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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS Aos vinte e dois dias do mês de janeiro de dois mil e treze, no Auditório Municipal,

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

---ATA DA 1ª. REUNIÃO DA 2ª. SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA--- ---MUNICIPAL DE OEIRAS, REALIZADA A 22 DE JANEIRO DE 2013--- ---ATA Nº. 02 / 2013---

--- Aos vinte e dois dias do mês de janeiro de dois mil e treze, no Auditório Municipal, sito no Edifício da Biblioteca Municipal de Oeiras, reuniu a Assembleia Municipal de Oeiras sob a Presidência do Senhor Domingos Ferreira Pereira dos Santos, tendo como Primeira Secretária a Senhora Maria Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos Guimarães e como Segunda Secretária a Senhora Ana Maria Andrade Borja Santos de Brito Rocha. --- 1. ABERTURA DA REUNIÃO --- --- Pelas quinze horas e quarenta minutos, o Senhor Presidente declarou iniciada a Primeira Reunião da Segunda Sessão Extraordinária da Assembleia Municipal de Oeiras, procedendo de imediato à chamada, tendo sido verificada a presença de quarenta Deputados Municipais (Joaquim Manuel de Carvalho Ribeiro, Fernando Victor Beirão Alves, Jorge Manuel de Sousa de Vilhena, Luís Filipe Vieira Viana, Carlos Jorge Santos de Sales Moreira, José Eduardo Lopes Neno, Nuno Emanuel Campilho Mourão Coelho, Salvador António Martins Bastos Costeira, António Rocha, Domingos Ferreira Pereira dos Santos, António Pita de Meirelles Pistacchini Moita, Maria Carolina Candeias Tomé, Custódio Mateus Correia de Paiva, Isabel Cristina Gomes dos Santos Silva Lourenço, Luís Filipe Pereira Santos, Abílio José da Fonseca Martins Fatela, Maria da Graça Simões Madeira Ramos, Rui Pedro Gersão Lapa Miller, Nuno Miguel Pimenta de Carvalho Ribeiro, José Dâmaso Martins Furtado, Jorge Valle d’Oliveira Batista, Marcos Sá Rodrigues, Alexandra Nunes Esteves Tavares de Moura, Luísa Maria Diego Lisboa, Joaquim dos Reis Marques, Maria Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos Guimarães, Pedro Afonso Nóbrega Moita de Melo e Sá, Tiago Manuel Coruche Serralheiro, Sílvia Maria Mota dos Santos Andrez, Bruno Miguel Pinheiro Mendes Magro, Jorge Manuel Madeiras Silva Pracana, Maria da Graça Rodrigues Tavares, Bruno Filipe Carreiro Pires, Ana

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Maria Andrade Borja Santos de Brito Rocha, Bernardo Maria de Villa-Lobos Freire Caldeira, Daniel dos Reis Branco, Carlos Alberto de Sousa Coutinho, Joaquim Vieira Cotas, Maria Isabel Pereira Fernandes da Costa Jorge de Sande e Castro e Miguel da Câmara e Almeida Pinto), desta Assembleia Municipal. --- --- Os Senhores Carlos Alberto Ferreira Morgado, Luís Manuel de Figueiredo da Silva Lopes, Arlindo Pereira Barradas, Maria Teresa Sousa de Moura Guedes, Silvino Monteiro Cardita Gomes da Silva, Maria Isabel Lima Miguéis de Vasconcelos e Pedro Alexandre Pereira Fernandes da Costa Jorge, pediram a sua substituição para esta reunião, tendo sido substituídos pelos Senhores José Eduardo Lopes Neno, António Rocha, José Dâmaso Martins Furtado, Jorge Valle d’Oliveira Batista, Bruno Miguel Pinheiro Mendes Magro, Joaquim Vieira Cotas e Maria Isabel Pereira Fernandes da Costa Jorge de Sande e Castro. --- --- Faltaram os Senhores Maria de Deus Carvalho Pereira, Paulo Pinto de Carvalho Freitas do Amaral e José Henriques Lopes, tendo a Mesa justificado as respetivas faltas. --- --- Representaram a Câmara Municipal de Oeiras o Senhor Vice-Presidente Paulo César Sanches Casinhas da Silva Vistas e os Senhores Vereadores Ricardo Lino Carvalho Rodrigues, Maria Madalena Pereira da Silva Castro, Luísa Maria Gentil Ferreira Carrilho e Amílcar José da Silva Campos. --- 2. ORDEM DE TRABALHOS --- --- Foi estabelecida para a presente reunião a seguinte Ordem de Trabalhos: --- 1. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 1107/12 - DRH - relativa à Reestruturação Orgânica dos Serviços Municipais; --- 2. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 1043/12 - GP - relativa à Criação dos SIMAS - Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento dos Municípios de Oeiras e Amadora; --- 3. Apreciação da Proposta C.M.O. Nº. 993/12 - DH - relativa ao Pº. 55/DH/08 -

“Conceção/Construção e Aquisição de Fogos em Regime de CDH, em Leceia e Tercena,

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Freguesia de Barcarena, Oeiras” - Anulação de adjudicação - Ofício Nº. 39523 de 29-11-2012; -- 4. Apreciação da Proposta C.M.O. Nº. 909/12 - GP - relativa à Oeiras Viva - Gestão de Equipamentos Culturais e Desportivos, E.E.M. - Relatório e Contas relativo ao 1º. Semestre de 2012 - Ofício Nº. 39525 de 29-11-2012; --- 5. Apreciação da Proposta C.M.O. Nº. 843/12 - GDM - relativa à Apresentação do Relatório de Indicadores de Sustentabilidade do Concelho de Oeiras - Ofício Nº. 39524 de 29-11-2012; --- 6. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 329/12 - SNP - relativa à Definição do negócio jurídico que traduz o acordo para a aquisição de terreno integrado na Escola de São Bruno, em Caxias, a titular entre o Município e a Sociedade “Dimensões Certas - Sociedade de Construções, Lda.” - Ofício Nº. 144 de 04-01-2013; --- 7. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O Nº. 995/12 - GP - relativa à Fundação Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril: Ineficácia jurídica da escritura de constituição e aprovação de Protocolo de Entendimento - Revogação da Proposta de Deliberação Nº. 216/11 - Ofício Nº. 130 de 04-01-2013; --- 8. Apreciação da Proposta C.M.O. Nº. 997/12 - GP - relativa ao Plano de Atividades e Orçamento para 2013 - “Associação dos Municípios Portugueses do Vinho” - Ofício Nº. 136 de 04-01-2013; --- 9. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 999/12 - GCAJ - relativa ao Regulamento de Organização e Funcionamento do Centro Comunitário dos Navegadores - Ofício Nº. 140 de 04- 01-2013; -- --- 10. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 1013/12 - SMAS - relativa ao Procedimento por Concurso Público Internacional para “Aquisição de Serviços destinados à Limpeza e Higienização nas Instalações dos SMAS, nos Concelhos de Oeiras e Amadora” - Emissão de Parecer Prévio Vinculativo e Abertura do Procedimento Pré-Contratual - Ofício Nº. 138 de 04- 01-2013; -- ---

