• Nenhum resultado encontrado

O Processo de Avaliação

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "O Processo de Avaliação"

Copied!
18
0
0

Texto

(1)

2

2

0

0

1

1

0

0

-

-

2

2

0

0

1

1

6

6

A

A

V

V

A

A

L

L

I

I

A

A

Ç

Ç

Ã

Ã

O

O

A

A

M

M

B

B

I

I

E

E

N

N

T

T

A

A

L

L

E

E

S

S

T

T

R

R

A

A

T

T

É

É

G

G

I

I

C

C

A

A

R

R

E

E

S

S

U

U

M

M

O

O

N

N

Ã

Ã

O

O

T

T

É

É

C

C

N

N

I

I

C

C

O

O

A

A

G

G

Ê

Ê

N

N

C

C

I

I

A

A

P

P

O

O

R

R

T

T

U

U

G

G

U

U

E

E

S

S

A

A

D

D

O

O

A

A

M

M

B

B

I

I

E

E

N

N

T

T

E

E

D

D

I

I

R

R

E

E

C

C

Ç

Ç

Ã

Ã

O

O

-

-

G

G

E

E

R

R

A

A

L

L

D

D

A

A

S

S

A

A

Ú

Ú

D

D

E

E

M

ARÇO DE

2010

(2)
(3)

Página 1

O Processo de Avaliação

Enquadramento da Avaliação Ambiental Estratégica

A Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) é um procedimento obrigatório em Portugal desde a publicação do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, que consagra no ordenamento jurídico nacional os requisitos legais europeus estabelecidos pela Directiva n.º 2001/42/CE, de 25 de Junho.

O processo de AAE tem por objectivo contribuir para a integração das considerações ambientais em planos e programas susceptíveis de terem efeitos significativos no ambiente, sujeitando-os a uma avaliação ambiental, tendo em vista promover o desenvolvimento sustentável. Este processo deve ser levado a cabo durante a preparação do plano ou programa e antes da sua aprovação, ou antes de o mesmo ser submetido ao procedimento legislativo, e é entendido como um processo iterativo, em que os resultados das várias fases da avaliação são integrados no processo de elaboração do próprio plano. Este é o contexto que justifica a necessidade e vantagem de proceder à AAE do Plano Estratégico dos Resíduos Hospitalares (2010-2016).

O procedimento de AAE propriamente dito envolve várias etapas: i) Definição do âmbito da AAE e Consulta às Entidades de Responsabilidade Ambiental Específica (ERAE); ii) Avaliação do Plano e Preparação do Relatório Ambiental e respectivo Resumo Não Técnico; iii) Consulta do Plano e do Relatório Ambiental; iv) Ponderação dos resultados da consulta e preparação do Relatório Ambiental Final; e v) Preparação da Declaração Ambiental.

O presente Resumo Não Técnico (RNT) é uma peça autónoma que integra a AAE do Plano Estratégico dos Resíduos Hospitalares (PERH). Visa produzir uma síntese dos conteúdos tratados na AAE, apoiando a sua divulgação generalizada. Neste sentido, encontra-se organizado de forma a explicitar de forma clara e objectiva o Plano em análise e os resultados mais importantes da avaliação efectuada. Para o total esclarecimento ou aprofundamento de qualquer matéria nele contida, deve ser efectuada a consulta do Relatório Ambiental.

Intervenientes no Processo

As entidades que promovem o PERH são a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a Direcção-Geral da Saúde (DGS) e a Direcção-Geral de Veterinária (DGV).

O presente Relatório Ambiental da AAE do PERH foi tecnicamente desenvolvido pela

Atkins (Portugal) Lda. – Projectistas e Consultores Internacionais. Afase inicial dos trabalhos, que se traduziu na elaboração do designado Relatório de Âmbito, foi sujeito a um processo de Consulta às ERAE, tendo sido contactadas 17 entidades consideradas como tendo responsabilidade ambiental específica, que incluíram a APA, a Associação Nacional de Municípios Portugueses, as Administrações das Regiões Hidrográficas do Algarve, Alentejo, Tejo e Centro, as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, Algarve, Lisboa e Vale do Tejo, Centro e Norte, a Direcção-Geral da Saúde, a Direcção-Geral de Veterinária, a Direcção Regional do Ambiente dos Açores e da Madeira, o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade e o Instituto da Água. Este processo de Consulta decorreu entre 2 de Outubro e 2 de Novembro de 2009.

(4)

Página 2

O Plano Estratégico dos Resíduos

Hospitalares

Enquadramento

O Plano Estratégico dos Resíduos Hospitalares (PERH) tem por objectivo a

concretização da estratégia relativa à gestão dos resíduos hospitalares para o período de 2010 a 2016, tendo por base os instrumentos e princípios de gestão de

resíduos a nível comunitário e nacional, considerando a conjuntura actual do sector e as perspectivas de evolução futura. A elaboração do PERH resulta da necessidade de revisão do anterior Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares (que vigorou no período compreendido entre 1999 e 2005) e constituirá o instrumento estratégico e orientador da gestão dos resíduos hospitalares em Portugal.

A alínea z) do Artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro define “resíduo

hospitalar” como o resíduo resultante de actividades médicas desenvolvidas em unidades

de prestação de cuidados de saúde, em actividades de prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e investigação, relacionada com seres humanos ou animais, em farmácias, em actividades médico-legais, de ensino e em quaisquer outras que envolvam procedimentos invasivos, tais como acupunctura, piercings e tatuagens.

