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Por. Semana. Eduardo Valladares (Bruna Basile)

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Academic year: 2021

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Por.

Semana 5

Eduardo Valladares

(Bruna Basile)

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Po

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RESUMO

Segundo o dicionário Michaelis, a palavra estrutu-ra (sf) em uma das suas acepções possíveis significa “modo de construção de algo; formação”. Dessa for-ma, podemos entender que toda construção é fei-ta com algum tipo de elemento. E quando falamos em palavras possuímos elementos que compõem a sua estrutura e também alguns processos que as for-mam.

Estrutura de palavras

Para construirmos as palavras precisamos dos mor-femas que são as menores unidades possíveis que podemos dividir a palavra, com o intuito de que cada uma dessas partes tenham um significado. São mor-femas formadores de uma palavra:

→ Radical: Parte da palavra que não se modifica, e

que indica a origem da palavra.

→ Vogal temática: Nos nomes, faz com que o

radi-cal possa ser uma palavra e nos verbos indica a con-jugação a que o verbo pertence.

→ Desinências: Indicam a qualidade gramatical da

palavra, por exemplo, o gênero e o número nas es-truturas nominais e nas eses-truturas verbais, o modo, o tempo, a pessoa e o número.

→ Afixos: São morfemas responsáveis por

transfor-mar uma palavra primitiva em uma derivada. Se sua posição for antecedente ao radical, o afixo é chama-do de prefixo e se sua posição for posterior ao radi-cal, ele é chamado de sufixo.

Processos de formação de

palavras

→ Derivação: É o processo em que uma palavra

nova (derivada) é formada a partir de uma palavra já existente (primitiva).

✓ Prefixal: Acréscimo de um prefixo à palavra pri-mitiva.

✓ Sufixal: Acréscimo de um sufixo à palavra primi-tiva.

✓ Prefixal e sufixal: Acréscimo não simultâneo de sufixo e prefixo à palavra primitiva.

✓ Imprópria: Mudança na classe gramatical da pa-lavra.

✓ Regressiva: É a formação de uma palavra não por acréscimo, mas por redução.

✓ Parassintética: Acréscimo simultâneo de sufixo e prefixo à palavra primitiva.

→ Composição: É o processo que forma palavras

compostas, a partir da junção de dois ou mais radi-cais.

✓ Justaposição: Ocorre quando uma palavra resulta da combinação de dois radicais e não sofre altera-ção fonológica.

✓ Aglutinação: Combinação entre dois ou mais radi-cais que sofrem alteração na sua forma fonológica.

→ Siglonimização: É o processo de redução de

uma palavra pela transformação em uma sigla.

→ Abreviação: Processo pelo qual uma palavra se

forma por eliminação de parte da palavra original.

→ Hibridismo: É a formação de uma palavra a partir

de elementos de duas línguas diferentes.

→ Neologismo: Criação de uma palavra nova para

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EXERCÍCIO DE AULA

1.

2.

A forte presença de palavras indígenas e africanas e de termos trazidos pe-los imigrantes a partir XIX é um dos traços que distinguem o português do Brasil e o português de Portugal. Mas, olhando para a história dos emprés-timos que o português brasileiro recebeu de línguas europeias a partir do século XX, outra diferença também aparece: com a vinda ao Brasil da família real portuguesa (1808) e, particularmente com a Independência, Portugal deixou de ser o intermediário obrigatório da assimilação desses empréstimos e, assim, Brasil e Portugal começaram a divergir, não só por terem sofrido influências diferentes, mas também pela maneira como reagiram a elas. (ILARI, R.; BASSO, R. O português da gente: a língua que estudamos, a língua que falamos. São Paulo: Contexto, 2006) Os empréstimos linguísticos, recebidos de diversas línguas, são importantes na constituição do Brasil porque

a) deixaram marcas da história vivida pela nação, como a colonização e a imi-gração.

b) transformaram em um só idioma línguas diferentes, como as africanas, as indígenas e as europeias.

c) promoveram uma língua acessível a falantes de origens distintas, como o afri-cano, o indígena e o europeu.

d) guardaram uma relação de identidade entre os falantes do português do Brasil e os do português de Portugal.

e) tornaram a língua do Brasil mais complexa do que as línguas de outros países que também tiveram colonização portuguesa.

