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Considerações geraes sobre a erysipela

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Texto

(1)

I£/

CO

Í

SSIDEHACOES G EllAES

1

S O 11 KE

T H E S E

A P R E S E N T A D A A F A C U L D A D E D E M E D I C I N A

I>0 RIO DE JANEIRO,

DE DEZEMBRO DE1839.

A

PAR\SERSUSTENTADAA FlMDE OBTEROGRAUDEDODTOR I*on

Argemiro Antonio

Correia

do

Rego ,

Naturaldo Rio de Janeiro;EstudantedoG.° Annode Medicina.

Jamais questionnofut pluscontroversée que celle relativeàlanature etautraitementdel'érysi

-

pèle;toutes les feuilles médicalespériodiques l'ontagitéetour-à-tour,etcependantles opi

.

nions sontencore biendivergentessur lopoint

.

GAZ

.

M E D

.

,T

.

2

..

r

.

6-19.

im

-

RIODEJANEIRO

.

jrtCPQjWtAPIIIADEJ

.

E

.

S

.

CABRAI

.

Impressor doInsii%ib\M)rtf)ric<U(

^

Grngrn|)liico Brnsilciro

.

(2)

A MEV rRESADOPAZ

,

3

J -

HintiaSlmatia,

Stfremwa

,

c

eariuluwa

S

&

ae ,

Autoradosmeus dias

,

amiga mais fiel e verdadeira,que nem

-

uma outra

,

quemesmo possater

,

ingrato seria sc me offcrccendoa occasiäo de dar publicamentc umahomenagem do quanto vos devo, nãovos dedicasse estemeu primeirotirocíniolitterario,fructo dos vos

-

sos disvelosc carinhos

,

cque por tanto vospertence;benigna pois acceitai

-

o , como umadasprovasda minha eternagratidão

.

AJMeus Queridos IrmãoseParentes,

AMinhaQueridaTia,

AIllm.aSnr.aD.Joaquina Rosa Pamplona.

A’MeusVerdadeirosAmigos,

Oslllm.08Snrs.

Dr

.

FranciscoJulio Xavier

.

Dr

.

JoaquimVicenteTorres Homem

.

Dr

.

Manoel de ValladãoPimentel

.

Dr. João deSiqueiraQueirós

.

JoséJoaquim de Menezes

.

José Antonio daFonseca

.

JoséAlvesFerreiradeMagalhães

.

JoãoMarcosVieira de Sousa Pereira

.

Francisco Jorge Moço

.

SimãoPortugal

.

AntonioJosédoAmaral

.

Testemunhodeaffeição e amizade.

A'MeusCollegas do6."Anno,

Demonstração daCordial estima eConsideração que lhe>

consagra.

A

.

A

.

C

.

doREGO

.

(3)

SOBRE

A ERYSIPEL A EM GERAL .

AERYSIPELA derivada segundo uns deduas palavras gregas das quaesmero,umadeoutrassignifica vermelhiddas quaesumaão e outra pellesignifica ,esegundoo maior nu

-

attrahir

,

eoutrachegado,

J

é

uma inflammaçãoda pelle, ordenada nos exanthemas por Cullen, Bateman

,

M.M

.

Biett, Rayer

,

:nas dermatoses eczémattosas, por M.Alibert;por William na ordem das bolhas:erythema, Hyp

-

pocrates;febriscrysipelatosa,Sedenham;Fr.Hoffmannerysipelacea

,

ignes sacer

,

mal dos ardentes,fogo deSanto Antonio,emuitos aulho

-

res antigos;rosa anglicana Senner,abcesso de fogo noqualqueima umprincipiomorbifico, VanIlclmont

.

Sauvages,Cullen,Sagar,Lin

-

nco coutros,Erysipela

.

Deixandodepartodediscutirasopiniõesdos Medicos daantigui

-

dade,que observavãoaErysipelacomoformada pelabillis,ophleumon pelo sangue

,

oedemapela pituita,oscirrhopelaatrabilis;depensar comGaleno*seaErysipela6 oresultado d

uma iluxão tumoral for

-

mada pela bilis amarella fortemente aquecida;

com Van Helmont

seconsiste cmumabcessodefogo,no meio doqual ardeumespirito vitalirritado,edealgumasorteprovocadocm cólera por umacausa morbifica.

,,

Estastheorias,cestasexplicações semfundamentonão merecem por certo deumasériarefutação

.

Quedissidênciasnão en

-

contramossnasopiniões dos Medicos relativamenteíinaturezadesta alteração, cujaorigem existenaturalmcnte naespeciede identidade com que setemquerido ligarmodospathalogicos

,

quenãotem mesmo muitas vezes entre si a semelhança dossymptomas pelos quaes'clles são vertidosánossainvestigação? Assim para chegarmosásolução do problema,exporemossomente asideas dos práticosmaisvizinhos de nós ; asopiniões da nossa época;sua approximação

,

eacompara

-

ção com os factos

.

SYDENHAM

. —

*•Esta enfermidade ataca todas aspartesdocorpo, c sobretudoaface;ellapóde appareccrem todos ostempes doanno

,

nrincipalmentcnofim do Verão

.

Afacese tumefica toda d umavez:

I

(4)

tornn

- -

e mut vcrmollin o

dolorosa ,

c semeadado um grande

numero

tie postulas,mui npproximndns umas dasoutras

,

as quaesamedida< juc a mtlammnçao augmenta se convertem algumas vezes empequenas

l*o.has

.

()mal se propaga sobreorosto

,

mesmosobretodaacabe

ç

a

,

fainchação torna

-

setilogrande quemuitas vezesoccultaos olhos

. Os

symptomas deste mal parecem

-

se muito comaquelles que causão as picadas das abelhas

. .

E

ordinariamente acompanhadode arrepios etremor

,

sêde

,

inquietação

,

cdooutrossymptomas defebre ; á medidaqueaenfermidadesedesenvolve

,

avermelhidão

,

a inflamma

-

çao, alebre

,

e os outros symptomas augmentão

.

e algumas vezes mesmo elles termin

SAUVAGES.

ão

-

sepelagangrena

.

,, uv

.

de mcd

.

prat

.

p

.

430

.

)

Cognoscitur

cxpyrcxia acutâ ettumorediflusoco

-

loris rubro

-

roseicum sensu ardoris

.

