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Universidade Federal do Rio de Janeiro

ANÁLISE DIACRÔNICA DA COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS VARIEDADES BRASILEIRA E EUROPÉIA DO PORTUGUÊS LITERÁRIO: UM ESTUDO SEGUNDO O CONJUGADO “VARIAÇÃO-MUDANÇA & CLITICIZAÇÃO”

por

Daniely Cassimiro de Oliveira Santos

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Livros Grátis

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ANÁLISE DIACRÔNICA DA COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS VARIEDADES BRASILEIRA E EUROPÉIA DO PORTUGUÊS LITERÁRIO: UM ESTUDO SEGUNDO O CONJUGADO “VARIAÇÃO-MUDANÇA & CLITICIZAÇÃO”

Daniely Cassimiro de Oliveira Santos

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Letras Vernáculas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos para obtenção do Título de Mestre em Letras Vernáculas (Língua Portuguesa).

Orientadora: Professora Doutora Silvia Rodrigues Vieira

Rio de Janeiro Fevereiro de 2010

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ANÁLISE DIACRÔNICA DA COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS VARIEDADES BRASILEIRA E EUROPÉIA DO PORTUGUÊS LITERÁRIO: UM ESTUDO SEGUNDO O CONJUGADO “VARIAÇÃO-MUDANÇA & CLITICIZAÇÃO”

Daniely Cassimiro de Oliveira Santos

Orientadora: Professora Doutora Silvia Rodrigues Vieira

Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ –, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do Título de Mestre em Letras Vernáculas (Língua Portuguesa).

Aprovada por:

______________________________________________________________________ Professora Doutora Silvia Rodrigues Vieira – UFRJ

______________________________________________________________________ Professora Doutora Maria da Conceição Auxiliadora de Paiva – UFRJ

______________________________________________________________________ Professora Doutora Silvia Figueiredo Brandão – UFRJ

______________________________________________________________________ Professor Doutor Afranio Gonçalves Barbosa – UFRJ, suplente (Presidente)

______________________________________________________________________ Professora Doutora Christina Abreu Gomes – UFRJ, suplente

Rio de Janeiro Fevereiro de 2010

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SANTOS, Daniely Cassimiro de Oliveira.

Análise diacrônica da colocação pronominal nas variedades brasileira e européia do Português Literário: um estudo segundo o conjugado “Variação-Mudança & Cliticização”/ Daniely Cassimiro de Oliveira Santos. – Rio de Janeiro: UFRJ/ FL, 2010.

xxiv, 280f.: il.; 31 cm.

Orientadora: Silvia Rodrigues Vieira

Dissertação (Mestrado) – UFRJ / FL / Programa de Pós-graduação em Letras Vernáculas (Língua Portuguesa), 2010.

Referências Bibliográficas: f. 250-257.

1. Sociolingüística. 2. Variação. 3. Cliticização. 4. Morfossintaxe. 5. Ordenação dos pronomes I. VIEIRA, Silvia Rodrigues. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Letras, Programa de Pós-graduação em Letras Vernáculas (Língua Portuguesa). III. Título.

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Dedico esta obra ao Cristo Eucarístico, cuja grandeza infinitamente me excede, bem como aos meus pais, Sebastião e Fátima, e a minha irmã, Thamiris, pela razão de, muitas vezes, terem confundido suas vidas a minha, quando, em inúmeras renúncias,

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AGRADECIMENTOS

Eis o momento em que me sinto à vontade para expressar, em primeira pessoa, os meus mais profundos e eternos agradecimentos àqueles que me auxiliaram a tornar realidade o estudo que nas próximas páginas se expõe.

Registro, de modo primeiro, a minha gratidão imensurável à Santíssima Trindade, revelada a mim por meio da docilidade do Pai Eterno, do Cristo misericordioso e do Espírito Santo, meu inspirador. Agradeço, pois, a Deus por me ser sempre propício, por ser responsável por minha vida, trajetória e conquistas, por transformar em certeza o meu talvez, em coragem e força as minhas aflições e medos.

Remeto, também, os meus humildes agradecimentos à Santíssima Virgem Maria – especialmente sob os títulos de Aparecida, de Fátima e de Guadalupe – pelas intercessões poderosas, assim como a todos os anjos e santos de Deus.

No desejo de demonstrar minha gratidão aos meus amados e queridos pais, Sebastião e Fátima, razão da minha existência, presto minha singela homenagem àqueles que me formam no amor, carinho, ternura, zelo, cumplicidade, dedicação e em tantos outros substantivos abstratos os quais, na prática dos meus dias, se fazem concretos. Nesse ensejo, dedico meus agradecimentos a minha querida irmã, Thamiris, meu exemplo de coragem e de força. Que todos os meus familiares, principalmente minha avó Isaura, minha Madrinha Verônica, meu Padrinho Paulo e meu primo Paulo Henrique, se sintam contemplados em minhas expressões de gratidão e afeto.

Agradeço, neste momento, ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pelo incentivo à permanência nas atividades de pesquisa, com as bolsas de Iniciação Científica (do Programa PIBIC/UFRJ) e de Mestrado (agosto de 2008 a janeiro de 2009), bem como à Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), pelos financiamentos concernentes ao Programa Bolsa Nota 10 (fevereiro de 2009 a fevereiro de 2010).

De modo particular, apresento minha gratidão à Professora Silvia Figueiredo Brandão, responsável por me introduzir no fascinante mundo da investigação científica e por me ser sempre solícita.

Destino, também, “o meu muito obrigado” aos Professores Afranio Gonçalves Barbosa (quem me concedeu diversas orientações e conselhos ao longo do Curso de

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Mestrado), a Maria da Conceição Auxiliadora de Paiva, e Christina Abreu Gomes, pela prontidão no aceite em integrar a banca examinadora de meu trabalho.

Aos Professores Antônio Carlos Secchin, Mônica Figueiredo e Luci Ruas, dedico meus agradecimentos em virtude da ajuda que me facultaram para a constituição dos corpora literários que servem à presente pesquisa.

Agradeço, ainda, a todos os professores que passaram por minha vida, apresentando a mim palavras de amizade, incentivo e motivação.

Expresso, agora, todo meu carinho aos meus amigos e colegas – principalmente a Maria de Fátima Vieira, Adriana Lopes, Cristina Márcia, Giselle Esteves, Carla Nunes e Rodrigo Ribeiro –, pelo companheirismo na jornada acadêmica.

A todos aqueles que passaram pela minha vida, cujos nomes foram mencionados ou omitidos, expresso minha gratidão sincera.

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8

Especiais agradecimentos

Julgo mais do que oportuno sublinhar o quanto sou grata a minha orientadora, Silvia Rodrigues Vieira, a quem chamo de amiga, por todas as orientações valiosas (desde a

época de Iniciação Científica) que extrapolaram o âmbito acadêmico e se revelaram como verdadeiros conselhos de vida. Agradeço-lhe por todas as palavras, carinho, generosidade, paciência e compreensão. Que meus agradecimentos sejam acolhidos por

aquela que acredita em mim e que, de modo direto, me auxiliou (e certamente me auxiliará em vários outros estudos) a concretizar este trabalho que, antes, era somente

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10

Parte desta investigação foi fomentada pelo apoio financeiro do CNPq (agosto de 2008 a janeiro de 2009) bem como pelo Programa Bolsa Nota 10 – FAPERJ (fevereiro de 2009 a fevereiro de 2010).

