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MINISTÉRIO DA SAÚDE CURSO TÉCNICO EM REGISTROS E INFORMAÇÕES EM SAÚDE

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO

CENTRO DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E PESQUISA EM SAÚDE – ESCOLA GHC INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO

GRANDE DO SUL – CÂMPUS PORTO ALEGRE

CURSO TÉCNICO EM REGISTROS E INFORMAÇÕES EM SAÚDE

ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL ADMINISTRATIVO EM UMA UNIDADE DE INTERNAÇÃO DO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

PATRICIA MACHADO

ORIENTADORA: CÍNTIA LOPES CASTRO LUCHO

PORTO ALEGRE 2016

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PATRICIA MACHADO

ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL ADMINISTRATIVO EM UMA UNIDADE DE INTERNAÇÃO DO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO.

Relatório apresentado como pré-requisito de conclusão do Curso Técnico em Registros e Informações em Saúde.

Orientadora: Cíntia Lopes Castro Lucho

Porto Alegre 2016

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AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus por ter colocado no meu coração a força de vontade, perseverança e determinação para concluir o Curso Técnico em Registros de Informações em Saúde.

Aos meus colegas de curso, aos professores e funcionários da Escola GHC. Não posso deixar de mencionar a minha orientadora, a Prof.ª Cíntia Lopes Castro Lucho, que me guiou de maneira exemplar a realizar este trabalho de pesquisa sobre as rotinas administrativas das unidades de internação no Grupo Hospitalar Conceição.

Em particular, à secretária Roselei Maria Haito, por sua dedicação e atenção no meu período de vivência no posto 3I.1, unidade de internação do Serviço de ONCO-HEMATO do Hospital Nossa Senhora da Conceição, atividade pertencente ao eixo temático Prática Profissional Simulada II. Meus agradecimentos por ter me orientado e fornecido as informações necessárias para a realização do trabalho administrativo nessa unidade de especialidade oncológica.

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RESUMO

Este Trabalho de Conclusão de Curso tem por objetivo descrever as rotinas administrativas do posto 3I.1 no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC). A Equipe do posto é composta por médicos, enfermeiros, residentes, técnicos em enfermagem, por uma funcionária que atua como auxiliar administrativa, entre outros profissionais. A especialidade da ONCO-HEMATO é fazer o tratamento de doenças hematológicas, leucemia, linfoma e outros. Durante o período de vivência no segundo semestre de Prática Profissional Simulada II, desenvolvi as minhas atividades administrativas sob a orientação e supervisão da auxiliar administrativa lotada no Posto 3I.1 – ONCO-HEMATO. Com essa vivência observei como o serviço administrativo é organizado na atenção terciária à saúde em uma unidade de internação, aproximando os conhecimentos adquiridos durante o Curso Técnico em Registros e Informações em Saúde (CTRIS). Percebia a importância da organização das informações, e ainda da realização de treinamentos dos funcionários para serem capacitados a executarem novas tarefas administrativas e aquelas vigentes. Diante da importância da padronização dos fluxos de trabalhos, finalizo contribuindo com a sugestão da inclusão da metodologia dos Procedimentos Operacionais Padronizados (POP) no plano de ensino do CTRIS, e ainda a implantação e implementação de POP na área de registros do HNSC tendo em vista a carência de seu uso nessa área específica.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AIH - Autorização de Internação Hospitalar CA - Câncer

CAPS - Centro de Atenção Psicossocial

CTRIS - Curso Técnico em Registro de Informações em Saúde ICD - Instituto da Criança com Diabetes

GHC - Grupo Hospitalar Conceição HCC - Hospital da Criança Conceição HCR - Hospital Cristo Redentor HEMATO - Hematologia HF - Hospital Fêmina

HNSC - Hospital Nossa Senhora da Conceição IFRS - Instituto Federal do Rio Grande do sul MS - Ministério da Saúde

NIR - Núcleo Interno de Regulação ONCO - Oncologia

PEP - Prontuário Eletrônico de Paciente POP - Procedimento Operacional Padrão RIS – Residência Integrada em Saúde

