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LIPOPROTEÍNAS BIOQUÍMICA

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LIPOPROTEÍNAS

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LIPOPROTEÍNAS

CONTEÚDO: Fabiana Scarpa D'Angelo

CURADORIA: Pedro Sultano

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 4

CICLO EXÓGENO ... 4

CICLO ENDÓGENO ... 5

TRANSPORTE REVERSO DO COLESTEROL ... 6

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INTRODUÇÃO

Lipoproteínas nada mais são do que agre-gados esféricos lipídicos hidrofóbicos no centro e com cadeias laterais de proteínas hidrofílicas e grupos polares de lipídeos na superfície. São as responsáveis pela capta-ção, entrega e transporte de triglicerídeos e colesterol pelo organismo.

A classificação das lipoproteínas se dá de acordo com sua densidade, a qual é deter-minada pela quantidade de proteína da molécula. Quanto maior a quantidade de proteína, maior é a densidade. A porção proteica das lipoproteínas é formada por

apolipoproteínas específicas de acordo

com a função de cada lipoproteína.

CICLO EXÓGENO

O chamado ciclo exógeno corresponde ao processo de formação das lipoproteínas a partir da absorção dos lipídeos da dieta e seu encaminhamento para os tecidos ar-mazenadores até o fígado.

O processo tem início com a absorção dos lipídicos provenientes de uma refeição. Para aumentar e facilitar a absorção des-sas grandes moléculas, estas sofrem ação dos ácidos biliares constituintes da bile, responsáveis pela formação das micelas, pequenas moléculas que facilitam a ação das lipases e a absorção dos ácidos graxos livres.

FONTE: LEHNINGER, T. M., NELSON, D. L. & COX, M. M. Princípios de LEHNINGER, T. M., NELSON, D. L. & COX, M. M. Princípios de Bioquímica. 6ª Edição, 2014. Ed. Artmed.

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5 A partir de então, os lipídeos são

absorvi-dos pelas células da mucosa intestinal dentro das quais será formada a primeira lipoproteína: o quilomícron. Este é for-mado com a ajuda da enzima proteina

mi-crosomal de transporte (MTP), que une a

apoproteina Apo B48 com as micelas. Os quilomícrons caem na circulação linfá-tica e chegam ao ducto torácico passando para a corrente sanguínea, onde se encon-tram com a HDL (high density lipoprotein). Esta fornece ao quilomícrons a Apo C-II, Apo C-III, Apo E, colesterol livre, colesterol esterificado e fosfolipídeos. O quilomícron, por sua vez, fornece ao HDL a Apo A-I e a Apo A-IV.

Os quilomícrons, então, continuam seu ca-minho até atingirem os capilares sanguí-neos dos tecidos alvo. No endotélio destes, a Apo C-II entra em contato com as lipases

lipoproteicas (LPL), ativando-as, e

permi-tindo a hidrólise dos triglicerídeos consti-tuintes do quilomícron, bem como a absor-ção de ácidos graxos e glicerol pelas

células. No músculo, os ácidos graxos ab-sorvidos são utilizados para a obtenção de energia, ao passo que no tecido adiposo, serão reesterificados e armazenados na forma de triacilgliceróis. Assim, à medida que os triglicerídeos dos quilomícrons vão sendo hidrolisados, a densidade desta mo-lécula diminui, passando a ser chamada de quilomícron remanescente.

O quilomícron remanescente, por sua vez, ao entrar em contato novamente com o HDL na circulação sanguínea, devolve a Apo C-II, colesterol livre e fosfolipídeos ao HDL, e, então, segue seu caminho até o fí-gado. No fígado, o quilomícron remanes-cente é degradado e as proteínas que ainda o constituíam podem ser reutilizadas em outros ciclos.

CICLO ENDÓGENO

Chamamos de ciclo endógeno o transporte das lipoproteínas a partir do fígado. Quando os ácidos graxos e colesterol obti-dos na dieta vão além do necessário para

FONTE: LEHNINGER, T. M., NELSON, D. L. & COX, M. M. Princípios de LEHNINGER, T. M., NELSON, D. L. & COX, M. M. Princípios de Bioquímica. 6ª Edição, 2014. Ed. Artmed.

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6 atender as demandas metabólicas, estes

são convertidos em triacilgliceróis os éste-res de colesterol no fígado. O processo se inicia com a formação da VLDL (very low

density lipoproteins) a partir da proteína

microssomal de transporte que junta a ApoB 100 com lipídeos presentes no fí-gado.