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11. Apreciação da Proposta C.M.O. Nº. 1016/12 - GP - relativa ao Plano de Atividades e Orçamento da “Oeiras Viva, E.E.M.” para 2013; --- 12. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 1044/12 - GP - relativa à Alteração ao Protocolo Nº. 1 PT/96-DPGU, celebrado em 1996, entre o Município e a Cooperativa de Habitação Económica Nova Morada, CRL, a formalizar por Aditamento; --- 13. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 1046/12 - GP - relativa à Aquisição de 25.000 ações detidas pelo Município de Cascais na “Municípia - Empresa de Cartografia e Sistemas de Informação, E.M., S.A.”; --- 14. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 1082/12 - SMAS - relativa à Prossecução de procedimento concursal comum para a constituição de relação jurídica de emprego público por tempo determinado para provimento de dois postos de trabalho na Carreira de Assistente Técnico, na Divisão Comercial; --- 15. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 1083/12 - SMAS - relativa ao Procedimento concursal externo de ingresso para preenchimento de um posto de trabalho na Carreira de Especialista de Informática, Área Funcional de Infraestruturas Tecnológicas; --- 16. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 1084/12 - SMAS - relativa ao Procedimento concursal externo de ingresso para preenchimento de um posto de trabalho na Categoria de Especialista de Informática; --- 17. Apreciação da Proposta C.M.O. Nº. 1086/12 - GP - relativa à “AITEC - Associação para a Internacionalização, Tecnologias, Promoção e Desenvolvimento Empresarial de Oeiras” - Plano de Atividades e Orçamento para 2013; --- 18. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 1095/12 - DMPUH/DPGU/Divisão de Planeamento - relativa à Retificação da PD 128/2009 - Expropriação dos terrenos necessários à construção do Viaduto da Quinta da Fonte, em Paço de Arcos. --- 3. O Senhor Presidente da A.M. iniciou a reunião, dizendo o seguinte: ---

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--- “Muito boa tarde a todos, vamos então começar a nossa Primeira Reunião da Sessão Extraordinária número dois, de dois mil e treze. --- --- Desejo a todos um bom trabalho e uma tarde produtiva, em benefício dos oeirenses.”

4. PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA --- 4.1. APROVAÇÃO DE ATAS --- 4.1.1. Ata da Primeira Reunião da Quinta Sessão Ordinária da Assembleia Municipal de Oeiras, realizada a treze de dezembro de dois mil e doze - Ata número vinte e seis, de dois mil e doze. --- --- A Senhora Deputada Alexandra Tavares de Moura (PS) disse o seguinte: --- --- “Senhor Presidente, não tive tempo de ler a ata.” --- --- O Senhor Presidente da A.M. respondeu o seguinte: --- --- “Pode-se abster.” --- --- A Senhora Deputada Alexandra Tavares de Moura (PS) atalhou o seguinte: --- --- “Então, vamo-nos abster todos se não houver possibilidade de ela ser aprovada noutra altura. --- --- Não tive oportunidade de a ler e, portanto, aqui, no Partido Socialista, ninguém a leu, essa incumbência é minha.” --- --- O Senhor Presidente da A.M. observou o seguinte: --- --- “Acho que o que era urgente foi aprovado em minuta já e, portanto, não atrasa nada. - --- Alguém se opõe a que passemos a votação para a próxima reunião? Então a mesma será adiada.” --- 4.2. Passagem do Senhor Custódio Mateus Correia de Paiva a Membro Não Inscrito --- --- O Senhor Presidente da A.M. disse o seguinte: --- --- “Tenho uma carta que o subscritor pediu para eu ler e tenho a obrigação legal de comunicar à Assembleia Municipal, porque se trata de uma declaração de passagem a deputado

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Não Inscrito de um deputado, até este momento, inscrito no Movimento Isaltino Oeiras Mais À Frente: --- --- --- “Excelentíssimo Senhor Presidente da Assembleia Municipal de Oeiras, --- --- Oeiras, vinte e um de janeiro de dois mil e treze --- --- Custódio Mateus Correia de Paiva, Deputado à Assembleia Municipal de Oeiras eleito pelo Movimento Isaltino, Oeiras Mais À Frente, venho, nos termos do número três do artigo quadragésimo sexto B da Lei número cento e sessenta e nove, de noventa e nove, de dezoito de setembro, na redação que lhe é dada pela Lei número cinco A, de dois mil e dois, de onze de janeiro, comunicar a Vossa Excelência que deixo de integrar o Grupo Municipal do Movimento Isaltino, Oeiras Mais À Frente, passando a exercer o mandato como independente, nos termos do número quatro do mesmo artigo e diploma, com efeitos imediatos. --- --- Em dois mil e cinco, abracei esta causa e integrei este grupo de cidadãos liderado pelo Presidente Isaltino Morais, ciente dos valores que o envolviam, na defesa dos interesses da comunidade de Oeiras e da manutenção da qualidade de vida deste que é o meu Concelho. --- --- Passados sete anos de intenso trabalho, tendo cumprido com lealdade todos os meus deveres para com este grupo político liderado pelo Doutor Isaltino e uma vez aprovado o Orçamento de dois mil e treze, considero ter realizado os meus compromissos junto deste movimento. --- --- Ainda assim, continuarei a defender os interesses dos munícipes de Oeiras cumprindo o meu mandato, sempre fiel aos princípios que estiveram na génese do movimento de cidadãos Isaltino Oeiras Mais À Frente, defender e promover o desenvolvimento de Oeiras. --- --- Mais solicito a Vossa Excelência que, em função da presente alteração ao Grupo Municipal do Movimento Isaltino, Oeiras Mais À Frente e do exercício do mandato como independente, se proceda à alteração da composição das Comissões da Assembleia Municipal e da grelha de tempos definida no Regimento. ---

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--- Apresento os melhores cumprimentos, --- --- Custódio Paiva - Deputado à Assembleia Municipal de Oeiras.” --- --- Nos termos legais aqui referido, está feita a comunicação e está definido o novo estatuto do Deputado da nossa Assembleia, Custódio Paiva. --- --- Relativamente ao que é pedido, no que diz respeito aos tempos, levarei, depois, à próxima conferência de representantes esta mesma carta, para ver se há, ou não, lugar a alguma alteração ao Regimento pelo facto de ter surgido mais um Deputado Não Inscrito. --- --- Temos uma série de documentos que estão, alguns, já policopiados e distribuídos, outros, ainda a ser policopiados e um outro, que foi agora entregue, que vou mandar policopiar.”

4.3. VOTO DE PESAR PELO FALECIMENTO DE ANTÓNIO JOÃO PISTACCHINI MOITA, APRESENTADO PELO GRUPO POLÍTICO MUNICIPAL DO CDS/PP --- --- “Faleceu no último dia do ano de dois mil e doze, o antigo deputado da Assembleia da República, centrista e democrata-cristão António João Pistacchini Moita, com setenta e sete anos de idade. --- --- O deputado António João Moita foi dos primeiros do Partido do Centro Democrático Social, partido a que aderiu poucos dias após a sua fundação em mil novecentos e setenta e quatro. Foi um relevante dirigente local do CDS, destacando-se nas tarefas de implantação nos primeiros anos do regime democrático, em particular no distrito de Lisboa e no Município de Oeiras, onde residia. --- --- Foi deputado na Primeira Legislatura da Assembleia da República, de mil novecentos e setenta e seis a mil novecentos e setenta e nove, participando nas longas e memoráveis sessões parlamentares desse tempo fundador. Nesta legislatura, foi nomeadamente um dos proponentes, com Amaro da Costa, Oliveira Dias e Narana Coissoró, do Projeto de Lei número cento e sete barra um sobre Liberdade de Ensino, que, apreciado e aprovado em conjunto com iniciativas similares do PS e do PSD, daria lugar à Lei número sessenta e cinco, de setenta e