Carnavália Repique tocou O surdo escutou E o meu corasamborim

Cuíca gemeu, será que era meu, quando ela passou por mim? […]

ANTUNES, A.; BROWN, C.; MONTE, M. Tribalistas, 2002 (fragmento) No terceiro verso, o vocábulo “corasamborim”, que é a junção coração + samba + tamborim, refere-se, ao mesmo tempo, a elementos que compõem uma escola de samba e a situação emocional em que se encontra o autor da mensagem, com o coração no ritmo da percussão. Essa palavra corresponde a um(a)

a) estrangeirismo, uso de elementos linguísticos originados em outras línguas e representativos de outras culturas.

b) neologismo, criação de novos itens linguísticos, pelos mecanismos que o sis-tema da língua disponibiliza.

c) gíria, que compõe uma linguagem originada em determinado grupo social e que pode vir a se disseminar em uma comunidade mais ampla.

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3.

TEXTO I

Um ato de criatividade pode contudo gerar um modelo produtivo. Foi o que ocorreu com a palavra sambódromo, criativamente formada com a termina-ção -(ó)dromo (= corrida), que figura em hipódromo, autódromo, cartódro-mo, formas que designam itens culturais da alta burguesia. Não demoraram a circular, a partir de então, formas populares como rangódromo, beijódro-mo, camelódromo.

AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da língua portuguesa. São Paulo: Pu-blifolha, 2008.

TEXTO II

Existe coisa mais descabida do que chamar de sambódromo uma passare-la para desfile de escopassare-las de samba? Em grego, -dromo quer dizer “ação de correr, lugar de corrida”, daí as palavras autódromo e hipódromo. É certo que, as vezes, durante o desfile, a escola se atrasa e eé obrigada a correr para não perder pontos, mas não se desloca com a velocidade de um cavalo ou de um carro de Fórmula 1.

GULLAR, F. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 3 ago. 2012. Há nas línguas mecanismos geradores de palavras. Embora o Texto II apresente um julgamento de valor sobre a formação da palavra sambódromo, o processo de formação dessa palavra reflete

a) o dinamismo da língua na criação de novas palavras.

b) uma nova realidade limitando o aparecimento de novas palavras.

c) a apropriação inadequada de mecanismos de criação de palavras por leigos. d) o reconhecimento da impropriedade semântica dos neologismos.

e) a restrição na produção de novas palavras com o radical grego.

4.

Sinhá Vitória falou assim, mas Fabiano resmungou, franziu a testa, achando a frase extravagante. Aves matarem bois e cabras, que lembrança! Olhou a mulher, desconfiado, julgou que ela estivesse tresvariando.

Graciliano Ramos, “Vidas secas” O prefixo assinalado em “tresvariando” traduz ideia de:

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5.

Os homens aqui mudam de nome quando têm um filho homem. Maxi-hú é o pai de Maxi-Teró por muito tempo foi Jaguarhú. Eu seria Iuicuihí se minha filha se chamasse Iuicui? Ou Mairahú se meu filho pudesse chamar-se Ma-íra? Será que pode?

RIBEIRO, Darcy. Maíra. Rio de Janeiro: Record, 1990, p. 372-3. Levando em conta apenas os substantivos próprios citados no trecho, é possí-vel entender que, na língua dos mairuns, o novo nome do pai de um filho homem contém:

a) o nome da criança seguido do morfema - hí b) o nome do filho seguido do morfema - hú c) o nome da mãe seguido do morfema - hí d) o nome do pai seguido do morfema - hú

EXERCÍCIO DE CASA

1.

Leia com atenção o texto:

[Em Portugal], você poderá ter alguns probleminhas se entrar numa loja de roupas desconhecendo certas sutilezas da língua. Por exemplo, não adianta pedir para ver os ternos — peça para ver os fatos. Paletó é casaco. Meias são peúgas. Suéter é camisola — mas não se assuste, porque calcinhas fe-mininas são cuecas. (Não é uma delícia?)