(

Nosog.

method,tit

.

11

,

part

.

1

.

*

,

pag

.

418

.

)

LAMOTTE . —

44A causadestaenfermidadeéaobstrucçãoque não seformasenãonasuperficieda pelle,cujos poros nãoachando

-

seassaz

a

^

rtos para deixar sahir uma serosidade ácre e picante

,

quescsepara dosangue

,

fazcomque ella ahiscdetenha

,

cqueadur,quecausapor suaextase

,

tornevermelha etumeficadaa parteáproporção da quan

-

tidadedohumordetido

. ,

,(Trat,completode Cirurgiatom

.

l

.

op

.

402.) HEVIX

. —

44AErysipelaéumtumorinflammatorioextensosuper

-

ficial

,

acompanhadode um calor vivo cardente

,

ed'umadôrpungitiva ou picante

,

e d'umavermelhidãoclara

,

que desapparece desde que a compressão cessa

.

A Erysipela augmenta durante 3ou4dias

,

fica quasi tanto tempo cmtoda suaforça,cdissipa

-

seosdias seguintes;a cutisseséccaesepara

-

seporescamas

.

(CursodePathalogia

,

tom

.

1

.

<>

,

pag

.

3)

DESAULT

. —

44A Erysipela

,

emgeral6umtumor inflammatorio superficial

,

nãocircunscripto com

cal

ôrácrecdôrpungitiva

.

Toda a parteaflcctada6d

umvermelho vivo,claroolusidio

,

quedesapparece debaixodo dedo,ctornaavir logo que cessa acompressão

.

Estesca

-

racteres geracs convém atodasasErysipelas; poré m emalgumas ou

-

tros diversos symptomasapparccem; o(piedetermina asdifférentes especiesdeErysipelas

. ,

,(ObrasCirúrgicas,tom

.

Il

,

pag

.

581

.

)

M .

MAHON

.

perficial , J

e

I

que,t n

jãão tem outra sêo"temEntendeoutra

-

se porsêdedeseseErysipelannããoona pelleuma

.

AinflammaErysipela proção su

- -

priamente

dita ,

é uma affecçãodapelle só

,

dizGaleno

.

Esta inflam

-

inneiioé d’um vermelho umpouco amarollado; ellatem sua sêdecm

grandepartecmvasos mais pequenos que aquellesquecontém osan

-

rmcvermelho

.

Não liaparte algumaexteriordo corpoqueesteja isemp

-

ra

:

entretanto

éomaisdnsvezesnacabe

ç

a c nalacequecilascmos*

tn „(

Encyclopedia metliodica ,

tom.VI

,

pag

.

68

.

)

I

ASHf

-

s

Inflammação da

superficie

da pelle dum vermelho

, ,

hiBÍdio

,

um

pouco amnrcllado ,

com tumefaeçãomui ligeira

,

oc

-

limitcs marcados

,

mudandodo p

.

ndo uina

grande

extensão

,

sem

m

(5)

j

.

ir,cxtcmleiulo

-

so «le cnmada(\cnmada

,

causandoumador ardente pruriginosa

.

A vermelhidão

desapparece

pelapressãododedo

,

creap* pareer quando sc cessa decomprimirapelle

. „

(Path

.

Cirurg

.

torn

.

J pag

. » .

)

I’lM

-

.i..

••Debaixo donome de Erysipela

,

cu não comprelicndo senão esta phlegmasiada pelle

,

queéligeira

,

superficial

,

nãocircuns

-

cripta

.

extensa emcumprimento

,

de uma côrvermelha carregada,que desapparecepelapressão c que depoisserenova

.

Eu nãoconsiderode

mais a Erysipela como uma a ílécção puramente local

,

porémcomo phlegmasiaqueestáligadacom umadisposiçãointernaesympto

-

masgeraes

,

que affectãomais oumenosaeconomia animal

. ,,

(

S

'osog

.

philosoph

. ,

tom. 1 1., pag

.

82

.

)

RICHLRAND

. —

AErysipeladillere essencialmente do phleumon,

l

.

o por suasedeque é primitivamente no tecidodapelle

,

ainda que cila possaestender

-

seao tecidocellular sub

-

jacente

,

2

.

°pelas modifi

-

cações que apresentão os quatrosymptomasprimitivosdeinflamnia

-

ÇdO

.

O tumor épouco considerável,quasi insensí vel;ha maistensão que inchação verdadeira;a vermelhidãoémenor queno

phicumoft

e desapparece debaixo da pressãododedo;cila estende

-

se regularmen

-

te,nãoé exactamente limitada

,

efrequentementeapresenta umaligei

-

ra côr amarelladamisturadacomatinta roscada pelle

.

Ruber subfla

-

vescens

.

Ocalôré acre,mordicante,analogoáquelle das febres bellio

-

sas, a dôr ardente; 3

.

«A Erysipela ofierece um caracter demobili

-

dade que não temo phleumon

. . . .

4

.

®A Erysipelaéraramenteidio

-

pathica

,

quasi sempreésympnthica

,

dependendo deuma causainter

-

na,existindo irritaçãode estomago

,

cdo duodenopelo fluido belia

-

rio:é também procedida cacompanhadanomaior numero decasos desymptomas gástricos

,

comodôr noepigastrio,amargurade boca , inducto amarelladonalingua; cephalalgia sub orbitaria e febre que precede,acompanhaesegueamarchadeinllammação, cmfimacu

-

ra deErysipelaobtem

-

se polos remédios internos; ostopicossãoqua

-

si inúteisnosou tratamento

.

AErysipela verdadeiraésempre bcliosa; existe uma outravariedade poucofrequente

,

dependendo de irritação da pelle por um attrito cu applicaçãodeuma substancia acreirritan

-

te. (Nosographia Cirurg

. ,

tom

.

I

.

®

,

pag

.

149

.

)

LAWRENCE

.

Esteauthor consideraadivisão deErysipelacm erythemaecmErysipela phlcumonosa comoamelhor,não sóporque estas palavras dão uma idéasufiiciente danaturezadaenfermidade

,

comotambémporque cilasestejão bojo gcralmento adoptadasnoCon

-

tinente

.

Elleasobservacomodesignandonãoduasenfermidades diffe

-

rentes

.

porém antesdiversos gráos damesmaaflccçãoque varino itcnsidadc

,

e passão muitas vezesdeuma variedadeaoutra

.

