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Rev. adm. empres. vol.30 número4

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Academic year: 2018

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NOTAS E COMENTÁRIOS

-NOTAS SOBRE A AVALlAÇAO

QUANTITATIVA DO CUSTO E RESULTADO

DO TREINAMENTO DE GERENTES PELO

,

METODO WICKS-YEWDALL

• Prof. Kurt Ernst Weil

Professor e Chefe do Departamento de Administração da Produção, Logística e Operações Industriais da EAESP/FGV.

*

RESUMO: A questão da avaliação de treinamento foi objeto de uma colaboração de fôlego em recente edição es-pecial da RAP. Faltando um método quantitativo, apre-sentamos aqui, de modo sumário, a metodologia de

Wicks-Yetodali', que nos parece apropriada a tal finalidade e oti-mizante para grandes empresas. Fazemos também nossas próprias observações sobre o problema da avaliação, além de trazermos a opinião de alguns administradores a esse respeito.

*

PALAVRAS-CHAVE: Avaliação de treinamento, efi-cácia, custos.

*

ABSTRACT: Training-evaluation has been examined in depth in a recent special issue of RAP. Upon feeling that a quantitative evaluation method was missing the au-thor describes the Wicks-Yeudall' method which optimizes training expenditure for large enterprises. Otherwise there are personal opinions and some ideas of managers about the evaluation of training.

*

KEY WORDS: Training-evaluation, efticiency, costs. 1. CAVALCANTI, B. S.. "Avaliação de treinamento". Revista de Admi-nistração de Empresas, 30(1 ):17-25,jan/mar.1990.

(2)

NOTAS SOBRE A AVALIAÇÃO QUANTITATIVA RAE

Q

uando pela primeira vez deparei com o problema de justificar o custo de um treinamento para um dire-tor, comecei com uma divisão do treinamento em 1º)

treinamento técnico e 2º) treinamento de atitudes, facili-tando, assim, o enquadramento diferenciado.

Quanto mais elevada é a posição do treinamento no or-ganograma da empresa, tanto maior é a participação do treinamento de atitudes, comparado ao puramente técnico. Exemplificando: no treinamento na técnica de orçamento zero, controle estatístico do processo, análise não destrutiva de metais e outros, fica claro o que se aprende ou não - o critério de avaliação é o próprio conhecimento adquirido.

Quanto mais elevado for o nível, mais difícil fica a verifi-cação dos resultados, tomando-se útil o critério adotado por um diretor e presidente da FIESP na década de 1930:

"caso otreinamento, qualquer que seja, ou a assinatura de uma revista ou a compra de um livro ou uma visita a outra cidade, dê

uma só idéia nova, que possa pagar ocusto, otreinamento terá

valido a pena". E isso é o único método válido. . A inovação tecnológica na empresa desse diretor foi constante. A quantificação das idéias aproveitadas é difí-cil, mas não impossível. No caso de economia de matéria-prima, melhoria de qualidade ou produtividade, é até fá-cil de ser feita. Entretanto, a avaliação técnica só é possível em caso de treinamento de procedimento. Este dura entre um dia e uma semana, costumeiramente.

O treinamento de atitudes de administração deve, na opinião dos professores da Harvard Business School, le-var no mínimo dois meses, sendo considerada ideal a du-ração de doze semanas em tempo integral. Nesse caso, a avaliação, além do método Wicks~Yewdall,que será apre-sentado a seguir, poderá ser feita por "polivalência", isto é, pelo número de cargos executivos que o treinado passa a ser capaz de preencher após o treinamento.

