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CARCINOFAUNA ASSOCIADA AO FITAL Caulerpa racemosa (Forsskal) J. Agardh e Bryopsis spp. DO ARQUIPÉLAGO DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO - BRASIL

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE OCEANOGRAFIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM OCEANOGRAFIA

“CARCINOFAUNA ASSOCIADA AO FITAL Caulerpa

racemosa (Forsskal) J. Agardh e Bryopsis spp. DO

ARQUIPÉLAGO DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO -

BRASIL”

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE OCEANOGRAFIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM OCEANOGRAFIA

“CARCINOFAUNA ASSOCIADA AO FITAL Caulerpa

racemosa (Forsskal) J. Agardh E Bryopsis spp. DO

ARQUIPÉLAGO DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO”

Rodrigo Sávio Viana Pereira da Silva

Dissertação apresentada ao curso de Mestrado em Oceanografia Biológica (Programa de Pós-graduação em Oceanografia) da Universidade Federal de Pernambuco, como requisito parcial para a obtenção do grau de mestre em Ciências na área de Oceanografia Biológica.

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SUMÁRIO

Agradecimentos...i Lista de Figuras...iii Lista de Tabelas...v Resumo...vi Abstract...vii 1. Introdução...01 2. Objetivos...04

3. Caracterização da Área de Estudo...04

4. Metodologia...06

5. Resultados...10

6. Discussão...38

7. Conclusões...40

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AGRADECIMENTOS

A Deus todo poderoso, por me dar forças e que sempre está comigo nas horas mais complicadas de minha vida;

À minha família, sempre me dando apoio para continuar lutando, batalhando para alcançar os meus objetivos;

A todos os amigos que fazem parte de minha vida e que sei que posso contar com palavras e a ajuda de sempre;

Aos amigos do Laboratório de Carcinologia - UFPE pela ajuda e pela amizade; Aos professores pelos ensinamentos e dedicação;

Ao meu Orientador Dr. Petrônio Alves Coelho pela ajuda e por sempre estar disposto com paciência e amizade;

Ao professor Dr. Marcos Souto Alves pela ajuda e principalmente pela amizade em todas as horas;

Ao amigos de Laboratório Catarina Silva e Jesser Souza-Filho pela identificação dos crustáceos anfípodos e Tanaidáceos;

Ao amigo mestrando Douglas Burgos pela identificação das algas e pela ajuda; À secretaria do Departamento de Oceanografia;

À Marinha do Brasil e ao Programa Arquipélago por tornar possível a realização deste trabalho;

Aos pescadores do Transmar I e II pela ajuda e amizade;

Ao CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico pela concessão de Bolsa durante o curso.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Localização do Arquipélago de São Pedro e São Paulo...7

Figura 2. Arquipélago de São Pedro e São Paulo com indicação da enseada (estação fixa)...9

Figura 3. Abundância relativa das ordens de crustáceos associadas a Caulerpa racemosa do Arquipélago de São Pedro e São Paulo coletadas nos dois gradientes de profundidade: superfície e 7m...13

Figura 4. Abundância relativa das ordens de crustáceos associadas a Bryopsis spp. do Arquipélago de São Pedro e São Paulo coletada a 7 metros de profundidade...14

Figura 5. Abundância relativa das espécies de crustáceos associadas a Caulerpa racemosa do Arquipélago de São Pedro e São Paulo coletadas nos dois gradientes de profundidade: superfície e 7m..14

Figura 6. Abundância relativa das espécies de crustáceos associadas a Bryopsis spp. do Arquipélago São Pedro e São Paulo coletada a 7 metros de profundidade...15

Figura 7. Densidade absoluta da carcinofauna associada a Caulerpa racemosa do Arquipélago de São Pedro e São Paulo em dois gradientes de profundidade: superfície e 7m. ...15

Figura 8. Densidade absoluta da carcinofauna associada a Bryopsis spp. do Arquipélago de São Pedro e São Paulo coletada a 7 metros de profundidade...16

Figura 9. Vista lateral de Synalpheus sp...17

Figura 10. Vista dorsal de Mithraculus forceps...18

Figura 11. Vista dorsal Plagusia depressa. ...19

Figura 12. Vista dorsal de Nanocassiope melanodactyla...20

Figura 13. Vista lateral de Psammokalliapseudes granulosus...21

Figura 14. Vista lateral de Calozodion sp...22

Figura 15. Vista lateral de Leptochelia dubia...23

Figura 16. Vista lateral de Pseudosphyrapus sp...24

Figura 17. Vista lateral de Amphitoe sp...25

Figura 18. Vista lateral de Cymadusa sp...26

Figura 19. Vista lateral de Hyale sp...27

Figura 20. Vista lateral de Hyale macrodactyla...28

Figura 21. Vista lateral de Elasmopus sp...29

Figura 22. Vista lateral de Elasmopus brasiliensis...30

Figura 23. Vista lateral de Elasmopus pectenicrus...31

Figura 24. Vista lateral de Elasmopus rapax...32

Figura 25. Vista lateral de Elasmopus spinidactylus...33

Figura 26. Vista lateral de Quadrimaera sp...35

Figura 27. Vista lateral de Stenothoe sp...36

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LISTA DE TABELAS

Tabela I. Lista dos crustáceos registrados para o Arquipélago de São Pedro e São Paulo e autores dos registros...04

Tabela II. Temperatura da água registrada em três dias de coletas no período diurno entre 9:00 às 12:00hrs...10

Tabela III. Número de indivíduos coletados de tanaidáceos, anfípodos, isópodos e decápodos associados a Caulerpa racemosa Forskal e Bryopsis spp. no Arquipélago de São Pedro e São Paulo (NE, Brasil), com profundidade de coleta 7m...11

Tabela IV. Número de indivíduos coletados de tanaidáceos, anfípodos, isópodos e decápodos associados a Caulerpa racemosa Forskal e Bryopsis spp. no Arquipélago de São Pedro e São Paulo

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Resumo

O fital é um habitat do ambiente marinho que serve de morada, abrigo e alimentação para a fauna e a flora relacionadas a ela. O Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP) possui uma alta biodiversidade e, por ser um local geograficamente isolado, ainda há muito do que se conhecer e explorar. As macroalgas abrigam grande quantidade de animais, tendo suma importância na cadeia alimentar do local. O presente trabalho vem contribuir com a ampliação dos conhecimentos dos crustáceos, sendo o primeiro a inventariar os crustáceos associados às macroalgas do ASPSP. As plantas foram coletadas aleatoriamente no fundo da enseada e na parte do costão próximo à superfície da água onde sofrem ação das ondas na maré baixa. Foram utilizados sacos plásticos para remover as algas manualmente, depois foram acondicionadas em vasilhas plásticas e posteriormente fixadas. Em laboratório o processamento das amostras envolveu lavagens sucessivas das plantas e retenção da fauna em peneiras com tela de “nylon” com 500 m de abertura de malha, e a carcinofauna foi separada em grandes grupos e identificados em nível de espécie, quando possível. Foi encontrado um Alfeídeo do gênero Synalpheus, o Majídeo Mithraculus forceps (A. Milne Edwards, 1875), o Grapsídeo Plagusia depressa (Fabricius, 1775), o Xantídeo Nanocassiope

melanodactyla (A. Milne-Edwards, 1867). Para os Anfípodos foram encontrados da

família Amphithoidae exemplares do gênero Amphitoe e Cymadusa. Hyale sp. e Hyale

macrodactyla Stebbing, 1899 da família Hyalidae e Elasmopus sp., Elasmopus brasiliensis (Dana, 1855), Elasmopus rapax Costa, 1853, E. pectenicrus (Bate, 1862), E. spinidactylus Chevreux, 1907 e Elasmopus brasiliensis (Dana, 1855) representantes

da família Melitidae. Os Isopoda Asselota Joeropsis sp. também apareceram nas amostras. Os Tanaidacea estiveram representados com exemplares de

Psamokalliapseudes granulosus, Leptochelia dúbia, Calozodion sp. e Pseudosphyrapus sp. O Arquipélago de São Pedro e São Paulo possui um registro de 32 espécies de Crustáceos; com o presente trabalho essa lista de espécies aumenta para 40, registrando mais oito novas ocorrências e dez novos gêneros que não foram possíveis de identificar em nível específico. Os Amphipoda, Isopoda e Tanaidacea citados são registrados pela primeira vez para o Arquipélago.