Ruy Castro. Viaje Bem. Ano VIII, no 3, 78. O texto destaca a diferença entre o português do Brasil e o de Portugal quanto a) ao vocabulário. b) à derivação. c) à pronúncia. d) ao gênero. e) à sintaxe.

2.

Só os roçados da morte compensam aqui cultivar, e cultivá-los é fácil: simples questão de plantar; não se precisa de limpa, de adubar nem de regar; as estiagens e as pragas fazem-nos mais prosperar; e dão lucro imediato; nem é preciso esperar pela colheita: recebe-se na hora mesma de semear.

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O mesmo processo de formação da palavra sublinhada em “não se precisa de limpa” ocorre em:

a) “no mesmo ventre crescido”.

b) “iguais em tudo e na sina”.

c) “jamais o cruzei a nado”.

d) “na minha longa descida”.

e) “todo o velho contagia”.

3.

Leia a seguir um trecho de um bate-papo pela internet, retirado de uma das “sa-las” do UOL.

(04:01:51) LOIRA fala para E.F.S-MSN: NAO QUERO PAPO CONTIGO PQ VC PI-ZOU NA BOLA

(04:01:55) Alex entra na sala...

(04:02:02) Alex fala para Todos: Alguém quer teclar? (04:02:04) A T I R A D O R fala para AG@SSI: QUEM E VC

(04:02:39) LOIRA fala para nois (Mô, Lê e Ti): APARENCIA NAO EMPORTA (04:02:43) A T I R A D O R fala para LOIRA: eai princesa ta afim de tc (04:02:56) LOIRA fala para AG@SSI: OI QTOS ANOS

Sobre a escrita no bate-papo, são feitas as quatro afirmações seguintes: I. As palavras teclar e tc são formadas, respectivamente, por sufixação e redu-ção.

II. Estão incorretamente grafadas as palavras pizou e emporta. III. A pontuação está incorreta nas frases de Loira, Alex e Atirador. IV. Alex e Atirador apresentam erros na acentuação de palavras. Está correto apenas o que se afirma em

a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) II e IV. e) III e IV

4.

Sobre o trecho “As próprias plantas venenosas são úteis: a ciência faz do veneno mais violento um meio destruidor de moléstias, regenerador da saúde, conserva-dor da vida.”, é correto afirmar que:

I. O período é composto por duas orações.

II. Há somente três palavras formadas por sufixação.

III. A acentuação gráfica das palavras grifadas se justifica pela mesma regra. a) apenas I é correta.

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5.

6.

Tomando como referência os processos de formação de palavras, dada a relação com o som produzido pelos equinos quando em movimento, a palavra Pocotó é formada a partir de uma

a) prefixação. b) sufixação. c) onomatopeia. d) justaposição. e) aglutinação.

Sempre que se agita esta questão das reivindicações femininas, escovam-se os velhos chavões, e, com um grande ar de importância, os filósofos decidem sem apelação que a mulher não pode ser mais do que o anjo do lar, a vestal encarregada de vigiar o fogo sagrado, a depositária das tradições da famí-lia... e das chaves da despensa. Todo esse dispêndio de palavras inúteis ser-ve apenas para encobrir a fealdade da única razão séria que podemos apre-sentar contra as pretensões das mulheres: o nosso egoísmo, o receio que temos de que nos despojem das nossas prerrogativas seculares – o medo de perder as posições, as regalias, as honras que o preconceito bárbaro confiou exclusivamente ao nosso século. Compreende-se: quem se habituou a em-punhar o bastão do comando não se resigna facilmente a passá-lo a outras mãos: é mais fácil deixar a vida do que deixar o poder.

18/08/1901 - BILAC, Olavo. Vossa Insolência. São Paulo: Cia. das Letras, 1997, p. 313. A palavra extraída do texto, cuja constituição mórfica está explicada correta-mente, é:

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7.

O texto a seguir é um trecho de uma conversa por meio de um programa de computador que permite comunicação direta pela Internet em tempo real, como o MSN Messenger. Esse tipo de conversa, embora escrita, apresenta muitas características da linguagem falada, segundo alguns linguistas. Uma delas é a interação ao vivo e imediata, que permite ao interlocutor conhecer, quase ins-tantaneamente, a reação do outro, por meio de suas respostas e dos famosos emoticons (que podem ser definidos como “ícones que demonstram emoção”). João diz: oi

Pedro diz: blz? João diz: na paz e vc? Pedro diz: tudo trank :) João diz: oq vc ta fazendo? [...]

