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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA EMESCAM ALEXSANDRO DOS SANTOS ARTHUR ANDRADE HUGUININ

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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA – EMESCAM

ALEXSANDRO DOS SANTOS ARTHUR ANDRADE HUGUININ

FRANCISCO JOSÉ LESSA PRATES DE MATOS

INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA AGUDA NOS PARAMETROS HEMODINÂMICOS E QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES SUBMETIDOS À

HEMODIÁLISE

VITÓRIA 2018

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ALEXSANDRO DOS SANTOS ARTHUR ANDRADE HUGUININ

FRANCISCO JOSÉ LESSA PRATES DE MATOS

INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA AGUDA NOS PARAMETROS HEMODINÂMICOS E QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES SUBMETIDOS À

HEMODIÁLISE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de graduação em fisioterapia da Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória – EMESCAM como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Fisioterapia.

Orientadora: Profª. Drª. Giovana Machado Souza Simões

Co-Orientador: Dr. Michel Silvestre Zouain Assbu

VITÓRIA 2018

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ALEXSANDRO DOS SANTOS ARTHUR ANDRADE HUGUININ

FRANCISCO JOSÉ LESSA PRATES DE MATOS

INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA AGUDA NOS PARAMETROS HEMODINÂMICOS E QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES SUBMETIDOS À

HEMODIÁLISE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de graduação em fisioterapia da Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória – EMESCAM como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Fisioterapia. Aprovada em 20 de junho de 2018.

Aprovada em: ___/___/______ BANCA EXAMINADORA

________________________________________________________ Doutora Giovana Machado Souza Simões

Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória – EMESCAM

Orientadora.

________________________________________________________ Mestre. Fabíola dos Santos Dornellas Oliveira

Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória – EMESCAM

________________________________________________________ Mestre. Roseane Nelo dos Santos

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DEDICATÓRIA

Dedico tudo a Deus por ter me dado forças e em especial, a minha família e amigos que me apoiaram até aqui.

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus que iluminou nossos caminhos, dando conhecimento e forças para concluirmos nossos objetivos e por sempre estar presente nos momentos de angustia.

Em especial aos nossos pais, pelo sacrifício de investir e acreditarem em nós, pelo exemplo que são e pelo amor incondicional em todo momento. Aos familiares que sempre estiveram presentes e ficaram na torcida para concluirmos essa etapa com muito sucesso.

A nossa querida e excepcional orientadoraProfa. Dra. Giovana Machado Souza Simões, por nos ajudar com seus ensinamentos, por cada momento de paciência, por todos os conselhos, por ser a todo momento amorosa e atenciosa. Sempre mostrando que venceríamos essa etapa de nossas vidas, pela confiança que teve em nós, porém só vencemos, pois tivemos uma orientadora presente e carinhosa, devemos muito a ela, e agradecemos a amizade pela qual criamos acima de tudo.

Aos nossos eternos colegas acadêmicos, por cada momento único e inesquecível de muita alegria, amizade e aprendizado, tornando essa jornada mais alegre e sempre mostrando o valor de amizade.

A EMESCAM, que nos proporcionou uma formação academia de excelência, oportunizando realizarmos nosso sonho.

Aos professores por toda a dedicação, enriquecendo todos os dias nossos conhecimentos durante nossa vida acadêmica.

Ao Serviço de Nefrologia do Hospital da Associação dos Funcionários Públicos do Estado do Espírito Santo que foi o campo deste estudo e a todos que em algum momento fizeram parte dessa nossa jornada, um sincero muito obrigado.

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RESUMO

A doença renal crônica é considerado um grande problema de saúde pública pelas suas elevadas taxas de morbidade e mortalidade. Comparados a população geral, os pacientes de doença renal crônica possuem uma menor capacidade funcional e física e o tratamento de hemodiálise torna as atividades desses pacientes limitadas após o início do tratamento, favorecendo a limitação funcional e ao sedentarismo, levando a uma diminuição da qualidade de vida.

Este trabalho teve o intento de verificar os efeitos de um exercício físico aeróbio no âmbito físico e em sua qualidade de vida dos pacientes com insuficiência renal crônica submetidos a hemodiálise. Para o desenvolvimento dessa pesquisa foram realizadas buscas bibliográficas e um estudo de campo.

No referencial teórico identificamos que a doença renal crônica pode resultar em complicações tanto físicas quanto psíquicas, as quais necessitam de um tratamento global de reabilitação. A atuação da fisioterapia nas clinicas de hemodiálise é de extrema importância, pois melhora muitos indicadores de funcionamento físico, como condicionamento físico, massa muscular, desempenho físico e funcionamento físico autorreferido. Sendo de suma importância a aplicação de programas de atividade física dentro do ambiente de diálise, pois esta prática têm o potencial de ser de grande benefício, e os princípios de implementação são semelhantes àqueles delineados para um programa de caminhada

A pesquisa de campo se caracterizou por um estudo transversal descritivo com 18 pacientes e foi realizado no Serviço de Nefrologia do Hospital da Associação dos Funcionários Públicos do Estado do Espírito Santo (HAFPES)

A idade média dos pacientes foi a 49 anos, sendo treze pacientes homens e cinco mulheres. Na análise da média das variáveis antropométricas, peso 63kg, altura 166cm e IMC 22.95, sendo observado a classificação apenas da obesidade tipo II. O fator de risco foi, predominantemente, a HAS 72,3% e o tabagismo 72,3%.

Vale ressaltar que é importante que profissionais e pacientes devam se conscientizar sobre a importância da atuação do fisioterapeuta durante o processo de diálise destes pacientes, para que os mesmos tenham melhores resultados hemodinâmicos, funcionais e em sua qualidade de vida.

Palavras-Chave: Fisioterapia, Insuficiência Renal, Hemodiálise, Exercício Físico, qualidade de vida.

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ABSTRACT

Keywords: Physical Therapy, Renal Insufficiency, Hemodialysis, Exercise, quality of life, Renal Insufficiency

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

IRC Insuficiência Renal Crônica

SBN Sociedade Brasileira de Nefrologia DRC Doença Renal Crônica

AVD Atividades Básicas de Vida Diária SUS Sistema Único de Saúde

IECA Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina BRAT Bloqueadores do Receptor de Angiotensina

PMP Pacientes por Milhão da População

HD Hemodiálise

QV Qualidade de Vida

HAFPES Serviço de Nefrologia do Hospital da Associação dos Funcionários Públicos do Estado do Espírito Santo

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SUMÁRIO

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ... 11

2 REFERÊNCIAL TEÓRICO ... 13

2.1 INSUFICIÊNCIA RENAL: ETIOLOGIA, DIAGNÓSTICO, PROGRESSÃO E TRATAMENTO ... 13

2.2 INSUFICIÊNCIA RENAL: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA ... 16

2.3 FUNCIONALIDADE E ATIVIDADE FISICA EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA ... 17

2.4 QUALIDADE DE VIDA ... 18

2.5 ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA ... 19

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 30

REFERÊNCIAS ... 32

APÊNDICES ... 35

APÊNDICE A – Ficha de coleta de dados do perfil dos indivíduos ... 35

APÊNDICE B – Ficha de parâmetros hemodinâicos ... 36

ANEXOS ... 37

ANEXO A – Carta de anuência Hospital da Associação dos Funcionários Públicos do Espirito Santo - HAFPES ... 37

ANEXO B – Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa ... 38

ANEXO C – Capa da Brazilian Journal of Nephrology ... 41

ANEXO D – Normas da Brazilian Journal of Nephrology... 42

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1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A insuficiência renal é caracterizada com a perda de sua função renal e resulta no acúmulo de metabólitos no sangue. Como resultado, o equilíbrio de fluidos e eletrólitos no corpo ficam perturbados, causando problemas graves de saúde. A perda gradual da função renal ao longo de um período de vários anos é denominada como doença renal crônica. A doença renal crônica consiste em lesão renal e perda progressiva e irreversível da função dos rins (glomerular, tubular e endócrina). Em sua fase mais avançada (chamada de fase terminal da doença renal crônica), os rins não conseguem mais manter a normalidade do meio interno do paciente (PINTO AR et al, 2016; CHEN S.F., WANG I. J., LANG H. C. 2016; WANG T., WU SC., YANG WC 1995).

