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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO

INGESTÃO DE ENERGIA E MACRONUTRIENTES DE PACIENTES PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ISQUÊMICA E NÃO

ISQUÊMICA

ALANNA KAROLINE DE OLIVEIRA ALMEIDA

NATAL - RN 2021

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ALANNA KAROLINE DE OLIVEIRA ALMEIDA

INGESTÃO DE ENERGIA E MACRONUTRIENTES DE PACIENTES PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ISQUÊMICA E NÃO ISQUÊMICA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Graduação em Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito para obtenção do Grau de Nutricionista.

.

Orientadora: Profa Dra. Karine Cavalvanti Mauricio de Sena Evangelista Coorientadora: Nut. Esp. Núbia Rafaella Soares Moreira Torres

NATAL – RN

2021

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS

Almeida, Alanna Karoline de Oliveira.

Ingestão de energia e macronutrientes de pacientes portadores de insuficiência cardíaca isquêmica e não isquêmica / Alanna Karoline de Oliveira Almeida. - 2021.

32f.: il.

Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (Graduação em Nutrição) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Nutrição. Natal, RN, 2021.

Orientadora: Karine Cavalcanti Mauricio de Sena Evangelista.

Coorientadora: Núbia Rafaella Soares Moreira Torres.

1. Insuficiência cardíaca - TCC. 2. Consumo alimentar - TCC.

3. Macronutrientes - TCC. I. Evangelista, Karine Cavalcanti Mauricio de Sena. II. Torres, Núbia Rafaella Soares Moreira.

III. Título.

RN/UF/BS-CCS CDU 616.12-008.46

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ALANNA KAROLINE DE OLIVEIRA ALMEIDA

INGESTÃO DE ENERGIA E MACRONUTRIENTES DE PACIENTES PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ISQUÊMICA E NÃO ISQUÊMICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito final para obtenção do grau de

Nutricionista.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________________

Prof.ª Dr.ª Karine Cavalcanti Maurício de Sena Evangelista Orientadora

__________________________________________________________

Nut. Esp. Núbia Rafaella Soares Moreira Torres

_____________________________________________________________

Erika Paula Silva Freitas de Oliveira

Natal, 2021

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In memorian de Maria das Graças Pereira da Silva, por todo amor que depositou em mim.

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AGRADECIMENTOS

A Deus por ter guiado os meus passos até aqui, me dando força, saúde e sabedoria para que nenhum obstáculo pudesse me atrapalhar durante o caminho.

À minha mãe, Patrícia, por ter se dedicado em tempo integral a minha educação e me ensinado o quão importante é o conhecimento. Ela é o meu maior exemplo, sem ela não teria conseguido.

Ao meu pai, Anderson, por ter investido em minha educação para que eu não tivesse outras preocupações além de estudar. Sem ele tudo seria mais difícil.

À minha tia, Maria das Graças (In memorian), por ter ajudado em minha criação e cuidado de mim como sua própria filha, me amando incondicionalmente durante toda sua vida.

Aos meus irmãos, Álvaro, Bernardo, Anna Clara e Maria Eduarda, pelo simples fato de existirem e me motivarem a ser exemplo para eles.

A toda minha família, por acreditarem e se orgulharem de mim, passando boas energias para que eu concluísse esse processo.

À Profª. Drª. Karine Sena, pela orientação, cuidado, sabedoria, dedicação e paciência. Obrigada por todos os ensinamentos.

À Drª. Rosiane Diniz e a nutricionista Ms. Niethia Lira, por nos darem espaço e por me inspirarem a ser uma boa profissional, humana e competente.

À todas as mestrandas que me acompanharam durante essa jornada, Fernanda Lambert, Núbia Rafaella e Francisca Leide, por toda ajuda e paciência.

À minha amiga fiel durante todos os anos de graduação, Luana Isabelly, por todo apoio, suporte, conselhos e incentivo. Agradeço por ser meu ombro amigo quando mais precisei.

Às amigas de curso, Bianca, Stephanie e Thainar, pelo carinho e por fazerem tudo ser mais leve.

A companheira de pesquisa, Raquel, pelos bons momentos compartilhados.

Agradeço em especial a todos os pacientes que tive a felicidade de conhecer e por tornarem esse trabalho possível.

Termino agradecendo a todos que contribuíram de alguma forma, para realização e conclusão desse trabalho.

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ALMEIDA, A.K.O. Ingestão de energia e macronutrientes de pacientes portadores de insuficiência cardíaca isquêmica e não isquêmica. 2021. 32f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) – Curso de Nutrição, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2021.

RESUMO

Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) é uma condição clínica complexa, de etiologia multifatorial, sendo a principal a doença arterial coronariana. A ingestão adequada de energia e macronutrientes é muito importante no contexto da IC, tendo em vista que os indivíduos são suscetíveis a desenvolver desnutrição, decorrentes da própria fisiopatologia da doença e das restrições dietéticas, tornando-os mais passíveis à caquexia. Objetivo: Comparar a ingestão de energia, macronutrientes e fibra de indivíduos com IC de origem isquêmica e não isquêmica. Métodos: O estudo transversal incluiu 107 indivíduos adultos e idosos, de ambos os sexos, com diagnóstico de IC, distribuídos em grupos de IC isquémico (n=51) e não isquémico (n=56). O consumo alimentar foi avaliado a partir de três recordatórios de 24h e os dados foram analisados no software Virtual Nutri Plus 2.0®. Foi utilizado o Teste “T”- Student e o teste U-Mann-Whitney, quando apropriado. Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 55 (14) anos, com predominância do sexo masculino (69%). O sobrepeso/obesidade, classificado segundo o índice de massa corporal (IMC) esteve presente em 50% da amostra. A ingestão calórica média do grupo foi de 1359 (430) Kcal e a maior parte dos participantes não atingiu a recomendação de energia. A média de ingestão de proteínas por g/kg/dia de ambos os grupos não atingiu a recomendação, sendo um pouco maior no grupo de IC não isquêmico, sem diferença significativa. Os alimentos que mais contribuíram para o consumo de proteínas foram feijão, ovo de galinha e carne bovina. Foi observada diferença significativa na ingestão de gordura total entre os grupos estudados, sendo maior no grupo não isquêmico (p<0,05), mas não atingiram a recomendação mínima.

