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O Poder Orikis Ogun

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Academic year: 2021

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(1)

Atenção: Adeptos do Candomblé que confiam no Orisa Ogun ...

Se você deseja aprofundar seu conhecimento, nos fundamentos de iniciação de Ogun no Candomblé Ketu...

Você pode querer: “Ogun – Segredos Revelados” - Ebós específicos de feitura.

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(2)

Introdução

Olá, eu sou Babalorisa Robson de Sango – Agora você tem acesso ao conteudo do eBook: “O Poder dos Orikis de Ogun”.

Em primeiro lugar, muito obrigado por confiar em mim!

Este é um conteudo, voltado para que você tenha bons resultados nas oferendas e trabalhos que fizer para o Orixá Ogun.

Os os 18 Orikis que estou compartilhando, você terá todas as condições de conseguir realizar o que deseja, utilizando a energia do Orixá Ogun.

IMPORTANTE: Se você cumpre as interdições, e não tem nenhum

problema espiritual que esteja lhe trazeendo algum impedimento. Você verá que a prática de evocar o Orixá corretamente, com constância e

comprometimento, traz um aumento real dos resultados positivos, que é o objetivo desse trabalho.

Definição de Oriki

A melhor maneira de começar este trabalho é compreendendo o que é um Oriki.

Um Oriki é uma “reza” Yoruba, ou seja: são frases pre estabelecidas, que o povo Yoruba utiliza para evocar um Orixá.

Apenas para esclarecer: reza é diferente de oração Reza= Oriki – são frases feitas.

Oração= As conversas e os pedidos que se faz ao Orixá ( sem frases feitas). Oríkì ou Pípè é um “chamado” – servem para evocar a presença do Orixá, e dessa forma, torna possível que você seja auxiliado pela força do Orixá que você está evocando. Um Oríkì carrega em si uma força mágica, que traz a energia real do Orixá, e facilita a comunicação direta com a energia.

Os Yorubas atribuem um grande valor aos Oríkìs. Acreditam que um Oríkì cause uma forte emoção a quem ele está se referindo.

Como deve já ter percebido, recitar um Oríkí é indispensável antes de qualquer pedido ao Orixá.

(3)

Destaco, que pela poder de evocção que um Oríkì tem, uma pessoa pode incorporar ao ouvir um Oríkì do seu Orisa.

Todas essas formas de “rezas” Yoruba ( Oriki, Adura, Gbadura, Orin, Ijala), também podem ser utilizados para aplacar a ira do Orixá.

Dentre essas formas de “rezas”, os Orikis são os que possuem uma força maior para evocar um Orixá ( Orin é mais utilizada em cerimônias festivas; Aduras e Gbaduras é uma espécie de súplica ao Orixá; Ijalas são Orikis cantarolados, dirigidos aos caçadores, especialmente Oxossi e Ogun.

Um Conselho que mudou a minha forma de fazer

oferendas

Quando eu ainda nem sabia o que era um Oríkì, fui a cada de uma Iyalorisa para ajudar em uma obrigação.

Foi então, que num determinado momento, ela me chamou e me deu uns papéis com alguns Orikis.

E ela me disse:

__ tenha isso como uma chave para se comunicar com Orisa: recite em Yoruba, e você estará diante da energia do Orisa. Peça “perdão” pelos seus erros e, só depois, faça suas oferendas e pedidos... prove da comida do Orixá( coma junto com ele) e aumente a sua ligação com a energia (... com exceção de algumas energias, das quais não podemos comer a comida). Eu não sabia direito o que aquilo significava. Mas, logo passei a seguir as recomendações da Iyalorixa, e praticar conforme ela me ensinou.

Sim, eu pude ver na prática o resultado do que ela havia me dito: “uma chave para comunicação direta com o Orixá”.

(4)

NOTA: não menospreze o poder que essas frases tem,

quando recitadas em Yoruba.

1- Ògún Awo,

Onile kangun kangun Òrun. O lomi nil feje we olaso nle fi. Imo kimo 'bora,

ègbé lehin a nle a benbe olobe. Ase. Ase. Ase.

TRADUÇÃO

O mistério de Ogun,

Ogun tem muitas casas no reino dos ancestrais. A água do Reino dos Ancestrais que nos rodeia, é a nossa abundância.

Axé! Axé! Axé!

2-

Ba san ba pon ao lana to. Bi obi ba pon ao lana to. B'orogbo ba pon ao lana to. B'yay yay ba pon ao lana to. B'eyin ba pon ao lana to. Da fun Ògún awo.

Ni jo ti ma lana lati ode. Òrun wa si isalu aiye . Fun ire eda .

Ase. Ase. Ase. TRADUÇÃO

Cortando os obstáculos do caminho.

Quando o Obi está maduro, abre o caminho. Quando o Orobô está maduro, abre o caminho. Quando a fruta está madura, nos abre o caminho.

(5)

Ogun nos dá seus segredos.

Dançando afora, nos abre o caminho.

O “céu” vêm a terra, para o bem de todas as pessoas.

3-

Ògún Alárá oni'ré ni je aja. O pa si'le pa s'oko.Láká aiye Ògún Alárá kò laso.

Moriwò L'aso Ògún Alárá. Irè kìí se ile Ògún Alárá. Emu ló yá mu ni'be. Ase. Ase. Ase.

Ogun, o chefe de Alara.

O dono da boa fortuna come cachorro. Ele mata na casa,

Ele mata na floresta. Ele protege o mundo. Porém Ogun,

O chefe de Alara não tem roupa.