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ABSTRACT

The Phytal is an habitat of the marine environment, that it serves of dwelling, shelter and feeding for the fauna and the flora related. The Archipelago of St. Peter and St. Paul (ASPSP) possesss one high biodiversity and for being a geographically isolated place, still it has very of that if to know and to explore; the macroseaweed shelters great amount of animals, having great importance in the alimentary chain of the place. This work comes to contribute with the magnifying of the knowledge of the crustaceans, being the first work to raise it the crustaceans associates to the macroseaweed of the ASPSP. The material of this work was originating the ASPSP. The plants had been collected uncertainly in the deep one of the cove and in the part of the rocks next the surface to the water where it suffers action from the waves in the tide low. Plastic bags had been used to remove the seaweed manually, later they had been conditioned in plastic canisters e later fixed. In laboratory the processing of the samples it involved successive lauderings of the plants and retention of the fauna in bolters with screen of "nylon" with 500 m of mesh opening, and the crustaceans was separate in great identified groups and in level of when possible species. They had been found one specie genus Synalpheus, the crab Mithraculus forceps, the Grapsidae Plagusia depressa, the Xanthidae Nanocassiope melanodactyla. The Order Amphipoda they had been found family Amphithoidae genus Amphitoe and Cymadusa. Hyale e Hyale macrodactyla family Hyalidae and Elasmopus, Elasmopus rapax, E. pectenicrus, E. spinidactylu and

E. brasiliensis family Melitidae. The Archipelago of St. Peter and St. Paul Rocks

possesss a register of 32 species of Crustaceans; with our work that had the intention of raising the crustaceans associates the macroseaweed this list of species it increases for 40 species, more registering five new occurrences of species and ten new genus that had not been possible to identify the specific level. The cited species of Amphipoda, Isopoda and Tanaidacea are registered for the first time for the Archipelago.

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1. Introdução

O fital é um habitat do ambiente marinho que serve de morada, abrigo e alimentação para a fauna e a flora relacionadas a ela (MASUNARI & FORNERIS, 1981). O termo ‘fital’- do grego phyton, planta – foi proposto para designar uma terceira divisão do ambiente marinho, ao lado do pelagial e do bental, baseado no fato de que os crescimentos vegetais condicionam uma fauna própria, constante e independente do substrato (FRIEDRICH, 1964).

De acordo com Pérès (1961), a palavra “fital” corresponde ao sistema no ambiente marinho compatível à vida de vegetais clorofilados, oposto ao sistema afital, que compreende as águas profundas, e, incompatíveis à coexistência desses vegetais.

Os ecossistemas fitais se caracterizam por serem uma zona de grande produção e transferência energética, devido à complexa teia trófica que naturalmente se estabelece quando tão diversificados grupos coabitam uma região fértil (HARGEMAN, 1966). A presença da vegetação aumenta o espaço habitável e a complexidade física da área, promovendo proteção e substrato para uma grande variedade de outras plantas, principalmente algas epífitas e animais (ALVES, 1991).

A planta-substrato pode ser uma alga marinha, uma grama marinha ou ainda um líquen, mas sempre macrófitas (MASUNARI & FORNERIS, 1981). A vegetação também atenua o hidrodinamismo, proporcionando maior estabilidade dos parâmetros físico-químicos, principalmente temperatura e salinidade, oferecendo um ambiente mais atraente para a fauna (MASUNARI, 1987).

Os estudos sobre comunidades de fitais no Brasil foram realizados principalmente em ambientes de costão rochoso no litoral Sudeste, onde foram analisados aspectos descritivos. Para o fital Sargassum foram encontrados trabalhos com diferentes enfoques, entre eles a fauna séssil caracterizada por Souza Lima (1969) e os organismos vágeis analisados por Mountouchet (1972 e 1979), tendo-se outros trabalhos direcionados para grupos zoológicos específicos, como a subclasse Ophiuroidea (BOFFI, 1972), a ordem Isopoda (PIRES, 1975), e a ordem Amphipoda (TARARAM, 1977; TARARAM & WAKABARA, 1981). Aspectos ecológicos referentes ao fital

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observações sobre a biologia do Amphipoda Hyale media Dana 1853, e por Gouvêa e Leite (1980), que consideraram a variação sazonal e a densidade para a carcinofauna.

Entre os trabalhos citados para o litoral nordestino existem poucos sobre comunidades de fitais. Provavelmente, o primeiro estudo sobre este assunto foi realizado por Laborel-Denguen (1963), que analisou as comunidades faunísticas de fanerógamas marinhas nas costas dos Estados de Pernambuco e da Paraíba. Braga (1983) descreveu a participação do gastrópodo Tricolia affinis Adams, 1850 na comunidade de animais vágeis associados a macroalgas de quatro gêneros dos recifes de Piedade (PE). Alves (1991) apresentou a fauna associada aos prados de fanerógamas marinhas Halodule wrightii Ascherson da praia de Jaguaribe, Ilha de Itamaracá (PE). Alguns fitais dos recifes de coral da Ponta Verde foram estudados por Santos & Correia (1995), considerando os aspectos quantitativos e qualitativos. A distribuição espacial dos organismos macrobentônicos dominantes na plataforma recifal do referido foi caracterizada por Correia (1991). Santos & Coelho (1998) observaram os crustáceos decápodos associados às macroalgas bentônicas do litoral de Jaboatão dos Guararapes-PE.

O Arquipélago de São Pedro e São Paulo possui uma alta biodiversidade e, por ser um local geograficamente isolado, ainda há muito do que se conhecer e explorar; as macroalgas, que formam verdadeiros prados no paredão do rochedo, abrigam grande quantidade de animais, muitos deles servindo de alimento para pequenos peixes e outros animais, tendo grande importância na cadeia alimentar local. Existem vários projetos de levantamento faunístico em andamento no Arquipélago e o presente trabalho vem contribuir com a ampliação dos conhecimentos dos crustáceos, sendo o primeiro a inventariar os crustáceos associados às macroalgas do Arquipélago de São Pedro e São Paulo.

Segundo Edwards & Lubbock (1983), o Arquipélago de São Pedro e São Paulo tem grande interesse biogeográfico devido ao isolamento de suas ilhas e sua posição intermediaria entre a África Ocidental e a América do Sul, além de seu tamanho reduzido. Por este mesmo motivo, também a fauna e flora marinha do Arquipélago possuem notável importância. O mesmo também possui uma grande relevância na área de recursos pesqueiros, em decorrência dos cardumes que se concentram à sua volta, e

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uma grande significação do ponto de vista ecológico, em função de sua elevada biodiversidade, incluindo a ocorrência de várias espécies endêmicas. Edwards & Lubbock (1983) descrevem a espécie de peixe Stegastes sanctipauli Lubbock & Edwards, 1981 e registram o seu endemismo para São Pedro e São Paulo.Holthuis, Edwards & Lubbock 1980, Young, 1998 e Viana et al 2004 registraram espécies de crustáceos para o Arquipélago de São Pedro e São Paulo (Tabela I).

O Brasil consolidou a habitação permanente do Arquipélago através da instalação e ocupação de um centro de pesquisa – a Estação Científica do Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ECASPSP) – que já possui oito anos de relevantes atividades em diversas áreas, tais como: geologia e geofísica, biologia, recursos pesqueiros, oceanografia e meteorologia. Isto assegura ao país uma área de 200 milhas de raio ao redor dos rochedos, denominada pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNIDUM) como Zona Econômica Exclusiva (ZEE), na qual o Brasil é soberano no tocante à exploração e aproveitamento, bem como à conservação e gestão dos recursos naturais existentes nessa delimitação territorial.

É de grande interesse científico analisar qualitativamente a macrofauna associada ao fital do local por seu isolamento geográfico e importância ecológica devido à sua elevada biodiversidade.

O presente estudo vem, então, contribuir com as pesquisas realizadas no Arquipélago de São Pedro e São Paulo, objetivando caracterizar a carcinofauna associada às macroalgas do local.

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Tabela I. Lista dos crustáceos registrados para o Arquipélago de São Pedro e São Paulo e autores dos registros.

