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Direcção de Serviços de Agricultura e Pescas. Divisão de Protecção e Qualidade da Produção

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Direcção de Serviços de Agricultura e Pescas

Divisão de Protecção e Qualidade da Produção

ESTAÇÃO DE AVISOS AGRICOLAS DE CASTELO BRANCO

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2011

Ana Maria Manteigas Manuel Sequeira Ricardo Monteiro

(2)

ÍNDICE

Pág.

INTRODUÇÃO 1

1- Rede de Postos Meteorológicos 3

1.1 – Registos meteorológicos – Cálculo das horas de frio 5

1.2 - Registos meteorológicos das EMAs – Climatogramas 7

2 - Rede de Postos de Observação Fenológica 10

3 - Rede de Postos de Observação Biológica 15

4 - VINHA 19

4.1 - Pragas 19

4.1.1 - Traça da uva (Lobesia botrana) 19

4.1.2 - Cicadelídeos ou cigarrinha verde (Empoasca vitis) 21

4.2 - Doenças 22

4.2.1 - Escoriose (Phomodpsis vitícola) 22

4.2.2 - Oídio (Erysiphe necator) 23

4.2.3 - Míldio ( Plasmopara vitícola) 24

5 - POMÓIDEAS – Macieiras e Pereiras 29

5.1 - Pragas 30

5.1.1 - Aranhiço vermelho (Panonychus ulmi) 30

5.1.2 - Bichado (Cydia pomonella) 33

5.1.3 - Afídeos (Aphis pomi e Dysaphis plantagineae) 37

5.1.4 - Mosca do Mediterrâneo (Ceratitis capitata) 38

5.1.5 - Cochonilha de São José (Quadrispidiotus perniciosus) 38

5.2 - Doenças 40

5.2.1 – Pedrado (Venturia inaequalis e Venturia pirina) 40

6. - OLIVAL 43

6. 1 - Pragas 44

6 1.1 - Traça da oliveira (Prays oleae) 44

(3)

Pág.

6.1.3 - Euzophera pingüis 50

6.1.4 - Traça verde (Margaronia /Palpita unionalis) 52

6.2 - Doenças 53

6.2.1 - Gafa (Colletotrichum acutatum) 53

6.2.2 - Olho de pavão (Spilocaea oleagina) 55

7 - PRUNÓIDEAS – Cerejeiras, Pessegueiros 57

7.1 - Pessegueiros 58

7.1.1 - Pragas 58

7.1.1.1 - Mosca da Fruta ou do Mediterrâneo (Ceratitis capitata) 58

7.1.1.2 - Anarsia (Anarsia lineatella) 59

7.1.1.3 - Afídeo verde (Mysus persicae) 60

7.1.2 – Doenças 60

7.1.2.1 - Lepra (Taphrina deformans) 60

7.1.2.2 - Oídio (Sphaerotheca pannosa) 61

7.2 – Cerejeiras 61

7.2.1 – Pragas 61

7.2.1.1 - Mosca da cereja (Rhagoletis cerasi) 61

8 - CITRINOS 75

8.1 – Pragas 75

8.1.1 - Afídeos (Toxoptera aurantii) 75

8.1.2 - Mineira dos citrinos (Phyllocnistis citrella) 76

8.1.3 - Cochonilhas 76

8.1.4 - Mosca da Fruta ou Mosca do Mediterrâneo (Ceratitis capitata) 76

8.2 – Doenças 78

8.2.1 – Míldio (Phytophthora spp) 78

(4)

ÍNDICE DE FIGURAS

Pág.

Fig.1 – Estação Meteorológica Automática instalada em Fadagosa, concelho do Fundão, modelo ADCON A733 GSM equipado com sensores de Temperatura, Humidade Relativa, Precipitação, Folha Molhada, Direcção e Velocidade do Vento e Radiação Solar 3

Fig.2 – Localização das Estações Meteorológicas Automáticas no Distrito de Castelo Branco 5

Fig.3 – Gráfico dos registos meteorológicos de Alcains em 2011 8

Fig.4 – Gráfico dos registos meteorológicos de Cernache de Bonjardim em 2011 8

Fig.5 – Gráfico dos registos meteorológicos de Chão Galego em 2011 9

Fig.6 – Gráfico dos registos meteorológicos de Vila Velha de Rodão em 2011 9

Fig.7 – Gráfico dos registos meteorológicos da Soalheira em 2011 9

Fig.8 – Gráfico dos registos meteorológicos do Teixoso em 2011 10

Fig.9 – Gráfico dos registos meteorológicos de Belmonte em 2011 10

Fig.10 – Representação gráfica dos avisos emitidos para a cultura da Vinha 19

Fig.11 – Monitorização da Traça da uva, nos POBs de Cernache, Sarzedas, Sobreira 20

Fig.12 – Monitorização da Traça da uva nos POBs de Soalheira, Lamaçais, Belmonte 20

Fig.13 – Monitorização dos Cicadelídeos nos POBs de Cernache, Sarzedas, Sobreira 21

Fig.14 – Monitorização dos Cicadelídeos nos POBs de Soalheira, Lamaçais, Belmonte 21

Fig.15 – Monitorização de Míldio (Plasmopara vitícola) no POB de Cernache de Bonjardim 25

Fig.16 – Monitorização de Míldio (Plasmopara vitícola ) no POB de Sarzedas 26

Fig.17 – Monitorização de Míldio (Plasmopara vitícola ) no POB de Sobreira Formosa 26

Fig.18 – Monitorização de Míldio (Plasmopara vitícola ) no POB de Soalheira 27

Fig.19 – Monitorização de Míldio (Plasmopara vitícola ) no POB de Lamaçais 27

Fig.20 – Monitorização de Míldio (Plasmopara vitícola ) no POB de Belmonte 28

Fig.21 – Representação gráfica dos avisos emitidos para Pomóideas 29

Fig.22 – Monitorização da eclosão das larvas de Panonychus ulmi no POB de Cernache Bonjardim 32

Fig.23 – Monitorização da eclosão das larvas de Panonychus ulmi provenientes de ovos de Inverno

nos POBs de Soalheira, Teixoso, Belmonte e Casteleiro 32

Fig.24 – O gráfico representa a curva de voo de bichado, as eclosões em insectário das pupas do

ano anterior, em macieiras na Qtª da Fadagosa, em 2011 34

Fig.25 – O gráfico representa a curva de voo de bichado, as eclosões em insectário das pupas do ano anterior e as capturas de larvas e pupas em cintas armadilhas em macieiras

(5)

Pág.

Fig.26 – Gráfico da curva de voo de bichado em macieira em quatro postos biológicos: a sul da Serra da Gardunha (Qtª da Fadagosa) e a norte da serra na Cova da Beira (Qtª de Lamaçais, Qtª da Torre) e

na zona do Sabugal (Qtªs do Espinhal) 35

Fig.27 – Gráfico da curva de voo de bichado em macieiras e pereiras no POB

de Cernache do Bonjardim 36

Fig.28 – Gráfico da curva de voo de bichado em pereiras no POB de Lamaçais 36

Fig.29 – Monitorização da Ceratitis capitata em macieiras no POB de Cernache de Bonjardim 38

Fig.30 – Curva de eclosão dos machos e ninfas da cochonilha de S. José no POB

de Cernache de Bonjardim 39

Fig.31 – Monitorização de Venturia pirina no POB de Soalheira 41

Fig.32 – Monitorização de Venturia pirina no POB de Teixoso 41

Fig.33 – Monitorização de Venturia pirina no POB de Belmonte 42

Fig.34 – Evolução das condições de infecção de pedrado em macieiras (Cernache de Bonjardim) 42

Fig.35 – Avaliação do Ataque de pedrado nas diferentes variedades de macieiras – Qtª do Ribeiro 43

Fig.36 – Representação gráfica dos avisos emitidos para a cultura do Olival 44

Fig.37 – Monitorização da Prays oleae em armadilhas sexuais nos POBs de Perais, Sarzedas,

e Sobreira Formosa 45

Fig.38 – Monitorização da Prays oleae em armadilhas sexuais nos POBs da E.S.A. Castelo Branco

S. Miguel d`Acha e Pedrogão de S. Pedro 45

Fig.39 – Evolução do ataque de Bactrocera oleae no POB de Perais 46

Fig.40 – Evolução do ataque de Bactrocera oleae no POB de Sarzedas 47

Fig.41 – Evolução do ataque de Bactrocera oleae no POB de Sobreira 47

Fig.42 – Monitorização da Bactrocera oleae em garrafas mosqueiras nos POBs de

Sarzedas, Sobreira, Perais e Perdigão 48

Fig.43 – Monitorização da Bactrocera oleae em placas cromotrópicas nos POBs de

Sarzedas, Sobreira, Perais e Perdigão 48

Fig.44 – Monitorização da Mosca da azeitona em placas cromotrópicas e garrafas mosqueiras e

% de ataque de mosca no POB de Castelo Branco 49

Fig.45 – Monitorização da Mosca da azeitona em placas cromotrópicas e garrafas mosqueiras e

% de ataque de mosca e gafa no POB de S. Miguel D`Acha 49

Fig.46 – Monitorização da Mosca da azeitona em placas cromotrópicas e garrafas mosqueiras e

% de ataque de mosca e gafa no POB de Pedrógão de S. Pedro 50

Fig.47 – Monitorização da Euzophera pingüis no POB de Perdigão. 51

Fig.48 – Monitorização da Euzophera pingüis no POB de Belmonte. 51

(6)

Pág.

