Matrizes, Determinantes e Sistemas
de Equações Lineares
Alfredo Steinbruch
Professor de MatemáticadaUniversidade Federal do Rio Grande do Sul (de 1953 a 1980) e da Pontifícia Universidade Cat6lica do Rio Grande do Sul (de 1969 a 1978)
McGraw-Hill São Paulo
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(011) 881-8604e (011) 881-8528
RiodeJaneiroeLisboaePortoeBogotáeBuenos AireseGuatema14eMadrideMhk:oeNew YorkePanamáe
San JuaneSantiago
Aucklande Hamburg e Kuala Lumpur e London e Milan e Montreal e New Delhi e Paris e Singapore e Sydney e Tokyoe Toronto
SUMÁRIO
PREFÁCIO . . . .
IX
Capítulo 1 - MATRIZESMatriz de ordemmporn. . . . 1
Diagonal principal e diagonal secundária. . . 2
Matriz diagonal e matriz unidade. . . • . . . • . • . . . • . . • 2
Matriz zero. . . • . . • • • • • . . . • . . . • . . . • • . . . 3
Matriz oposta de uma matriz. . . • . . . • . . . 3
Matriz triangular superior e matriz triangular inferior. . . 4
Igualdade de matrizes. . . • . . . . ~ . . . 4
Adição de matrizes . • . . . • . . . 4
Produto de uma matriz por um escalar. . . . • . . . • . . . 5
Produto de uma matriz por outra. . . 6
Matriz transposta. • • • . • • • . . • • • . . . • • . . • . . . 11 Matriz simétrica. . • • • . • . . • . • • • . • . . • • . . • • • • . • • • • • . . . 12 Matriz anti-simétrica • . • • . . . . • . . • • • • • . • . • . • . . . • • . • • . .~ 13
Problema.s . . . .
14
Capítulo 2 - DETERMINANTES.
Classe de uma permutação. • . . . • . . . . • . . . • . . . 26Termo principal e termo secundário. . . • . . . 27
Determinante de uma matriz. . . • • . . . 27
Preliminares para o cálculo dos determinantes de 2! e de 3! ordem 28 Cálculo do determinante de 2! ordem. • . . . • . . . • 29 Vil
VIII Matrizes, Determinantes e Sistemas de Equações Lineares
Cálculo do determinante de 3!! ordem •..••••.••...•.. : . • • . 29
Desenvolvimento de um determinante de ordemnpor uma linha ou por uma coluna. . . • . • • . . • . . . . • • . • . . . • . . . 32
Propriedades dos determinantes . . • . . . • • . • • . . . • . . . . 35
Cálculo de um determinante de qualquer ordem. . . .. . . 42
Problemas . . . • . • . . . • . . . 45
Capítulo 3 - INVERSÃO DE MATRIZES Matriz inversa de uma matriz. . . • . • • . . . • . • • . . . • Matriz singular. . . • . . . • . . . . Matriz não-singular . . . • . • . • . . • • • . . • . . . • • . . Propriedades damatriz inversa. . . • . . . . • • . • . . . .' • . • . •. Operações elementares. . • • • • • . . . • • . . . • • • . . . • • . . . . EqUI'valAencla. de matrizes . . . . • . • . . • . . . . • . . . • • . . . • .. Inversão deumamatriz por meio de operações elementares ••.••• Matriz ortogonal. . . • . • . . . • . • . . • . • . . . • . . . . . Problemas .•..•...•..•....••...••...•.. 50 51 51 52 53 54 57 61 61 Capítulo 4 - SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES Equação linear. . . • . . . 70
Sistemas de equações lineares. • . • • . . . • . • . . • • • . • • • . . . 71
Sistemas equivalentes ...•.•.••. ~• • . • • • . . . . • . . • . . • . • . 73
Estudo e solução dos sistemas de equações lineares. • • • . . . 73
PREFÁCIO
Este livro foi escrito com um objetivo: proporcionar a estudantes os conhecimentos mínimos de matrizes, detenninantes e sistemas de equações lineares, conhecimentos que são indispensáveis para estudar e compreender os conteúdos de várias disciplinas dos Cursos de Engenharia, Administração, Economia, Matemática, Física, Computação etc.
Para cumprir com a sua finalidade, o livro "MATRIZES, DETERMINANTES e SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES" tem três características principais:
1) unidade de tratamento na solução de problemas diferentes. Assim, sem descuidar de casos particulares, o cálculo de determinantes de qualquer ordem, a inversão de matrizes e a solução de m equações lineares com n variáveis, quaisquer que sejam
m
en,
são feitos utilizando processos análogos;2) linguagem simples, didática (sacrificando, muitas vezes, o rigorismo em benefício da clareza) e acessível a estudantes de qualquer Curso de nível
superior;
3) ênfase na parte prática, contendo 168 problemas resolvidos e propostos, estes com respostas ou roteiros para a solução.
X Matrizes, Detenninant~se Sistemas de Equações Lineares
o
autor ficará compensado do seu trabalho se este livro contribuir para facilitar a estudantes a compreensão das disciplinas do seu Curso que tenham matrizes, determinantes e sistemas de equações lineares como pré-requisito.Críticas, sugestões para a melhoria deste livro, assim como informações sobre eventuais erros, serão bem recebidas no endereço do autor*.
Alfredo Steinbruch
*
Rua Vieira de Castro, 275/601- Fone (0512) 31-3288 90.040 - Porto Alegre - RS - BRI
CAPITULO 1
MATRIZES
1.1 -
MATRIZ DE ORDEM m POR n
Chama-serIUltriz de ordemmporn a mo quadro de m x n elementos (em geral, números reais) dispostos em m linhas e n colunas.
a ll alZ aln
a:H a22 ~n
A
=
.
• A matriz na qual m'i' n
é
retangular, se representa por A(m,n) e se dizdeor-dem m por n ou mx n.
• A matriznaqual m = n
é
quadrada, se representa por An(ou A(n, n»' e se dizdeordemn.
• Cada elemento de uma matriz A está afetado de dois índices: ~j. O primeiro índice indica a linha e o segundo a coluna a que o elemento pertence.
• A matriz A pode ser representada abreviadamente por A
=
[~j]'i variando de 1 a m (i=
1, 2, •••, m) ej variando de 1 a n (j=
1, 2, •••, n). Assim, se a matriz tem 22 Matrizes, Determinantes e SistemasdeEquações Lineares
linhas(m
=
2) e 3 colunas (n
=
3),
ao fixar para i o valor 1 e fazendo
jvariar de 1 a 3,
obtém-se:
Fixando, a seguir, para i o valor 2 e fazendo
jvariar de 1 a 3, obtém-se:
isto é:
~1
A(2 3)= A = rall
,
L
a21
~2 ~3
• A matriz
deordem m por
1é uma
matriz-eolunaou
vetor-eolunae a
matriz .de
ordem 1 por n é uma
matriz-linhaou
vetor-linha.Exemplos:
1.2 -
DIAGONAL PRINCIPAL E DIAGONAL SECUNDÁRIA
• Numa matriz quadrada A
=
[a
ij],deordem n, os elementos
~j'em que i
=
j,constituem a
diagonal principal.Assim, a diagonal formada pelos elementos alI' a22' ...,
~ éa diagonal principal.
• Numa
matriz quadradaA
= [~j]' deordem n, os elementos
~j'em que
i
+
j =n
+
1,
constituem a
diagonal secwuiária.Assim, a diagonal formada pelos
elementos a1n,
~n-1'
~n-2' ••• 8n1
(1+
n
=
2
+
n-l
=
3
+
n-2
= ... =
n
+
1) éa
diagonal secundária.
1.3 -
MATRIZ DIAGONAL E MATRIZ UNIDADE
• A matriz quadrada A
= [~j]que tem os elementos
~j =Oquando
i>Fjé
uma
matriz diagonal:Matrizes 3
all O O
O
az2
OA
= .
O O
8nn
• A matriz diagonal que tem os elementos
~j=
1 para i
=
j é uma matriz
unida-de.
Indica-se a matriz unidade por
~ou simplesmente por I:
1.4 -
MATRIZ ZERO
O 1
O
~]
Uma matriz zero é a matriz cujos elementos são todos nulos. Indica-se a matriz
zero
por O.