Os resíduos hospitalares são produzidos pelas entidades que desenvolvem actividades no sector da prestação de cuidados de saúde (designadas por UPCS – Unidades Prestadoras de Cuidados de Saúde) e que incluem: hospitais, centros de saúde e extensões, postos de saúde, clínicas médicas, centros de enfermagem, consultórios, clínicas dentárias, laboratórios, clínicas veterinárias e outras unidades prestadoras de cuidados de saúde a seres humanos e animais e farmácias. Outras entidades a referir enquanto geradoras de resíduos hospitalares são os estabelecimentos que desenvolvem actividades de tatuagem e similares e as entidades de ensino.

De acordo com o Despacho n.º 242/96, publicado a 13 de Agosto, os resíduos hospitalares encontram-se classificados em quatro Grupos, consoante as suas características e perigosidade, tal como se apresenta seguidamente:

Grupo I: Resíduos equiparados a resíduos urbanos que não apresentam exigências especiais no seu tratamento.

Grupo II: Resíduos hospitalares não perigosos que não estão sujeitos a tratamentos específicos, podendo ser equiparados a resíduos urbanos.

Grupo III: Resíduos hospitalares de risco biológico que são resíduos contaminados ou suspeitos de contaminação, susceptíveis de incineração ou de outro pré-tratamento eficaz, permitindo posterior eliminação como resíduo urbano.

Grupo IV: Resíduos específicos de incineração obrigatória.

A gestão de resíduos hospitalares é susceptível de causar efeitos adversos no ambiente quer a nível da sua produção, quer do seu transporte entre os locais de produção e os locais de tratamento/eliminação, quer do seu tratamento/eliminação, quer do transporte entre os locais de tratamento e os locais de destino final. Esses efeitos adversos dizem respeito, essencialmente, à produção de efluentes líquidos, a emissões de poluentes atmosféricos, odores, ruído nas instalações de tratamento dos resíduos hospitalares e impactes gerados pelo transporte dos resíduos (essencialmente emissão de gases de

(5)

Página 3

escape e ruído). A emissão de gases com efeito de estufa está, indirectamente, relacionada quer com o tratamento quer com o transporte dos resíduos hospitalares. Por outro lado, alguns dos resíduos hospitalares têm características que representam um risco para a saúde pública e para o ambiente, sendo exigidos processos de tratamento específicos, antes de poderem ser encaminhados para destino final.

Nos últimos anos tem-se assistido em Portugal a uma redução significativa do impacte ambiental originado pelas actividades de gestão de resíduos hospitalares, principalmente devido ao encerramento de 30 unidades de incineração que não obedeciam aos requisitos legais, à requalificação da unidade de incineração existente no Parque da Saúde em Lisboa e ao aumento de formas de tratamento alternativas de resíduos hospitalares (licenciamento de unidades de autoclavagem e desinfecção química).

Breve Retrato do Sector dos Resíduos Hospitalares em

Portugal

o A produção de resíduos hospitalares estimada em Portugal Continental no ano de 20061 foi de cerca de 110 000 toneladas considerando todos os tipos de Hospitais e Centros de Saúde e todos os tipos de resíduos hospitalares.

o Analisando a produção de resíduos hospitalares por Grupos em 2006, verifica-se que cerca de 79,1% dos resíduos hospitalares produzidos

correspondem ao Grupo I e II (que podem ser equiparados a resíduos

sólidos urbanos), cerca de 18,9% correspondem ao Grupo III e apenas cerca de 2,1% correspondem a resíduos hospitalares do Grupo IV. Constata-se, assim, que da produção total estimada de resíduos hospitalares em Portugal em 2006 apenas cerca de 20,9% (resíduos do Grupo III e IV) são considerados resíduos perigosos que necessitam de ser submetidos a tratamento específico.

o A maior produção de resíduos hospitalares ocorre nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, estando a menor quantidade associada aos hospitais oficiais não públicos e aos Centros de Saúde. Os hospitais do

SNS produzem em média 58% dos resíduos hospitalares para os

vários Grupos, seguidos dos hospitais privados, com uma média de

19%. A proveniência dos resíduos caracterizados por outros apresenta

cerca de 18%, seguindo-se os hospitais oficiais não públicos, com cerca de 3%, e os restantes 2% referem-se aos Centros de Saúde.

o No período compreendido entre 2001 e 2006 verificou-se um aumento da

produção da totalidade dos resíduos hospitalares de cerca de 29%.

Este aumento é explicado, essencialmente, pelo aumento da produção

de resíduos do Grupo I e II e do Grupo III. A produção de resíduos dos Grupos I e II aumentou entre 2001 e 2006 em cerca de 33%, o mesmo

acontecendo relativamente à produção de resíduos hospitalares do Grupo III, que registou um aumento de cerca de 26% entre 2001 e 2006. A produção de resíduos do Grupo IV manifesta, por outro lado, um comportamento inverso, verificando-se uma redução de cerca de 35,8% entre 2001 e 2006.

o No que respeita à produção de resíduos hospitalares em 2006 por

regiões administrativas há a referir que o padrão dominante é o domínio

da Região de Lisboa e Vale do Tejo na produção dos resíduos dos quatro grupos de resíduos. A Região Norte segue como o segundo maior contribuidor e a Região Centro surge invariavelmente na terceira posição.

(6)

Página 4

Com menor relevância em termos quantitativos surgem a Região do Alentejo e do Algarve.

o A quantidade de resíduos recolhidos selectivamente pelas unidades produtoras de resíduos hospitalares tem aumentado significativamente ao longo dos anos. Em 2006 os resíduos recolhidos selectivamente representaram cerca de 22% dos resíduos produzidos dos Grupos I e II. A percentagem de papel e cartão recolhida selectivamente representa mais de 94% da recolha selectiva, julgando-se que tenderá a estabilizar nos próximos anos. Para o vidro, plástico e metais ferrosos e não ferrosos, as percentagens são bastante reduzidas, sendo referido no PERH que, no futuro, se prevê ser possível conseguir um aumento significativo.