Os principais alimentos contrinuintes foram carne bovina frita/assada, manteiga e queijo.

Ambos os grupos atingiram a recomendação para carboidrato, mas não de fibras, com principal contribuição do arroz branco, batata inglesa e tapioca. Conclusão: Os pacientes com IC apresentaram deficiência na ingestão de energia e macronutrientes entre os indivíduos com IC em ambos os grupos. Pacientes com IC isquémicos têm menor ingestão de gorduras totais, ressaltando a necessidade de intervenções nutricionais voltadas para esse grupo.

PALAVRAS-CHAVES: Insuficiência cardíaca, Consumo alimentar, Macronutrientes

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ABSTRACT

Introduction: Heart failure (HF) is a complex clinical condition with a multifactorial etiology, the main one being coronary artery disease. Adequate intake of energy and macronutrients is very important in the context of HF, given that individuals are susceptible to developing malnutrition, due to the pathophysiology of the disease and dietary restrictions, making them more susceptible to cachexia. Objective: To compare the intake of energy, macronutrients and fiber of individuals with HF of ischemic and non-ischemic origin.

Methods: The cross-sectional study included 107 adult and elderly individuals, of both sexes, diagnosed with HF, divided into ischemic (n = 51) and non-ischemic (n = 56) HF groups.

Food consumption was assessed using three 24-hour recalls and the data were analyzed using the Virtual Nutri Plus 2.0®️ software. The “T” -Student test and the U-Mann-Whitney test were used, when appropriate. Results: The mean age of the patients was 55 (14) years, with a predominance of males (69%). Overweight / obesity, classified according to the body mass index (BMI) was present in 50% of the sample. The average caloric intake of the group was 1359 (430) Kcal and most of the participants did not reach the energy recommendation. The average protein intake per g / kg / day for both groups did not reach the recommendation, being slightly higher in the non-ischemic HF group, with no significant difference. The foods that contributed most to protein consumption were beans, chicken eggs and beef. A significant difference was observed in the total fat intake between the groups studied, being greater in the non-ischemic group (p <0.05), but they did not reach the minimum recommendation. The main continuing foods were fried / roasted beef, butter and cheese. Both groups reached the recommendation for carbohydrate, but not fiber, with the main contribution of white rice, potatoes and tapioca. Conclusion: Patients with HF showed deficiency in energy and macronutrient intake among individuals with HF in both groups. Patients with ischemic HF have a lower intake of total fats, emphasizing the need for nutritional interventions aimed at this group.

KEYWORDS: Heart failure, Food consumption, Macronutrients

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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO ... 3

2.METODOLOGIA ... 5

2.1ASPECTOS ÉTICOS, POPULAÇÃO E DESENHO DO ESTUDO ... 5

2.2AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL ... 6

2.3AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR E DIETÉTICO DE ENERGIA, MACRONUTRIENTES E FIBRAS ... 6

2.4FREQUENCIA DOS ALIMENTOS-FONTES DE MACRONUTRIENTES ... 8

2.5ANÁLISES ESTATÍSTICAS ... 8

4.DISCUSSÃO ... 15

5.CONCLUSÃO ... 19

REFERÊNCIAS ... 20

(10)

APRESENTAÇÃO

A pesquisa é originária de um projeto maior coordenado pela Prof.ª Dr.ª Karine Cavalcanti Maurício de Sena Evangelista, intitulado “Perfil clínico-nutricional de pacientes com insuficiência cardíaca atendidos em um ambulatório de referência no estado do Rio Grande do Norte”.Fui inserida no grupo de pesquisa por meio de uma seleção realizada no início de 2018, e comecei a participar de atividades como aluna de extensão, com o plano de trabalho referente à Práticas de nutrição e saúde em pacientes com insuficiência cardíaca (IC).

Posteriormente, ingressei no projeto de iniciação científica, com plano de trabalho referente à avaliação da ingestão de energia e macronutrientes de pacientes com IC. Os dados obtidos do estudo maior fundamentaram a dissertação de mestrado da Mestranda do Programa de Pós- Graduação em Nutrição Núbia Rafaella Soares Moreira Torres e também outros trabalhos de conclusão de curso.

Para a pesquisa original, foram utilizados os dados de recordatórios de 24h (R24h), altura e peso de todos os indivíduos que se encaixavam no perfil de diagnóstico, correspondendo a um total de 124 pessoas. Entretanto, para o presente trabalho de conclusão de curso, realizou-se uma abordagem diferente dessas informações, focando-se na ingestão de energia e macronutrientes, além da classificação do índice de massa corporal (IMC), dos pacientes portadores de IC isquêmica e não isquêmica.

Minhas atividades exercidas nesse trabalho foram coleta de dados sociobiodemográficos e R24h; avaliação antropométrica; obtenção de dados faltantes, por meio do contato com os participantes; inserção dos dados em planilha e classificação do IMC;

utilização de software para análise estatística; organização e interpretação dos resultados.

Os dados obtidos durante esse processo foram adaptados para a defesa do trabalho de conclusão de curso em Nutrição, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em formato de artigo, escrito para publicação no periódico da NUTRIRE (Qualis Capes 2013- 2016 B5, área de Nutrição), conforme normas para publicação descritas no Anexo 1.

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INGESTÃO DE ENERGIA E MACRONUTRIENTES DE PACIENTES PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ISQUÊMICA E NÃO ISQUÊMICA

Alanna Karoline de Oliveira Almeidaa, Luana Isabelly Carneiro de Oliveiraa, Raquel Duarte Medeiros de Oliveiraa, Raquel Costa Silva Dantas-Komatsub, Fernanda Lambert de Andrade Freireb, Niethia Regina Dantas de Lirac, Rosiane Viana Zuza Dinizd, Francisca Leide da Silva Nunesb, Núbia Rafaella Soares Moreira Torresb, Karine Cavalcanti Mauricio Sena-

Evangelistaa,b*

aDepartment of Nutrition, Federal University of Rio Grande do Norte, Av. Senador Salgado Filho, 3000 - Lagoa Nova, CEP: 59078-970, Natal, Brazil.

bPostgraduate Program in Nutrition, Centre for Health Sciences, Federal University of Rio Grande do Norte, Av. Senador Salgado Filho, 3000 - Lagoa Nova, CEP: 59078-970, Natal, Brazil;

cEmpresa Brasileira de Serviços Hospitalares, Onofre Lopes University Hospital, Center for Health Science, Federal University of Rio Grande do Norte, Av. Nilo Peçanha, 620,

Petropolis, CEP 59012-300, Natal, Rio Grande do Norte, Brazil;

dDepartment of Clinical Medicine, Centre for Health Sciences, Federal University of Rio Grande do Norte, Av. Nilo Peçanha, 620, Petropolis, CEP 59012-300, Natal, Rio Grande do Norte, Brazil;

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*Corresponding author.