O=~
O O O O O~]
1.5 -
MATRIZ OPOSTA DE UMA MATRIZ
Matriz oposta
de uma matriz A
=
[~j]é a matriz B
=
[bij] talque b
ij=
-~j.Indica-se a matriz oposta
deA por -A. Exemplo:
[ -7
4 Matrizes. Determinantes e Sistemas de Equações Lineares
1.6 -
MATRIZ TRIANGULAR SUPERIORE MATRIZ
TRIANGULAR INFERIOR
A matriz quadrada A = [aijl que tem os elementos 8;j = O para i>j éuma ma-triz triangular superior e a matriz quadrada B
=
[bijl que tem os elementos bjj=
O parai
<
j éumamatriz triangular inferior. Exemplos:3 5 O B
=[;
-3 O 7 91.7 -
IGUALDADE DE MATRIZES
Duas matrizes A
=
[8;jl e B=
[bijl, de mesma ordem, são iguais se, e somente se, 8;j= bij• Exemplo:[~
31
~J
3
1
~J
1.8 -
ADiÇÃO DE MATRIZES
A soma de duas matrizes A
=
[8;jl e B=
[bijl, de mesma ordem,é
uma matriz C = [cijl tal que cij=
8;j+
bij" Indica-se a soma de duas matrizes A e B por A+
B. Exemplos:1) [all a 12
al~J
+
[~1
b 12 b13J = [all+b ll a 12+b12 a 13 +b 13] a21 a22 a23 b 21 b 22 b23 a21 +b21 a22+b 22 a23+b 23 2)~
-21
[~
1-~
~
-1~
1 2 3 O 2 + O 2 2 -1 4 -3 O -1-Matrizes 5
1.8.1 -
Diferença de duas matrizes
A diferença A-B de duas matrizes, de mesma ordem,
é
defmida por A + (-B). Exemplo:r5
~
~ ~
~ ~
~ ~
~ ~
~ ~ - ~ ~ = ~ ~
+
~ ~ = ~ ~
1.8.2 -
Propriedades da adição de matrizes
Para as matrizes A, B e C, de mesma ordem, tem-se: I) A + (B + C) = (A
+
B) + CIl)A+B=B+A III) A
+
O = O+
AIV) A + (-A) ==-A + A = O
1.9 -
PRODUTO DE UMA MATRIZ POR UM ESCALAR
Se À
é
um escalar, o produto de uma matriz A = [ajjl por esse escalaré
uma matriz B=
[bjjl tal que bjj=
À~j.Indica-se o produto da matriz A por Àpor ÀA. Exemplo:5
x~
-2 -5 OlJ=[5X4
5 x 3 5 x(-2) 5 x (-5)5
xlJ
=[20
5x O 15 -10 -25~J
1.9.1 -
Propriedades da multiplicação de uma
matriz por um escalar
Para Àe /.I. escalares quaisquer e A e B matrizes de mesma ordem, tem-se: I) (À/.I.) A::;:: À{/.I.A)
II) (À+/.I.) A
=
ÀA + /.I.A ID) (À-/.I.) A=
ÀA-/.I.A6 Matrizes, Detemánantes e SistemasdeEquações Lineares
IV)À(A
+
B) = ÀA+
illV) IA
=
A1.10 -
PRODUTO DE UMA MATRIZ POR OUTRA
Sejam as matrizes
AO
,4)e
B(4,OA
=
[4 3 2 5] e B~
m
o
produto AB é, por defmição, uma matriz C
O,l)talque:
CH
=
4 x 6+
3 x 4+
2 x 5+ 5 x 3=
24+
12+
10+
15=
61isto
é,
c
Hé
a soma dos produtos, na ordem em que estão dispostos, dos elementos
dama-.triz-linha A pelos elementos
damatriz-coluna B. A matriz
Co,o
=
[61] é o produto
damatriz
~1,4)pela matriz
B(4,2) Odispositivo abaixo facilita, visualmente, entender a
definição do produto
damatriz
~1,4)pela matriz
B(4,O:. .' ...:. ..:. .
~.
..: .
.~.
...'(=J
...
• . 2 x 5=
10 5.
.
.
• 5 x 3=
15 3..
-
.
61 [4 3 2 5]··· .. · . · · · [61]A condição para multiplicar a
matrizA
O .4)pela
matriz B(4.0' deacordo com a
definição, é que o número de linhas de B (no caso, 4) seja
igualao número de colunas de
A (no caso, também 4). Por outro lado, a ordem
damatriz-produto C é
dadapelo número
Matrizes 7
CO,l).Se se escrever em seqüência a ordem damatrizA e a ordem da matriz B:
f
i
(1,4) (4,1)
4
•
O 22 e 32 números, sendo iguais, indicam que a multiplicação
é
possível, e o 12 e 42 números indicam a ordem da matriz-produtoc:
A. , B '
• \1,4) X (4,1)
e..' ---fi
Suponha-se que se deseja multiplicar uma matriz A
o
,4)por umamatrizB(4,2):A. t B t
• \1,4) x (4,2)
•
•
Tendo em vista que o 22 e o 32 número são iguais, a multiplicação
é
possível, e a ordem da matriz-produto C serádadapelo 12e 42números:~1,4) x B(4,2)
=
C O,2) Sejam asmatrizes:
A
~
[4 3 2 5] e B~[~ ~]
Para efetuar o produto da matriz-linha AO,4) (daquipor diante chamada sim-plesinente linha) pela matrizB(4,2)'considera-se cada coluna de B como uma matriz-coluna (daqui por diante chamada simplesmente coluna) e efetua-se o produto da linha A pela I! coluna de B, obtendo-se o 12elemento de C; a seguir, efetua-se o produto da linha A pela 2! coluna de B, obtendo-se o 22elemento de C. Odispositivo a seguir facilita o entendi-mento do processo:
·.... ....
· ..
.
...
.
...
:..
~
.·1· :::.
.
.
..
...
ii...
.
...
!~
.
..
~!
j .
~
..
i..
~
..
~
.
.
: : 2x
5 = 10 5 7 2x
7 = 14 : : : •••••••• • -5- •~.·3 .
~.
is ...
3· 4- .. -5 -.
~.·4·
.~.
iô·
· .
.
...
...
...
..
..
..
.
..
..
.
.
· . . . .
6 1 · .
44·
. .
.
. .
· . . .
@
3 2 5}··· ·[§i
~J
8 Matrizes, Determinantes e Sistemas de Equações Lineares
AmatrizC(l,Z)= [61 44]
é
o produto das matrizesA(l,4)eB(4,Z).Suponha-se, agora que se deseja multiplicar uma matriz ~Z,3)por uma matriz
•
t
A(Z,3) x B(3,4)
•
•
Tendo em vista que A é de ordem (2,3) e que B
é
de ordem (3,4), o produto existe eé uma matrizC(Z,4):A(Z,3) x B(3,4) C(Z,4) Sejam as matrizes A
=
~
2:]
B
~ ~
2 4~]
5 e 3 1 2 7Para efetuarOproduto das matrizes A e B, considera-se cada linha da matriz A como uma matriz-linha (chamada linha) e cada coluna de B como uma matriz-coluna (chamada coluna). A seguir, multiplica-se a1~linha de A sucessivamente pela1~,pela2~, pela 3~ e pela4~ colunas de B, obtendo a primeira linha da matriz C. Em continuação, multiplica-se a 2~linha de A sucessivamente pela 1~linha, pela2~,pela3~e'pela4~ colu-nas de B, obtendo-se a2~linha da matriz-produto C:
2 5 x 2 3 2 4 1 7
[30
~3
26 25 60 34: ] =
C(Z,4)Conforme foi explicado antes, o elemento CZ4
=
20, por exemplo, foi obtidomultiplicando a2~linha de A pela4~coluna de B:
CZ4
=
2(1)+
5(0)+
3(6)=
2+
O+
18=
20 e os demais elementosdeC,demodo análogo.De acordo com o que foi visto até agora, pode-se dizer, por exemplo, que:
A(3,5) XB(5,6)
=
C(3,6)A(Z,7) xB(7,4)
=
C(Z,4)Matrizes 9
1.10.1 -
Cálculo de um elemento qualquer
de uma matriz-produto
Sejam as matrizes:
Tendo em vista que A
é
de ordem(2,3)e que Bé
de ordem(3,3),o produtoé
umamatriz C, de ordem(2,3):
C13J
c~3
o
elemento c23' por exemplo, obtém-se multiplicando a 2!linha de A pela 3!colunadeB:
Assinalando o 22índice de "a" e o 12índice de "b", vê-se que, em cada parce- . la, eles são iguais:
Essa expressão pode ser escrita do seguinte modo:
k=3 I k=l
isto
é,
C23é
o somatório dos produtos~k ~3'k variando de 1 a3.
Um elemento qualquer cijdamatriz C será calculado do seguinte modo:k=3
cij I aik~j
k=l
Essa expressão
é
que, na verdade, defme o produto C(2,3) = A(2,3) x B(3,3). Ge-neralizando, se A(m,n) = [~j]e se B(n,p)= [bij],o produto ABé
uma matriz C(m,p)talque:10 Matrizes, Determinmltes e SistemasdeEquações Lineares
k=n
c
ij Ianc
l>tjk=l
-1.10.2 -
Não comutatividade da multiplicação de duas matrizes
Em geral, a existência do produto AB não implica a existência do produto BA.