SAME - Serviço de Arquivamento Médico e Estatística SI - Sistema de Informação

SSC - Serviço de Saúde Comunitária

SUS - Sistema Único de SUI – Unidade de Internação UPA - Unidade de Pronto Atendimento

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO... 06

2 CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL... 08

3 ATRIBUIÇÕES ADMINISTRATIVAS... 10

4 ADMISSÃO DO PACIENTE... 12

4.1 PROCEDIMENTOS PARA A EFETIVAÇÃO DA INTERNAÇÃO DE PACIENTES NO POSTO 3I.1 ... 12 4.2 LAUDO DE AUTORIZAÇÃO DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR... 13

5 PRONTUÁRIO DO PACIENTE... 14

5.1 ORGANIZAÇÃO DO PRONTUÁRIO ... 14

5.2 A IMPORTÂNCIA DO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DO PACIENTE... 17

5.3 REGISTROS MULTIDISCIPLINARES... 18

5.4 PRESCRIÇÕES MÉDICAS... 18

6 NOTA DE ALTA HOSPITALAR... 19

7 UTILIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRONIZADO ... 20

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 22

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1 INTRODUÇÃO

O Grupo Hospitalar Conceição (GHC) é composto pelo conjunto de quatro hospitais localizados em Porto Alegre no Estado do Rio Grande do Sul, sendo eles: Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), Hospital da Criança Conceição (HCC), Hospital Cristo Redentor (HCR) e o Hospital Fêmina (HF) (BRASIL. Ministério da Saúde. Grupo Hospitalar Conceição, 2016). Além disso, o GHC também é contemplado por um conglomerado de assistência à saúde com 12 unidades de Serviço de Saúde Comunitária (SSC), três Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e ainda a manutenção de uma parceria com o Instituto da Criança com Diabetes (ICD). Nesse Grupo encontramos o Centro de Educação Tecnológica e Pesquisa em Saúde - Escola GHC, no qual está inserido o Curso Técnico em Registros e Informações em Saúde (CTRIS) através de convênio com o Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS). (BRASIL. Ministério da Saúde. Grupo Hospitalar Conceição, 2016).

O HNSC é vinculado ao Ministério da Saúde (MS), prestando atendimento aos usuários do Serviço Único de Saúde (SUS), sendo considerado o maior hospital geral da região sul do Brasil (BRASIL. Ministério da Saúde. Grupo Hospitalar Conceição, 2016).

A experiência de vivência em relação as rotinas administrativas no Posto 3I.1 da Oncologia (ONCO)-Hematologia (HEMATO) no HNSC estava inserida nas atividades executadas no eixo temático de Prática Profissional Simulada II do CTRIS. Esta Unidade de Internação (UI) recebe pacientes que necessitam tratamento nas especialidades de oncologia clínica e hematológica.

Durante o período de vivência, pude observar o serviço executado pela auxiliar administrativa, com as respectivas rotinas pertinentes àquela unidade. Nesse período, me certifiquei que na unidade de internação, existem rotinas administrativas específicas, relacionadas aos fluxos no nível de atenção terciária. O interesse na escolha desse tema visa justamente refletir sobre necessidade da existência de um plano de trabalho de constante atualização e aperfeiçoamento, que propicie organização e padronização dos processos administrativos, e ainda treinamento dos funcionários que, muitas vezes, mostram-se desmotivados para realização de suas tarefas.

Considero a gestão administrativa nesse nível de assistência muito relevante, pois falhas nessa esfera podem comprometer todas os serviços que a permeiam, tais como clínica (assistência prestada no tratamento do paciente) e financeira (recursos gastos com esse tratamento), trazendo prejuízos para o paciente e para o sistema de saúde.

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O objetivo desse relatório foi registrar as experiências das atividades administrativas vivenciadas em uma unidade de internação em um hospital geral. O presente trabalho irá descrever as principais atividades que compõem a rotina administrativa dessa unidade com a aplicação dos conceitos desenvolvidos em aula durante o CTRIS.