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SINOPSE

Investigação da ordem dos clíticos pronominais em domínios de lexias verbais simples e complexas coletadas de romances representativos do Português do Brasil e do Português Europeu dos séculos XIX e XX. Estudo da variação e mudança relacionadas ao segundo parâmetro de cliticização proposto por Klavans (1985), à luz dos fundamentos teórico-metodológicos da Sociolingüística Laboviana.

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RESUMO

ANÁLISE DIACRÔNICA DA COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS VARIEDADES BRASILEIRA E EUROPÉIA DO PORTUGUÊS LITERÁRIO: UM ESTUDO SEGUNDO O CONJUGADO “VARIAÇÃO-MUDANÇA & CLITICIZAÇÃO”

Daniely Cassimiro de Oliveira Santos Orientadora: Silvia Rodrigues Vieira

Resumo da Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-graduação em Letras Vernáculas, Faculdade de Letras, da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Letras Vernáculas (Língua Portuguesa).

O trabalho dissertativo presente concorre por investigar o fenômeno variável da ordenação dos clíticos pronominais nas variedades brasileira e européia do Português atestado no percurso diacrônico dos séculos XIX e XX, a partir de corpora criteriosamente constituídos de romances compostos por escritores representativos da Literatura de “aquém e além-mar”.

Promove-se, pois, o exame da colocação discriminando-se contextos de lexias verbais simples – em face dos fatores (i) próclise (aqui se investiga), (ii) mesóclise (investigar-se-á) e (iii) ênclise (investiga-se) –, bem como de complexos verbais – segundo as posições (i) pré-LVC (aqui se pode investigar), (ii) intra-LVC com hífen (pode-se investigar), (iii) intra-LVC sem hífen (pode se investigar) e (iv) pós-LVC (pode investigar-se).

De natureza variacionista, o estudo ampara-se nos princípios preconizados pela Sociolingüística Laboviana (cf. WEINREICH, LABOV & HERZOG, 1968, por ex.) e nos pressupostos de cliticização avalizados por Klavans (1985), no que respeita, especificamente, ao Parâmetro 2, de caráter morfossintático. A propósito do tratamento estatístico dos dados, adota-se o instrumental Goldvarb X, o qual concede, dentre outras informações, os índices absolutos, percentuais e relativos de cada fator controlado, além de sinalizar os grupos relevantes no condicionamento do fenômeno. Os resultados permitem vislumbrar, além de algumas semelhanças, diferenças que sugerem conceber PB e PE como normas distintas de aplicação do evento variável.

Pelos esclarecimentos prestados, este trabalho empreende uma apresentação consistente da colocação dos clíticos pronominais no domínio literário do Português, concedendo novos subsídios ao conhecimento do fenômeno de colocação, cujo estudo a gramática contemporânea pede seja pormenorizado.

Palavras-chave: Sociolingüística, cliticização, morfossintaxe, ordem dos pronomes. Rio de Janeiro

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ABSTRACT

DIACRONIC ANALYSIS OF PRONOMINAL COLLOCATION IN THE BRAZILIAN AND EUROPEAN VARIETIES OF LITERARY PORTUGUESE: A

STUDY ACCORDING TO SUBJECT “VARIATION-CHANGE AND CLITICIZATION”

Daniely Cassimiro de Oliveira Santos Orientadora: Silvia Rodrigues Vieira

Abstract da Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-graduação em Letras Vernáculas, Faculdade de Letras, da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Letras Vernáculas (Língua Portuguesa).

This dissertative work concerns about the phenomenon of pronominal collocation in Brazilian and European varieties of Portuguese, attested in the diacronic route of the 19th and 20th centuries, using corpora composed by novel written by representative authorsof both Brazilian and Portuguese Literature.

Examination of clitic order in simple verbal context – according to proclitic, mesoclitic and enclitic positions – and in complex verbal structures – through the variants: clitic before verbal complex structure, clitic inside verbal complex stucture and clitic after verbal complex structure – is performed.

This study, conceived as a variacionist approach, is based on the principles of Labovian Sociolinguistics (WEINREICH, LABOV and HERZOG, 1968, for example) and on the postulates of cliticization proposed by Klavans (1985), considering, especially, the morphosyntactic Parameter 2. Goldvarb X instrumental is adopted in order to perform statistic treatment of data, that provides several pieces of information like these ones: absolute numbers, percentages and relative values concerning controlled factors, showing, besides other aspects, relevant restrictions for the variable phenomenum. The results show, besides some similarities, differences that suggest that Brazilian and European Portuguese apply distinct norms of pronominal collocation.

It is convenient to emphasize that this analysis undertakes a consistent study of pronominal order in Literary Portuguese, providing new information about the phenomenon whose study modern grammar requests to be revised.

Key words: Sociolinguistics, cliticization, Morphosyntax, pronominal order.

Rio de Janeiro Fevereiro de 2010

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14 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO... 25 1.1 Justificativas e problemas... 25 1.2 Objetivos... 27 1.2.1 Gerais... 27 1.2.2 Específicos... 28 1.3 Hipóteses da investigação... 28

1.4 As partes integrantes de um todo... 29

2. REVISÃO DA LITERATURA CONCERNENTE AO TEMA DA COLOCAÇÃO... 31

2.1 A ordenação dos clíticos pronominais consoante o panorama tradicional... 32

2.2 A ordenação dos clíticos pronominais consoante o panorama não-tradicional... 34

2.2.1 A ordem mediante dois compêndios gramaticais descritivos... 34

2.2.2 A ordem mediante diversas investigações científicas... 36

3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS... 54

3.1 As diretrizes do tratamento da cliticização... 54

3.2 O aporte sociolingüístico... 59

4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS... 68

4.1 As etapas percorridas para o desenvolvimento da análise variacionista... 68

4.2 Descrição dos corpora... 68

4.3 Delimitação da variável dependente... 74

4.3.1 Os fatores da variável dependente em contexto de Lexias Verbais Simples... 74

4.3.2 Os fatores da variável dependente em contexto de Lexias Verbais Complexas... 75

4.3.2.1 A concepção de Lexias Verbais Complexas pelo confronto entre algumas perspectivas... 77

4.4 Descrição das variáveis independentes: as pressões sociais e estruturais motivadoras do fenômeno em variância... 84

4.4.1 Grupos de fatores de natureza extralingüística... 85

4.4.2 Grupos de fatores de natureza lingüística... 87

4.5 Medidas concernentes ao tratamento quantitativo efetuado... 108

5. EXPOSIÇÃO ANALÍTICA DOS DADOS: OS RESULTADOS ALCANÇADOS MEDIANTE EXAME DOS CORPORA... 114

5.1 A ordem em ambientes de Lexias Verbais Simples: a realidade dos corpora... 114

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5.1.1.1 Grupos de fatores relevantes no condicionamento da próclise em LVS, no âmbito

do PB e do PE dos séculos XIX e XX... 135

5.1.1.1.1 Variável de cunho extralingüístico... 136

5.1.1.1.2 Variáveis de cunho lingüístico... 139

5.2 A ordem em ambientes de Lexias Verbais Complexas: a realidade dos corpora... 151

5.2.1 A colocação pronominal em domínio de LVC constituída de verbo principal no gerúndio... 154

5.2.1.1 A ordem pronominal em LVC com gerúndio a partir de variáveis extralingüísticas.. 159

5.2.1.2 A ordem pronominal em LVC com gerúndio a partir de variáveis lingüísticas... 160

5.2.2 A colocação pronominal em domínio de LVC constituída de verbo principal no particípio... 166

5.2.2.1 A ordem pronominal em LVC com particípio a partir de variáveis extralingüísticas... 171

5.2.2.2 A ordem pronominal em LVC com particípio a partir de variáveis lingüísticas... 172

5.2.3 A colocação pronominal em domínio de LVC constituída de verbo principal no infinitivo... 178

5.2.3.1 A ordem pronominal em LVC com infinitivo a partir de variáveis extralingüísticas... 197

5.2.3.2 A ordem pronominal em LVC com infinitivo a partir de variáveis lingüísticas... 210

5.3 O fenômeno da interpolação... 225

6.SISTEMATIZAÇÃO DOS RESULTADOS E REFLEXÕES FINAIS... 229

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 250

(17)