As folhas de palma são a roupa de Ogun. A boa fortuna não é a casa de Ogun,

Ele só ficou ali, para tomar vinho de palma. Axé. Axé. Axé.

4-

Ògún Onírè o Ògún Ònírè oni'rè. Òkè n'al kìlénhin ìrè,

A- kó okolóko- gbbéru- gbéru-. Ògún onírè pa sotúnun.

Ó b'òtún je.

Ògún Onírè pa sisi. Ó bòsì je. Osin imolé,

Onílé kankgun- kangun òde Òrun, Ògún Onírè onílé owo olónà, olà, O lomi sile fèjè we.

(6)

Ògún Oniré a – lé yin – ojú.

Ègbé léhin omo òrukan, Ògún onírè o. Ase. Ase. Ase.

TRADUÇÃO

Eu saúdo a Ogun, o senhor de Onire.

Ogun, senhor de Onire, guardião da boa fortuna. O grande baluarte em que se apoia a boa fortuna. Tu que saqueou as terras de outras pessoas. Ogun, senhor de Onire, matou a direita. A direita foi totalmente destruida.

Ogun, senhor de Onire, matou a esquerda. A esquerda foi totalmente destruida. Senhor dos imortais.

Dono de muitas casas no reino dos Ancestrais. Ogun, senhor de Onire,

Que possui uma loja de ouro e o caminho da riqueza.

Tu que tens água em casa, mas prefere banhar-se com sangue. Ele, que dá apoio aos orfãos.

Salve Ogun, senhor de Onire.

5-

Ògún Ìkòlé a je'gbin,

Ògún Ìkòlé ni ti jo ti ma lana lati ode.

Ògún Ìkòlé oni're onile kángun- kángun òde Òrun ègbé L'ehin. Ògún Ìkòlé, Olumaki alase a júbá.

Ase. Ase. Ase. TRADUÇÃO

Ogun de Ikole, que come igbin

Ogun de Ikole, que dança afora para abrir o caminho. Ogum de Ikole, que possui a boa fortuna,

Dono de muitas casas no reino dos Ancestrais, Que ajuda aqueles que viajam.

Ogun de Ikole, senhor da força, O possuidor da força, eu te saúdo! Axé. Axé. Axé.

(7)

6- Ògún Elémona na ka nile. Ògún Elémona kobokobo, alagere owo, Ògún Elémona fin malu. O gbe leyin.

A nda loro eku fe'ju. Tani wa ra guru? Osibiriki, alase a júbà.

Ase. Ase. Ase. TRADUÇÃO

Ogun de Elemonan apontando com seu dedo a partir de casa. Ogun de Elemonan, aquele que usa o chicote, o dono do dinheiro. Ogun de Elemonan chicoteou uma vaca, estava fazendo sofrer; O leopardo arregala os olhos.

Quem vem comprar um cinto de encatamentos? Ele que explode de repente, te agradecemos. Axé. Axé. Axé.

7- Ojó Ògún Akìrun, Sí lo, Sí lo, Sí lo, ni ma se aiyé. Ipé npé jú a si kùn fé fún.

Òtòpàkó a sí kùn fé jè. Paranganda ní dà gómo ódó. Abiri, abihun à simu Òrìsà.

Mo rí fàájì re. Ase.

TRADUÇÃO

No dia em que Ogun Akirun está zangado, sempre acontece desastre no mundo. As pestanas estão cheia de água.

As lágrimas caem como um rio pelo rosto.

O chicote de Ogun faz com que uma pessoa caia. Eu vejo e escuto, eu temo e respeito aos imortais. Eu vi sua alegria.

(8)

8-

Ògún- ùn kòÒlàà òun ní í jèbín- ín. Ògún- ìn mi, nlé.

B'ó n f'ìkan sánko.

Ògún- ùn L'èmí í sì ìn, igi Lásán L'ará- oko n bo. Ògún- ùn aládàáméji t'ó mú bí iná.

Ase. Ase. Ase. TRADUÇÃO

Ogun que protege os talhadores de madeira, come caracóis. Ogun que protege os talhadores de madeira, eu te saúdo! Ele tem duas espadas afiadas, afiadas como fogo.

Ele é Ogun que protege os talhadores de madeira.

A quem eu adoro, porém os tolos adoram simples árvores.

Ogun que protege os talhadores de madeira é merecedor de respeito. Axé. Axé. Axé.

9-

Ògún Oloola ikola a je'gbin.

Apòòsàmá-pÒgún ara'è L'ó tanife, Ó dá m 'Lógú gbangba.

Ní'ón- ón p'Ògún Oloola ó Láwon L''onà- odò. Ìba Ògún Oloola osin imolè.

Ase.

TRADUÇÃO

Ogun, guardião dos circunsizados, come caracóis. Qualquer que enquanto faz pedidos aos imortais,

e omite de Ogun, está prendendo a si mesmo em auto-decepção. Eu estou certo disto.

Só os que não são sábios, deixam de aprender como filhos. Pede a Ogun que os leve de volta ao rio.

Ogun, guardião dos circunsizados, es merecedor de respeito! Axé. Axé. Axé.

(9)

10-

Ògún onígbàjámò,

Ení bá m'Ògún k'ó ma f'Ògún siré o. Ase. Ase! Ase!

TRADUÇÃO

Ogun, guardião dos barbeiros.

Quem quer que conheça Ogun, não provoca Ogun. Axé. Axé. Axé.

11-

Ògún okúnrin ogun ató polówó ikú. Eni tíí somo éniyan dolólá.