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nove, de quatro de Outubro, garantindo e regulando a liberdade de ensino no quadro da Constituição de mil novecentos e setenta e seis. --- --- Conhecido e estimado entre companheiros e adversários pelo seu bom humor e temperamento afável, o deputado da Assembleia da República António João Moita foi elemento sempre ágil no relacionamento interpartidário, capaz de estabelecer pontes e manter linhas de diálogo político e pessoal como é tão relevante no processo democrático. --- --- Além de dirigente concelhio e distrital do CDS, foi por diversas vezes dirigente nacional do Partido do Centro Democrático Social, eleito em diferentes Congressos no período de mil novecentos e setenta e seis a mil novecentos e noventa e dois. O CDS-PP guarda, a respeito da sua memória, saudade e gratidão. --- --- Assim: --- --- A Assembleia Municipal de Oeiras aprova um voto de pesar pelo falecimento de António João Pistacchini Moita, endereçando à respetiva família a sentida expressão de condolências. --- --- Oeiras, Assembleia Municipal, vinte e dois de janeiro de dois mil e treze --- --- A deputada, --- --- Isabel Costa Jorge de Sande e Castro.” --- 4.4. VOTO DE PESAR À FAMÍLIA DE ANTÓNIO JOÃO PISTACCHINI MOITA PELO SEU FALECIMENTO, APRESENTADO PELO GRUPO POLÍTICO MUNICIPAL DO IOMAF --- --- --- “Na sequência do recente falecimento de António João Pistacchini Moita, antigo deputado na Assembleia da República, que se distinguiu na atividade que levou a cabo aquando da implementação do nosso atual Regime Democrático, em Lisboa e em Oeiras, onde era munícipe, a bancada do Grupo Político IOMAF vem, nesta Assembleia Municipal, manifestar um Voto de Pesar à sua família. ---

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--- Salientamos o mérito que demonstrou enquanto político e profissional, pelo contributo que deixou à causa pública e igualmente pela pessoa que foi, pelo carácter e pela personalidade, cujos valores permanecerão. --- --- Oeiras, vinte e dois de janeiro de dois mil e treze --- --- Grupo Político IOMAF.” --- 4.5. RECOMENDAÇÃO RELATIVA À SUSPENSÃO DO FUNCIONAMENTO DO SATU, APRESENTADA PELO GRUPO POLÍTICO DO BE --- --- “Recomendação --- --- Considerando que: --- --- Um - O Senhor Presidente da Câmara desprezou as opiniões dos cidadãos quando, relativamente ao processo de audição pública, fez as seguintes afirmações: “Mesmo com noventa por cento de opiniões contrárias, isso não poderia impedir a realização do projeto. A audição pública não é a ditadura dos cidadãos” (fim de citação); --- --- Dois - A Câmara Municipal de Oeiras não efetuou qualquer estudo prévio que justificasse a necessidade de um meio de transporte com as características do SATU, ignorando o conhecimento, a ciência e, acima de tudo, o planeamento da mobilidade dos cidadãos; --- --- Três - Não houve estudo de viabilidade económica que garantisse a recuperação da totalidade, ou de uma parte substancial, do investimento financeiro realizado; --- --- Quatro - Apesar da “criatividade” do processo de engenharia financeira aplicado, que obrigou a que a maior parte do investimento fosse realizado, em espécie, pela empresa Teixeira Duarte através das chamadas prestações acessórias; --- --- Cinco - A dívida da empresa SATU à Teixeira Duarte é da ordem de vinte e um milhões de euros; --- --- Seis - Esta dívida seria paga através da receita da bilheteira, facto que é impossível de concretizar devido à fraca adesão dos cidadãos a este meio de transporte; ---

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--- Sete - A ausência de um estudo de tráfego prévio não permitiu concluir, antecipadamente, que a adesão dos cidadãos não iria viabilizar o SATU; --- --- Oito - A Câmara de Oeiras investiu, até ao final de dois mil e onze, três milhões quatrocentos e quinze mil euros; --- --- Nove - O SATU infernizou a vida dos cidadãos que residem perto do empreendimento, quer pelo ruído provocado, quer pela enorme desvalorização das casas. --- --- A Assembleia Municipal de Oeiras, reunida em vinte e dois de janeiro de dois mil e treze, recomenda à Câmara Municipal que, na sua qualidade de acionista maioritário da empresa SATU, efetue as diligências indispensáveis à suspensão do funcionamento do SATU. --- --- O eleito do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal de Oeiras --- --- Miguel Pinto.” --- 4.6. PROPOSTA RELATIVA AO DIREITO A SENHA DE PRESENÇA DOS MEMBROS DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL NAS DIVERSAS REUNIÕES, APRESENTADA PELO PRESIDENTE DA MESA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL --- --- “Conferência de Representantes dos Grupos Políticos Municipais --- --- PROPOSTA --- --- Porque importa esclarecer as consequências do conceito de “comparência” utilizado no ponto um do Artigo décimo quarto do Regimento da Assembleia Municipal (Artigo décimo quarto (Comparências e faltas), ponto um: “Entende-se por comparência a presença efetiva durante, pelo menos, dois terços do período dos trabalhos de cada reunião”), que não é explícito, e, na sequência, os de presença e de falta, a Conferência de Representantes dos Grupos Políticos Municipais propõe à Assembleia Municipal o seguinte entendimento:--- --- a) Quem estiver presente, durante todo o tempo ou em parte do tempo que durar uma reunião da Assembleia Municipal, não tem falta. Terá a obrigação de assinalar e assinar a folha de presenças, com a hora de entrada e de saída, tem direito a intervir e votar durante o tempo em

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que estiver presente e a preencher o boletim itinerário, se for o caso. --- --- b) Para ter direito a senha de presença, terá que estar presente, pelo menos, durante dois terços do tempo que durar a reunião da Assembleia Municipal. --- --- Oeiras, vinte e dois de janeiro de dois mil e treze --- --- O Presidente da Mesa da Assembleia Municipal --- --- Domingos Santos.” --- 4.7. A Senhora Deputada Isabel Sande e Castro (CDS-PP) fez a seguinte intervenção: --- --- “Pedi para intervir em primeiro lugar, uma vez que vou ter que me ausentar brevemente para rapidamente voltar, mas sem antes de explicar o Voto de Pesar que apresentei a esta Assembleia por falecimento do antigo militante do nosso partido, António João Pistacchini Moita, que faleceu no último dia do ano de dois mil e doze. --- --- Pelas suas características, pelo passado e pelas funções que desempenhou exemplarmente na Assembleia da República por ter sido membro do CDS local e nacional, e pelo seu desempenho, gostaria de apresentar este Voto de Pesar, não sem antes dizer que creio que também, por sabermos presente, nesta Assembleia, o seu filho, nos merece aqui prestar este devido respeito, porque creio que, justamente pelas características de António João Moita, quereria que o CDS tivesse aqui também uma palavra e a manutenção do apreço entre pessoas, mesmo quando elas estão em lugares diferentes, politicamente posicionados. --- --- E por isso, faz sentido que seja o CDS a apresentar este Voto de Pesar e ter em conta a presença do seu filho, ainda que noutra força política. --- --- Em relação ao Período Antes da Ordem do Dia, gostaria apenas de fazer duas perguntas ao Senhor Vice-Presidente, aqui presente em nome da Câmara, e uma diz respeito ao comentário que gostaria que ele tivesse. --- --- Normalmente, este Executivo gosta muito de estudos universitários, quando Oeiras aparece no ranking. ---

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--- O estudo que já o Doutor Isaltino vem referindo várias vezes, particularmente nos momentos do estado do Município, diz-se que o nosso Concelho passou de terceiro lugar para o décimo lugar no indicador concelhio de desenvolvimento económico e social de Portugal, e foi desenvolvido pela Universidade da Beira Interior, com quarenta e oito indicadores. --- --- Esta classificação tem em conta as condições materiais, sociais e económicas, nomeadamente a taxa de escolarização e o dinamismo económico. --- --- Nós verificamos que, ao contrário daquilo que se diz, o momento de crise não é só para todos, mas em Oeiras, em particular, existe uma queda acentuada dos indicadores de desenvolvimento económico e social. --- --- Chamo a atenção deste Executivo para as medidas e para as decisões políticas erradas que têm vindo a ser tomadas, que não auguram melhorias. --- --- Segunda pergunta: está a decorrer uma greve dos trabalhadores da SINTAP e gostaria de ouvir o comentário do Senhor Vice-Presidente acerca das condições de trabalho dos trabalhadores do Município de Oeiras e por que é que os trabalhadores do Município se encontram em greve, nomeadamente, qual é a organização dos serviços e recusa ao trabalho extraordinário que aqui está em causa, que os leva a uma medida drástica, de um tempo excessivo e demorado numa greve, que razões, o que é que acontece na Câmara para este descontentamento acentuado da SINTAP.” --- 4.8. O Senhor Deputado Salvador Costeira (J.F. Porto Salvo) observou o seguinte: --- --- “Em primeiro lugar, queria fazer uma referência também ao Voto de Pesar que aqui é colocado relativamente ao António Moita. --- --- Recordo com saudades o António Moita, porque foi meu colega na velhinha Escola Conde de Oeiras, onde fizemos os dois a instrução primária. --- --- Também apresento aqui os meus sinceros pêsames ao António Pistacchini Moita, que é o seu filho. ---