A doença renal crônica é considerado um grande problema de saúde pública pelas suas elevadas taxas de morbidade e mortalidade. Comparados a população geral, os pacientes de doença renal crônica possuem uma menor capacidade funcional e física e o tratamento de hemodiálise torna as atividades desses pacientes limitadas após o início do tratamento, favorecendo a limitação funcional e ao sedentarismo. (JUNIOR ROMÃO J. E., 2004; SAKKAS G. K. et al, 2003)

Pacientes em hemodiálise são menos ativos, apresentam também uma baixa taxa de tolerância ao exercício, além de ter um alto descondicionamento físico, provavelmente relacionados à anemia, miopatia, atrofia muscular, disfunção autonômica, neuropatia urêmica, redução de força muscular, diminuição da flexibilidade, má nutrição e comorbidades associadas. (CASTRO A.M., 1998)

No geral, a atividade física está relacionada com a melhoria da capacidade física e ajuda ainda mais no controle de doenças crônicas, incluindo a doença renal crônica. É relatado que o nível de aptidão física dos pacientes em hemodiálise tende a melhorar seus níveis de função. O treinamento físico pode melhorar significativamente vários indicadores de tolerância ao exercício, bem como outros sintomas de uremia em pacientes com doença renal crônica. Dessa forma o treinamento de exercícios programados durante o procedimento de hemodiálise pode ser desejável devido à maior participação do paciente e à aderência ao programa. (ADAMS. G. R., 2006)

A fisioterapia contribui de forma significativa na prevenção, no retardo da evolução e na melhoria de várias complicações apresentadas pelos pacientes com doença renal crônica. Entretanto, os programas de exercícios existentes para esses pacientes, não são realizados

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durante a hemodiálise. Poucos estudos revelam que a fisioterapia durante as sessões de hemodiálise pode ser significativa para a reabilitação física nestes pacientes e ainda divergem quanto à prescrição da atividade física. (REBOREDO M. M. et al., 2007; COELHO D. M., RIBEIRO J. M., SOARES D. D., 2008; ADAMS, 2006)

Devido ao crescimento do número de indivíduos portadores de Doença Renal Crônica no Brasil, especificamente na Grande Vitória e ao restrito interesse do setor público em oferecer melhores condições no acesso ao atendimento e propostas terapêuticas, viu-se a oportunidade a realização deste estudo, permitindo apontar aos profissionais uma oportunidade em busca de aperfeiçoar o conhecimento na área nefrológica e assim oferecer uma assistência especializada.

Para o desenvolvimento deste estudo, foi realizado primeiramente um levantamento bibliográfico sobre o assunto e posteriormente a pesquisa de campo com pacientes com insuficiência renal crônica no setor de nefrologia do Hospital da Associação dos Funcionários Públicos do Estado do Espírito Santo, descritos nos capítulos 2 e 3 dessa monografia.

O capitulo 2 é composto pelo referencial teórico onde foi abordado a doença renal crônica como um problema de saúde pública, apresentando dados epidemiológicos, fisiopatologia da doença e suas consequências, as formas de classificação e extensão, bem como as vias de tratamento, especialmente a abordagem fisioterapêutica.

O capítulo 3 traz o artigo cientifico pelos autores, intitulado em “Influência da atividade física aguda em pacientes submetidos à hemodiálise”, cujo o objetivo foi verificar a influência do exercício aeróbio agudo na hemodinâmica e qualidade de vida dos pacientes com insuficiência renal grave durante a hemodiálise.

Por fim, no último capítulo, serão descritas as considerações finais deste estudo, seguido das referências bibliográficas, apêndices e anexos pertinentes ao trabalho.

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2 REFERÊNCIAL TEÓRICO

2.1 INSUFICIÊNCIA RENAL: ETIOLOGIA, DIAGNÓSTICO, PROGRESSÃO E TRATAMENTO

A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é representada por um diagnóstico complexo de perda progressiva e irreversível do número de néfrons funcionantes responsáveis pela filtração glomerular. Embora a doença renal crônica seja controlável, ela é incurável, progressiva e tem elevada morbidade e letalidade, sendo associada a muitos custos pessoais, familiares e sociais (BARROS et al., 2006).

Os rins desempenham funções fisiológicas que podem ser divididas em três grupos principais: Função excretora: responsável pela excreção de catabólitos do nosso metabolismo e de muitas substâncias ingeridas e não utilizadas por ele; Função homeostática: onde ocorre a manutenção de equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-base; Função endócrina e reguladora hormonal: onde ocorre a produção de vitamina D, eritropoietina, renina, catabolismo e regulação de outros hormônios. (PINTO A. R., DA SILVA N. C., PINATO L., 2016; CHEN SF et al, 2016)

Desta forma, o quadro clinico da insuficiência renal crônica caracteriza-se pela deteriorização das funções bioquímicas e fisiológicas de todos os sistemas do organismo, seguido pelo acumulo de toxinas urêmicas, alterações do equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico e distúrbios hormonais. (CENDOROGLO, M. et al., 1998)

O Inquérito Brasileiro de Dialise Crônica da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) aponta como causas da IRC a hipertensão arterial (34%), diabetes mellitus (30%), glomerulonefrite (9%), rins policísticos (4%), outros diagnósticos (12%) e indefinido (11%). As causas da IRC envolvem as doenças primárias e doenças sistêmicas que acometem os rins e as doenças do trato urinário (SESSO, et al., 2016).

A etiologia da insuficiência renal crônica podem ser divididas em três grupos: 1. Doenças primárias dos rins, como glomerulonefrites primárias, rins policísticos, síndrome de Alport, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, e vasculites. 2. Doenças sistêmicas que também acometem os rins, como mieloma múltiplo, gota, oxalose, cistinose e doença de Fabry; e 3. Doenças do trato urinário, como a nefrolitíase, obstrução urinária, refluxo vesicoureteral e válvula de uretra posterior. A frequência das etiologias pode variar de acordo

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com a faixa etária e com a população de renais estudadas, em dialise ou não. (CENDOROGLO, M. et al., 1998; RIELLA, 2010).