Exemplo:
Entretanto, o produto B(5,6) x A(3,5)
não existe porque 6
#3, isto é, o número de
colunas da I!!
matriz não coincide com o número de linhas da 2!!
matriz.
Mesmo quando as multiplicações A x B e B x A são possíveis, os dois produtos
são, em geral, diferentes:
A(4,3)x B(3,4)
=
C(4,4) B(3,4)x~4,3)=
D(3,3)Ainda que A e B fossem matrizes quadradas de ordem n, os produtos AB e BA
seriam também matrizes quadradas de ordem n e, ainda assim,
difeririam. Sejam por
exemplo as matrizes:
A=
[~ ~]
eB
~ ~J
~ ~J
x
~ ~
=
G
7
2~
AB 39 53BA =
~ ~]
x
~ ~
=
~6
30:]
Os produtos AB e BA são diferentes, o que significa que a multiplicação de
duas matrizes não
é comutativa. Existem, entretanto, matrizes A e Btais que AB
=
BA,
porém essa
não é a regra. Há dois casos que interessam particularmente e um deles é o
seguinte: AI
=
IA
=
A. Exemplo:
Matrizes 11
f6
-31
fi
01
fi
01
f6
-31
f6
-31
~2
7J
x'º
lJ
=\Q
lJ
x~2
II
=~2
7J
o
outro caso será
vistono item 3.1, Capítulo 3.
1.10.3 -
Propriedades da multiplicação de uma matriz por outra
Admitindo que as ordens
dasmatrizes possibilitem as operações, tem-se:
I) (AB) C
=
A (BC) II) (A+
B) C=
AC+
BC III)C (A+
B)=
CA+
CBIV)(aA) B
=
A (aB)=
a (AB),a E RV) AB
;4BA, em geral
VI)Se
AB
=O,
nãoé necessário que A
=Oou B
=O.
Ex~plo:Mas, se AB
=O, qualquer que seja B, então A
=.O; do mesmo modo, se AB
=O,
qualquer que seja A, então B
=O.
1.11 -
MATRIZ TRANSPOSTA
A
matriztransposta
damatriz A, de ordem m por n, é a
matrizN,
de ordem n
por
m,que se obtém escrevendo ordenadamente as
linhasde A como colunas. Exemplos:
~J
1.11.1 -
Propriedades da matriz transposta
12 Matrizes, Determinantes e SistemasdeEquações Lineares I)(A
+
BBi=
At+
Btm
(XAi=
XAt"-III)(At)t = A IV)(-Ai=
_At V) (AB)t=
BtAtAs propriedades de I a
N·são imediatas. A propriedade V será verificada por
meio do seguinte exemplo:
a)
A(3~)~[~
~}
B(2,2) =[~
~J
AD~[~
~] [~
2J
_[10
6 I:l.
(AD)'~
ÚO~~]
(1) 6 4 - 14 20 14 8 b) tU
O 2J te
:]
A (2,3)= 3 2 4 e B(2,2) = 2 O 22]
4=
[10
14 6 8141
20J
(2)Comparando (1) e (2), verifica-se que
(ABi=
BtA~1.12 -
MATRIZ SIMÉTRICA
Matrizes 13
• O produto de uma matriz quadrada A pela sua transposta At é umamatriz
simétrica. Exemplo:
A~[j
4-~]
At~[:
21J.
~6
-119~
3 3 AAt=
-1 -12 -44=
S=
st 1 -5 19 -44 86• A soma de umamatriz quadrada A com a sua transposta Até umamatriz simétrica. Exemplo:
A
~t~
-14~] A'~[:
-3-1 75]
A+At=
l2
1 -211~] ~
S
~
S'
.5 7 1 , 2 9 1 , 7 16
1.12.1 -
Propriedade da matriz simétrica
Uma matriz quadrada A = [~j] é simétrica se, e somente se, os elementos dispostos simetricamente em relaçãoàdiagonal principal são iguais.
1.13 -
MATRIZ ANTI-SIMÉTRICA
Umamatrizquadrada Aéanti-~tricaseAt= -A. Exemplo: 3 O 6 -3 O -6
• A düerença B = A - At entre uma matriz quadrada A e a sua transposta At
é
14 Matrizes, Determinantes e SistemasdeEquações Lineares
A=r~ ~
;]
At=r~
:
~] .B=A_At=[~ -~ -~J Bt=r_~ ~
-5
0
2
] =-B
b
6 9,b
1 9, -2 5 O,L
2 -51.13.1 -
Propriedade da matriz anti-simétrica
Umamatrizquadrada A
=
[~j] é
anti-simétrica ·se, e somente se,~j
= -~i'
istoé,
se os elementos dispostos simetricamente em relação à diagoDal principal são opostos e os elementosdadiagonal principal são nulos.1.14 -
PROBLEMAS RESOLVI DOS
1)Dadasas matrizes
A
=
[Y
+
4 2]
eB
=
~192
2J
9 X2
+
4 53,
calcular
y
e x de modo que A seja igual a B, istoé:
. "
[Y ; 4
x2~
4]
=
[1~ 5~],
Solução:
Pela definição dei~dadede
matrizes,
deve-se ter:Y
+
4 =12 :.
Y=8
x2+
4=
53.~x2
=
49Matrizes 15
Os problemas
de2 a 4 se referem
àsmatrizes:
3 8]
[-3 71]
9-6 B = - 4 2 5 4 -1 , O 9 4 eC~~
2)CalcularA+
B Solução: 3 8] [-3 7 1] [_1 10 9J
9 -6+
-4 2 5 = -9 11 -1 4 -1 O 9 4 7 13 3 3) Calcular C - A Solução:~
7
-8 C-A = 4 -3 9 -54)
Calcular3A - 2B
+
4C
Solução:~l_ L~ ~ ~
1
=[~ ~~~ -~l
d L
7 4-;J
2 -9~J
Fazendo D
=
3A - 2B
+
4C, vem:
[
23 8]
[-3
D=
3 -5 9 -6 - 2 -4 7 4 -1 O 7 1 ] . [ 7 - 8 3 ] 2 5+
4 4 -3 2 9 4 9 -5 1 [ 6 9 D=
-15 27 21 12D=r~
G7
-37 11 -26-~J
+ [:
-3 O_~l
-;J
-14 _2J [28. -32 12J -4 -10+
16 -12 8 -18 -8 36 -20 416 Matrizes, Determinantes e SistemasdeEquações Lineares
5) Calcular (A
+
B) C
Solução:
(A
+
B) foi calculado no problema 2. Logo:
[
-1 10 9J
~
-8
(A+
B) C=
-9 11 -1 4-3 7 13 3 9-53] [114 -67 26J
2=
-2845 -6
1 128-110 50
Este problema poderia ser resolvido calculando AB e AC e, após, determinando
Ab
+
AC. (Exercício a cargo do leitor).
6) Calcular o produto
dasmatrizes:
A _r-8 4
-6lJ
_r~ -~l
(2,4) -L
2 -5 7 3 • B(4,2) -~ -~J
Solução:11
[~ -~J
=
[5
-21
3J 1 -5 6 7J 3 87) Calcular o produto
dasmatrizes:
A
=
r~ ~ ~J
e X= [;]
Matrizes 17 Solução: [ 2 3 4] [x] [2X
+
3y+
4ZJ
A(3,3) x ~3,l)=
C(3,l) = ·3 5 -4 Y = 3x+
5y - 4z 4 7 -2 Z 4x+
7y - 2z Éinteressante assinalar que amatriz
Ctem
3 linhas euma
sócoluna: • o elemento da I!! linha é: 2x+
3y+
4z;• oelemento da 2!! linha é: 3x
+
5y - 4z; • o elemento da 3!! linha é: 4x+
7y - 2z.O fato de que
a matriz
Ctem
3 linhas euma
s6 coluna permite escrever,sob
a forma matricial, o seguinte sistema de equações, por exemplo:!
2x+
3y+
4z = -4 3x+
5y-4z=
25 4x+
7y-2z=
24 De fato, fazendo:A=r~ ~ ~l
x=[;JeB=[2~1
l~
7-~,
z 24j,pode-se escrever que AX
=
B, ou:ou, ainda:
~
x
+
3y+
4J
~-4~
3x
+
5y - 4z = 25 4x+
7y-2z 2418 Matrizes, Determinantes e SistemasdeEquações Lineares
e,
deacordo com a
definição deigualdadedematrizes:\
2X
+
3y+
4z=
-4
3x+
5y -4z=25 4x+
7y - 2z= 24-Os problemas
de8 a 12 se referem
àsmatrizes:
[
4 _5]
A = 3 -7 -2 4, Solução: B=
f-4
6-31
C=
f4
-3J
e~3
5sJ,
11
2A
t=
[4
-5 9)Determinar
Bt Solução: 3 -7[
-4
-3~
Bt =6
5
-3
8
10)Calcular (AB)t Solução:Matrizes 19
mas Bt e At foram determinados nos problemas 9 e 8, respectivamente. Logo:
[-4 -3] [
J [
-1
9-4~
t t t . 4 3 -2
(AB)
=
B(3,2)A(2,3)=
6 5 -5 -7 4= .
