de alguns serviços e produtos essas pessoas podem encontrar parte

daquilo que necessitam para a vida cotidiana, porém delocam-se várias vezes por ano (tabela 12). Alguns fatores que fazem com que as pessoas se desloquem para outros municípios são: realizar compras, passear, para estudar, e principalmente, para realizar o tratamento de saúde.

Tabela 12. Intenção ou vontade de se mudar

Respostas em % Intenção ou vontade de se mudar Ipiaçú Santa Vitória Sim 36,4 19,0 Não 63,6 81,0

Fonte: Trabalho de Campo, 2008. Org.: Bessa, G. A., 2008

(22)

Diante dos aspectos colhidos nas visitas a campo, foi possível identificar uma população que procura melhores condições de vida, como emprego, saúde e educação para seus filhos, mantendo um ritmo de vida tranqüilo

tão característico das pequenas cidades, com baixos índices de violências e de relações sociais menos conturbados pela complexa dinâmica urbana dos grandes centros urbanos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Compreender a origem e o destino das demandas e seus decorrentes fluxos, é vital no planejamento e espacialização no tecido urbano. Portanto, é preciso entender as relações sócio-econômicas e espaciais existentes no ambiente urbano, bem como os serviços e equipamentos essenciais para manutenção das atividades vitais para a população. Do contrário, seu uso e demanda podem se tornar subestimados, sua conservação inadequada e sua importância desconhecida.

O estudo realizado sobre Ipiaçú e Santa Vitória possibilitou identificar as particularidades existentes, identificando as principais características do espaço urbano, bem como as relações nela existentes, sejam elas econômicas, sociais e culturais identificando ainda o modo com que essas pessoas lidam diante das diversas configurações urbanas e com as

disparidades regionais, que estão presentes no território brasileiro.

È importante concluir que as pequenas cidades em estudo apresentam-se como centros urbanos de baixa complexidade de serviços e que possuem características de uma cidade pacata, e com poucas perspectivas de crescimento socioeconômico, porém com preocupações importantes, como desemprego, saúde, educação e qualidade de vida.

Ipiaçú e Santa Vitória possuem pouca diversidade nas atividades comerciais e de serviços e uma estrutura urbana pouco complexa, onde as diversas atividades, sejam elas rurais e urbanas, coexistem de forma a atender as diversas necessidades da população residente.

Diante dos aspectos mencionados acima, verifica-se a importância de entender toda a dinâmica sócio-espacial e econômica de Ituiutaba, considerando-se os pontos fortes e fracos de sua realidade, de forma a contribuir para

(23)

demais estudos sobre a região e, assim, proporcionar condições para a elaboração do diagnóstico e de medidas de planejamento que orientem o crescimento da cidade de forma organizada e que atenda toda população.

Se, por um lado, a pesquisa encontrou alguns desafios, por outro

lado, atingiu o seu objetivo inicial, na medida em que contribui para entender a dinâmica local e regional que caracteriza a microrregião de Ituiutaba e, ainda fornecendo fundamentos para estudos posteriores nesse âmbito.

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