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ANALISANDO DADOS DE MATRÍCULAS DE ALUNOS PÚBLICO-ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO PERÍODO 2008 A 2012.

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Modalidade: Pôster

Eixo temático: 4 – Pesquisa, Políticas Públicas e Direito à Educação

ANALISANDO DADOS DE MATRÍCULAS DE ALUNOS PÚBLICO-ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO PERÍODO 2008 A 2012.

Vanessa Dias Bueno de CASTRO1

UNESP – Campus Araraquara Maria Júlia Canazza DALL’ACQUA2

UNESP – Campus Araraquara RESUMO: Esta pesquisa, que está em desenvolvimento, tem como objetivo analisar o quadro de matrículas de alunos público-alvo da educação especial (PAEE) por meio dos dados das sinopses estatísticas dos censos escolares no período 2008 a 2012, após a mudança na política educacional em 2008, quando a educação especial passou a ser compreendida na perspectiva da educação inclusiva. Utilizando abordagem quanti-qualitativa, em cada sinopse estatística foi feito um recorte dos dados nacionais referentes às matrículas de alunos PAEE e foram construídos quadros agrupando as diferentes modalidades de matrículas. Ainda que iniciais, os dados apresentados mostram um panorama geral das matrículas de alunos PAEE brasileira e reforça a validade de análises desta natureza para compreendermos a situação da educação especial no Brasil.

Palavras-chave: educação especial, inclusão escolar, política educacional, censo escolar.

Introdução

Na literatura educacional, a defesa da importância da escola inclusiva para alunos com deficiências3 encontra-se alicerçada no fato de que “[...] quando se advoga a inclusão destes alunos na escola regular, além dos aspectos legais que a respaldam, é fundamental analisar que esta escola é um direito de todos os cidadãos.” (MARTINS, 2001, p. 30). Para Stainback e Stainback (1999) uma escola inclusiva é aquela que educa todos em classes regulares, onde todos têm oportunidades educacionais adequadas, possuem desafios a

1 Pós-graduanda (Mestrado) Programa de Pós-graduação em Educação Escolar, FCLAr, UNESP. Rodovia Araraquara-Jaú, km 1, Araraquara, SP. E-mail: van.bcastro@gmail.com

2 Doutora em Educação pela UFSCar. Professora assistente doutora II aposentada do Departamento de Psicologia da Educação, FCLAr, UNESP. Rodovia Araraquara-Jaú, km 1, Araraquara, SP. E-mail: juliacandal@gmail.com

3 No presente trabalho, o termo adotado é “alunos com deficiências”, de acordo com a Lei n.º 12.796, de abril/2013. Entretanto, os termos utilizados nos documentos oficiais e citações serão mantidos.

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vencer de maneira coerente com as suas condições, onde recebem apoio juntamente com seus professores, são aceitos e ajudados pelos demais membros da escola.

O paradigma da inclusão, alicerçado nas proposições expressas nas Declarações de Jomtien (DECLARAÇÃO..., 1990) e de Salamanca (DECLARAÇÃO..., 1994) instituiu-se como meta a ser atingida, seja em termos de políticas públicas, seja pela mudança de concepções: a

[...] inclusão escolar de educandos com necessidades especiais é um fenômeno que ganha força nos dias atuais. Apesar de já ser uma realidade em alguns países e expressar um processo de desenvolvimento educacional, ainda enfrenta muitas barreiras em nosso país, principalmente em decorrência da desinformação e do preconceito. Tais barreiras serão vencidas com persistência e participação de toda a sociedade. (MARTINS, 2001, p. 28).

A ruptura do modelo da Educação Especial como um sistema paralelo ao sistema educacional geral, por uma resposta mais ampla da sociedade para os problemas da educação de pessoas com necessidades educacionais especiais por deficiências, decorrentes dos prejuízos da marginalização e da segregação sistemática desses indivíduos com status minoritário, fundamenta-se em bases e argumentos morais, racionais, empíricos e legais. (MENDES, 2006).

A literatura na área educacional tem apontado, segundo Gonçalves, Rios-Neto e Cesar (2008, p.3), que “a falta de acesso à escola, a repetência e a evasão, são os principais problemas enfrentados pelos sistemas educacionais contemporâneos”. No que tange ao Brasil, a garantia da educação como direito de todos, baseada no princípio de “igualdade de condições de acesso e permanência na escola”, estabelecida pela Constituição Federal Brasileira de 1988, artigo 206, inciso I (BRASIL, 1988) marcou de forma contundente o aprofundamento dos debates acerca da educação inclusiva no país. Entretanto, ao tratar especificamente dos portadores de deficiência, no artigo 208, III, aponta que o Estado tem como obrigação garantir o atendimento educacional especializado preferencialmente na rede regular de ensino. Vale frisar que o uso do termo “preferencialmente” dá margem para diferentes interpretações e para o não cumprimento do artigo.