Eni Ògún kò gbè bi eni tí ko róbì sebo.

Gbigbé ni o gbè mi bí o ti gbe Akinòrò ti ó fi kólé olá. Ògún àwóò, aláká ayé, Òsanyin imolè.

Ègbè léhin eni a ndá lóró. Ògún gbé mi o. Ase.

TRADUÇÃO

Ogun, o poderoso, suficientemente para impedir a morte. Ele que torna as pessoas prósperas.

Alguém que não enriqueceu com Ogun, vai encontar dificuldades para sacrificar obis.

Ogun, enriqueces a mim, como enriqueceste a Akinoro, e o fez um homem eminente.

Ogun, espírito poderoso, o forte na terra, o grande do mundo. Protetor dos que são feridos.

Ogun, apoie-me. Axé. Axé. Axé.

(10)

12- ÌJÁLÁ ÒGÚN

Ojo Ògun tòkè bò aso iná ló fi bora èwù èjè lówò.

Edun olù irin, awòye Òrisà tíí bura tè sán wònyinwòyin. Ifèèfèè lólè L'bù, pánláwò, olujeká, ma bù mi je.

A mu si póngá; o ba póngá jé. A mu si akó Ire, o là kò dànu.

A mu Ògún wodò Ògún si la omi logbogba. Èrù jèjè tíí ba a;a adugbo.

Ògún Ogbóró ló ni ajá; òun lapa já fún. Ògún Onirè ló lèjè; Mòlámolà ló ni èkuru. To ni gbàjámò, irun ló nje ti òkola níí je igbin. Ògún gbénàgbénà idi lónje Suminiwà Ajokéòpó. Èru Ògún mà mbá mi o.

Abi- owo- gbogbogbo tíí yo omo rè nínu òfin. Yo mi.

Ase.

TRADUÇÃO

No dia em que Ogun chegou a montanha,

estava usando uma roupa vermelha, usava um tecido de sangue. O dono de todos os materiais de ferro, o espírito perverso, que morde a si mesmo, em diversos lugares.

Fogo que coloca os ladrões para fora,

troca a cor do ferro, e devora as pessoas más. Não me faça mal.

Ele foi posto num saco, ele destruiu o saco. Ele foi posto numa caixa, ele arruinou a caixa.

Nós levamos Ogun ao rio, ele dividiu o rio em duas partes iguais. O feroz que assusta os vizinhos.

Ele, Ogun de Ogboro, come cachorro, e nós lhe damos cachorro. Ogun Onire bebe sangue; Molamola come ekuru.

Ogun que controla as navalhas, que se alimentam de cabelo. Ogun que controla os circunsizados, come caracóis.

(11)

Ogun que controla os talhadores,

se alimenta da madeira de Suminiwa Ajokeopo. Ó, eu tenho medo de Ogun.

Ogun tem poder para salvar seus filhos. Me salve.

Axé. Axé. Axé.

14- ÌJÁLÁ ÒGÚN Èrù ògún mà mbà m'o. Ògún mi nlé.

Ìbà oooo, ni ngóf'ojo òní jú oooo.

Nlé oo. Apòòsàmá – p'Ògún ara'é L'ó tanje,o. Dá m'lógú gbangba.

Ògún tó mi í sìn ní tèmi ajugudunírin. Ògún alàdàáméji t'ó mú bí iná.

Béè L'ó n f'ìkan yènà.

Ní'jó Ògún n t'ori òkèé bò mo m'aso t'ó mú bora. Aso iná l'ó bora èuú èjè l'ó wo. Mòrìwò l'aso Ògún. Ògún oníle kangu kangu Òrun.

Onile- owó olóòdee-'mo.

Abi- owo- gbogbogbo tii yo omo rènimú òfín. Ègbè léyìn omo òrukan.

Òrìsà tí í gbà lówó olórò tí í fí í fún òtòsì. Okunrin yalayala ní'gbó enígbó.

Okunrin yalayala ní'ju olòtè. K'bà mi k'o móo ríbà.

Ase.

TRADUÇÃO Eu respeito Ogun. Eu saúdo Ogun.

Eu respeito a ti, a quem eu dirijo minhas “orações” hoje. Te saúdo com muito entusiasmo.

Qualquer um que enquando está orando aos imortais,

(12)

estou certo disto.

A enorme pilha de ferro que pertence a ogun, é o que apaziguo. Ogun tem duas espadas afiadas, afiadas como o fogo.

Ele usou uma para limpar uma área e fazer uma fazenda.

A outra, Ogun usou para fazer um caminho na mata, de um lado ao outro. O tipo de tecido usado por Ogun, no dia em que ele viajou,

da montanha para planície, eu conheço bem. Ogun usava uma túnica vermelha fogo,

coberta por uma túnica vermeha sangue, e folhas frescas de palma. Ogun, dono de muitas casas no reino dos ancestrais.

Seu telhado coberto de canas, está cheio de riquezas.

Ogun, cujas as mãos compridas, podem salvar aos filhos dos abismos. Ele que apóia e protege o filho orfão.

Tu és Ogun, que toma dos ricos e dá aos pobres.

Tu és o guerreiro que avança com precaução o território do inimigo. Tu és o guerreiro que avança com precaução o território do inimigo. Que meu respeito, me traga boa fortuna.

Axé. Axé. Axé.

15- ADIMU OGUN

Ògún [nombre del que hace la ofrenda] re re o. Fún wa ní àláafià. Ma da wahale silu.