Ordem Espécie Registros anteriores

Decapoda Sergestes edwardsii Kroyer 1855 Holthuis, Edwards & Lubbock 1980

Decapoda Lucifer typus H. Milne Edwards 1837 Holthuis, Edwards & Lubbock 1980

Decapoda Lucifer faxoni Borradaile 1915 Holthuis, Edwards & Lubbock 1980

Decapoda Synalpheus fritzmuelleri Coutiére 1909

Holthuis, Edwards & Lubbock 1980 Viana et al 2004

Decapoda Lysmata amboinensis (De Man 1888) Holthuis, Edwards & Lubbock 1980 Decapoda Panulirus echinatus Smith 1869

Holthuis, Edwards & Lubbock 1980, Coelho e Ramos-Porto, 1998 e Viana et al 2004.

Decapoda Munida sanctipauli Henderson 1885

Holthuis, Edwards & Lubbock 1980 e Melo-Filho, 1998.

Decapoda Domecia acanthophora (Desbonne 1867)

Holthuis, Edwards & Lubbock 1980 e Melo, 1998.

Decapoda Euryozius sanguineus (Linnaeus 1771)

Holthuis, Edwards & Lubbock 1980 e Melo, 1998.

Decapoda Xanthodius denticulatus (White 1848)

Holthuis, Edwards & Lubbock 1980, Melo, 1998 e Viana et al 2004.

Decapoda Grapsus grapsus (Linnaeus 1758)

Holthuis, Edwards & Lubbock 1980 e Viana et al 2004.

Decapoda Pachygrapsus corrugatus (Von Martens 1872)

Holthuis, Edwards & Lubbock 1980, Melo, 1998 e Viana et al 2004.

Decapoda Plagusia depressa (Fabricius 1775)

Holthuis, Edwards & Lubbock 1980, Melo, 1998 e Viana et al 2004.

Decapoda Mithraculus forceps A. Milne Edwards 1875

Holthuis, Edwards & Lubbock 1980 e Viana et al 2004.

Decapoda Stenorhynchus spinifer Miers 1886 Holthuis, Edwards & Lubbock 1980 Stomatopoda Gonodactylus austrinus Manning 1969 Holthuis, Edwards & Lubbock 1980

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Cumacea Paralamprops girardi Reyss, 1978 Roccatagliata, 1998.

Cumacea Atlantocuma tenue Jones, 1984 Roccatagliata, 1998.

Cumacea Campylaspis aculeata Jones, 1974 Roccatagliata, 1998. Cumacea Campylaspis bicarinata Jones, 1974 Roccatagliata, 1998. Cumacea Campylaspis glebulosa Jones, 1974 Roccatagliata, 1998.

Cumacea Cumella aculeata Jones, 1984 Roccatagliata, 1998.

Cumacea Cumella acuminata Jones, 1984 Roccatagliata, 1998.

Cumacea Cumella egregia Hansen, 1920 Roccatagliata, 1998.

Cumacea Cumella gracillima Calman, 1905 Roccatagliata, 1998.

Cumacea Platycuma hessleri Jones, 1973 Roccatagliata, 1998.

Cumacea Platycuma holti Calman, 1905 Roccatagliata, 1998.

Cumacea Platycuma sandersi Jones, 1973 Roccatagliata, 1998.

Cumacea Procampylaspis acanthomma Jones, 1984 Roccatagliata, 1998. Cumacea Procampylaspis bonnieri Calman, 1906 Roccatagliata, 1998. Cumacea Procampylaspis ommidion Jones, 1984 Roccatagliata, 1998.

Cumacea Procampylaspis profunda Jones, 1984 Roccatagliata, 1998.

2. Objetivo

Inventariar as espécies de macrocrustáceos associadas aos fitais Caulerpa racemosa Forskal e Bryopsis spp. do Arquipélago de São Pedro e São Paulo, visando contribuir para a caracterização da biodiversidade faunística daquela região.

3. Caracterização da Área de Estudo

O Arquipélago de São Pedro e São Paulo consiste em ilhas rochosas situadas no hemisfério Norte sobre a Dorsal Meso-Atlântica (00º56’N; 29º22’W), a cerca de 1.100Km da Cidade de Natal – RN e 600Km do Arquipélago de Fernando de Noronha – PE (AMARAL et al, 2000) (Figura 1). Trata-se de um remoto grupo de ilhas, próximo à linha do Equador, que ocupa uma área de aproximadamente 250 por 426m; distribui-se em 15 ilhotas, nas quais as duas maiores são “Belmonte” e “Challenger”, que não ultrapassam 100m de comprimento por 50m de largura, atingindo uma elevação máxima de 20m acima do nível do mar (ESTEVES, 2000). Pode-se também

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destacar as ilhas “São Pedro e São Paulo” que, juntamente com a Belmonte, delimitam uma pequena enseada na região central do Arquipélago.

As rochas de São Pedro e São Paulo possuem características contraditórias em relação a outras ilhas oceânicas, pois não são de natureza vulcânica, são rochas plutônicas que representam o manto superior do oceano e que afloraram na superfície através de forças tectônicas (AMARAL et al. 2000). Recebe influência da corrente marítima Sul Equatorial no sentido Leste-Oeste e da contra-corrente Sul Equatorial em sentido contrário, a qual situa-se de 60 a 100m de profundidade abaixo da primeira (TRAVASSOS et al, 1999).

A região sublitoral do Arquipélago, segundo Edwards & Lubbock (1983), possui, até 60m de profundidade, um declive vertical acentuado que apresenta quatro zonas distinguíveis: Zona de Palythoa caribeorum Duchassaing & Michelotti, 1860, assim chamada por apresentar o animal zoantídeo (desta espécie) distribuído de 0 a 5m de profundidade; Zona de Caulerpa racemosa Forskal, alga verde que domina dos 5 até os 33m; Zona sub-Caulerpa, encontra-se subjacente à anterior e é dominada por invertebrados marinhos; Zona de substratos não consolidados, que se constitui de poucas porções de sedimento grosseiro e de pedregulhos.

A fauna terrestre de São Pedro e São Paulo é dominada por três espécies de aves marinhas e um caranguejo terrestre Grapsus grapsus Linnaeus, 1758; foram também relatadas poucas espécies de insetos, carrapatos e aranhas, uma espécie endêmica de pseudoescorpião e uma centopéia. A maioria dessas espécies encontra-se associada com as aves (EDWARDS & LUBBOCK, 1983).

O Arquipélago foi descoberto por acidente em 1511, quando um dos seis navios guiados por Dom Garcia de Noronha, que navegava do Brasil para a ilha de São Tomé, perdeu-se e chocou-se com os rochedos. O navio se chamava São Pedro, por isso as rochas receberam este nome (EDWARDS & LUBBOCK, 1983). Os penedos apareceram pela primeira vez na carta de Jorge Reinel feita em 1519, onde seu nome foi abreviado em “Sam Po”, o que posteriormente foi deduzido que seria São Paulo, a partir daí os nomes São Pedro e São Paulo foram sendo comumente usados por cartografistas e “homens do mar”, e eventualmente chamados como Penedos de São Pedro e São

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Paulo. As designações “St. Paul’s” ou “St. Paul Rocks” também ocorrem em alguns escritos, porém são historicamente incorretas (EDWARDS & LUBBOCK, 1983).

Figura 1. Localização do Arquipélago de São Pedro e São Paulo. Fonte: http://www.geocities.com/ps7jn/py0s1eng.html

4. Metodologia

O material foi procedente de amostras coligidas no Arquipélago de São Pedro e São Paulo em expedições realizadas em janeiro de 2003, maio e novembro de 2004. As plantas foram coletadas aleatoriamente numa estação fixa no fundo da enseada (Figura 2), através de mergulho numa profundidade de 7m, e na parte do costão, próximo à superfície da água que sofre ação das ondas na maré baixa. Amostras de Caulerpa

racemosa Forskal no fundo da enseada foram obtidas nas três expedições, e no costão,

em novembro de 2004. Tufos de Bryopsis pennata Lamouroux e B. plumosa (Hudson) C. Agardh foram recolhidos do fundo da enseada na expedição de novembro de 2004. Estas duas espécies encontram-se associadas, sendo difícil separação do tufo, por isso, optou-se por designá-las genericamente de Bryopsis spp.

As algas foram removidas manualmente utilizando-se sacos plásticos para envolvê-las; posteriormente, foram acondicionadas em recipientes plásticos e fixadas em formol a 4%.

Foram coletados dados de temperatura da água, com termômetro graduado em escala Celsius em três dias de coletas no período diurno entre 9:00 às 12:00hrs (Tabela

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II) e de salinidade da água, utilizando-se salinômetro. A profundidade do local da coleta foi medida com o auxílio de uma trena.