A LDB/96, seguindo a mesma linha da Constituição de 1988, reafirma o princípio da igualdade de acesso e permanência na escola bem como o atendimento educacional especializado dos portadores de necessidades especiais, realizado preferencialmente na rede regular de ensino.

Parágrafo único. O poder adotará, como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria rede pública regular de ensino, independentemente do apoio às instituições previstas neste artigo. (BRASIL, 1996)

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Cabe ressaltar que a terminologia utilizada para definir os alunos público-alvo da educação especial tem sofrido alterações ao longo da história. No Brasil, o termo “portadores de necessidades especiais”, utilizado na LDB de 1996, foi alterado para “educandos com deficiência”, pela Lei n.º 12.796, de abril de 2013.

Neste contexto, o paradigma educacional da escola inclusiva no Brasil foi se consolidando desde os anos finais do século XX.

Vivemos um momento educacional de abertura e reforma da instituição escolar, quando o processo de inclusão constitui um movimento mundial, visto como uma realidade sem volta, já que muitos são os países que apontam, como senso comum, a prioridade de oferecerem oportunidades iguais a todos os educandos. (SODRÉ; PLETSCH; BRAUN, 2003, p. 62). Desta forma, algumas alterações têm sido positivamente registradas no Brasil, especialmente nas duas últimas décadas, como decorrência das políticas públicas de educação que têm preconizado a democratização de acesso de toda a população às escolas regulares. Com índice de matrículas em torno de 97,6% no ensino fundamental, pode-se concluir que a meta de escolarização universal encontra-se muito próxima de ser alcançada (BRASIL, 2010).

Dentre as políticas brasileiras de educação inclusiva mais recentes, a mais importante é a “Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva”, sendo decorrente dela todas as resoluções e pareceres subsequentes, como é o caso do Parecer CNE/CEB n.º 13/2009.

A “Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva”, aprovada em 2008, surgiu no contexto de avanços e lutas sociais que buscam mudanças estruturais e culturais na escola como um todo, a fim de garantir que todos os alunos tenham uma educação de qualidade. Segundo Bueno (2011), “a educação especial é apresentada como apoio às necessidades do alunado classificado como população alvo, e não de modo amplo, como a responsável pela implementação da escola inclusiva” (BUENO, 2011, p.371), e esta população está mais circunscrita à condição de deficiência.

Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a integrar a proposta pedagógica da escola regular, promovendo o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Nestes casos e outros, que implicam em transtornos funcionais específicos, a educação especial atua de forma articulada com o ensino comum, orientando para o atendimento às necessidades educacionais especiais desses alunos. (BRASIL, 2008, p.09)

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Em sua justificativa, a Política apresenta um panorama sobre as alterações sofridas pelo atendimento às pessoas com deficiência no Brasil ao longo da história, desde a criação de instituições na época do Império, a criação do CENESP – Centro Nacional de Educação Especial, o período de integração, a LDB de 1996, entre outros documentos, políticas e resoluções. Apresenta, ainda, alguns dados do Censo Escolar entre os anos 1998 e 2006, ilustrando o aumento das matrículas de alunos com deficiência nas escolas comuns.

No âmbito da discussão acerca da educação inclusiva, a “Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva” foi criada com o objetivo de garantir o acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas regulares, mediante a transversalidade da educação especial desde a educação infantil até a educação superior; o atendimento educacional especializado; a continuidade da escolarização nos níveis mais elevados de ensino; a formação de professores para o atendimento educacional especializado e demais profissionais da educação para a inclusão escolar; a participação da família e da comunidade; a acessibilidade urbanística, arquitetônica, nos mobiliários e equipamentos, no transporte, na comunicação e informação; e a articulação intersetorial de implementação das políticas públicas. (BRASIL, 2008)

A educação especial, portanto, deve ser compreendida enquanto modalidade de ensino que perpassa todos os níveis e realiza o atendimento educacional especializado com vistas a complementar e/ou suplementar a formação dos alunos no ensino regular e não substituí-lo, devendo ser realizado no contraturno.

No que diz respeito à relação entre, de um lado, a inclusão, e de outro, a exclusão, os dados quantitativos buscam indicar que o processo de democratização da escola vem acontecendo. Contudo, não expressam a baixa qualidade da aprendizagem, o que, consequentemente, implica em uma não democratização do acesso ao conhecimento. Não sendo essa apenas uma face do problema, a partir da década de 1990, no conjunto de ações e políticas públicas de inclusão adotadas pelo governo para atendimento aos mais vulneráveis, o acesso à escolaridade para pessoas com necessidades educacionais especiais, embora proclamado como inclusivo, mostrava-se na verdade muito reduzido, estimando-se que somente em torno de 2% dessa população recebia algum tipo de atendimento (MENDES, 2006).

Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) desde o Censo Escolar de 2006, no que diz respeito ao atendimento a alunos com deficiências,

[...] é importante destacar a existência de um total de 57.308 escolas que oferecem educação especial. Destas, 2.724 escolas que atendem a 301,5

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mil alunos são exclusivamente de educação especial. Outras 4.325 escolas de ensino regular oferecem classe especial (que atendem 74.010 alunos) e as demais 50.259 escolas oferecem ensino regular a cerca de 136,3 mil alunos portadores de necessidades educacionais especiais integrados em salas comuns que recebem apoio pedagógico especializado, enquanto aproximadamente 188,7 mil alunos não têm apoio pedagógico especializado. (BRASIL, 2006a).

Os dados oficiais já mostravam que, do total de escolas que ofereciam algum tipo de atendimento em educação especial, apenas 4% eram escolas especiais. No entanto, esses mesmos 4% eram responsáveis por praticamente metade de todo processo de escolarização de alunos com deficiências. Das demais escolas, somavam-se 7,5% delas que, embora em estabelecimentos regulares de ensino, ofereciam vagas em classes especiais totalizando 375,5 mil alunos matriculados em atendimento de orientação não inclusiva. Dos 325 mil outros alunos, mais da metade deles não contava com apoio pedagógico especializado.

Estatísticas do Ministério de Educação informavam que, em 2005, 59% do atendimento em educação especial ocorria em classes e escolas especiais e os restantes 41% em atendimento de orientação inclusiva, sendo que dessa porcentagem, na distribuição de matrículas, majoritariamente (91%) os alunos estavam concentrados na educação infantil, ensino fundamental e alfabetização de jovens e adultos. Apenas 9% do alunado ingressava no ensino médio e profissional. Em 2006 o número de matrículas em escolas especializadas e classes especiais é reduzido para 53,6%, enquanto que nas escolas de orientação inclusiva evolui para 46,4% (BRASIL, 2006b).

Frente a este movimento em direção à escola inclusiva, qual é a situação das matrículas dos alunos público-alvo da educação especial (PAEE) no Brasil após 2008, ano de mudança na política nacional de educação especial? Como estas matrículas encontram-se distribuídas entre escolas exclusivamente especializadas, classes especiais e classes comuns?

Método

De natureza descritiva, o presente trabalho utiliza abordagem quanti-qualitativa a fim de verificar os dados nacionais dos números de matrículas de alunos PAEE. Este estudo inicial tem como foco de análise os dados tratados das Sinopses Estatísticas do Censo Escolar dos últimos 5 anos (2008 – 2012), disponíveis no sítio do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Em cada Sinopse Estatística foi feito um recorte apenas dos dados nacionais referentes às matrículas de alunos PAEE. Para

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realização das análises iniciais, foram construídos quadros agrupando as diferentes modalidades de matrículas em cada um dos 5 anos.

Resultados

O Quadro 1 apresenta o total de matrículas na educação básica brasileira nos últimos 5 anos (2008 – 2012), o total de matrículas de alunos PAEE e sua correspondência em porcentagens em relação ao total das matrículas na educação básica do Brasil.

Quadro 1: Número total de matrículas na Educação Básica Brasileira, número de matrículas na Educação Especial e correspondência destas em relação ao total de matrículas da Educação Básica apresentada em porcentagens.

Matrículas na Educação Básica e na Educação Especial Brasileira (2008 – 2012)

Ano / Matrícula Total de Matrículas na Educação Básica Total de Matrículas na Educação Especial % 2008 52.321.667 691.488 1,3% 2009 52.580.452 639.718 1,2% 2010 51.549.889 702.603 1,4% 2011 50.972.619 752.305 1,5% 2012 50.545.050 820.433 1,6%

Fonte: BRASIL, Sinopses Estatísticas.

Observando os dados apresentados no Quadro 1, verifica-se que as matrículas na educação especial passaram de 691.488 – 1,3% do total de matrículas da educação básica – em 2008 para 820.433 – 1,6% do total – em 2012, um aumento de 128.945 matrículas, o que demonstra um acréscimo importante, porém que ainda mantém os índices em patamares inferiores a 2% do total.

O quadro a seguir apresenta a divisão de matrículas de alunos PAEE brasileira entre 2008 e 2012 de acordo com as modalidades de matrículas: escolas exclusivamente especializadas, classes especiais e classes comuns.