A insuficiência renal crônica pode ser dividida em seis estágios funcionais, de acordo com o grau de função renal do paciente:

Fase de função rena normal sem lesão renal – importante do ponto de vista epidemiológico, pois inclui pessoas integrantes dos chamados grupos de risco para o desenvolvimento da doença renal crônica (hipertensos, diabéticos, parentes de hipertensos, diabéticos e portadores de insuficiência renal crônica), que ainda não desenvolveram a lesão renal. (JUNIOR ROMÃO J. E., 2004; CENDOROGLO, M. et al., 1998; RIELLA, 2010) Fase de lesão com função renal normal – corresponde às fases iniciais de lesão renal com filtração glomerular preservada, ou seja, o ritmo de filtração glomerular está acima de 90 ml/min/1,73m2. JUNIOR ROMÃO J. E., 2004; CENDOROGLO, M. et al., 1998; RIELLA, 2010)

Fase de insuficiência renal funcional ou leve – ocorre no início da perda de função dos rins. Nesta fase, os níveis de uréia e creatinina plasmáticos ainda são normais, não há sinais ou sintomas clínicos importantes de insuficiência renal e somente métodos acurados de avaliação da função do rim (métodos de depuração, por exemplo) irão detectar estas anormalidades. Os rins conseguem manter razoável controle do meio interno. Compreende a um ritmo filtração glomerular entre 60 e 89 ml/min/1,73m2. (JUNIOR ROMÃO J. E., 2004 CENDOROGLO, M. et al., 1998; RIELLA, 2010)

Fase de insuficiência renal laboratorial ou moderada – nesta fase embora os sinais e sintomas da uremia possam estar presentes de maneira discreta, o paciente mantém-se clinicamente bem. Na maioria das vezes, apresenta somente sinais e sintomas ligados à causa básica (lupus, hipertensão arterial, diabetes mellitus, infecções urinárias, etc.). Avaliação laboratorial simples já nos mostra, quase sempre, níveis elevados de uréia e de creatinina plasmáticos. Corresponde a uma faixa de ritmo de filtração glomerular compreendido entre 30 e 59 ml/min/1,73m2. (JUNIOR ROMÃO, 2004; CENDOROGLO, M. et al., 1998; RIELLA, 2010)

Fase de insuficiência renal clínica ou severa – o paciente já se ressente de disfunção renal. Apresenta sinais e sintomas marcados de uremia. Dentre estes a anemia, a hipertensão

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arterial, o edema, a fraqueza, o mal-estar e os sintomas digestivos são os mais precoces e comuns. Corresponde à faixa de ritmo de filtração glomerular entre 15 a 29 ml/min/1,73m2. (JUNIOR ROMÃO, 2004; CENDOROGLO, M. et al., 1998; RIELLA, 2010)

Fase terminal de insuficiência renal crônica – como o próprio nome indica, corresponde à faixa de função renal na qual os rins perderam o controle do meio interno, tornando-se este bastante alterado para ser incompatível com a vida. Nesta fase, o paciente encontra-se intensamente sintomático. Suas opções terapêuticas são os métodos de depuração artificial do sangue (diálise peritoneal ou hemodiálise) ou o transplante renal. Compreende a um ritmo de filtração glomerular inferior a 15 ml/min/1,73m2. (JUNIOR ROMÃO, 2004; CENDOROGLO, M. et al., 1998; RIELLA, 2010)

Podemos dividir os sintomas da insuficiência renal crônica em três fases: 1. Perda de função assintomática (perdas de filtração glomerular de até 50 a 60%); 2. Insuficiência renal compensada (perdas de filtração entre 60 a 90%); 3. Insuficiência renal descompensada, com síndrome urêmica manifestada (perdas de filtração > de 90%). (SCHOR, N. et al., 2005) Na primeira fase, assintomática, os pacientes podem apresentar sinais, sintomas e quadro bioquímico relativos à etiologia que os levou a insuficiência renal, tais como exame de urina mostrando proteinúria e hematúria de uma glomerulonefrite, glicosúria e preoteinúria do diabete. (SCHOR, N. et al., 2005).

Na fase de insuficiência renal compensada, os principais sintomas decorrentes da perda da função são a hipertensão arterial, devido à redução da massa renal, retenção de sódio e hiperatividade simpática, e a anemia, causada pela redução da produção de eritropoietina. (SCHOR, N. et al., 2005)

Na fase de insuficiência renal descompensada o paciente desenvolver por completo a síndrome urêmica, cujo ocorrem inúmeras manifestações clinicas nos sistemas neurológicos centrais e periféricos, gastrintestinais, cardiovasculares e pulmonares, hematológicos, endocrinológicos, metabólicos, infecciosos e dermatológicos. (SCHOR, N. et al., 2005) O tratamento da Doença Renal Crônica (DRC) são as diálises, em suas duas formas - hemodiálise ou diálise peritoneal, sendo a hemodiálise com maior número de crescimento ao ano, cerca de 7 %. No Brasil, entre 2011 e 2016, o crescimento do número de pacientes em

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diálise foi cerca de 6,3% ao ano, sendo o Sistema Único de Saúde (SUS) responsável por 89% do financiamento desse tratamento. (SESSO et al., 2016; SESSO et al., 2017)

A intervenção a ser realizada em pacientes com DRC depende do estágio da doença, da identificação de complicações ou comorbidades, particularmente as cardiovasculares. (BASTOS; BREGMAN; KIRSZTAJN, 2010)

Os estudos têm mostrado que o melhor tratamento para o controle da hipertensão arterial em pacientes com DRC baseia-se no uso de agentes anti-hipertensivos impedidores do sistema renina-angiotensina, como os inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) e os bloqueadores do receptor de angiotensina (BRAT) (MAGALHÃES; GOULART, 2015).

2.2 INSUFICIÊNCIA RENAL: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA

Dados apresentados em 1 de julho de 2016 pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) demonstraram um número total estimado de pacientes no país de, aproximadamente, 112.825 pessoas. Este número representa um aumento de 31,5 mil pacientes no período de 2011 a 2016, no qual este número era de 91.314 pacientes. Houve um aumento anual médio no número de pacientes de 6,3% nos últimos cinco anos (SESSO, et al., 2017).

O número estimado de pacientes que iniciaram tratamento em 2016 no Brasil foi de 39.714, correspondendo a uma taxa de incidência de 193 pacientes por milhão da população (pmp) (Figura 1). A taxa de prevalência de tratamento dialítico em 2016 foi de 596/pmp, variando por região entre 344/pmp na região Norte a 700/pmp na região Sudeste, sendo o estado do Espirito Santo responsável pela prevalência de 593/pmp. (Figura 2). A taxa de prevalência global aumentou em relação a 2015 (544/pmp) (SESSO, et al., 2017).