Em laboratório, o processamento das amostras envolveu lavagens sucessivas das plantas em baldes plásticos, e retenção da fauna em peneiras com tela de “nylon” com 500 m de abertura de malha, comumente utilizada para a estudos de macrofauna de fital. A triagem foi realizada sob microscópio estereoscópico e a carcinofauna foi separada em grandes grupos. Posteriormente, os crustáceos Decapoda e Amphipoda, Isopoda e Tanaidacea foram identificados em nível específico, quando possível.

Para cada espécie identificada são fornecidos a diagnose, material examinado, os dados ecológicos e a distribuição geográfica baseados em literatura especializada, seguido pelos comentários, quando necessário.

Para os Táxons identificados em nível de gênero são citados a diagnose, material examinado e comentários, quando pertinente.

A abundancia relativa foi obtida por 100 x abundancia da espécie % abundancia total de todas as espécies.As espécies com abundância relativa inferior a 10% foram reunidas como “outros”.

A densidade é o número de indivíduos de cada espécie na composição da comunidade. A densidade absoluta foi obtida pela contagem do número de indivíduos amostrados de uma determinada espécie (ni) na área amostral (ha).

DA = ni/ha. Para densidade absoluta na figura 7 as espécies que apresentaram apenas 1 indivíduo foram reunidas como outros.

O Material encontra-se depositado na coleção Carcinológica do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco.

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Figura 2. Arquipélago de São Pedro e São Paulo com indicação da enseada (estação fixa). Fonte: http://www.pdic.com.br/pdic2005/biblioteca/spsp.asp

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5. Resultados

5.1. Dados abióticos

A salinidade da água da enseada apresentou valor de 37‰ em todas as amostras. A temperatura da água variou entre 28ºC e 32,2ºC (Tabela II).

Tabela II. Temperatura da água registrada em três dias de coletas no período diurno entre 9:00 às 12:00hrs.

Datas Temperatura da água

Máxima Mínima 28/11/2004 30,3ºC 30,0ºC 29/11/2004 32,2ºC 30,5ºC 01/12/2004 29,01ºC 28,0ºC

5.2 A Carcinofauna

A carcinofauna do Arquipélago de São Pedro e São Paulo esteve representada por 4 Ordens, 12 Famílias, 15 Gêneros e 10 Espécies. Foram coletados 1662 exemplares, sendo 337 Tanaidacea, 451 Isopoda, 853 Amphipoda e 21 Decapoda (Tabela III).

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Tabela III. Número de indivíduos coletados de tanaidáceos, anfípodos, isópodos e decápodos associados a Caulerpa racemosa Forskal e Bryopsis spp. no Arquipélago de São Pedro e São Paulo (NE, Brasil), com profundidade de coleta 7m.

CRUSTACEA C. racemosa Bryopsis spp. Prof.

Psamokalliapseudes granulosus 239 25 7m Calozodion sp. 0 2 7m Leptochelia dúbia 6 0 7m Joeropsis sp. 197 26 7m Amphitoe sp. 26 11 7m Cymadusa sp. 31 0 7m Hyale sp. 116 35 7m Hyale macrodactyla 160 34 7m Elasmopus sp. 57 0 7m Elasmopus pectenicrus 177 0 7m Elasmopus rapax 69 27 7m Elasmopus spinidactylus 5 0 7m Elasmopus brasiliensis 3 0 7m Stenothoe sp. 3 5 7m Quadrimaera sp. 1 0 7m Synalpheus sp. 1 0 7m Mithraculus forceps 3 3 7m Plagusia depressa 1 0 7m Nanocassiope melanodactyla 9 2 7m TOTAL 1104 170

Tabela IV. Número de indivíduos coletados de tanaidáceos, anfípodos, isópodos e decápodos associados a Caulerpa racemosa Forskal e Bryopsis spp. no Arquipélago de São Pedro e São Paulo (NE, Brasil), coletados na superfície.

CRUSTACEA C.racemosa Prof.

Psamokalliapseudes granulosus 63 Superfície

Calozodion sp. 1 Superfície

Pseudosphyrapus sp. 1 Superfície

Joeropsis sp. 6 Superfície

Amphitoe sp. 4 Superfície

Hyale sp. 17 Superfície

Hyale macrodactyla 25 Superfície

Elasmopus sp. 19 Superfície

Elasmopus rapax 25 Superfície

(23)

Nanocassiope melanodactyla TOTAL 2 166 Superfície

A carcinofauna associada a Caulerpa racemosa esteve representada por número de indivíduos de 4 ordens. Amphipoda, Isopoda, Tanaidacea e Decapoda (Figura 3). De acordo com a abundância relativa o grupo dominante foi Amphipoda com 50% dos indivíduos amostrados, seguido pelos Isopoda, com 28% e pelos Tanaidacea, com 21% . A ordem Decapoda esteve representada por apenas 1% do total. Observa-se que 99% da carcinofauna esteve constituída por Crustacea Peracarida.

A carcinofauna associada a Bryopsis spp. esteve representada pelas ordens Amphipoda, Isopoda, Tanaidacea e Decapoda (Figura 4). De acordo com a abundância relativa o grupo dominante foi Amphipoda com 62% dos indivíduos amostrados, seguido pelos Isopoda, com 20% e pelos Tanaidacea com 15%. A ordem Decapoda contabilizou apenas 3% do total, mostrando resultados semelhantes ao da carcinofauna associada a Caulerpa racemosa.

De acordo com a abundância relativa das espécies de crustáceos associadas a

Caulerpa racemosa a espécie mais expressiva foi o Tanaidacea Psamokalliapseudes granulosus, com 19% dos indivíduos amostrados, seguido pelos Isopoda Joeropsis sp.

com 15% dos espécimes e pelos Amphipoda Elasmopus pectenicrus com 14% e Hyale

macrodactyla com 13% dos exemplares (Figura 5).

De acordo com a abundância relativa das espécies de Crustacea associadas a

Bryopsis spp. as espécies mais bem representadas foram os Amphipoda Hyale sp. e Hyale macrodactyla, com 20% dos exemplares cada, seguidos por Elasmopus rapax

com 16% e pelos Tanaidacea Psamokalliapseudes granulosus com 15% e o Isopoda

Joeropsis sp. com 15% (Figura 6).

Em Caulerpa racemosa as maiores densidades de indivíduos ocorreram no gradiente de profundidade de 7 metros (Figura 7). O Tanaidacea Psamokalliapseudes

granulosos foi a espécie com maior densidade, apresentando um total de 239

espécimes, seguido pelo Isopoda Joeropsis sp. com 197 indivíduos, e os Amphipoda

(24)

Elasmopus rapax com 69; as demais espécies de Crustacea identificados apresentaram

densidades inferiores a 50 indivíduos. Nas amostras de superfície as densidades foram muito baixas; Psamokalliapseudes granulosos foi a espécie que apresentou a maior densidade populacional com 63 indivíduos, as demais espécies apresentaram densidades igual ou inferior a 25 indivíduos.

A carcinofauna associada a Bryopsis spp. coletada a 7 metros de profundidade apresentou baixa densidade de indivíduos (Figura 8). Hyale sp. apresentou a maior densidade, com 35 indivíduos, seguida por H. macrodactyla com 34 espécimes,

Elasmopus rapax com 27, Joeropsis sp. com 26 indivíduos e P. granulosos com 25

exemplares. As espécies de Bryopsis foram mais colonizadas por Amphipoda, seguida pelos Isopoda e pelos Tanaidacea, o que reforça a teoria de dominância numérica de Crustacea Peracarida associados a algas moles. Contudo, quando comparada com as densidades de indivíduos encontradas em associação com Caulerpa racemosa (Figura 7), a fauna de crustáceos associados a alga Bryopsis spp. foi bem inferior, isto pode estar relacionado com a morfologia da fronde, que parece oferecer menor disponibilidade de microhábitats para os animais.

Figura 3. Abundância relativa das ordens de crustáceos associadas a Caulerpa racemosa no Arquipélago de São Pedro e São Paulo coletadas nos dois gradientes de profundidade: superfície e 7m.

50%

28% 21%

1%

(25)

Figura 4. Abundância relativa das ordens de crustáceos associadas a Bryopsis spp. no Arquipélago de São Pedro e São Paulo coletada a 7 metros de profundidade.