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2 CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL

No posto 3I.1 da ONCO-HEMATO do HNSC são realizados procedimentos para o tratamento de câncer (CA) nos pacientes internados, atendendo as especialidades de oncologia clínica e hematológica. A equipe de funcionários nesse posto é composta por:

• Médicos da Hematologia (sete médicos assistentes e dois residentes);

• Médicos da Oncologia Clínica (seis médicos assistentes e seis residentes);

• Enfermeira de Quimioterapia (um);

• Enfermeiro por turno (um);

• Nutricionista (uma);

• Assistente social (uma);

• Psicóloga (uma);

• Farmacêutica (uma);

• Fisioterapeuta (uma);

• Técnicos de Enfermagem (27).

A Residência Integrada em Saúde (RIS) é composta por 14 residentes, sendo sete residentes de primeiro ano e sete residentes de segundo ano, que são divididas da seguinte forma:

• Enfermeira (uma);

• Nutricionista (uma);

• Assistente Social (uma);

• Psicóloga (uma);

• Farmacêutica (uma);

• Fisioterapeuta (duas).

Entre os procedimentos característicos nessa unidade de internação, podemos destacar algumas particularidades, conforme segue:

• Para os pacientes que precisam realizar a radioterapia, é agendada uma ambulância, com o serviço de transporte, para serem levados ao Hospital Santa Rita, local onde é executado esse tratamento;

• Para os pacientes que necessitam realizar exame de ressonância magnética, é agendada uma ambulância, com o serviço de transporte, para serem levados ao Hospital Cristo Redentor onde realizarão esse exame;

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O câncer é um conjunto de mais de cem doenças que tem em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo se espalhar (metástase) para outras regiões do corpo, comprometendo a vida do paciente (BRASIL. Ministério da Saúde. INCA, 2016).

Os pacientes internados nessa unidade têm procedência de sua residência, da emergência do HNSC ou de outros hospitais através de transferências e contato médico conforme rotina instituída. Os pacientes da emergência do HNSC são transferidos para o posto 3I.1 após a avaliação em consultoria feita pelos médicos especialistas.

Os pacientes oriundos de outros hospitais são transferidos após contato com o médico da especialidade e com Núcleo Interno de Regulamentação (NIR) do GHC.

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3 ATRIBUIÇÕES ADMINISTRATIVAS

As UI do HNSC contam com a presença de funcionários com atribuições administrativas, conforme escala do trabalho instituída. A servidora lotada secretária do Posto 3I.1 desempenha diversas atividades buscando dar apoio técnico administrativo ao quadro de funcionários. Sendo estas atividades de vital importância para o desenvolvimento da assistência prestada pelos colaboradores no setor, a seguir descrevo as principais rotinas vivenciadas:

- Diariamente, fazer duas cópias do censo hospitalar e da lista dos pacientes internados;

- Realizar as internações hospitalares, altas hospitalares, transferências hospitalares, registrar os óbitos de pacientes além de comunicar a Central de Leitos;

- Checar se existe programação de altas hospitalares no sistema GHC; - Elaborar e fixar a lista de pacientes internados no mural da unidade; - Confeccionar o cartão de acompanhante dos pacientes;

- Imprimir a lista de pacientes internados para disponibilizar as etiquetas de medicamentos e pulseiras de identificação dos pacientes;

- Disponibilizar às equipes de colaboradores os documentos para o bom andamento do serviço (passagem de plantão, banco de horas, impressos de enfermagem, entre outros);

- Fazer a relação do material de expediente e recebê-los no posto;

- Entrar em contato com a manutenção de equipamentos e a higienização hospitalar a fim de manter as instalações nas melhores condições possíveis para os usuários do local;

- Elaborar as ordens de serviço para que a manutenção de equipamentos possa ser acionada para reparar o equipamento avariado;

- Organizar as documentações dos pacientes internados; - Manter os dados cadastrais dos pacientes atualizados;

- Acionar o setor de higienização hospitalar quando da desocupação de leitos;

- Recepcionar os pacientes que estão na unidade, tanto os que serão internados quanto os que estão internados;

- Orientar os pacientes sobre suas dúvidas quanto aos procedimentos de internação; - Entregar o cartão de alimentação para o acompanhante do paciente;

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- Repassar para a Central de Leitos a informação de previsão de abertura de vaga de leito devido a programação de alta hospitalar;

-Comunicar o serviço de enfermagem a desocupação de leito para a disponibilização de ocupação por um novo paciente.