Incidência estimada de pacientes em dialise no Brasil, por região, 2013-2016

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2.3 FUNCIONALIDADE E ATIVIDADE FISICA EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

Comparados a população geral, os pacientes de insuficiência renal crônica possuem uma menor capacidade funcional e física e o tratamento de hemodiálise torna as atividades desses pacientes limitadas após o início do tratamento, favorecendo a limitação funcional e ao sedentarismo. Embora os avanços da hemodiálise terem melhorado a sobrevida dos pacientes, esse tratamento, isoladamente, não garante a preservação da qualidade de vida e alguns estudos demonstram reduções significantes na qualidade de vida dos pacientes com doença renal crônica em hemodiálise. (SAKKAS G. K. et al, 2003; MARTINS M. R. I., CESARINO B. C., 2005; PARK M., et al, 2002)

Pacientes em hemodiálise são menos ativos, apresentam também uma baixa taxa de tolerância ao exercício, além de ter um alto descondicionamento físico, provavelmente relacionados à anemia, miopatia, atrofia muscular, disfunção autonômica, neuropatia urêmica, redução de força muscular, diminuição da flexibilidade, má nutrição e comorbidades associadas. (CASTRO A. M, 1998)

Em comparação com os indivíduos saudáveis, os indicadores de capacidade aeróbia, como o pico de absorção de oxigênio, são prejudicados em pacientes com doença renal. As limitações impostas por essas deficiências são suficientes para impactar negativamente as atividades diárias rotineiras. (SIETSEMA K. E et al., 2002)

Prevalência estimada de pacientes em dialise no Brasil, por região, 2013-1016

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No geral, a atividade física está relacionada com a melhoria da capacidade física e ajuda ainda mais no controle de doenças crônicas, incluindo a insuficiência renal crônica. É relatado que o nível de aptidão física dos pacientes em hemodiálise tende a melhorar seus níveis de função. O treinamento físico pode melhorar significativamente vários indicadores de tolerância ao exercício, bem como outros sintomas de uremia em pacientes com doença renal crônica. Dessa forma o treinamento de exercícios programados durante o procedimento de hemodiálise pode ser desejável devido à maior participação do paciente e à aderência ao programa. (ADAMS, 2006)

2.4 QUALIDADE DE VIDA

A Insuficiência renal crônica e o seu tratamento podem afetar na capacidade física socioeconômica e emocional. Pacientes passam à ter limitação ou impedimento de realizar suas atividades do cotidiano, seja um indivíduo adulto, ou idoso, fazendo com que enfrentem uma sensação de frustração e impotência por conta da sobrecarga financeira que a doença traz. Normalmente, pacientes submetidos à hemodiálise apresentam dificuldade ao realizar grandes esforços, relatando desanimo, falta de energia, diminuição da capacidade funcional e resistência. (KUSUMOTO et al., 2008)

É comum o paciente portador de doença renal crônica apresentar comportamentos agressivos, ansiosos e depressivos, pois é exigido do paciente neste contexto, uma nova construção psíquica, uma capacidade de adaptação e adesão a todas as exigências do tratamento. Autores ressaltam que a experiência de hospitalização altera significativamente a vida dos pacientes, o grau de afecção e perda de autonomia influencia diretamente na depressão emocional. (OLIVEIRA et al., 2016)

Quando os pacientes recebem o apoio de seus familiares e dos trabalhadores da saúde conseguem melhor superar essas limitações e se readaptar à nova rotina de vida, reconhecendo o tratamento como decisivo para a sua qualidade de vida. Assim, entende-se que a aceitação do tratamento dialítico e as readaptações necessárias nas rotinas e estilo de vida são necessárias para um viver com mais qualidade. (SILVA et al., 2013)

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2.5 ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA

Fisioterapeutas devem avaliar a função física para monitorar a progressão da doença e propor programas de exercícios. A Diminuição da função física é consequência do tempo de diálise, das alterações metabólicas que acompanham a doença e os efeitos catabólicos da hemodiálise (OVEREND T. et al., 2010; STERKY E., STEGMAYR B. G, 2005)

O papel da fisioterapia em relação ao paciente com insuficiência renal crônica submetido à hemodiálise é de melhorar a frequência cardíaca, frequência respiratória, satO2, pressão arterial, capacidade funcional, grau de força muscular, anemia, nível de dor e resistência. O fisioterapeuta realiza exercícios aeróbios durante a hemodiálise, por um longo período, avaliando os parâmetros hemodinâmicos pré/pós-aplicação. (SILVA et al., 2013)

O exercício pode melhorar muitos indicadores de funcionamento físico, como condicionamento físico, massa muscular, desempenho físico e funcionamento físico autorreferido. Sendo de suma importância a aplicação de programas de atividade física dentro do ambiente de diálise, pois esta prática têm o potencial de ser de grande benefício, e os princípios de implementação são semelhantes àqueles delineados para um programa de caminhada (avaliação inicial, começando em um nível baixo conforme tolerado, e progressão gradual em direção aos objetivos). (JOHANSEN, KIRSTEN L. et al., 2007)

A conduta da fisioterapia e de eficácia dos programas de exercícios é clara em pacientes em hemodiálise. No entanto, é imprescindível para selecionar pacientes corretos e reavaliar sua aptidão para o exercício em cada sessão com uma equipe multidisciplinar. (MAHROVA A, SVAGROVA K., 2013)

Apesar da evidência e necessidade da importância na atenção aos pacientes com insuficiência renal crônica, ainda se tem poucas evidencias de um protocolo padrão para a atuação da fisioterapia nestes pacientes. Dessa forma com o objetivo de tentar contribuir para o preenchimento dessa lacuna na literatura foi realizado o estudo intitulado “Influência da atividade física aguda nos parâmetros hemodinâmicos e qualidade de vida de pacientes submetidos à hemodiálise” que foi fruto do projeto de Iniciação Científica, realizado pelos pesquisadores e que será descrito a seguir.

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3 ARTIGO ORIGINAL

Influência da Atividade Física Aguda em pacientes submetidos à Hemodiálise

Influence of Acute Physical Activity in Hemodialysis Patients

Alexsandro dos Santos¹, Arthur Andrade Huguinin², Francisco José de Matos Prates Lessa³, Giovana Machado Souza Simões

RESUMO

Introdução: A doença renal crônica (DRC) é definida pela perda progressiva e irreversível das funções renais. Comparados a população geral, os pacientes de DCR possuem uma menor capacidade funcional e física e o tratamento de hemodiálise (HD) torna as atividades desses pacientes limitadas após o início do tratamento, favorecendo a limitação funcional e ao sedentarismo. Objetivo: verificar a influência do exercício aeróbio agudo na pressão arterial e frequência cardíaca em pacientes com insuficiência renal grave durante a hemodiálise. Materiais e metodos: estudo transversal descritivo, composto por 18 pacientes voluntários adultos (13 Homens e 5 mulheres) com média de 49 anos. Verificou-se os fatores de risco cardiovasculares, medidas antropométricas, estado hemodinâmico, esforço aeróbico através de uma sessão de com a bicicleta ergométrica, 30 minutos, por 3 vezes na semana e WHOQOL-bref para avaliar a QV. Para verificar a normalidade dos dados realizou-se o teste de Shapiro-Wilk. Quando a hipótese de normalidade não foi rejeitada, realizou-se o teste t-student para comparar as variáveis no pré e pós atividade física, caso contrário, foi utilizado o teste não paramétrico de Wilcoxon. Resultados: Não Foi encontrada diferença significativamente na PAS (p = 0,40), DIA (p = 0,19) e somente foi encontrada diferença na FC (p = 0,02). Os escores do WHOQOL-bref mostraram um pior estado de saúde evidenciada pela pontuação baixa nos escores de QV.

Palavras-chaves: fisioterapia, insuficiencia renal, hemodialise, exercicio fisico, qualidade de

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ABSTRACT

Introduction: Acute kidney injury is defined by the progressive and irreversible loss of renal function. Compared to the population and the patients of renal insufficiency have the lowest functional capacity and physical and treatment of hemodialysis offers the patients of the patients limited stays after the beginning of the treatment, which has been the functional and digital to sedentary lifestyle. Objective: To verify the influence of aerobic exercise on blood pressure and heart rate in patients with renal tumors during hemodialysis. Materials and methods: a descriptive cross-sectional study, consisting of 18 adult patients (13 men and 5 women) with a mean age of 49 years. Cardiovascular risk factors, anthropometric measures, hemodynamic status, aerobic exercise through a bicycle ergometer session, 30 minutes, 3 times a week and the WHOQOL-bref to assess the quality of life were verified. To verify the normality of the data, the Shapiro-Wilk test was performed. When a normality hypothesis was not rejected, there was no student test for comparison variables in the pre-test physics, otherwise the Wilcoxon non-parametric test was used. Results: Corrected by PAS (p = 0.40), DIA (p = 0.19) and FC selection (p = 0.02). The WHOQOL-brefefin scores a poor health status evidenced by the low score in the quality of life.