O

Ery -

themaé

-

f"undoelle

,

uma inflammnção de umaespecic particular,li

-

mitadaunienmenteúpelle

,

eque produzpoucatuniolacção,deixando

«mal

no

superficiedapelle, polo pressãodo dedo

.

cquomtoraoom

-

3 * uma

no

(6)

4

panhiuhido muitavermelhidão

.

O malestende

-

serapidamente na pelle sa circumvisinha

,

abandonauma parte paraatacar uma outra

,

eper

-

corredesta sorteuma grande extensão docorpo

.

AErysipcla phleti

-

monosaao contrarioé esteestado noqualo malaffectanãosóapel

-

le

.

mastambém otecidonas cellulas

,

nasquaessedepoemagordura c

o mesmo tecidocellular

.

Nestecasoavermelhidão

,

ocalor

,

a tume

-

faeção

,

existem emumgráomuinotável

,

esão logoseguidos

,

no teci

-

do cellular

,

de umaefVusãode serosidade que determinaumagrande tensão, cacabalogo pelagangrenae asuppuraçãodestetecido

.

(A clinica doshosp

.

edacid

.

,tom

.

I

.

»

,

n

.

°80, pag

.

3)

RENANLDIN

. —

A Erysipcla é umtumorinflammatorio

,

agudo, doloroso commumentc plano

,

superficial

,

não circunscripto

,

esten

-

dendo

-

se emcumprimentosobrealguns pontos da superficie da pelle

,

e cuja côr rosca purpuraou vermelha carregada passamomentanea

-

mente ao branco por effeitode umacompressão operada comosde

-

dos

.

„(Dice,dasscienc

.

med

.,

tom

.

XIII

.

, pag

.

254

.

)

BOYER

. —

41AErysipclaé umainflammação dasuperficiedapel

-

le, de uma extensão maior ou menor, porémsc.mlimites marcados

,

acompanhada de ligeira tumefaeção

,

de umcalôrvivoeacre

,

deuma dôr ardente com comichão,edeum vermelho claro, lusidio, tirando um pouco sobreo amarello

,

desapparecendo quando comprime

-

sca

pelle como dêdo, ereapparecendo logo queapressãocessa.Oque caractérisa ulteriormente aErysipclla,é quea inflammação parece mudar de lugar á medida que cila se dissipanoprimeiro que cilaoc

-

cupava;cila cstendc

-

sc de camadaa camada nas partes visinhas

. „

(Tratado das inf

.

cirurg

.

,tom

.

11, pag

.

6

.

)

BATEMAN

. —

44AErysipcla6umaenfermidade seguida deumes

-

tado febril

,

naqualocalôr

,

avermelhidão

,

ainchação e algumas phlyc

-

tenas aflectão noexterior différentespartesdocorpo. Ütumorerysi

-

pelatoso6 molle

,

extenso,cirregularmente circunscripto; ellenãoé acompanhado nemdepalpitação

,

nemde dures lancinantes, ouagu

-

das

. . . .

O tumoreaphlyctena impedem de confundirestaenfermida

-

decomoerythema

.

Os authoresdesdeGalenoaténós,temfeitomen

-

são

,

entreos signaes caractcristicos da Erysipcla

,

dadesappariçãoda vermelhidãopelapressão,edaappariçãonovadestamesmavermelhi

-

dão logoquecessa a pressão;este phenomeno observa

-

senão só na Erysipcla

,

comotambémcmoutrosmuitos exanthemas

,

comonaeflo

-

rcscenciadaescarlatina, emalgumasvariedades dosarampo

,

cnoery

-

thema

. „

(Comp

.

prat,dascnf

.

da pelle

,

pag

.

107

.

)

S. COUPER

. —

4 4 A Erysipcladeser diffinida umainflammação cutanea sem grande tumefaeçãoacompanhada de vermelhidão que dcsapparccc momentaneamentedebaixodapressão dodedo.Estaal

-

fecção, quenão éregularmente circunscriptacomo ophleumão,éca* ructerisada porumapropensãosingularcmestender

-

se;aparte égc

-

ralmentc de umvermelhovivo, claro, mui apparente , otumornãoé

(7)

ó

pnnlmilo do palpitnção

,

o scnte

- se

umcalórardentecoincomi

-

• Imo,v uina dor nguda

. Em

muitos casosclevfio

-

scalgumas vesicu

-

las.„lln(Dice

.

ir,,CAZENAVEdecirurg

, .

SCHEDELprat

. ,

tom

. .

l

.

Ao

,

Erysipelapag

. -

131

.

)6umexanthemanão contagiosole com calor,caracterisado poretumefação desta membranaumamanchavermelho,emuitascarregadavezes do tecidodapel

-

cellularsub

-

cutaneo occupando sempre umasuperficiemais ou menos extensa

,

c podendo em alguns casos mui raros tornar

-

se geral

. „

(Comp

.

prat

.

das inf

.

da pelle

,

pag

.

13

.

)

J

.

COSTER

. —

*•A Erysipelaattaca omaisdasvezesa face

,

al

-

gumas vezes os braços,aspernas, opeito; outras vezes estainflam

-

ma çãolimita

-

seá superficiedapelle; poré m em outrascircunstancias cilase eleva a um altograu,einteressatoda aespessuradapelle,e mesmo ao tecidosub

-

cutaneo

....

Eordinariamente precedida de in

-

commodo

,

laxidãocmtodos osmembros

,

arrepios,nauseaseperda deappetite

.

Nofim dedousoutrezdias,distingue

-

seumaligeirain

-

chação da pelle sobreospontoscmqueaErysipela se manifesta com uma vermelhidãoviva que desapparece debaixoda pressão ere

-

appa

-

rece logo

.

Ha calor ardentedaparte enfermacomfebremaisoume

-

nosforte depoisde seis, sete ou oitodias

,

desenvolvem

-

sepequenaspús

-

tulas,cheiasd

umliquidoseroso,adôr c ainchaçãodiminuem

,

efor

-

mão

-

seligeirascrostas quesedesprendem ordinariamente nofimde noveou dezdias

. „

(Dice,da saude

,

tom

.

I

.

«pag

.

420

.

)

ROSTA N

.

