Universidade de Brasília (UnB)
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FACE) Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais (CCA)
Bacharelado em Ciências Contábeis
Ricardo de Albuquerque Ferreira
NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE PARA MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE
Brasília, DF 2013
2
Professor Doutor José Geraldo de Sousa Júnior Reitor da Universidade de Brasília Professora Doutor José Américo Soares Garcia
Decano de Ensino de Graduação Professor Doutor Isaac Roitman Decano de Pesquisa e Pós-graduação Professor Doutor Tomás de Aquino Guimarães
Diretor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade Professor Mestre Wagner Rodrigues dos Santos
Chefe do Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais Professor Doutor Ivan Ricardo Gartner
Coordenador Geral do Programa Multiinstitucional e Inter-regional de Pós-graduação em Ciências Contábeis da UnB, UFPB e UFRN
Professora Mestre Rosane Maria Pio da Silva
Coordenadora de Graduação do curso de Ciências Contábeis - diurno Professor Doutor Bruno Vinícius Ramos Fernandes
Ricardo de Albuquerque Ferreira
NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE PARA MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE
Trabalho de Conclusão de Curso (Artigo) apresentado ao Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de Brasília como requisito à conclusão da disciplina Pesquisa em Ciências Contábeis e obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis.
Orientador:
Prof. Mestre Alex Laquis Resende
Linha de pesquisa :
Impactos da Contabilidade na Sociedade
Área:
Contabilidade Internacional
Brasília, DF 2013
4
FERREIRA, Ricardo de Albuquerque
Normas Internacionais de Contabilidade para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte / Ricardo de Albuquerque Ferreira -- Brasília, 2013 22p.
Orientador: Prof. Me Alex Laquis Resende
Trabalho de Conclusão de Curso (Artigo - Graduação) – Universidade de Brasília, 2º Semestre letivo de 2012.
Bibliografia.
1. ITG 1000 2. Normas Internacionais 3. Microempresa 4. Empresa de Pequeno Porte I. Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de Brasília. II. Título.
Ricardo de Albuquerque Ferreira
NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE PARA MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE
Trabalho de Conclusão de Curso (Artigo) defendido e aprovado no Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de Brasília como requisito à conclusão da disciplina Pesquisa em Ciências Contábeis e obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis, avaliado pela seguinte comissão examinadora:
Prof. Mestre Alex Laquis Resende Orientador
Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais Universidade Brasília (UnB)
Prof. Mestre Eurípedes Rosa do Nascimento Junior Examinador
6
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por ter me possibilitado chegar até aqui.
Aos meu pais que sempre me apoiaram e me ajudaram a realizar meu sonhos e alcançar os meus objetivos. Pessoas que muitas vezes fizeram o impossível para me fornecer as melhores oportunidades. Agradeço também pela educação que me deram e por me tornarem o homem que sou.
Ao meu irmão que sempre foi meu guardião, meu protetor, por estar sempre do meu lado para tudo que fosse preciso, zelando por mim para que nada de mal me acontecesse. Foi com ele que aprendi muitas coisas, sempre seguindo seu passos. Agradeço também por ter me apresentado a contabilidade.
À minha noiva, uma pessoa maravilhosa e especial com quem daqui a poucos meses vou constituir minha família, por sempre me apoiar e acreditar em mim, nunca me deixar desistir, pelo companheirismo e por me fazer mais feliz a cada dia.
A meus amigos do curso. Rodrigo, André, Mac, Carlos, Etivaldo, Fábio, Guilherme, Wander, Erica, Yalla, por tornarem esse 5 anos de graduação uma fase inesquecível.
Aos meus avós que são motivo de muito orgulho para mim, e mesmo de forma indireta e sem saber estavam tornando minha caminhada mais agradável.
Ao meu sogro que entrou na minha vida no fim do curso, mas que abriu muitas portas para o meu desenvolvimento profissional, e que colocou no mundo a mulher da minha vida.
Ao meu orientador, professor Alex, pelos esinamentos e auxilios para conclusão do presente trabalho, e por ter no primeiro semestre dessa longa caminhada me motivado a escolher a contabilidade como profissão.
8
“Tudo que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado.”