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--- Depois, dizer o seguinte: estive presente, no dia dez de janeiro, na reunião plenária da CCDR de Lisboa e Vale do Tejo, onde foi subscrito o parecer final da Comissão de Acompanhamento, relativamente à Revisão do Plano Diretor do Município de Oeiras, ou do Concelho de Oeiras. --- --- Esse parecer, enviei-o a todos os meus colegas da Comissão de Acompanhamento eleitos nesta Assembleia, enviei ao Senhor Presidente da Assembleia, também para conhecimento e, a nível partidário, enviei ao meu líder político, também para o devido conhecimento. --- --- Vou marcar, talvez para o início de fevereiro, uma reunião para nós, na qualidade de elementos da Comissão de Acompanhamento, fazermos uma análise a esta situação. --- --- O parecer foi assinado pelas trinta e uma entidades e vou só ler a parte final desse parecer, para conhecimento de todos: “Assim, nos termos e para os efeitos previstos no número quatro e número cinco do artigo septuagésimo quinto A, do Decreto-Lei número trezentos e oitenta, de noventa e nove, de vinte e dois de setembro, com as alterações que lhe foram introduzidas pelo Decreto-Lei número quarenta e seis, de dois mil e nove, de vinte de fevereiro, a Comissão de Acompanhamento considera que a proposta do Plano Diretor Municipal de Oeiras não está em condições de ser aceite, nos termos do presente parecer, pelo que emite parecer desfavorável, fundamentado nas questões colocadas na apreciação feita. A emissão do parecer final, marca o fim dos trabalhos deste Órgão, nos termos legais vigentes, sendo, todavia, de manifestar a disponibilidade dos seus membros para colaborar nos trabalhos que se seguem, em sede de eventual concertação.” --- --- É evidente que esta questão da concertação tem a ver com a posição da Câmara Municipal de Oeiras. --- --- Portanto, era dar conhecimento desta situação e apelar aos meus colegas para estarmos presentes na reunião que vou marcar, e também vou convidar o nosso Presidente da

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Assembleia Municipal para estar presente, no início de fevereiro.” --- 4.9. A Senhora Deputada Carolina Tomé (IOMAF) fez a seguinte intervenção: --- --- “Como já foi aqui referido, é para apresentar o Voto de Pesar da Bancada do IOMAF.” -- --- 4.10. O Senhor Deputado Carlos Coutinho (CDU) disse o seguinte: --- --- “Queríamo-nos associar ao Voto de Pesar aqui apresentado e dar conta de um aspeto de António Moita. --- --- António Moita foi também Presidente do Clube de Futebol “Os Belenenses” e, nessa qualidade, eu e o Doutor Miller, que também fazemos parte desse grande clube, e eu, particularmente, por ser neto de um dos sócios fundadores desse clube, um clube operário da Primeira República de mil novecentos e dezanove, em bairros operários, tivemos António Moita como Presidente e, no último jogo, já fizemos a devida homenagem, com um minuto de silêncio a António Moita que foi, em termos de dirigente desportivo, um grande dirigente também.” --- 4.11. O Senhor Deputado Miguel Pinto (BE) referiu o seguinte: --- --- “Já tive o cuidado de expressar a minha solidariedade ao Senhor Deputado António Moita (IOMAF) e, portanto, não irei dizer mais nada. --- --- Julgo que não faz sentido que haja dois Votos de Pesar sobre este mesmo assunto. --- --- Deveria haver um esforço para que o CDS e o IOMAF se entendessem, escrevessem um texto único e que, na opinião do Bloco de Esquerda, deveria ser subscrito por todas as forças políticas. É assim que faz sentido e, portanto, acho que é um esforço que não deve ser muito grande e espero que seja exatamente desta maneira. --- --- Queria levantar uma primeira questão relativamente ao comportamento da Câmara sobre a greve dos trabalhadores da Câmara às horas extraordinárias. --- --- Começou no princípio deste ano. Nas duas primeiras semanas, o pessoal da recolha do lixo, não trabalhou ninguém, e foi confrontado com o facto de a Câmara ter alugado dois

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carros com motorista. --- --- Teve tanto azar, que nenhum cantoneiro trabalhou e, portanto, os carros não puderam sair, porque os motoristas da empresa que veio cá não conhecem os percursos da recolha do lixo.

--- Uma das coisas que pretendemos saber é se houve mesmo requisição externa para o aluguer dos carros e se a Câmara vai pagar a despesa no prazo de noventa dias, como é obrigada por lei. ---- --- --- Na terceira semana (isto acontece sempre de sexta para sábado), passou-se um caso que ainda considero (o primeiro é um caso de violação da lei da greve) mais grave, que é o Senhor Vereador Ricardo Barros ter ido falar com os cantoneiros uns dias antes, ou umas noites antes, e ter prometido que oferecia um vale de quarenta euros, a levantar não sei aonde, a quem fosse trabalhar.--- --- Portanto, gostava de saber se isto foi realmente feito e onde é que é o tal sítio onde as pessoas vão descontar o vale, porque isto é outra forma de ilegalidade. --- --- Acho que a Câmara anda a brincar com coisas sérias e arrisca-se a ter problemas bem graves por causa de uma greve às horas extraordinárias, que ninguém pode fazer a requisição civil a horas extraordinárias.” --- 4.12. O Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD) observou o seguinte: --- --- “Apenas para me associar a ambas as propostas de pesar sobre o Senhor António Moita, aliás, pai do membro desta Assembleia e que, como disse o Senhor Deputado Carlos Coutinho (CDU), por mim, conhecia-o mais na vertente desportiva do que, propriamente, na vertente política e considero, realmente, que é sempre uma perda para a democracia, para o sistema político que temos, para o desportivismo, mas, a vida é mesmo isto. --- --- O PSD não pode deixar de se associar a estas duas propostas.--- --- Quanto à proposta apresentada pelo Senhor Presidente da Assembleia Municipal, ela decorre de uma deliberação, se assim podemos chamar, em sede de conferência de líderes e que