16

ÍNDICE DE QUADROS, TABELAS E FIGURAS

→ QUADROS

Quadro 1: Apresentação dos autores com suas respectivas obras contempladas nos corpora brasileiro e

europeu dos séculos XIX e XX... ... 71

Quadro 2: Distribuição geral do número de dados colhidos nas variedades brasileira e européia do

Português dos séculos XIX e XX pelos contextos sob análise... 74

Quadro 3: Sistematização dos critérios de auxiliaridade propostas por Barroso (1994) apud Vieira (2002:

243) ... ... 79

Quadro 4: Continuum de auxiliaridade proposto por Machado Vieira (2004) ... 82

Quadro 5: Variáveis selecionadas quanto ao evento da ordem em LVS no PB e no PE dos séculos XIX e

XX... ... 136

→ TABELAS

Tabela 1: Distribuição geral das variantes no PB dos séculos XIX e XX, em todos os contextos de

LVS... ... 116

Tabela 2: Freqüência percentual e absoluta das variantes em início absoluto e nos demais contextos a partir

de dados do PB dos séculos XIX e XX... ... 116

Tabela 3: Freqüência percentual e absoluta das variantes em domínio de proclisadores canônicos e não-canônicos a partir de dados do PB dos séculos XIX e XX... .. 116

Tabela 4: Distribuição geral das variantes no PE dos séculos XIX e XX, em todos os contextos de

LVS... ... 117

Tabela 5: Freqüência percentual e absoluta das variantes em início absoluto e nos demais contextos a partir

de dados do PE dos séculos XIX e XX... ... 117

Tabela 6: Freqüência percentual e absoluta das variantes em domínio de proclisadores canônicos e não-canônicos a partir de dados do PE dos séculos XIX e XX... .. 117

Tabela 7: Distribuição do número total de dados no âmbito das LVS, no PB e no PE dos séculos XIX e XX, em todos os contextos... ... 118

Tabela 8: Freqüência percentual e absoluta das variantes em início absoluto e nos demais contextos a partir

de dados do PB dos séculos XIX e XX... ... 122

Tabela 9: Freqüência percentual e absoluta das variantes em domínio de proclisadores canônicos e não-canônicos a partir de dados do PB dos séculos XIX e XX... .. 125

Tabela 10: Freqüência percentual e absoluta das variantes em início absoluto e nos demais contextos a partir

de dados do PE dos séculos XIX e XX... ... 126

Tabela 11: Freqüência percentual e absoluta das variantes em domínio de proclisadores canônicos e não-canônicos a partir de dados do PE dos séculos XIX e XX... .. 128

Tabela 12: Produtividade percentual e absoluta das variantes em contexto de proclisadores canônicos e não-canônicos, segundo o grupo de fatores época/fase de publicação das obras adotadas, em referência ao PB e

ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais simples... 137

Tabela 13: Produtividade percentual e absoluta das variantes em contexto de proclisadores canônicos e não-canônicos, segundo os fatores amalgamados da variável presença de um possível elemento proclisador: PB e

PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais simples... 140

Tabela 14: Produtividade percentual e absoluta das variantes em contexto de proclisadores canônicos e não-canônicos, segundo os fatores amalgamados da variável tipo de clítico pronominal: PB e PE dos séculos

XIX e XX, no âmbito das lexias verbais simples... 143

Tabela 15: Produtividade percentual e absoluta das variantes em contexto de proclisadores canônicos e não-canônicos, segundo fatores amalgamados da variável tempo e modo das formas verbais: PB e PE dos séculos

(18)

Tabela 16: Produtividade percentual e absoluta das variantes em contexto de proclisadores canônicos e não-canônicos, segundo o grupo de fatores tonicidade dos itens verbais: PB dos séculos XIX e XX, no âmbito

das lexias verbais simples... 148

Tabela 17: Produtividade percentual e absoluta das variantes em contexto de proclisadores canônicos e não-canônicos, segundo fatores amalgamados da variável natureza da oração: PE dos séculos XIX e XX, no

âmbito das lexias verbais simples... 150

Tabela 18: Distribuição geral das variantes em todos os contextos, no âmbito das LVC com gerúndio,

referente ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX... 155

Tabela 19: Produtividade percentual e absoluta das variantes em contexto de estrutura (semi-)auxiliar + gerúndio no PB e no PE dos séculos XIX e XX... 157

Tabela 20: Produtividade percentual e absoluta das variantes em face do grupo de fatores tipo de clítico pronominal em referência ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais complexas

com gerúndio... 162

Tabela 21: Produtividade percentual e absoluta das variantes em face do grupo de fatores natureza da oração em referência ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais complexas com gerúndio... ... 163

Tabela 22: Produtividade percentual e absoluta das variantes em face do grupo de fatores presença/ausência de um possível elemento proclisador em referência ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das

lexias verbais complexas com gerúndio... 164

Tabela 23: Produtividade percentual e absoluta das variantes em face do grupo de fatores tempo e modo dos verbos (semi-)auxiliares em referência ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais

complexas com gerúndio... ... 165

Tabela 24: Distribuição geral das variantes em todos os contextos, no âmbito das LVC com particípio,

referente ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX... ... 167

Tabela 25: Produtividade percentual e absoluta das variantes em contexto de haver + particípio e ter + particípio no PB e no PE dos séculos XIX e XX... 169

Tabela 26: Produtividade percentual e absoluta das variantes em face do grupo de fatores tipo de clítico pronominal em referência ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais complexas

com particípio... ... 174

Tabela 27: Produtividade percentual e absoluta das variantes em face do grupo de fatores natureza da oração em referência ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais complexas com particípio... ... 175

Tabela 28: Produtividade percentual e absoluta das variantes em face do grupo de fatores presença/ausência de um possível elemento proclisador em referência ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das

lexias verbais complexas com particípio... 176

Tabela 29: Produtividade percentual e absoluta das variantes em face do grupo de fatores tempo e modo das formas auxiliares em referência ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais

complexas com particípio... ... 177

Tabela 30: Distribuição geral das variantes em todos os contextos, no âmbito das LVC com infinitivo

referente ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX... 178

Tabela 31: Distribuição geral das variantes em início absoluto, no âmbito das LVC com infinitivo referente

ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX... ... 182

Tabela 32: Distribuição geral das variantes em contexto de proclisadores canônicos, no âmbito das LVC

com infinitivo referente ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX ... 183

Tabela 33: Distribuição geral das variantes em contexto de proclisadores não-canônicos, no âmbito das

LVC com infinitivo referente ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX... 185

Tabela 34: Distribuição geral das variantes em contexto de proclisadores canônicos e não-canônicos, no

âmbito das LVC com infinitivo referente ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX... 187