Keywords: Physical Therapy, Renal Insufficiency, Hemodialysis, Exercise, quality of life, Renal Insufficiency

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Introdução

A doença renal crônica (DRC) é definida pela perda progressiva e irreversível das funções renais1. A condição na qual causa a diminuição da funcionalidade dos rins é a destruição dos néfrons, que resulta em uma incapacidade do organismo manter o equilíbrio hidroeletrolítico e metabólico renal2,3.

DCR é considerado um grande problema de saúde pública pelas suas elevadas taxas de morbidade e mortalidade1. Dados apresentados em julho de 2016 pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) demonstraram que, aproximadamente, 112.825 pacientes realizaram tratamento dialítico e 91,6% encontravam-se em tratamento de hemodiálise (HD)4.

Comparados a população geral, os pacientes de DCR possuem uma menor capacidade funcional e física5 e o tratamento de hemodiálise torna as atividades desses pacientes limitadas após o início do tratamento, favorecendo a limitação funcional e ao sedentarismo6. Embora os avanços da hemodiálise terem melhorado a sobrevida dos pacientes, esse tratamento, isoladamente, não garante a preservação da qualidade de vida (QV) e alguns estudos demonstram reduções significantes na QV de pacientes com DRC em HD.7

Pacientes em HD são menos ativos, apresentam também uma baixa taxa de tolerância ao exercício, além de ter um alto descondicionamento físico, provavelmente relacionados à anemia, miopatia, atrofia muscular, disfunção autonômica, neuropatia urêmica, redução de força muscular, diminuição da flexibilidade, má nutrição e comorbidades associadas.8

A fisioterapia contribui de forma significativa na prevenção, no retardo da evolução e na melhoria de várias complicações apresentadas pelos pacientes com DCR.9 Entretanto, os programas de exercícios existentes para esses pacientes, não são realizados durante a HD.10 Neste estudo verificou-se a influência do exercício aeróbio agudo na pressão arterial e frequência cardíaca em pacientes com insuficiência renal grave durante a hemodiálise, além da influência das sessões de exercício físico na percepção da qualidade de vida e nos níveis séricos.

Métodos

Trata-se de um estudo transversal descritivo, no qual foram avaliados 18 pacientes voluntários adultos (13 Homens e 5 mulheres) com média de 49 anos, em programa de HD no Serviço de Nefrologia do Hospital da Associação dos Funcionários Públicos do Estado do Espírito Santo

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(HAFPES). Para inclusão no estudo, era necessário está na faixa etária de 30 a 65 anos de idade; apresentar diagnóstico de insuficiência renal crônica; indicação médica para realização de hemodiálise; paciente que se encontrava em realização de tratamento dialítico e que aceitaram assinar o termo de consentimento livre e esclarecido, conforme a Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória – EMESCAM.

Foram critérios de exclusão, instabilidade hemodinâmica; diagnóstico de doenças cardiovasculares graves; isquemias cardíacas; tromboses venosas graves; hemorragias; plaquetopenia; infecção aguda; limitações articulares; restrição médica a atividade física. O estudo foi realizado em dois momentos, o primeiro foi realizado a coleta de dados dos prontuários existentes no setor de nefrologia, com a obtenção de informações relevantes como o diagnóstico clinico, antecedentes familiares, hábitos de vida, número de sessões de hemodiálise, tempo de sessão da hemodiálise, resultados de exames laboratoriais obtidos pela rotina do setor (potássio, ureia, creatinina e cálcio); O segundo momento foi divido em fase pré e pós.

Na fase pré, foi realizado uma entrevista para o levantamento do perfil dos pacientes e aplicação do questionário de QV, na primeira sessão, em seguida todos foram submetidos a monitorização hemodinâmica, avaliando a frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD). Na fase pós, foi resguardado dez minutos após o paciente iniciar a sessão de hemodiálise e após esse tempo, foi iniciada a sessão de exercícios aeróbico, procedendo com a coleta da FC, FR, PAS e PAD.

Foi investigada a causa da DRC, fatores de risco para doenças cardiovasculares (sedentarismo, diabetes melitus, tabagismo, etilismo, hipertensão arterial sistêmica). Foram obtidos valores de peso (kg), estatura (cm) e índice de massa corporal (IMC = peso/altura²).

Os valores de FC, PAS e PAD, foram obtidos através do Monitor de Pressão Arterial não invasivo (BPM), acoplado as maquinas de HD da Fresenius Medical Care, modelo 4008S. Para a obtenção da FR, os valores foram obtidos manualmente através da quantidade de incursões no intervalo de um minuto. Ambos os procedimentos eram realizados pré e pós exercício aeróbico.

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Para as realizações do exercício, foram utilizadas Mini Bicicletas Ergométricas da Acte Sports, modelo E5, durante 30 minutos, 3 vezes na semana, por um período de 2 meses. Não houve incremento de resistência durante toda a pesquisa e a velocidade era determinada de forma individual, conforme a condição cardiorrespiratória e clínica.

Para a mensuração da QV foi utilizado o questionário WHOQOL-BREF11, aplicado no primeiro e último dia de aplicação do exercício. Este questionário consta de 26 questões, sendo duas questões gerais (uma sobre a percepção geral do indivíduo sobre sua QV e outra sobre avaliação geral da pessoa sobre sua saúde) e 24 questões abordando os domínios físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente.

Os dados foram processados no pacote estatístico SPSS (versão 22.0, Chicago, IL, EUA). A análise descritiva está apresentada como média ± desvio padrão, mediana, mínima e máxima. Para verificar a normalidade dos dados realizou-se o teste de normalidade Shapiro-Wilk. Quando a hipótese de normalidade não foi rejeitada, realizou-se o teste t-student para comparar as variáveis no pré e pós exercício, caso contrário, foi utilizado o teste não paramétrico de Wilcoxon. Considerou-se significativo p ≤ 0,05.

Resultados

As principais características antropométricas e clinicas podem ser vistas na tabela 1. A média de idade foi igual a 49,33 ± 10,44 anos, sendo treze pacientes (72,2%) homens e 5 (27,8%) mulheres. Na análise da média das variáveis antropométricas, peso 63,96 ± 15,11, altura 166,27 ± 9,67 e IMC 22.95 ± 4,11, foi observado a classificação apenas da obesidade tipo II 1 (5,6%), acima do peso 3 (16,7) e normal 14 (77,8). O fator de risco foi, predominantemente, a HAS 13 (72,3%) e o tabagismo 13 (72,3%).