-1 -17 8-3 8 . -52 -65 38
Este problema poderia ser resolvido calculando, emprimeiro lugar, AB
=
E e, após, determinando Et: -1 -17 8-52~
-65 38 [ -1 9 (ABi=
Et=
-1 -17 -52 -65 11) Calcular Bt C Solução:AmatrizBt foi determinada no problema 9. Logo:
12) Calcular (AB)t D
Solução:
(AB)t foi calculado no problema 10. Logo:
~
-1 9 (AB)tn
=
-1 -17 . -52 -65~
l
r~ -~ ~l
=
r
-~
3~J
G
1
~J ~14
1 13 29813~
-34 -13020 Matrizes, Determinantes e Sistemas de Equações Lineares 13) Dada a matriz A
=
fi
o
7-251
L
-toJ,
calcular A x A=
A2 Solução:A matriz A2
é
chamada potência2
da matriz A. Neste problema, como A2=
A, Aé
chamada de matriz nihilpotente.14) Dada a matriz
A=[~
calcular A2 Solução:-~ _~l
4-;J,
A2=
[_~ -~ _~l [_~ -~ _~l
=
[~ -~ _~l
-4 4 -;J
-4 4-;J
-4 4-;J
Matrizes 21
1.15 -
PROBLEMAS PROPOSTOS
Nos problemas 1 a 3, calcular os valores de m e fipara que as matrizes A e B
sejamiguais. 1) A _[ 8
150J
=~8 7~J
12
+m 3 e B 6 32)
[m2
-4002
+j
rI
1~]
A= e B = 6 3 6 3) A =[::2J
e B = [: lOx~25J
OSproblemas 4 a 12 se referemàsmatrizes:
A=r 3 8J B =
~
-7 -9] C =[o
9:]
4 -1
-6,041
e1 4
4) Calcular A+
B 5) Calcular B+
C 6) Calcular A+
C7)
Calcular A - B8)
Calcular A - C9)
Calcular B - C 10) Calcular X = 4A - 3B+
5C 11) Calcular X = 2B - 3A - 6C 12) Calcular X = 4C+
2A - 6BNos problemas 13 aIS, efetuar a multiplicaçãodasmatrizes A e X. 13)
22 Matrizes, Determinantes e SistemasdeEquações Lineares 14) 15) A
=
l~ ~ ~ ~]
e X=
[:~J
-2 4 5 -7 x3 9 - 9 - 8 6 x4Os problemas 16 a 21 se referem
àsmatrizes:
A
=[7~ --4~J
B =[~ ~ ~:
-;], C =~~
:J
e 5 9,16)
Calcular AB 17) Calcular (AB)D 18) Calcular A(BD) 19) Calcular BA 20) Calcular (BA)C21)
Calcular B(AC)22) Determinar a
matrizA
ttransposta
damatriz
~
4 3-~
A
=
1 -7 O -28 -9 6
-4
Os problemas 23 a 27 se referem
àsmatrizés
[ 1 7 3
-1
D= -:
-~ -~ -~
5 3 2 -3~
5 O -8 OA=
-2 2 1 -1 -3 -2 8 5 6 3Matrizes 23 23) Calcular (AB)t 24) Calcular (AB)Dt 25) Calcular A(BDt) 26) Calcular Bt C 27) Calcular 2 (AíB~
+
3 CtNos problemas 28 a 31, dada
uma
matriz A em cadaum
deles, calcular A2 e classificarA.28) 29)
A=
[~
~J
A=[12 16
-9-12
J
30) 31)
A=
[5
-2
-41TI
A=[6 10]
-3-5
1.15.1 -
Respostas ou roteiros para os problemas propostos
1) n = 5 e m=-6 2)m
=
± 9 e n = ±3 3)x = 54a6)Roteiro: Esses problemas
são
resolvidos de modo análogo ao do problema2do·item1.14. 7 a 9) Roteiro:
10
a12)
Roteiro:3 a 15) Roteiro:
Esses problemas são resolvidos de modo análogo ao do problema3
do item1.14.
Esses problemas são resolvidos de modo análogo ao do problema4
do item1.14.
Esses problemas são resolvidos de modo análogo ao do problema 7 do item1.14.
24 Matrizes, Determinantes e Sistemas de Equações Lineares
,
16)Roteiro: 17) Roteiro: 18)Roteiro: 19)Roteiro: 20)Roteiro: 21)Roteiro: 22)Roteiro: 23)Roteiro:Esse problema é resolvido de modo análogo ao do problema 6 do item 1.14.
I!:?) Calcular~4,4)
=
A(4,2)x B(2,4) (já calculado no problema 16) 2!:?) Calcular F(4,4)= E(4,4) x D(4,4)I!:?) Calcular G(2,4)
=
B(2,4)x D(4,4) 2!:?) Calcular H(4,4) = A(4,2) x G(2,4)Esse problema
é
resolvido de modo análogo ao do problema 6 do item 1.14.I!:?) Calcular J(2,2)
=
B(2,4) x A(4,2) (já calculado no problema 19) 2!:?) Calcular 42,2)=
J(2,2)x C(2,2)I!:?) Calcular~4,2) = A(4,2)x G2,2) 2!:?) Calcular N(2,2)
=
B(2,4) x ~4,2)Esse problema
é
resolvido de modo análogo ao do problema 8 do item 1.14.I!:?) Calcular~4,4) = A(4,3) x B(3,4) 2!:?) Determinar Et
=
(AB)tou:
I!:?) Determinar At(3,4) 2!:?) Determinar B\4,3)
3!:?) Calcular Bt Af
=
(AB)t - Proriedade V da matriz transposta,item 1.11.1).
Esse 2!:? roteiro
é
conveniente quando se conhecem as transpostas de A e de B. 24) Roteiro:25) Roteiro:
26)Roteiro:
'17) f'c()teiro:
I!:?) Calcular AB= E (já calculado no problema 23) 2!:?) Determinar Dt
3!:?) Calcular EDt
=
FI!:?) Determinar Dt (já determinado na problema 24) 2!:?) Calcular BDt
=
G3!:?) Calcular AG= H I!:?) Determinar Bt 2!:?) Calcular Bt C
=
J I!:?) Determinar At2!:?) Determinar Bt (já determinado no problema 26) 3!:?) Calcular At Bt
=
K28) Aénihilpotente 29) Aénihilpotente 30) Aéidempotente 31) A
é
idempotente 42) Calcular 2 K 52) Detenninar Ct 62) Calcular 3 Ct=
L7
2)Somar 2 K
+
L
Matrizes 25CAPíTULO
2
DETERMINANTES
2.1 -
CLASSE DE UMA PERMUTAÇÃO
Considere o leitor uma permutação
a c b
dos três elementos a, b, c e seja
a b c,
na qual os elementos estão na ordem alfabética, a permutação principal. Diz-se que dois
elementos de uma permutação formam uma
inversão se estão em ordem inversa à
dapermutação principal.
Assim, na permutação
dadaacb, os elementos c e b fonnarn uma inversão.
Uma permutação é de
classe
parou de
classe
fmpar,conforme apresente um
número par ou ímpar de inversões.
A permutação acb é de classe ímpar.
Determinantes 27
2.2 -
TERMO PRINCIPAL E TERMO SECUNDÁRIO
Dadaumamatriz quadrada A, de ordem n, ao produto dos eleméntos da diagonal principal dá-se o nome de termo principal, e ao produto dos elementos da diagonal secundária dá-se o nome determo secundário.
• Termoprincipal: a11, a12• al3' '" ,l\m
• Termo secundário:a 1n ' a2 n-l • a3 n-2' ••• , an l
2.3 -
DETERMINANTE DE UMA MATRIZ
Chama-se determinante de uma matriz quadrada
à
soma algébrica dos produtos que se obtém efetuando todas as permutações dos segundos índices do termo principal, fixados os primeiros índices, e fazendo-se preceder os produtos do sinal+
ou -, conforme a permutação dos segundos índices seja de classe par ou de classe ÚDpar.• A utilização da definição e o cálculo de determinantes serão feitos logo após serem dadas algumas informações necessárias para a melhor compreensão do assunto.
• Chama-se ordem de um determinante a ordem da matriz a que o mesmo corresponde. Se a matriz é de ordem3,por exemplo, o determinante será de ordem3.
• A representação do determinante de uma matriz A, que será designado por det A, faz-se de maneira análoga à da matriz, colocada entre dois traços verticais:
311 a12 31n 321 322 a2n
detA
=
• Apesar de o determinante deumamatriz quadrada A = [~j]' de ordem n, ser um número real,costuma-se, por comodidade, umavez que aquele número é calculado a partir dos elementos daslinhas e das colunas da matriz, falar nas linhas e nascolunas do determinante.