Tabela 35: Distribuição percentual e absoluta das variantes em face do grupo de fatores fase/época dos romances eleitos em referência ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais

(19)

18

Tabela 36: Distribuição percentual e absoluta das variantes em face do grupo de fatores séculos investigados

em referência ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais complexas com

infinitivo... 197

Tabela 37: Produtividade percentual e absoluta das variantes amalgamadas em face do grupo de fatores vozes do romance no que concerne ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais

complexas com infinitivo... 198

Tabela 38: Produtividade percentual e absoluta das variantes em face do grupo de fatores autores contemplados em referência ao PB dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais complexas com infinitivo... ... 200 Tabela 39: Produtividade percentual e absoluta das variantes em face do grupo de fatores autores contemplados em referência ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais complexas com infinitivo... 204

Tabela 40: Produtividade percentual e absoluta das variantes em face do grupo de fatores gênero/sexo dos autores contemplados em referência ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais

complexas com infinitivo... 209

Tabela 41: Produtividade percentual e absoluta das variantes em face do grupo de fatores presença / ausência de elementos intervenientes na estrutura verbal complexa em referência ao PB e ao PE dos séculos

XIX e XX, no âmbito dos complexos verbais com infinitivo... 211

Tabela 42: Produtividade percentual e absoluta das variantes em face dos fatores amalgamados da variável natureza da oração em referência ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das Lexias Verbais

Complexas com infinitivo... 212

Tabela 43: Produtividade percentual e absoluta das variantes em face dos fatores amalgamados da variável presença de um possível elemento proclisador em referência ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX, no

âmbito das Lexias Verbais Complexas com infinitivo... 213

Tabela 44: Produtividade percentual e absoluta das variantes em face dos fatores amalgamados da variável distância entre possível elemento proclisador e seqüência constituída de clítico e complexo verbal em

referência ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais complexas com infinitivo... 218

Tabela 45: Produtividade percentual e absoluta das variantes em face dos fatores amalgamados da variável tempo e modo das formas (semi-)auxiliares em referência ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito

das lexias verbais complexas com infinitivo... 220

Tabela 46: Produtividade percentual e absoluta das variantes em face dos fatores amalgamados da variável tipo de clítico pronominal em referência ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais

complexas com infinitivo... 222

Tabela 47: Produtividade percentual e absoluta das variantes em face dos fatores amalgamados da variável tipo de lexia verbal complexa em referência ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito dos complexos

verbais com infinitivo... 223

ANEXOS

Anexo 3

265

Tabela 48: Produtividade percentual e absoluta das variantes proclítica e enclítica em face do grupo de

fatores vozes do romance no que concerne ao PB e PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais simples...

Tabela 49: Produtividade percentual e absoluta das variantes proclítica e enclítica em face do grupo de

fatores autores contemplados no que concerne ao PB dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais simples... 265

Tabela 50: Produtividade percentual e absoluta das variantes proclítica e enclítica em face do grupo de

fatores autores contemplados no que concerne ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais simples... 266

Tabela 51: Produtividade percentual e absoluta das variantes proclítica e enclítica em face do grupo de

fatores gênero/sexo dos autores contemplados no que concerne ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais simples... 267

(20)

Tabela 52: Produtividade percentual e absoluta das variantes proclítica e enclítica em face do grupo de

fatores séculos investigados no que concerne ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais simples... 268

Tabela 53: Produtividade percentual e absoluta das variantes proclítica e enclítica em face do grupo de

fatores distância entre possível elemento proclisador e segmento constituído por clítico e item verbal no que concerne ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais simples... 268

Tabela 54: Produtividade percentual e absoluta das variantes proclítica e enclítica em face do grupo de

fatores natureza da oração no que concerne ao PB dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais simples... ... 269

Tabela 55: Produtividade percentual e absoluta das variantes proclítica e enclítica em face do grupo de

fatores tonicidade dos itens verbais no que concerne ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais simples... 269 → Anexo 4

Tabela 56: Produtividade percentual e absoluta das variantes em contexto de proclisadores canônicos e

não-canônicos, segundo a variável presença de possível elemento proclisador: PB e PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais simples... 270

Tabela 57: Produtividade percentual e absoluta das variantes em contexto de proclisadores canônicos e

não-canônicos, segundo a variável tipo de clítico pronominal: PB e PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais simples... 272

Tabela 58: Produtividade percentual e absoluta das variantes em contexto de proclisadores canônicos e

não-canônicos, segundo a variável tempo e modo das formas verbais: PB e PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais simples... 272

Tabela 59: Produtividade percentual e absoluta das variantes em contexto de proclisadores canônicos e

não-canônicos, segundo a variável natureza da oração: PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais simples... 273 → Anexo 5

Tabela 60: Produtividade percentual e absoluta das variantes em face do grupo de fatores natureza da oração em referência ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais complexas com

infinitivo... 274

Tabela 61: Produtividade percentual e absoluta das variantes em face do grupo de presença de possível elemento proclisador em referência ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais

complexas com infinitivo... 275

Tabela 62: Produtividade percentual e absoluta das variantes em face do grupo de fatores distância entre um possível elemento proclisador e complexo verbal em referência ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX, no

âmbito das lexias verbais complexas com infinitivo... 277

Tabela 63: Produtividade percentual e absoluta das variantes em face do grupo de fatores tempo e modo dos verbos (semi-)auxiliares em referência ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais

complexas com infinitivo... 278

Tabela 64: Produtividade percentual e absoluta das variantes em face do grupo de fatores tipo de clítico pronominal em referência ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito das lexias verbais complexas

com infinitivo... 279

Tabela 65: Produtividade percentual e absoluta das variantes em face do grupo de fatores tipo de lexia verbal complexa em referência ao PB e ao PE dos séculos XIX e XX, no âmbito dos complexos verbais com

infinitivo... 280

→ FIGURAS

Figura 1: A variante proclítica mediante verbos em posição inicial, com base no gráfico extraído de Martins

(2009: 181) ... ... 124

Figura 2: Distribuição dos índices de próclise em contexto de início absoluto de oração no PB dos séculos

XIX e XX... ... 124

(21)

20

XIX e XX... ... 127

Figura 4: Concretização das variantes em todos os contextos, no âmbito das lexias verbais simples, pelas

fases estipuladas a partir da publicação dos romances brasileiros dos séculos XIX e XX... 129

Figura 5: Concretização das variantes em todos os contextos, no âmbito das lexias verbais simples, pelas

fases estipuladas a partir da publicação dos romances europeus dos séculos XIX e XX... 130

Figura 6: Concretização das variantes em início absoluto, no âmbito das lexias verbais simples, pelas fases

estipuladas a partir da publicação dos romances brasileiros dos séculos XIX e XX... 130

Figura 7: Concretização das variantes em início absoluto, no âmbito das lexias verbais simples, pelas fases

estipuladas a partir da publicação dos romances europeus dos séculos XIX e XX... 131

Figura 8: Concretização das variantes em contexto de proclisadores canônicos, no âmbito das lexias verbais

simples, pelas fases estipuladas a partir da publicação dos romances brasileiros dos séculos XIX e XX... 131

Figura 9: Concretização das variantes em contexto de proclisadores canônicos, no âmbito das lexias verbais

simples, pelas fases estipuladas a partir da publicação dos romances europeus dos séculos XIX e XX... 132

Figura 10: Concretização das variantes em contexto de proclisadores não-canônicos, no âmbito das lexias

verbais simples, pelas fases estipuladas a partir da publicação dos romances brasileiros dos séculos XIX e XX... ... 132