Fig.50 – Monitorização da Margaronia/Palpita unionalis no POB de Belmonte. 53

Fig.51 – Gráfico termopluviométrico do POB de Perais 54

Fig.52 – Gráfico termopluviométrico do POB de Sarzedas 54

Fig.53 – Gráfico termopluviométrico do POB de Sobreira Formosa. 55

Fig. 54 – Evolução do olho de pavão no POB de Sarzedas, Sobreira, Perais 56

Fig.55 – Representação gráfica dos avisos emitidos para a cultura das Prunóideas 57

Fig.56 – Monitorização da Ceratitis capitata em pessegueiros no POB de Cernache de Bonjardim 58

Fig.57 – Monitorização da Ceratitis capitata em pessegueiros nos POBs da Soalheira, Teixoso,

Belmonte 58

Fig.58 – Monitorização da Anarsia lineatella em pessegueiros no POB de Cernache de Bonjardim 59

Fig.59 – Monitorização da Anarsia lineatella em pessegueiros nos POBs da Soalheira, Teixoso,

Belmonte 60

Fig.60 – Monitorização da Rhagoletis cerasi em placa cromotrópica no POB de Proença -a- Nova. 62

Fig.61 – Monitorização da Rhagoletis cerasi em garrafas mosqueiras no POB de Proença- a -Nova 62

Fig.62 – Monitorização da Rhagoletis cerasi comparando as capturas em placas cromotrópicas com

armadilha tipo cone no POB de Chão Galego 63

Fig.63 – Monitorização da Mosca da Cereja com placas cromotrópicas e placas amónio (P.c.p.a.) nos

POBs.da região da Cova da Beira 64

Fig.64 – Monitorização da Mosca da Cereja em garrafas mosqueiras com hidrolizado de

próteina (g.m.h.p.) nos POBs da região da Cova da Beira 64

Fig.65 – Graus dia acumulados / fase desenvolvimento – mosca da cereja 66

Fig.66 – Representação gráfica dos avisos emitidos para a cultura dos Citrinos 75

Fig.67 – Monitorização da Mosca da Fruta (Ceratitis capitata) em garrafas mosqueiras nos POBs

de Alcains, Cernache do Bonjardim e Sobreira Formosa 77

Fig.68 – Monitorização da Ceratitis capitata em garrafas mosqueiras no POB de Alcains,

(7)

ÍNDICE DE QUADROS

Pág.

Quadro 1 - Localização das Estações Meteorológicas Automáticas (EMAs) em 2011 4

Quadro 2 - Horas de frio acumulado abaixo dos 7o C a partir de 01-11-2010 6

Quadro 3 – Necessidades de Frio Invernal para Quebra de Dormência 7

Quadro 4 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE MACIEIRAS / 2011 11

Quadro 5 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE PEREIRAS / 2011 12

Quadro 6 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE PESSEGUEIROS / 2011 12

Quadro 7 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE CEREJEIRAS / 2011 13

Quadro 8 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE AMENDOEIRAS / 2011 13

Quadro 9 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE CITRINOS / 2011 14

Quadro 10 - ESTADOS FENOLÓGICOS DA VIDEIRA / 2011 14

Quadro 11 - ESTADOS FENOLÓGICOS DA OLIVEIRA / 2011 15

Quadro 12 -Identificação dos Postos de Observação Fenológica (POFs) e

Postos de Observação Biológica (POBs) 16

Quadro 13 – Aranhiço vermelho POB Qtª do Ribeiro – Cernache do Bonjardim -- 2011 30

Quadro 14 – Aranhiço vermelho POB Qtª da Fadagosa -- Soalheira -- 2011 30

Quadro 15 - Aranhiço vermelho POB Qtª de Lamaçais -- Teixoso -- 2011 31

Quadro 16 - Aranhiço vermelho POB Qtª da Torre – Belmonte -- 2011 31

Quadro 17 - Aranhiço vermelho POB Qtª do Espinhal – Casteleiro -- 2011 31

Quadro 18 – Fases de desenvolvimento e somatório de temperaturas de Bichado em 2011 34

Quadro 19 – Valores de soma de temperaturas acumuladas para adultos e ninfas da 1ª e 2ª geração

Registadas no POB de Cernache de Bonjardim em 2011 39

Quadro 20 – Metodologia de avaliação da Prays oleae. 44

Quadro 21 – Metodologia de avaliação da Bactrocera oleae 46

Quadro 22 – Acumulação de graus - dia para cada estádio de desenvolvimento de Rhagoletis cerasi para os POBs Qtª da Fadagosa, S. Macário, Qtª de Lamaçais com data de início: 1 de Março de 2011. 65 Quadro 23 – Acumulação de graus - dia para cada estádio de desenvolvimento de Rhagoletis cerasi

no POB Chão Galego, Proença - a – Nova, com data de início: 1 de Março de 2011. 65

Quadro 24 – Registos Acumulados ( > 5ºC) de Temperatura de Solo da EMA de Chão Galego 67

Quadro 25 – Registos Acumulados ( > 7ºC) de Temperatura de Solo da EMA de Chão Galego 68

Quadro 26 – Cálculo de graus dia de Rhagoletis cerasi para o posto biológico da

(8)

Quadro 27 – Cálculo de graus dia de Rhagoletis cerasi para o posto biológico da

Qtª de S. Macário – Alcongosta 2011. 71

Quadro 28 – Cálculo de graus dia de Rhagoletis cerasi para o posto biológico da

Qtª de Lamaçais – Teixoso, Norte da Serra da Gardunha., 2011. 73

(9)

INTRODUÇÃO

A Estação de Avisos Agrícolas de Castelo Branco (EACB) enquadra-se na Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro - Direcção de Serviços de Agricultura e Pescas – Divisão de Protecção e Qualidade da Produção e encontra-se localizada na sede da DRAPCentro em Castelo Branco, integrando a rede do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território.

Este serviço tem como objectivo a nível regional a correcta cobertura dos inimigos das principais culturas, permitindo um apoio ao agricultor relativamente à necessidade de intervenção fitossanitária, contribuindo para o uso sustentável dos produtos fitofarmacêuticos e para a protecção do meio ambiente, visando o equilíbrio do ecossistema agrário.

A EACB emite avisos para pomóideas, prunóideas, olival, vinha e citrinos e divulga diversas informações com interesse para os seus utentes.

O acompanhamento fitossanitário das culturas é feito pelos técnicos da EACB semanalmente, com observações no campo, muitas vezes com recolha de amostras para análise em laboratório e avaliação simultânea dos dados meteorológicos, fenológicos e biológicos, para que a informação recolhida seja tratada e divulgada em tempo útil. A EACB tem uma rede meteorológica de apoio constituída por 16 Estações Meteorológicas Automáticas (EMA), distribuídas no distrito de Castelo Branco em locais previamente estudados, junto das quais estão instalados grande parte dos nossos postos de observação fenológica e biológica. O apoio técnico às EMAs é realizado pelo assistente técnico Ricardo Monteiro, que mantém operacional toda a rede meteorológica afecta à Estação de Avisos de Castelo Branco e Estação de Avisos da Guarda, no total de 30 EMA, distribuídas respectivamente na área de intervenção dos distritos de Castelo Branco e Guarda.