A Erysipelaé aphlcgmaziaamaissimples da pelle, a maisfacil areconhecer; póde

-

seaconsiderarcomo oprototypo da inflammação;ella reunenomais alto gráu de simplicidadedamaneira a maiscompletaoscaracteresquenos temosattribuidos aestaclasse de enfermidades( phlegmasias agudasdapelle)

.

A intumescênciasó é pouco sensí vel á vista,porqueellaégeral

.

DemaisaErysipela nasce, cresceetermina

-

se assimcomonós temos expostonasnossasgenera

-

lidades

uma verdadeiradôr,acompanhada de um calor mais ou menos vivo

.

de uma vermelhidãointensa

,

diffusa

,

desapparecendopela pressãopa

-

ra rc

-

apparecer logodepoisde umaligeiraintumescência dapelle,ca

-

ractérisa;iErysipela simples

.

E’depropositoque nos omittimos dizer queapelleésobremontada de phlyctenasnaErysipela

,

entretanto que ella é unida no erythema; nós observamosestadistineçãocomo mui subtil paraserconservada

,

eo erythemanãodeveserconsiderado se nãocomoaErysipela noseu maior estadodesimplicidade

. „

(Curs

.

demod.din

.,

torn

.

I I,pag

.

179

.

)

OEOROF

.

S

-

HU

.

ME WEATHERHEAD

. “

Esteautorconsidera oery

-

thema,aErysipelac ophleumãodiífusoenfermidadescsscncialmentc differentes

.

Segundo elle

,

a Erysipelaéuniuenfermidadesui

generis

que reconhece ordinariamente por causa uma disposiçãoparticular

.

oqueadmitte sobre tudo segundo asdissimiibunçasdasupuraçãonas ucom

Um sentimento depruido,comichão,immcdiatamente

(8)

G

mflummnoocs erysipolatosas, c piiloumonosas sem mcsrnodarattciiçüo « diversidadedoa tecidosatlectados

.

ElleobservaaErysipel«comoum exanthema contagioso upoiumlo

-

se nas

opini

ões deSydenham o de

llotVmaim

.

Admittc alémdisto(pieaErysipela perfeitamentepuranão devo jamais suppurar ,pode serseguidadesuppuração

,

obrando neira deumirritante local sobre partescujatexturaépropriaatornar

-

se a sede de um phleumão; porém nãopensaque ainflnmrnaçãoda pelle

,

e aquella do tecido cellular sejãoda mesmanatureza

.

(Journ.

complém

.

du Diet, dessciencesmcd

. ,

tit

.

XIV

.

pag

.

171

.

AUBERT

. —

Eczemamanifestando

-

se na superficie do tegumen

-

to

,

principalmentena face, braços

,

pernasousobre outras partiesdo corpo por erupções de um vermelho flavescente

,

porém mui raramen

-

tede um vermelho carregado; estavermelhidãodesapparece momen

-

taneamentepela pressão do dedo

.

lia calôr,dôr

,

comprurido ouar

-

dência

,

afebre c primitivaou secundaria; a enfermidade íinda

-

sc

por descamação

,

ouperforação de dezaquatorze dias

.

Ellapodeter terminaçõesmaisincommodas

. ,

,(Nosog

.

dasdermatosesedit.in

-

4

,

pag

.

32

.

)

BROUSSAIS

. —

As causas externas einternas daErysipelasão aquellas das inflammações em geral

,

isto é,tudooqueaccumula a irritabilidadeou produzaplethora Estaenfermidade póde

-

semos

-

trar em todasaspartes docorpo, porémellatemfrequentementesua sede na face

.

Ella oflerece os quatro caracteres conhecidos, verme

-

lhidão

,

tumefaeção

,

calôr, dôr

,

c representa umdos principacsty

-

pos de inflammação

.

O calôr éexcessivo, avermelhidão tem porca

-

rácterenfraquecer c perder

-

se insensivelmente atéchegaracôr nor

-

mal da pelle

,

dcsapparecer pelapressãodo dedo,que deixaumaman

-

cha brancamelhid ; entretanto quando a inílammação cintensa esta ver

-

ãonãodesapparece mais debaixo dodedo

.

Seainflà mmação é ainda mais intensanoso subcutâneo,algumas pátumefaeçãústulasodoapparecemtecido cellular ena superficieestadophleumo; isto

-

contra

-

se em quasi todasas Erysipelas

,

porém particularmente Zona

,

queé uma Erysipelacomo outraqualquer

,

que nãose deve isolar

,

apezarda sua fôrma particular

.

Seoobjecto queestáem rela

-

ção comalgumasaffecçóes gastricas; curesponderei

que pôde ser independente e primitiva como asoutras

,

cubemotenho provado

. ..

(Curs,depath,etherap

.

geral

,

tom

.

1

,

png

.

108

.

)

CHOMEL EBLACHE

.

A Erysipelaéuma

enfermidade

caractc

-

nsada pela vermelhidão circunscripta

,

deaspectolusidio

,

dostusiu

-

mentos comtumefaeçãopouco considerável

,

porém sensível, tensão

,

dôr, ecalôr

,

mais ou menos vivo

,

com ou semapparatofebril por uma marcha sempre aguda c uma terminação prompt «,quasisem

-

pre pela resolução

,

c com descamaçãodeepiderme

.

Esta

inflamma

*

.

uma das mais frequentes daquelias que observa

-

se na pcllo

.

-«r mostrar sobre todos os pontos da superficie do corpo

,

aí

a ma

-

en

-

na

tão

(9)

parus

hnhitualmonto

descobertas são o maisdasvezes a sede

. . .

A

Erysipela

quasi nuncaiica limitada ásuasedoprimitivano maior numerode casos,ellu cstendc

-

scde camada acamada em umoumui

-

tos sentidos

,

junto as partes visinhasc algumasvezes acaba desta sortealcançando progressivamente as maisafastadas

. Em

outrosca

-

sos muiraros

,

ella excede de algumasorte os espaçosc mostra

-

se

successivamentenas regiões muidistantesumasdasoutras

.

Amobili

-

dade pôde poisserconsideradacomo umdos caracteres deErysipela

,

visto(piecncontra

-

sede qualquer forma cmtodasasvariedades des

-

taenfermidade

.

„(Diet,de mcd

.

, tit

.

12

,

pag

.

215

.