Figura 11: Concretização das variantes em contexto de proclisadores não-canônicos, no âmbito das lexias

verbais simples, pelas fases estipuladas a partir da publicação dos romances europeus dos séculos XIX e XX 133

Figura 12: Concretização das variantes em contexto de proclisadores canônicos e não-canônicos, no âmbito

das lexias verbais simples, pelas fases estipuladas a partir da publicação dos romances brasileiros dos séculos XIX e XX... 133

Figura 13: Concretização das variantes em contexto de proclisadores canônicos e não-canônicos, no âmbito

das lexias verbais simples, pelas fases estipuladas a partir da publicação dos romances europeus dos séculos XIX e XX... ... 134

Figura 14: Aplicação da próclise (pesos relativos) em contexto de proclisadores canônicos e não-canônicos, mediante a variável época/fase de publicação das obras adotadas: PB dos séculos XIX e XX... 138

Figura 15: Aplicação da próclise (pesos relativos) em contexto de proclisadores canônicos e não-canônicos, mediante a variável época/fase de publicação das obras adotadas: PE dos séculos XIX e XX... 139

Figura 16: Aplicação da próclise (pesos relativos) em contexto de proclisadores canônicos e não-canônicos, mediante a variável presença de um possível elemento proclisador: PB dos séculos XIX e XX... 141

Figura 17: Aplicação da próclise (pesos relativos) em contexto de proclisadores canônicos e não-canônicos, mediante a variável presença de um possível elemento proclisador: PE dos séculos XIX e XX... 142

Figura 18: Aplicação da próclise (pesos relativos) em contexto de proclisadores canônicos e não-canônicos,

mediante a variável tipo de clítico pronominal: PB dos séculos XIX e XX... 144

Figura 19: Aplicação da próclise (pesos relativos) em contexto de proclisadores canônicos e não-canônicos,

mediante a variável tipo de clítico pronominal: PE dos séculos XIX e XX... 144

Figura 20: Aplicação da próclise (pesos relativos) em contexto de proclisadores canônicos e não-canônicos,

mediante a variável tempo e modo das formas verbais: PB dos séculos XIX e XX... 146

Figura 21: Aplicação da próclise (pesos relativos) em contexto de proclisadores canônicos e não-canônicos,

mediante a variável tempo e modo das formas verbais: PE dos séculos XIX e XX... 147

Figura 22: Aplicação da próclise (pesos relativos) em contexto de proclisadores canônicos e não-canônicos,

mediante a variável tonicidade dos itens verbais: PB dos séculos XIX e XX... 148

Figura 23: Aplicação da próclise (pesos relativos) em contexto de proclisadores canônicos e não-canônicos,

mediante a variável natureza da oração: PE dos séculos XIX e XX... 151

Figura 24: Distribuição das variantes em domínio de LVC integrada por gerúndio, no PB dos séculos XIX e

XX... ... 157

Figura 25: Distribuição das variantes em domínio de LVC integrada por gerúndio, no PE dos séculos XIX e

XX... ... 157

(22)

e XX... ... 158

Figura 27: Distribuição das variantes em domínio de LVC participial, no PB dos séculos XIX e XX... 168

Figura 28: Distribuição das variantes em domínio de LVC participial, no PE dos séculos XIX e XX... 168

Figura 29: Freqüência percentual das estruturas ter + particípio e haver + particípio no PB e no PE dos

séculos XIX e XX... ... 170

Figura 30: Distribuição das variantes em todos os contextos, no âmbito das LVC com infinitivo, no PB dos

séculos XIX e XX... 179

Figura 31: Distribuição das variantes em todos os contextos, no âmbito das LVC com infinitivo, no PE dos

séculos XIX e XX... 179

Figura 32: Distribuição das variantes em início absoluto, no âmbito das LVC com infinitivo, no PB dos

séculos XIX e XX... 183

Figura 33: Distribuição das variantes em início absoluto, no âmbito das LVC com infinitivo, no PE dos

séculos XIX e XX... 183

Figura 34: Distribuição das variantes em domínio de proclisadores canônicos, no âmbito das LVC com infinitivo, no PB dos séculos XIX e XX... 185

Figura 35: Distribuição das variantes em domínio de proclisadores canônicos, no âmbito das LVC com infinitivo, no PE dos séculos XIX e XX... 185

Figura 36: Distribuição das variantes em domínio de proclisadores não-canônicos, no âmbito das LVC com infinitivo, no PB dos séculos XIX e XX... 187

Figura 37: Distribuição das variantes em domínio de proclisadores não-canônicos, no âmbito das LVC com infinitivo, no PE dos séculos XIX e XX... .. 187

Figura 38: Distribuição das variantes em domínio de proclisadores canônicos e não-canônicos, no âmbito

das LVC com infinitivo, no PB dos séculos XIX e XX... 188

Figura 39: Distribuição das variantes em domínio de proclisadores canônicos e não-canônicos, no âmbito

das LVC com infinitivo, no PE dos séculos XIX e XX... 188

Figura 40: Concretização das variantes em todos os contextos pelas fases estipuladas a partir da publicação

dos romances brasileiros dos séculos XIX e XX... 189

Figura 41: Concretização das variantes em todos os contextos pelas fases estipuladas a partir da publicação

dos romances portugueses dos séculos XIX e XX... 190

Figura 42: Concretização das variantes em início absoluto pelas fases estipuladas a partir da publicação dos

romances brasileiros dos séculos XIX e XX... 190

Figura 43: Concretização das variantes em início absoluto pelas fases estipuladas a partir da publicação dos

romances portugueses dos séculos XIX e XX... ... 191

Figura 44: Concretização das variantes em contextos de proclisadores não-canônicos pelas fases

estipuladas a partir da publicação dos romances brasileiros dos séculos XIX e XX... 192

Figura 45: Concretização das variantes em contextos de proclisadores não-canônicos pelas fases

estipuladas a partir da publicação dos romances europeus dos séculos XIX e XX... 192

Figura 46: Concretização das variantes em contextos de proclisadores canônicos pelas fases estipuladas a

partir da publicação dos romances brasileiros dos séculos XIX e XX... 193

Figura 47: Concretização das variantes em contextos de proclisadores canônicos pelas fases estipuladas a

partir da publicação dos romances portugueses dos séculos XIX e XX... 194

Figura 48: Concretização das variantes em contexto de proclisadores canônicos e não-canônicos pelas fases

estipuladas a partir da publicação dos romances brasileiros dos séculos XIX e XX... 195

Figura 49: Concretização das variantes em contexto de proclisadores canônicos e não-canônicos pelas fases

(23)

22

ABREVIATURA E CONVENÇÕES Sintagmas:

SAdv → Sintagma Adverbial

SN → Sintagma Nominal

SPrep → Sintagma Preposicional

Categorias/Classes de palavras:

Adv. → Advérbio

V → Verbo

Cl → Clítico

Conj. → Conjunção

Conj. coord. → Conjunção coordenativa

Loc. → Locução

Loc. conj. → Locução conjuntiva

Prep. → Preposição

Pron. → Pronome

Pron. indef. → Pronome indefinido

Tempo verbal: Pres. → Presente Pret. → Pretérito Perf. → Perfeito Imp. → Imperfeito Natureza de oração:

Or. coord. → Oração coordenada Or. sub. → Oração subordinada

Or. sub. red. → Oração subordinada reduzida

Variedades do Português:

PB → Português do Brasil

PE → Português Europeu

Banco de dados

NURC → Projeto Estudo da Norma Lingüística Urbana Culta do Rio de Janeiro VARPORT → Projeto Análise Contrastiva de Variedades do Português

Outras categorias:

Pal. → Palavra

Suj. → Sujeito

Domínios examinados:

LVS → Lexia Verbal Simples

(24)

Variantes:

Cl-LVC → Clítico-lexia verbal complexa Pré- LVC → Pré-lexia verbal complexa Intra- LVC → Intra-lexia verbal complexa Pós- LVC → Pós-lexia verbal complexa

ABREVIATURAS ONOMÁSTICAS DOS AUTORES CONTEMPLADOS

Autores concernentes ao Português do Brasil

– Século XIX

AAz → Aluísio Azevedo

BG → Bernardo Guimarães

JAl → José de Alencar

JL → Júlia Lopes

JMM → Joaquim Manuel de Macedo

MA → Machado de Assis

MAA → Manuel Antônio de Almeida

RP → Raul Pompéia

– Século XX

AAr → Afonso Arinos

DSQ → Dinah Silveira de Queiroz

EC → Euclides da Cunha

EV → Érico Veríssimo

GR → Guimarães Rosa

GrR → Graciliano Ramos

JAm → Jorge Amado

JLR → José Lins do Rego

LB → Lima Barreto

LFT → Lygia Fagundes Telles

NP → Nélida Piñon

RQ → Rachel de Queiroz

Autores concernentes ao Português Europeu

– Século XIX

AG → Almeida Garrett

AH → Alexandre Herculano

ArG → Arnaldo Gama

CCB → Camilo Castelo Branco

EQ → Eça de Queiroz

FA → Fialho de Almeida

JD → Júlio Dinis

TC → Trindade Coelho

– Século XX

AAb → Augusto Abelaira

(25)

24

ABL → Augustina Bessa Luís

AlR → Alves Redol

AqR → Aquilino Ribeiro

CM → Campos Monteiro

FN → Fernando Namora

JCP → José Cardoso Pires

JS → José Saramago

RB → Raul Brandão

VF → Vergílio Ferreira

(26)

1. INTRODUÇÃO

É objetivo do trabalho dissertativo, que ora se apresenta, investigar, à luz de critérios científicos, o fenômeno da colocação dos átonos pronominais nas variedades brasileira (PB) e européia (PE) do Português Literário averiguado no decurso dos séculos XIX e XX. Pretende-se, a partir do cotejo de textos concernentes à literatura de “aquém e além-mar”, estabelecer as regras que efetivamente presidem o evento da ordem em contextos com lexias verbais simples 1 – isto é, manifestação do clítico mediante uma única forma verbal – e com complexos verbais 2 – comportamento do pronome átono em face de uma estrutura perifrástica.

Quanto à fundamentação teórico-metodológica, o presente exame, de caráter variacionista, concebe-se sob a égide dos postulados da Sociolingüística Laboviana (cf. WEINREICH, LABOV & HERZOG, 1968; LABOV, 1972, 1994, por ex.), ancorando-se, também, nos preceitos estabelecidos por Klavans (1985), no que tange aos parâmetros de cliticização, dentre os quais se discrimina, principalmente, o Parâmetro 2, de caráter morfossintático. A conjugação dessas orientações investigativas favorece a adequação descritiva e explicativa que se pretende alcançar no desenvolvimento da pesquisa.

Com base nas discrepâncias existentes entre o PB e o PE e na forma como as gramáticas brasileiras abordam o tema da colocação pronominal, tendo supostamente como paradigma a realização lusitana, a pesquisa visa a contribuir, a partir de descrições e análises criteriosas, por apresentar a efetiva identidade lingüística do padrão culto escrito literário característico das normas brasileira e européia do idioma.

Para que esta investigação assuma um caráter empírico, recorre-se a corpora criteriosamente constituídos de romances produzidos na diacronia dos séculos XIX e XX por autores representativos da Literatura de ambas as variedades.

1.1 Justificativas e problemas

1 A respeito das lexias verbais simples, tomem-se os seguintes exemplos: (i) “Aqui se promove o estudo

da ordem.” [posição pré-verbal / próclise], (ii) “Promover-se-á o estudo da ordem.” [posição intraverbal / mesóclise], (iii) “Promove-se o estudo da ordem.” [posição pós-verbal / ênclise].

2

No que tange aos complexos verbais – construções constituídas de mais de uma forma verbal, sendo a última uma forma não-finita, com algum grau de integração sintático-semântica –, eis as ilustrações: (i) “Sempre se deve promover o estudo da ordem pronominal.” [Colocação pré-LVC], (ii) “Deve-se

promover o estudo da ordem pronominal.” [Colocação intra-LVC com hífen], (iii) Deve se promover o

estudo da ordem pronominal. [Colocação intra-LVC sem hífen], (iv) “Deve promover-se o estudo da ordem pronominal.” [Colocação pós-LVC].

(27)

26

A pesquisa pleiteia respostas e a atestagem de hipóteses acerca do fenômeno de cliticização de modo a acrescentar informações atualizadas ao conhecimento sobre o evento da ordem, que se julga ainda insuficiente para traçar o que se concebe como norma(s) de uso do PB e do PE. Assim, observem-se as palavras de Perini (2001: 230) a respeito da variedade brasileira:

A análise [do evento de colocação elucidada nos compêndios gramaticais brasileiros] cobre uma forma muito conservadora da língua [...]. É necessário atualizá-la, mas isso deverá ser precedido de um levantamento do uso dos clíticos no padrão brasileiro moderno [...].

De fato, os manuais gramaticais utilizados no Brasil carecem de descrições precisas e consistentes a propósito da colocação, fator que motiva e justifica a relevância da presente investigação. Ademais, os referidos compêndios prescrevem um ideal de língua inspirado nos parâmetros literários e lusitanos em detrimento da realidade lingüística praticada no Brasil, o que se denuncia em Bechara (2003: 591):

Há certas tendências brasileiras que nem sempre a Gramática agasalha como dignas de imitação, presa que está a um critério de autoridade que a lingüística moderna pede seja revisto.

A respeito da língua preconizada nos compêndios gramaticais, registrem-se, ainda, as ponderações de Rocha Lima (2005: 7), na seqüência, apresentadas:

Fundamentam-se as regras da gramática normativa nas obras dos grandes escritores, em cuja linguagem as classes ilustradas põem o seu ideal de perfeição, porque nela é que se espelha o que o uso idiomático estabilizou e consagrou.

Corrobore-se, pois, que as gramáticas e, aqui em especial, os compêndios brasileiros, se inspiram nas regras do bem escrever dos escritores mais ilustres da língua. Ocorre que, como bem se avalia na citação, as regras prescritas nos manuais normativos advêm de uma língua idealizada e estilizada, própria de um domínio artístico, como é o da Literatura.

Justifique-se, pois, a relevância deste estudo, haja vista que, aqui, se pretende tratar do evento da ordem no âmbito literário, pouco explorado dentre os trabalhos desenvolvidos acerca da colocação (dentre eles, destaque-se o de Schei, 2003), no que concerne às lexias verbais simples e, mais especificamente, aos complexos verbais. A propósito dessas últimas construções, pontuem-se as palavras de Pagotto (1992: 30), agora transcritas: “Os trabalhos que lidam com a questão da posição dos clíticos normalmente negligenciam os casos em que eles aparecem em construções com dois verbos”. É oportuno considerar que, embora o autor tenha realizado tal consideração em

(28)

1992, se advoga que, até ao que se conhece, a comunidade lingüística, mesmo com avanços científicos testemunhados ao longo do tempo, ainda carece de análises que se somem às já feitas que abordam o tema a partir da observação do uso dos clíticos em construções verbais complexas.