Ase. Ase. Ase. TRADUÇÃO

Ogun, eu [nome de quem faz a oferenda] te dou. Dê-me paz. Não cause desunião na minha casa. Axé. Axé. Axé.

(13)

Ògún eran re re o.Ma pa wa o. Gbà wá lówó ikú.

Ma jé k'ómó dé rí ewu okò. Ma jé k'óde ríàgbàkó.

Jé ká ní àláàfià. Ase. Ase. Ase.

TRADUÇÃO

Ogun, aqui estou eu ( nome). Não me cause danos.

Nos protega da morte.

Não deixe que os jovens sofram acidentes.

Não permita que as mulheres grávidas tenham dificuldades. Permita-me ter paz.

Axé. Axé. Axé.

17-

A mu lo si òtún ó ba òyún jé. A mu lo si osi ó ba òsi jé. Ase. Ase. Ase.

TRADUÇÃO

Ele guerreou na direita e inutilizou a direita. Ele guerreou na esquerda e inutilizou a esquerda. Axé. Axé. Axé.

(14)

Ògún láká aye, òsìnmolè.

Ògún àwóò alúkúmákin Ajàgbodorigi. Ògún laka gbáà, ató- polowó- ikú. Kókò odò tíí, rú minmini. Akèrò máyà. Atóónàlórógùn. Àwàlàwúlú. Àwònyè Òrìsà. Lákáyé. Òlú irin. Olumaki. Oni're. Osibiriki. Òsin Imole. Olona. Òsin Imolè. Olona. Òsìn Imolè TRADUÇÃO

Ogun, o poderoso na terra, grande do outro mundo. Ogun é poderoso.

Ogun, o extremamente poderoso, aquele que é suficientemente grande, para impedir a morte.

Os campos de cultivo do inhame permanecem sempre verde e fresco. Aquele que conhece as pessoas no caminho e se recusa dar o passo. Caçador completo.

Espírito áspero e robusto. Espírito furioso.

Chefe da terra. Senhor do ferro. Senhor da força.

Senhor do povo de Ire.

Aquele que explode de repente. Senhor dos espíritos.

Dono do caminho.

(15)

OFERENDAS PARA OGUN

1– Paliteiro de Ogum

Um inhame do norte assado na brasa,de preferência com dendê. Fazer um padê de waji e arrumar numa travessa de barro, com o inhame por cima.

Enfeitar o inhame com 21 taliscas de mariwo.

Acender 1 vela e arriar nos pés do Orixá ou numa estrada.

2– Lingua de boi para Ogum

Cozinhar a língua com dendê, temperando com cebola ralada e pimenta da costa.

Arrumar numa travessa untada com dendê e forrada com folhas de abre-caminho.

Arriar nos pés do Orixá, ou na mata, ou na estrada.

3– Cupim assado no dendê

Fazer o mesmo procedimento da oferenda anterior, só trocando a língua por 2 Kg de cupim.

4– Adalu

Cozinhar separadamente: milho e feijão fradinho. Refogar com camarão moído, cebola ralada e dendê. Arrumar numa travessa ou alguidar,

(16)

acender uma vela e oferecer para Ogum.

5– Para obter o que deseja

Amassar um inhame do norte cozido, misturar com ori africano e meio Kg de arroz cru, moldando 7 bolas.

Colocar milho torrado num alguidar com as bolas por cima, por um grão de pimenta da costa em cada bola.

Temperar com dendê, mel e melado de cana.

Colocar aos pés do Orixá ou numa estrada, com uma garrafa de gim ao lado e 7 velas acesas.

6– 7 chaves de Ogum

Preparar uma farofa de mel e distribuir em 7 panelinhas de barro, por em cada panelinha: um acaçá, 1 chave de cera, 1 moeda e 1 vela de cera acesa ao lado de cada panela.

Numa estrada de movimento.

7– Para acalmar Ogum

Abrir uma melancia ao meio, no sentido horizontal. Acender uma vela e regar com melado de cana, fazendo os pedidos.

8– Equilíbrio na vida material

Torrar milho com dendê. Cozinhar um inhame do norte e amassar com as mãos, fazendo várias bolas.

Untar um alguidar com dendê e colocar o milho, as bolas de inhame por cima.

Acender uma vela e regar com um pouco de mel. Oferecer à Ogun.

(17)

9– Para Vitória

Cozinhar feijão fradinho com sal. Cozinhar um músculo inteiro e refogar no tempero de cebola ralada e dendê, com uma

pitada de sal.

Untar o alguidar com vinho branco. Por o feijão e por cima o músculo.

Arriar nos pés de Ogum, com 1 vela zul marinho do

lado esquerdo da comida (significando Ogum na paz). E do lado direito 1 vela verde(representando Ogum nas vitórias).

10– Abrir Caminhos

Preparar um eran paterê com: bofe, fígado, coração. Refogar no dendê, camarão e cebola.

No primeiro canto da encruzilhada: arriar uma cachaça, 1charuto e 1 caixa de fósforo.

No segundo canto da encruzilhada: arriar uma cerveja, 1 charuto e 1 caixa de fósforo.

Passar pelo terceiro canto sem arriar nada.

No quarto canto: arriar o eran patere, acender uma vela e ofereceer à Ogum. Com uma colher de pau grande, pegar um pouco do eran e jogar na direção do primeiro canto, dizendo: já dei comida aos encruzilhadas.

Jogar uma colherada na direção do segundo canto, dizendo: já dei comida aos cxaminhos.

