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Desafios da Produtividade no Brasil

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Academic year: 2021

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(1)

J org e A rbache U n B e B N D E S F I E S C , 9 / 1 2 / 2 0 1 3

As opiniões aqui apresentadas não representam necessariamente as visões do BNDES e de sua diretoria

(2)

Por que produtividade e em que contexto

se insere o debate?

 Crescente interdependência dos mercados e das

economias

 Nova geografia da produção e da inovação

 Formação de cadeias globais de valor

(3)

 Governos mais intervencionistas

 China

 Encurtamento dos ciclos

 Mudanças nas preferências dos consumidores

(4)

Produtividade, competitividade e

tecnologia já são, mas serão condições ainda mais determinantes para nações e empresas crescerem e prosperarem

(5)

 OK, todos sabemos que produtividade é um sério

problema no Brasil. Mas por quê?

(6)

1. A produtividade é baixa e está estagnada

 Produtividade é fonte primária de

competitividade e de bem-estar da população

 Nível e taxa de crescimento da produtivdade são

modestos

 O que importa mais é a produtividade relativa e

não a absoluta! – China, Índia, Malásia,

Tailândia, Indonésia, México, Turquia, Chile, dentre outros potenciais competidores

(7)

Nível e taxa de crescimento da produtividade do trabalho, 1960-2012 (US$ constante de 1990) Fonte: The Conference Board (2013)

4 7 .2 2 3 1 4 .4 5 6 7 6 .3 4 0 3 6 .8 5 4 3 5 .8 1 2 2 .2 7 0 6 .4 1 1 7 .4 0 2 2 .3 9 9 1 .3 4 6 1 3 .6 0 4 9 .0 2 4 1 0 8 .0 8 0 1 8 .4 3 2 6 5 .5 0 5 1 1 .0 4 8 1 8 .3 2 5 1 9 .8 9 9 121 129 461 1 .2 6 2 361 398 922 712 148 -20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000 Brasil Estados Unidos

Japão China Índia Malásia Coréia do

Sul Tailândia Chile 0 200 400 600 800 1.000 1.200 1.400

Produtividade em 1960 (eixo da esqueda) Produtividade em 2012 (eixo da esquerda)

(8)

Taxa de crescimento da produtividade do trabalho (%) Fonte: Conference Board (2013)

-10 -5 0 5 10 15 20 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Brasil China Índia

(9)

2. Esgotamento das fontes tradicionais de crescimento econômico

 Nosso modelo de crescimento é historicamente

dependente de acumulação de capital e de

trabalho; produtividade tem contribuição marginal

 Taxa de poupança baixa e transformação

demográfica acelerada estão constrangendo o crescimento potencial de longo prazo

(10)

Taxa de fecundidade em 2011 Fonte: World Development Indicators

1 ,2 4 1 ,3 0 1 ,3 5 1 ,3 6 1 ,3 6 1 ,3 9 1 ,4 1 1 ,4 2 1 ,4 3 1 ,5 4 1 ,5 8 1 ,6 3 1 ,7 5 1 ,7 6 1 ,8 1 1 ,8 3 1 ,8 4 1 ,8 5 1 ,8 7 1 ,8 8 1 ,8 9 1 ,9 0 1 ,9 8 2 ,0 3 0 0,5 1 1,5 2 2,5 Kor ea, R ep. Pol and Por tuga l Ger man y Spa in Japa n Italy Aust ria Gre ece Russi an F eder atio n Chi na Can ada Den mar k Net herla nds Bra zil Finl and Bel gium Chi le Aust ralia Nor way Uni ted Stat es Sw eden Uni ted King dom Fran ce

(11)

3. Necessidade de mitigar os efeitos da transformação demográfica

 Combinação de rápida desaceleração da taxa de

crescimento da oferta de trabalho com baixa produtividade do trabalho  pressão sobre os custos e a competitividade

 Implicações da pressão de custos para a inflação

 Crescimento dos gastos e orçamentos da saúde e

da seguridade social  pressão sobre o espaço fiscal para investimento público

(12)

Dependency ratio

Source: UN Population Division

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050 2060 2070 2080 2090 2100 Total Young Old Bônus demográfico

(13)

4. Desafios associados à nova geografia da produção e da inovação

 Forte aumento da competição comercial e por

investimentos

 Mudanças significativas nas cadeias globais de

produção e nas redes mundiais de inovação

 Produtividade, tecnologia e competitividade –

fatores cada vez mais determinantes da inserção internacional pela “porta da frente” – dotação de fatores perde relevância

(14)

5. Necessidade de se mitigar a tendência de primarização da economia

 Hoje, o padrão de investimentos favorece os

setores primários

 Mas as commodities não resolvem muitos dos

desafios requeridos para o crescimento sustentado – ex. emprego, dist. renda, impostos...