Com base nas justificativas apresentadas até aqui, arrolam-se, a seguir, os principais problemas relacionados ao assunto deste estudo, que, uma vez respondidos, atendem a alguns dos objetivos propostos:

(i) Qual é o padrão que efetivamente constitui a norma vigente da ordem dos clíticos pronominais nas variedades brasileira e européia do Português Literário, no que tange aos domínios de lexias verbais simples e complexas?

(ii) Qual é a variante da ordem dos clíticos pronominais mais produtiva em cada fase investigada de ambas as variedades?

(iii) Dentre as variáveis lingüísticas, quais se constituem relevantes à ocorrência do fenômeno? Em que medida o contexto morfossintático opera na colocação dos clíticos nos domínios de lexias verbais simples e de complexos verbais? (iv) No que concerne às variáveis de cunho extralingüístico, quais se apresentam significativas ao condicionamento da ordem?

As respostas aos questionamentos acima servirão para que se tracem reflexões a respeito de três grandes questões científicas usualmente relacionadas ao tema da ordem dos clíticos pronominais: (1) a norma de uso atestada nos dados literários condiz com a norma idealizada em manuais prescritivos?; (2) os resultados indiciam normas diferenciadas no PB e no PE?; e (3) no que se refere ao percurso diacrônico, os registros de colocação sugerem situação de mudança no PB e /ou no PE? Espera-se que, em alguma medida, os resultados do presente trabalho contribuam com o debate dessas questões.

1.2 Objetivos

Conhecidas as justificativas e os problemas a serem abordados no estudo da ordem, propõem-se os seguintes objetivos para o tratamento do tema:

(29)

28

(i) Concorrer para o maior conhecimento acerca do fenômeno de cliticização nas duas variedades contempladas.

(ii) Contribuir por descrever a identidade lingüística do PB e do PE, no que tange ao evento da colocação dos pronomes.

1.2.2 Específicos

(i) Atestar a norma de ordenação dos clíticos pronominais no PB e no PE, elegendo-se, para tanto, testemunhos literários produzidos por autores representativos da Literatura de ambas as variedades.

(ii) Identificar as variáveis lingüísticas e extralingüísticas relevantes ao fenômeno da cliticização pronominal em ambientes de lexias verbais simples e complexas.

(iii) Averiguar o estatuto da ordem mediante a transição das fases de publicação dos romances adotados na diacronia dos séculos XIX e XX.

1.3 Hipóteses da investigação

No que concerne às hipóteses gerais que nortearam a execução do presente trabalho, tomem-se os seguintes itens:

(i) Postula-se que, no que toca ao fenômeno da ordem, PB e PE apresentariam freqüência distribucional das variantes de modo semelhante no âmbito das lexias verbais simples. A propósito dos domínios de complexos verbais, a variedade brasileira tenderia a denotar maiores índices de manifestação da ordem intra-LVC sem hífen em oposição aos verificados na escrita literária européia.

(ii) No que tange às variáveis de cunho lingüístico condicionadoras da ordem em ambas as variedades, acredita-se que os grupos de fatores possível elemento proclisador e tipo de clítico pronominal seriam decisivos à ordenação dos pronomes átonos de modo geral.

(iii) Acerca das variáveis extralingüísticas, o grupo de fatores época/fase de publicação das obras adotadas constituiria ponto crucial para a compreensão da ordem em termos diacrônicos.

Informa-se que, consoante o desenvolvimento do trabalho, serão apresentadas hipóteses específicas para as demais questões aludidas nesta introdução e para cada contexto e grupo de fatores controlados na pesquisa.

Para maiores esclarecimentos a propósito da configuração estrutural pela qual a presente dissertação se delineia, considere-se a subseção agora introduzida.

(30)

1.4 As partes integrantes de um todo

Constate-se que este trabalho se constitui, além deste segmento introdutório, de mais cinco capítulos, os quais, neste momento, passam a ser apresentados.

No capítulo 2, promove-se a apresentação panorâmica de parte dos estudos que tratam do tema da colocação pronominal na Língua Portuguesa, especialmente em suas variedades brasileira e européia, discriminando-se aqueles cujo domínio temporal examinado coincide, em alguma medida, com as fases aqui contempladas. Lança-se mão, ainda, de alguns compêndios gramaticais de cunho tradicional e não-tradicional relevantes para a compreensão do tema proposto, empreendendo, em seguida, a descrição dos principais resultados obtidos nos diversos trabalhos resenhados.

No que respeita ao capítulo 3, expõem-se os fundamentos teóricos nos quais esta análise se ancora acerca dos princípios preconizados pela Sociolingüística de orientação Laboviana bem como sobre os pressupostos da cliticização, destacando-se, principalmente, o Parâmetro 2, de natureza morfossintática, proposto por Klavans (1985).

A propósito das diretrizes metodológicas, elucidam-se, no quarto capítulo, os pontos cruciais pelos quais se delineia esta investigação, prestando esclarecimentos acerca das etapas cumpridas para o desenvolvimento da análise, no que toca, especificamente, à constituição dos corpora investigados, ao tratamento estatístico dos dados codificados em face das variáveis de caráter lingüístico e extralingüístico, assim como às diversas opções metodológicas adotadas.

O quinto dos capítulos promove a apresentação dos resultados alcançados neste exame variacionista, discriminando-se, separadamente, as constatações evidenciadas acerca da ordem em domínios de lexias verbais simples e complexas, e considerando-se, ainda, o fenômeno de interpolação.

O sexto capítulo, de caráter sistemático e conclusivo, empreende a exposição sumarizada dos resultados quanto à colocação no Português Literário, nos contextos de lexias verbais simples e de lexias verbais complexas, seguida de breves reflexões acerca das contribuições desta pesquisa às questões lingüísticas gerais concernentes ao tratamento do Português do Brasil e do Português Europeu, já mencionadas nesta introdução.

(31)

30

Procede-se, ao fim do trabalho, à apresentação das referências bibliográficas que nortearam as considerações efetuadas. Destaque-se, na seqüência, um segmento de anexos no qual se introduzem informações paralelas, julgando-se relevante concedê-las.

Por todas as considerações proporcionadas, saliente-se, em linhas gerais, que a investigação presente, ao buscar desenvolver uma análise consistente acerca da colocação dos clíticos pronominais nas variedades brasileira e européia do Português Literário, testemunhado no decurso dos séculos XIX e XX, acrescenta novas informações ao conhecimento de que se dispõe acerca do fenômeno. Espera-se que as ponderações aqui estabelecidas suscitem novos debates que encorajem o sempre saudável prosseguimento e aprofundamento das pesquisas científicas no âmbito dos estudos que tomam a língua como seu objeto primordial.

(32)

2. REVISÃO DA LITERATURA CONCERNENTE AO TEMA DA COLOCAÇÃO

Cumpre-se, aqui, o objetivo de apresentar os principais trabalhos3 que tratam do tema da ordem pronominal, os quais, de modo indubitável, suscitam diversos debates no panorama descritivo e prescritivo.

