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Rev. adm. empres. vol.17 número2

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Academic year: 2018

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que enfatizam : relacionamento autoridade-obediência; respon-sabilidade delegada e d irigida (rigidamente aceita); rigorosa .di visão do trabalho e supervisão hierárquica ; tomada de decisão centralizada e, solução de con-flito mediante supressão, arbi-tragem e luta . Assim, a burocra-.cia, como conhecemos, será

substituída por uma estrutu ra definida como "orgânico-fle-xível", ou seja, sistemas flexí-veis e temporários que, envol-vendo diversos especialistas, se-jam ligados por peritos em coor-denação.

Até que ponto a 'estrutu·ra "orgân ico-flexível" assumirá o lugar da burocracia? Essa é uma impo rtante questão, pois sistemas tem porários coexistem com estruturas tipicamente bu-rocráticas e sobre bases burocrá-ticas. E sistemas mecân icos são prefe ridos sob certas condições do ambiente e da tarefa, como salienta , incl usive, a emergente teoria da conti ngênc ia. Mesmo sem considerar a asserti va webe-ri ana de q ue a burocrac ia está entre as estruturas socia is mais di fíceis de destru ir, o fa to é qu e a invalidez do model o burocrá-tico carece, ainda, de ser de-monstrada, e o descarte do mo-delo depende de uma alterna-tiva substituta, em um confron-to de eficiência, seja qual fo r a amplitude do significado dessa pala vra.

Li stando valores imp lícitos no termo democracia e aplicá-veis às organizações, Bennis pre-coniza a inevitabilidade desse sistema democrático, dada a sua capacidade de enfrentar com êxito as exigências da civiliza-ção contemporânea. Outros pontos abordados são o concei-to de saúde organizacional, a teoria da liderança e a fonte de poder e a personalidade (pressu-postos, papéis, suas interven-ções e seus objetivos) do agente de mudança.

Após a conceituação e posi-cionamento da técnica de

mu-Revista de Administraçaõ de Empresas

dança planejada num corpo teó-rico maior, o autor apresenta uma tipologia dos processos de muda nça e, através de um exa-me co mparativo com pesquisa operacional, procura aclarar a idéia sobre os problemas que in-teressa m a essas técnicas e sobre as condicionantes do sucesso de um programa de mudança. Re-conhece, contudo, que não há uma teori a de mudança social , pel o menos de acordo com re-quisi tos operacionais. No entan-to, a complexidade dos sistemas sociais esti m ula os cientistas do comportamento e lh es garante que, atuando sobre o planeja-mento e controle das mudanças, poderão induzir os sistemas

à

ma io r efic iência . O Marcos Anton io Frota

Uma era de descontin uidade: orientações para uma

sociedade em m udança

Por Peter F. Drucker. 3.ed. R i o de Janeiro, Zahar Editores, 1976 . 4 27 p.

Trata-se da tradução fei t a por J. R. Brandão Azevedo da 1.a edição do li vro, publicada em 1969 por Will ia m He inemann Lt d. de Lond res e por Hopper & Row (Pu bl ishers) Inc. de No-va York, cujo títu lo original é : The age of discontinuity: guide-lines to our changing society.

Escrito em esti lo de repo rta-gem em fa ce da abo rdarta-gem dada - superficial segundo o própri o auto r - é dividido em quatro partes principais, e pro-cura, em linhas gerais, diagnos-ticar e descrever o período de transição (descontinuidade) por que estamos passando, concen-trando suas atenções, orincipa l-rnente, em quatro níveis: novas tecnologias, mudanças estrutu-rais na economia mundial, es-trutura da sociedade e no co-nhecimento científico.

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claramente defi nida. Em vi rtude desta razão irei, simpl esmente, descrever algu ns tópicos, que considero mais relevantes, den- · tro de cada cap ítulo do livro.

Na primeira parte - As tec-nologias do conhecimento (p. 15-94), considerando que " .. . na área em que a maioria das pessoas pensa que se deram as maiores mudanças nos últi-mos 50 anos foi na verdade, um período de continuidade es-pantosa e inigualada: a econo-mia", o autor procura demons-trar que as indústrias modernas que mais contribuíram para o grande progresso econômico -a -agricultur-a, o -aço e -a indústri-a automobil fstica - estão basea-das em invenções ou descober-tas datadas de, aproximadamen-te, 50 anos, não sendo portanto tão "modernas" quanto se afir-ma. Também, não têm mais condições de permitir um cres-cimento satisfatório - tanto nos países desenvolvidos como nos em desenvolvimento ori -ginando-se então um período de transição ou descontinuidade previsto pelo autor. Para que a economia entre, novamente, numa época de crescimento prolongado (continuidade) o autor acredita que quatro indús-trias - a de informações, a de materiais sintéticos, as derivadas dos serviços necessários às me-galópoles e à exploração de oceanos - t erão papéis de base ou sustentação no processo, só que, será necessário um novo conhecimento científico e tec-nológico, uma nova mentali-dade empresarial e uma nova es-trutura organizacional para se adaptar a essas mudanças.