 Fartas evidências empíricas de que a diversificação

da estrutura econômica é terreno fértil para a expansão da produtividade, competitividade e inovação

(15)

6. Consolidação das conquistas sociais e eliminação da pobreza

 Produtividade  condição para a elevação

sustentada dos salários reais e redução da desigualdade e da pobreza

 Garantia de criação e manutenção de empregos

(16)

E como elevar a produtividade?

OK, já sabemos que o Custo Brasil limita a

produtividade...

 Educação deficiente

 Infraestrutura deficiente

 Burocracia excessiva

 Tributação elevada

 Insegurança jurídica e imprevisibilidade...

...que precisamos aumentar os investimentos...

...e que é preciso aumentar a eficiência no “chão de

(17)

Mas os constrangimentos à produtividade são ainda mais complexos...

 Uma palavra sobre dois desses constrangimentos:

 Estagnação da indústria e crescimento

prematuro dos serviços

(18)

Estagnação da indústria

 Estagnação da densidade industrial  reduz a

contribuição, direta e indireta, da indústria para o crescimento da economia

 Participação da indústria no PIB e no emprego

total é de importância secundária

 Impactos potenciais nas cadeias de produção,

(19)

O que mostra o

espaço-indústria (Arbache 2012)?

 % val. adic. da ind. no PIB vs. densidade industrial

 Densidade industrial = valor adicionado da

indústria / população

 Densidade industrial: captura a capacidade e o

interesse de uma sociedade em mobilizar recursos para aumentar o valor agregado da indústria – capital humano, tecnologias, inovações, estoque de capital por trabalhador, serviços, infraestrutura,

(20)

Q2 Q1

Q3 Q4

% indústria no PIB – abaixo da média / acima da média

D e n s ida d e ind u s tr ia l (p ro d u ç ã o in d u s tr ial p e r c a p it a ) – a b a ix o d a méd ia / a c im a d a méd ia

Q1 – Campeões Q2 – Maduros Q3 – Atrasados Q4 – Tigres

(21)
(22)

0 1 0 0 0 2 0 0 0 3 0 0 0 4 0 0 0 5 0 0 0 0 10 20 30 40 % manuf pib

densidade Fitted values

196519661967 19681969 19701971 1972 19741973 1975 19771976 19781979198019811982 1983 1984 1985 1986 19871988 1989 19901991 19921993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 200720092008 2010 0 1 0 0 0 2 0 0 0 3 0 0 0 4 0 0 0 5 0 0 0 d e n si d a d e 15 20 25 30 % manuf pib Coreia do Sul

(23)

23 23 Chart 9: Industry-space 2000 SAU CHLVNZ MEX LAC SAR MIC KOR FRC TUR THA MAL CHN IDN IND NTL ARG BRA CAN HIC NRW GER USA SGP JPN 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Man. share on GDP (% ) In d u s tr ia l d e n s it y ( U S $ )

(24)

24 24 Chart 10: Industry-space 2011 JPN CIN USA GER NRW HIC CAN BRA ARG NTL IND IDN CHN MAL THA TUR FRC KOR MIC SAR PLA MEX VNZ CHL SAU 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Man. share on GDP (% ) In d u s tr ia l d e n s it y ( U S $ )

(25)

Chart 11: Brazil vs. China 0 5 10 15 20 25 30 35 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 M an. s ha re on G D P ( % ) Brazil China 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Indus tr ia l de ns it y (c ons ta nt U S$ ) Brazil China

O crescimento rápido e contínuo da densidade industrial não é um evento fortuito ou resultante das forças de mercado

(26)