19%

15% 14%

13% 39%

P. granulosus Joeropsis sp. E. pectenicrus H. macrodactyla Outros

Figura 5. Abundância relativa das espécies de crustáceos associadas a Caulerpa racemosa no Arquipélago de São Pedro e São Paulo coletadas nos dois gradientes de profundidade: superfície e 7m.

62% 20%

15%

3%

(26)

20% 20% 16% 15% 15% 14%

Hyale sp. Hyale macrodactyla

Elasmopus rapax Joeropsis sp.

Psamokalliapseudes granulosus Outros

Fi Figura 6. Abundância relativa das espécies de crustáceos associadas a Bryopsis spp. no Arquipélago São Pedro e São Paulo coletada a 7 metros de profundidade.

0 50 100 150 200 250 P. g ranu losu s L. d ubia Joer opsis sp. Am phito e sp . Cym adus a sp . Hya le s p. H. m acro dacty la Elas mop us sp . E. p ecten icru s E. r apax E. s pini dact ylus E. b rasi liens is Sten otho e sp. Capr ellid ae N. m elan odac tyla M. f orce ps outr os superfície 7 metros

(27)

Figura 7. Densidade absoluta da carcinofauna associada a Caulerpa racemosa no Arquipélago de São Pedro e São Paulo em dois gradientes de profundidade: superfície e 7m.

0 5 10 15 20 25 30 35 40 P. g ranu losu s Calo zodi on s p. Joer opsi s sp . Am phito e sp . Hya le sp. H. m acro dact yla E. r apax Sten otho e sp . N. m elan odac tyla M. f orce ps 7 metros

Figura 8. Densidade absoluta da carcinofauna associada a Bryopsis spp. no Arquipélago de São Pedro e São Paulo coletada a 7 metros de profundidade.

Lista Taxonômica Filo Crustacea Subfilo Malacostraca Classe Caridoida Subclasse Eucarida

Ordem Decapoda Dana, 1852 Infraordem Caridea Dana, 1852 Família Alpheidae Rafinesque, 1815 Gênero Synalpheus Bate, 1888

Diagnose: Região frontal tridentada ou trispinosa. Olhos completamente escondidos

pela carapaça, margem posterior da carapaça com entalhe cardíaco. Pereópodos sem epipoditos. Primeiro par com quelas desiguais, em forma e tamanho, quela maior

(28)

geralmente com um dente molar grande, três últimos pares com dáctilos biungulados. Ramo lateral do urópodo com sutura transversal. (RODRIGUEZ, 1980).

Synalpheus sp

Figura 9. Vista lateral de Synalpheus sp.

Material examinado: um exemplar juvenil em Caulerpa racemosa no fundo da

enseada; XI. 2004; 7m.

Comentários: O indivíduo juvenil estava danificado e faltando alguns apêndices o

que impossibilitou a identificação em nível de espécie. Holthuis, Edwards & Lubbock (1980) e Viana et al (2004) registraram a presença de Synalpheus

fritzmuelleri Coutière, 1909 no Arquipélago São Pedro e São Paulo.

Infraordem Brachyura Latreille, 1802 Seção Oxyrhyncha Latreille, 1803 Família Majidae Samouelle, 1819 Subfamília Mithracinae Mac Leay,1838 Gênero Mithraculus White, 1847

(29)

Mithraculus forceps (A. Milne Edwards, 1875)

Figura 10. Vista dorsal de Mithraculus forceps. Fonte: http://www.dnr.sc.gov/marine/sertc/Crustacean%20gallery.htm

Diagnose: Três sulcos correm diagonalmente para trás do primeiro, segundo e

terceiro seios da margem lateral. Seis ou sete tubérculos achatados ao longo da margem e da parte posterior da região branquial, dois ou três na margem externa da região hepática, e 2 pares na região frontal atrás dos lóbulos do rostro. Quatro dentes ou espinhos antero-laterais, separados por largos seios, sendo o primeiro mais curto e os demais agudos e dirigidos para frente. Algumas vezes, um pequeno dente póstero-lateral. Mero do quelípodo com cinco espinhos ou tubérculos espiniformes. Carpo-liso podendo ter espinho interno ou não. Dedos com hiato largo. Patas ambulatórias espinulosas e pilosas (MELO, 1996).

Material examinado: Foram encontrados três exemplares machos em Caulerpa

racemosa no fundo da enseada, XI. 2004, 7m e 3 exemplares machos em Bryopsis

spp., XI, 2004, 7m.

Dados Ecológicos: Do entre-marés até 90 metros. Em fundos duros e em fendas ao

longo de praias rochosas. Também em fundos de areia, corais e de algas. São também encontrados em esponjas (MELO, 1996).

(30)

Distribuição Geográfica: Atlântico ocidental - da Carolina do Norte ao sul da

Flórida, Golfo do México, Antilhas, Venezuela e Brasil (Fernando de Noronha e Rocas, e do Maranhão até São Paulo) (MELO, 1996); Arquipélago de Abrolhos (HOLTHUIS, EDWARDS & LUBBOCK, 1980); Rochedos São Pedro e São Paulo (HOLTHUIS, EDWARDS & LUBBOCK, 1980 e VIANA et al, 2004).

Seção Brachyrhyncha Borradaile, 1907 Família Grapsidae Macleay, 1838 Subfamília Plagusiinae Dana, 1851 Gênero Plagusia Latreille, 1804

Plagusia depressa (Fabricius, 1775).

Figura 11. Vista dorsal Plagusia depressa.

Diagnose: Carapaça com todas as regiões bem distintas e superfície coberta com

grânulos perlados ou esquamiformes que são franjados anteriormente por setas pequenas e uniformes. Na frente da região gástrica uma série de cerca de cerca de seis tubérculos agudos formando um arco côncavo anteriormente. Margem ântero-lateral com quatro dentes, incluindo o orbital externo, que decrescem de tamanho para trás. Epistoma proeminente além do bordo anterior da carapaça e usualmente

(31)

com cinco lóbulos. Quelípodos massivos e tão longos quanto à carapaça. Carpo com ângulo interno dentiforme. Palma com tubérculos na face superior e na face externa quase lisa. Coxa das patas ambulatórias com lóbulo oblongo nas patas 1-3 cortado em dois ou três dentes. Mero com forte dente sub-terminal. Carpos, própodos e dáctilos com franja longitudinal de longos pêlos. Dáctilos com duas linhas de fortes espinhos na face inferior (MELO, 1996).

Material examinado: Encontrado um único exemplar macho em Caulerpa

racemosa, XI. 2004, 7m.

Dados ecológicos: Em fissuras das rochas e corais, poças de maré e no entre-marés

(MELO, 1996).

Distribuição geográfica: Atlântico Ocidental: Carolina do Norte e Carolina do Sul,

Flórida, Golfo do México, Antilhas e Brasil (Fernando de Noronha, Rocas, Rochedos São Pedro e São Paulo, Trindade e do Ceará até a Bahia). Atlântico Oriental: Açores e Madeira, e do Senegal até Angola (MELO, 1996).

Família Xanthidae MacLeay, 1838 Gênero Nanocassiope Guinot, 1967

Nanocassiope melanodactyla (A. Milne-Edwards, 1867)

Figura 12. Vista dorsal de Nanocassiope melanodactyla. Fonte:

(32)

Comentários: Espécie sublitoral, geralmente preferindo fundo com algas, corais e

foraminíferos ou poças de areia. De 70 registros recentes da profundidade para a espécie fora da África Ocidental. 56 ou 80% são de profundidades de 50m ou menos. Dois daqueles são da costa, o restante nas profundidades de 3-11 metros a 40-50m ou 9-69m dos 14 registros de uma água mais profunda, dois, 200m e 225m, são das profundidades mais extremamente de 100m e a escala do restante de 60 a 85m (MANNING E HOLTHUIS, 1981).

Material Examinado: nove exemplares em Caulerpa racemosa, XI. 2004, 7m; dois

em Caulerpa racemosa XI. 2004 superfície; dois em tufos de Bryopsis spp., XI. 2004, 7m. Todos machos.

Distribuição Geográfica: Pacifico Oriental: Baixa Califórnia, Ilha de Cocos e

Galápagos; Atlântico Central: Ilha de Santa Helena e Ilha de Ascenção; Atlântico Oriental: Açores, Madeira, Ilhas Desertas, Ilhas Canárias, Ilhas de Cabo Verde, e Sul de Angola e Senegal, Golfo do Guiné, Príncipe e São Tomé (MANNING E HOLTHUIS, 1981).