Assim como os quilomícrons, os VLDL na corrente sanguínea encontram com HDL os quais doam Apo C-II, Apo C-III, Apo E e colesterol esterificado ao VLDL. No en-tanto, ao contrário dos quilomícrons, o VLDL continua seu caminho na circulação sem doar nada ao HDL.

Novamente, ao chegar nos tecidos alvo, a Apo C-II do VLDL ativa as lipases lipopro-teicas (LPL) presente no endotélio dos ca-pilares dos tecidos, permitindo a hidrólise de seus triglicerídeos. Após perder uma certa quantidade de triglicerídeos e nova-mente encontrar o HDL na circulação san-guínea, o VLDL ao HDL a Apo II, Apo C-III e Apo E, passando então a ser chamada de IDL (intermediate density lipoproteins) uma vez que perdeu grande parte de sua densidade.

O IDL se encaminha ao fígado onde será reabsorvido podendo ser totalmente de-gradado, de forma a reutilizar suas lipopro-teínas, ou pode formar o LDL (low density

lipoprotein). Esta lipoproteína, rica em

ésteres de colesterol, cai na corrente san-guínea e transporta o colesterol aos teci-dos extra hepáticos como músculo, tecido adiposo e glândulas suprarrenais. Após exercer sua função, o LDL volta ao fígado e o colesterol remanescente pode ser utili-zado para a formação de ácidos biliares ou será reesterificado.

Além desses tecidos, a LDL também pode entregar o colesterol esterificado aos ma-crófagos. Estes fagócitos, no entanto, n]ao podem limitar a captação de colesterol, de modo que, quando em excesso, passam a ser chamadas células espumosas que so-frerão apoptose. À longo prazo, as artérias tornam-se ocluídas por placas constituídas de material da matriz extracelular, tecido cicatricial formado por tecido muscular liso e, ainda, células espumosas remanescen-tes que se tornam cada vez maiores. Tem-se, assim, o processo de formação de pla-cas de ateroma, chamado de aterogênese, razão pela qual o LDL é conhecido como “colesterol ruim”.

TRANSPORTE REVERSO DO

CO-LESTEROL

Esse processo consiste na retirada de co-lesterol da corrente sanguínea e seu enca-minhamento para o fígado, onde será me-tabolizado. O chamado transporte reverso do colesterol é realizado pelo HDL em cinco etapas.

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7 Incialmente, o colesterol é retirado das

cé-lulas extra hepáticas por aceptores especí-ficos. Depois, por ação da enzima lecitina-colesterol-aciltransferase (LCAT) presen-tes na superfície do HDL, o colesterol livre é esterificado evitando seu contato com outras moléculas e aumentando sua esta-bilidade para o transporte.

Em seguida, esse colesterol esterificado é doado a outras lipoproteínas, como o qui-lomícron, que está se encaminhando ao fí-gado. Assim, ocorre o remodelamento do HDL, ou seja, a lipoproteína perde a en-zima responsável pela esterificação do co-lesterol e suas Apolipoproteínas, per-dendo, portanto, sua função. Por fim, o

HDL é captado pelo fígado, rins e intestino, sendo excretado.

Esta entrega do colesterol do HDL para o fígado e tecidos esteroidogênicos ocorre por mediação do receptor SR-BI, sem que ocorra endocitose. Desse modo, a HDL li-berado seu colesterol e, descarregada, pode recircular, extraindo mais lipídeos de quilomícrons remanentes, VLDL e células sobrecarregadas com colesterol.

FONTE: LEHNINGER, T. M., NELSON, D. L. & COX, M. M. Princípios de LEHNINGER, T. M., NELSON, D. L. & COX, M. M. Princípios de Bioquímica. 6ª Edição, 2014. Ed. Artmed.

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FONTE: LEHNINGER, T. M., NELSON, D. L. & COX, M. M. Princípios de LEHNINGER, T. M., NELSON, D. L. & COX, M. M. Princípios de Bioquímica. 6ª Edição, 2014. Ed. Artmed.

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@jalekoacademicos Jaleko Acadêmicos @grupoJaleko

REFERÊNCIAS

Bioquímica – Ácidos Nucleicos – Lipoproteínas (Professora Natália Plate-nik). Jaleko Acadêmicos. Disponível em: < https://www.jaleko.com.br>. LEHNINGER, T. M., NELSON, D. L. & COX, M. M. Princípios de Bioquímica. 6ª Edição, 2014. Ed. Artmed.

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