28 Matrizes, Determinantes e Sistemas de Equações Lineares
2.4 -
PRELIMINARES PARA O CÁLCULO
DOS DETERMINANTES DE 2? E DE 3? ORDEM
Para a correta aplicação da definição de determinante de uma matriz, considerem-se as tabelas constantes dos itens 2.4.1 e 2.4.2.
2.4.1 -
Tabela referente às permutações dos números 1 e 2
o
total de pennutações dos números 1 e 2 é: P2=
2 !=
1 x 2=
2.Permutação Número de Oasseda Sinal que
principal Permutação inversões permutação precede o produto
12 12 O par
+
12 21 1 ímpar
-2.4.2 -
Tabela referente às permutações dos números 1, 2 e 3
o
total de pennutações dos números 1,2 e 3é:
P3=
3 !=
1 x 2 x 3=
6.Permutação Número de Oasseda Sinal que
principal Permutação inversões permutação precede o produto 123 123 O par
+
123 132 1 ímpar -123 312 2 par+
123 213 1 ímpar -123 231 2 par+
123 321 3 ímpar-Determinantes 29
2.5 -
CÁLCULO DO DETERMINANTE DE
2~
ORDEM
o
determinante de 2!! ordemé
o que correspondeàmatriz de ordem 2:o
termo principal é au a12 e os segundos índices são 1 e 2. O conjunto {I, 2} admite 2 permutações: 12 e 21, a primeira de classe par e a segunda de classe ímpar. (Ver Tabela, item 2.4.1.) De acordo com a deftnição de determinante, pode-se escrever:Por comodidade, costuma-se dizer que o determinante de 2!! ordem é igual ao termo principal menos o termo secundário. Exemplos:
1)
2)
\ 7-51
det A=
=
7(-1) - (-5)(2)=
-7+
10=
3 2 -1 detI=
I
~ ~
I
=
1(1) - 0(0)=
1 - O=
12.6 -
CÁLCULO DO DETERMINANTE DE
3~
ORDEM
30 Matrizes, Determinantes e SistemasdeEquações Lineares
o
tenno principal é alI a22 a33 e os segundos índices são 1, 2 e 3. O conjunto {I, 2, 3} admite seis pennutaçóes: 123, 312, 231, 132, 213 e 321, as três primeiras de classe par e as três últimas de classe ímpar. (Ver Tabela, item 2.4.1) De acordo com a defInição de detenninante, pode-se escrever:Na prática, obtém-se essa f6nnula de dois modos que serão vistos a seguir.
2.6.1 -
Desenvolvimento do determinante por uma linha
A f6nnula de 2.6 pode ser transfonnada na seguinte:
ou:
isto é, o detenninante da matriz A, de ordem 3, é igual à soma algébrica dos produtos de cada elemento da I!! linha pelo detenninante menor que se obtém suprimindo aI!!linha e a coluna correspondente ao respectivo elemento dessa linha, fazendo-se preceder esses produtos, alternadamente, pelos sinais
+
e -, iniciando pelo sinal+.
Essa maneira de escrever a f6nnula de 2.6 para calcular um determinânte de 3!! ordem é denominadadesenvolvimentodo determinante pela]i!linlul.Exemplo:
det A
=
~ ~ ~
=
+
21
141_ 51
341
+
71
3 8116 8 - 3 8 2 6 2 6
detA
=
2 (2 - 32) - 5 (6 - 24)+
7 (24 - 6)=
2 (- 30) - 5 (- 18)+
7(18)Determinantes 31
• Um determinante pode ser calculado por qualquer linha (ou por qualquer coluna), cuidando-se da alternância dos sinais
+
e - que precedem os produtos. No caso do determinante de ordem 3, a alternância dos sinais+
e -, por linha e por coluna,é a seguinte:+
+
+
+
+
Exemplo: Calcular o mesmo determinante, desenvolveildo-o pela 2!! coluna:
2 5
7
1
3 411
271·
12~I
detA= 3 1 4 =-5 +1 -8 6 8 2 6 2 6 2 3 4 detA = -5 (6 - 24) + 1 (4 - 42) - 8 (8 - 21) = -5 (-18) + 1 (-38) - 8 (-13) detA = 90 - 38 + 104 = 1562.6.2 -
Regra de Sarrus
A fórmula de 2.6 também pode ser obtida pelaRegrade Sarrus, que consiste no seguinte:
I!'?) repetem-se as duas primeiras colunasà direita do quadro dos elementos da
matrizA;
2!'?) multiplicam-se os três elementos da diagonal principal bem como os três elementos de cada paralela a essa diagonal, fazendo-se preceder os produ-tos do sinal
+;
3!'?) multiplicam-se os três elementos da diagonal secundária bem como os três elementos de cada paralela a essa diagonal, fazendo-se preceder os produtos do sinal-o Assim:
32 Matrizes, Determinantes e Sistemas de Equações Lineares Exemplo: Calcular 2 5 7 detA 3 1 4 6 8 2 Solução: det A
=
+
4+
120+
168 - 30 - 64 - 42=
1562.7 -
DESENVOLVIMENTO DE UM DETERMINANTE
DE ORDEM
n
POR UMA LINHA OU POR
UMA COLUNA
Se se repetir o raciocínio e o roteiro do cálculo de um determinante de 3!! ordem para um determinante de 4!! ordem, por exemplo, se chegará
à
conclusão de que esse determinante poderá ser calculado desenvolvendo-o por qualquer linha ou por qualquer coluna, devendo-se ter cuidado com a alternância dos sinais+
e - que precedem os produtos, alternância essa que, para o determinante de 4!! ordem,é
a seguinte:+
+
+
+
+
+
Derenninanres 33
Exemplo: Calcular, desenvolvendo pela I!! linha:
detA -2 -3 -1 -2 -1 O 1 -2 -3 -1 -4 1 -2 2 -3 -1 Solução: O 1 -2 -1 1 -2 -1 O -2 -1 O 1 detA = + (-2) -1 -4 1 - (-3) -3 -4 1 + (-1) -3 -1 1 - (-2) -3 -1 -4 2 -3 -1 -2 -3 -1 -2 2 -1 2 2 -3 O 1 -2 -1 1 -2 -1 O -2 -1 O 1 det A =-2 -1 -4 1 +3 -3 -4 1 -1 -3 -1 1 +2 -3 -1 -4 (1) 2 -3 -1 -2 -3 -1 -2 2 -1 -2 2 -3 Fazendo: O 1 -2 =+01-4 1 1_ 1
l-I
11l-I
~I
detB = -1 -4 1 + (-2) 2 -3 -1 -3 -1 2 -1 2 det B = 0(4 + 3) - 1(1 - 2) - 2(3 + 8) = 0(7) - 1(-1) - 2(11) det B = O+ 1 - 22 = - 21 det C =~~ -~ -~
= + (-1)1-
4 11_ 11-
3 11 + (':'2)1-
3 -41 -3 -1 -2 -1 -2 -3 -2 -3 -1 det C = - 1 (4 + 3) - 1 (3 + 2) - 2 (9 - 8) = -1(7) - 1(5) - 2(1) det C= -
7 - 5 - 2= -
14 -1 O -2l-I
11 1-3 11 1-3 -11 det D = -3 -1 1 =+
(-1) 2 - O+
(-2) -1 -2 -1 -2 2 . -2 2 -1 det D = - 1 (1 -2) - 0(3 + 2) - 2(-6-2) = - 1(-1) - 0(5) - 2(-8)34 Matrizes, Detenninantes e SistemasdeEquações Lineares det D = 1 - 0+ 16 = 17 -1 O 1
l-I
-41
1-:; -41
1-
3 -1\ detE= -3 -1-4
= +(':'1) 2 O + 1 -3 - -2 -3 -2 2 -2 2 -3 det E = -1 (3 + 8) - 0(9 - 8) + 1 (-6 -2) = -1(11) - 0(1) +1(-8) det E = - 11 - 0-8 = - 19Substituindo det B, det C, det D e det E em (1), vem:
detA = - 2(-21) + 3(-14) -1(17) + 2(-19) = 42 - 42 -17 - 38 detA = -55
• Igualmente se pode calcular um determinante de ordem n = 5,6, 7, 8, 10, 50, etc., desenvolvendo-o por uma linha ou por uma coluna, pelo mesmo processo por meio do qual se calcula um determinante de4~ ordem. Entretanto, esse processo, por envolver um número excessivamente elevado de operações, torna-se quase impraticável. Por isso, no item 2.9 será visto um processo em que, apesar de conter ainda um número elevado de operações, esse número
é
sensivelmente menor do que o do desenvolvimento do determi-nante por uma linha ou por uma coluna.• Para se ter uma idéia do número elevado de operações que devem ser feitas no cálculo de um determinante de ordem n ~ 3 pelo processo de desenvolvê-Io por uma linha ou por uma coluna, basta considerar o número de determinantes de ordem 2 que devem ser calculad9s nesse processo. Assim, o cálculo de um determinante:
a) de ordem 3, implica calcular 3 determinantes de ordem 2;
b) de ordem 4, implica calcular 4 x 3 = 12 determinantes de ordem 2;
c) de ordem 5, implica calcular 5 x 4 x 3= 60 determinantes de ordem 2:
ti) de ordem 6, implica calcular 6 x 5 x 4 x 3= 360 determinantes de ordem 2;
e) de ordem 10, implica calcular 10 x 9 x 8 x 7 x· 6 x 5 x 4 x 3= 1.814.400 determinantes de ordem 2.