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TABELA 1 – Características antropométricas dos pacientes com DRC em Hemodiálise Idade (anos) 49,33±10,44 Sexo (masculino/feminino) 13/5 Peso (kg) 63,96±15,11 Altura (cm) 166,27±9,67 IMC (kg.m-2) 22.95±4,11 Obesidade n (%) Normal 14 (77,8) Acima do Peso 3 (16,7) Obesidade Tipo II 1 (5,6) Fatores de Risco n (%) Diabetes 8 (44,4) HAS 13 (72,3) Asma 1 (5,6) Cefaleia 5 (27,8) Já fumou 13 (72,3) Etilismo 3 (16,7) Cãibras 12 (66,6) Dispneia: Pequenos esforços 5 (27,8) Médios esforços 5 (27,8) Grandes esforços 8 (44,4) Em repouso 0 (0)

Na análise de monitoramento hemodinâmico (tabela 2), observou-se diferenças significativas na FR (p = 0,004) e FC (p = 0,024). Quanto aos níveis séricos, não houve diferenças significantes na grande maioria, apenas para o potássio (p = 0,021). Os pacientes submetidos ao processo de HD não apresentam uma QV, apresentando significância apenas para o domínio relações sociais (p = 0,034) (tabela 3).

TABELA 2 - Monitoramento Hemodinacos e níveis séricos (media e DP)

Pré Pós p FR 23 ± 4,29 19,94 ± 4,53 0,004 FC 82,50 (32;96) 84,77 (28; 115) 0,024 PAS 147,77± 21,72 142,44 ± 23,50 0,409 DIA 85,55 ± 14,75 80,44 ± 14,61 0,194 Potássio 5,4 ± 0,54 5,8 ±0,62 0,021 Úreia 142,2 ± 31,1 129,3 ± 31,7 0,072 Cálcio 8,75 (5,6; 10,0) 8,50 (6,8; 10,0) 0,154 Creatinina 9,2 ± 2,46 9,0 ± 2,46 0,312

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TABELA 3 – Qualidade de vida (min e máx)

Mediana Mínimo Máximo p

Pré Pós Pré Pós Pré Pós Domínio Físico 11,7 12,6 7,4 9,7 16,6 14,9 0,830 Domínio Psicológico 15 14,7 10 9,3 18 18 0,441 Relações Sociais 16 14,7 5,3 9,3 20 17,3 0,034 Meio-Ambiente 13,3 13,8 11 10 18,5 16,5 0,950 Discussão

Os resultados demonstraram alguns aspectos relevantes: o exercício físico aeróbico proposto, feito de forma regular durante as sessões de hemodiálise, propiciaram melhora de alguns parâmetros estudados, como a redução e aumento da, respectivamente, FR e FC junto à um aumento dos níveis séricos de potássio. A significativa melhora na qualidade de vida foi acompanhada do aumento das relações sociais.

Foi utilizado, como exercícios aeróbico, bicicleta ergométrica por 30 minutos sem imposição de cargas, segundo o programa proposto. Alguns estudos12,13; verificaram que, após as duas primeiras horas de hemodiálise, o exercício utilizando uma bicicleta ergométrica pode gerar ou agravar uma descompensação cardiovascular, assim como a hipotensão arterial. Sendo assim, a realização do exercício aeróbico com uma bicicleta cicloergômétrica estacionária foi durante as duas primeiras 2 horas de hemodiálise. O treinamento aeróbico com bicicleta ergométrica estácionária contribuiu com a redução estatisticamente significativa das FR, FC e diminuição de câimbras.

A PAS não sofreu aumento ou rebaixamento significativo com este tipo de exercício, embora, estudos14 demonstraram em um protocolo de intervenção de treinamento controlado similar ao do corrente estudo, com 16 semanas de exercícios aeróbicos regulares, demonstraram uma redução da PAS e PAD de repouso desses pacientes.

Para se notar efeitos significativos de redução das pressões, alguns autores15; apontam utilização de um programa aeróbico por um período de 2 a 4 anos. Isto decorre da inapetência do sistema cardiovascular do paciente com DRC em responder de forma aguda ao exercício. Sendo assim, estas adaptações provavelmente serão percebidas de forma crônica. Já as adaptações neurorreceptivas cardíacas e musculoesqueléticas, como a alteração da FC,

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decorrem da alteração da volemia, retorno venoso e demanda metabólica frente ao tipo de exercício.16 estas adaptações possuem um caráter agudo, justificando tanto os dados encontrados quanto sua redução após o tratamento fisioterapêutico; mais especificamente relacionadas ao treino aeróbico, consequentemente, melhorando a capacidade cardiorrespiratória.

Quanto à avaliação da qualidade de vida, antes da aplicação do protocolo, os resultados do questionário WHOQOL-bref evidenciaram comprometimento em todos os domínios analisados. O incremento dos valores médios significativos dentro do questionário WHOQOL-bref, após a aplicação do protocolo, foi na dimensão de relações sociais, relacionadas ao aspecto emocional em relação a doença. O aumento neste escore de deste domínio do WHOQOL-bref, depois da fisioterapia, sugere, pelo aumento da funcionalidade, foi importante para melhorar a percepção do seu estado físico, bem como interação, integração e reabilitação do indivíduo ao cotidiano social. Nossos resultados não corroboram com vários outros estudos que identificaram apenas melhora na função física17 os quais concluem a melhoria da QV ser preponderantemente devido aos resultados dos componentes de aspecto físico trabalhado por meio do protocolo de exercícios aeróbicos e anaeróbicos durante a HD.18

Conclusão

Através dos resultados obtidos no presente estudo, os quais corroboram com outros estudos descritos na literatura, observou que a fisioterapia, com base em um programa de exercícios aeróbio, durante a hemodiálise, poderia proporcionar melhora significativa da qualidade de vida e capacidade física dos pacientes crônicos.

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population-based study in Taiwan. Hemodialysis International. v. 20, n. 1, p. 98-105, 2016.

4. SESSO et al. Brazilian Chronic Dialysis Survey 2016. J Bras Nefrol. v.39, n.3., p. 261-266, 2017;

5. COELHO D. M., RIBEIRO J. M., SOARES D. D. Exercícios físicos durante a hemodiálise: uma revisão sistemática. J Bras Nefrol. v. 30, n. 2, p. 88-98, 2008. 6. DJALMA R. R., CLAUDIO G.S.A. Índice de Massa Corporal: Um Questionamento

Científico Baseado em Evidências. Arq Bras Cardiol, v. 79, n. 1, p. 61-69, 2002. 7. JUNIOR ROMÃO JE. Doença renal crônica: definição, epidemiologia e classificação.

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9. PINTO A.R., DA SILVA N. C., PINATO L. Analyses of melatonin, cytokines, and sleep in chronic renal failure. Sleep and Breathing. V. 20, n. 1, p. 339-344, mar. 2016;

10. KLUTHCOVSKY, ANA CLÁUDIA G. C., FÁBIO ARAGÃO. O WHOQOL-bref, um instrumento para avaliar qualidade de vida: uma revisão sistemática. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, [s.l.], v. 31, n. 3, p.0-0, 2009.

11. PARK M., et al. Exercise for the dialyzed: aerobic and strength training during hemodialysis. Am J Phys Med Rehabil. v. 81, n. 11, p. 814-821, nov. 2002;

12. TAWNEY KW, TAWNEY PJ, KOVACH J. Disablement and rehabilitation in end-stage renal disease. Semin Dial, v.16, n.6, p.447-52, 2003.

13. MOORE, GEOFFREY E. ET AL. Cardiovascular response to submaximal stationary cycling during hemodialysis. American journal of kidney diseases, v. 31, n. 4, p. 631-637, 1998.