Pedro diz: tenho q sair agora... João diz: flw

Pedro diz: vlw, abc

Para que a comunicação, como no MSN Messenger se dê em tempo real, é ne-cessário que a escrita das informações seja rápida, o que é feito por meio de a) frases completas, escritas cuidadosamente com acentos e letras maiúsculas (como “oq vc ta fazendo?”).

b) frases curtas e simples (como “tudo trank”) com abreviaturas padronizadas pelo uso (como “vc” – você – “vlw – valeu!).

c) uso de reticências no final da frase, para que não se tenha que escrever o resto da informação.

d) estruturas coordenadas, como “na paz e vc”.

e) flexão verbal rica e substituição de dígrafos consonantais por consoantes sim-ples (“qu” por “k”).

8.

Só falta o Senado aprovar o projeto de lei [sobre o uso de termos estran-geiros no Brasil] para que palavras como shopping center, delivery e drive--through sejam proibidas em nomes de estabelecimentos e marcas. Engaja-do nessa valorosa luta contra o inimigo ianque, que quer fazer área de livre comércio com nosso inculto e belo idioma, venho sugerir algumas outras medidas que serão de extrema importância para a preservação da sobera-nia nacional, a saber:

[...]

→ Nenhum cidadão carioca ou gaúcho poderá dizer “Tu vai” em espaços públicos do território nacional;

→ Nenhum cidadão paulista poderá dizer “Eu lhe amo” e retirar ou acres-centar o plural em sentenças como “Me vê um chopps e dois pastel”; [...]

→ Nenhum dono de borracharia poderá escrever cartaz com a palavra “bor-racharia” e nenhum dono de banca de jornal anunciará “Vende-se cigarros”; [...]

→ Nenhum livro de gramática obrigará os alunos a utilizar colocações pro-nominais como “casar-me-ei” ou “ver-se-ão”.

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No texto acima, o autor:

a) mostra-se favorável ao teor da proposta por entender que a língua portuguesa deve ser protegida contra deturpações de uso.

b) ironiza o projeto de lei ao sugerir medidas que inibam determinados usos re-gionais e socioculturais da língua.

c) denuncia o desconhecimento de regras elementares de concordância verbal e nominal pelo falante brasileiro.

d) revela-se preconceituoso em relação a certos registros linguísticos ao propor medidas que os controlem.

e) defende o ensino rigoroso da gramática para que todos aprendam a empregar corretamente os pronomes.

QUESTÃO CONTEXTO

Em vários textos e até mesmo em letras músicas podemos encontrar palavras de outros idiomas incorporadas na Língua Portuguesa. Confira um trecho da música

Samba do Approach de Zeca Baleiro. Venha provar meu brunch

Saiba que eu tenho approach Na hora do lunch

Eu ando de ferryboat Eu tenho savoir-faire Meu temperamento é light Minha casa é hi-tech Toda hora rola um insight Já fui fã do Jethro tull Hoje me amarro no Slash Minha vida agora é cool Meu passado é que foi trash

No trecho apresentado podemos identificar palavras da língua francesa e ingle-sa. Dessa forma, explique porque encontramos empréstimos linguísticos (estran-geirismos) em nosso vocabulário da Língua Portuguesa.

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01.

Exercício de aula

1. a 2. b 3. a 4. e 5. b

02.

Exercício de casa

1. a 2. c 3. a 4. d 5. c 6. c 7. b 8. b

03.

Questão Contexto

Os empréstimos têm origem no contato entre as cul-turas e na influência que uma cultura exerce sobre a outra. Muitas vezes o que se toma emprestado é um conceito ou uma ideia, ao qual se associa uma nova palavra que costuma ser mantida em sua língua ori-ginal ou que sofre adaptações à ortografia do portu-guês, por exemplo, delete em inglês que se transfor-mou em deletar em português.

Referências

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