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4 ADMISSÃO DO PACIENTE

A admissão do paciente caracteriza-se pela entrada e permanência do paciente nas dependências do hospital por um determinado período. Quando ocorre a desocupação do leito, a secretária do posto consulta o caderno de registros e entra em contato com o paciente ou seus familiares para que compareça ao HNSC, em dia e hora já estipulados, a fim de preencher as documentações necessárias e aguardar o procedimento de internação. (HAITO, 2016)

A recepção do paciente na UI é feita por um profissional do setor que o encaminha ao quarto ou a enfermaria. Tal procedimento ocorre com cordialidade por parte do colaborador para que se possa amenizar a situação atípica em que o paciente está sendo inserido. A primeira impressão percebida pelo paciente e seus familiares, deve ser de hospitalidade por parte dos colaboradores para que se possa transmitir segurança e confiança por parte do hospital e da equipe que irá manter contato durante a sua permanência no local.

4.1 PROCEDIMENTOS PARA A EFETIVAÇÃO DA INTERNAÇÃO DE PACIENTES NO POSTO 3I.1

O profissional administrativo deverá confirmar se houve alta hospitalar, transferência hospitalar ou óbito na UI com o objetivo de atualizar as vagas de leitos no setor. Caso se verifique uma vaga em aberto, deve-se perguntar ao médico responsável sobre quais pacientes que estão na espera de leitos e os pacientes em situação de prioridade. Na sequência deverá fazer anotações no caderno de registros, preenchendo-o com os dados pessoais do paciente, juntamente com o seu número de registro, telefone de contato e o leito reservado.

Deve-se informar para a Central de Leitos a atualização da quantidade de leitos desocupados na UI, da permanência dos pacientes no hospital e quando do seu deslocamento de outra unidade de saúde, outro posto do hospital, residência ou da Emergência do HNSC.

Em seguida, a secretária do posto 3I.1, deverá colocar à disposição da equipe médica o laudo médico com o histórico do paciente, e entrar em contato com o paciente ou o seu responsável informando a vacância de leitos, solicitando a sua presença para efetivar a internação. Quando o paciente está internado na emergência do HNSC, o deslocamento do mesmo até o seu leito na UI deve ser feito pelo técnico de enfermagem responsável pelo paciente na emergência. Da mesma forma será executado caso o paciente esteja internado em

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outro posto ou unidade do hospital. Quando o técnico de enfermagem for conduzir o paciente, também entregará à UI os documentos que irão compor o prontuário do mesmo.

4.2 LAUDO DE AUTORIZAÇÃO DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR

O Laudo de Autorização de Internação Hospitalar (AIH) trata-se de um documento administrativo que identifica o hospital, o paciente, os serviços executados durante a hospitalização e os profissionais envolvidos no cuidado, além de informar os valores pagos pela internação. (SANTOS, 2009,p. 47)

A AIH é conhecida como um registro administrativo que foi criado com o objetivo de tornar viável a administração ou execução de programas de governo, ou ainda “fiscalizar e controlar o cumprimento das obrigações legais por parte de determinados segmentos da sociedade”. Esse laudo de AIH autorizará a internação hospitalar para a realização do procedimento, através da liberação por parte da instituição de saúde (SANTOS, 2009,p. 47).

No posto 3I.1 o preenchimento da AIH é realizado pelo médico na UI, devendo a secretária monitorar aqueles pacientes cujos laudos ainda não foram preenchidos, pois a cópia do documento deverá ser entregue no Setor de Faturamento, inclusive por meio eletrônico (HAITO, 2016).