Comentários: primeiro registro da espécie para o Atlântico Ocidental (presente

trabalho).

SubfiloMalacostraca Ordem Tanaidacea

Subordem Apseudomorpha Sieg, 1980 Familia Kalliapseudidae Lang, 1956

(33)

Psammokalliapseudes granulosus Silva-Brum, 1973

Figura 13. Vista lateral de Psammokalliapseudes granulosus.

Diagnose: Silva-Brum, 1973:2; 1977:56.- Santos, 2004:74.

Material examinado: 169 exemplares em C. racemosa de fundo em XI, 2004, 7m,

63 em superfície XI, 2004 e 25 em tufos de Bryopsis XI, 2004, 7m. 54 exemplares em C. racemosa no fundo V,2004, 7m. 16 em C. racemosa no fundo em I, 2003, 7m.

Comentários: Atlântico Ocidental: Brasil (Ceará até Bahia). Primeiro registro para

o Arquipélago de São Pedro e São Paulo (presente trabalho).

Familia Metapseudidae Lang, 1970 Genero Calozodion Gardiner, 1973

(34)

Calozodion sp.

Figura 14. Vista lateral de Calozodion sp.

Diagnose: Corpo relativamente achatado dorsoventralmente, sem prolongações

laterais, mas com pequenas cerdas plumosas. Lobos oculares presentes, com elementos visuais. O ultimo pereonito é trapezoidal e mais curto que os outros. Pleon composto de cinco pleonitos e pleotelson. Mandíbula com palpo tetraarticulado. Maxila 1, com palpo biarticulado. Cerdas caudo-distais internas no endito do maxilípede, normal (em formato não foliáceo). Quelípodos com carpo curto e largo própodo; exópodo presente, raramente ausente. Pereópodo 1, mais forte que os outros, possui a base com uma fileira de cerdas plumosas na margem ântero-esternal, alternando com prolongações espiniformes. Pereópodos 3-4 e 5-6 com própodo e dátilo curvado; pereópodo 6 com base apresentando poucas cerdas plumosas em ambos os lados. Pleópodos birremes, em cinco pares. O dimorfismo sexual é bem visível no quelípodo, e ligeiramente evidente na antena 1 e 2 (modificado de GUTU, 1996).

Material examinado: um exemplar em C. racemosa em superficie XI, 2004 e dois

(35)

Comentários: Primeiro registro do gênero para o Atlântico Ocidental (presente

trabalho).

Subordem Tanaidomorpha Sieg, 1980 Familia Leptocheliidae Lang, 1973 Genus Leptochelia Dana, 1849

Leptochelia dubia (Kroyer, 1842)

Figura 15. Vista lateral de Leptochelia dubia.

Diagnose: Kröyer, 1842: 168. – Richardson, 1905: 28. – Silva- Brum, 1973:15.

Material examinado: dois exemplares em C. racemosa no fundo XI, 2004, 7m.

Um em C. racemosa no fundo em V, 2004, 7m e três em C.racemosa no fundo em I, 2003, 7m.

Distribuição Geográfica: Pacífico Ocidental, Oceano Índico, Mar Mediterrâneo,

Canal de Suez, Mar Vermelho, Mar Negro, Atlântico Ocidental: Costa leste da América do Norte, Antilhas e Brasil (Maranhão até São Paulo). Arquipélago de São Pedro e São Paulo (presente trabalho).

(36)

Pseudosphyrapus sp.

Figura 16. Vista lateral de Pseudosphyrapus sp.

Diagnose: Carapaça sem expansões espiniformes laterais e rostro proeminente.

Pereon com 5 pereonitos livres, cada um muito mais largo do que longo. Pleon com 5 pleonitos. Lobos oculares sem apófises espiniformes. Antena 1 com curto flagelo interno. Antena 2 sem escama. Maxila 1 com palpo. Cerda caudodistal interna do endito do maxilípede normal, não em forma de língua serrada. Epignato bem desenvolvido. Quelípodo com exópodo. Pereópodo 1 bem desenvolvido, com ou sem exópodo; coxa do pereópodo 1 sem apófise espiniforme aguda. Cinco pares de pleópodos birremes. (Santos, 2004).

Material examinado: um exemplar em C.racemosa na superfície em XI, 2004.

Comentários: Brasil – Rio de Janeiro. Primeiro registro do gênero para o

Arquipélago de São Pedro e São Paulo (presente trabalho).

Ordem Amphipoda

Subordem Gammaridea Latreille, 1803 Família Amphithoidae Stebbing, 1899

(37)

Gênero Amphitoe Leach, 1814

Diagnose: Corpo liso, moderadamente comprimido. As placas coxais de 1-5 largas,

placa 5 com lobo anterior tão longo quanto a placa 4. antena 1 mais longa de que a 2 ou quase igual; flagelo acessório ausente ou muito pequeno; pedúnculo da antena 2 usualmente robusto, mandíbula com molar grande, palpo delicado e triarticulado, maxila 1 básica, placa interna muito pequena, maxila 2 básico e maxilipede básico, placa externa grande, palpo bem desenvolvido. Gnatópodos sub-quelados, gnatópodo 2 normalmente maior que o 1, especialmente no macho.propodo dos pereopodos de 5-7 mais ou menos expandido distalmente. Terceiro urópodo com ramo externo com par de espinhos grandes e encurvados, ramo interno cerdoso.telson curto robusto, margem distal com uma parte pontiaguda onde se encontra as cerdas. Sexos semelhantes; exceto as antenas e o segundo gnatópodo mais robusto no macho. (Lincoln, 1979).

Amphitoe sp.

Figura 17. Vista lateral de Amphitoe sp.

Material Examinado: 26 exemplares em Caulerpa racemosa no fundo, XI 2004,

(38)

Comentários: Gênero amplo cosmopolita (Lincoln, 1979). Primeiro registro do

gênero para o Arquipélago de São Pedro e São Paulo (presente trabalho).

Gênero Cymadusa Savigny, 1816.

Diagnose: Antena 1 com um ou dois artículos, flagelo acessório. Mandíbula com

palpo. Lobos externos distintamente, mas não profundamente chanfrados. Gnatópodos grandes sub-quelados, gnatópodo 2 igual ou maior que o gnatópodo 1. propodos do pereopodos 5-7 não largos apicalmente. Ramos externos do terceiro urópodo com dois espinhos em forma de gancho (BELLA-SANTINI, 1982).

Cymadusa sp.

Figura 18. Vista lateral de Cymadusa sp.

Material Examinado: 31 exemplares em Caulerpa racemosa no fundo da enseada,

XI 2004, 7m.

Comentários: Flórida, Golfo do México, Mar do Caribe, Oceano Atlântico,

Pacifico e Indico, Mares do Mediterrâneo e Vermelho (WAKABARA, 1972). Primeiro registro do gênero para o Arquipélago de São Pedro e São Paulo (presente trabalho).

(39)

Família Hyalidae Bulycheva, 1957 Gênero Hyale Rathke, 1837

Diagnose: Placas coxais largas, moderadamente longa; placas 1-4 com processo

posterior distinto. Maxila 1 com palpo de um ou dois artículos. Palpo do maxilipede com quatro artículos. Gnatópodos 1 e 2 sub-quelados em ambos os sexos, o gnatópodo 2 no macho é muito maior que o gnatópodo 1; na fêmea ambos os gnatópodos de mesmo tamanho. Gnatópodo 2 do macho de carpo pequeno, lobo posterior muito pequeno ou ausente. Pereopodos aumentando em tamanho de 5-7, espinhoso. Telso profundamente clivado (Lincoln, 1979).

Gênero Hyale sp.

Figura 19. Vista lateral de Hyale sp.

Material Examinado: 46 exemplares em Caulerpa racemosa, I, 2003, 7m; 33 em

C. racemosa V.2004, 7m; 70 em C. racemosa XI, 2004, 7m e 17 em superfície XI,

2004. 11 em Bryopsis spp, XI, 2004, 7m.

Comentários: Cosmopolita, a maioria das espécies ocorre em áreas Tropicais

(Lincoln, 1979). Primeiro registro do gênero para o Arquipélago de São Pedro e São Paulo (presente trabalho).

(40)

Hyale macrodactyla Stebbing, 1899

Figura 20. Vista lateral de Hyale macrodactyla.