Karine Cavalcanti Mauricio Sena-Evangelista

Department of Nutrition, Federal University of Rio Grande do Norte, Av. Senador Salgado Filho, 3000 - Lagoa Nova, CEP: 59078970, Natal, Brazil

Telephone: +55 84 33422291; Fax: + 55 84 33422291 E-mail: kcmsena@gmail.com

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3 INTRODUÇÃO

A insuficiência cardíaca (IC) é uma condição clínica complexa, caracterizada pela incapacidade do coração de bombear suprimento sanguíneo suficiente para atender às necessidades metabólicas em sua totalidade, ou quando são necessárias elevadas pressões de enchimento para tal. A síndrome pode ser causada por mudanças estruturais e/ou funcionais no coração e apresenta sinais e sintomas típicos, provenientes da diminuição no débito cardíaco e/ou das elevadas pressões de enchimento no repouso ou no esforço (ROHDE et al., 2018). A IC é considerada um problema de saúde pública significante e uma patologia grave, alguns dados estimam um número de mais de 23 milhões de pessoas no mundo afetadas, apresentando elevadas taxas de mortalidade e morbidade (BACAL et al., 2015;ROGER, 2013).

Existem vários fatores relacionados à origem da IC, mas em geral, considera-se a denominação de origem isquêmica ou não isquêmica. A IC isquêmica surge em decorrência da doença arterial coronariana (DAC) e do infarto agudo do miocárdio (IAM). Por outro lado, a IC não isquêmica inclui as alterações no ritmo cardíaco, que ocorre como consequência da hipertensão arterial, diabetes mellitus, cardiopatia dilatada primária, cardiopatia alcoólica, infecções por doença de Chagas, febre reumática, doenças inflamatórias, doenças autoimunes, lúpus, toxicidade (tratamento de câncer, anorexígenos e simpatomiméticos) e anormalidades genéticas (PONIKOWSKI et al., 2016).

Os mecanismos envolvidos na fisiopatologia da IC resultam no comprometimento do estado nutricional, ocasionando perda de massa adiposa, muscular e óssea, podendo progredir para um estado de caquexia (WAWRZEŃCZYK et al., 2019). A IC causa a redução do metabolismo energético devido a uma menor produção de adenosina trifosfato (ATP), isso ocorre em consequência da alteração do substrato nutricional e de um defeito na função mitocondrial, por isso, está ligada a alterações no metabolismo energético cardíaco. Portanto, sendo uma comorbidade tendenciosa à desnutrição, necessita de avaliação do consumo de energia e macronutrientes, tendo como justificativa a ingestão nutricional inadequada ligada a componentes que ocasionam a evolução negativa da doença (BIANCHI, 2019).

Diante desse cenário, a avaliação nutricional completa é imprescindível para a construção do perfil nutricional dos pacientes, uma vez que as condições nutricionais precárias estão ligadas à mortalidade dos pacientes, principalmente dos hospitalizados. Além disso, a IC provoca o surgimento de edema intestinal, anorexia, distúrbios de absorção, aumento da taxa metabólica de repouso e das demandas nutricionais e energéticas. Sabendo

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4 disso, tem-se a avaliação do consumo alimentar sendo uma variável dentro do processo de avaliação nutricional muito importante no processo de identificação da conduta alimentar e dietética para o paciente, devido ao quadro de má nutrição que normalmente apresentam (YANCY et al., 2013; PINHO & SILVEIRA, 2014; ROHDE et al., 2018; UYSAL et al., 2020).

As recomendações de energia e nutrientes existentes nas diretrizes nacionais e internacionais deixam lacunas que dificulta uma orientação alimentar e nutricional mais específica para pacientes com IC. Geralmente, as recomendações relatadas por alguns autores não diferem muito das recomendações para a população geral. Vale salientar, que os requisitos energéticos podem variar de acordo com a classe funcional da IC, geralmente, pacientes com classe funcional III e IV apresentam uma maior taxa metabólica (BACAL et al., 2015; SEHADE, 2009).

As proteínas apresentam um papel de destaque no contexto da IC. Uma dieta rica em proteína apresentou benefícios em estágios avançados de IC, assim como o aumento na ingestão de proteínas somado ao ajuste na quantidade de carboidratos junto ao exercício físico reduz o risco cardiovascular. Além disso, há evidências quanto aos benefícios dos ácidos graxos poli-insaturados ω-3 na fisiopatologia da IC (DUDA et al., 2009; RIBEIRO et al., 2014; VON BIBRA et al., 2017). Com base nesses fatores, revela-se a necessidade de oferecer aos pacientes uma dieta que seja adequada quantitativa e qualitativamente às necessidades particulares dos pacientes com IC. Portanto, torna-se prioridade uma dieta com componentes anti-inflamatórios, antioxidantes, que seja capaz de nutrir a mucosa intestinal, reduzindo sua hiperpermeabilidade, favorecendo a absorção de nutrientes e reduzindo a translocação bacteriana, e que forneça elementos essenciais para o bom funcionamento do metabolismo energético (PINHO & SILVEIRA, 2014; YANCY et al., 2013).

Portanto, as recomendações são imprescindíveis para o estado nutricional e o prognóstico desse grupo de indivíduos e com o conhecimento sobre a importância do consumo alimentar no tratamento não farmacológico da IC, torna-se relevante que estudos sejam realizados com a intenção de estabelecer informações que poderão subsidiar a elaboração de condutas nutricionais, buscando prevenir complicações e atender as necessidades individuais desses pacientes. Diante disso, o objetivo desse estudo foi comparar a ingestão de energia, macronutrientes e fibra de indivíduos com IC de origem isquêmica e não isquêmica.