Também na direção do terceiro, dizendo: já dei comida as estradas.

(18)

Èsù, ògá nílùú.

Atóbájayé, eleso oògun. Oti balùwè gun esin wole. Otili loogun.

Alagada èye. Oroko ni ebo le

Tabirigbongbon, abónijà wá kúmò. Ò nlo nínú epa ípàkó rè nhan fírífír Opélopé pé omo ga.

Èsù, òlàfé. Aseni báni dáró. Agongo ogo. Alajiki. Amónisègùn mápò Bara. Elégbà. Elégára. Olófin àpèká lúù. Tradução:

O mais poderoso da cidade.

Aquele que é suficiente para apoiar a vida. Aquele que tem frutas medicinais.

Aquele que monta sobre um cavalo.

Aquele que tem a medicina mais poderosa. Aquele que carrega… uma espada.

Aquele que foge, quando o sacrifício não é aceito.

Ele que assusta com grande martelo, aqueles que estão lutando.

Ele caminha numa plantação de amendoim, e sua cabeça é visível, pois ele é muito alto.

Èsú, o assobiador, aquele que causa danos e se compadece. Aquele que carrega um martelo.

Aquele a quem nos saudamos primeiro.

Aquele que tem o conhecimento da medicina poderosa. Força.

Espírito do bom caráter. Espírito das armadilhas.

O que reforça o direito de quem faz oferendas.

NOTA: Você quer aprofundar seus conhecimentos em Orikis de Esu, clique e acesse “O Poder dos Orikis de Esu”

(19)

Obé – A Faca do Ritual

O Sagrado Sacrifício

“O poder da força de invocação sempre estará no coração daquele que oferta”.

Nenhuma oferta ou pedido estará ao alcance de qualquer sacerdote se não realizada com a pura intenção da realização e o crescimento daquele Ser. Engana-se aquele que pensa que bastando ofertar Èsù, Njila ou Elegbara estarão satisfeitos e realizando a tudo que se pede, NÃO.

O compromisso maior de uma oferenda é o pacto de fidelidade, o pacto da verdade, o pacto da moral, o pacto da partilha.

Nenhum Òrìsà, Vodun ou Nkisi abrirá mão dessa premissa, pois não arcará ele com os defeitos amorais que os Seres Humanos carregam.

Sua missão maior está na orientação para o bom caminho, para a felicidade e para o crescimento.

Èsù, Njila e Elegbara estarão sempre a frente para receber e aprovar ou não tais oferendas para encaminhamento, assim também se faz em caso de sacrifício a observação e a licença de Ògún, Nkosi e Gù, estes irão observar se tudo é feito dentro do respeito, da ordem, do encaminhamento e

principalmente da necessidade.

Somente eles têm o poder na decisão do sacrifício e somente eles são os que poderão dar autorização do Sacro Ofício. O poder da vida a eles pertence.

(KAMBAMI)

OS PROCEDIMENTOS RELACIONADOS COM OS SACRIFICIOS RITUAIS

I. Vestir-se de maneira apropriada.

- Levar roupas rituais, ou roupas destinadas de antemão para estas ocasiões. -

(20)

de seu juramento sagrado. II. Preparar o local do ritual.

Limparás, ordenarás e retirarás do lugar do sacrifício, todo elemento alheio ao Sacrifício que se vai oficiar.

Garanta medidas para fechar o círculo do local doritual, de maneira que possa impedir invasões e interrupções externas.

Demonstrarás dedicação e profissionalismo, garantindo as condições adequadas para o ritual.

Podemos usar a faca de sacrifício, e depois utilizar facas auxiliares, desde que previamente consagradas para esta finalidade, tomando a precaução de dispor de uma faca de sacrifício apropriada, e de algumas facas auxiliares para eleger a mais adequada, segundo a operação específica que estiver realizando.

III. Podes utilizar faca de sacrifício e usar também como facas auxiliares, facas de serra, ou outras com laminas apropriadas para cortar estruturas de corte difícil, desde que estas sejam de antemão consagrados para este mister.

Desta maneira, tomarás aprecaução de dispor de uma faca de sacrifício adequada, ou várias facas para escolher a mais adequada, sempre que o sacrifício exigir.

Para substituir uma faca, o Asògún deve limpá-la no couro do animal, passar um pouco de mel e colocá-la em repouso, recostada no alguidar (Oberó) que apara o Ejè, com o cabo no chão. Dali somente será retirada quando suspender aobrigação.

Outra faca lhe deverá ser entregue enrolada num pano branco apropriado, segura com as duas mãos e em reverencia. O Asògún a receberá

desenrolará e saudará novamente o dono de todas as facas (Ọbẹ) Ògún e continuará o sacrifício.

IV. Pois não se concebe que no último momento, mandes buscar a faca de sacrifício que se esqueceu em outro local, ou algum outro elemento

(21)

V. Oferecer água fresca a terra.

VI. Interrogar as divindades que vão receber o Sacrifício Ritual. Antes do sacrifício, as interrogará sobre o recebimento de seu oferecimento, mediante o recurso divinatório do Oráculo do Obí.

VII. Sacrificar sempre em nome de Ògún.

Antes de proceder ao sacrifício, renderás homenagem a Ògún, o Espírito da Força, louvando-o, ou oferecendo-lhe a mais humilde e simples de tuas rezas, mas sempre agradecendo e pedindo sua presença para observar.

VIII. Utilizar a faca de sacrifício apropriada.

Tomarás a precaução de dispor de uma faca de sacrifício apropriada. Apropriada, quero dizer “apropriada para você”. Que a sinta cômoda em suas mãos, que não te cause incômodo, e que se sintas seguro ao empunhá-la.