Princípios base do PERH

O PERH incide sobre o território de Portugal Continental, sendo referido no PERH que relativamente às Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores deverão ser seguidas as orientações expressas no Plano, com as necessárias adaptações de acordo com o contexto jurídico e as especificidades destas Regiões.

O PERH apresenta dois horizontes de realização para as acções previstas: o ano de 2013 e o ano de 2016, estando prevista uma avaliação intercalar do estado de implementação do Plano em 2013.

A gestão das instalações de tratamento de resíduos hospitalares será efectuada por

entidades licenciadas para esta actividade, assegurando a componente do tratamento e destino final. Neste contexto o Plano propõe que a gestão dos resíduos

hospitalares abrangidos pelo PERH seja efectuada, essencialmente, em instalações e

infra-estruturas existentes, propriedade de entidades privadas e por elas operadas, não

prevendo o Plano a construção de unidades novas (exceptuando a nova central de incineração, como se explica mais adiante):

o A gestão dos resíduos hospitalares dos Grupos I e II será efectuada em conjunto com os resíduos sólidos urbanos, nas instalações e infra-estruturas existentes e utilizadas para estes resíduos (aterros de resíduos não perigosos, de origem urbana e não urbana). Os resíduos hospitalares do Grupo III e IV após tratamento, serão, também, conduzidos a infra-estruturas existentes (aterros de resíduos não perigosos ou de resíduos perigosos, consoante os casos).

o O tratamento dos resíduos do Grupo III será efectuado em unidades de autoclavagem, desinfecção química e outros processos, em instalações existentes2.

o O tratamento/eliminação dos resíduos do Grupo IV será efectuado numa unidade de incineração. Prevê o PERH que até 2012 os resíduos do Grupo IV sejam tratados na actual central de incineração do Parque da Saúde, em Lisboa e que, depois desse período, o tratamento/eliminação destes resíduos passe a ser feita na nova central de incineração, a ser instalada no concelho da Chamusca, tal como se refere seguidamente. o Está prevista a deslocalização da actual central de incineração de

resíduos hospitalares em Lisboa, no Parque da Saúde, para o Centro Integrado de Valorização e Tratamento de Resíduos Hospitalares e

2

Embora seja referido no Plano que não é excluída a hipótese de virem a ser instaladas mais unidades de tratamento de resíduos do Grupo III, remetendo a localização dessas eventuais instalações para estudos de mercado a efectuar pelos operadores

(7)

Página 5

Industriais (CIVTRHI), a ser construído no concelho da Chamusca, e que se encontra actualmente em fase de projecto de execução e elaboração de Estudo de Impacte Ambiental, prevendo-se que após a construção desta nova instalação, a central de Lisboa seja desactivada. Embora esta instalação se encontre integrada no PERH, permitindo assegurar o tratamento/eliminação segura dos resíduos hospitalares do Grupo IV, a decisão da sua construção decorre de uma medida do Plano Tecnológico da Saúde, e a sua localização já se encontra definida. A entrada em funcionamento desta central implicará a desactivação da central de incineração do Parque da Saúde, em Lisboa.

Na elaboração do PERH foram tidos em consideração dois cenários hipotéticos de evolução da produção de resíduos hospitalares em Portugal:

o O Cenário BaU (Business-as-Usual) – pressupõe uma evolução da produção de resíduos hospitalares para os anos 2013 e 2016 com base na tendência verificada na evolução da produção de resíduos hospitalares verificada no período entre 2002 e 2006, mantendo-se as condições de recolha selectiva verificadas em 2006 e mantendo-se os níveis de triagem dos Grupos III e IV que se registam actualmente.

o O Cenário PUR (Prevenção e Uso de Recursos) – pressupõe a estabilização da produção de resíduos hospitalares na capitação de 2006, entrando apenas em linha de conta com as perspectivas de evolução da população. Prevê, ainda, a recolha selectiva para os resíduos dos Grupos I e II de acordo com as metas preconizadas no Plano Estratégico de Resíduos Sólidos - PERSU II (quer para a recolha multimaterial, quer para a fracção de matéria orgânica valorizável) tendo 2006 como ano de referência. Este cenário, simultaneamente, ambiciona uma triagem mais eficiente para os resíduos dos Grupos III e IV, garantindo que os resíduos que efectivamente pertencem ao Grupo III, e que possam ainda estar a ser encaminhados para o Grupo IV, sejam triados de forma adequada.

Fonte: PERH

(8)

Página 6

Fonte: PERH

Esquematização do cenário PUR

Estes dois cenários, no fundo, traduzem duas opções: manter a situação actual (Cenário BaU) e melhorar a situação actual (Cenário PUR). Os pressupostos e orientações estratégicas consideradas no PERH tiveram por base o designado Cenário PUR, no sentido da melhoria da situação existente.

O PERH considera cenários relativos ao tratamento e/ou eliminação dos resíduos hospitalares dos Grupos III e IV, que tiveram em consideração as exigências de tratamento, as quantidades previsíveis destes resíduos para o ano de 2016 e a análise das capacidades de tratamento instaladas actuais.