Diagnose: Antena 2 alcançando a metade do corpo. Gnatoópodo 2, margem

posterior do propodo indistinta; palmo suavemente sinuoso e paralelo à margem anterior, com diversas cerdas plumosas afilando-se distalmente. Dois espinhos distais provendo os pereopodos de 3-7 fortemente descontinuam e estriados; dactilos com pequenas cerdas subterminais. Urópodo 1 com grande espinho entre os ramos, alcançando a metade do ramo (SEREJO, 2000).

Material Examinado: 54 exemplares em Caulerpa no fundo, V, 2004, 7m e 106

em C. racemosa XI, 2004, 7m. 25 exemplares na superfície, XI, 2004. E 34 em

Bryopsis spp. XI, 2004, 7m.

Distribuição Geográfica: Oceano Atlântico, Brasil, RJ (YOUNG, 1998).

Arquipélago de São Pedro e São Paulo (presente trabalho).

Família Melitidae Bousfield, 1973 Gênero Elasmopus Costa, 1853

Diagnose: Como muitos outros Amphipoda, os machos adultos são mais facilmente

identificados do que as fêmeas ou jovens. A identificação das espécies esta baseada nos caracteres gnatopodiais dos machos. Entretanto, esses caracteres são muito

(41)

diversificados. Essas variações morfológicas representam os mutantes ou ecofenótipos e propõem muitas vezes problemas para a taxonomia. (WAKABARA, 1972).

Elasmopus sp.

Figura 21. Vista lateral de Elasmopus sp.

Material examinado: 57 exemplares em Caulerpa racemosa, XI, 2004, 7m e 19

em C. racemosa superfície, XI, 2004.

Comentários: Cosmopolita (SEREJO, 2000). Primeiro registro do gênero para o

(42)

Elasmopus brasiliensis (Dana, 1855)

Figura 22. Vista lateral de Elasmopus brasiliensis.

Diagnose do macho: antênula com flagelo acessório 3 – articulado. Artículo 3 do

palpo da mandíbula bruscamente falcado e de comprimento aproximadamente igual ao do artículo 2. Gnatópodo II – própodo com palma oblíqua e marginalmente não distinta do bordo posterior, toda a extensão palmar e o bordo posterior providos densamente de cerdas plumosas. Na face medial, a partir da articulação do dátilo, inicia-se uma série de protuberâncias que terminam confundindo-se entre as cerdas. Na protuberância próxima a articulação do dátilo há uma série de fortes espinhos, 6-8 quitinosos, que podem ser vistos também pela face lateral. Fêmea: Gnatópodo II – própodo com extensão palmar definida por 2-3 espinhos, sem protuberância e apresentando cerdas plumosas menos numerosas que aquelas do macho. (WAKABARA, 1972).

Material examinado: 3 exemplares em C. racemosa no fundo XI, 2004, 7m.

Dados ecológicos: Ocorre desde a franja infralitoral até profundidades de 47-50m e

pelos dados obtidos parece preferir algas como substrato. (WAKABARA, 1972).

Distribuição Geográfica: Mediterrâneo, Atlântico, Pacífico e Caribe.

(43)

Elasmopus pectenicrus (Bate, 1862)

Figura 23. Vista lateral de Elasmopus pectenicrus.

Diagnose do macho: antenula com flagelo acessório 3 articulado. Palpo da

mandíbula com artículos 2 e 3 de comprimentos iguais, articulo 3 falcado, ganatópodo II -própodo com palma obliqua e não distinta do bordo posterior, margem palmar escondida pelo denso emaranhado de cerdas plumosas, quando vistas com grande aumento, processo rombudo próximo a articulação do dátilo com algumas cerdas e espinhos. Pereópodo IV com base apresentando uma dentição acastelada. Nos machos jovens essa dentição é observada na base do pereópodo V. Dátilos dos pereópodos com bordo anterior provido de curtas cêrdulas. Urópodo 3 com exópodo pouco mais longo do que o endópodo. Pleonito 3 com bordo postero-inferior quase reto e com algumas crenulações e cerdas. Telso fendido quase que totalmente, de ápices truncados, com 3-4 espinhos e um espinho lateral. Fêmea: Gnatópodo II pouco maior do que o gnatópodo I, extensão palmar do gnatópodo II definida por um espinho medial e um marginal. Denticulação acastelada na base do pereópodo V menos acentuada do que o macho jovem. (WAKABARA, 1972)

Material examinado: 74 exemplares em Caulerpa racemosa, I, 2003, 7m; e 103

(44)

Dados ecológicos: Zona entre-marés até a franja infralitoral e ocorrendo em algas

(WAKABARA, 1972).

Distribuição Geográfica: Em mares Tropicais (WAKABARA, 1972). Arquipélago

de São Pedro e São Paulo (presente trabalho).

Elasmopus rapax Costa, 1853

Figura 24. Vista lateral de Elasmopus rapax.

Diagnose do macho: Antênula com flagelo acessório 2-3 articulado. Palpo da

mandíbula com articulo 3 falcado normalmente. Gnatópodo II – própodo com palma variável; pela face medial, próxima a articulação do dátilo, uma protuberância espinhosa que pode ser dividida; um dente definindo a extensão palmar; pela face lateral, aproximadamente no meio da extensão palmar um forte dente; dátilo mais curto do que a extensão palmar. Pereópodos III-V com várias cerdas longas. Pleónito 3 com bordo póstero-inferior com 2-5 dentes e algumas cerdas, bordo ventral com espinhos em grupos. Urópodo 3 com exópodo pouco mais longo do que o endópodo, ápices truncados, pedúnculo, exópodo e endópodo fortemente espinhosos. Telso mais longo do que largo, a metade interna de cada lobo do telso extende-se mais do que a outra metade que apresenta no ápice espinhos. Fêmea: Gnatópodo II-extensão palmar definida por espinhos mediais e marginais, palma

(45)

densamente cerdosa. Pereópodos III – V providos de cerdas mais curtas e menos numerosas do que no macho. Pleónito 3 com apenas um dente no bordo póstero-inferior. Jovens: os machos jovens apresentam gnatópodo II com protuberâncias, dentes e espinhos menores do que nos adultos pereópodos III-V menos cerdosos e cerdas mais curtas. Urópodo 3 com exópodo mais longo do que o endópodo. (WAKABARA, 1972).

Material examinado: 37 exemplares em Caulerpa racemosa, I, 2003, 7m; 27 em

tufos de Bryopsis spp., XI, 2004, 7m. 32 exemplares em C. racemosa XI, 2004, 7m e 25 em superfície XI, 2004.

Dados ecológicos: Desde a franja infralitoral até profundidades até 42m, ocorrendo

em algas (WAKABARA, 1972).

Distribuição: Cosmopolita (WAKABARA, 1972). Arquipélago de São Pedro e São

Paulo (presente trabalho).

Elasmopus spinidactylus Chevreux, 1907

(46)

Diagnose do macho: Antênula pouco mais longa do que a antena, flagelo acessório

da antênula 3 – articulado. Artículo 3 do palpo de mandíbula falcado normalmente. Gnátopodo II – própodo com palma não distinta do bordo posterior, palma densamente cerdosa, mas menos do que E. brasilensis; tubérculo próximo à articulação do dátilo armado de 3-7 espinhos curtos, seguido de um dente de forma aproximadamente triangular. Dátilos de todos os pereópodos com 4-7 dentes curtos e rombudos. Pleónito 3 com um pequeno dente no canto póstero-ventral, bordo ventral com 3 espinhos. Urópodo 3 com pedúnculo robusto, exópodo e endópodo truncados apicalmente, endópodo alcançando ¾ do comprimento do exópodo. Telso curto, mais largo do que longo, ápices truncados com 3-4 fortes e curtos espinhos.

Fêmea: Palma do gnatópodo II com um processo que se inicia na articulação do

dátilo e continua aproximadamente até a metade da extensão palmar, provido de espinhos e cerdas, além dessas cerdas há em toda a extensão palmar longas cerdas como no macho. (WAKABARA, 1972).

Material examinado: cinco exemplares em Caulerpa racemosa, XI 2004, 7m e três

em superfície, XI, 2004.

Dados ecológicos: A espécie é habitante de águas rasas entre a zona entre-marés e a

franja infralitoral, e comum em algas. (WAKABARA, 1972).