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é trazida a este plenário. --- --- Efetivamente, consideramos que a boa gestão dos tempos e a eficácia dos trabalhos implica, necessariamente, uma maior responsabilização por parte de todos nós e, no fundo, esta proposta mais não faz do que trazer à colação e relembrar aquilo que é uma das normas do nosso Regimento e, consequentemente, o PSD nada tem a opor e irá votar favoravelmente esta proposta apresentada pelo Senhor Presidente da Mesa da Assembleia.” --- 4.13. A Senhora Deputada Alexandra Tavares de Moura (PS) disse o seguinte: --- --- “Só para nos associarmos aos Votos de Pesar apresentados.--- --- Naturalmente preferiríamos que houvesse um texto único, mas, não sendo possível, ou se não for possível, associamo-nos naturalmente aos dois e também dizer que votaremos favoravelmente a proposta que o Senhor Presidente da Assembleia Municipal aqui traz hoje, pois como disse o Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD), de facto, resulta de algumas conversas tidas, de forma a clarificar e tornar este processo mais transparente. Estamos completamente de acordo em que esta proposta seja aqui trazida.” --- 4.14. O Senhor Presidente da A.M. informou o seguinte: --- --- “Queria só informar a Assembleia que a Senhora Deputada Isabel Sande e Castro (CDS-PP) informou a Mesa que tinha, por questões de saúde, que se ausentar durante algum tempo, mas que voltaria à Assembleia logo que pudesse, por causa da junção das propostas.” ---- 4.15. O Senhor Deputado António Moita (IOMAF) disse o seguinte: --- --- “Peço desculpa por ter chegado um pouco tarde a esta Assembleia, mas queria perguntar à Mesa se está em discussão no Período Antes da Ordem do Dia esta proposta que o Partido Socialista apresentou, o projeto de deliberação sobre o referendo e, bem assim, a recomendação que o Bloco de Esquerda nos traz sobre o mesmo assunto. --- --- Pedia esse esclarecimento à Mesa antes de me pronunciar sobre os mesmos.” --- 4.16. O Senhor Presidente da A.M. respondeu o seguinte: ---

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--- “Todas as propostas que foram entregues, independentemente do resultado da votação, estão em discussão.” --- 4.17. O Senhor Deputado António Moita (IOMAF) observou o seguinte: --- --- “Muito bem. Então, se o Senhor Presidente me permite, gostaria de me pronunciar sobre esta questão. --- --- A proposta de recomendação que o Bloco de Esquerda aqui nos traz, chega a uma conclusão que foi ontem partilhada por todos, no sentido de ser posição de todas as forças políticas desta Assembleia a necessidade de suspender a atividade do SATU, mas não é pela conclusão estar certa que todos os considerandos podem obter a concordância desta força política. --- --- --- E o que o Bloco de Esquerda aqui faz é partir de uma conclusão aceite por todos para aproveitar para, em nove pontos, encontrar aqui um conjunto de inverdades, um conjunto de questões que não podem ser tratadas desta forma, designadamente no âmbito de uma empresa, de uma sociedade que tem mais do que uma parte, não estamos a falar exclusivamente do papel que a Câmara Municipal de Oeiras, ou que o Município de Oeiras melhor tem no seio desta sociedade e, portanto, há todo um conjunto de considerandos com os quais nós não podemos concordar e, mais do que isso, parece-nos que essa é a questão mais importante, não conduzem a coisa nenhuma, senão a, à semelhança daquilo que o Bloco de Esquerda já aqui fez na noite passada aquando do debate sobre estas questões, pôr mais achas nesta fogueira, e não há aqui um único considerando que veja o assunto pelo lado do interesse dos munícipes, que veja o assunto pelo lado do interesse da Câmara Municipal e, portanto, nós, como é evidente, com este conjunto de considerandos, não podemos concordar e, portanto, não podemos dar o nosso voto favorável a esta recomendação que é feita pelo Bloco de Esquerda. --- --- Quanto à proposta de deliberação que o Partido Socialista aqui nos traz sobre a possibilidade de convocação de um referendo sobre o SATU, perdoar-me-ão, mas não me parece

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que seja no Período Antes da Ordem do Dia que uma proposta como esta, de convocação de um referendo, deva acontecer. --- --- Admito que todos os partidos tenham esta iniciativa, a capacidade de iniciativa e de proposição de um projeto, ou de uma proposta deste tipo. --- --- Agora, não me parece é que ela deva estar fora do agendamento que é feito das sessões desta Assembleia Municipal e, portanto, estou convencido que teremos que encontrar, no âmbito do agendamento da Assembleia Municipal, forma de enquadrar uma proposta deste tipo e de discuti-la. --- --- Não me parece que seja no âmbito de um Período Antes da Ordem do Dia, em que se discutem propostas das mais diversas, que se possa propor à Assembleia Municipal que aprove, ou que não aprove, ou que rejeite, uma proposta deste tipo. --- --- E, portanto, deixava isto à consideração, não só do proponente, do Partido Socialista, como à consideração da Mesa, porque me parece que não é esta a fórmula indicada, nem o momento indicado para discutir um assunto deste tipo e não queria, por essa via, entrar na discussão em concreto do tema, porque guardar-me-ia para o momento em que, de acordo com o meu entendimento, a discussão viesse a acontecer e, portanto, sobre estes assuntos era o que tinha a comentar. --- --- Relativamente a esta proposta que o Senhor Presidente da Assembleia Municipal aqui nos traz, tal como já foi aqui referido, ela resulta não só de um consenso de todas as forças políticas, como também resulta da própria lei e, portanto, estou absolutamente convencido que este entendimento vai ser não só compreendido por todos os membros desta Assembleia, como respeitado e, sobre isto, não há qualquer dúvida do nosso ponto de vista e, portanto, não podemos deixar senão de concordar com a proposta que o Senhor Presidente aqui nos traz.” --- 4.18. A Senhora Deputada Alexandra Tavares de Moura (PS) referiu o seguinte: --- --- “Para esclarecer que o entendimento não é nem da Mesa, nem dos deputados da

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Assembleia Municipal. --- --- Aqui, o entendimento é da própria lei orgânica que sustenta a apresentação do projeto de deliberação que hoje entregámos e, no seu artigo vigésimo quarto, da lei orgânica quatro, de dois mil, de vinte e quatro de agosto, diz, no número um, que a deliberação mencionada no número anterior é obrigatoriamente tomada em sessão ordinária ou extraordinária, no prazo de quinze dias após o exercício ou receção da iniciativa referendária, caso esta tenha origem representativa, ou de trinta dias, caso a origem seja popular. --- --- Neste caso, é de origem representativa e, portanto, a Assembleia Municipal tem que ser agendada para daqui a quinze dias, para ser discutido o projeto de lei, o projeto de deliberação que hoje foi colocado em cima da mesa.” --- 4.19. O Senhor Deputado António Moita (IOMAF) disse o seguinte: --- --- “Senhor Presidente, por isso é que pus como ponto prévio a questão de saber se estava em cima da mesa e se estava a ser discutido este projeto de deliberação. --- --- Tendo-me dito que sim, resolvi pronunciar-me no sentido que me pronunciei. --- --- Conferida que está a lei e o artigo mencionado pela Senhora Deputada Alexandra Tavares de Moura (PS), é evidente que o procedimento será esse e, portanto, terá esta Assembleia Municipal, se se confirmar esta iniciativa, como parece que se confirma, que agendar, nos prazos que a lei prevê, uma Assembleia em que na Ordem de Trabalhos esteja consignado este ponto e tão só.” --- 4.20. O Senhor Deputado Bruno Pires (PSD) fez a seguinte intervenção: --- --- “Ontem, tivemos oportunidade de discutir o SATU e, numa sessão um pouco longa, mas muito discutida, todos fomos unanimes que a situação do SATU, como está é, de facto, insustentável. --- --- Por outro lado, também o dissemos e referimo-lo nessa mesma Assembleia, que estamos disponíveis para referendar o SATU, mas não agora e digo-lhe porquê: em primeiro

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lugar, porque consideramos, como foi dito ainda ontem, importante obtermos um resultado e sabermos exatamente o resultado da putativa candidatura aos fundos do QREN. --- --- Por outro lado, porque consideramos que é necessário um estudo de viabilidade da empresa. --- --- --- Por último, porque o artigo sexagésimo segundo, da lei cinquenta, de dois mil e doze, das empresas locais, indica que tem que se tomar uma decisão relativamente à extinção, ou não extinção, ou dissolução desta empresa, no prazo de seis meses. --- --- E, portanto, é no prazo de seis meses que tem que se encontrar uma situação economicamente favorável, ou não, para o SATU. --- --- E, neste aspeto, vou falar das duas moções que aqui foram apresentadas. Já toquei um pouco na questão da recomendação do Bloco de Esquerda e, por outro lado, até porque nós temos algumas dúvidas no que diz respeito à moção apresentada pelo Partido Socialista, até na própria formulação da questão, portanto, deve a Câmara Municipal de Oeiras adotar as diligências legais e contratuais necessárias à extinção do projeto SATU? E nós questionamos quais são as diligências legais e contratuais que estamos a falar e, neste sentido e por estas razões que já foram invocadas, pensamos que não iremos votar favoravelmente esta proposta de recomendação e, também, a moção apresentada.” --- 4.21. O Senhor Deputado Miguel Pinto (BE) observou o seguinte: --- --- “Algumas questões relativas à nossa recomendação. --- --- Está explicado nos considerandos e, aliás, Senhor Deputado António Moita (IOMAF), nós não votamos os considerandos, votamos só o conteúdo que está no fim, mas tem todo o direito, como é legítimo, de discordar dos considerandos. --- --- Mas gostava de esclarecer melhor por que motivo é que o SATU deve ser suspenso.