Cenário A.1 – cenário adoptado para o tratamento e deposição final dos resíduos

hospitalares do Grupo III

o Tratamento dos resíduos por autoclavagem e descontaminação com germicida, ou outros processos de descontaminação.

o Deposição dos resíduos hospitalares descontaminados em aterros para resíduos não perigosos de origem não urbana ou em aterros para resíduos não perigosos de origem urbana, tendo em conta o critério da proximidade entre os locais de tratamento destes resíduos e a localização dos aterros.

o Não se exclui a possibilidade de, no futuro, virem a ser licenciados outros processos de tratamento, com igual ou maior eficácia. Da mesma forma também não é excluída a hipótese de virem a ser instaladas mais unidades, ou de serem licenciados mais operadores, uma vez que se considera que o tratamento dos resíduos hospitalares deverá ser efectuado em unidades devidamente licenciadas para esse efeito, cuja localização dependerá dos respectivos estudos de mercado a efectuar pelos operadores.

Analisando as quantidades dos resíduos do Grupo III em 2006 e as quantidades que se estimam virem a ser produzidas em 2016 (ano horizonte do PERH) face à capacidade de tratamento actual, constata-se que existe uma capacidade total, a nível nacional, suficiente para fazer face às necessidades de tratamento destes resíduos. A nível regional constata-se, contudo, que as Regiões Norte e Centro não têm unidades de tratamento com

(9)

Página 7

capacidade suficiente, obrigando ao transporte de parte dos resíduos produzidos nestas regiões para outras regiões do País, para posterior tratamento. Por outro lado, nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, a capacidade de tratamento instalada é superior à quantidade de resíduos do Grupo III prevista para 2016.

Cenário B.1– cenário adoptado para o tratamento e deposição final dos resíduos hospitalares do Grupo IV

o Deslocalização da actual central de incineração para o concelho da Chamusca.

o Tratamento/eliminação dos resíduos por incineração: i) entre 2010 e 2012 incineração dos resíduos na unidade de Lisboa e ii) entre 2013 e 2016 incineração dos resíduos na nova unidade da Chamusca.

o Deposição das cinzas e escórias em aterro para resíduos não perigosos de origem não urbana ou em aterro para resíduos perigosos, mediante os resultados dos testes laboratoriais.

Analisando as quantidades dos resíduos do Grupo IV em 2016 e a capacidade de tratamento existente em 2006 constata-se que, actualmente, não existe capacidade instalada, a nível nacional, suficiente para fazer face às necessidades de tratamento destes resíduos, podendo verificar-se um deficit de cerca de 460 t/ano em termos globais. Numa situação futura, com a concretização da nova central de incineração, a ser construída no concelho da Chamusca, dimensionada para 11 200 t/ano, garante-se o tratamento da totalidade dos resíduos hospitalares do Grupo IV que vierem a ser produzidos, independentemente do cenário em causa. Sendo o proponente do Centro o mesmo da Central de Incineração de Resíduos Hospitalares do Parque da Saúde, a construção desta instalação prevê a desactivação da unidade de Lisboa. Este é um aspecto que foi devidamente considerado e integrado no PERH em avaliação, já que a sua concretização permitirá garantir o tratamento da totalidade dos resíduos hospitalares do Grupo IV que vierem a ser produzidos, independentemente do cenário em causa.

(10)

Página 8

A Visão, os Eixos Estratégicos e os Objectivos

Operacionais

A Visão:

Assegurar que a estratégia nacional em matéria de resíduos hospitalares promova a prevenção da produção de resíduos, assente numa lógica do ciclo de vida dos

materiais e na valorização destes resíduos, num referencial de eficiência e segurança das operações de gestão de resíduos, impulsionando a utilização das

melhores técnicas disponíveis e fomentando o conhecimento e a inovação, na assunção da salvaguarda da protecção do ambiente e da saúde humana.

Os Eixos Estratégicos e os Objectivos Operacionais do PERH explicitam-se seguidamente:

EIXO ESTRATÉGICO OBJECTIVOS OPERACIONAIS

Eixo I - Prevenção

I.1. Reduzir a produção de resíduos hospitalares I.2. Reduzir a perigosidade dos resíduos hospitalares

I.3. Minimizar os impactes adversos resultantes dos resíduos hospitalares produzidos

Eixo II - Informação,

Conhecimento e

Inovação

II.1. Garantir e disponibilizar informação fiável e atempada em matéria de resíduos hospitalares

II.2. Incentivar a investigação e a inovação em matéria de resíduos hospitalares

Eixo III -

Sensibilização,

Formação e

Educação

III.1. Assegurar que os profissionais envolvidos na gestão dos resíduos hospitalares possuem a habilitação e qualificação adequada ao desempenho das suas funções

III.2. Garantir que os diferentes intervenientes contribuem para a concretização da estratégia a nível da gestão dos resíduos hospitalares

Eixo IV -

Operacionalização da Gestão

IV.1. Melhorar a gestão e logística dos resíduos hospitalares nos locais de produção

IV.2. Aumentar a quantidade de resíduos encaminhados para reutilização, reciclagem e outras formas de valorização

IV.3. Mitigar a exportação de resíduos hospitalares perigosos IV.4. Garantir uma melhor regulação da gestão dos resíduos

hospitalares

IV.5. Garantir a efectiva aplicação de um regime económico e financeiro da actividade de gestão dos resíduos hospitalares

Eixo V -

Acompanhamento e Controlo

V.1. Incentivar a utilização de mecanismos que permitam uma melhoria de gestão dos resíduos hospitalares

V.2. Garantir o cumprimento da legislação por parte dos diferentes intervenientes

O conjunto de Objectivos Operacionais, concretizados através de Acções a implementar ou operacionalizar por diferentes stakeholders, públicos e privados, entidades singulares ou colectivas.

(11)

Página 9

A Avaliação Ambiental do PERH

Para a Avaliação Ambiental do PERH procedeu-se à definição dos Objectivos de

Avaliação Ambiental que consistem nos aspectos fundamentais para assegurar que o

PERH toma em devida consideração os aspectos ambientais e de sustentabilidade, e servirão para proceder à avaliação ambiental das propostas do próprio Plano. A definição destes objectivos teve por base a identificação de um conjunto alargado de temas, designados por temas de sustentabilidade, e reportam aos designados Factores Críticos, que traduzem as grandes áreas de análise ambiental do PERH.