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5 2. METODOLOGIA

2.1 ASPECTOS ÉTICOS, POPULAÇÃO E DESENHO DO ESTUDO

O presente estudo é caracterizado como transversal, e é um recorte do projeto “Perfil clínico-nutricional de pacientes com insuficiência cardíaca atendidos em um ambulatório de referência no estado do Rio Grande do Norte”, coordenado pela professora Drª Karine Cavalcanti Maurício de Sena Evangelista, e aprovado pelo comitê de ética do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) sob o número “CAAE 59827516.2.0000.5292”.

O estudo foi desenvolvido no HUOL (Hospital Universitário Onofre Lopes) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), hospital terciário de referência no atendimento de adultos e idosos no Rio Grande do Norte. A população de estudo é constituída por adultos e idosos, com idade superior aos 20 anos, de ambos os sexos, com diagnóstico de IC e que foram acompanhados no Ambulatório Interprofissional de Insuficiência Cardíaca (AMIIC).

O diagnóstico clínico de IC foi realizado pela equipe médica do Hospital, seguindo a conduta adotada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, que preconiza o uso do sistema de pontos de Boston e dos critérios de Framingham, com confirmação diagnóstica por meio do ecodopplercardiograma. Foram considerados critérios de exclusão a existência de déficit cognitivo, uso de terapia nutricional enteral e/ou parenteral, realização de cirurgia bariátrica anteriormente, a existência de doença renal crônica em diálise, uso de quimioterápicos e a gestação.

A coleta dos dados sociodemográficos e os parâmetros clínicos, que foram utilizados para a caracterização da população de estudo, foram gerados por meio de um questionário sociodemográfico específico, da consulta aos prontuários dos pacientes e durante as consultas, respectivamente.

O estudo foi desenvolvido em três etapas principais. A primeira etapa correspondeu à seleção dos participantes do estudo, de acordo com os critérios de inclusão e exclusão estabelecidos, assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), aplicação dos questionários sociodemográficos, coleta de informações clínicas e aplicação do primeiro recordatório 24h (R24h). Esta etapa aconteceu durante a primeira consulta do participante no ambulatório. A segunda etapa consistiu na aplicação do segundo R24h após 30 a 45 dias do

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6 primeiro R24h 1. Em seguida, ocorreu a terceira etapa, sendo aplicado o terceiro R24h entre um período de 30 a 45 dias após o momento R24h 2. O segundo ou terceiro recordatório foi aplicado por telefone, apenas nos casos nos quais o paciente não possuía consulta no prazo adequado, seguindo a mesma metodologia observada na aplicação do recordatório presencial.

2.2 AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL

A avaliação do estado nutricional antropométrico dos pacientes foi realizada por meio do IMC, que é a razão do peso pela altura ao quadrado (peso/altura2), utilizando-se as medidas de peso e altura dos pacientes. Para isso, utilizou-se uma balança digital com capacidade para 200 Kg e precisão de 0,1 Kg (Líder Balanças®, Linha P200C, Modelo LD1050) e o estadiômetro da própria balança. O IMC foi classificado de acordo com os pontos de corte determinados pela World Health Organization (WHO) (WHO, 2000) para adultos, já a classificação para os idosos foi de acordo com os pontos de corte propostos por Lipschitz, 1994. Esses dados foram coletados durante a primeira entrevista, onde foi aplicado o questionário sociodemográfico, as informações clínicas e a aplicação do primeiro recordatório 24h.

2.3 AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR E DIETÉTICO DE ENERGIA, MACRONUTRIENTES E FIBRAS

A avaliação do consumo alimentar e dietético de macronutrientes foi realizada por meio do R24h, com o uso do método adaptado de Thompson e Byers (THOMPSON et. al, 1994). O R24h foi aplicado três vezes com o objetivo de identificar o consumo habitual de macronutrientes. O intervalo entre cada R24h foi entre 30 a 45 dias.

A padronização da coleta de dados foi realizada por meio do emprego de formulário padrão para aplicação do R24h por entrevistadores pré-treinados. O método empregado consiste no registro de alimentos, bebidas e suplementos nutricionais consumidos pelo entrevistado no dia anterior à entrevista, sendo assim, os entrevistadores foram orientados a registrar os dados do consumo em medida caseira, modo de preparo, ingredientes utilizados, tipos de temperos e marcas comerciais dos produtos industrializados. Para auxiliar na

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7 estimativa do tamanho das porções consumidas, utilizou-se o Registro Fotográfico de Alimentos e Utensílios elaborado propriamente com esse intuito.

Após a coleta, os dados obtidos pelos R24h foram inseridos em uma planilha digital para que fosse realizada a conversão das medidas caseiras em unidades de peso e volume, de acordo com a padronização prévia, por meio do material didático disposto ou por medições realizadas pela equipe de pesquisadores (TOMITA, 2002). As preparações relatadas pelos entrevistados foram padronizadas e os per capitas foram estimados mediante adaptações de fichas técnicas de preparo e consultas na literatura (ARAÚJO e GUERRA, 2007). Após isso, as medidas de consumo foram convertidas em valores de nutrientes através da Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO), da United States Department of Agriculture (USDA) e da Phillipi, por meio do software Virtual Nutri Plus® 2.0.

Para a correção da variabilidade intrapessoal foi utilizadoo método estatítico Multiple Source Method (MSM). O método busca estimar o consumo habitual de alimentos por meio de estimativas individuais, associando a probabilidade e a quantidade de consumo com a inserção de covariáveis para a modelagem (HAUBROCK, 2011).

Os macronutrientes ingeridos (carboidrato, proteína e lipídeo) foram apresentados em gramas, que, posteriormente foram convertidas em quilocalorias/dia, classificando-se conforme o percentual da energia diária total. Para o cálculo do total de fibra alimentar, foi considerado o valor consumido em g/dia.

Para avaliar a adequação da ingestão de energia e proteínas foram consideradas as recomendações de Aquilani et al., já para lipídios, carboidratos e fibras foram consideradas as recomendações propostas na Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. O Quadro 1 apresenta as recomendações propostas para pacientes com IC (AQUILANI et al., 2003; FALUDI et al., 2007), consideradas para esse estudo.

Quadro 1 - Recomendações dietéticas propostas para pacientes com IC.