• Quando n ~ 4,
é
muito natural que enganos sejam cometidos e que, portanto, o cálculo feito não corresponda ao valor do determinante. Por essa razão (e mesmo que oDeterminantes 35
processo a ser visto em 2.9 seja menos trabalhoso), atualmente se calcula um detenninante por computador, por meio de um PROGRAMA adequado previamente elaborado.
2.8 -
PROPRIEDADES DOS DETERMINANTES
Dentre as diversas propriedades dos detenninantes serão relacionadas, a seguir,_ aquelas que, de uma forma ou de outra, dizem mais de perto com o cálculo dos detenninantes de qualquer ordem ou com as propriedades dos vetores. Essas propriedades não serão demonstradas mas tão-somente verificadas por meio de exemplos; por outra parte, sempre que for necessário calcular um determinante desenvolvendo-o por uma linha, isso será feito, por comodidade, pela I!linha,salvo menção expressa em contrário.
I) O detenninante de uma matriz A
é
igual ao detenninante da sua transposta At, istoé,
det A = At•Exemplo:[~ ~]
~ ~
I
=
2(3) - 5(7)=
6 - 35=
-29• Como conseqüência dessa propriedade, tudo que for válido para as linhas de um detenninante
é
válido para as colunas e reciprocamente.m
Se a matrizA possui uma linha (ou coluna) constituída de elementos todos nulos, o detenninanteé
nulo. Exemplo:ll) Se a matriz A tem duas linhas (ou colunas) iguais, o determinante
é
nulo. Exemplo:36 Matrizes, Determinantes e Sistemas de Equações Lineares
det A
=
5 (18 - 4) - 5 (18 - 4) + 2 (12 - 12)=
5(14) - 5(14)+ 2(0)det A
=
70 - 70+
O=
OIV) Se na matriz A ~uas linhas têm seus elementos correspondentes proporcionais, o determinanteé nulo. (Numa matriz A, dois elementos são corresponden-tes quando, situados em colunas diferencorresponden-tes, estão na mesma linha ou quando, situados em linhas diferentes, estão na mesma coluna. Exemplo:
det A
=
I
~
:I
=
2(9) - 6(3)=
18 - 18=
ONesse determinante, os elementos correspondentes das duas colunas são proporcionais:
6 2
9
3 3
V) O determinante de uma matriz diagonal A (superior ou inferior) é igual ao termo principal, isto é, é igual ao produto dos elementos da diagonal principal. Exemplo:
Os dois últimos determinantes, por terem uma coluna com elementos todos nulos, são nulos (II propriedade); logo:
det A
=
41~ ~
I
=
4«(1)(2) - 3(0»=
4(1)(2) - O detA=4xlx2• Como conseqüência dessa propriedade:
a) o determinante de uma matriz diagonal (por ser ao mesmo tempo diagonal superior e inferior)é igual ao produto dos elementosdadiagonal principal;
Determinantes 37
b) O detenninante de uma matriz unidade I, de qualquer ordem (por ser uma matriz diagonal e todos os elementos dessa diagonal serem iguais a 1),
é
igual a 1. Exemplos: 1 O O 5 O O detD = O 2 O = 5 x 2 x 7; det~ O 1 O = l x l x ... xl=1 O O 7 O O 1
VI) Trocando-se entre si duas linhas (ou colunas) de uma matriz A, o detenninante muda de sinal, isto
é,
fica multiplicado por -1. Exemplo:det A =
~ ~
52 =+
1lo
21_ 3lo
21+
51
00 40I
O 4 12 4 12 O 12 det A = 1(O - 8) - 3(0)+
5(0) = - 8 - O+
O= - 8 1 3 5 O 4 12 O O 2de acordo com a propriedade V.
lx4x2=8
Como se vê, ao serem trocadas entre si, a 2!! linha pela 3!! da matriz A, o det A ficou multiplicado por -1, isto
é,
seu valor foi alterado. Para que se mantenha o valor do det A, no caso de haver necessidade de trocar entre si duas linhas (ou colunas), se procederá do seguinte modo:1 3 5 1 3 5
detA = O O 2 = - 1 O 4 12
O 4 12 O O 2
Na realidade, tendo em vista que o det A foi multiplicado por -1, ele, para manter seu valor, deveria ser dividido por -1 (ou multiplicado pelo inverso de -1, no caso
38 Matrizes, Determinantes e SistemasdeEquações Lineares
• Quando se desejar trocar, por exemplo, a 2! linha pela 3! de umamatrizA
parafacilitar o cálculo de seu determinante, se escreverá assim:
T
135
det A=
O O 2 -+~3: O 4 12135
det A= -
1 O 4 12 O O 2Essa operação será utilizada no cálculo de um determinante de qualquer ordem, quando, como aconteceu no presente caso, num determinado estágio do processo do cálculo, não for conveniente haver o número zero na diagonal principal: a trocada 2! linha pela 3! tirou o zerodadiagonal principal e colocou em seu lugar o número 4.
Vll) Quando se multiplicam por um número real todos os elementos de uma
linha (ou coluna) de uma matriz A. o determinante fica multiplicado por esse número. Exemplo:
Na propriedade VI viu-se que: 1 3 5
det AI
=
O 4 12=
8O O 2
Suponha o leitor que se deseje multiplicar a 2! linha por
-+
(o queé
o mesmo que dividir os elementosdalinha por 4) e calcular o valor do detAz
obtido:detA
z =
~ ~ ~
=
+
111 31_ 31
O31
+
51
O~
I
0 0 2 0 2 0 2 O
det A
z
= 1(2 - O) - 3(0)+
5(0)= 2 - O+
O detAz=
2Determinantes 39
• Como se
vê~.o
det Ai ficou multiplicado por -{- ao se multiplicar os elemen-tosda2! linha por -{- , uma vez que:1
det~
=
2=
(det Ai) x"4
8 x -14'
isto
é,
o valor de det Ai' foi alterado. Para que se mantenha o valor do det Ai' no caso de haver necessidade de multiplicar a 2! linha por -{- , se procederá do seguinte modo:1 3 5 O 4 12 O O 2 1 3 5
=
4 O 1 3 O O 2Repetindo o que já foi dito, multiplicar os elementos de uma linha por
+-
é
o mesmo que dividir os elementos dalinha por 4 (ou, o mesmo que dividir o determinante por 4). Daí, porque, para compensar, istoé,
para que o determinante mantenha seu valor,é
necessário multiplicá-lo pelo inverso de~
,ou seja, por 4•• Quando se desejar multiplicar, por exemplo, a 2! linha de uma matriz A por
+
para facilitar o cálculo de seu determinante se escreverá assim:1 3 5 det Ai
=
O 4 12 O O 2 1 3 5 detAi=
4 O 1 3 O O 2Essa operação será utilizada no cálculo de um determinante de qualquer ordem, quando, como aconteceu no presente caso, num determinado estágio do processo do cálculo, se desejar obter o número 1 como um dos elementos da diagonal principal: a multiplicação do número 4, que estava na 2! linha como elemento dadiagonal principal, por
~
, colocou o número 1 no seu lugar.40 Matrizes, Determinantes e SistemasdeEquações Lineares
Se se desejar obter o número 1 em lugar do número 2 no det A2, basta multiplicar a 3! linha por -}- e fazer a respectiva compensação multiplicando det A2 pelo inverso de
1
.
,
2
T '
Isto e, por :,
.~ 1 3 5 det A2=
O 1 3 1 O O 2 --+2"L3: 1 3 5 det A2=
2 O 1 3 O O 1• Recapitulando todas as operações feitas até agora com o det A da proprieda-de VI, tem-se: 1 3 5 1 3 5 det A = O O 2 --+ L23 : det A =-1 O 4 12 --+
4'
1L2: O 4 12 O O 2 1 3 5 1 3 5 det A = -1 x 4 O 1 3 det A = -1 x 4 x 2 O 1 3 O O 2 --+2'L1 3: O O 1Tendo em vista que, pela propriedade V, o determinante de uma matriz triangular superior
é
igual ao termo principal e, como no último determinante, o termo principalé
igual a 1 (T=
1 x 1 x 1), vem:det A = -1 x 4 x 2 x 1= -8
valor esse que já foi encontrado ao calcular det A no exemplo da propriedade VI.