Na ウ・ァオョ、セ@ parte do li vro -Da economia internacional para a economia mundial (p. 95- 196) - com subtítulos "proféticos" como Torna ndo o pobre produ-tivo, O que não fu ncionará, etc., procura demonstrar que, na realidade, não existe mais uma economia nacional e sim uma econom ia mund ial. Segun- .

do o autor " .. . uma economia

é, antes de mais nada, determi-nada pela demanda. Hoje o mundo inteiro, qualquer que seja sua verdadeira co ndição econômica, tem uma lista de de-mandas comuns, um conjunto comum de valores e preferên-cias" (p. 98), o que determina o caráter mundial da economia atual. Para esta nova economia, cuja empresa mul t inacional é a expressão mais fiel, tornam-se necessários a criação de uma no-va teoria econômica, nono-vas instituições mundiais, e, principal -mente, um sistema monetário fortalecido, já que, segundo Drucker, sem isso não haverá condições para um crescimento econômico mundial prolonga-do.

Destina, ainda, parte deste capítulo para criticar a aborda-gem e métodos utilizados pela teoria econômica atual, e afirma ironicamente que "nenhum economista americano supera Mil -ton Friedman na reunião de da-dos monetários. Nenhum pode sobrepujá-lo como analista eco-nômico de talento. F riedman, a despeito de sua fama de grande conservador não está , em outras palavras, voltando à época ante-rior

à

nova economia. Está ul -trapassando-a" (p. 193). Para o autor o estágio atual da teoria econômica está longe de ser o adequado à situação vigente, e é praticamente. inconsi stente com uma nova era de conti nu idade. Na terceira parte da obra -Uma sociedade de organizações (p. 197-296) - afirma que, atualmente, o poder e a autori-dade não estão mais nas mãos de uma ún ica organ ização - o Estado - mas sim de vá rias. "A teoria social, para ter senti do deve partir da realidade de um pluralismo de instituições -uma galáxia (de estrelas) e não um grande centro rodeado de satélites que só brilham pelo re-f lexo da luz" (p. 202). Com es-tá frase o autor ilustra a deca-dência ou enfraquecimento do

poder e prestígio estata l, quan-do comparaquan-do com o per íoquan-do logo após a Grande Depressão, onde o mesmo era visto como um salvador para os problemas da época. Destinamos parte deste capítulo para propor no-vas linhas de análise para as or-ganizações onde, a prem issa principal seri a a determinação dos objetivos e responsabil ida-des sociais de cada empresa ou organização. Preocupa-se ainda no tópico Enfermidade do go-verno (p. 242-74), em diagnosti-car as causas do acentuado de-clínio do prestígio do governo como instituição. Finalmente nesta terceira parte do livro Drucker indaga "como pode um indivíduo sobreviver? " (p. 275-94) e, em breves pincela-das, discute o problema dos estudantes na sociedade plura -lista.

Na アセj。イエ。@ e última parte: A sociedade do conhecimento (p. 297-424) levanta as bases neces-sárias e as possíveis conseqüên-cias da forma de trabalho estru-turada no conhecimento. Dis-cute também como deveria ser a nova estrutura do sistema edu-caci onal e suas influências e re-percussões sobre as caracterís-ticas individuais, principalmente sobre a habilidade, e sobre a so-ciedade como um todo. Outra discussão interessante neste ca-pítulo refere -se à rela ção da ex-tensão dos anos de escol a com a expectativa de vida útil. Coloca, o prim eiro fa to como efeito e. não causa, conclu indo, embora não de maneira satisfatória, que esta extensão nos anos de edu-cação escol ar força a criação de empregos que apliquem o co-nhecimento do trabalho. Esta relação de causa e efeito merece um estudo mais aprofundado para se chegar a uma concl usão. A parte final deste livro , com o título de Conclusão, que ocupa algumas linhas a mais que uma folha, assume mais a f orma de uma advertência quanto ao futuro do que propriamente um

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"fecho" nas idéias apresentadas ao longo da obra. Como pode-mos observar no trecho a seguir, "se essa descrição de nossa so-ciedade em mudança estiver cer-ta, é improvável que as tendên-cias dos últimos 60 anos domi-nem o restante do século, como supõe a maioria das previsões

do 'ano 2000'. Em vez disso podemos esperar o surgimento de tendências novas e diferentes e preocupações novas e diferen-tes que exigirão nossa atenção" (p. 425).

dos, apresenta várias idéias inte-ressantes que poderão ser ut il i-zadas, como ponto de part ida ou sugestões, para novos estu

-dos mais profun-dos. D

Em nossa opin ião a obra, apesar de uma análise muito su

-perficial dos prob lemas levanta- Antonio Celso Agune

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