Apropriada, significa que seja apropriada para o animal destinado ao sacrifício.

Que sua lâmina brilhe devido ao seu poder de corte, bem afiada. Para cortar sem dor, para secionar as veias com rapidez.

Apropriada, significa ótima, eficiente, que não tenhas a necessidade de improvisar, auxiliando-se de outra coisa que não seja uma faca de sacrifício, porque isso seria uma profanação.

IX. Não descuidar dos movimentos de suas mãos.

Quando suas mãos se movem, suas mãos falam, mesmoque não tenhas se proposto falar com elas...

(22)

Quando suas mãos se movem, seus movimentos desenham e escrevem no espaço em que cruzam, uma linguagem remota e poderosa, segundo o revelado por Ifá no Ódu

ÓgbeBára (Ogbe - Obára).

X. Não se moverá a mão que sustenta a faca sem um propósito!

Quando sustentas na mão uma faca, não moverás esta mão se não tens um propósito que o justifique fazer, porque a importância da linguagem de suas mãos ao moverse de potencia,e suas conseqüências se multiplicam, quando a mão que se move no ar sustenta uma faca desembainhada.

XI. A chegada da faca de sacrifício começa a transformar o astral.

A faca de sacrifício é só isso: faca de sacrifício, porém somente isso, já é o bastante.

Porque quando uma faca é consagrada para esta finalida de e aparece em cena, mesmo que esteja descansando imóvel sobre o solo, começa a gerar em torno dela uma força que não se vê, estas passam a convocar a

aproximar-se do lugar, energias e evoluções relacionadas.

XII. Quando uma faca aparece na mão, só fala a faca.

Não sustentarás em suas mãos, uma faca de sacrifício, se na continuidade não vais executar o sacrifício ritual. Ao menos, não sustentarás esta faca desembainhada...

Quando tomar em suas mãos a faca de sacrifício, que seja porque já vais executar o sacrifício ritual.

XIII. Faca de sacrifício não sabe indicar ou apontar, sem causar dano.

Não apontaras para pessoa alguma com a faca de sacrifício. Ao menos com a faca de sacrifício desembainhada. Porque uma faca de sacrifício não sabe indicar ou apontar, sem causar dano.

Não apontaras para o céu, nem para a terra, nem para a representação material da divindade (Igbà), com a faca de sacrifício sustentada em suas

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mãos.

Ao menos com a faca de sacrifício desembainhada. Porque isso é profanação.

XIV. Faca de sacrifício não é brinquedo, é instrumento de destruição. Não tomará em suas mão a faca de sacrifício para brincar com ela, enquanto rezas a Divindade, ou enquanto falas com outra pessoa, ou enquanto faças alguma outra coisa.

Principalmente, com a faca de sacrifício desembainhada.

XV. Agradecer aos animais destinados ao sacrifício.

Antes do sacrifício, te aproximarás de cada um dos animais cujas vidas tomarás, os sustentarás em suas mãos brevemente, os acariciarás se nada o impede, lhes falará com voz tranqüila, lhes agradecerá pelo sacrifício que vão fazer por sua pessoa, ou para seus interesses, e lhes abençoará.

Concluirás entregando-lhe a mensagem que quer fazer chegar ao Òrìsà. E depois de entregar-lhe sua mensagem, agradeça também por isso!

XVI. Lavar bicos (focinhos), patas e anus dos animais que serão oferecidos aos deuses.

Antes do sacrifício, lavarás as patas dos animaisque oferecerás ao Òrìsà, para que elas estejam limpas quando retornarem à Montanha Sagrada( e pousem sobre a terra divina do mundo invisível.

Antes do sacrifício, lavarás o bico das aves, para que esteja limpo e

disposto para falar com o mundo espiritual, e transmitir sua mensagem de agradecimento, de solicitação, de compromisso, ou de devoção, ao Òrìsà.

XVII. A morte chega com rapidez e sem alarde.

Quando for oficiar o sacrifício ritual, tomarás a faca de sacrifício, somente no último momento do ritual de sacrifício.

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XVIII. Uma morte piedosa honra a quem a provoca.

Tomarás a precaução de que o animal destinado ao sacrifício, não veja a faca de sacrifício sobre o solo, nem em sua mão.

Tomará sua vida, porém evitará medos e sofrimentos desnecessários, respeitando sua natureza delicada e temerosa, como sua própria natureza... Porque tu tomarás sua vida em um ritual que adormecerá suas sensações para ajudar-lhe a morrer bem, e a visão da faca em sua mão, pode

interromper este adormecimento relativo, e despojar-lhe de toda paz.

XIX. Respeitar o direito de exclusividade de Èsù – Elegbára.

Quando realizar um sacrifício recordarás que o primeiro sacrifício se fará à representação de Èsù – Elegbára.

Recordar sempre que nenhuma divindade representada, nem mesmo Òsu, o vigilante da pessoa, receberá oferecimento antes de Èsù – Elegbára. Porque é profanação.

XX. Pagar o tributo da terra por cada sacrifício de vida.

Quando fizer sacrifício de vida animal, recordará que as primeiras gotas de sangue devem ser derramadas sobre o solo. Porque cada vidaque toma, a podes tomar, graças à terra que alimentou e sustentou esta vida ate o tempo em que chegou até tuas mãos para ser tomada. E deves retribuir a terra pelo que tomas graças ao seu bom trabalho.