Primeiro: não está sustentado em estudos, não tem passageiros, incomoda as pessoas, não resolve problemas de mobilidade. Isto são quatro motivos mais que suficientes para a suspensão do

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SATU. Aliás, o Senhor Deputado António Moita (IOMAF), é público, ontem, na sua página do Facebook, dizia que a suspensão era contra a mobilidade. É precisamente o contrário: a suspensão é a favor da mobilidade. Criem-se transportes efetivos de passageiros e não coisas que parem a mobilidade. --- --- O Senhor Deputado António Moita (IOMAF) diz que estão algumas inverdades aqui, nos considerandos. Por acaso, há uma, que é a quinta - a dívida da SATU à empresa Teixeira Duarte é bem maior que vinte e um milhões de euros. É a única que não está certa, de resto, estão todas certas, pode-se é não concordar. --- --- Agora, o que não compreendemos é que parece que a Câmara tem medo do sócio.

Ora, a Câmara tem maioria na empresa e está refém do sócio? Gostaria que explicassem. --- --- É evidente que toda a gente sabe, e alguém já disse aqui ontem, que a Teixeira Duarte não é a Santa Casa. Pois não, não é. Anda a receber de alguma maneira, com certeza. Isso é verdade. De certeza que anda a receber o dinheirinho, não pensemos que não anda a receber. --- --- Relativamente à posição do PSD, ainda é mais curiosa e, aliás, como toda a gente acha que o SATU é insustentável, toda a gente, até o Senhor Vice-Presidente da Câmara já disse e o Senhor Presidente da Câmara já tinha dito antes que é insustentável, o lógico é o PSD dizer:

sustente-se o SATU. Como é insustentável, sustenta-se, não se para. Isso é que não tem lógica nenhuma Senhor Deputado. E é a posição do IOMAF: quando é insustentável, para-se. Arranjem outro argumento, porque esse não cola em nenhum lado. --- --- O Bloco de Esquerda quer os problemas de mobilidade resolvidos, quer a independência da Câmara em relação à Teixeira Duarte. --- --- A Câmara tem que ser uma entidade independente a qualquer empresa de transportes.

--- É como a Vimeca: faz o que quer da Câmara de Oeiras, faz os horários que quer, suspende os últimos autocarros se vê que não tem passageiros, faz o que quer. --- --- A Câmara não tem capacidade negocial nenhuma perante as empresas dos

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transportes e, pelos vistos, também perante alguns empreiteiros. É isso que acontece, é a verdade.

Por isso é que aparece a recomendação do Bloco de Esquerda, por isso é que ficarei muito admirado se houver um único deputado que não vote a favor da recomendação. Isso é que admira, porque se isto é insustentável, vamos sustentar o insustentável? O Senhor Deputado António Moita (IOMAF) há dois anos que já diz isto, que é insustentável, nem é o Bloco de Esquerda que começa a dizer isto aqui na Assembleia. --- --- Portanto, estou convencido que isto vai ser aprovado, por unanimidade.” --- 4.22. O Senhor Deputado António Moita (IOMAF) referiu o seguinte: --- --- “Não queria repetir aqui, nem os argumentos, nem a discussão que tivemos ontem à noite e tive oportunidade de, penso eu, deixar claro qual era a posição que o IOMAF tinha sobre estas questões e que pretende ser uma posição construtiva, uma posição séria e uma posição que vise resolver um problema que existe, e que existe de facto. --- --- Aproveito para esclarecer o Senhor Deputado Miguel Pinto (BE) que não sei onde é que leu aquilo que disse que eu tinha dito, mas leu mal, ou então alguém lhe contou mal. O que eu disse ontem à noite, o que está escrito é: vamos ver se, de uma vez por todas, deixamos de fazer demagogia sobre estas questões e percebemos que este é um meio de transporte que faz sentido se for encontrada uma solução para o levar até ao Cacém.--- --- E a Câmara de Oeiras, que nunca quis que o SATU estivesse em funcionamento para um percurso tão curto, está a trabalhar para que isso venha a acontecer. --- --- E portanto, era bom que todos se juntassem na defesa de um projeto que tenha como objetivo criar, ou tornar possível, a existência de um meio de transporte deste tipo. Foi esta a posição que assumi, foi esta a posição que tentei explicar ontem à noite e é esta a posição que tenho hoje, e será a posição que continuarei a defender nos próximos tempos, enquanto isto não estiver resolvido. --- --- Mas a posição que o IOMAF tem tido é a posição que corresponde também ao

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entendimento que a Câmara tem sobre esta questão e é uma posição de entender o contexto em que está. E o contexto em que está, é um contexto de ser parte de uma sociedade, e não se pode aqui comparar, ou querer comparar, a situação do SATU e da participação societária que a Câmara Municipal tem com outras questões de outras empresas de transportes, com as quais a Câmara nada tem a ver, nem do ponto de vista da sociedade, nem do ponto de vista da tutela, uma vez que não compete à Câmara Municipal, como os senhores deputados bem sabem, embora nem sempre o lembrem, o licenciamento destas atividades, nem destas empresas. --- --- As empresas de transportes operam nas áreas dos concelhos sem que as câmaras municipais tenham sobre isso uma palavra a dizer. Também concordo que isso não é correto, também concordo que deveria ser alterado, mas a realidade é esta e, portanto, não podemos comparar as duas questões. --- --- Relativamente às inverdades, usei a palavra inverdades, que é uma palavra muito em voga, para não ter que dizer, porque é um bocadinho mais forte, que são falsas, mas, de facto, aquilo que aqui se passa é que boa parte destes argumentos são falsos. --- --- Não é verdade que o SATU tenha uma dívida de vinte e um milhões de euros à Teixeira Duarte. Nem de vinte e um, nem de vinte e dois, nem de vinte e três, nem de vinte e quatro, nem do que o Senhor Deputado quiser. O SATU não tem uma dívida à Teixeira Duarte.