A EACB conta também com a colaboração na parte laboratorial, de um assistente técnico do Laboratório de Alcains para a execução de algumas análises, referente ao material vegetal recolhido nos POB pelos técnicos dos Avisos.

A emissão de circulares implica a actualização da base de dados dos utentes e a preparação de envelopes para a expedição via correio, tarefa executada por um

(10)

A divulgação das circulares é feita via postal, via correio electrónico, por mensagem via SMS e via INTERNET na página da DRAP Centro e do SNAA.

O envio de circulares para as entidades oficiais passou a ser feito exclusivamente por correio electrónico, o que permitiu uma redução de custos na emissão de envelopes. Os Avisos e informações foram divulgados aos utentes através do envio das circulares, por e-mail e sempre que a urgência dos tratamentos justificava, caso de tratamentos para o pedrado e míldio, foi enviado aviso por SMS.

Em 2011, a EACB emitiu 16 avisos e diversas informações num total de 2640 circulares para 165 agricultores inscritos. Salientamos que, além deste universo, fazem parte as Associações de Protecção/Produção Integrada, Cooperativas de Fruticultores, Adegas e Lagares Cooperativos, Juntas de Freguesia, entre outros e que também contribuem para a divulgação do aviso junto dos seus associados e munícipes, contribuindo assim para um universo mais alargado de beneficiários deste serviço.

Os técnicos da EACB além do trabalho exigido de acompanhamento fitossanitário para a elaboração do aviso agrícola, têm também em curso um trabalho de pesquisa sobre a aplicação do método de temperaturas de solo acumuladas, com base no termómetro de solo instalado na Estação Meteorológica Automática do Chão do Galego, tendo por objectivo detectar o aparecimento dos primeiros adultos da Rhagoletis cerasi. Em simultâneo também está a ser testado na região o método utilizado na UC IPM “Phenology Model Database” com base nos graus dia acumulados para confirmar as diferentes fases de evolução da mosca da cereja.

O papel da EACB tem registado uma importância crescente nos últimos anos, devido à exigente legislação comunitária que cada vez mais limita o uso dos produtos fitofarmacêuticos nas culturas. Com a redução das substâncias activas e por estas serem mais específicas, exige ao agricultor uma maior precisão no seu trabalho, isto é o agricultor deverá eleger o momento adequado, quando a praga ou doença são mais vulneráveis, para realizar o tratamento de forma mais eficaz.

É objectivo da EACB contribuir para divulgar essa informação tão necessária e oportuna, tal como orientar cada vez mais a sua actividade para ser um serviço público de alerta fitossanitário das culturas.

(11)

CARACTERIZAÇÃO DA ESTAÇÃO DE AVISOS DE CASTELO BRANCO

A EACB é caracterizada por uma rede de postos meteorológicos, uma rede de postos de observação fenológica e uma rede de postos de observação biológica.

1- Rede de Postos Meteorológicos

A Estação de Avisos de Castelo Branco tem uma rede meteorológica constituída por 16 Estações Meteorológicas Automáticas (EMA) distribuídas pela área de intervenção da Estação de Avisos e localizadas de acordo com as especificações e características climáticas previamente definidas.

Elementos que compõem uma EMA:

Sistema de aquisição armazenamento e transmissão de dados (GSM) modelo A733 add WAVE;

Painel solar Mastro de 2m em inox;

Sensor combinado de temperatura e humidade relativa Sensor de folha molhada

Sensor de precipitação

Sensor combinado de velocidade e direcção do vento Sensor de radiação solar

Sensor de temperatura do solo

Fig.1 – Estação Meteorológica Automática instalada em Fadagosa, concelho do Fundão, modelo ADCON-A733 GSM equipado com sensores de Temperatura, Humidade Relativa, Precipitação, Folha Molhada, Direcção e Velocidade do Vento e Radiação Solar.

(12)

A recolha de dados é feita diariamente de forma automática sendo a transmissão efectuada através de modem GSM.

O servidor da base de dados meteorológicos está na rede interna da DRAP Centro podendo ser acedido a qualquer momento pelos técnicos das Estações de Avisos de Castelo Branco e da Guarda, pelo Núcleo Informático da Delegação de Coimbra e Serviço Nacional de Avisos Agrícolas da DGADR.

Em 2011, o concelho de Mação foi integrado na administração da DRAPLVT, o que levou à transferência da EMA localizada na freguesia dos Envendos para a freguesia do Ferro, concelho da Covilhã.

Segue-se o Quadro nº 1 com a localização das 16 Estações Meteorológicas Automáticas (EMA) do Distrito de Castelo Branco.

Quadro 1 - Localização das Estações Meteorológicas Automáticas em 2011

EMA FREGUESIA CONCELHO

Alcains Alcains Castelo Branco

Alcongosta Alcongosta Fundão

Belmonte Colmeal da Torre Belmonte

Brejo Peroviseu Fundão

Capinha Capinha Fundão

Cernache Cabeçudo Sertã

Chão do Galego Montes da Senhora Proença-a-Nova

Fadagosa Castelo Novo Fundão

Ferro Ferro Covilhã

Lamaçais Teixoso Covilhã

Malpica Malpica do Tejo Castelo Branco

Oleiros Estreito Oleiros

Pedrogão Pedrógão de São

Pedro

Penamacor

Penamacor Benquerença Penamacor

Ródão Perais Vila Velha Ródão

(13)

Mapa com a localização das Estações Meteorológicas Automáticas em 2011

Estação central de recolha de dados Estação Meteorológica Automática

Fig.2 – Localização das Estações Meteorológicas Automáticas no distrito de Castelo Branco.

1.1 - Registos meteorológicos – Cálculo das horas de frio

Os registos meteorológicos fornecidos pelas estações automáticas permitem calcular diferentes modelos de somas de temperaturas acumuladas para diversas pragas e executar os modelos do pedrado das pomóideas e míldio da vinha. Também são importantes, os registos obtidos de temperatura do solo para a validação do modelo para a mosca da cereja e as temperaturas médias para aplicação do método UC IPM “Phenology Model Database”, tal como o registo de temperaturas que permitem o cálculo das horas de frio nos diferentes locais da região.

(14)

Cálculo das horas de frio

As espécies fruteiras necessitam de um período de repouso vegetativo para poder vegetar e florescer adequadamente.

As necessidades de frio para um bom abrolhamento romper a dormência dos gomos e a planta florescer uniformemente diverge segundo as espécies fruteiras e as variedades e medem-se pelo nº de horas de frio abaixo de 7ºC acumuladas a partir de 1 de Novembro.

A EACB divulgou os valores acumulados de horas de frio de 1 de Novembro de 2010 até 28 de Fevereiro de 2011, segundo os registos obtidos nas estações automáticas da nossa rede meteorológica, aplicando para o cálculo das horas de frio a fórmula de Crossa-Raynaud:

Y= [(7- tmin) / (Tmax- tmin)] x 24

{Y= nº de horas de frio diárias, T= Temperatura máxima diária, t = Temperatura mínima diária}

Quadro 2

Horas de frio acumuladas abaixo dos 7o C a partir de 01-11-2010 LOCAL COORDENADAS Nove m bro 2010 D ez em bro 2010 Jane iro 2011 Feve re ir o 2011 Soma Alcains N: 39o 55' 00,0'' W: 007o 28' 17,9'' 182,60 280,20 299,00 196,00 957,80 Alcongosta N: 40o 06' 56,6'' W: 007o 30' 11,4'' 297,40 462,00 426,90 263,40 1449,70 Belmonte N: 40o 22' 21,0'' W: 007o 20' 26,3'' 299,60 383,00 373,90 330,20 1386,70 Brejo N: 40o 11' 35,6'' W: 007o 28' 06,2'' 247,50 357,30 359,80 286,90 1251,50 Capinha N: 40o 10' 57,8'' W: 007o 22' 10,3'' 261,80 358,20 351,70 285,90 1257,60 Cernache N: 39o 49' 30,4'' W: 008o 08' 40,4'' 209,70 277,90 297,70 235,50 1020,80 C. do Galego N: 39o 46' 32,9'' W: 007o 47' 09,5'' 154,30 285,50 244,10 115,90 799,80 Envendos * N: 39o 31' 52,2'' W: 007o 52' 43,6'' 162,60 280,10 278,70 --- 721,40 Fadagosa N: 40o 01' 46,5'' W: 007o 26' 36,3'' 180,90 294,20 307,90 179,00 962,00 Lamaçais N: 40o 18' 27,5'' W: 007o 23' 53,0'' 275,40 360,50 364,40 308,40 1308,70 Malpica N: 39o 41' 47,1'' W: 007o 24' 21,1'' 132,30 277,40 287,60 140,50 837,80 Oleiros N: 39o 58' 38,6'' W: 007o 51' 23,5'' 284,50 395,40 373,90 287,50 1341,30 Pedrógão N: 40o 06' 18,5'' W: 007o 13' 54,5'' 218,30 319,00 331,20 223,50 1092,00 Penamacor N: 40o 14' 50,9'' W: 007o 15' 50,3'' 285,20 373,00 379,80 312,10 1350,10 Ródão N: 39o 40' 47,5'' W: 007o 36' 56,4'' 117,90 230,90 256,90 173,80 779,50 Várzea N: 39o 53' 25,1'' W: 007o 17' 21,0'' 181,10 240,50 272,10 190,90 884,60