14. C. PITSAVOS et al. The Impact of Moderate Aerobic Physical Training on Left Ventricular Mass, Exercise Capacity and Blood Pressure Response During Treadmill Testing in Borderline and Mildly Hypertensive Males. Hellenic J Cardiol, v.52, p .6-14, 2011;

15. KOUIDI, EVANGELIA ET AL. Outcomes of long-term exercise training in dialysis patients: Comparison of two training programs. Clinical nephrology, v. 61, p. S31-8, 2004.

(30)

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18. PAINTER, PATRICIA ET AL. Low-functioning hemodialysis patients improve with exercise training. American Journal of Kidney Diseases, v. 36, n. 3, p. 600-608, 2000.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A insuficiência renal crônica é uma síndrome clinica causada pela perda progressiva e irreversível das funções renais. No Brasil essa prevalência pode ser observada através do levantamento feito pela SBN onde demonstram um número total estimado de pacientes que se encontram em diálise no país de aproximadamente, 112.004 pessoas, em 2014. Além disso, o levantamento também apresenta um número estimado da incidência de pacientes que iniciaram o tratamento, 36.548 pessoas, no mesmo ano.

A literatura mostra, na região sudeste, uma prevalência de pacientes com insuficiência renal crônica de aproximadamente 672 por milhão de população, em 2014. Houve um aumento aproximado de 11%, comparado com o ano de 2013, onde este número era 597. A incidência de paciente com IRC é de 218 por milhão de população, em 2014. Comparado com o ano anterior, houve uma redução de 2% de pacientes em diálise. Devido à escassez de estudos realizados sobre o tema, não podemos afirmar o número total de pacientes no estado do Espirito Santo.

Muitas consequências são desenvolvidas a partir do surgimento da IRC, em sua maioria, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, pielonefrite, tuberculose, cálculos renais, glomerulonefrite, artrite reumatoide, além de atrofias musculares e diminuição da qualidade de vida.

A atuação da fisioterapia é considerada eficaz e imprescindível no retardo da evolução e na melhoria das complicações apresentadas pelos pacientes com IRC. Entretanto, os programas de exercícios existentes para esses pacientes não são realizados durante a diálise.

O tratamento exige sabedoria dos tipos de exercícios a serem e executados com pacientes com IRC, que além de resultarem na melhora da pressão arterial, respiratória e motora, auxiliam na evolução positiva do paciente. Os exercícios mais comuns é a realização de exercícios aeróbios com a utilização de uma minibicicleta ergométrica estacionária.

Vale ressaltar que é importante que profissionais e pacientes devam se conscientizar sobre a importância da atuação do fisioterapeuta durante o processo de diálise destes pacientes, para que os mesmos tenham melhores resultados hemodinâmicos, funcionais e em sua qualidade de vida.

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Em nosso estudo foi encontrado a média de idade igual a 49 anos, sendo 72,2% homens e 27,8% mulheres, peso médio de 63,96kg, altura médio de 166,27 e IMC médio de 22.95. Foram observados também a classificação apenas da obesidade tipo II 1 5,6%, acima do peso 16,7% e normal 77,8. O fator de risco foi, predominantemente, a HAS 72,3% e o tabagismo 72,3%.

Na análise de monitoramento hemodinâmico, observou-se diferenças significativas na FR (p = 0,004) e FC (p = 0,024). Quanto aos níveis séricos, não houve diferenças significantes na grande maioria, apenas para o cálcio (p = 0,021). Os pacientes submetidos ao processo de diálise não apresentam uma QV, apresentando significância apenas para o domínio relações sociais (p = 0,034).

Identificamos como limitação na realização deste estudo a dificuldade durante a realização da pesquisa bibliográfica devido à escassez da literatura sobre fisioterapia em pacientes com IRC.

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REFERÊNCIAS

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(36)

APÊNDICES

APÊNDICE A – Ficha de coleta de dados do perfil dos indivíduos

AVALIAÇÃO FISIOTERAPEUTICA

1 IDENTIFICAÇÃO DATA DE AVALIAÇÃO:___/____/___ 1. NOME: _______________________________________________________ 1.2 IDADE: _______________________________________________________ 1.3 GÊNERO: ( ) MASCULINO ( ) FEMININO

1.4 DIAGNÓSTICO MÉDICO: ________________________________________ 1.5 ETNIA: _______________________________________________________ 1.6 MEDICAÇÃO EM USO:__________________________________________ 1.7 PESO:________________________________________________________ 1.8 ALTURA:______________________________________________________ 1.9 IMC:__________________________________________________________ 1.10 HEMODIALISE (SESSOES/DURAÇÃO):________________________ 2 ANTECEDENTES 2. TABAGISMO:

2.1.1 FUMA ATUALMENTE? ( ) SIM ( ) NÃO QUANTOS?____ ANOS/MAÇO 2.1.2 JÁ FUMOU? ( ) SIM ( ) NÃO QUANTOS? ______ANOS/MAÇOS 2.1.3 HÁ QUANTO TEMPO PAROU DE FUMAR?

___________________________________ 2.2 ETILISMOS: ( ) SIM ( ) NÃO 2.3 HAS: ( ) SIM ( ) NÃO 2.4 DIABETES: ( ) SIM ( ) NÃO 2.5 ASMA: ( ) SIM ( ) NÃO

2.6 OUTROS: ____________________________________________________ 3 SINAIS E SINTOMAS

3.1 CEFALÉIA: ( ) SIM ( ) NÃO 3.2 CAIMBRAS: ( ) SIM ( ) NÃO 3.3 DISPNÉIA: ( ) SIM ( ) NÃO

3.3.1 AOS PEQUENOS ESFORÇOS: ( ) SIM ( ) NÃO 3.3.2 AOS MÉDIOS ESFORÇOS: ( ) SIM ( ) NÃO 3.3.3 AOS GRANDES ESFORÇOS: ( ) SIM ( ) NÃO 3.3.4 EM REPOUSO: ( ) SIM ( ) NÃO

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(38)

ANEXOS

ANEXO A – Carta de anuência Hospital da Associação dos Funcionários Públicos do Espirito Santo - HAFPES

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(40)
(41)
(42)
(43)

ANEXO D – Normas da Brazilian Journal of Nephrology

Os seguintes são considerados para publicação Editoriais

Um comentário crítico detalhado preparado como resposta a um convite para o Editor e / ou enviado por uma pessoa com experiência notável sobre o assunto. As editoras podem conter até 900 palavras e 5 referências.

Artigos Originais

Estes devem apresentar resultados não publicados da pesquisa, constituindo estudos completos que contêm todas as informações relevantes para que o leitor possa reproduzir o estudo ou avaliar seus resultados e conclusões. Os manuscritos podem conter até 5.000 palavras.

A estrutura formal deve conter as seções Introdução, Métodos, Resultados, Discussão e Conclusão. O uso de legendas é particularmente recomendado na seção de discussão. As implicações clínicas e as limitações do estudo devem ser destacadas. Também é sugerido que, quando apropriado, a seção Métodos seja detalhada sobre o design do estudo, localização, participantes, resultados clínicos de interesse e intervenção. Esses manuscritos devem conter um Resumo com uma Introdução, Objetivo(s), Métodos, Resultados e Conclusão.

Comunicação curta

Estes são artigos originais, no entanto, menos substanciais do que o artigo regular, e são de particular interesse na área de nefrologia, apresentando resultados preliminares ou resultados de relevância imediata.

Comunicações breves devem conter até 1.500 palavras.