RESUMO DO MÉTODO WlCKS·YEWDALL POR MEIO DE GRÁFICOS

Nº de Gerentes

80 100 60 ·100 • 95 40 • 85 • 65 20 • 20 Qualidade dos

O 10 20 30 40 50 Gerentes

Figura 1:

Efeito na produçio do aumento do número de gerentes mantendo seu treinamento constante

Figura 2:

Efeito na produçio do Nº de Gerentes aumento de treinamento

mantendo constante o

100 número de gerentes

80

60

20 65 85 95 100

40

20

Dias de

(3)

RAE NOTAS SOBRE A AVALIAÇÃO QUANTITATIVA

Dias de -O +---+10---1

20----31-0 ---4+-0---5+0- Treinamento

Nº de Gerentes

100

·20

80

60

40

20

·100

·95

·85

·65

Figura 4: Potencial depreduçãn por meio de curvas de produção igual com inputdiferente de gerentes e treinamento

Figura 3:

Efeito naproduçãn do aumento do número de gerentes e do seu treinamento simultaneamente

mas

tr-

f'

Treinam.ento Ger n es

e

t .. .Produçãp

15 25 20

25 40 65

30 55 85

35 65 95

38 75 100

Nº da Garantas

100

100

80

60

65

40

Dias de Treinamento 85

40

85

20

(4)

NOTAS SOBRE A AVAUAÇÃO QUANTITATIVA RAE

Dias/Gerente

100

20 30 50

Dias de Treinamento

80

60

40

20

10 40

o

Figura 6: Linhas correspondentes a diferentes orçamentos de combinação de dias/gerente e dias/tre inamento

Figura 5:

Gráfico para um orçamento de

E400,00 com combinação

apro-priada de dias de treinamento e dias-gerente

Ex.: 20ger -30d

=

E100,00 +

E300,00 =E400,00

10ger -35 d

=

E400,00

Custo E5,00 dia.-gerente

Custo E10,00 dia-treinamento

Orçamento 1:400,00

(5)

RAE NOTAS SOBRE A AVAUAÇÃO QUANTITATIVA

Figura 7:

Custos mínimos para diferentes níveis de produç:io

Dias/Gerente

Figura 8:

Custos para diferentes níveis de

produç:io otimizado Fluxo de Caixa

500

400

300

200

100

Produç:io

(6)

NOTAS SOBRE A AVALIAÇÃO QUANTITATIVA RAE 500 400 300 200 100

o

40

7

Receita a E5,OO/unidade

/

/

20

Supondo-se agora que o preço de venda seja de f.5,00 por unidade e o custo seja o mostrado na figura 9, verifi-ca-se que a produção de 65 unidades traz a melhor dife-rença de receita-custo.

Note-se que um orçamento acima de f.200,00não tem o mesmo custo benefício que o escolhido. Como sempre, a di-ficuldade desse modelo está na medida de custo e resultado.

Uma simulação no computador pode melhorar eventu-almente o resultado. Também a curva muda, já que a pro-dução é inter-relacionada com outras atividades e com ou-tros produtos. Melhor então é considerar as curvas de oti-mização como sendo parte da subotioti-mização do treina-mento total na empresa.

Outro problema está na existência de treinamento si-multâneo para gerentes e mestres, o qual também é trata-do por Wicks e Yewdall no capítulo em questão, resultan-do em daresultan-dos não comparáveis.

Finalmente, há tabelas financeiras que permitem calcular: 1) o aumento anual de produtividade para justificar a despesa com o treinamento, para diversos níveis de juros, após descontar para valor presente;

2) o número de anos necessários para pagar pelo treina-mento - com juros fixos, através do incretreina-mento da produti-vidade, expresso pela receita (emf.)adicional de produção.

80

Produção 100

Figura 9:

Maximização a 65 de produçio E200,00 custo E325,00 receita

Podemos usar, ainda, outros métodos para medir a efi-cácia de um treinamento. São eles:

1Q) Índice de frustração -O treinamento fica frustrado porque o treinado não consegue praticar o que, a duras pe-nas, aprendeu. Quanto mais alto o índice de frustração, tanto mais rápida é a sua saída da empresa que o mandou para ser treinado. O índice de frustração é medido pela re-lação:

Índicede Frustração

=

Totalde idéias rejeitadas Totalde idéias apresentadas 2Q

) Polivalência -Após o treinamento, o treinado se

di-rige ou a seu superior ou a outra empresa para procurar outro campo: de produção vai para gerência de produto ou da contabilidade para aplicações financeiras.

3º)Liberação Total -Incentivado por palavras de ordem como "faça-o agora", "pense", "arrisque" etc... ele muda de emprego.

Referências

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