A Teixeira Duarte tem (e esta é a posição da Câmara Municipal e é a posição que nós também partilhamos) vindo a assumir, em montantes que estão próximos desses que fala, as responsabilidades a que se obrigou no âmbito de um contrato que assumiu com a Câmara Municipal. --- --- E seria absolutamente prejudicial dos interesses deste Concelho, prejudicial dos interesses da Câmara Municipal, entender que a questão é outra, entender que o problema se pode pôr de uma outra forma e, portanto, tudo isto parte de um vício, tudo isto parte de uma análise que não é a análise correta, que não é a análise que a Câmara Municipal faz deste assunto

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e que, do ponto de vista técnico, não é, tem vindo a Câmara Municipal a defender essa posição, a posição que a Câmara Municipal, seja em que sede for, continuará a tomar como sua. --- --- Outra coisa é tentar encontrar com os parceiros, e tentar encontrar outros parceiros, como foi o caso do protocolo que foi celebrado com a Câmara Municipal de Sintra e das iniciativas que já daí resultaram e das quais o Senhor Vice-Presidente nos falou ontem, designadamente, a proposta conjunta que foi feita para efeitos de financiamento pelo QREN. O tentar encontrar outros parceiros, outras entidades que, juntamente com a Câmara Municipal, tentem resolver o problema que o SATU constitui. --- --- E é isso que se está a tentar neste momento, é isso que todos, em conjunto, deveríamos tentar que acontecesse, porque, no fundo, e continua a ser essa a posição e com isto concluo, o SATU, enquanto meio de transporte entre duas linhas de caminho-de-ferro, a Linha de Sintra e a Linha de Cascais, faz todo o sentido e é um eixo de desenvolvimento importante e um ponto de apoio fundamental para o desenvolvimento de áreas territoriais e empresariais importantes do Concelho. --- --- Continua a ser essa a nossa posição. Enquanto for possível pensar que a concretização deste projeto está ao nosso alcance, continuaremos a tentar. Essa é a nossa posição e continuaremos assim. --- --- E as posições que aqui expressarmos, designadamente na apreciação que fazemos das propostas que aqui são feitas, tem tudo a ver com isso e, portanto, continuamos a insistir. ---- --- Desengane-se Senhor Deputado Miguel Pinto (BE), que esta sua proposta não passará como espera que passe. Terá o nosso voto contra e, portanto, esperemos que não passe e faremos tudo por isso.” --- 4.23. O Senhor Deputado Daniel Branco (CDU) fez a seguinte intervenção: --- --- “Queria-me referir a estas questões do SATU, não para ter a discussão, porque já a fizemos, mas para dizer que, parece-me a mim, a solução correta em termos do SATU é mesmo

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a que está na recomendação do Bloco de Esquerda, que nós iremos votar favoravelmente. --- --- Mas há uma questão que continua a ser completamente marginalizada e que não percebo. --- --- --- O Senhor Deputado Bruno Pires (PSD), há pouco, falou que há seis meses para resolver isto. Houve seis meses. Os seis meses acabam em fevereiro e fevereiro é o próximo mês e, portanto, o SATU não tem possibilidade de continuar. --- --- Legalmente, tem de se fazer alguma coisa àquilo, porque não pode continuar naquela situação, a menos que a Câmara Municipal de Oeiras adote a postura de se meter contra a legalidade em todas as coisas, mas acho que já chega. Acho que temos que cumprir um bocado a lei e, portanto, legalmente, aquilo não pode continuar. --- --- Nesse sentido, acho que se deveria suspender rapidamente, independentemente do que quiserem depois pensar, sabendo vocês qual é a nossa opinião, mesmo do ponto de vista técnico, sobre esta matéria. --- --- Em relação à proposta do Partido Socialista, o Partido Socialista tem uma posição complicada nisto. O Partido Socialista votou a favor, tem estado sempre a favor. Agora, está entalado e, ao estar entalado, vem propor um referendo. --- --- Independentemente do procedimento que se venha a adotar e de se poder vir a fazer uma conferência de líderes para discutir esta questão, creio que é necessário termos muito cuidado com isto. --- --- Se vocês lerem a proposta que é feita, eu diria que esta pergunta que aqui está feita, é uma pergunta daquelas de tirar o chapéu, porque é difícil ser pior: deve a Câmara Municipal de Oeiras adotar todas as diligências legais, etc., etc…. E a população, em noventa por cento diz deve, e a Câmara diz: não adota. --- --- Isto não implica em nada uma ordem para. Isto é a saber se deve. --- --- Além do mais, mesmo que o referendo pudesse ser feito a sério sobre uma pergunta

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concreta, é bom todos nós pensarmos se é o SATU que justifica um referendo, porque tenho a certeza que não há cinquenta por cento da população que vá votar nisto. Não há cinquenta por cento da população que se desloque a parte nenhuma para votar num referendo destes. E sem haver isso, isto pode ser o tirar o prestígio que o referendo democrático deve ter. Às duas por três, todas a gente diz: o referendo, ah, ah, façam como o outro, que foram lá vinte por cento. ---- --- Creio que é necessário ponderarmos com mais cuidado sobre esta matéria. --- --- Portanto, nesse sentido, creio que esta proposta fica para nós vermos na conferência de líderes, penso eu que é isso que está previsto, mas punha estes alertas. --- --- E em relação à proposta do Bloco de Esquerda, nós estamos de acordo, porque, aliás, creio que tomarmos agora esta opção, a Câmara tomar na próxima reunião de Câmara, ou tomar daqui a poucos dias, cada vez que esteja a protelar, está a perder mais - são nove mil euros de prejuízo por dia. --- --- Como a decisão tem de ser tomada, a lei não é uma lei que dê para esticar por aí fora, as quatro questões que lá estão no SATU aplicam-se todinhas. A Teixeira Duarte, de certeza absoluta que não tem força para se opor à lei. Mais: é bom termos em conta que nestas questões todas e falando depressa para todos entendermos, não podemos dizer que a Câmara não paga. A Câmara tem pago em espécie. Há coisas da Teixeira Duarte que têm sido aprovadas.--- --- Agora, o que é verdade é que a Teixeira Duarte também já não tem grandes possibilidades de avançar com coisas, porque o paradigma que se tem, da especulação, dos terrenos, etc., fechou, fechou a loja.--- --- É necessário termos isto tudo em conta e, portanto, é necessário ver o que é que vamos fazer, em vez de andarmos para aqui todos, como dizia ontem naquela citação inicial que vos disse, sonolentos, a adormecer e a deixar que as coisas se eternizem. Pela nossa parte, achamos que isto deve terminar rapidamente.” --- 4.24. O Senhor Deputado Bruno Pires (PSD) observou o seguinte: ---

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--- “A postura que o PSD tem tido relativamente ao SATU tem sido absolutamente construtiva. --- --- E quem tem lido e ouvido as nossas intervenções não pode dizer o contrário. Aliás, mais do que isso, o que nós temos dito e temos defendido é que a situação do SATU é insustentável se não se concluir a segunda, terceira e quarta fase. --- --- E, portanto, é nesse sentido que nós dizemos insustentável. Por conseguinte, não consideramos que seja boa política dizer que iremos aprovar esta proposta de recomendação, por unanimidade. --- --- Por outro lado, gostaria de referir que, no que diz respeito à lei, efetivamente, o prazo, e o Senhor Deputado Daniel Branco (CDU) aqui referiu, se é fevereiro, poderá ser fevereiro ou março, tenho algumas dúvidas relativamente à promulgação da lei, mas, de qualquer forma, há uma certeza: é que o Conselho de Administração do SATU tem que apresentar um estudo de viabilidade da empresa. Isso é uma certeza que nós temos que ter aqui como garantido e, portanto, se não apresentar, a lei vai resolver. --- --- Por outro lado, e já aqui referimos, continuamos a referir e não me vou alongar muito, porque já tivemos oportunidade de discutir o SATU ontem até à uma e meia da manhã, e todos os argumentos de todas as forças políticas e movimentos ficaram bem explanados, a nossa posição tem sido de, efetivamente, esperarmos pelo resultado desta candidatura ao QREN, efetivamente conhecermos um estudo de viabilidade para o SATU e, efetivamente, verificarmos se vai haver ou não uma decisão relativamente ao SATU. --- --- Agora, estamos de acordo que algo tem que ser feito com mais urgência e essas diligências têm que ser feitas com mais urgência junto da Teixeira Duarte. Estamos perfeitamente de acordo, já o dissemos variadíssimas vezes. Agora, o que nós não podemos fazer é hipotecar as putativas decisões que poderão vir, nomeadamente no que diz respeito aos fundos do QREN.” ---