Nutriente Recomendação

Energia 28-32Kcal/kg1

Proteína 1,12 – 1,37g/kg/dia1

Caboidratos 45 a 60%2

Gorduras totais 25-35%2

Ácidos graxos saturados <7%2

Ácidos graxos monoinsaturados 15%2

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8 Ácidos graxos poli-insaturados 5-10%2

Fibras 25g2

1AQUILANI et al., 2003; 2FALUDI et al., 2017

2.4 FREQUENCIA DOS ALIMENTOS-FONTES DE MACRONUTRIENTES

Para definição dos alimentos fontes dos macronutrientes, foram identificados previamente os alimentos que mais contribuíram para o consumo de cada macronutriente, considerando a composição nutricional dos mesmos. Posteriormente, os alimentos do banco de dados foram ordenados de forma decrescente, de acordo com a frequência de consumo da população em estudo. O número de repetições de cada alimento fonte foi dividido por três, tendo em vista que esse foi o número de recordatórios aplicados, sendo selecionados os 10 primeiros alimentos que apresentaram os maiores teores de cada macronutriente. Essa avaliação foi feita separadamente para cada macronutriente.

2.5 ANÁLISES ESTATÍSTICAS

A análise estatística foi realizada utilizando o software SPSS. Os dados foram analisados de forma descritiva por meio da distribuição de frequência e intervalo de confiança. A normalidade das variáveis foi verificada por meio do teste Kolmogorov- Smirnov, para a aplicação dos testes paramétricos e não paramétricos. As distribuições de frequência das variáveis qualitativas entre os grupos de IC isquêmicos e não isquêmicos foram comparadas utilizando o teste Qui-Quadrado (χ2). Para as amostras independentes com distribuição normal a comparação entre os grupos foi realizada pelo Teste “T”-Student, enquanto que para as de distribuição assimétrica utilizou-se o teste U-Mann-Whitney. Para todos os testes consideraram-se estatisticamente significantes os resultados cujos níveis descritivos de valores de p foram inferiores a 0,05.

(19)

9 1. RESULTADOS

As características sociodemográficas e clínicas da população estudada podem ser observadas na tabela 1. A amostra total foi de n=107 pacientes, com média de idade igual a 55 (14) anos. O grupo de indivíduos com etiologia isquêmica apresentou média de idade maior em relação ao grupo de etiologia não isquêmica (p=0,02). Os dois grupos apresentaram, predominantemente, pacientes do sexo masculino. O grupo IC isquêmico apresentou maiores valores de pressão sistólica e diastólica. Houve diferença na média de IMC entre os indivíduos com IC com etiologia isquêmica e não isquêmica (p=0,024). Com relação à classificação do IMC, quase metade da amostra apresentou excesso de peso. A maior parte dos pacientes do grupo IC isquêmico encontrou-se com classificação de sobrepeso/obesidade, já o grupo IC não isquêmico apresentou maior percentual dos pacientes com classificação de eutrofia (p<0,001). Quanto ao diagnóstico da FEVE, o grupo IC não isquêmico apresentou maior percentual com fração de ejeção reduzida e menor percentual com fração de ejeção intermediária. De acordo com a classificação da classe funcional – NYHA (New York Heart Association), a maioria da população se encontra em classe I. O grupo IC isquêmico apresentou maior percentual de pessoas com hipertensão arterial (p<0,05) e Diabetes Mellitus (p<0,05). Além disso, ambos os grupos, em sua maioria, negaram a prática de exercício físico (tabela 1).

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10 Tabela 1. Características sociodemográficas, antropométricas e clínicas dos pacientes com IC distribuídos em grupos de IC isquêmicos e não isquêmico.

Variáveis Total (n=107) IC isquêmico (n=51)

IC Não isquêmico (n=56)

Valor de p

Idadea 55 (14) 60 (10) 51 (16) *0,002

Pressão sistólica (N=103) a 111 (19) 114 (21) 109 (17) 0,215

Pressão diastólica (N=103) a 69 (11) 69 (9) 69 (12) 0,708

Rendaa 561,70

(346,40)

547,34 (295,51) 574,78 (389,23) 0,681

Sexob 0,721

Masculino 69 (64,5) 32 (62,7) 37 (66,1)

Feminino 38 (35,5) 19 (37,3) 19 (33,9)

Ocupaçãob 0,742

Não trabalha 35 (32,7) 14 (27,5) 21 (37,5)

Aposentado 55 (51,4) 31 (60,8) 24 (42,9)

Estudante 1 (0,9) - 1 (1,8)

Trabalha 16 (15) 6 (11,8) 10 (17,9)

Escolaridadeb 0,180

Analfabeto 14 (13,1) 6 (11,8) 8 (14,3)

Fundamental completo 12 (11,2) 8 (15,7) 4 (7,1)

Fundamental incompleto 50 (46,7) 26 (51) 24 (42,9)

Médio completo 20 (18,7) 8 (15,7) 12 (21,4)

Médio incompleto 8 (7,5) 1 (2) 7 (12,5)

Superior completo 2 (1,9) 2 (3,9) -

Superior incompleto 1 (0,9) - 1 (1,8)

Tabagismo (N=103) b 0,359

Não fumante 54 (52,4) 28 (56) 26 (48,1)

Ex-fumante 44 (42,7) 21 (42) 23 (43,4)

Fumante 5 (4,9) 1 (2) 4 (7,5)

Etilismo (N=102) b 0,078

Nunca bebeu/Não bebe 48 (47,1) 28 (56) 20 (38,5)

Ex-etilista 54 (52,9) 22 (44) 32 (61,5)

IMC (N=104)a 26,87 (5,109) 28,05 (4,435) 25,82 (5,471) *0,02

Classificação do IMC (N=104)b *<0,001

Baixo peso/magreza 11 (10,6) 2 (4,1) 9 (16,4)

Eutrofia 43 (41,3) 19 (38,8) 24 (43,6)

Sobrepeso/obesidade 50 (48,1) 28 (57,1) 22 (40)

Diagnóstico da FEVE (N=103) b 0,592

ICFEr 62 (60,2) 28 (56) 34 (64,2)

ICFEi 19 (18,4) 12 (24) 7 (13,2)

ICFEp 22 (21,4) 10 (20) 12 (22,6)

Classe funcional - NYHA(N=104) b 0,056

Classe I 68 (65,4) 27 (55,1) 41 (74,5)

Classe II 24 (23,1) 16 (32,7) 8 (14,5)