Não esquecerás este mandamento, para que a adversidade não te seja enviada, bem como aos seus pais, seus filhos, ou de seus parentes, para cobrar o que não retribuíste, ou o que não compartilhaste.

XXI. Com vida ou sem vida, a CABEÇA sempre se respeita.

Toda cabeça é sagrada por conter e proteger o Orí, o Espírito Interno, a forma de consciência de cada forma de vida, em qualquer nível de

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evolução.

Por isto, não maltratarás aos animais em vida, e jamais lhes golpearás na cabeça, se isso não for parte de um ritual de sacrifício.

Também por isto, as cabeças dos animais não devem ser lançadas ao chão, ou se deixar cair por negligência. Porque fazer isso, é uma manifestação de desapreço.

E o desapreço à cabeça, é profanação.

Por esta profanação, os profanadores poderiam ser chamados a responder, perante aquele que garante e aplica a justiça do Odù Babá Ejíogbe.

XXII. Sacrificarás seguindo o caminho desde a terra até o Orun.

Quando oficiar cerimônias de sacrifício de animais quadrúpedes e de aves imolarás primeiro os quadrúpedes, e imolarás por último as aves.

Porque o sangue dos animais que só se movem na terra não devem cobrir o sangue dos animais que foram dotados de Asé para deslocar-se entre a terra e o céu.

Porque toda ave é uma forma que representa o Espírito do Pássaro, que é uma manifestação especial de Ódù, o Segundo Mistério e a Mãe

Primordial, e só o poder o Espírito do Pássaro pode alimentar-se de tudo, inclusive das más obras, e pode cobrir tudo e redimir tudo.

XXIII. Nenhum sangue cobrirá as penas.

Porque as penas ensangüentadas representam uma ave que não pode voar, que não pode escapar, que já não tem oportunidade.

Porque as penas ensangüentadas representam uma ave que esta morta, ou uma ave ferida de morte.

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Porque no corpo da ave que estava viva, antes do sacrifício, sua plumagem lhe veste por fora e seu sangue circula oculto em seu interior.

E assim sendo, com as penas limpas e secas, cobrindo o sangue,

reproduzimos a disposição das penas e do sangue da mesma forma queno corpo da ave.

Desta maneira, as penas secas e limpas cobrindo o sangue, representa uma alegoria a vida, simbolizando: - a morte com esperança de vida- o triunfo da vida sobre a morte.

E este rito tem a virtude de escrever esta promessa no Astral.

XXV. Se entregar a faca, entregas o poder.

Recordarás que o que se faz durante o ritual se escreve no Céu, e quando fizer uma pausa momentânea no uso da faca de sacrifício, não a entregarás a outra pessoa com a intenção de que a segure um pouco para ti, para tomá-la de novo depois.

Porque isso significa que estás transferindo a esta pessoa a

responsabilidade de continuar com o ofício do sacrifício, e esta pessoa terá que continuar executando o sacrifício, porque a aceitação da faca de

sacrifício desde sua mão significa que prometeu fazê-lo, e desde que o prometeu fazer, é sua missão, não fazer é profanação.

E se a mão que recebeu a faca não fizer correr o sangue, e se os sacrificadores divinos reclamam o cumprimento deste compromisso involuntário, algum sangue correrá da maneira que se decidiu no Céu, por causa de quem descumpriu, para queo escrito no Orunse leia na Terra. Por isso, sempre que haja uma pausa, colocarás a faca de sacrifício sobre a terra firme, e sempre perto de ti. Porque só a terra é sua firmeza, só a terra é sua confiança.

XXVI. Faca quente esquenta a mão. Faca quente repousa na terra... Quando terminar de utilizar a faca de sacrifício, momentaneamente, ou

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definitivamente, não demorarás em colocá-la sempre sobre o solo firme. Porque no nível do solo, a terra se encarregará de absorver a energia excedente que esquenta esta lamina, refrescando-a em parte antes de devolver. Porque só a terra é sua firmeza, só a terra é sua confiança.

Quando oficiar sacrifícios de muitos animais quadrúpedes repousarás a faca de sacrifício sobre solo firme, e a substituirá por outra, porém a manterá sempre no local do sacrifício, para que esta testemunhe ate o final das imolações.

Quando por qualquer razão que seja, não possas substituir a faca de sacrifício que se esquentou muito com numerosas imolações continuada sem uma mesma cerimônia, fará pausas entre os sacrifícios, durante as quais a faca laboriosa se refrescará, sempre repousando sobre solo firme, porque só a terra é sua firmeza, só a terra é sua confiança.

XXVII. Faca de sacrifício não é pedra para se lançar...

Porque as coisas não se atiram as coisas não se lançam principalmente uma faca, quanto mais uma faca de sacrifício! Sempre a colocarás, nunca a jogarás. Porque é profanação.

XXVIII. Faca de sacrifício não se deixa cair.

Porque uma faca na mão significa ataque, ou significa defesa.

Representando também o cair da mão de quem combate, quando quem a leva caiferido de morte, nunca deixarás cair com negligência de sua mão, uma faca de sacrifício, para que não chames com seus atos a realidade que teus atos representam.

XXIX. Faca que se moveu e mirou, mirando sentenciou.

Se houver jogado a faca de sacrifício, ou havendo-a deixado cair com negligência, e a faca girar e apontar para alguém dos presentes, ou a ponta de sua lamina terminar dirigida até você, deves saber que a faca está mirando a quem aponta.