Através dos dados iniciais é possível constatar que, juntas, as matrículas de alunos PAEE em escolas exclusivamente especializadas e classes especiais no ano de 2008 somavam 315.553, do total de 691.488 matrículas deste alunado, sendo correspondente a 45,8%. Ao compararmos com os dados referentes às mesmas modalidades do censo escolar de 2012,

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o número de matrículas em escolas exclusivamente especializadas e classes especiais diminui para 199.656, do total de 820.433 matrículas, correspondente a 20,5%, como poder ser observado nos Quadros 2 e 3.

Quadro 2: Número de Matrículas de Alunos PAEE brasileira entre 2008 e 2012.

Número de Matrículas de Alunos Público-alvo da Educação Especial

Modalidade / Ano

2008

2009

2010

2011

2012

Escolas

Exclusivamente

Especializadas

242.982

199.257

172.016

156.385

168.488

Classes Especiais

73.969

53.430

46.255

37.497

31.168

Classes Comuns

374.537

387.031

484.332

558.423

620.777

Total

691.488

639.718

702.603

752.305

820.433

Fonte: BRASIL, Sinopses Estatísticas.

No que tange às matrículas de alunos PAEE em classes comuns do ensino regular, verifica-se que em 2008 correspondia a 374.537 matrículas, pouco mais que a metade do total – 54,2%. O aumento do número de matrículas deste alunado em classes comuns do ensino regular nos últimos 5 anos, em detrimento da diminuição das matrículas em escolas exclusivamente especializadas e classes especiais pode ser observado no Quadro 2, o que confirma a tendência de crescimento das matrículas após a implantação da “Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva”.

A seguir são apresentados os dados das matrículas correspondentes a cada modalidade entre 2008 e 2012 em porcentagens.

Quadro 3: Porcentagem de Matrículas de Alunos PAEE brasileira por modalidade de matrículas entre 2008 e 2012.

Porcentagem de Matrículas de Alunos Público-alvo da Educação Especial

Modalidade / Ano

2008

2009

2010

2011

2012

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Exclusivamente

Especializadas

Classes Especiais

10,7%

8,4%

6,6%

5,0%

3,8%

Classes Comuns

54,2%

60,5%

68,9%

74,2%

75,7%

Fonte: BRASIL, Sinopses Estatísticas.

Os dados do censo escolar de 2012 apontam que o número de matrículas em classes comuns era de 620.777, correspondente a 75,7% do total de 820.433 matrículas de alunos PAEE. Analisando os dados apresentados no quadro 3, verifica-se que, no decorrer dos últimos 5 anos, houve aumento significativo na porcentagem de matrículas de alunos público-alvo da educação especial em classes comuns do ensino regular, em detrimento das matrículas em escolas exclusivamente especializadas e classes especiais.

Discussão

Os dados apresentados indicam que o número de matrículas de alunos PAEE tem sido direcionadas, em sua maioria, para as classes comuns. Como pode ser observado no quadro 3, as matrículas em classes especiais, que representavam 10,7% do total de matrículas em 2008, sofreram redução ao longo dos últimos anos, passando a representar apenas 3,8% das matrículas em 2012. Quanto às escolas exclusivamente especializadas, a queda de matrículas foi de 35,1% do total em 2008 para 20,5% em 2012. As matrículas em classes comuns passaram de 54,2% do total de matrículas em 2008 para 75,7% em 2012.

Como é possível verificar por meio dos quadros apresentados, o movimento em direção à escola inclusiva no Brasil vem se concretizando – no que diz respeito ao número de matrículas – ao longo dos últimos anos. É importante ressaltar que antes de 2008 existia um movimento nesta mesma direção, entretanto, era um movimento espontâneo da sociedade, influenciado principalmente por experiências estrangeiras. A partir de 2008 este direcionamento das matrículas de alunos público-alvo da educação especial para a rede regular de ensino deixa de ser um movimento da população e passa a ser política. A “Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva” normatiza este movimento e traz a obrigatoriedade das matrículas em classes comuns, ao apresentar a educação especial enquanto complementar e não substitutiva do ensino regular.

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Conclusões

Os dados apresentados são indicadores de que análises desta natureza são valiosas para compreendermos a situação da educação especial no Brasil. Ainda que sejam dados iniciais, pode-se obter um panorama geral das matrículas de alunos PAEE no país, apontando para a necessidade de estudos mais aprofundados tanto no que diz respeito à “Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva”, suas diretrizes, objetivos e impactos na política educacional brasileira, quanto a uma análise mais minuciosa e detalhada dos dados apresentados pelas sinopses estatísticas dos censos escolares dos últimos 5 anos, estudos estes que serão desenvolvidos ulteriormente.

Referências

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______. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Sinopses Estatísticas. Brasília, DF. Disponível em <http://portal.inep.gov.br/basica-censo-escolar-sinopse-sinopse> acesso em 25 mar. 2013.

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______. MEC/SEESP. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, DF, 2007. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/politica.pdf> acesso em 25 mar. 2013.

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