)

ROCHE ESANSON

. —

OErythema,aErysipela simpleseaErv

-

sipcla phleumonosanão são propriamente fallandosenãotrezgráos dif

-

ferentes da mesma phlegmasia:Todaa inflammação agudamaisli

-

geira

.

superficial passageira da pelle

,

tem recebidoonome deEry

-

thema;mais intensa,viva

,

cmaisdurável

,

chama

-

se Erysipelaphleu

-

monosa

.

Nósconservaremosestasdenominações

,

porém ellasnão expri

-

mirãoparanóssenão l

.

°,2

.

° c 3

.

°gráode inflammação aguda da pel

-

leouda cutis

. „

(Nov

.

elem de path

. ,

tom.l

.

o

,

pag

.

290

.

)

RAYER

. —

A Erysipelaéuma inflammaçãoexanthematica

,

ex

-

tensivaenãocontagiosa

,

caracterisada porumamancha vermelha da pellecom inchação dotecidocellular sub

-

cutaneo

,

terminando

-

seor

-

dinariamente pelaresolução cdcscamação

,

algumas vezes por suppu

-

ração eraramenteporgangrena

. „

(Trat,theor

.

eprat

.

dasinf

.

dapel

-

le

,

tom

.

l

.

o, pag

.

145

.

)

Emquanto nós

,

deaccordo com Ph

.

Ricord,asErysipelas varião segundosuascausas

,

suasede

,

marcha,terminaçõesccomplicações, que podemasacompanhar

.

Porém qualquer que sejaacircunstancia naqual cilasseapresentem,aalteraçãolocaldostecidosaflectados

.

o estado morbido,patlmlogicodapelle,oílerccemsempre osmesmos caracteres particulares

,

pelos quaesse tem convindodedarum nome especial á enfermidade de quenós nosoccupamos

.

Ora estes caracte

-

reso aqucllcsdafluxão

,

da congestãoinílammatoria

,

em fim de um movimento inverso á absorpção

.

Depoisdetermosnarradoquasi todasasprincipacs opiniões rcla

-

tivamente áErysipela

,

vamosagoraestudarestaenfermidade cm suas circunstancias

,

c caracteres geraes

,

examinando successivamente a natureza,sedo

,

caracteres anatómicos

,

predisposições, causas

,

syinp

-

tomas

,

typos

,

marcha

,

terminações

,

duração

,

analogias

,

complica

-

ções,pronostico

,

tratamento c aconvalescênciada inflamma çãoErv

-

sipclatosa

.

NATUREZA . --

SeolharmosaErysipela douma maneiragcrnl

.

de- baixo do ponto do vista das modificaçõeslocacs

.

queimprime na}>n »

te do tecido cutâneo

,

na qual estabelecesuasedo

,

noséimpossível de não reconhecer os caracteresfundamontacs da mllammaçBo'» edo exanthema:sem ofleroccr clarnmonto na maioria dossujeitososca

-

(10)

U

racteres de umu o dooutra

,

senãode umainílnmmação sempre fran

-

i\ i,aomonostioum movimento iluxionario indicado pela vermelhidão

,

culòr,

inchar

ão e dor

,

com modificaçõesvariadassegundoaprofun

-

didademento,sobre tudodos elementos cutâneos invadidos

,

aintensidadedeste movi

-

anatureza dos agentes

,

cdas circunstancias que a determinão

.

Porém logo quenós consideramosesta enfermidade suas relações com todooorganismo

,

svemos seupoderioaugincn

-

tar

-

se

,

seugenioespecial apparecer;enós reconhecemos,segundo os tactos(pie seria esscncialmenteerronco

,

na maioridade dos casos, querer ahi achar umainflammaçãopura

,

umaenfermidade encerrada na circunscripção de suas manifestaçõestópicas

.

A fluxãoinflammato

-

.

ia local nãoé senãoum resultado,uma dasexpressõesdaenfermida

-

de ou pelomenosdamádisposiçãoconstitucional,edesdeentãoaqui o tratamento da phlegmasia sesecompozer demeioslocaes,não é se nãouma parte acccssoria da medicação

.

Sc nósaugmentamos actual

-

mente queestasenfermidades

,

estasmalignasdisposições constitucio

-

naes que podem favorecer,ou mesmo determinar immcdiatamentea Erysipela

,

onumerosas

,

diversificadas

,

sentir

-

se

-

halogoovicio de uma expressão (pie parece destinadaa consagraromaisfunesto dos erros, identificando

-

se na linguagem medicaenfermidadestãoessen

-

cialmente differentes

.

Entretantoqueoexanthema,porqueasenfermi

-

dades (pie merecem estetitulo

,

tacscomoaescarlatina

,

osarampo

,

etc

.

, temsempreemseu desenvolvimento

,

á acçãode causas inteira

-

mentedesconhecidas, nãoaffectãoordinariamenteo mesmoindivíduo se nãouma vez navida

,

cnãopódeserproduzidoávontade,etc

.

,lo

-

goa Erysipelaofferece

,

em quasi todas suasvariedades

,

disposições absolutamenteoppostas

.

SEDE

. —

A sede daErysipelaé napelle,além de queKuhn

,

Rust

,

John e muitos medicos Alemães parecem quererestendera outros te

-

cidos

,

c sobretudo aomucosoasededaErysipela; dizem elles

a Ervsipela simples procedida exanthematicamentc,póde,emsuaquali

-

dade deenfermidade especial, affcctarosorgãosinteriores

,

como ou

-

trosexanthemas

,

como aarthrites

,

etc

.

,erevistir deumcaracterpro

-

prio

.

bemque muitas vezes una

-

se ahiuma complicaçãoinflammatoria

.

M

.

Lepricm exprime quasias mesmasideasnapassagemseguin

-

.

, Haaindaumaaffecção da pelle quemeparecemerecerumaat

-

tcricão particular debaixo da relaçãodasluzes que ella pódeespalhar sobre a historia dos progressos

,

e a natureza das phlegmasias das membranas

,

c sobre tudo daqucllas docanalintestinal

,

é aErysipela

.

A analogiadostecidosnãopodia deixardefazer pensarnasanalogias devem ter lugar cm seu estado

pathalogico ,

masas similhanças

offerece

a

pelle

cmsuasalteraçõespela Erysipela

,

casmembra

-

mucosas pela

phlogoso fazemaindamelhor sentiraidentidadedas

enfermidades , ,

Na Erysipela quandoa suamarchanão é in

-

S

-

mptomasinllaminntorios cosoutros accidentesdiminuem em

te :

que que nas

111a. t e r

(11)

9

no sétimodin

,

bomcomoo l

.