Para a definição dos objectivos da AAE partiu-se da análise integrada de um conjunto diverso de elementos:

o Uma ponderação dos resultados da consulta às ERAE, aquando da fase de Relatório de Definição de Âmbito.

o O estabelecimento do Quadro de Referência Estratégico do PERH, que foi revisto e actualizado face aos resultados da consulta às ERAE e à necessária actualização temporal exigida.

o Uma Síntese do Diagnóstico da situação actual em matéria de resíduos hospitalares e dos principais problemas ambientais existentes no sector dos resíduos hospitalares.

(12)

Página 10

Os Objectivos da Avaliação Ambiental Estratégica/Factores

Críticos

Factores Críticos e Objectivos da AAE e Relação com as Questões Ambientais constantes no Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho

FACTORES CRÍTICOS OBJECTIVOS DA AAE

QUESTÕES AMBIENTAIS CONSTANTES DA LEGISLAÇÃO NACIONAL GESTÃO DE RESÍDUOS

OAAE 1- Reduzir a produção de resíduos hospitalares

Água, Solo, População, Saúde Humana, Bens Materiais, Atmosfera, Biodiversidade, Fauna, Flora

OAAE 2 - Aumentar a quantidade de resíduos encaminhados para reutilização, reciclagem e outras formas de valorização

OAAE 3 – Reduzir a perigosidade dos resíduos hospitalares OAAE 4 – Promover a lógica do ciclo de vida dos materiaisOAAE 5 - Promover a auto-suficiência (devendo os resíduos

hospitalares serem tratados preferencialmente em território nacional) e o princípio da proximidade

OAAE 6 – Assegurar um tratamento e destino final adequado para os resíduos hospitalares

POPULAÇÃO E SAÚDE

OAAE 7- Promover a protecção da saúde humana População,

Saúde Humana, Bens Materiais

OAAE 8 - Promover a cidadania e o princípio da responsabilidade do cidadão no processo de gestão de resíduos

VALORES NATURAIS E CULTURAIS E SUSTENTABILIDADE

TERRITORIAL

OAAE 9 - Proteger a biodiversidade, paisagem e património Biodiversidade,

Fauna, Flora, Paisagem e Património, População

OAAE 10 Assegurar a compatibilização com as orientações de gestão territorial

QUALIDADE AMBIENTAL

OAAE 11- Proteger a degradação da qualidade ambiental

(qualidade do ar e da água, solo e ruído) Água, Solo,

Atmosfera, População, Saúde Humana, Factores Climáticos e Bens Materiais

OAAE 12- Promover a redução das emissões de gases com efeito de estufa

OAAE 13 – Minimizar os impactes associados ao transporte de resíduos hospitalares

OAAE 14 Assegurar o bom desempenho ambiental das unidades de tratamento de resíduos hospitalares

INOVAÇÃO, CONHECIMENTO E

FORMAÇÃO

OAAE 15- Aumentar a informação sobre resíduos hospitalares e assegurar a sua fiabilidade

OAAE 16 - Promover o conhecimento, a formação e a inovação/investigação na gestão dos resíduos hospitalaresOAAE 17- Potenciar o uso das Melhores Técnicas Disponíveis

(MTD) no tratamento dos resíduos hospitalares

GOVERNANÇA OAAE 18 - Actualizar e adequar o quadro legislativo em matéria de gestão dos resíduos hospitalares e melhorar a sua aplicação

População, Saúde Humana e

Bens Materiais

OAAE 19 - Promover mecanismos adequados de controlo e fiscalização da gestão dos resíduos hospitalares

(13)

Página 11

A Avaliação de Compatibilidade entre os Objectivos da AAE

e os Objectivos do PERH

Da análise de compatibilidade salienta-se o seguinte:

o Não se identificaram situações de não compatibilidade, ou seja, situações em que os Objectivos da AAE são contrariados pelos Objectivos do PERH. o Os Objectivos da AAE relacionados com a gestão sustentável de resíduos

e protecção da saúde das populações apresentam um elevado grau de compatibilidade, a que não será alheio o facto de o PERH, pelos seus objectivos e âmbito de aplicação, apostar determinantemente nestes vectores. Desta forma, os efeitos sobre o ambiente e populações daí decorrentes serão positivos e relevantes.

o Nas questões relacionadas com os valores naturais e culturais e com o ordenamento do território, os Objectivos do PERH não apresentam relação com os Objectivos da AAE. Tal prende-se com a natureza do Plano, não tanto espacializado e relacionado com o território. Com efeito, sendo o PERH eminentemente estratégico e definidor de orientações, não é imediato determinar uma relação directa do Plano com estes valores. Salienta-se, contudo, que a generalidade das acções previstas no PERH no sentido de reduzir as quantidades de resíduos hospitalares produzidos, diminuir a sua perigosidade e aumentar as taxas de reciclagem se irão, traduzir, indirectamente, em efeitos positivos, difusos e difíceis de localizar, sobre a biodiversidade e valores naturais.

o Relativamente às questões incluídas no Factor Crítico “Qualidade do Ambiente”, o PERH assegura, genericamente, a compatibilidade, nomeadamente nos objectivos que pressupõem a melhoria do controlo sobre os processos e a protecção da qualidade ambiental

A Avaliação dos Efeitos do PERH

No que respeita à avaliação dos efeitos do PERH, salienta-se que embora tenham sido considerados cenários no PERH relacionados, por um lado, com a evolução da produção de resíduos hospitalares e, por outro, com as operações de tratamento/eliminação dos resíduos hospitalares, esses cenários não se materializaram em alternativas

propriamente ditas, razão pela qual a presente AAE não integra uma avaliação comparativa de alternativas.