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5 PRONTUÁRIO DO PACIENTE

5.1 ORGANIZAÇÃO DO PRONTUÁRIO

O prontuário médico do paciente é composto por um conjunto de documentos padronizados, ordenados e concisos, destinados ao registro de todas as informações referentes aos cuidados prestados ao paciente (PINTO, 2008).

A resolução do CFM nº1638/ 2002 trás em seu artigo 1º a seguinte definição:

Art. 1º - Definir prontuário médico como o documento único constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada aos indivíduos. (CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA, 2002).

Segundo Prestes Júnior e Rangel (2007), o prontuário é um instrumento importante para:

a) O Médico: o prontuário bem elaborado representa um instrumento valioso para o diagnóstico definitivo, e o tratamento realizado, permitindo a comunicação entre os diversos profissionais de saúde. Constitui também um instrumento de grande valia em caso de um processo médico-legal.

b) Para o Ensino: usado para a discussão de casos. Para tanto, é necessário que esteja adequadamente preenchido e legível.

c) Para o Paciente: relata o histórico do paciente, a sua evolução clínica, direcionando o melhor procedimento terapêutico e todos os cuidados preventivos adotados pelos profissionais de saúde. Serve como norteador em casos de reinternação e ou transferências. Em caso de erro médico serve de base legal ao paciente, de modo a questionar seus direitos.

d) Para a Instituição: a existência de prontuários organizados e bem documentados permitem maior rotatividade de pacientes, baixando a média de permanência, diminuindo, assim, o uso indevido de equipamentos e serviços, evitando a repetição de exames. Isto implica na redução dos custos e demonstra a qualidade da prestação de serviços da instituição.

e) Para Pesquisa Científica: manter os dados atualizados, pois podem ser úteis para uma pesquisa futura, produzindo dados estatísticos; favorece as análises comparativas de

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eficiência e serve para fornecer dados de incidência, prevalência, morbidade e mortalidade. Serve também como instrumento de autoria e de avaliação das contas médicas, constituindo-se em instrumentos que permitem a comparação entre hospitais quanto ao padrão de qualidade.

Para organizar os prontuários na alta hospitalar, o Serviço de Arquivamento Médico e Estatística (SAME) do HNSC criou um fluxo padronizado para todos os setores. Tal ordenamento é exemplificado a seguir para que se possa identificar os procedimentos do SAME que organiza a documentação, quando presente no prontuário, indicada em envelopes de papel pardo conforme a seguinte descrição:

- No exterior do envelope pardo:

• Sumário (preencher a data da saída do paciente do HNSC). - No interior do envelope pardo:

• Nota de Alta;

• Laudo de Autorização de Internação Hospitalar (AIH);

• Laudo Complementar;

• Nota de Sala;

• Nota de Cirurgia;

• Memorando Interno;

• Admissão de Enfermagem;

• Prescrições (em ordem cronológica);

• Evoluções (em ordem cronológica);

• Resultado de Exame;

• Consultorias;

• Registro de Cuidados;

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• Protocolo de Quedas;

• Boletim de Atendimento;

• Folha de Fluxo;

• Folha de Internação com Prescrição;

• Cuidados Pré-Operatórios;

• Cuidados Intensivos;

• Antecedentes de Imunização e Infecção;

• Encaminhamento ao Doador;

• Relatório de Enfermagem (em ordem cronológica);

• Ficha Clínica;

• Exame Físico;

• Antecedentes;

• Solicitação de Medicação Controlada;

• Avaliação Nutricional;

• Liberação do Paciente;

• Informações Cadastrais;

• Outros (BRASIL. Ministério da Saúde. GHC. SAME, 2016).

Quando da alta hospitalar ou óbito do paciente, a secretária do posto 3I.1 reúne toda a documentação do prontuário para fazer uma triagem a fim de organizar e eliminar documentos repetidos. Depois de organizado, o mesmo é acondicionado em um envelope de papel pardo e direcionado ao Setor de Faturamento, que após o devido preenchimento o envia ao SAME do HNSC.