«>sc|tcnario das fcbres

gastricas , simples

ola' benignaso mais das,e dovezos descollocatodas aspldegmasias mucosas

-

sc

,

c quandoae serosasphlogose principia

.

A

Ery

sipea

-

eftoctuarprolonga

- -

sesedo umo asmudanç

lado

ascilasãoreproduzmaisrepctidas

-

sede um; nsoutrophlogoses;entãomucosaeasccna

do peito e docanalintestinalofterccemigualmenteexemplos de loco

-

moção (|ue prolongãoa duração daenfermidade

,

a qual compõe

-

se

entãode um certonumerodepldegmasias consecutivas A pleu

-

ra pode ser affectada logo sobreumponto

,

levando

-

seatéáporção

que reveste oslobosdopulmão

,

odiaphragma, etc

.

póde determinar além de um ponto dolado ordinárioalternativamenteumaperipneu

-

monia ou umaparaphrénésia, etc

.

(OHomemconsideradoemsuas relaçõescomaatmosphera

,

tom

.

11

,

pag

.

55.)

Estes factosc estes raciociniossãode natureza afixarattenção dos práticos sobreasconsiderações que ellestempor objecto, porém supponho(piojamais deixarão aopiniãogcralmente admittida

,

quea Erysipelatemsua séde exclusivamentenapelle

.

Na Erysipela

,

nográo o mais superficial

,

esta phlegmasia se

-

gundoa natureza mesmo dossymptomas,csobre tudoosresultados da necropsia, parece

-

nos alfectar estacamadavascular,superficiale sub

-

epidermoide

.

consideradaporuns comouma rededc vasoslympha

-

ticos,poroutros dc vasoscapillares

,

poroutros emfimdecanaessu

-

dorí ficos exhalantes

,

etc

.

etc

.

No primeiro gráoa côr éantes rosca que vermelha carregada

,

ocalôr é secco comprurido

,

haausência de perspiração

.

Nos gráosmaisavançados ainflamma ção estende

-

sea

camada profunda da mesma rede

,

aochorion

,

em fimao tecidocellu

-

larsub

-

cutaneo

,

quando cilatomaocaracterdeErysipela phleumono

-

sa

.

O corpo mucosode Malpighi não é t ãocspccialmcnte atléctado quando não existe complicaçãoextranha noscaracteres proprios da Erysipela;estopigmentumnãoexperimenta alteração comocmmuitas outraspldegmasiascutaneas

,

tacs comoovirus vacino

,

avariola

,

etc., que oinvadem no seu desenvolvimento

,

c asdesordenssãolimitadas á vesica ção,adescamaçãodoepiderme

,

comonasimples queimadura no segundo gráo

.

Os feixes celJulosos evasculares(pieatravessãoas areolas do derme nãosãocomprometlidos como no forunculocnoan

-

thraz; nos casosordináriosaformação dos carnicócsporestrangula

-

çãodestes feixes nãoé umaterminação daErysipela

,

comooé sem

-

pre nas duas enfermidades que nós acabamosdeassignnlnr

.

Em fim o panniculo adiposodapelle nãopareceser jamaisoprimeiro ponto dc ,

eleição da inflammaçãocrysipclatosa

,

comoobserva

-

sefrequent emen

-

te no pbloumão sub cutâneo; tambémasuppurn ção

.

terminaçã ona-

turaldeste ultimo não se manifesta scnãoaccidentnlmente naErysi* pda1e se estainvade algumasvezesotendo sub

-

dermoideésomente

pela extensãodoseu pontonaturaldeestabelecimento,cmudando dc alguma sorte,sc liãodc natureza, ao menosde caracter odegra

vidade

.

12

(12)

1

10

CAKU'lEUES ANATÓMICOS

. —

A

Erysipela simple

Ȏtalvez

«um dasenfermidadesquo a anatomia pathalogicatem menoseach:

rocitloatéestesúltimos tempos

.

Apenasencontramosalgunstraços Morgagni

.

(Epist

.

XXII

.

, art

.

JG, Epist.

XXXIX

,art

.

2

.

o)

M

.

Louisdiz »pioelle tem achado

,

entreosenfermosmortosdu

-

ranteo curso de umaErysipela,apelledura

,

espessaefriável

.

(Lan

-

cetteFranc

.

,1833,tom

.

VII

.

, pag

.

21,0.)

M

.

RAYER, em muitas Erysipelas < pic tem dessecado, não tem achadoo maisligeirotraço deinllainmaçãodaspequenasartériase veias cutaneas

.

Sobre um cadaver a pelle da face estava pallida , exccptosobre as palpebras(pieconscrvavãoalguma vermelhidão nos pontos em que não haviãobolhas; otecidocellularcutâneocinter

-

muscular daface estava infiltradode umascrosidade amarellada, pu

-

rulenta; pequenosdepositos de umverdadeiro púsexistiãopelaparte anterior eposterior dos musculos orbiculares das palpebras

,

no tecido cellular da orbita

,

epropagavão

-

se atéasfossas temporaes; otecido cellulardo couro cabelludo estavada mesmasorteinfiltrado

.

Aspa

-

redesdas veias da faceedopescoçoainda que banhadasnopúsnão offereciãotraçoalgumdeinflamma ção; muitos destespequenos vasos continhão urna scrosidade purulenta similhanteáquella derramadano

-

tecido cellular inflammado

.

Aspequenasartériasestavãoperfeitas

.

Eu tenhoigualmente achado pús nos vasos lymphaticos de ummembro abdominalatacado do phleumão erysipelatoso, esem alteração apre

-

ciável das paredes destes vasos

. Em

fim,cutenhoencontrado vedra

-

deiras inflainmações nas veias principaes do membro invadido por umaErysipela phleumonosa

,

ou por um phleumão

,

como emconse

-

quência de um panar íciooudeumaamputação

.

Sceujulgo segundo minhaspropriasindagações,aphlebetis complica frequentementeasin

-

flammações do tecido cellular assim comoa da pelle

. „

(Loc

.

cit

.

, pag.156

.

)

SegundoMM

.

CHOMELKBLACHE ( LOC

.

cit

. ,

pag

.