(15)

O frio tem um papel importante na quebra da dormência em várias espécies de fruteiras. Considera-se quebra de dormência, quando as necessidades em horas de frio foram satisfeitas, traduzindo-se o resultado numa melhor floração.

Em 2011, as baixas temperaturas registadas no Outono - Inverno proporcionaram uma acumulação suficiente de frio para as espécies e variedades de fruteiras da nossa região. Na circular de avisos nº 3 foi divulgado em simultâneo com as horas de frio acumuladas, as necessidades de frio invernal para quebra de dormência, segundo Escobar, relativamente a algumas espécies fruteiras.

Quadro 3 - Necessidade de Frio Invernal para Quebra de Dormência

ESPÉCIE FRUTEIRA

Horas abaixo de 7º C. ESPÉCIE

FRUTEIRA Horas abaixo de 7º C. DAMASQUEIRO 300 a 900 horas AMEIXEIRA JAPONESA 100 a 1500 horas AMENDOEIRA 0 a 800 horas (normalmente de 90 a 500 horas) FIGUEIRAS 90 a 350 horas PESSEGUEIRO 100 a 1250 horas (normalmente superiores a 300 horas) MACIEIRAS 200 a 1700h (normalmente superiores a 800 horas) AMEIXEIRA EUROPEIA 800 a 1500 horas PEREIRAS 200 a 1400 h (normalmente inferiores a 400 horas) Fonte: Escobar R.F. (1988)

1.2 - Registos das Estações Meteorológicas Automáticas - Climatogramas

As estações meteorológicas automáticas estão instaladas em parcelas onde são acompanhados os postos de observação fenológica e os postos de observação biológica ou localizadas muito perto da área da sua influência.

Os registos apresentados são obtidos nos diferentes locais onde estão instalados alguns dos nossos postos biológicos na zona do Pinhal Interior Sul, Campo Albicastrense e Cova da Beira.

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De salientar que, em 2011, as temperaturas foram superiores em média 3 a 4º C em relação ao ano anterior, registando-se no inverno precipitações ligeiramente inferiores aos valores médios, apesar da primavera se ter apresentado chuvosa. Também foram registadas três ondas de calor, uma em Abril e duas em Maio, o que contribuiu para uma primavera com valores de temperatura média do ar acima da normal. No mês de Maio registou-se grande instabilidade atmosférica, com ocorrência de aguaceiros fortes a muito fortes, acompanhados de trovoadas e quedas de granizo muito localizadas. Destacamos também a temperatura média acima do normal em Setembro e principalmente o mês de Outubro com os valores mais elevados dos últimos anos. Seguem-se os dados meteorológicos obtidos nas seguintes EMA:

Fig.3 – Gráfico dos registos meteorológicos de Alcains em 2011.

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Fig.5 – Gráfico dos registos meteorológicos de Chão do Galego em 2011.

Fig.6 – Gráfico dos registos meteorológicos de Vila Velha de Rodão em 2011.

Temperaturas Médias Mensais e Pluviosidade Total Qtª Fadagosa 2011 0 5 10 15 2 0 2 5 3 0 3 5

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

T (C)º P (m m ) 0 2 5 5 0 7 5 10 0 12 5 15 0 P ( m m ) M e d. T º m a x M e d.T º nin M e d.T º m e d

(18)

Temperaturas Médias Mensais e Pluviosidade Total Qtª Lamaçais 2011 0 5 10 15 20 25 30 35

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

T (C)º P (m m ) 0 50 100 150 200 Σ P ( m m ) M e d. T º m a x M e d.T º nin M e d.T º m e d

Fig.8 – Gráfico dos registos meteorológicos do Teixoso em 2011.

Temperaturas Médias Mensais e Pluviosidade Total Qtª Torre 2011 0 5 10 15 20 25 30 35

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

T (C)º P (m m ) 0 50 100 150 200 Σ P ( m m ) M e d. T º m a x M e d.T º nin M e d.T º m e d

Fig.9 – Gráfico dos registos meteorológicos de Belmonte em 2011.

2 – Rede de Postos de Observação Fenológica

A observação dos estados fenológicos foi efectuada em plantas representativas do estado de desenvolvimento médio da cultura nos nossos postos de observação fenológica (POFs).

A periodicidade das observações foi semanal e de acordo com as diferentes escalas de orientação para cada cultura (Bagiollini, Lausanne, Fleckinger, Colbrant, etc.). Os registos reportam-se ao estado precoce, dominante e tardio no entanto nos quadros que se seguem apenas estão registadas as datas do estado fenológico dominante da cultura.

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Em 2011, o estado fenológico das fruteiras adiantou cerca de uma semana em relação a um ano considerado normal, mas com cerca de duas semanas adiantado se comparado com o ano transacto.

De salientar que, o ciclo vegetativo na maior parte das vinhas da região localizadas a sul da Gardunha, teve também uma antecipação do abrolhamento de cerca de duas semanas em relação ao ano anterior.

Quadro 4 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE MACIEIRAS / 2011

Estado Fenológico Macieiras A B C C3 D3 E E2 F2 G H I J Cernache Bonjardim Gala -- -- -- 7-3-11 15-3-11 21-3-11 30-3-11 8-4-11 -- 15-4-11 28-4-11 6-5-11 Cernache Bonjardim Starking 7-3-11 15-3-11 21-3-11 30-3-11 8-4-11 -- 15-4-11 28-4-11 15-5-11 Cernache Bonjardim Golden 7-3-11 7-3-11 15-3-11 15-3-11 21-3-11 30-3-11 -- 8-4-11 15-4-11-- -- 28-4-11 15-5-11 Cernache Bonjardim B. de Esmolfe 7-3-11 15-3-11 21-3-11 30-3-11 8-4-11 -- 28-4-11 15-5-11 26-5-11 Qtª Fadagosa B. de Esmolfe 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 3-5-11 Qtª Lamaçais B. de Esmolfe 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 3-5-11 12-5-11 Qt. da Torre Precoce 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 12-5-11 Qt. da Torre Tardia 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 3-5-11 12-5-11 Qt. da Torre Spur 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 12-5-11 Qt. Espinhal Precoce 14-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 3-5-11 12-5-11 Qtª Espinhal Tardia 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 3-5-11 12-5-11

Fotos: DPC / DRABL e DPC / DRARO

Fonte: DGPC – SNAA; Métodos de Previsão e Evolução dos Inimigos das Culturas POMÓIDEAS

A – Botão de inverno/B – Botão inchado/C- C 3 – Inchamento aparente/D – Aparecimento dos botões florais/E- E 2 – Sépalas

deixam ver as pétalas/F – Primeira Flor/F 2 – Plena floração/G – Queda das pétalas/H – Queda da última pétala/I -- Vingamento

J – Engrossamento do fruto

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Quadro 5 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE PEREIRAS / 2011 Estado Fenológico Pereiras A B C3 D E E3 F2 G H I J QtªRibeiro Var.Rocha 24-2-11 7-3-11 15-3-11 21-3-11 -- 30-3-11 -- 8-4-11 15-4-11 28-4-11 Qtª Lamaçais Rocha 22-3-11 24-3-11 28-3-11 29-3-11 5-4-11 8-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 Qtª Lamaçais Pré. Morettini 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 Qtª da Torre Precosse 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 Qtª da Torre Tardia 10-3-11 14-3-11 22-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 Qtª do Espinhal Rocha 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 Qtª do Espinhal D. Joaquina