A importância dos dados estarem organizados reflete na responsabilidade pela integridade do conjunto documental, e assim contribuindo a cada dia para elevar o nível de qualidade das informações inseridas no prontuário desde a admissão do paciente até sua alta

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hospitalar. O paciente estará mais amparado, diante da precisão das informações, quando necessitar esclarecer a qualquer tempo algo sobre seu histórico de saúde para outros, judicialmente ou não.

5.2 A IMPORTÂNCIA DO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DO PACIENTE

A palavra prontuário origina-se do latim promptu arium que significa “lugar onde estão guardadas coisas que se pode precisar a qualquer momento” ou “manual de informações úteis” ou ainda “ ficha que contém os dados pertinentes de uma pessoa”. (MARIN et al apud PATRICIO et al, 2011). Essa foi a designação concedida a reunião dos documentos que constituem todo o histórico médico do paciente internado.

Originalmente, todos os registros (exames, prescrições laudos e evoluções) do prontuário eram por escrito, entretanto, no começo da década de 90 e com os avanços das novas tecnologias, fez-se importante a inclusão do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) na área da saúde para a sua melhoria. A pobreza dos registros por escrito estava comprometendo a prestação dos serviços, pois não atendiam as necessidades dos profissionais da saúde, administradores, pesquisadores e pacientes (PATRICIO et al, 2011).

Desde a implementação do PEP, percebeu-se uma série de avanços no aperfeiçoamento das tecnologias e a agregação de novas funcionalidades do serviço e seus benefícios, tais como: agilidade no acesso dos dados do paciente; diminuição do espaço físico para a guarda; redução de perdas e extravios de prontuários; maior qualidade e confiabilidade das informações; redução de custos, entre outros (PATRICIO et al, 2011).

Com essas vantagens, as equipes passaram a possuir maior facilidade na prática dos seus serviços, viabilizando a coleta de informações na tomada de decisão e na busca de métodos mais adequados e modernos (PATRICIO et al, 2011).

No posto 3I.1 a utilização do PEP é uma constante, tendo em vista que o sistema de informatização do GHC disponibiliza os dados atualizados. Em complemento ao uso do PEP, a funcionária administrativa imprime evoluções, exames, consultorias, prescrições médicas, entre outros. Organiza estes formulários em pranchetas individualizadas para cada paciente, identificando de forma visível ao lado externo o número do leito e os dados do paciente, número de registro, nome completo e código de barra. Estas pranchetas são organizadas em escaninhos na unidade, identificados através do leito, o que facilita a manipulação imediata dos dados.

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5.3 REGISTROS MULTIDISCIPLINARES

No prontuário do paciente encontramos as anotações e evoluções de diversos profissionais da área da saúde (enfermagem, médico, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, assistente social, entre outros), onde são registrados todos os cuidados dos pacientes, as observações feitas sobre o seu estado de saúde, e também das execuções das prescrições médicas. (BRASIL. Ministério da Saúde. Grupo Hospitalar Conceição, 2016). Pude encontrar esses registros nas consultorias, evoluções do prontuário e nas folhas de registros de sinais da enfermagem.

Essas ferramentas são o meio utilizado para efetuar o registro da assistência prestada e são utilizadas para que se possa fazer uma avaliação sobre a eficácia da assistência, devendo o funcionário administrativo reconhecê-los e organizá-los adequadamente. (BRASIL. Ministério da Saúde. Grupo Hospitalar Conceição, 2016).