Roberto Shinyashiki NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE PARA MICROEMPRESAS E
EMPRESAS DE PEQUENO PORTE
RESUMO
A partir de 2008, com a promulgação da Lei 11.638/07, o Brasil passou a adotar as Normas Internacionais de Contabilidade. Com a convergência das normas brasileiras de contabilidade com as normas internacionais, surgiu a necessidade de uma lei que normatizasse os procedimentos contábeis para as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, foi criado então a ITG 1000 que normatiza a escrituração contabil dessas empresas. O objetivo geral desse artigo é verificar quais foram as alterações trazidas pela ITG 1000, e qual a percepção dos profissionais contábeis sobre os beneficios dessas alterações para a contabilidade gerencial. A pesquisa foi realizada por meio de questionário que foi aplicado a profissionais de contabilidade. Esta pesquisa mostra que os entrevistados possuem algum conhecimento da norma, e que não possuem uma posição definida sobre os benefícios causados pelas alterações na norma. Entretanto os profissionais contábeis concordam que é necessária a adoção de procedimentos adequados ao perfil das microempresas e empresas de pequeno porte.
Palavras-chaves: ITG 1000, normas internacionais, microempresa, empresa de pequeno porte.
1 INTRODUÇÃO
Diante das grandes mudanças ocorridas no cenário econômico mundial, a contabilidade no Brasil mudou, a economia globalizada e o aumento nos investimentos estrangeiros, criou a necessidade de adequar as normas contábeis brasileiras às Normas Internacionais de Contabilidadcde, ou as IFRS.
Niyama (2009) afirma que a Contabilidade é considerada a linguagem dos negócios e, diante dos mercados globalizados, sua importância ultrapassou as fronteiras domésticas, passando a servir de subsidio a tomada de decisão em nível internacional. Entretanto essa linguagem, é divergente entre os países, uma vez que cada país adota práticas contábeis próprias e diferentes entre si.
Com o processo de convergência das normas internacionais, buscou-se uma consonância que segundo Guimarães et al. (2011 apud Villella, 2007), pode ser entendida como o processo que visa à adoção de um acordo entre os padrões, mediante um conjunto de princípios, sem deixar de lado as particularidades de cada país.
Com a Lei 11.638/07 teve inicio o processo de convergência aos padrões internacionais de contabilidade no Brasil, esta Lei reconheceu o Comitê de Pronunciamentos Contábeis como órgão responsável pela emissão de pronunciamentos e normas contábeis que norteiam as práticas contábeis no Brasil.
O Comitê de Pronuciamentos Contábeis foi criado pela Resolução CFC n° 1.055/05 com o objetivo de estudar, preparar e emitir Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos
10
contábeis e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais.
Os pronunciamentos não se limitaram as grandes empresas, uma vez que no Brasil a maioria das empresas são de médio ou pequeno porte, Baseado no The International Financial Reporting Standard for Small and Medium-sized Entities (IFRS for SMEs), o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) divulgou em dezembro de 2009, o Pronunciamento Técnico para Pequenas e Médias Empresas (PMEs), que trata da adoção das normas internacionais de contabilidade às empresas de pequeno e médio porte, a NBC TG 1000.
Com as significativas mudanças trazidas pela NBC TG 1000, a prática contábil teve que se adaptar as mudanças e adotar uma linguagem mundial, porém sua aplicabilidade nas microempresas e empresas de pequeno porte ficou prejudicada uma vez que várias seções da norma estabelecem transações incomuns nas empresas dos referidos portes. Baseado nessa fragilidade, foi aprovada pela Resolução CFC n° 1.418/2012 a ITG 1000, com o objetivo de propiciar um tratamento diferenciado para as microempresas e empresas de pequeno porte, visando a simplificação da escrituração e da geração de demonstrações contábeis, levando em consideração a realidade quanto ao porte, volume de negócios e de transações realizadas por esse conjunto de entidades.
Considerando que a referida norma não obriga as microempresa e empresas de pequeno porte a adotar seus requisitos, podendo continuar a adotar os requisitos da NBC TG 1000, o estudo traz a seguinte questão: qual a percepção dos profissionais de contabilidade sobre os benefícios para a gestão de microempresas e empresas de pequeno porte com as mudanças nas Normas Brasileiras de Contabilidade?