Fotos: DPC / DRABL e DPC / DRARO /Fonte: DGPC – SNAA; Métodos de Previsão e Evolução dos Inimigos das Culturas POMÓIDEAS

A – Botão de inverno/B – Botão inchado C- C 3 – Inchamento aparente/D -D 3 – Aparecimento dos botões florais/E- E 2 – Sépalas deixam ver as pétalas/F – Primeira flor/F 2 – Plena floração/G – Queda das pétalas/H – Queda da última pétala/I – Vingamento/ J- Engrossamento do fruto

(Segundo: Fleckinger, INRA)

Quadro 6 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE PESSEGUEIROS / 2011

Estado Fenológico Pessegueiro A B C D E F G H I J M Qtª Ribeiro (Pessegueiros) -- 24-2-11 7-3-11 15-3-11 21-3-11 30-3-11 8-4-11 15-4-11 28-4-11 -- Qtª Fadagosa (Pêss.) Ruby Rick 10-2-11 22-2-11 ---- 1-3-11 10-3-11 22-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 14-6-11 Qtª Fadagosa (Nect.) Flaeglo 10-2-11 22-2-11 ---- 1-3-11 10-3-11 22-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 Qtª Fadagosa (Pavi.)Tardibelle 10-2-11 22-2-11 1-3-11 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 Qtª Lamaçais (Pessegos) 10-2-11 1-3-11 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 18-4-11 26-4-11 Qtª Lamaçais (Nectarinas) 10-2-11 ---- 1-3-11 10-3-11 14-3-11 22-3-11 5-4-11 18-4-11 26-4-11 Qtª da Torre (Nectarinas) 10-2-11 1-3-11 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 18-4-11 Qtª da Torre (Pesse.- Preco.) 22-2-11 1-3-11 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 18-4-11 17-6-11 Qtª da Torre (Pesse.- Estaç.) 22-2-11 1-3-11 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 18-4-11 21-6-11 Qtª do Espinhal (Pesse.- Preco.) 10-2-11 22-2-11 1-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 5-7-11 Qtª do Espinhal (Pesse.- Estaç.) 22-2-11 1-3-11 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 18-4-11

Estados fenológicos (Fotos) Originais – AZAFRA / (Escala segundo Baggiolini, Lausanne)

A – Botão de inverno/B – Botão inchado/C – Cálice à vista/D – Corola à vista/E – Estames à vista /F – Flor aberta/G – Queda das

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Quadro 7 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE CEREJEIRAS / 2011 Estado Fenológico Cerejeiras A B C D E F G H I J M Catraia Cimeira 24-2-11 7-3-11 15-3-11 21-3-11 30-3-11 8-4-11 -- 15-4-11 20-4-11 Chão do Galego 24-2-11 7-3-11 15-3-11 21-3-11 -- 30-3-11 8-4-11 15-4-11 28-4-11 Montes da Senhora 7-3-11 15-3-11 21-3-11 30-3-11 8-4-11 15-4-11 28-4-11 Qtª Fadagosa Var. Bourlat 22-2-11 1-3-11 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 3-5-11 Qtª Fadagosa

Var. Sweet heart 22-2-11 1-3-11 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 17-5-11 Qtª Fadagosa Var. Cristalina 1-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 7-6-11 Castelo Novo (Casimi)Bourlat 22-2-11 1-3-11 10-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 Castelo Novo (Casimi)Sunbut 1-3-11 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12.4-11 18.4-11 26.4-11 Castelo Novo

Valen. Var. Esta 1-3-11 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12.4-11 18-4-11 26-4-11 Castelo Novo

Valen. Var. tard 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-.4-11 18-4-11 26-4-11 Alcongosta S. Mac.-Earlise 10-2-11 1-3-11 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 Alcongosta S. Mac- Saco 22-2-11 10-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 Lamaçais Precoce 22-2-11 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 Lamaçais Tardia 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 Qts. Espinhal 1-3-11 10-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11

Estados fenológicos (fotos) Azafra / (A – Botão de inverno/B – Botão inchado/C – Botões visíveis/D – Botões separados/

E – Estames à vista/F – Flor aberta/G – Queda das pétalas/H – Vingamento/I – Cálice tombado/J – Jovem fruto)

Quadro 8 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE AMENDOEIRAS / 2011

Estado Fenológico Amendoeira A B C D I D3 E F I G C1 H I J Lamaçais 10-2-11 1-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 26-4-11 Catraia 7-3-11 14-3-11 21-3-11 30-3-11 14-4-11

Estados fenológicos originais - AZAFRA

A – Botão de inverno/B – Botão inchado/C – Cálice à vista/D1 – Botão aberto, ver as folhas/D3 – Flores c/ sépalas abertas ver as

pétalas/E – Começam a ver os estames/F – Flor aberta/G – Queda das pétalas/C1 – Início do desenvolvimento das folhas/

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Quadro 9 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE CITRINOS / 2011 Estado Fenológicos Citrinos B C C1 D E F G H I J Cernache Bonjardim 3-3-11 30-3-11 30-3-11 8-4-11 15-4-11 28-4-11 6-5-11 20-5-11 1-6-11 2-9-11-- Sobreira Formosa 17-3-11 30-3-11 14-4-11 15-4-11 28-4-11 13-5-11 20-5-11 26-5-11 8-6-11 18-10-11 Vila Velha de Ródão 7-3-11 14-3-11 21-3-11 1-4-11 8-4-11 15-4-11 26-4-11 3-5-11 26-5-11 30-10-11 Alcains 24-2-11 3-3-11 7-3-11 30-3-11 7-4-11 14-4-11 21-4-11 28-4-11 13-5-11 12-9-11--

Estados fenológicos (original de DPC / DRAALG)

B – Abrolhamento/C - Crescimento dos gomos mistos/C1 - Crescimento dos gomos foliares/D- Aparecimento da corola/ E- Estames visíveis/F- Primeira flor/G- Plena floração/H -Queda das pétalas /I – Vingamento /J- Crescimento dos frutos

Quadro 10 - ESTADOS FENOLÓGICOS DA VIDEIRA / 2011

Estado Fenológico Vinha A B C D E F G H I J K L M Cernache Bonjardim 7-3-11 15-3-11 21-3-11 30-3-11 8-4-11 15-4-11 20-4-11 6-5-11 13-5-11 20-5-11 26-5-11 8-7-11 Sarzedas 15-3-11 21-3-11 30-3-11 8-4-11 15-4-11 20-4-11 28-4-11 6-5-11 13-5-11 26-5-11 3-6-11 17-6-11 Sobreira Formosa 7-3-11 15-3-11 21-3-11 8-4-11 15-4-11 20-4-11 28-4-11 13-5-11 20-5-11 3-6-11 17-6-11 Qtª Vale de Seixo precoce 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 17-5-11 24-5-11 7-6-11 1-9-11 Qtª Vale de Seixo - tardia 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 12-5-11 24-5-11 31-5-11 14-6-11 1-9-11 Qtª Lamaçais - pecoce 12-4-11 18-4-11 26-4-11 3-5-11 12-5-11 31-5-11 7-6-11 13-9-11 Qtª Lamaçais - tardia 12-4-11 18-4-11 26-4-11 3-5-11 12-5-11 24-5-11 7-6-11 14-6-11 14-9-11 Qtª da Torre - precoce 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 3-5-11 24-5-11 31-5-11 14-6-11 8-9-11 Qtª da Torre - tardia 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 3-5-11 12-5-11 31-5-11 7-6-11 14-6-11 8-9-11

Estados fenológicos originais - DGPC

A – Gomo de inverno/B – Gomo de algodão/C – Ponta verde /E – 2a 3 Folhas livres/F – Cachos visíveis/G – Cachos separados/ H – Flores separadas/I – Floração/J – Alimpa/K – Bago de ervilha/L – Cacho fechado/M – Pintor