Chart 12: Brazil vs. Korea 0 5 10 15 20 25 30 35 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Ma n . sh ar e o n G D P ( % ) Brazil Korea 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 In d u st ri al d e n si ty ( co n st an t U S$ ) Brazil Korea

(27)

0 5 10 15 20 25 30 35 40 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 M an. s ha re on G D P ( % ) Brazil Thailand 0 200 400 600 800 1000 1200 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Indus tr ia l de ns it y (c ons ta nt U S$ ) Brazil Thailand

(28)

Chart 14: Brazil vs. Turkey 0 5 10 15 20 25 2000 20012002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Ma n . sh ar e o n G D P ( % ) Brazi l Turkey 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 2000 2001 2002 20032004 2005 20062007200820092010 2011 In d u st ri al d e n si ty ( co n st an t U S$ ) Brazi l Turkey

(29)

Chart 15: Brazil vs. Mexico 0 5 10 15 20 25 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Ma n . sh ar e o n G D P ( % ) Brazi l Mexico 0 200 400 600 800 1000 1200 2000 2001 2002 2003 2004 2005200620072008200920102011 In d u st ri al d e n si ty ( co n st an t U S$ ) Brazil Mexico

(30)

Chart 16: Brazil vs. the US 0 5 10 15 20 25 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Ma n . sh ar e o n G D P ( % ) Brazil USA 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 In d u st ri al d e n si ty ( co n st an t U S$ ) Brazil USA

(31)

Brasil  combinação de baixa participação

da manufatura no PIB com baixa densidade industrial

 A maioria dos países em situação

comparável enquadra-se na categoria de país pobre ou país em que outro setor

responde pela dinâmica econômica (ex. serviços, petróleo, mineração)

O que importa é o padrão de comércio e

investimentos e de inserção internacional em relação aos nossos concorrentes potenciais

(32)

 A estagnação da densidade industrial favoreceu o

crescimento prematuro dos serviços

 Evidência empírica  demanda da indústria é o

principal “driver” de sofisticação, modernização e competitividade do setor de serviços

 Serviços: insumo crítico para a indústria

 Brasil tem, hoje, um setor de serviços

desproporcionalmente grande, mas pouco produtivo

(33)

0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

(34)

0 500 1000 1500 2000 2500

Labor productivity growth rate (1950=100)

Source: Groningen Growth and Develoment Centre

Agriculture Mining

Manufacturing Services

(35)

0 10 20 30 40 50 60 70 80 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Razão entre serviços e valor adicionado - indústria de transformação (%) - Fonte: Arbache e Burns (2012)

(36)

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%

Share of services on value added -- industry level (%) Source: Arbache and Burns (2012)

(37)

Capital humano insuficiente – o caso do PISA

 Muito além do analfabetismo funcional elevado entre

adultos...

 O PISA divulgado na semana passada pela OCDE

(feito com jovens de 15 anos) mostra que:

 Matemática: posição 57 em 60 países – 67% dos estudantes são

praticamente incapazes de fazer operações elementares

 Leitura e interpretação: posição 54 em 56 países – 49% dos

estudantes conseguem, no máximo, identificar o tema central de um texto

 Ciências: posição 57 em 60 países – 61% dos estudantes

conseguem, no máximo, apresentar explicações óbvias aos fenômenos científicos mais simples e basais

(38)

C&T: resultados concretos modestos

 Investimentos agregados em P&D ainda acanhados (1,16%

do PIB)

 As empresas privadas pouco investem em P&D (0,53% do

PIB)

 Aumentou a produção científica, mas não a tecnológica (ex.

patentes - 679 em 2012 vs 29 mil da Coreia); poucas citações

 56% dos gastos em P&D  inst. de ensino superior

 75% das patentes depositadas: origem de não residentes

 Última PINTEC (divulgada semana passada) – queda do

número de empresas inovadoras

(39)

Uma última palavra

A produtividade é uma variável de resultado, não

de causa

 Resulta de um processo cumulativo

Seu aumento requer estratégia, coordenação de

esforços entre níveis de governo, dentro do governo e entre os setores público e privado

 Já temos conhecimento razoável sobre as causas da

baixa produtividade e sobre o que é preciso fazer – é preciso agora partir para a ação

(40)

Obrigado j a r b a c h e @ g m a i l . c o m

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