235)45quandoa morte chega nocurso de uma Erysipela as regiões queérãoa séde apresentão depoisdoresfriamentodocorpo uma mancha atrigueirada preenchendoavermelhidão

,

aepiderme descolloca

-

secomfacilidadec a pressãodo dedo determina umacovamaisou menosnotável

. ”

Segundo

M.

RIBES (Mein, da Soc

.

med

.

deernul

. ,

tom

.

VIII

. ,

pag.622.)

As pequenas veias dostegumentossãovesiveiscprinci

-

pahnentc afícctadas;a vermelhidãoinflammatoriaé sobretudonotá

-

velsobroatunica interna

,

cujacavidade é

preenchida

pelopús;ospe

-

quenosramos arteriaese os vasos

lymphaticos

são tambémlesados

,

porémemumgrãomenorque os

pequenos

vnsos

. „

MM

COPLAN ECKUVKII

.

IIIER tem achadodisposiçõesanatómicas

quasi similhante»úquellasqueM

.

Uebisnssignala

.

Quandoa Erysipela forna

-

se phleumonosa

,

esobre tudo

gangre -

.

d'^ordens muito mais profundas,o mais facilmente

aprcciavei*

i i

-

cm

(13)

1 1

Kiicontiilo

-

se

.

Nos unmos cuidadodo asindicartratandodestagen

-

peetaluludcs

.

Diremossómontoaquiquo

,

sain lomaro

caracterda

Ery

-

f'ipola phlcumonosa, acnibrmidnde(|ucnósestudamos

,

limitando seus progressos ao tcedoíiltratiododerma

,

podeahi determinar|>equenos abcessos regularmentecircumscriptos

.

PilEDÍSPOSiÇÕ KS

. —

M

.

i\ l.

BLACHE

ECHOMEL

,

eumgrandenu

-

merodepráticospensãoqueestaenfermidademesmo(piando ellaópro

-

duzidapor causa externa

,

eque descnvolvc

-

se comseus caracteres cs

-

scnciacs

,

depende sempred'uma modifica ção interior daconstituição, quese torna oagente"principal,paranãodizer indispensável,aoseu de

-

senvolvimento

. ”

SegundosaErysipelanãoéjamaisoresultado d

uma

causaexterna,ouaomenos sealgumas vezesumacausaexterna con

-

corre asuaproducção

,

ellanãoé senãouma parte secundariaaoseu desenvolvimento;suppõeo concurso d

uma causa interna

,

d

uma dis

- .

posição particularquenósnãoconhecemos

.

Com efíeito,sendoeste ponto umdosmais importantes na historia d’ Erysipela

,

somosporcon

-

seguinteobrigadosaestudarascondiçõesnasquaes esta disposição so

-

brevém

,

cas circunstancias que podem provocaraappariçãodaErysi

-

pelaentreaquellesqueopredispostos

. .

,Senósprocuramosasprinci

-

pacs circuíistaucias,acharemosnas condições seguintes:na idade

,

sexo

,

temperamento

,

idiosyncrasia,profissão,herança,habito

,

estações

,

cli

-

mas,econstituiçõesathmosphcricas

.

Na idade viriléaErysipelamais frequenteemconsequênciadomaior desenvolvimento das paixõescon

-

centradas, einquietações inseparáveis da vida social. Em geralas mulheres sãomais affectadasdasErysipelas porcausadasuamaiorex

-

citabilidade

,

da suavida mais sedentária,emenoslivres nassuasex

-

pansões

.

Osindiv íduos de temperamento bilioso,emelancholicossão os mais predispostos

.

Certos indiv íduos

,

semalguma disposiçãoapre

-

ciávelcrelativaátodasas outras condições achão

-

semaisfa cilemais frequentemente aiTectados d'Erysipcla debaixodasinfluencias queas pódemdeterminar

.

A respeito de profissõesindicaremossobretudoas profissões sedentários sem

fatiarmos

daqucllas

,

nasquaesaimmundi

-

cie

.

ocontacto habitual dos miasmaspútridos

,

aalimentação obrigada

;<ormeio dascarnessalgadas,das substancias d'umamá escolha,A\

.

torrião-se causas susceptiveis do explicar odesenvolvimentoda Erysi

-

pela

.

Os authorcs referem factos queparecem provar que as predis

-

posições á Erysipelasão transmissíveis por via dageração:comef

-

feitonósconhecemos umafamília

,

cujos indivíduos habitandoemuma locação sadia, com tudosão accommettidos destaenfermidadenos membros

,

ou pelooOutono, ou pela voltadaPrimavera

.

Ila poucas enfermidade»

,

dizTissot

,

quese reproduzão tão facilmente debaixo destainfluencia

,

calgumas vezesumindivíduotcinapresentadomuitas Erysipelas inim pontodeterminado,esuccessivamentemuitasoutras, atéque»disposição eainfluencia dohabitonchcm

-

sccoinpletnmcnte destruídas

.

Nós temosobservado nErypipeln

.

sobre tudono

Outono .

(14)

1 2

enolimilosEstios quontes

,

ohúmidos

,

cmc|ii:itilo <|iin as outras iu

-

llammaçòes francas encontrão

-

sc antes na Primavera

. Um

grande nu

-

mero doautliores considerãoentretanto esta estarãocornopredispon

-

ilo aenfermidade que nosoccupa

.

A Erysipela apparece mais vezes nos paizes húmidos,quentes

,

pantanosos

,

ondeoárcirculaerenova

-

sc

comdifticuldade

.

Constituições athmosphericas muito podem influir

. Esta

influencia merece sobre tudo de fixar a attenção dospráticos

.

-

sealgumasvezescmcertasestações

,

emesmodurante ocurso de muitosannos

,

quecondiçõesathmosphericasabsolutamente inapreciá

-

veisaos nossos meios de

investiga

ção,dispõemde talsorte aErysipela toda amassadosindivíduosacilasujeitos

,

comoaferidamenospro

-

funda, aoperação a maisligeira

,

algumasvezes mesmoaexcitaçãoa mais superficial da pelle

,

bastão para determinarodesenvolvimento do Erysipelas

,

muitas vezes muigraves, e cmtodososcasos bem dispropor

-

porcionadas ácausaoccasional de sua manifestação

,

de talsorteque éimpossível denãoadmittir constituiçõeserysipelatosas comoadmit

-

te

-

se variolosas

,

rheumatismaes,e escarlatinosas

,

&

.