Para tratar essas questões, tem-se como objetivo geral verificar quais foram as alterações trazidas pela ITG 1000, e quais os beneficios dessas alterações para a contabilidade gerencial.
A escolha do referido tema se deu pela sua importância para os profissionais da área, por se tratar de um assunto contemporâneo e pela relevância dessa categoria de empresas na economia nacional.
Além desta introdução o presente trabalho possui mais quatro seções. Na segunda seção é apresentada a evolução da convergência das normas contábeis brasileiras ao padrão internacional, histórico recente da normatização aplicada as microempresas e empresas de pequeno porte, caracterização das microempresas e empresas de pequeno porte. A terceira seção descreve o proceder metodológico; a quarta expõe a análise e discussão dos dados. Encerrando o trabalho, a quinta seção traz as conclusões e considerações finais, além de propor sugestões para o desenvolvimento de novas pesquisas.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei Complementar n° 123, de 14 de dezembro de 2006. Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm>. Acesso em 14 fev. 2013.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução nº 1.055, de 24 de maio de 2005. Cria o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), e dá outras providências. Disponível em: <
FÓRUM PERMANENTE DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE. Desenvolvimento Tecnológico e Inovação nas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte: Fatores de Influência. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1202923119.pdf> Acesso em: 14 fev. 2013.
GUIMARÃES, L. M. et al.O profissional contábil diante da convergência das normas contábeis: análise da preparação desse profissional nos processos organizacionais. In: VIII SEGET – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, 2011, Resende-RJ. Anais... Resende-RJ: 19 a 22 de outubro de 2011. Disponível em: http://www.aedb.br/seget/artigos11/34414349.pdf. Acesso em: 14 fev. 2013. JINZENJI, N. M. Lei nº 11.638/07, a nova lei contábil. Revista Brasileira de Contabilidade, Brasília, n. 169, p. 7-9, janeiro/fevereiro 2008.
NIYAMA, J. K. Contabilidade Internacional. 1. ed. 7. reimpr. São Paulo: Atlas, 2009.
SILVA, E.P. O impacto da adoção das normas contábeis internacionais no ensino superior de Contabilidade, segundo a percepção dos docentes. 2009. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós- Graduação em Ciências Contábeis, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
APÊNDICE(S) APÊNDICE 1 – Questionário de Pesquisa
Questionário de Pesquisa Caro Participante,
O presente questionário tem o objetivo de avaliar a opnião dos contabilistas quanto as mudanças propostas pela Interpretação Técnica Geral (ITG) 1000 – Modelo Contábil para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte.
Destina-se somente aos profissionais de Contabilidade e está sob responsabilidade de Ricardo de Albuquerque Ferreira, aluno do curso de Ciências Contábeis da Universidade de Brasília, e seu orientador, Prof. Alex Laquis Resende. A presente coleta de dados destina-se a dar subsídios para, a partir dos dados coletados, o aluno elaborar seu Trabalho de Conclusão de Curso.
IMPORTANTE:
Os dados obtidos por meio deste questionário serão sigilosos e confidenciais, uma vez que terão tratamento estatístico e, em hipótese alguma, os respondentes e as informações serão identificados.
O tempo de resposta do questionário é de aproximadamente de 10 minutos e agradecemos antecipadamente o tempo despendido.
A pesquisa tem por objetivo compor o trabalho de conclusão de curso do aluno e no momento em que responder as perguntas estará autorizando o uso das mesmas.
Caso você responda, estará autorizando o uso das respostas; caso não seja de seu interesse participar da pesquisa basta ignorar a solicitação e devolver o formulário sem nenhum preenchimento.