VIII) Um determinante não se altera quando se somam aos elementos de uma linha (coluna) de uma matriz A os elementos correspondentes de outra linha (coluna) previamente multiplicados por um número real diferente de zero. Exemplo:
1 2 4 110 121 14 121 14 101
det A
=:
1~ 1~
=
+
1 7 9 - 2 5 9+
4 5 7det A = 1 (90 - 84) - 2 (36 - 60)
+
4 (28 - 50) = 1(6) - 2(':'24)+
4(-22) det A=
6+
48 - 88= -
34Determinantes 41
Pretende-se, agora, substituir· a 2!! linha do det A pela soma de seus elementos com os elementos correspondentes da I!! linha previamente multiplicados por - 4:
2!! linha: 4 10 12 I!! linha: 1 2 4 Multiplicador: -4 -4 -8 -16 Nova 2!! linha O 2 -4 detAI
~ ~ ~ ~ ~
1I~ ~1-21~ ~I +41~ ~I
det AI = 1(18+
28) - 2(O+
20)+
4(O - 10) = 1(46) - 2(20)+
4(-10) det AI = 46 - 40 - 40 = - 34• Como se vê, det AI = de A, isto
é,
a utilização da propriedade VIII não altera o valor do determinante de uma matriz.• Quando se desejar somar, por exemplo, os elementos da 2!! linha com os correspondentes elementos da I!! linha, previamente multiplicados por
-4,
se escreveráassim: 1 2 4 detA = 4 10 12 ... ~-4LI: 5 7 9 1 2 4 detA= O 2 -4 5 7 9
Essa operação será utilizada no cálculo de um determinante de qualquer ordem, quando, como aconteceu agora, num determinado estágio do processo do cálculo, se desejar o número "zero" para formar uma matriz triangular. Para facilitar a obtenção do zero
é
que se utiliza a propriedade VIT, istoé,
se
faz a operação adequada para substituir o número que está na diagonal principal pelo número 1; eé
isso que se verá no próximo item.42 Matrizes, Determinantes e SistemasdeEquações Lineares
2.9 -
CÁLCULO DE UM DETERMINANTE DE
QUALQUER ORDEM
Para calcular o detenninante de uma matriz quadrada A, de ordem n (para n ;;. 2, isto é, n = 5,6, 10,20,50, 100, etc.) será utilizado o processo de triangulação.
Dada uma matriz quadrada A, de ordem n, se procederão com as linhas (colunas) de seu detenninante as operações adequadas para transformar a matriz A numa matriz triangular superior (inferior), ao mesmo tempo que se efetuarão com o det A as necessárias compensações, quando for o caso, para manter inalterado seu valor, tudo de acordo com as propriedades dos detenninantes já vistas e verificadas.
Antes de dar um exemplo, uma explicação se faz necessária ao leitor: o ideal seria calcular um detenninante de ordem elevada, mas, no caso, o cálculo se tomaria demorado e repetitivo, porque, como já se teve oportunidade de verificar, o processo para obter o número zeroé sempre o mesmo, assim como o processo para se obter o número 1, na diagonal principal, também é sempre o mesmo. Por isso, o exemplo a ser dado será o de um detenninante de 4~ ordem, embora, repetindo, o processo de triangulação seja válido para o cálculo de um detenninante de qualquer ordem. Por outro lado, é preciso declarar que o cálculo de detenninantes de ordem muito grande só foi possível a partir do uso dos computadores que, em geral, com algumas variações, utilizam o processo de triangulação. Dada a explicação ao leitor, convém ainda dizer que, por comodidade, facilidade nos cálculos e por ser bastante prático, para executar o processo de triangulação procura-se colocar, por meiodas operações adequadas (e das respectivas compensações quando for o caso), como elementos da diagonal principal, exceto o último, o número 1.
Obtido o número 1 na 1~ linha e 1~ coluna, isto ~, alI
=
1, substituem-se por meio das operações competentes todos os demais elementos da 1~ coluna por zeros; da mesma forma, depois de obter ~2=
1, substituem-se os demais elementos da2~coluna, situados abaixo (acima) de ~2 por zeros, e assim por diante. Quanto a cada um dos elementos da diagonal principal da matriz A, três hipóteses podem ocorrer:1~) o elemento é igual a zero. Nesse caso, deve-se proceder à operação de troca de linhas e multiplicar o det A por -1, como compensação, isto é, para que det A conserve seu valor;
2~) o elemento é igual a
k.
Nesse caso, deve-se multiplicar todos os elementos da linha por+'
com o que se obtém o número 1 como elemento da diagonal principalDeterminantes 43
dessa linha. Por outro lado, para compensar, isto
é,
para que det A mantenha seu valor, deve-se multiplicá-lo pelo inverso de+'
ou seja, por k;3!!) o elemento
é
igual a 1. Nesse caso, nada a 'fazer no que diz respeito àdiagonal principal.
Exemplo: Calcular pelo processo de triangulação:
detA -2 -3 -1 -2 -1 O 1 -2 -3 -1 -4 1 -2 2 -3 -1 detA =-2 1 3 1 1
2'2
O 3 3 -1 2 2 O 7 5 4 2 2 O 5 -2 1 1 3 1 1 2 2 detA =-2 -1 O 1 -2 -+L2+
LI: -3 -1 -4 1 -+L3+
3L1: -2 2 -3 -1 -+L4+
2L1: 1 3 1 1 2 2 O 1 1 2 3 3 det A = -2(-T
O 7 5 4 7- - -
-+ L 3 -"2~: 2 2 O 5 -2 1 -+ L 4 - 5~:44 Matrizes, Determinantes e Sistemas de Equações Lineares 1 3 1 1 1 3 1 1
---
-2 2 2 2 O 1 1 2 O 1 1 2 3 3 3 3 detA = -2 ("'!") detA = -2 (2)(-6) O O -6 19 1 O O 1 .19 3 -+
'6
L3: 18 O O -7 13 O O -7 13 L4+7~:-
- -+ 3 3 1 3 1 1- -
2 2 O 1 1 2 3 3 ·detA= -2(2)(-6) O O 1 19 18 O O O 55 18masOdeterminante de umamatriztriangular superior
é
igual ao termo principal:55 55
Tj
=
1 x 1 x 1(-IS)=
-18logo:
3 55 55
det A = -2 ('2)(-6)(-IS) = 18 (-18) = -55
Esse determinante já foi calculado no exemplo do item 2.7 e, como era de esperar, o resultado foi o mesmo.
Determinantes 45
2.10 -
PROBLEMAS RESOLVI DOS
Assim como foi feito em 2.8, sempre que for necessano calcular um determinante desenvolvendo-o por uma linha, isso será feito, por comodidade, pela 1~ linha.
Nos problemas 1 a 4, resolver as equações:
1) x-2 x+3 3-1 2 1 3 =60 3 2 1 Solução: + (x - 2) 1 3 - (x + 3) 2 3 + (x -1) 2 1 2 1 3 1 3 2 (x - 2)(1 - 6) - (x + 3)(2 - 9) + (x - 1)(4 - 3) = 60 (x - 2)(-5) - (x + 3)(-7) + (x - 1)(1) = 60 - 5x + 10 + 7x + 21 + x-I = 60 3x = 60-10-21 + 1 3x = 30 30 x
=
3
102)
3 2 x 1 -2 x 8 2 -1 x Solução: +31~~
:1-21~
:1
+ xI~ ~~I
= 8 6046 Matrizes, Detenninantes e Sistemas de Equações Lineares 3 (-2x + x)-2 (x-2x) + x (-1 + 4)
=
8 3 (-x) - 2 (-x) + x(3) = 8 - 3x + 2 x + 3x=
8 2x=
8 8 x=
2"
4 3) Solução: 10 1 7-xo
(8 - x)(7 - x) - 10 (2)=
O 56-8x-7x + x2-20=
O x2 - 15x + 36=
O,equação cujas raízes são xl = 12 e x2= 3
4)
Solução: 3-x -1 1 -1 5-x -1 1 -1 3-x O 1 5 - x -1 I (3-x) -1 3- x - (-1)l
-I -11+11-1 5-xl=0
1 3 - x 1 - 1 (3 - x) (15 - 8x + x2 - 1) + 1 (-3 + x + 1) + 1(1-5 + x) = O 45 - 24x + 3x2 - 3 - 15x + 8x2 - x3 + x - 3 + x + 1 + 1 - 5 + x=
O - x3 + llx2 - 36x + 36=
O x3_11x2 + 36x-36=
ONa equação do 3!? grau, as soluções inteiras, caso existam, são divisoras do tenno independente - 36. Com as devidas substituições na equação acima, verifica-se que
Determinantes 47
x
=
2é
uma delas. Conseqüentemente,x-
2é
um fator do polinômiox3-llx
2+
36x - 36.