5.4 PRESCRIÇÕES MÉDICAS

A prescrição médica é realizada pelo médico assistente que acompanha, diariamente, o paciente na internação, sendo o documento que relaciona as medicações, cuidados e terapias a serem ministradas e prestadas ao paciente. As prescrições devem fazer parte do prontuário, para sua consulta caso seja necessária. Quando o paciente recebe alta hospitalar, estas prescrições devem ser organizadas em ordem cronológica e acondicionadas em um envelope de papel pardo para serem encaminhadas ao Setor de Faturamento do HNSC, conforme protocolo pré-estabelecido. (BRASIL, 2016)

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6 NOTA DE ALTA HOSPITALAR

A Nota de Alta Hospitalar é o encaminhamento da assistência prestada ao paciente pelo hospital. A mesma deve ser planejada como prioridade, desde admissão do paciente até a sua alta, a fim de acelerar o processo de alta hospitalar. Ela ocorre quando o estado de saúde do paciente permitir ou quando o seu diagnóstico identifica que o seu tratamento poderá acontecer em âmbito residencial ou ambulatorial sem nenhum prejuízo (HAITO, 2016).

Para que ocorra a alta hospitalar deve-se atentar para que esse documento esteja devidamente preenchido e assinado pelo médico responsável. Os procedimentos utilizados deverão seguir a uma ordem cronologia a fim de se manter o padrão já aderido pela equipe responsável, conforme as atividades administrativas listadas abaixo para fins de averiguação:

• Certificar-se da alta no prontuário do paciente devidamente assinada pelo médico;

• Comunicar ao paciente sobre a alta hospitalar, o horário em que irá ocorrer e como ocorrerá o transporte;

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7 UTILIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRONIZADO

O Procedimento Operacional Padronizado (POP) pode ser definido como o estabelecimento de diretrizes para o controle e melhoria de qualidade, eficiência e eficácia necessária na busca de uma padronização no desenvolvimento dos processos de trabalho. (GUERREIRO; BECCARIA; TREVIZAN, 2008).

As instituições que visam a busca da qualidade nos seus fluxos de trabalho instituem o uso de POP buscando a uniformidade como resultado da assistência prestada, inclusive na área dos serviços hospitalares (GUERREIRO;BECCARIA;TREVIZAN,2008). O gerenciamento da qualidade e a implantação de novas metodologias, como os POP, podem mostrar-se medidas eficientes, auxiliando nas rotinas administrativas estabelecidas no HNSC, a fim e solucionar problemas e equilibrar disfunções pela falta de padronização, nas unidades de internação hospitalares desse hospital.

A melhor forma de iniciar a padronização é através da compreensão de como ocorre todo o processo do POP, que descreve cada passo crítico e sequencial que deverá ser dado pelo operador para garantir o resultado da tarefa administrativa, além de se relacionar a técnica a ser desenvolvida. Os benefícios se traduzem pela necessidade de execução dos atos técnicos de ação repetida por muitas mãos diferentes buscando a meta do mesmo resultado (GUERREIRO; BECCARIA; TREVIZAN, 2008).

Com a implantação de mais POP na área de registros de saúde, no HNSC, teríamos um momento de esclarecimento de dúvidas e orientação das execuções de ações almejando estarem de acordo com as diretrizes e normas da instituição. A educação continuada, nesse contexto dos auxiliares administrativos, dever ser cada vez mais utilizada para proporcionar a manutenção da execução de forma padronizada desses registros.

Atualmente, encontram-se disponíveis no Sistema GHC, no Repositório de Documentos do Sistema GHC, dois POP, que relacionam as rotinas administrativas hospitalares: Organização do Prontuário Médico e Processo de Programação da Alta Hospitalar (BRASIL, 2016).

Diante da vivência de diversas rotinas administrativas executadas no posto 3I.1, sugiro a implantação de outros POP para a padronização de tarefas, o que facilitaria em situações rotineiras, com treinamento de novos funcionários, atuação de folguistas, substituições devido a férias ou licença saúde.

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Seguem alguns exemplos de fluxos que poderiam ser organizados em POP, e que não encontrei no Repositório de Documentos do Sistema GHC: agendamento de ambulância, internação hospitalar, requisição de materiais para o setor, solicitação de higienização hospitalar, elaboração de ordem de serviço para manutenção de equipamentos, entre outros.