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Quadro 11 - ESTADOS FENOLÓGICOS DA OLIVEIRA / 2011 Estado Fenológico Olival A B C D I E F I F II G H I J Sarzedas 30-3-11 8-4-11 15-4-11 6-5-11 13-5-11 26-5-11 15-9-11 30-10-11 Sobreira Formosa 15-3-11 1-4-11 8-4-11 15-4-11 6-5-11 13-5-11 1-9-11 30-10-11 Perais 30-3-11 8-4-11 20-4-11 6-5-11 21-5-11 3-6-11 7-9-11 30-10-11 ESACB 7-4-11 14-4-11 19-4-11 12-5-11 19-5-11 2-6-11 4-8-11 20-9-11 8-11-11 S.M.D`Acha 14-4-11 27-4-11 12-5-11 19-5-11 2-6-11 4-8-11 20-9-11 1-11-11 P.S. Pedro 14-4-11 27-4-11 12-5-11 19-5-11 2-6-11 4-8-11 20-9-11 8-11-11

Estados fenológicos originais – DGPC

A – Gomo de Inverno/B – Abrolhamento/C – Formação da inflorescência/D I – Formação da corola/E – Visualização dos estames F I – Inicio da floração/FII – Plena floração/G – Lenhificação do caroço/H – Vingamento/I – Início da maturação/

J – Maturação do fruto

3 – Rede de Postos de Observação Biológica

A escolha da parcela para instalação do posto de observação fenológico (POF) e posto de observação biológico (POB) teve em conta a representatividade do ponto de vista agronómico da zona onde está inserido e pela existência no local ou de estar instalada nas proximidades uma Estação Meteorológica Automática (EMA) que permita fornecer em tempo útil os dados climáticos, fundamentais para acompanhar os inimigos das culturas e determinar a oportunidade de tratamento.

A Estação de Avisos de Castelo Branco na região faz a cobertura de 47 POF e de 188 POB repartidos por 23 locais de 10 concelhos do distrito de Castelo Branco. Com esta dispersão, pretendemos fazer uma cobertura alargada da região, tão vasta quanto heterogénea, acompanhando diferentes zonas como Pinhal Interior Sul, Campina, Campo Albicastrense e Cova da Beira.

Segue-se o Quadro com a identificação e localização este ano, dos postos de observação fenológica (POF) e postos de observação biológica (POB).

(24)

Quadro 12 -Identificação dos Postos de Observação Fenológica (POF) e Postos de Observação Biológica (POB)

CONCELHO LOCAL POF

(cultura) POB (inimigo) PRAGAS DOENÇAS Sertã Cernache do Bonjardim (Qtª do Ribeiro) Pomóideas (Macieiras / Pereiras) Afídeos Ácaros Bichado Cocho. de S. José Mosca da fruta Psilas Pedrado Oídio Prunóideas (Pessegueiros) Anársia Mosca da fruta Afídeos Lepra Moniliose Cancro Oídio Vinha Traça da uva Cicadelídeos Míldio Oídio Citrinos Afídeos Mosca da fruta Mosca branca Lagarta mineira Míldio Proença - a - Nova Sobreira Formosa (Giesteiras) Citrinos Afídeos Mosca da fruta Lagarta mineira Míldio

Olival Traça da oliveira

Mosca da azeitona

Olho de Pavão Gafa Vinha Traça da uva

Cicadelideos Míldio Oídio Montes da Senhora Prunóideas (Cerejeiras) Afídeos Mosca da cereja Carocho negro Moniliose Cancro Olival Euzophera Margaronia Olho de Pavão Gafa

Chão do Galego Prunóideas

(Cerejeiras) Afídeos Mosca da cereja Carocho negro Moniliose Cancro Catraia Cimeira Prunóideas (Cerejeiras) (Amendoeiras) Afídeos Carocho negro Mosca da cereja Carocho negro Moniliose Cancro

Sra. da Alagada Citrinos

Afídeos Lagarta mineira

Mosca branca Mosca da fruta

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Vila Velha de Rodão Cochonilhas Perdigão Olival Euzophera pinguis Palpita vitrealis Traça da oliveira Mosca da Azeitona Olho Pavão Gafa

Perais Olival Traça da oliveira

Mosca da azeitona

Olho de Pavão Gafa

Castelo Branco

Sarzedas

Olival Traça da oliveira

Mosca da azeitona

Olho de Pavão Gafa

Vinha Traça da uva

Cicadelideos

Míldio Oídio Stº André das

Tojeiras Vinha Traça da uva

Cicadelideos

Míldio Oídio E.S.A.C.B.

(Qtº S. Mercules) Olival Traça da oliveira

Mosca da azeitona

Olho de Pavão Gafa Alcains

(Lab. DRAPC) Citrinos

Afídeos Mosca da fruta Míldio Louriçal Campo (Qtª da Nave) Pomóideas (Macieiras) Ácaros Afídeos Bichado Cocho. S. José Pedrado Oídio Idanha-a-Nova S. Miguel.D`Acha (Qtª do Arrojado) Olival Traça da oliveira Mosca da azeitona Olho de Pavão Gafa Fundão Soalheira (Qtª Vale de Seixo) Vinha Traça da uva Cicadelideos Míldio Oídio Soalheira (Qtª Fadagosa) Pomóideas (Macieiras) Ácaros Afídeos Bichado Cocho. S. José Pedrado Oídio Prunóideas (Cerejeiras) Afídeos Mosca da cereja Carocho negro Moniliose Cancro Prunóideas (Pessegueiros Nectarinas) Afídeos Anársia Mosca da fruta Lepra Moniliose Cancro Oídio Castelo Novo

Qtª Valentins (Cerejeiras) Mosca da cereja Moniliose Alcongosta (Qtª de S. Macário) Prunóideas (Cerejeiras) Afídeos Mosca da cereja Carocho negro Moniliose Cancro

(26)

Penamacor P.S.Pedro

(Qta Estacal) Olival

Traça da oliveira Mosca da azeitona Olho de Pavão Gafa Covilhã Teixoso (Qtª de Lamaçais) Pomóideas Macieiras / Pereiras Ácaros Afídeos Bichado Cocho. S. José Psilas Ácaros eriofídeos Pedrado Oídio Prunóideas (Pessegueiros Nectarinas) Afídeos Anársia Mosca da fruta Lepra Moniliose Cancro Oídio Prunóideas (Cerejeiras) Afídeos Mosca da cereja Carocho negro Moniliose Cancro

Vinha Traça da uva

Cicadelídeos Míldio Oídio Belmonte Colmeal da Torre (Qtª da Torre) Prunóideas (Pessegueiros Nectarinas) Afídeos Anársia Mosca da fruta Lepra Moniliose Cancro Oídio Pomóideas Macieiras / Pereiras Ácaros Afídeos Bichado Cocho. S. José Psilas Ácaros eriofídeos Pedrado Oídio

Vinha Traça da uva

Cicadelideos Míldio

Oídio Malpique

(Qtª da Chandeirinha)

Olival Euzophera pinguis

Palpita unionalis Sabugal Casteleiro (Qªs do Espinhal) Prunóideas (Pessegueiros Nectarinas) Afídeos Lepra Moniliose Cancro Oídio Prunóideas (Cerejeiras) Afídeos Carocho negro Moniliose Cancro Pomóideas Macieiras / Pereiras Ácaros Afídeos Bichado Cocho. S. José Psilas Ácaros eriofídeos Pedrado Oídio

(27)

Culturas Acompanhadas pela Estação de Avisos Agrícolas de Castelo Branco

4 - VINHA

O acompanhamento do estado fenológico da vinha registou-se em 7 POF.

A monitorização de pragas e doenças foi também seguida em 7 vinhas, nas quais foram acompanhados 28 POB.

Para esta cultura foram emitidos 12 aconselhamentos e sido o maior número dirigido para as doenças, oídio com 5 recomendações e míldio com 3 recomendações.

Segue-se o gráfico com a dispersão mensal das circulares emitidas com avisos para a cultura da vinha em 2011.

Fig.10 – Representação gráfica dos avisos emitidos para a cultura da vinha.

4.1 - Pragas

4.1.1- Traça da uva (Lobesia botrana)

Monitorização da praga:

Colocação de armadilhas sexuais tipo delta com feromona sexual Observação visual (ninhos, ovos e perfurações)

(28)

Dinâmica populacional da Traça da uva

Fig.11 – Monitorização da Traça da uva nos POBs de Cernache, Sarzedas, Sobreira.

Capturas de Traça da uva - Lobesia botrana -- 2011

0 5 10 15 20 25 30 35

21-Jun 29-Jun 7-Jul 15-Jul 23-Jul 31-Jul 8-Ago 16-Ago 24-Ago 1-Set

c a p tu ra s Soalheira Lam açais Qtª da Torre

Fig.12 – Monitorização da Traça da uva, nos POBs de Soalheira, Lamaçais, Belmonte.