Dividindo o polinômio por (x - 2) a equação poderá ser representada assim:(x-2) (x2-9x
+
18)=
O(x - 2) (x - 3) (x - 6)
=
OAs raízes dessa equação são:
xl =
2,x
2= 3
ex3 = 6.
2.11 -
PROBLEMAS PROPOSTOS
Dadas as matrizes:[
3 4 1]
~4
A=
-5 -2 -9 B=
3 7 8 6, 7-~ ~Jec=[~
:
1~1
2 -4 -1 -2-;j,
calcular, pelo processo de triangulação ou pelo desenvolvimento por uma linha (ou coluna): 1) det A 2) detB 3) detC 4) det (A +B) 5) det (A-B) 6) det (2A - 3b
+
4C) 7) det (BC)14) Calcular o determinante da matriz:
A
=
[~ ~ ~ -~]
1 -1 1 -2 4 -3 5 1 8) det (ACt ) 9) det (CB)A 10) det C(BA) 11) det B(CA)12) Verificar se det (A +B)
=
det A + det B 13) Verificar se det (AB)=
det A x det Ba) Desenvolvendo-o pela 2!! linha.
9) Roteiro: 12)Calcular CB
=
L 22)Calcular LA=
M 32) Calcular det M 11) Roteiro: 12)Calcular CA= P 22)Calcular BP=
Q
32) Calcular detQ
48 Matrizes, Determinantes e SistemasdeEquações Lineares Nos problemas 15 a 24, resolver as equações dadas.
15) 4 6 x 16) 3 5 7 5 2 -x =-128 2x x 3x 39 -7 4 2x 4 6 7 17) 5 1 3 18) x+3 x+1 x'+4 3x O 1 100 4 5 3 =-7 7x 2 1 9 10 7 19) 12-x 1 1 20) 1 O x-I 18-2x 3 2 = 10 1 1 x-2 O 15-2x O 1 2 1 x-4 21) 2 x 2 22) 2 6 2 1 1 x =-3 4 x 2 O 1 1 6 2x 8 4 23) 11().X
l~xl
= O 24) 7-x -2 O 10 -2 6-x -2 =0 O -2 5-x2.11.1 -
Respostas ou roteiros para os problemas propostos
1 a 3) Roteiro: Esses problemas
são
resolvidos de modo análogo ao dos exemplos do item 2.6.1 ou do exemplo do item 2.9.4) Roteiro: 12)Calcular A
+
B=
E 5) Roteiro: 12)Calcular A - B=
F 22) Calcular det E 22) Calcular det F 6) Roteiro: 12) Fazer G=
2A - 3B+
4C 7) Roteiro: 12)Calcular BC=
H22) Calcular G 22) Calcular det H
32)Calcular det G 8) Roteiro: 12)
Determinar
Ct 22)Calcular ACt= J 32) Calcular detJ 10) Roteiro: 12) Calcular BA= N 22) Calcular CN=
M 32) Calcular det MDetenninantes 49
12) Roteiro: 12)Calcular det A 13) Roteiro: 12)Calcular det A 22)Calcular det B 22)Calcular det B
32)Calcular A
+
B 32)Calcular AB42)Calcular det (A
+
B) 42)Calcular det (AB) 52)Calcular det A+
det B 52)Calcular det A x det B 62)Comparar det (A+
B) 62)Comparar det (AB)com det A
+
det B com det A x det B14) Roteiro: As alíneas a) e b) desse problema são resolvidas de modo análogo ao dos exemplos dos itens 2.7 e 2.9 respectivamente.
15)
x
= 2 16)x
= 317) x = 5 18) x = 1
19)x=7 2O)x=-1
21) x = 5 e x = 3 22) x = 4
CAPíTULO
-
3
INVERSAO DE MATRIZES
3.1 -
MATRIZ INVERSA DE UMA MATRIZ
Dada uma matriz quadrada A, de ordem n, se existir uma matriz quadrada B, de mesma ordem, que satisfaça
à
condição:AB
=
BA=
Idiz"7se que Béinversade A e se representa por A-I:
AA-l
=
A-IA=
I• Quando uma matriz quadrada A tem inversa, diz-se que A é invers{vel.
Exemplo: dadas as matrizes
A -
r
85l
e B_I
7-5l
~1 ~
~11 ~,
Aéinversa de B (ou Béinversa de A). De fato:
InversãodeMatrizes 51
3.2 -
MATRIZ SINGULAR
Uma matriz quadrada A cujo determinante é nulo é uma matriz singular.
Exemplo: a matriz
ésingular porque det A
=
O:detA = + 1
[~
:] - 4~
:] + 7[~ ~]
= 1 (45 - 48) - 4 (18 - 24) + 7 (12 - 15)det A ~ 1 (-3) - 4 (~6) + 7 (-3) = -3 x 24 - 21 = O • A matriz singularnãotem inversa.
3.3 -
MATRIZ NÃO-SINGULAR
Uma matriz quadrada A cujo determinante é diferente de zero é uma matriz não-singularouregular.Exemplo: a matriz
énão singular porque det A-:;6 O:
detA=+2[~ ~J-3[~ ~J+l~ ~J
=2'(6-2)-3{15-6)+1(5-6) r det A = 2(4) - 3(9) + 1(-1) = 8 - 27 - 1 = -2052 Matrizes, Determinantes e SistemasdeEquações Lineares
3.4 -
PROPRIEDADES DA MATRIZ INVERSA
I) (A-l)-l
=
A.II) A matriz unidade é a sua própria inversa: I
=
I-I.
Se
Ae
Bsão
matrizes quadradas, de mesma ordem, tem-se:
IV) (A
+
B)-l=
A-l+
B-l. V) (AB)-l = B-lA-l.Esta propriedade será verificada por meio do seguinte exemplo:
a)Dadas
asmatrizes
A= [:
~
]
e C=
[~
-:] ,
a
matrizCé inversa de
A: AC=
IS Sll2 -51
=
11
Ol
l3
~l:3
sj
Lo
lj,
isto é,
A-l =C.
b)Dadas
asmatrizes
B=
~
j
e F= [: -
~,
a matriz F é inversa de B:
BF=
r
97l
r
4 -il
=
11
ol
l?
4j
~s
9J
Lo
lj,
InversãodeMatrizes 53
isto
é,
B-l = F.c)OprodutodasmatrizesAeB
é:
AB
=
~ ~] ~ ~
=
~~ ~~]
ti)OprodutodasmatrizesB-leA-I
é:
B-!A-!
=
h~ -~
hi
-~
=
hi~ -~
e)O produto das matrizes AB e B-1A-1
é:
-1 -1 _
f97 761
r29
-761_
rI
(AB) x
(B A ) -
~7 2~
l:37
9~
-
~
Tendo em vista que o produto das matrizes AB e B-IA-l
é
igual aI,
amatrizB-IA-l
é
inversadamatriz AB: (AB)-1=
B-IA-l3.5 -
OPERAçõES ELEMENTARES
Denominam-se operações elementares de uma matriz as seguintes: I) Permutação de duaslinhas(colunas).
fi) Multiplicação de todos os elementos de uma linha (coluna) por um número
realdiferente de zero.
ill) Substituição dos elementos de
uma
linha (coluna) pela soma deles com os elementos correspondentes de outra linha (coluna) previamente multiplicados por um númerorealdiferente de zero.54 Matrizes, Detenninantes e SistemasdeEquações Lineares
3.6 -
EQUIVALÊNCIA DE MATRIZES
Dada uma matriz A, diz-se que uma matriz B, de mesma ordem, éequivalenteà matriz A, e se representa por B - A, se for possível transformar A em B por meio de uma sucessão fInita de operações elementares.
Com relação às operações elementares para transformar uma matriz em outra equivalente a ela, convém ter presente o seguinte:
a) Quando se desejar permutar, por exemplo, a 2!! linha pela 3!! de uma matriz A, se procederá assim:
~
1 3 A=
O O O 4~
1
3~
AI=
O 4 15 O O 2b) Quando se desejar multiplicar todos os elementos da 2!! linha, por exemplo,
da matrIz. A I ,I por
"4 '
se escrevera assnn:.~
35~
Az=
O 1 3O O 2
c) Quando se desejar substituir os elementos da I!! linha, por exemplo, da matriz Az, pela soma deles com os elementos correspondentes da 2!! linha previamente multiplicados por -3, se escreve assim:
[
1 O
-4~
A3=
O 1 3O O 2
• Recapitulando as operações elementares que foram efetuadas com a matriz A até obter a matriz equivalente A3, verifIca-se que:
. I) A operação LZ3 foi realizada para tirar um zero da diagonal principal e poder colocar em seu lugar, após adequada operação, o número 1.