Classe III/IV 12 (11,5) 6 (12,) 6 (11)

*0,001

(21)

11 Hipertensão arterialb

(N=106)

Não 36 (3) 9 (17,6) 27 (49,1)

Sim 70 (66) 42 (82,4) 28 (50,9)

Diabetes Mellitus (N=106)b *0,003

Não 73 (68,9) 28 (54,9) 45 (81,8)

Sim 33 (31,1) 23 (45,1) 10 (18,2)

Exercício físico (N=106)b 0,244

Não 59 (55,7) 32 (62,7) 27 (49,1)

Sim 47 (44,3) 19 (37,3) 28 (50,9)

aVariáveis contínuas apresentadas em média (desvio padrão) com valor de p baseado no teste t; bVariáveis categóricas com dados apresentados em N (%). *p-valor com significância estatística quando <0,05. IC = Insuficiência cardíaca; NYHA = New York Heart Association; FEVE = Fração de ejeção do ventrículo esquerdo; ICFEr = Insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida; ICFEi = Insuficiência cardíaca com fração de ejeção intermediária; ICFEp = Insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada.

Os dados de ingestão de energia, macronutrientes, colesterol dietético e fibra dos pacientes com IC distribuídos em grupos de IC isquêmico e não isquêmico estão apresentados na tabela 2. Foi observada diferença significativa na ingestão de gordura total entre os dois grupos estudados, sendo maior no grupo não isquêmico (p<0,05). No grupo IC não isquêmico a ingestão calórica foi maior que no grupo IC isquêmico e ambos não atingiram a recomendação mínima, mas sem significância estatística. A ingestão de fibras entre os grupos foi muito semelhante, mas ambos não atingiram a recomendação diária. A média de ingestão de proteínas por g/kg/dia de ambos os grupos não atingiu a recomendação, sendo um pouco maior no grupo de IC não isquêmico, sem diferença estatística. Em relação aos carboidratos, o grupo IC não isquêmico obteve ingestão média maior que o grupo IC isquêmico, sem significância estatística, mas ambos estão dentro da recomendação. Os dois grupos não atingiram as recomendações de gorduras monoinsturadas e polinsaturadas e ultrapassaram a recomendação de consumo de gorduras saturadas, sendo o grupo IC isquêmico com menor ingestão.

(22)

12 Tabela 2 - Ingestão de energia, macronutrientes, colesterol dietético e fibra dos pacientes com IC

distribuídos em grupos de IC isquêmico e não isquêmico.

Total (n=107)

IC isquêmico (n=51)

IC não isquêmico (n=56)

p-valor

Energia (Kcal)a 1359 (430) 1319 (426) 1399 (434) 0,339

Carboidrato (g)b 203,25 (180,76 – 223,39)

187,54 (133,23 – 242,41)

189,57 (155,45 – 238,20)

0,200

Carboidrato (%) 55,4 54,2 56,9 0,732

Proteína (g)a 69,71 (23,03) 65,63 (24,47) 73,80 (21,59) 0,071

Proteína (g/kg/dia) 0,95 0,89 1,01

Proteína (%) 20,5 19,3 21,7 0,143

Gorduras totais (g)b 34,44 (30,11 – 40,66) 29,48 (23,29 – 38,41) 35,71 (26,35 – 44,21) 0,083

Gorduras totais (%) 33,7 20,1 22,9 *0,040

Gorduras saturadas (g)b

12,87 (10,85 – 15,17) 10,52 (8,93 – 13,65) 12,76 (9,53 – 15,78) 0,083

Gorduras saturadas (%)

7,9 7,1 8,2 0,100

Gorduras

polinsaturadas (g)b

6,09 (4,48 – 7,51) 5,40 (3,80 – 7,10) 6,38 (4,42 – 9,23) 0,100

Gorduras

polinsaturadas (%)

4,4 3,9 4,1 0,151

Gorduras

monoinsaturadas (g)b

11,61 (9,83 – 14,18) 9,20 (7,41 – 12,14) 11,06 (7,83 – 14,68) 0,062

Gorduras

monoinsaturadas (%)

7,2 6,2 7,1 0,224

Colesterol dietéticob 287,18 (231,77 – 342,67)

244,03 (184,25 – 340,59)

300,13 (248,12 – 389,96)

0,100 Fibrasb 18,32 (15,75 – 21,48) 17,53 (12,09 – 24,21) 18,18 (13,54 – 22,27) 0,200

aDados apresentados em média (desvio padrão) com valor de p baseado no teste t; bdados apresentados em mediana (1-3 quartil) com valor de p baseado no teste de Mann Whitney. *p-valor com significância estatística quando <0,05.

(23)

13 Os principais alimentos fonte de carboidratos, proteínas, gorduras totais consumidos pelos pacientes com IC estão apresentados na tabela 3. As fontes de carboidrato mais consumidas foram arroz branco, batata inglesa e tapioca. Já os alimentos proteicos mais citados foram o feijão, o ovo de galinha e a carne bovina. Quanto aos alimentos ricos em gorduras mais utilizados para a preparação de alimentos, destacaram-se a margarina, o azeite de oliva e o óleo de soja.

Tabela 3 – Alimentos que mais contribuíram para a ingestão de carboidratos, proteínas, gorduras totais consumidos pelos pacientes com IC.

Alimentos No de

repetições

Porção média (g/ml)

Medida caseira

Alimentos contribuintes para a ingestão de carboidratos

Teor de carboidratos por porção Arroz branco cozido 118 120 2 colheres de servir 33,671

Batata inglesa 58 150 1 unidade média 17,911

Tapioca 43 100 1 unidade média 88,701

Macarrão 37 80 1 pegador 22,641

Pão francês 33 50 1 unidade média 28,41

Macaxeira 30 150 1 pedaço médio 54,251

Biscoito cream cracker integral 27 20 4 unidades 12,171

Pão de forma integral 24 50 4 unidades 24,971

Batata doce 23 150 1 unidade pequena 27,631

Biscoito cream cracker 21 20 4 unidades 13,741

Alimentos contribuintes para a ingestão de proteínas Teor de proteínas por porção