Aconselhamento:

Foi seguida a dinâmica populacional da traça da uva mas, tal como se tem registado nos últimos anos, não houve necessidade de se aconselhar uma intervenção contra esta praga, pois o nível economico de ataque (1-10%) ao nível de cachos perfurados, nunca foi atingido nos POBs da região.

O nivel populacional da praga nos POB da Soalheira, Lamaçais e Belmonte são sempre muito baixos, não se justificando realizar tratamento. No entanto, foram observadas duas gerações: a 1ª em fins de Junho e a 2ª no início de Agosto.

(29)

4.1.2 - Cicadelídeos ou cigarrinha verde (Empoasca vitis)

Monitorização da praga:

Colocação de armadilhas cromotrópicas amarelas Evolução de ninfas

Dinâmica populacional da cigarrinha verde

Fig.13 – Monitorização dos Cicadelídeos nos POB de Cernache, Sarzedas, Sobreira.

Capturas de cicadelideos em vinha -- 2011

0 20 40 60 80 100 120 140 160 21-Jun 28-Jun 5-Jul 12-Jul 19-Jul 26-Jul 2-Ago 9-Ago 16-Ago 23-Ago 30-Ago 6-Set N º d e c a p tu ra s Soalheira Qtª de Lam açais Qtª da Torre

(30)

Aconselhamento:

As armadilhas foram colocadas ao nível da folhagem e as contagens foram semanais. A renovação das placas foi quinzenal.

Esta é uma praga que tem vindo a aumentar no POB de Cernache do Bonjardim, no entanto podemos considerar que este foi um ano em que a intensidade de ataque foi baixa, em particular no POB de Sarzedas e Sobreira Formosa.

Nos POBs da Soalheira, Lamaçais e Belmonte as capturas em armadilhas sexuais não foram elevadas e na observação visual das 2 folhas (7º-8ª folha) x 50 cepas, o nivel económico de ataque (50 ninfas/ 100 folhas) não foi atingido, no entanto foram registadas 2 gerações: a 1ª em fins de Junho e a 2ª no início de Agosto.

No acompanhamento que foi feito nos POBs da região, as observações realizadas nunca atingiram o nível económico de ataque, por isso, não se justificou a emissão do aviso para tratamento desta praga. Este ano foi alargada a malha de observações com a colocação de mais placas cromotropicas em diversos locais, tendo por objectivo a prospecção na região de outra espécie de cicadelídeo, o Scaphoideus titanus, responsável pela transmissão do virus da flavescência dourada nas vinhas. As placas analisadas apresentaram resultados negativos em relação a esta espécie de cicadelídeo que até ao momento continua a não ser detectada na nossa região.

4.2 - Doenças

4.2.1 - Escoriose (Phomopsis viticola)

A Estação de Avisos de Castelo Branco recolheu informação regional sobre a doença durante o repouso vegetativo e ao longo de todo o ciclo vegetativo da videira assinalando a existência ou não de sintomas da doença.

Monitorização da doença:

Inverno: detecção da doença (observação de sintomas nas varas, presença de varas esbranquiçadas com picnídeos)

Primavera/Verão: acompanhamento da doença

 registo semanal da intensidade de ataque em parcelas sensíveis desde o abrolhamento até ao atempamento das varas

 avaliação final da intensidade de ataque (incidência e severidade) Aconselhamento:

A estratégia seguida pela EACB tem como objectivo a protecção preventiva nos períodos de maior sensibilidade da planta à doença. Assim, a emissão das circulares de avisos teve em atenção o seguinte:

(31)

 medidas profiláticas (podas, desinfecções, queima de material infectado e selecção de garfos para enxertia)

 períodos de maior sensibilidade: estados fenológicos D ( saída das folhas) e E (folhas separadas)

 chamada de atenção aos viticultores para a realização dos tratamentos à medida que se atingiam os estados fenológicos sensíveis (D/E) nas suas vinhas

Este ano a recomendação para tratar foi indicada na circular nº 5 de 5 de Abril e foi aconselhado ao viticultor para fazer a avaliação da sua parcela em relação ao estado fenologico e a optar por uma das duas estratégias de tratamentos apresentadas.

4.2.2 - Oídio (Erysiphe necator)

A Estação de Avisos de Castelo Branco recolheu informação regional sobre a doença ao longo de todo o ciclo vegetativo da videira: existência ou não de ataques no início do ciclo, originados por micélio hibernante nas escamas dos gomos e presença ou não de cleistotecas nas folhas.

Monitorização da doença:

Inverno - detecção da doença com observação de sintomas nas varas (presença de varas enegrecidas)

Primavera/Verão - avaliação semanal da intensidade de ataque em parcelas de referência.

Previsão do risco: A estratégia seguida pela EACB foi a protecção preventiva baseada nos períodos de maior sensibilidade da planta e nas condições favoráveis à doença.

 Períodos de maior sensibilidade da planta : cachos visíveis, botões florais separados a fecho dos cachos

 Condições favoráveis à doença (HR>25% e entre 10ºC<T<30ºC, neblinas

 Nevoeiros seguidos de períodos de sol Aconselhamento:

A emissão das circulares de avisos teve em atenção:

 Que a chuva impede a germinação dos conídeos mas não dos ascósporos

(32)

 Posicionamento dos fungicidas actualmente disponíveis, de acordo com a eficácia determinada pelos diferentes modos de acção

Esta é a doença mais importante e frequente nas vinhas da região o que obriga os viticultores a seguir sempre uma estratégia de tratamentos nos períodos de maior risco, para poder controlá-la.

Os tratamentos aconselhados pela EACB conduziram a resultados positivos nos nossos POBs com a diminuição da intensidade de ataque da doença. No entanto, este foi um ano em que o oídio esteve presente em quase todas as vinhas da região manifestando-se com grande intensidade naquelas que se encontravam desiquilibradas e que apresentavam falta de arejamento da sua parte vegetativa.

4.2.3 - Míldio (Plasmopara viticola)

Monitorização da doença: Primavera/Verão

 Detecção das primeiras manchas

 Avaliação semanal da intensidade de ataque em parcelas de referência

 Estados fenológicos particularmente sensíveis ao míldio (planta com 7-8 folhas, pré-floração e alimpa)

Previsão do risco: Previsão das primeiras infecções aplicando-se a regra dos três 10  Periodo de incubação e saída das primeiras manchas

 Previsão das infecções secundária

O acompanhamento desta doença foi efectuado através de observações fenológicas, biológicas e de parâmetros climáticos, com periodicidade semanal, com o objectivo de avaliarmos os períodos de risco da doença, nomeadamente as condições de contaminação das infecções primárias.

Algumas EMA estão também preparadas com modelos de previsão, nomeadamente para o modelo do míldio – regra dos 10, é o caso da EMA instalada em Alcains e cujos registos apresentamos seguidamente como exemplo.

(33)

Modelo de previsão do míldio - Alcains

Segue-se a análise dos dados meteorológicos nos diferentes POB em que foi realizada a monitorização do míldio.

(34)

Registos de previsão do míldio

Fig.16 – Monitorização de Míldio (Plasmopara vitícola) no POB de Sarzedas

(35)

Previsão de Infecções de Míldio Vale de Seixo - Soalheira 2011 0 5 10 15 2 0 2 5 3 0 3 5 5 -A br 9 -A br 13 -A br 17 -A br 2 1-A br 2 5 -A br 2 9 -A br 3 -M a i 7 -M a i 11-M a i 15 -M a i 19 -M a i 2 3 -M a i 2 7 -M a i 3 1-M a i 4 -J un 8 -J un 12 -J un 16 -J un Tratamentos T ( C ) º 0 5 10 15 2 0 2 5 3 0 3 5 P ( m m ) P ( m m ) .T º m a x. ( C º) .T º m in. ( C º) .T ºm e dia ( C º) S é rie 5 S é rie 6

1ª Previsão das manchas 30 Abril

Não Foram Observadas manchas

Fig.18 – Monitorização do Míldio (Plasmopara vitícola) no POB de Soalheira.