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8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante o período de vivência que me foi proporcionado pelo CTRIS, pude constatar que o profissional da área administrativa possui atribuições importantes na rede de atenção à saúde, devendo passar por constante treinamento a fim de garantir a excelência na prestação de seus serviços no HNSC. O colaborador deve ter dedicação e estar disposto a buscar novos conhecimentos para se atualizar e se manter informado na área em que irá desenvolver as suas atribuições.

Essa vivência me possibilitou realizar algumas tarefas do posto 3I.1 no HNSC, aprendendo a importância dos registros administrativos no âmbito hospitalar, alcançando meus objetivos de conciliar a teoria com a prática no serviço administrativo com o meu aperfeiçoamento.

A fonte de busca de rotinas administrativas, muitas vezes, são anotações pessoais dos funcionários. Percebe-se que cada profissional na esfera administrativa trabalha de maneira independente e autônoma, sendo poucos os procedimentos padronizados de rotinas administrativas disponíveis no Repositório de Documentos do Sistema GHC.

Após essa vivência, entendo que a fim de obtermos maior qualificação da gestão administrativa, seria importante que a Instituição apresente aos colaboradores um padrão único para a execução dos trabalhos através da implantação de POP como proposta de melhorias para o local onde vivenciei as rotinas, tendo em vista a carência do uso de POP nessa área específica.

Diante da importância da padronização dos fluxos de trabalhos, sugiro a inclusão da metodologia de POP no plano de ensino do CTRIS, abordando os seus conceitos, elaboração e aplicabilidade na área de registros de documentos em saúde, visando melhor aproveitamento no decorrer do curso e das experiências nas unidades hospitalares.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Grupo Hospitalar Conceição. Registro da evolução de enfermagem em pacientes sob sua assistência no prontuário eletrônico do mesmo. Porto Alegre, [s.n.], 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Grupo Hospitalar Conceição. Serviço de Arquivamento Médico e Estatística. Ordenamento do prontuário. 2016. Disponível em:

<http://www3.ghc.com.br/PROT/GADMHCO/files/Pop%20organiza%C3%A7%C3%A3o%2 0do%20prontu%C3%A1rio%20m%C3%A9dico.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Grupo Hospitalar Conceição. Quem somos. 2016.

Disponível em: <https://www.ghc.com.br/default.asp?idMenu=institucional>. Acesso em: 20 maio 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. O que é câncer? 2016. Disponível em: <http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=322>. Acesso em: 21 jun. 2016.

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução CFM nº 1639/ 2002. Aprova as “Normas Técnicas para uso de Sistemas Informatizados para a Guarda e Manuseio do

Prontuário Médico”, dispões sobre tempo de guarda dos prontuários, estabelece critérios para a certificação dos sistemas de informação e dá outras providências. Disponível em:

http://www.cfm.org.br/reso1normat/numerico/1638_2002.htm. Acesso em: --21 jun. 2016

GUERRERO, Giselle Patrícia; BECCARIA, Lúcia Marinilza; TREVIZAN, Maria

Auxiliadora. Procedimento operacional padrão: utilização na assistência de enfermagem em serviços hospitalares. Rev Latino-am Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 16, n. 6, nov./dez. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v16n6/pt_05.pdf>. Acesso em: 21 jun. 2016.

HAITO, Roselei Maria. Rotinas Administrativas Hospitalares. 2016. Depoimento.

PATRICIO, Camila Mendes et al. O prontuário eletrônico do paciente no sistema de saúde brasileiro: uma realidade para os médicos? Scientia Medica, Porto Alegre, v. 21, n. 3, p. 121-131, 2011.

Disponível em: <file:///C:/Documents%20and%20Settings/usuario/Desktop/8723-35029-1-PB.pdf>. Acesso em:21 jun. 2016.

PINTO, Patrícia Dias. O Prontuário médico: avaliação e guarda. 2008.

Disponível em: <http://www.enearq2008.ufba.br/wp-content/uploads/2008/09/17-patricia_dias_pinto.pdf>. Acesso em: 17 jun. 2016.

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Referências

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