Destaque-se que diversos estudos de cunho teórico-descritivo, especialmente os de orientação formalista, se interessam pelo fenômeno de colocação, uma vez que a ordem dos pronomes átonos vem sendo concebida como parâmetro essencial para a identificação de características que permitem delinear gramáticas – consideradas opções estruturais prototípicas e adquiridas nos primeiros anos de aprendizagem – das línguas ou variedades lingüísticas existentes. Sublinhem-se, assim, dentre as diversas pesquisas que concedem possíveis explicações sintáticas para o estabelecimento dos parâmetros de ordenação do clítico, embora não necessariamente estabeleçam descrições a partir do exame de dados, as investigações de Duarte (1983), Galves (1993), Duarte & Matos (1994), Duarte et alii (2001), dentre outras. No âmbito fonológico, as propostas de Carvalho (1989), Nunes (1996), Galves & Abaurre (1996), Frota & Vigário (1999), por exemplo, objetivam relacionar a colocação ao condicionamento rítmico e acentual.4

Aos estudos supracitados, acrescentem-se as investigações que se valem de corpus representativo para análise empírica da ordem segundo a perspectiva sincrônica e diacrônica do fenômeno no Português do Brasil e no Português Europeu, dentre as quais se verificam aquelas que se ocupam ora de ambas as variedades, ora exclusivamente de uma delas.

No âmbito do Português Europeu, arrolam-se, por exemplo, as análises de Lobo (1991)5, Martins (1994), Ribeiro (1995) e Magro (2004). A propósito do Português do Brasil6, ressaltem-se, dentre vários trabalhos, as contribuições de Pereira (1981),

3 Convém registrar que o capítulo presente contempla parte dos trabalhos que possuem como objeto

central de debate a ordenação dos clíticos pronominais, não estabelecendo um levantamento exaustivo dos estudos que integram a vasta literatura acerca da questão. Priorizaram-se aqueles que buscam apresentar normas subjetivas ou objetivas acerca do fenômeno, bem como aqueles que se ocuparam do percurso diacrônico com base no tratamento empírico de dados.

4 Para maior conhecimento do teor dos trabalhos citados, sugere-se consultar, além das próprias obras em

questão, a tese de doutorado de Vieira (2002).

5 Certifique-se de que Lobo (1991) estabelece um estudo sincrônico a partir de textos do século XV,

cotejando seus resultados com dados das variedades européia e brasileira obtidos em outras investigações.

6 Grande parte das investigações arroladas no domínio do Português do Brasil ocupa-se, também, de

outras variedades, como Vieira (2002), que efetua o exame não somente contemplando o Português do Brasil e o Português Europeu, como também a variedade moçambicana da língua.

(33)

32

Pagotto (1992), Lobo (1991), Monteiro (1994), Vieira (2002), Schei (2003), Machado Morito (2007), Martins (2009) e Nunes (2009).

Mediante o panorama geral das obras ora apresentado, promove-se, doravante, a apresentação sintética dos estudos selecionados, contemplando-se, ainda, as considerações tecidas sobre a ordem em determinados compêndios gramaticais.

2.1 A ordenação dos clíticos pronominais consoante o panorama tradicional

A fim de ilustrar parte das constatações dignas de nota acerca do evento da ordem no âmbito do tratamento tradicional, promove-se, na seqüência, a apresentação de algumas ponderações que se julgam relevantes.

No que se refere a dois estudos do início do século XX a respeito do estabelecimento de uma norma brasileira e de uma norma européia acerca da colocação pronominal, considerem-se, por exemplo, os trabalhos de Figueiredo (1917 [1909]) e de Said Ali (1966 [1908]), apresentados de modo sintético.

O europeu Cândido de Figueiredo, em O problema da colocação de pronomes, datado de 1909, apesar do extremo conservadorismo purista em considerar que algumas estruturas observadas no Português do Brasil não poderiam ser avalizadas como “portuguesas”, salienta que, segundo a intenção e a entoação de quem fala, a ordenação dos elementos de uma frase ou de um período pode sofrer variação.

No que concerne ao estudioso brasileiro Said Ali, em Dificuldades da língua portuguesa, de 1908, o autor tece importantes considerações sobre o que seria a norma de colocação dos pronomes átonos nas variedades brasileira e européia do Português, dentre as quais se destacam as de caráter fonético no que se refere, especificamente, ao conceito de atração. O teórico postula que qualquer vocábulo pode exercer influência na atração fonética do pronome átono desde que anteposto ao verbo, destituído de entonação e pausa. Acerca da tonicidade das palavras, salienta a tendência do Português em evitar criação de segmentos proparoxítonos.

Conforme se constata pelos estudos supracitados, perceba-se que, apesar de trabalhos do início do século XX salientarem que as regras de colocação brasileira se revelam divergentes das portuguesas, os compêndios gramaticais prescritivos atuais determinam regras que se aplicariam, igualmente, tanto à variedade brasileira quanto à variedade européia do idioma. Isso dito, ressalte-se que tais gramáticas, embora reconheçam disparidades entre PB e PE quanto ao fenômeno da ordem, recomendam,

(34)

por exemplo, a colocação enclítica como regra geral, considerando, de modo especial, o que se idealiza para a escrita literária (cf. Cunha & Cintra, 2001: 300).

No que tange aos contextos em que a variante pré-verbal se faz obrigatória devido à “atração” exercida por alguns itens, discriminem-se os seguintes domínios arrolados pela tradição gramatical, em contextos com formas verbais finitas:

(i) Sentenças negativas (Nunca se viu tal atitude7);

(ii) Orações exclamativas (Quanto sangue se derramou inutilmente!); (iii) Orações interrogativas (Quem o obrigou a sair?);

(iv) Orações subordinadas (Espero que me atendas sem demora);

(v) Construções com alguns elementos adverbiais [já, aqui, bem, entre outros] (Aqui se aprende a defender a pátria);

(vi) Pronomes indefinidos e numeral ambos (Tudo se fez como você sugeriu; Todos os barcos se perdem, entre o passado e o futuro).

Considere-se que a pausa – identificada nos manuais pela vírgula – entre um elemento “atrator” e o verbo é sinalizada como fator que tende a favorecer a ênclise, mesmo estando o pronome antecedido por um item proclisador.

Ademais, propõe-se a ênclise como regra geral com formas verbais no infinitivo e no gerúndio. Entretanto, no que respeita ao infinitivo, admite-se, ainda, a possibilidade de colocação proclítica ou enclítica uma vez que o verbo se encontre antecedido de preposição ou de vocábulo negativo. Sugere-se a ênclise como opção preferencial quando o elemento verbal no infinitivo se exibe regido de preposição a associado ao pronome o/a (Se soubesse, não continuaria a lê-lo). Recomenda-se a próclise obrigatória nos casos em que o gerúndio se encontra precedido pela preposição em (Em se tratando de minorar o sofrimento alheio, podemos contar com a sua colaboração.), bem como por advérbios responsáveis por modificar o pronome sem pausa entre si (Não nos provando essa grave denúncia, a testemunha será processada.).

No que tange ao evento da ordem em locuções verbais, grosso modo, os manuais prescritivos admitem três possibilidades, quais sejam: (i) ênclise ao verbo auxiliar (O presidente quer lhe falar ainda hoje.), (ii) próclise ao verbo auxiliar (O presidente lhe quer falar ainda hoje.) e (iii) ênclise ao verbo principal (O presidente quer falar-lhe ainda hoje.) – sendo esta última possibilidade não aplicada às estruturas participiais.

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As ilustrações indicadas correspondem, por vezes, a adaptações dos exemplos observados nos manuais analisados.

Referências

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