Previsão de Infecções de Míldio Qtª de Lamaçais - Teixoso 2011

0 5 10 15 2 0 2 5 3 0 3 5 5 -A br 9 -A br 13 -A br 17 -A br 2 1-A br 2 5 -A br 2 9 -A br 3 -M a i 7 -M a i 11-M a i 15 -M a i 19 -M a i 2 3 -M a i 2 7 -M a i 3 1-M a i 4 -J un 8 -J un 12 -J un 16 -J un Tratamentos T ( C ) º 0 5 10 15 2 0 2 5 3 0 3 5 4 0 P ( m m ) P ( m m ) .T º m a x. ( C º) .T º m in. ( C º) .T ºm e dia ( C º) S é rie 5 S é rie 6

1ª Previsão das manchas 30 Abril

2ª Previsão das manchas 10 Maio 3ª Previsão das manchas 7 de Junho

Não foram observadas manchas Observadas as 1ªS a 7 de Junho lamaçais

Fig.19 – Monitorização do Míldio (Plasmopara vitícola) no POB da Qtª de Lamaçais.

1ª Infecção

3ª Infecção 2ª Infecção

(36)

Previsão de Infecções de Míldio Qtª da Torre - Belmonte 2011 0 5 10 15 2 0 2 5 3 0 3 5 5 -A br 9 -A br 13 -A br 17 -A br 2 1-A br 2 5 -A br 2 9 -A br 3 -M a i 7 -M a i 11-M a i 15 -M a i 19 -M a i 2 3 -M a i 2 7 -M a i 3 1-M a i 4 -J un 8 -J un 12 -J un 16 -J un Tratamentos T ( C ) º 0 5 10 15 2 0 2 5 3 0 3 5 4 0 P ( m m ) P ( m m ) .T º m a x. ( C º) .T º m in. ( C º) .T ºm e dia ( C º) S é rie 5 S é rie 6

1ª Previsão das manchas 30 Abril..

. Não foram observadas manchas

Fig.20 – Monitorização do Míldio (Plasmopara vitícola) no POB de Belmonte.

Aconselhamento:

Na nossa região, tradicionalmente, a pressão da doença é reduzida não havendo necessidade, salvo em anos excepcionais, de realizar tratamentos para além do estado fenológico K (grão de ervilha). No entanto, podemos considerar 2011 um ano atípico, pois tivemos vinhas em que a pressão do míldio foi normal e outras em que a doença encontrou condições para uma pressão elevada sobre a cultura.

De salientar as condições meteorológicas no mês de Maio, nomeadamente a conjugação de calor e humidade, que favoreceram o desenvolvimento de focos intensos de míldio em algumas vinhas.

As primeiras chuvas ocorreram em meados de Abril e grande parte das castas já se encontravam no estado (E- 2 a 3 folhas livres), seguidamente ocorreram períodos de trovoadas até á 1ª década de Junho, encontrando-se as vinhas da região em K – bago de ervilha, estado fenológico dominante.

O 1º tratamento foi recomendado a 21 de Abril pois a maioria das castas na região encontrava-se no estado (F – Cachos visíveis) e nesta altura já se encontravam reunidas as condições necessárias para haver as primeiras infecções de míldio. Aconselhámos a aplicação de um anti-míldio com acção preventiva porque a previsão do aparecimento das manchas seria para 30 de Abril, o que não se verificou em nenhum posto biológico.

(37)

O 2º tratamento, foi aconselhado no dia 30 de Maio com um produto de acção curativa, pois tinham-se observado as 1ªs manchas de míldio a 27 de Maio num posto biológico e estava a decorrer um período de trovoadas.

O 3º tratamento, foi recomendado a 14 de Junho, com um produto de acção curativa, somente para as vinhas onde se observaram manchas a partir do dia 7 de Junho, resultantes das infecções que ocorreram das trovoadas de 27 de Maio.

5 - POMÓIDEAS – Macieiras e Pereiras

O acompanhamento do estado fenológico dos pomares registou-se em 9 POF.

A monitorização de pragas e doenças foi seguida em 10 pomares e foram acompanhados 56 POB.

Para esta cultura foram emitidos 33 aconselhamentos e o maior número foi dirigido para a doença pedrado com 7 e a praga bichado também com 7 recomendações.

Segue-se o gráfico com a dispersão mensal dos avisos emitidos para as pomóideas em 2011.

(38)

5.1 - Pragas

5.1.1 - Aranhiço vermelho (Panonychus ulmi)

Metodologia seguida:

Estudo da eclosão das larvas provenientes dos ovos de Inverno (método das tabuinhas)

Avaliação da taxa de ocupação das formas móveis em folhas na Primavera e Verão

Método: Segmentos ocupados com ovos de Inverno em tábuas com vaselina e efectuar a contagem das larvas eclodidas semanalmente

Amostra: 2 tábuas cada com um ramo de 2 anos com cerca de 20 cm

Apresenta-se no Quadro abaixo, para cada tábua e data de observação, o nº de larvas eclodidas entre essa observação e a precedente e o somatório de larvas eclodidas até à referida data; são também referidos os quantitativos relativos à totalidade das tábuas e os estados fenológicos das macieiras.

Seguem-se os quadros com os dados obtidos nos diferentes postos de observação relativos à eclosão das larvas de aranhiço vermelho.

Quadro 13 - Posto Biológico Qtª do Ribeiro - Cernache do Bonjardim- 2011

PLACAS

N º de larvas eclodidas (entre datas de observação) Datas de observação

4/ Março 11/ Março 17/Março 25/Março 1/Abril 8/Abril 15/Abril

1 0 0 19 63 204 183 0

2 0 0 10 34 147 79 0

Σ 0 0 29 97 351 262 0

E. Fenológico B C3 D3 E E2 F2 H

Quadro 14 - Posto Biológico Q. tª da Fadagosa – Soalheira -- 2011

PLACAS

N º de larvas eclodidas (entre datas de observação) Datas de observação

14/ Março 22/ Março 29/Março 5/Abril 12/Abril 18/Abril 26/Abril

1 0 61 172 146 25 4 0

2 0 5 26 194 71 8 0

Σ 0 66 198 340 96 12 0

(39)

Quadro 15 - Posto Biológico Q. tª de Lamaçais -- Teixoso -- 2011

PLACAS

N º de larvas eclodidas (entre datas de observação) Datas de observação

14/ Março 22/ Março 29/Março 5/Abril 12/Abril 18/Abril 26/Abril

1 0 16 73 319 305 10 6

2 0 35 106 342 292 16 8

Σ 0 51 179 661 597 26 14

E. Fenológico B C C3 E F2 G H

Quadro 16 - Posto Biológico Q. tª da Torre – Belmonte -- 2011

PLACAS

N º de larvas eclodidas (entre datas de observação) Datas de observação

14/ Março 22/ Março 29/Março 5/Abril 12/Abril 18/Abril 26/Abril

1 0 0 5 139 325 104 23

2 0 0 5 128 282 123 32

Σ 0 0 10 267 607 227 55

E. Fenológico C D3 D3 E2 H I I

Quadro 17 - Posto Biológico Q. tª do Espinhal – Casteleiro --2011

PLACAS

N º de larvas eclodidas (entre datas de observação) Datas de observação

14/ Março 22/ Março 29/Março 5/Abril 12/Abril 18/Abril 26/Abril

1 0 31 101 232 23 4 0

2 0 37 75 143 95 14 2

Σ 0 68 176 375 118 18 2

E. Fenológico C D3 E E2 F2 G H

Para o estudo da eclosão das larvas foi utilizado o método das tabuinhas o qual consiste em recolher ramos de 2 anos com aproximadamente 20 cm e são observados à lupa binocular para contabilizar os ovos de Inverno neles existentes. Os ramos são presos em tábuas com vaselina sendo estas depois colocadas, voltadas para baixo, numa árvore do pomar. Foram colocadas 2 tábuas por cada posto biológico. As contagens das eclosões das larvas foram efectuadas uma vez por semana e estão registadas nos quadros apresentados. No POB de Cernache de Bonjardim as primeiras eclosões dos ovos de inverno registaram-se a 17 de Março tendo-se atingido o pico no dia 1 de Abril. Na zona a norte e sul da serra da Gardunha as primeiras eclosões dos ovos de inverno iniciaram-se a 22 de Março nas Qtª da Fadagosa, Qtª Lamaçais, Qtª do Espinhal e na Qtª da Torre a 29 de Março. O pico das eclosões foi atingido no dia 5 de Abril em todos os postos excepto na Qtª da Torre que foi a 12 de Abril.

Referências

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