Algumas vezes mesmoestapredisposição6tão poderosa

,

(pienão necessitad'uni ou

-

troagenteparacausara Erysipela ,e toma então umcaracter verda

-

deiramente epidemico

.

Assirn Tozzi falia d’nniaErysipela quereinou epidemicamente cm Nápoles,n

OutonoeInvernode 1770

.

Estaaffec

-

çãoqueoccupavasobre tudo afaceera complicada d’epistaxis

,

de de

-

lírioed’outrossymptomasmalignos mui graves

.

Bromfield

,

menciona uma epidemia d'Erysipela

,

que durou dois annos tendo a suasédc na cabetcndo

-

scçavantagens; o tratamentoda quininaantiphlogistico foie (los cordiaesgeralmente

.

M

.

M

.

Chomelfatal

,

ob

,

c

-

Blache temobservado muitas vezes reinar epidemicamenteem Pariz; porexemplono Outono de 1818,cmconsequência d

umalonga secura ecalores excessivos

.

M

.

Calmeil diz

que em certosannosasEry

-

sipelas multiplicão

-

seaoinfinito entre os alienadosdetal sorte

,

queé necessáriosuspender,durante um tempo mais oumenoslongo

,

todas as medicações revulsivas

,

que fazem porassim dizer a base do tra

-

tamento da alienação mental

.

Aapplicaçãod'unisedenho,d’umamo

-

xa

,

d'umvisicatorio,6seguidad

umainflammaçãocrysipclatosa; uma feridasuperficialda pelle, tem omesmoinconveniente;omais

ligeiro

golpe

,

a abertura d

umaveia

,

umaapplicação de

sanguexuga

occasiona

Erysipelas.

O anuo de 1828

,

debaixo desta relação

,

tem sido singu

-

larmentenotável,edurante seismezes

,

asenfermarias tem sido atu

-

lhadasdealienados

erysipelatosos

( Rayer lox

.

cit

.

pag

.

14li

.

) M.Lis

-

franc:, naPrimaveradomesmoannocollicogrande numero decasos semelhantes no HospitaldaPiedade

.

M.Velpeau

,

nesteHospitaldu

-

rante oEstiodo 1831

,

vioigualmente uma epidemia

cPErysipelns .

Se nos

quizermos

aproximardestas predisposiçõesdetodoorga*

,

acpiellas

das differentes regiões do involucro

dermoide

,nos

segundo

os

factos ,

que cortaspartes

parecem olVorccer

a mamo

charerno;

(15)

13

Erysipeln

uma sédo do prodilocçãoindcpcndentcmcnte detoda causa local

.

B

ó

de

-

scestabelecerdesta sorteagradaçãorelu ti

va

aestas pre

-

disposiçõesloc.nes

.

IuA Cabeça

. —

M

.

Chomel e Blacheestavãobem convencidosdestefacto quando dizem:

a

Erysipcla

espontancaévin

-

te vezes mais frequente nacabe

ç

a quoem outroqualquer lugar do corpoNoescroto

. „ —

2no.“ Nohomempesco,nosço

.

grandes

Ivtamblábiosém frequentenamulherneste

. —

Nós temos obponto

.

3

. -

«

servado um grandenosdiví

,

duos cachetionssobre tudonos,velhosnumeroen’aquelles

,

segundo a observaçãnestas(piepartessuas profiss

. —

l

.

ooNosõde Franckesmembrosobrigão;a ficarnospelviain

- -

longo tempoem pé

.

Celso refereque aErysipcla daspernas eramui

commuaientreosRomanos

. —

5

.

o

Nos

membrosthoracicos

,

sobretudo

entreosPadeiros

,

Tintureiros

,

&

6

.

«Emfim

,

notronco,ondeain

-

flammaçãoestabelece

-

sefrequentemente em forma de zonaoucintura; é com eAfeito nestepontoqueobserva

-

seomais dasvezesestavarie

-

dade

,

conhecida debaixo donome dcZona

,

Zoster

.

AHrysipela

,

comonósveremos

,

póde percorrersuccessivamen

-

te a maior parte das regiõesdapelle

,

porém observa

-

sebera poucas vezesemtodas suas partes aomesmotempo

. Uma

variedademui ra

-

ramenteobservadaé aErysipcla universal; n

ó

snãoatemos visto se nãoumaúnica vez

,

em umaSenhora de 50 annos;todaapelle do tron

-

coedos membros estavaligeiramente tumeficada

,

capresentava uma vermelhidãoerysipelatosa muiextensa

.

A enferma muipaciento

,

não podia guardar posiçãoalguma

,

nem gozar d

uni instante desomno ,

ella sentia

-

secomo devorada por ardentes chammas

.

Felizmente este supplicionão foi dclonga duração;foi acalmadopor banhos inteiros frequentemente repetidos

,

e pelo usodos medicamentos aperitivos

.

(Renauldin

.

)

CAUSAS

. —

No estado actual da sciencia

,

nosé impossivel attingir comacausa próxima eimmediata dodesenvolvimentodaErysipela

,

não encontramossenãomvstcrioeobscuridade

.

Hyppocrates

,

cGalenoat

-

tribuem auma congestãoda bilis

,

á influencia d’uma bilis corrompida

,

d

umsangueaquecidoemisturadoa estetluido

.

Hofimannairritação dres'uni;Lorryîibilisaacre causticauma serosidadealteradaacrimoniosapela estagnaçã

,

irritante

.

oTissotnosseusdiz:passadof4a Ery

- -

sipela dependede duascausas

,

l

.

od

um tumor ácre eordinariamente bilioso

,

espalhado no sangue;2

.

°cmrazãodeste tumor nãoevacuar

-

se bem pelamaria na Erysipclatranspiraespontanca sobreção

. „

E

evidente paratudoseliganós

,

ouque estaapredisposicausaçõpries

-

individuaes

,

ouaconstituiçõesathmosphericas; porém em queconsis

-

tem positivamente estas constituiçõescpredisposições:é um mvstcrio quo não será talveznunca dado ao Medico

dcscobril -

o

.

Assim por

causad1Erysipclanósentenderemos sómente ascircunstanciasmais ou menos apreciáveis pelosnossos meios dc investigação , nomeio das

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