Agradecemos desde já a sua participação
O trabalho tem previsão de conclusão em fevereiro e caso queira receber informações da pesquisa deixar o e-mail abaixo:
12 E-Mail: ______________________________________________________________________ QUESTÕES Perfil do Respondente 1. Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino 2. Faixa de idade: ( ) Inferior a 25 anos ( ) Entre 26 e 30 anos ( ) Entre 31 e 35 anos ( ) Entre 36 e 40 anos ( ) Superior a 40 anos 3. Função do Entrevistado: ( ) Propietário ( ) Sócio ( ) Gerente ( ) Coordenador/Supervisor ( ) Outra:_______________ 4. Escolaridade do Entrevistado: ( ) Técnico em Contabilidade ( ) Graduado ( ) Pós – Graduado ( ) Mestre ( ) Doutor
5. Tempo que Trabalha na Área: ( ) Menos de 1 ano ( ) Entre 1 e 5 anos ( ) Entre 5 e 10 anos ( ) Entre 10 e 15 anos ( ) Entre 15 e 20 anos ( ) Mais de 20 anos
6. Quando fez o último curso de atualização na área: ( ) Menos de 1 mês
( ) Entre 1 e 3 meses ( ) Entre 3 e 6 meses ( ) Entre 6 e 12 meses ( ) Mais de 1 ano
Perfil da Empresa
7. Tempo de Existência da Empresa: ( ) Menos de 1 ano ( ) Entre 1 e 5 anos ( ) Entre 5 e 10 anos ( ) Entre 10 e 15 anos ( ) Entre 15 e 20 anos ( ) Mais de 20 anos
8. Numero de funcionários da empresa: ( ) Menos de 5 funcionários
( ) De 5 a 10 funcionários ( ) De 11 a 15 funcionários ( ) De 16 a 20 funcionários ( ) Mais de 20 funcionários
9. Quantidade de empresas no portifólio de clientes: ( ) Até 10 empresas ( ) De 11 a 15 empresas ( ) De 16 a 20 empresas ( ) De 21 a 25 empresas ( ) De 26 a 30 empresas ( ) Mais de 30 empresas
10. Quantidade de empresas no portifólio de clientes: ( ) Até 10 empresas ( ) De 11 a 15 empresas ( ) De 16 a 20 empresas ( ) De 21 a 25 empresas ( ) De 26 a 30 empresas ( ) Mais de 30 empresas
Cada uma das sentenças a seguir apresenta 6 (seis) itens de 0 a 5, considerando 0 como discordância total e 5 como concordância total. Assinale as sentenças marcando o item que melhor expresse sua atitude acerca da afirmativa.
Percebo que... 0 1 2 3 4 5
É dever do profissional contábil estar atualizado com as legislações
vigentes. ○ ○ ○ ○ ○ ○
A empresa fornece oportunidade para os funcionários participarem
de cursos de capacitação e atualização. ○ ○ ○ ○ ○ ○
È indispensável ao profissional que realiza escrituração contábil
participar de cursos de atualização e capacitação regularmente. ○ ○ ○ ○ ○ ○ O CRC-DF promove cursos de atualização e capacitação
14
O SESCON - DF promove cursos de atualização e capacitação
regularmente. ○ ○ ○ ○ ○ ○
O cliente é o principal foco dos serviços contábeis prestados. ○ ○ ○ ○ ○ ○ Além da escrituração contabil o contabilista deve prestar outros
serviços para seus clientes. ○ ○ ○ ○ ○ ○
A convergência das normas brasileiras com as normas internacionais trouxe mais confiança e transparência às demonstrações contábeis.
○ ○ ○ ○ ○ ○ A ITG 1000 contribuiu para a melhoria da qualidade da informação
contábil. ○ ○ ○ ○ ○ ○
A ITG 1000 tornou a escrituração contábil adequada as
microempresas e empresas de pequeno porte. ○ ○ ○ ○ ○ ○ As MEs e as EPPs devem adotar normas adaptadas às suas
necessidades. ○ ○ ○ ○ ○ ○
Para as MEs e as EPPs, o importante é produzir demonstrações apenas para o uso de seus proprietários ou administradores e autoridades fiscais ou governamentais.
○ ○ ○ ○ ○ ○ A distinção de responsabilidade obtida com a Carta de
Responsabilidade salvaguarda o contador. ○ ○ ○ ○ ○ ○
Me sinto preparado para aplicar as mudanças ocorridas com a
adoção da ITG 1000. ○ ○ ○ ○ ○ ○
A ITG 1000 ja está sendo aplicada na escrituração contábil dos