A avaliação dos efeitos ambientais do PERH foi efectuada em várias etapas, numa sucessão de interacções entre a equipa do Plano e a equipa da AAE, tendo por base as várias versões preliminares do PERH, que foram sendo elaboradas e revistas. Na sequência desse processo iterativo, foram identificados alguns aspectos de natureza ambiental, directa ou indirectamente relacionados com o Plano, que foram, desde logo, introduzidos no próprio Plano, visando a sustentabilidade ambiental do mesmo.

De uma forma geral a concretização do PERH terá efeitos genericamente positivos sobre a generalidade dos Objectivos da AAE, traduzindo-se em efeitos positivos e relevantes em alguns casos, sobre o ambiente e populações. Os efeitos potencialmente negativos estão relacionados com o funcionamento das unidades de gestão de resíduos e com o seu transporte, não decorrendo directamente da concretização das orientações estratégicas do Plano, mas sim do funcionamento do sistema. O PERH apresenta uma série de medidas e de acções que contribuirão para a minimização dos impactes da gestão de resíduos sobre o ambiente e populações. Na análise efectuada foram identificadas medidas e

(14)

Página 12

recomendações destinadas a amplificar estes efeitos positivos decorrentes do PERH e/ou a minimizar efeitos para os quais o PERH não previa medidas.

Algumas das recomendações que foram propostas pela equipa da AAE e que foram

integradas no próprio Plano incluem a introdução no PERH de novas acções e/ou

modificação de acções existentes:

o Acção AII.2.3 – “Promover a aplicação das Melhores Técnicas Disponíveis (MTD) na gestão dos resíduos hospitalares” que foi

inserida no Objectivo II.2 – “ Incentivar a investigação e a inovação em matéria de resíduos hospitalares”.

o Acção – AIV.1.7 – “Integrar proposta de harmonização de

classificação de resíduos hospitalares a nível comunitário no âmbito da revisão da LER”, que foi inserida no Objectivo IV.1 – “ Melhorar a

gestão e logística dos resíduos hospitalares nos locais de produção”. o Modificação da Acção AIV.4.3, cujo conteúdo passou a ser o seguinte

“Elaborar normas técnicas para os processos e emissões das operações de tratamento de resíduos hospitalares não regulados por legislação específica” que foi inserida no Objectivo IV.4 – “Garantir uma

melhor regulação dos resíduos hospitalares”.

Da avaliação dos efeitos ambientais do PERH (que incluiu a identificação das propostas, medidas, ou acções relacionadas com cada Objectivo do PERH que apresentam efeitos sobre determinado Objectivo da AAE) realçam-se os seguintes aspectos principais:

o O PERH contribui de forma positiva para o cumprimento da maior parte dos Objectivos estipulados para a AAE. Não foram registados efeitos negativos decorrentes da concretização dos objectivos/acções preconizadas no PERH sobre os Objectivos da AAE.

o As questões de cariz mais ambiental são abordadas no PERH de forma indirecta, relacionadas com a necessidade de monitorização e controlo das emissões para o ambiente das unidades de tratamento de resíduos hospitalares e de controlo das emissões provenientes do transporte de resíduos hospitalares. Foram identificados alguns aspectos ambientais sobre as quais o PERH pode exercer efeitos e que não se encontravam claramente expressas no Plano, como é o caso da das emissões de gases com efeito de estufa, tendo sido apontadas recomendações.

o Os potenciais efeitos do Plano sobre os valores naturais e culturais e a sua potencial interferência com orientações de ordenamento do território decorrem, essencialmente, da localização de infra-estruturas, com representação física no território. Sendo o PERH eminentemente estratégico não foram identificadas estas preocupações no Plano. Contudo, pela importância que a sustentabilidade territorial e a preservação dos valores naturais e culturais assumem, considerou-se relevante a inclusão de orientações genéricas a serem aplicadas à localização de eventuais novas instalações.

(15)

Página 13

A Implementação e Monitorização

Medidas e Recomendações

Da avaliação dos efeitos ambientais do PERH resultou a proposta de um conjunto de medidas e/ou recomendações que se sistematizam no quadro seguinte.

EIXO DO PERH COM QUE A MEDIDA SE ENCONTRA RELACIONADA

MEDIDAS E RECOMENDAÇÕES

EIXO I – PREVENÇÃO

- Assegurar a promoção de estudos/acções de substituições de substâncias

perigosas presentes nos materiais e produtos por outras menos perigosas,

para amplificar o efeito positivo das acções consideradas no PERH a este respeito. - A metodologia para avaliação dos riscos e perigos para o ambiente e saúde humana (proposta na Acção AI.3.2 do PERH) deverá incluir a monitorização da

qualidade das águas residuais produzidas nas unidades de tratamento de resíduos hospitalares.

EIXO IV –

OPERACIONALIZAÇÃO DA GESTÃO

- Na fixação de metas para a reciclagem, reutilização e outras formas de valorização dos resíduos hospitalares o PERH deverá ter em consideração as metas

existentes a nível nacional potencialmente aplicáveis aos resíduos do Grupo I e II (equiparáveis a resíduos urbanos), nomeadamente no que se refere às metas

estabelecidas no cenário PUR (que o Plano adopta) relativas ao aumento das taxas de reciclagem (recolha selectiva multimaterial e recolha de matéria orgânica). - Assegurar medidas de promoção e incentivo à deposição selectiva dos

resíduos hospitalares nas UPCS, de forma a facilitar e incentivar a reciclagem e

valorização dos mesmos.