O manuscrito deve ter um Resumo seguido pelo modelo para artigos originais, e no máximo, uma Tabela ou Figura, bem como um máximo de 15 referências bibliográficas. As comunicações breves devem ser enviadas apenas em português.

Artigos de revisão

Os revisores são preferencialmente solicitados pelos Editores a um especialista em uma área específica. O objetivo desses artigos é expressar e avaliar criticamente o conhecimento disponível em um determinado tópico, comentando estudos de outros autores e usando uma ampla base de referência, ou ocasionalmente, respondendo a uma demanda espontânea sobre um tópico específico. Estes devem conter até 6.000 palavras. O texto deve conter uma Introdução, uma seção de Discussão, uma Conclusão e outras subdivisões, quando apropriado (por exemplo, "Aplicação Clínica", "Tratamento"). Esses manuscritos devem apresentar um

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Resumo, no entanto, não necessariamente estruturado. Uma ampla lista de referência, no entanto, não excessiva, deve aparecer no final do manuscrito;

Atualizar artigos

Para abordar informações atuais relevantes para a prática clínica, menos completas do que os artigos de revisão. Estes devem ser preferencialmente, uma resposta ao convite dos editores e, ocasionalmente, a demanda espontânea. As atualizações devem conter até 2.000 palavras e apresentar um Resumo, não necessariamente estruturado e, de preferência, até 40 referências bibliográficas.

Relatórios de casos

Apresentação de experiência profissional, com base em um estudo de um caso peculiar e comentários sucintos de interesse para a prática de outros profissionais na área. O relatório deve conter até 1.500 palavras. A estrutura deve conter, no mínimo, as seguintes seções: Introdução, explicando a relevância do caso; Apresentação estruturada do caso (ou seja, identificação do paciente, queixas e antecedentes, antecedentes pessoais e familiares, exame clínico) e Discussão.

Testes clínicos

Todos os materiais relacionados à pesquisa humana e animal devem ter aprovação prévia dos Conselhos de Revisão Institucional - IRBs da instituição onde o trabalho foi feito de acordo com as recomendações da Declaração de Helsinque (1964 e versões de 1975, 1983 e 1989), os Padrões Internacionais para a Proteção de Animais e a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde sobre Pesquisa de Humanos. Cada manuscrito deve conter o número deste protocolo.

Cartas

Opiniões ou comentários sobre o conteúdo, visualizações editoriais ou tópicos científicos relevantes de um diário; o texto deve ser breve, com um máximo de 500 palavras. O manuscrito pode ser um comentário sobre material publicado, ou pode trazer novos dados e observação clínica. Apenas uma tabela e uma figura são permitidas, e um máximo de 5 referências. Todos os autores (máximo de cinco) devem assinar a carta. Consulta Nefrológica em 10 Minutos: obrigatório por convite dos editores, esta seção foi criada para oferecer ao leitor uma experiência rápida no dia a dia tipicos em nefrologia. O texto deve conter, em média, 630 palavras, apenas uma tabela e uma figura e um máximo de 5 referências.

(45)

Suplementos / JBN Educacional

Estes são por convite dos editores. Os suplementos referem-se a temas específicos relevantes para a prática clínica, compostos por um editorial ou uma apresentação de artigos atuais, e devem conter até 2.000 palavras, ter um Resumo, não necessariamente estruturado e, preferencialmente, até 40 referências bibliográficas.

Pro-história

Documentação histórica de assuntos relacionados à nefrologia, ponto de vista histórico. Requerimentos técnicos.

Fórum em Nefrologia

Artigos que têm como objetivo apresentar informações sobre alguma questão de relevância clínica em nefrologia. Cada artigo deve ter um máximo de 4.500 palavras e, de preferência, 60 referências.

Preparação do manuscrito

Página de identificação: A primeira página deve conter: a) Título do artigo, que deve ser completo e conciso, descrevendo o assunto a que se refere (palavras supérfluas devem ser omitidas). O título em inglês também deve ser apresentado;

b) Nomes dos autores;

c) Instituição ou setor de Instituição ao qual cada autor é afiliado, acompanhado dos respectivos endereços (títulos pessoais e cargos ocupados não devem ser especificados); d) Nome do departamento e / ou instituição em que o estudo foi realizado;

e) Indicação do autor correspondente;

f) Se o estudo fosse financiado, o nome da agência de financiamento deveria ser indicado; g) Se o estudo se baseou em uma tese acadêmica, o título, ano e instituição em que foi apresentado devem ser identificados;

h) Se o estudo foi apresentado em uma reunião científica, indique o nome do evento, localização e data.

Resumo e palavras-chave: artigos originais, comunicações breves, artigos de revisão e atualizações, escritos em português devem incluir, na segunda página, um resumo em português e inglês. Os resumos devem identificar os objetivos, procedimentos e conclusões do estudo ( máximo de 250 palavras para resumos que devem ser estruturados ).

Os resumos estruturados devem apresentar, no início de cada parágrafo, o nome das subdivisões que compõem a estrutura formal do artigo ( Introdução, Métodos, Resultados, Discussão e Conclusão ).

(46)

As palavras-chave, as expressões que representam o assunto do estudo, devem ser apresentadas em números de 3 a 10, fornecidos por

O autor, baseado no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde), publicado pela Bireme, que é uma tradução do MeSH (Medical Subject Headings ) da Biblioteca Nacional de Medicina e disponível no site: http://decs.bvs.br . Estes devem ser apresentados tanto em português como em inglês.

Texto : O texto deve ser escrito de acordo com a estrutura designada para a categoria apropriada do artigo. As citações e referências citadas nas legendas da tabela e figuras devem ser numeradas consecutivamente na ordem em que aparecem no texto (índice numérico). As referências devem ser citadas no texto sem parênteses, exponencialmente, seguindo o exemplo: Referências1.

Tabelas : cada tabela deve ser enviada em um arquivo separado. As Tabelas devem ser numeradas sequencialmente e numericamente na ordem em que foram mencionadas no texto, com títulos devidamente titulados. Eles devem ser mencionados sem duplicação de informações. As tabelas e seus títulos e rodapés devem ser auto-explicativos. Tabelas de outras fontes devem citar referências originais nos rodapés.

Figuras e gráficos: todas as ilustrações (fotografias, gráficos, desenhos etc.) devem ser enviadas individualmente, em formato JPG (em alta resolução - 300 dpi). Eles devem ser numerados sequencialmente na ordem em que foram mencionados no texto, e sejam suficientemente claros para permitir a reprodução. Legends para os números devem ser enviados em um arquivo separado. Fotocópias não serão aceitas. Se alguma figura tiver sido extraída de outros estudos publicados anteriormente, os autores devem ter permissão prévia por escrito para sua reprodução. Esta autorização deve acompanhar o manuscrito enviado. Análise estatística: os autores devem demonstrar que os procedimentos estatísticos utilizados não foram apenas apropriados para testar a hipótese do estudo, mas também interpretados corretamente. Os níveis de significância estatística (por exemplo, p <0,05; p <0,01; p <0,001) devem ser identificados.

Abreviaturas : as abreviaturas devem ser indicadas no texto após a primeira utilização. Posteriormente, o nome completo não deve ser repetido.

Nome da medicação : o nome genérico deve ser usado.

Citação de máquinas e equipamentos: todas as máquinas e equipamentos citados devem incluir o modelo e nome, estado e país do fabricante.

Referências

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