Feijão 117 120 1 concha média 5,731

Ovo de galinha 64 50 1 unidade média 6,641

Carne bovina 60 100 1 bife médio 22,251

Filé de frango 47 100 1 filé médio 31,471

Coxa de frango 39 100 1 coxa média 28,491

Leite desnatado 34 200 1 copo médio 6,61

Peixe 24 100 1 filé médio 26,601

Leite em pó integral 15 30 3 colheres de sopa 7,621

Queijo mussarela 6 50 1 fatia média 9,71

Iogurte 6 200 1 copo médio 8,121

Alimentos contribuintes para a ingestão de gorduras totais

Teor de gordura total por porção

Ovo de galinha 64 50 1 unidade média 4,741

Margarina 54 3 1 colher de café 2,021

(24)

14

Azeite de oliva 52 3 1 colher de chá 31

Óleo de soja 49 5 1 colher de café 51

Coxa de frango 39 100 1 coxa grande 10,361

Leite em pó integral 16 30 3 colheres de sopa 8,071

Manteiga 14 3 1 colher de café 2,471

Carne bovina assada/frita 10 100 1 bife médio 26,991

Queijo mussarela 6 50 1 fatia 10,81

Queijo coalho 4 50 1 pedaço médio 11,71

1TACO – Tabela Brasileira de Composição de Alimentos

(25)

15 4. DISCUSSÃO

O nosso estudo revelou que ambos os grupos de IC isquêmica e não isquêmica, apresentaram ingestão abaixo do recomendado de energia, proteína e fibra. O grupo de IC não isquêmica ultrapassou o valor recomendado para gordura saturada e de gorduras totais. Entre os alimentos contribuintes para a ingestão de gorduras totais estavam a carne bovina frita/assada, manteiga e queijo. Dentro do grupo dos carboidratos estavam o arroz branco, a batata inglesa e a tapioca. Para proteínas, feijão, ovo de galinha e carne bovina.

O consumo alimentar faz parte do processo de identificação da conduta alimentar e dietética dos pacientes com IC, tendo em vista, a presença do quadro de má nutrição comumente encontrado em pacientes com IC, principalmente aqueles em estado mais avançado. Esse fato pode estar associado à ingestão inadequada de alimentos, à alteração do metabolismo energético, ao aumento do estresse oxidativo e à perda de nutrientes provocada pela má absorção intestinal e interações medicamentosas.(ROHDE et al., 2018; YANCY et al., 2013; UYSAL et al., 2020; PINHO & SILVEIRA, 2014).

Alguns estudos trazem sugestões de recomendação de energia entre 28 e 32 Kcal/kg distribuídos entre 50 a 55% de carboidratos, 30 a 35% de lipídios e 15 a 20% de proteínas totais(BACAL et al., 2015; SEHADE, 2009). Outros autores estabeleceram recomendações de energia e macronutrientes para pacientes com IC. Aquilani(2003) e Bocch(2009) e sugeriram como recomendação de energia entre 28-32 Kcal/kg, carboidrato entre 50-55% do VET, lipídios entre 30-35% do VET e proteína entre 15-20% do VET (1,1-2,0g/kg/dia). Já a Academy of Nutrition and Dieteticst rouxe como recomendação de energia entre 22 Kcal/kg e 24 Kcal/kg em caso de desnutrição, proteína com valor mínimo de 1,1 g/kg, e traz recomendações de carboidrato e lipídio.

Conforme registrado no nosso estudo, outros autores observaram também população de pacientes com IC, predominantemente, do sexo masculino, porém com média de idade superior 66 (13,5) anos (POFFO et al., 2017). Os homens são mais propensos a IC devido a sua resistência à procura de serviços de saúde, justificado pelo fato dessa população ser mais vulnerável às doenças por negligenciar o cuidado com a saúde. Além disso, existe o fato dos homens apresentarem mais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, quando comparado com as mulheres. As mulheres são menos suscetíveis a desenvolverem DCV durante a fase pré-menopausa (CAMM, 2012; FERREIRA, 2013).

De acordo com a classificação do IMC, observou-se que no nosso estudo um percentual maior de indivíduos estava na classificação de sobrepeso/obesidade. Em um estudo realizado

(26)

16 por Lourenço et al., foi encontrado que 45,6% da população de IC do estudo estava em risco para a obesidade e 28% com peso adequado (LOURENÇO, 2009). Outros estudos, como o de Maria et. al, demonstram dados que divergem, apresentando porcentagens maiores para pacientes com IC e desnutrição (MARIA et.al, 2016). Resultados como esse, geralmente condizem com o campo de pesquisa em hospitais, uma vez que pacientes internados apresentam uma incidência maior para desnutrição, visto que geralmente há uma diminuição do apetite e da ingestão alimentar, assim como a redução na absorção intestinal de nutrientes, o que geralmente não ocorre em pacientes em nível ambulatorial, realidade observada no nosso estudo.

As restrições alimentares que a maioria dos pacientes possui, principalmente os pacientes com IC isquêmica, justifica em parte, a ingestão energética insuficiente observada no nosso estudo. Outro fator seria as alterações provenientes do envelhecimento, como a modificação do paladar e olfato, contribuindo para a falta de apetite e a menor ingestão alimentar em idosos, causando deficiência de macronutrientes e propiciando uma possível desnutrição (POFFO et al., 2017).

Umas das questões mais preocupantes observadas no nosso estudo foi a baixa ingestão de proteínas, uma vez que nesses pacientes, a necessidade proteica é maior, variando entre 1,1 a 1,5-2,0g/kg de peso seco ao dia, dependendo de critérios como desnutrição, caquexia e má absorção intestinal (ECKEL et al., 2014; PINHO & SILVEIRA, 2014). O grupo IC não isquêmico foi o que mais se aproximou da recomendação mínima, mas ainda assim, não a atingiu. Entre os alimentos proteicos mais consumidos estavam o feijão, ovo de galinha e a carne bovina. Alguns estudos mostram que o hipercatabolismo que ocorre nesses pacientes acontece devido à degradação das proteínas musculares, com a liberação de aminoácidos, o que causa a perda progressiva do volume muscular, resultando em caquexia cardíaca. Nessa condição ocorre perda de massa muscular e prejuízo na capacidade funcional e mobilidade, o que provoca um pior prognóstico. O impacto de uma dieta hiperproteica em pacientes com IC foi analisado por Evangelista et al.. Os autores identificaram que a dieta hiperproteica resultou em melhorias no estado funcional e na qualidade de vida dos pacientes (EVANGELISTA et al., 2009). Um fator importante para a justificativa do consumo abaixo do recomendado, possivelmente é a restrição de sódio e a palatabilidade para o consumo de fontes proteicas sem ou com pouco sódio é consideravelmente prejudicada, assim como a restrição de alimentos com gorduras, principalmente de origem animal (ROHDE et al., 2018; YANCY et al., 2013).