- Fornecer as orientações necessárias para que os Planos de Gestão, a serem elaborados e implementados pelas UPCS, prevejam metas de triagem das

fracções de resíduos valorizáveis. Deverá, ainda, ser considerada nesses planos

a melhoria contínua das metas estabelecidas.

- Promover a adopção do princípio da proximidade, ou seja potenciar que futuras instalações de tratamento e/ou armazenagem de resíduos hospitalares tenham em devida consideração o princípio da proximidade relativamente aos locais de produção de resíduos hospitalares, de forma a minimizar as distâncias de transporte de resíduos, tendo presente que o principal objectivo das UPCS é a prestação de cuidados saúde.

- Assegurar a promoção da redução da emissão de gases com efeito de estufa. - Promover a minimização dos impactes ambientais dos transporte nomeadamente:

promoção da utilização de combustíveis alternativos.

promoção da optimização de rotas.

implementação de sistemas de contabilização das distâncias percorridas e

contabilização de combustível gasto para cálculo das emissões de gases

com efeito de estufa.

- Assegurar a promoção do bom desempenho ambiental das unidades de

tratamento de resíduos hospitalares.

- Assegurar que a revisão do quadro legal em matéria de resíduos hospitalares toma em consideração as orientações definidas a nível nacional e internacional sobre a matéria e que, entre outras:

clarifica as competências em matéria de gestão de resíduos hospitalares.

promove a actualização da classificação dos resíduos hospitalares.

 faz referência aos resíduos radioactivos produzidos nas UPCS na classificação que vier a ser adoptada.

(16)

Página 14

EIXO DO PERH COM QUE A MEDIDA SE ENCONTRA RELACIONADA MEDIDAS E RECOMENDAÇÕES EIXO V – ACOMPANHAMENTO E CONTROLO

- A avaliação e monitorização da eficácia e qualidade dos processos de

tratamento dos resíduos hospitalares (prevista na Acção AV.1.5 do PERH) deverá

incluir a avaliação e monitorização das emissões para o ambiente provenientes desses processos de tratamento.

- Promoção da necessidade de realização de auditorias em instalações de

tratamento de resíduos hospitalares.

EIXO I E EIXO IV

- De forma a garantir a protecção da biodiversidade, paisagem e património, o PERH deverá assegurar que a eventual instalação de novas unidades de tratamento de resíduos:

 não ocorra em zonas de elevada importância ecológica nem afectem locais inseridos na Rede Natura 2000.

 não afecte zonas de interesse paisagístico.

 não interfira com valores patrimoniais de interesse, classificados ou não.

 Caso a eventual instalação de novas unidades de tratamento de resíduos venha a interferir com áreas protegidas, deverá ser cumprido o que a este respeito se encontrar definido em enquadramento legal específico.

- De forma a garantir a compatibilização com as orientações de ordenamento

do território, o PERH deverá assegurar que a eventual instalação de novas

unidades de tratamento de resíduos:

 Minimize interferências com os instrumentos de gestão territorial em vigor nos diferentes níveis territoriais.

 Minimize a afectação de zonas de elevada concentração populacional

Seguimento e Monitorização

O PERH terá dois momentos de avaliação ou monitorização do estado de implementação das metas, objectivos e acções preconizadas, de forma a avaliar o seu grau de concretização e a sua adequação ao contexto vigente: i) uma avaliação intercalar no ano de 2013; e ii) uma avaliação final em 2016, no final do período de vigência do Plano, além de uma análise anual dos resultados.

O PERH preconiza, ainda, a constituição de uma Equipa Técnica de Acompanhamento

do PERH, constituída por representantes da APA, DGS e DGV, cuja principal missão será

assegurar a adequada implementação e monitorização do Plano. Refere-se, ainda, a

Comissão de Acompanhamento da Gestão de Resíduos (CAGER) que acompanhará a

execução do PERH e deliberará sobre a eventual necessidade de criação de uma Comissão de Acompanhamento Específica.

Do ponto de vista da Avaliação Ambiental Estratégica considera-se a relevância de considerar as questões mais relacionadas com os efeitos ambientais do PERH no

Programa de Monitorização do PERH, que permita, além da avaliação e acompanhamento da implementação e desempenho do PERH propriamente dito:

o Perceber de que forma é que foram integradas as questões ambientais identificadas neste documento nas acções do PERH.

(17)

Página 15

o Avaliar a melhoria do desempenho ambiental das infra-estruturas de produção e tratamento de resíduos hospitalares.

o Avaliar se a instalação de novas unidades de tratamento de resíduos permitem suprir as necessidades identificadas em termos regionais, se respeitam os valores naturais, culturais, paisagísticos e patrimoniais e as orientações em termos de ordenamento do território.

o Avaliar a minimização dos impactes associados ao transporte de resíduos. o Avaliar a participação pública neste processo.

o Avaliar a intensidade e forma de cooperação entre os chamados intervenientes internos e intervenientes externos, já que só dessa forma será possível garantir o sucesso das estratégias.

o Identificar de forma atempada a necessidade de inflectir alguma orientação estratégica ou medida estabelecida devido a efeitos inesperados, que podem incluir novas oportunidades de melhoria do desempenho, novas tendências no sector/inovação e novas tecnologias, etc.