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E deves saber que a faca de sacrifício mira somente para sentenciar. - Por isso deves saber que se isto ocorre, um ebó nunca deve demorar a ser feito. E o ebó que for feito por esta razão, deve conter uma faca. Lembre-se, porque se lembrar te salvará a vida ou te poupará lamentos, para você ou parentes.

XXX. (...) Concluímos esta transcrição, lembrando que o Asògún quando concluir sua função deve descarregar a faca ritual limpando-a no couro dos animais sacrificados, primeiro do lado direito passando o mesmo pé por cima, depois virando-se os animais e repetindo o ato do lado esquerdo, dizendo-se sempre:

Lopá ki sorò, lo pá...

Mastigando Obi e a atàáre e soprando nos dois lados da faca, por 3 vezes. Fazendo o mesmo com o otin e a omí.

Como podemos observar há uma enorme quantidade de energias sendo manipuladas nestes atos, o que nos remete ao fato de que somente um sacerdote qualificado, no caso o "Asògún" auxiliado por seus Otùn e Osí, é quem deve realizar estas cerimônias de restituição.

Logo no início deste trabalho afirmamos que os animais eram os "veículos" que levariam as nossas mensagens aos Òrìsàs, então acho apropriado assinalar que eles possuem suas representações específicas, o que também vale para os demais "temperos" utilizados nestes atos:

ADIE(galinha) - prosperidade, filhos e casamento AKUKO(galo) - boa saúde, tirar desgraças, vencer KOKÉM(galinha d'angola) - prosperidade

IGBIN(caracol) - placidez

EYELE(pombo) - dinheiro, sorte, saúde, vida longa...

OBÌ ABATA- (vegetal, vermelho e branco) - De uso fundamental no ritual, é considerado o primeiro alimento do imonlè. Busca o seu poder oracular, além de fazer uso de sua finalidade principal. "Obì existe para alimentar todo o ser ".

Obì proporciona força e vida longa. –

ÒRÒGBÒ- (vegetal, branco ) - Também utilizado como alimento do imonlè, garante a saúde e a força do ser . "ÀRÙN KÁRÙN KÌ Í WO INÚ

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ÒRÒGBÒ " A doença nunca entra )(mineral, branco )

A águaé a representação da fertilidade feminina, veículo de ligação e

comunicação com o imonlè. É o que garante a harmonia ou a calmaria. Não há oferenda sem água.

OTIN- (gin)(vegetal, branco ) - Sua representação refere-se a força do sêmen masculino.Transformação da matéria (Egúngun)

EPÒ- (dendê)(vegetal , vermelho ) - È o elemento apaziguador que

representa a fertilidade feminina, o poder de gestação das ÌYÁ-ÁGBÀ. A força dinâmica dos descendentes. –

ÒYIN-(vegetal, vermelho) - Elemento de riqueza, de beleza e de doçura. Quando mel, sangue das folhas recolhido pelas abelhas, através de um sistema de união e rígida hierarquia.

No caso do melado de cana, apesar de ser um elemento de riqueza, e de doçura, está intrinsecamente relacionado a descendência por se tratar de um processo de transformação de matéria original.

EKÒ- (acaçá)(vegetal,branco)- Pasta branca preparada à base de farinha de milho branco, simbolizando a fecundidade e a descendência genérica. Sendo reunida para nova formação, representa a matéria original transformada. Como oferenda identifica o SER. –

ÒRI- (vegetal, branco) - Vitex Doniana VERBENACEAE . A m

adeira é marrom bem clara. Há flores cabeludas, amareladas ou brancas com corola

e lóbulos azul-purpúreos.

OSÙN- (vegetal , vermelho)- Pó vermelho, extraído da árvore Dracena Mannii

AGAVACEAE através da ação natural dos cupins ou da serragem que representa a fecundidade e a descendência genérica. É uma árvore de abundantes ramos. As flores são cheirosas e de pétalas grandes. Há frutas vermelhas. –

EFÙN- (mineral , branco)- Giz ou pó de giz freqüentemente usado na adoração a Òrisàálà. Representa aserenidade do amanhecer e a relação do homem com a terra . –

WÁJI, ÈLÚ OU ARO- (vegetal , negro)- Lonchucarpus Cyanescens, tinta azul em

forma de pó petrificado de origem vegetal o qual busca a representação do sangue negro, simbolizando a noite e a relação de ancestrais ligados à própria escuridão. As partes frescas são contundidas a uma polpa,

fermentada, seca e vendida nesta forma, as folhas somente são secadas ao sol e são usadas em um estado quebradiço. –

ÌYÈRÒSÚN- (vegetal , amarelo/avermelhado )- Pó produzido pelo trabalho de um tipo de cupim ou da serragem da árvore sagrada BAPHIANÍTIDA, Leguminosae Papilionoideae . É neste pó que são riscados os símbolos dos Odu, veiculando a sabedoria de Ifà compreendidapor Olódumàré. –

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ATÀÁRE- Pimenta da Costa. Força/Asè de realização determinante daquilo que se pretende "ATÀÁRE NÍ K'O MÁA TARÍ IBI KÚRÒ diz que omal deve sempre ser afastado para longe do meu caminho " –

EKÒ- (acaçá)(vegetal,branco)- Pasta branca preparada à base de farinha de milho branco, simbolizando a fecundidade e a descendência genérica. Sendo reunida para nova formação, representa a matéria original transformada. Como oferenda identifica o SER.

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Meus agradecimentos!

Que Olodumare lhe dê as coisas boas da vida! Babalorisa Robson de Sango

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