(27)

17 Quanto ao consumo de gorduras totais, ambos os grupos estiveram abaixo da recomendação, com exceção das gorduras saturadas, onde o grupo IC não isquêmico ultrapassou o limite de ingestão. O grupo com IC isquêmico apresentou ingestão de gordura total significativamente menor, comparado com o grupo não-isquêmico, o que é justificado pelo fato do grupo isquêmico apresentar mais restrições quando comparado ao não-isquêmico.

Em relação às gorduras monoinsaturadas, uma possível causa para que os pacientes não tenham atingido a recomendação é o baixo consumo de alimentos fontes, como o abacate e as oleaginosas. Sabe-se que o consumo adequado desse tipo de gordura é inversamente associado ao surgimento de DCV, sendo benéfico para a saúde cardiovascular (GUASCH- FERRÉ M et al., 2015). As recomendações presentes na literatura priorizam a redução do consumo de gordura saturada, uma vez que aumenta as concentrações de colesterol e de lipoproteínas de baixa densidade (LDL), sendo o colesterol LDL associado com o risco de desenvolver DCV (MOZZAFFARIAN et al., 2008).

O consumo de gorduras polinsaturadas esteve abaixo das recomendações em ambos os grupos. Em seu estudo Mozzafarian et al., constataram os efeitos benéficos dos ácidos graxos ômega 3 sobre o sistema cardiovascular no processo de retardamento ou interrupção do desenvolvimento da IC. No presente estudo, os principais alimentos ricos em lipídios não eram fontes de ômega 3 (gordura poliinsaturada), mas sim, de gorduras saturadas e colesterol (ovo, carne bovina, coxa de frango).

A ingestão de carboidratos esteve dentro do recomendado em ambos os grupos, sendo o grupo IC não isquêmico com maior consumo, embora sem diferença significtiva. Salientando que os alimentos fontes de carboidratos (arroz branco, tapioca, macarrão, etc.) consumidos entre o grupo em sua grande maioria apresentam alto índice glicêmico (IG), ao ingerir alimentos com alto IG, o organismo libera grandes quantidades de insulina para manter os níveis de glicose no sangue dentro da normalidade. O aumento da insulina provoca uma saciedade menor, o que leva ao excesso no consumo de alimentos. Um estudo realizado por Hu e Bazzano et al., observou que dietas pobres em carboidratos diminuíam o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Esse estudo reforçou a importância do consumo de carboidratos de baixo IG, uma vez que alimentos com alto índice glicêmico provocam picos excessivos de glicemia, provocando inflamação e aumentando o risco de desenvolver doenças cardiovasculares (DCV) (HU e BAZZANO et al., 2014).

Quanto ao número de repetições dos alimentos fontes de carboidrato, energia e macronutrientes, obteve predominantemente a presença de alimentos in natura ou

(28)

18 minimamente processados (macaxeira, batata inglesa, batata doce, arroz, etc.). Esse fato pode ser explicado pelo fato dos pacientes serem acompanhados ambulatoriamente com nutricionistas, portanto, apresentam noção básica sobre a importância de uma boa alimentação.

De acordo com diversos estudos, há benefício no consumo das fibras alimentares nas DCV. A ingestão de fibras tem relação com o menor risco de desenvolver doença cardíaca coronariana (STREPPEL et al., 2008). Nos grupos estudados a recomendação diária não foi atingida, o que é justificado pelo baixo consumo de alimentos fontes de fibras, como vegetais, frutas e cereais.

As evidências mostram alguns desfechos com padrões alimentares utilizados em pacientes com IC. A dieta Mediterrânea, por exemplo, não conta com uma definição única, mas é rica em alimentos in natura como frutas e vegetais, grãos integrais e peixes. Estudos de revisão destacaram publicações que avaliaram o efeito desse padrão de dieta, observando como resultado uma redução significativa na evolução e mortalidade da IC, além de efeitos benéficos na preservação da função ventricular (BIANCHI, 2019; ECKEL et al., 2014).

Já a dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension), é constituída de um padrão alimentar baseado em vegetais, frutas, grãos integrais, laticínios com baixo teor de gordura, aves, peixes, oleaginosas e baixo consumo de bebidas açucaradas, doces e carnes vermelhas.

Essa dieta apresenta um baixo nível de gordura saturada, gordura total e colesterol, além de ser rica em micronutrientes, proteínas e fibras. Estudos mostram que esse padrão alimentar demonstra efeito positivo na função ventricular e na redução de incidência da IC (LEVITAN et al. 2013; NGUYENet al., 2012; BIANCHI, 2019; ECKEL et al., 2014).

Uma das limitações do estudo foi a subnotificação, algo que é comum na aplicação de métodos retrospectivos, como o utilizado no presente estudo. Porém, a aplicação do recordatório foi padronizada, assim como os dados obtidos. Além disso, houve o treinamento dos entrevistadores, para diminuir o viés.

Diante dessas considerações, reitera-se a importância de mais estudos sobre avaliação do consumo de energia e macronutrientes de pacientes com IC, uma vez que o foco dos estudos sobre esses pacientes focam em ingestão hídrica e sódio. Portanto, o presente estudo possibilitou o desenvolvimento de uma prática clínica que auxilie na conscientização dessa população acerca de uma alimentação saudável e equilibrada, a fim de auxiliar no tratamento da IC.

(29)

19 5. CONCLUSÃO

Com o presente estudo foi possível observar a deficiência na ingestão de energia entre os indivíduos com IC em ambos os grupos isquêmico e não isquêmico, com diferença signifivativa no consumo de gorduras totais entre os grupos. Além de uma ingestão abaixo das necessidades para a maioria dos macronutrientes. Esses achados potencializam a necessidade de intervenções nutricionais voltadas para esse grupo, com o propósito de prevenir o desenvolvimento e agravo da doença proveniente de desequilíbrios nutricionais.

(30)

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