Distribuição Geográfica: Madagascar, Ilhas Maurícius, Arquipélago Chagos,

Índia, Fiji, Micronésia, Polinésia, Hawaii, Venezuela (APADOO E MYERS, 2003). Pacífico e Atlântico – Chagos Island – para este através de Micronésia, Hawaii, Clipperton Island SE Polynesia e Caribe – Venezuela (BARNARD, 1970). Arquipélago de São Pedro e São Paulo (presente trabalho).

(47)

Quadrimaera sp.

Figura 26. Vista lateral de Quadrimaera sp.

Diagnose: Primeiro artículo do palpo da mandíbula ventro distalmente (no local;

em relação ao canto disto-interior do corpo da mandíbula) não alongado, nunca produzido em dentes ventrais agudos, terceiro articulo estreito, usualmente igualmente longo ou mais do que o segundo articulo (somente em poucas espécies menores). Dactilos do segundo gnatópodo com uma simples cerda na margem externa, margem interna freqüentemente curvada, denteada ou escavada, canto palmar do segundo gnatópodo igual ou menor que 90 graus. Dactilos dos pereópodos pelo menos do primeiro ao sétimo bífidos (Krapp-Schickel & Ruffo, 2000).

Material examinado: 1 exemplar em C. racemosa de fundo XI, 2004, 7m.

Comentários: larga distribuição, maioria zona tropical litoral. Com cerdas de 35

espécies conhecidas (LINCOLN, 1979). Primeiro registro do gênero para o Arquipélago de São Pedro e São Paulo (presente trabalho).

Família Stenothoidae Boeck, 1871 Gênero Stenothoe Dana, 1852

(48)

Diagnose: Flagelo acessório ausente. Mandíbula sem palpo, molar ausente. Palpo

da maxila 1 robusto com dois artículos. Placa interna do maxilípede separadas, placas externas vestigiais, gnatópodos sub-quelados; segundo gnatópodo maior que o primeiro. Base do quinto pereópodo delgado; base do 6-7 pereópodo largo, mero mais ou menos expandido, sexos semelhantes (LINCOLN, 1979).

Stenothoe sp.

Figura 27. Vista lateral de Stenothoe sp.

Material examinado: cinco exemplares em tufos de Bryopsis spp., XI 2004, 7m. e

três em C. racemosa XI, 2004, 7m.

Comentários: Cosmopolita (LINCOLN, 1979). Primeiro registro do gênero para o

Arquipélago de São Pedro e São Paulo (presente trabalho).

Ordem Isopoda

Suborder Asellota Latreille, 1803

Família Joeropsididae Nordenstam, 1933 Gênero Joeropsis Koehler, 1885

(49)

Joeropsis sp.

Figura 28. Vista lateral de Joeropsis sp.

Diagnose: Olhos dorsoventrais presentes. Artigo da Antena basal maior e mais

longo, freqüentemente com dentição distal transparente. Antena, artigos peduncular 3-5 um pouco dilatados, artigo 2 freqüentemente com franja de escalas transparentes; flagelados aproximadamente com 6 artigos, mais próximo que o pedúnculo do artigo 5. pereonitos similares, geralmente menor no comprimento e na largura. Urópodo geralmente com o ângulo mesiodistal agudo; ramo reduzido. (Kensley & Schotte, 1989).

Material examinado: 135 exemplares em C. racemosa no fundo em XI, 2004, 7m,

6 exemplares em superfície XI, 2004 e 26 em tufos de Bryopsis, XI, 2004. 54 exemplares em C. racemosa V, 2004, 7m. e 8 exemplares em C. racemosa I, 2003, 7m.

Comentários: Cosmopolita. Primeiro registro do gênero para o Arquipélago de São

(50)

6. Discussão

O Arquipélago de São Pedro e São Paulo possui um registro de 32 espécies de Crustáceos devido aos poucos trabalhos desenvolvidos num local tão isolado; com o presente trabalho, cujo objetivo principal foi levantar os crustáceos associados aos fitais de macroalgas do ASPSP, essa lista aumenta para 40 espécies, com o registro de mais oito novas ocorrências de espécies e dez novos registros de gêneros que não foram possíveis de identificar em nível específico. As espécies de Amphipoda, Isopoda e Tanaidacea citadas são registradas pela primeira vez para o Arquipélago.

A Ordem Amphipoda teve presença expressiva nos ecossistemas estudados. Em vários trabalhos sobre comunidade fital estes animais também estiveram bem representados, como para o fital Sargassum cymosum no litoral paulista (Tararam, 1977; Tararam & Wakabara, 1981), cujo grupo apresentou elevada participação numérica em grande parte do período estudado. Da mesma forma, no trabalho de Dutra (1985) a Ordem Amphipoda também teve numero considerável nas amostras para o fital

Pterocladia capillacea na Ilha do Mel (SP). Santos & Correia (1995) registraram

números expressivos para os táxons Amphipoda e Decapoda do fital Halimeda coletados nos recifes de coral de Ponta Verde (AL). Trabalhos de Leite (2003) relatam a presença de anfípodos gamarídeos ampitoideos associados às algas, principalmente

Sargassum cymosum, com presença das espécies Amphitoe ramondi Audoin, 1826, Cymadusa filosa Savigny, 1816, Sunamphitoe pelagica Milne- Edwards, 1830. Os

Gamarídeos ampitoideos constituem uma das famílias de anfípodos mais abundantes e comuns entre as associadas às algas.

Apadoo e Myers (2003) registram espécie de Elasmopus pectenicrus em algas como

Centroceras clavulatum, Sargassum sp., Ulva reticulata, Digenia simplex e E. spinidactylus em Acanthophora spicifera, Amansia glomerata, Centrocera clavulatum, Digenia simplex, Sargassum sp., Ulva lactuca. Neste trabalho ocorreram E. pectenicrus

em Caulerpa na superfície e no fundo da enseada e E. spinidactylus em Caulerpa no fundo da enseada.

Alves, 1991 cita a presença do decápodo Synalpheus minus e dos anfípodos

(51)

marinha Halodule wrightii da costa lesta da Ilha de Itamaracá (PE). Possivelmente, estes registros indicam que estes animais utilizam os ambientes fitais como habitats preferenciais. Entre estes o gênero Synalpheus sp.e os anfípodos dos gêneros Amphitoe

sp., Cymadusa sp. e Hyale sp. e o anfípodo Hyale macrodactyla foram encontradas no

presente trabalho. Holthuis, Edwards & Lubbock (1980) e Viana et al (2004) registraram a presença de Synalpheus fritzmuelleri Coutière, 1909 no Arquipélago São Pedro e São Paulo.

Carvalho (1977) estudou a fauna dos Gamarídeos associados ao gênero Ulva em trechos de litoral escarpado em Niterói e Angra dos Reis, citando as seguintes espécies:

Elasmopus pectenicrus, E. rapax, e E. spinidactylus e Hyale macrodactyla, sendo essas

espécies também encontradas no fital do presente trabalho.

Manning e Holthuis (1981) destacam Nanocassiope melanodactyla como uma espécie de profundidade. No presente trabalho esta espécie ocorreu em profundidade de 7m associada a Caulerpa racemosa e tufos de Bryopsis no fundo da enseada e em

Caulerpa racemosa na superfície constituindo no primeiro registro no Arquipélago de

São Pedro e São Paulo, assim como, para o Brasil.

Entre as espécies referidas para o Arquipélago, mencionadas na Tabela I, apenas

Plagusia depressa e Mithraculus forceps ocorreram nesse trabalho. Mesmo assim, esta

ocorrência de P. depressa pode ter sido acidental por esta ser uma espécie que ocorre em fundos rochosos e não em plantas. Desta forma, os demais animais que ocorreram no presente trabalho são considerados como novas ocorrências.

O fital Caulerpa racemosa possui uma fauna associada mais rica, abrigando maior número de espécies que o fital Bryopsis spp., tendo em vista que os anfípodos E.

pectenicrus, E. spinidactylus e Cymadusa sp., e os decápodos P. depressa e Synalpheus sp. só ocorreram em C. racemosa. Este fato pode estar associada à própria morfologia

da planta, que é mais ramificada do que Bryopsis e por ser extremamente dominante no arquipélago.

A fauna associada também teve diferença em relação à profundidade do fital, tendo em vista que as amostras retiradas no fundo da enseada foram mais significativas em relação ao número de indivíduos que as amostras coletadas próximo à superfície, onde ocorreram apenas os anfípodos E. spinidactylus, E. pectenicrus, Hyale macrodactyla,

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