Indicam-se seguidamente um conjunto de potenciais indicadores para seguimento e monitorização dos efeitos ambientais do PERH:

Potenciais indicadores

Objectivos da AAE Potenciais Indicadores Métrica Tendência

OAAE 1 – Reduzir a produção de resíduos hospitalares

Evolução da produção de resíduos hospitalares

Quantidade de resíduos hospitalares produzidos per capita

OAAE 2 – Aumentar a quantidade de resíduos encaminhados para reciclagem e outras formas de valorização dos resíduos hospitalares

Evolução da taxa de reciclagem de resíduos hospitalares por fileira de materiais

Quantidade de resíduos hospitalares reciclados por fileira de material/ quantidade total de resíduos hospitalares produzidos por cada fileira de materiais

Evolução da recolha selectiva dos resíduos hospitalares

Quantidade de resíduos hospitalares recolhidos selectivamente / quantidade total de resíduos hospitalares produzidos

OAA 3 – Reduzir a perigosidade dos resíduos hospitalares

Evolução da perigosidade dos resíduos hospitalares

Quantidade de resíduos hospitalares perigosos produzidos/quantidade total de resíduos hospitalares produzidos Substituição de produtos que

resultem em resíduos hospitalares perigosos por outros com menor perigosidade

N.º de produtos substituídos com sucesso OAA 5 – Promover a auto-suficiência (devendo os resíduos serem tratados preferencialmente em território nacional) e o princípio da proximidade

Evolução dos níveis de auto-suficiência no tratamento dos resíduos hospitalares

Quantidade de resíduos hospitalares sujeitos a movimento transfronteiriço/ quantidade total de resíduos hospitalares produzidos OAAE 8 – Promover a cidadania e o princípio da responsabilidade do cidadão no processo de gestão de resíduos hospitalares Evolução do n.º de acções de divulgação e sensibilização em matéria de gestão de resíduos hospitalares

N.º de acções de divulgação e sensibilização em matéria de gestão de resíduos hospitalares

(18)

Página 16

Objectivos da AAE Potenciais Indicadores Métrica Tendência

OAAE 9 – Proteger a biodiversidade, paisagem e património Afectação da biodiversidade e da funcionalidade da Rede Fundamental de Conservação da Natureza (para novas instalações)

- Área de intervenção dentro de cada área classificada;

- Área de intervenção dentre de cada área sensível do ponto de vista da biodiversidade.

OAAE 10 – Proteger a

degradação da qualidade ambiental (qualidade do ar e da água, solo e ruído)

OAAE 12 – Promover a redução das emissões de gases com efeito de estufa

OAAE 13 – Minimizar os

impactes associados ao transporte de resíduos hospitalares

Evolução das emissões de gases com efeito de estufa resultantes do transporte de resíduos hospitalares (contabilização de distâncias percorridas)

Estimativa das emissões de gases com efeito de estufa

Evolução da substituição de combustível normal por combustíveis alternativos nas frotas de transporte de resíduos hospitalares

Quantidade de combustíveis alternativos consumidos/ quantidade total de combustíveis consumidos

OAAE 14 – Assegurar o bom desempenho ambiental das instalações de tratamento de resíduos hospitalares

Evolução do número de UPCS e de instalações de tratamento de resíduos aderentes a sistemas de gestão ambiental

N.º de UCPS (e de instalações de tratamento de resíduos hospitalares) aderentes a sistemas de gestão ambiental/N.º total de UCPS (e de instalações de tratamento de resíduos hospitalares)

Evolução do número de auditorias internas e externas realizadas nas UPCS e nas instalações de tratamento de resíduos

N.º de auditorias realizadas nas UCPS e nas instalações de tratamento de resíduos hospitalares /N.º total de UCPS e de instalações de tratamento de resíduos hospitalares

OAAE 16 – Promover o

conhecimento, a formação e a inovação/investigação na gestão dos resíduos hospitalares

Evolução do n.º de acções de formação e qualificação profissional em matéria de gestão de resíduos hospitalares

N.º de acções de formação e qualificação profissional em matéria de gestão de resíduos hospitalares

OAAE 17 – Potenciar o uso das Melhores Técnicas Disponíveis (MTD) no tratamento dos resíduos hospitalares

Evolução da aplicação de Melhores Técnicas Disponíveis (MTD) na gestão dos resíduos hospitalares

Evolução do n.º de processos de licenciamento e/ou de alterações de instalações existentes com aplicação de MTD OAAE 19 – Promover mecanismos adequados de controlo e fiscalização da gestão dos resíduos hospitalares

Evolução do cumprimento das normas ambientais em vigor

N.º de contra-ordenações em matéria de gestão dos resíduos hospitalares /n.º total de inspecções

Referências

Documentos relacionados

No entanto, maiores lucros com publicidade e um crescimento no uso da plataforma em smartphones e tablets não serão suficientes para o mercado se a maior rede social do mundo

Para além deste componente mais prático, a formação académica do 6º ano do MIM incluiu ainda disciplinas de cariz teórico, nomeadamente, a Unidade Curricular de

Com a mudança de gestão da SRE Ubá em 2015, o presidente do CME de 2012 e também Analista Educacional foi nomeado Diretor Educacional da SRE Ubá e o projeto começou a ganhar

Therefore, the time required for desorption (~ 120 min or more) was always one order of magnitude higher than the time required for complete sorption (~ 30 min). In the

Esse afunilamento da verdade no transcurso da existência é um ponto que aproxima ainda mais o pensamento dos dois autores em destaque, a subjetividade humana em Kierkegaard

​ — these walls are solidly put together”; and here, through the mere frenzy of bravado, I rapped heavily with a cane which I held in my hand, upon that very portion of

Este ap´ os fazer a consulta ` a base de dados e carregar toda a informa¸ c˜ ao necess´ aria para o preenchimento da tabela envia-a para o Portal de Gest˜ ao onde a interface

Purpose: This thesis aims to describe dietary salt intake and to examine potential factors that could help to reduce salt intake. Thus aims to contribute to