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A ESCRITA: UM INSTRUMENTO PEDAGÓGICO FUNDAMENTAL PARA O ENSINO DAS PRIMEIRAS SÉRIES.

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Academic year: 2022

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Akrópolis, Umuarama, v.12, nº.4, out./dez., 2004 251 Educação Fonte de Transformação onde a Cidadania Acontece A ESCRITA: UM INSTRUMENTO PEDAGÓGICO

FUNDAMENTAL PARA O ENSINO DAS PRIMEIRAS SÉRIES.

Bianca de Oliveira Delgado (G -UNIPAR) Carolina Martins Ferreira (G - UNIPAR) Cristina Hitomi Misse (G - UNIPAR) Roberta Bagnara Barbosa (G- UNIPAR) Rosangela Bressan Buosi (UNIPAR) Resumo: Entender o mundo das letras, sobretudo nos centros urbanos, é para a criança, a possibilidade de começar a utilizar alguns códigos do mundo adulto, bem como a de dar significados consistentes às inúmeras grafias com as quais ela se defronta todos os dias. Sem dúvida é um processo muito rico para a criança e muito envolvente e desafiador para o professor.

Palavras-Chave: Escrita

Abstract: To understand the world of the letters, above all in the urban centers, it is for the child, the possibility to begin to use some codes of the adult world, as well as the one of giving solid meanings to the countless orthographies with which she is confronted everyday. Without a doubt it is a very rich process for the child and very involving and challenging for the teacher.

Key Words: Writing Introdução

A escrita é considerada como um sistema de representação da língua, cuja aprendizagem significa a apropriação de um novo objeto do conhecimento, é fundamental que no processo da escrita se compreenda os símbolos que a caracteriza.

A ação de escrever exige da criança a compreensão da relação que existe entre o som e o símbolo. Quando fala, a criança tem uma consciência imperfeita dos sons que pronuncia, quando escreve, ela tem de tomar consciência da estrutura sonora de cada palavra, tem de discriminá- la e reproduzi-la em símbolos alfabéticos, que tem de ser memorizado e estudado de antemão. (Vygotsky, 1979).

Entender o mundo das letras, sobre tudo nos centros urbanos, é, para a criança, a possibilidade de começar a utilizar alguns códigos do mundo adulto, bem como a de dar significados consistentes às inúmeras grafias com as quais ela se defronta todos os dias, sem duvida é um processo muito rico para a criança e muito envolvente e desafiador para o professor.(Silva, Maria Alice, 2000).

Inicialmente, a criança passa por uma fase de imitação do formato da escrita e para explicar o simbolismo na escrita, a criança começa a usar o desenho quando a linguagem falada já progrediu e assim sucessivamente até formalizar a escrita culta de maneira a se expressar e transmitir idéias.

A escrita é uma maneira particular de transcrever a linguagem, e tudo se modifica ao supor que o sujeito que vai abordá-la já possui um notável conhecimento de sua língua materna.

E foi tentando compreender um pouco as causas dessa situação, é que se propôs a pesquisa realizada pelas graduandas de Pedagogia, e a conseqüente elaboração desse

artigo. A estrutura deste artigo pautou-se em dados colhidos e sistematizados em relatórios pelas acadêmicas do terceiro ano de Pedagogia de 2004, com caráter exploratório de voltar a atenção para o sistema de ensino, e resgatar a importância da escrita nas séries iniciais, a fim de capacitar a criança e oportunizar à mesma possibilidades de se expressar através dos símbolos determinados pela escrita.

Resultados

De acordo com as observações realizadas nas salas das séries iniciais, pode-se perceber que a escrita está voltada para as atividades de cópia dos exercícios do quadro ou do livro, considerando que o livro didático não pode ser riscado o exercício deve ser passado para o caderno. O xerox de texto também está presente na sala de aula, que acaba estagnando a escrita, desta forma, o texto tido como pronto nas mãos dos alunos não possibilita a criação, a pesquisa, bloqueando os focos de interesse.

Discussão

Muitas vezes o professor interessado pergunta-se como escapar à rotina de escrita, sempre do mesmo gesto de escrever (cópia), seguido de questionário ou de textos. É claro que não há nada de errado com esta atividade, ela é útil e necessária àqueles que buscam a convivência com a escrita, mas não é, principalmente quando se pretende que o aluno vivencie o texto, a única maneira de trabalhar a escrita.

Deve-se mudar a maneira de dar as estratégias, transformando o medo de escrever em prazer. Quando há prazer, tal atividade fica mais fácil e mais gostoso. É hora de ficar bem com o ato de escrever, conferindo-lhe prazer e não medo.

É preciso criar situações para que o exercício da escrita pelo aluno se constitua realmente numa atividade intelectual, e não na atividade meramente braçal da cópia para que escreva para que ele tenha a oportunidade devida, orientação para buscar eficácia e perfeição para que escreva para produzir e não apenas para resumir, para frasear ou registrar, comunicar, entender, criar nada menos que tudo isso.

“(...) A criança que não foi bloqueada em sua curiosidade natural de conhecer o mundo que a cerca será levada a querer conhecer algo valorizado por aqueles que admira a escrita” ( GARCIA, 1992).

“(...) ensinar a escrita impõe necessariamente que a escrita seja relevante à vida (...) que as letras se tornem elementos da vida das crianças, da mesma maneira, como por exemplo, a fala. Da mesma forma que as crianças aprendem a falar, elas podem muito bem aprender a ler e escrever” (VIGOTSKY, 1989).

Conclusão:

Ensinar a escrever é uma tarefa de uma escola disposta a olhar para frente e não para a repetição do passado que nos trouxe à escola que temos hoje; trabalhar com o texto implica trabalhar com a incerteza e com o erro e não com resposta certa, porque escrever é produzir e não reproduzir velhas certezas, pois certezas nos deixam no mesmo lugar, é

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Akrópolis, Umuarama, v.12, nº.4, out./dez., 2004 252

XIII Semana de Estudos Pedagógicos o erro que nos leva à direção do novo.

Referências

CALKINS, L. M. A arte de ensinar a escrever: o desenvolvimento do discurso escrito. Porto alegre: Artes Médicas, 1989.

FERREIRO, E.; TEBEROSKY, A. Psicogênese da língua escrita.

4. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.

GUEDES e SOUZA. Leitura e escrita são tarefas da escola e não só do professor de português. Ler e escrever compromisso de todas as áreas. Editora da Universidade. Rio Grande do Sul, 1998.

PERIPOLLI, I. et al. A importância da leitura de fruição pelo professor em sala de aula para formação de alunos leitores e produtores de textos. Akrópolis, Umuarama, p. 211, 2003.

SILVA, J. A seca em Umuarama. Veja, São Paulo, p 10-25, maio, 2002.

VYGOTSKY, L. S. Mind and society; the development of higher processes. Cambridge – London, Harvard University Press.

Referências

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