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4.25. O Senhor Deputado Marcos Sá (PS) disse o seguinte: --- --- “Relativamente ao SATU, acho que ontem ficaram bem marcadas as exposições políticas e não há aqui ninguém entalado, muito menos no Partido Socialista. --- --- Há factos novos e nós, perante factos novos, temos que decidir e tomar opções políticas. E o facto novo foi anunciado ontem, pelo Senhor Vice-Presidente Paulo Vistas, dizendo aqui, de uma forma clara e objetiva, que a segunda, terceira, quarta e quinta fase vão avançar com, é ideia dele e vou citar: “um estudo preliminar relativamente ao QREN, para apresentação em breve”. Uma candidatura preliminar, no sentido de um investimento que envolve cento e quarenta e dois milhões de euros, e volto a repetir: cento e quarenta e dois milhões de euros e que irá implicar, se a candidatura for aceite, uma verba muito significativa por parte do Orçamento da Câmara Municipal, que irá onerar os próximos orçamentos da Câmara. ---- --- --- E aquilo que nós estamos a falar é do futuro da Câmara Municipal, do futuro das opções políticas e das alternativas políticas que temos que ter no Concelho e as prioridades. E temos outras prioridades, para além de respondermos (e teremos oportunidade de o fazer) politicamente, de respondermos a alternativas de mobilidade muito mais baratas, muito mais seguras, no sentido de responsabilizar e demonstrar, de forma efetiva, que esta opção política não é a mais correta, nem do ponto de vista da mobilidade, nem do ponto de vista do transporte, nem do ponto de vista da resposta às pessoas e às necessidades das pessoas, nem do ponto de vista da gestão dos dinheiros públicos. --- --- E é disso que nós estamos aqui a falar, é de gestão de dinheiros públicos e, do ponto de vista do referendo, não temos medo de referendos, o PCP, pelos vistos, está com medo do referendo, o PSD já está com medo do referendo também, ontem disse que era a favor e, pelos vistos, o movimento dos cidadãos também tem medo de ouvir a população, o PS não tem medo de ouvir a população, estamos aqui para esclarecer, para tomar posições claras e para seguirmos

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em frente, cada um nas suas convicções e naquilo que acredita. --- --- Segundo ponto, que esse é que me interessa entrar e sinalizar hoje: acho absolutamente extraordinário como é que nós, na primeira Assembleia Municipal que é feita depois da extinção de cinco freguesias que foram promulgadas pelo Senhor Presidente da República, por proposta do PSD e do CDS-PP aqui no Concelho, a Freguesia de Linda-a-Velha, a Freguesia da Cruz Quebrada, a Freguesia de Paço de Arcos, a Freguesia de Caxias, a Freguesia de Queijas foram extintas, com graves prejuízos para a população e que terão graves prejuízos para a população, e quero registar hoje, com grande desagrado, não ver aqui uma palavra de desagrado e de posição política dos Presidentes de Junta de Freguesia atuais dessas freguesias, que estão aqui em representação das suas populações e, mais do que isso, não ver aqui consumado e anunciado hoje, por parte da Câmara, que espero que seja confirmado hoje, que já fizemos esse desafio há muito tempo, no sentido de ser feita uma providência cautelar por parte da Câmara Municipal, no sentido de parar esta reforma e esta extinção das freguesias aqui no Concelho de Oeiras. --- --- Nós temos que tomar posições muito claras, e isto não nos diferencia, acho que isto nos deve unir. --- --- O IOMAF disse, durante muito tempo, que era contra a extinção das freguesias. Ora, tem uma boa oportunidade para, no Executivo e através da Câmara, fazer uma providência cautelar e demonstrar, com consequência, aquilo que, efetivamente, diz. --- --- Nós não podemos propagar a importância das freguesias e, depois, por um ato administrativo e jurídico e da promulgação, baixarmos os braços e deixarmos de atender àquilo que é o combate político que temos que continuar a fazer, na defesa dos interesses das nossas populações. E nós temos que o fazer de forma clara e temos que nos distinguir aqui, desse posicionamento político também muito claro. --- --- O PSD e o CDS defenderam a extinção das freguesias, subscreveram a extinção das

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freguesias e dos diplomas que foram aprovados na Assembleia da República e esta informação tem que ser, de forma clara e objetiva, responsabilizada politicamente por tudo o que possa acontecer do ponto de vista da organização do território, que foi feito sem nexo, sem servir a população e com graves consequências, inclusive, da própria democracia na lógica da preparação das próximas eleições autárquicas que espero que a Câmara Municipal, atempadamente, consiga reorganizar todas as mesas de voto e todos os locais de voto e dos números de eleitor, na perspetiva de ter aqui um serviço de não pôr em causa a democracia no próximo ato eleitoral, que são as eleições autárquicas em dois mil e treze. --- --- Mas não posso deixar de dizer hoje, e desafiar hoje, o Senhor Vice-Presidente, porque o Senhor Presidente não está cá e disse que iria pensar se isto se consumasse efetivamente, se fosse promulgado pelo Senhor Presidente da República, que ele próprio iria pensar na proposta do Partido Socialista. --- --- E o desafio que hoje faço ao Senhor Vice-Presidente é que diga aqui, de forma clara, visto que está em representação do Senhor Presidente, se irá assumir essa posição, uma posição de combate jurídico na lógica da defesa das suas populações, ou não. E que o diga de forma clara hoje, e que não fique à espera de ninguém para nos poder responder a esta pergunta clara e objetiva na defesa do interesse das populações.” --- 4.26. O Senhor Deputado Bruno Pires (PSD) referiu o seguinte: --- --- “Só para dizer o seguinte: o PSD estranha a intervenção que aqui agora foi proferida, nomeadamente pelo seu líder de bancada, Senhor Deputado Marcos Sá (PS) e candidato à Câmara Municipal. --- --- E estranha, porque o Partido Socialista tem dois pensamentos. O primeiro, a nível central, reclama que para recuperar a economia, é preciso investir, é preciso investimento, é preciso gastar e é preciso dar condições às empresas e aos organismos para poder fazer crescer a economia e, por outro lado, a nível local, diz que não está disponível para aceitar e apoiar uma

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putativa candidatura aos fundos do QREN e esperar pelos resultados que daí possam vir. --- --- Portanto, estranha-se este tipo de comportamento. --- --- Afinal, o Partido Socialista quer apoiar, não quer apoiar, afinal o Partido Socialista quer continuar com uma política despesista, como foi do Governo Sócrates, ou não quer? É esta a forma de recuperar a economia, ainda para mais quando estamos a falar de uma putativa candidatura aos fundos do QREN e que poderá resolver a situação do SATU? Pergunto e pergunto porque temos aqui um futuro candidato à Câmara Municipal de Oeiras e, portanto, gostava de ser esclarecido, e todos nós, certamente, gostávamos de ser esclarecidos. --- --- Por outro lado, gostaria de dizer que o PSD não entra em demagogia. Nós tivemos oportunidade de discutir a Reforma Administrativa, tivemos oportunidade de tomar decisões e, portanto, não vai ser o Partido Socialista que aqui vai tentar que os presidentes de junta, sejam eles do IOMAF, sejam eles do PSD, ou sejam eles independentes, ou do próprio Partido Socialista, tentar que os próprios tomem uma decisão que só eles próprios podem tomar. E não vai ser porque, uma vez mais e aqui nós dizemos como dissemos antes: o Partido Socialista, como em tantas outras, demitiu-se das suas responsabilidades e não quis discutir a Reforma Administrativa e não é agora que o Senhor Deputado Marcos Sá (PS) tem que estar preocupado com a caça aos votos, em falar em democracia, porque a democracia meu caro, faz-se todos os dias, não se faz em setembro de dois mil e treze.” --- 4.27. O Senhor Deputado António Moita (IOMAF) observou o seguinte: --- --- “Ouvindo a intervenção que o Senhor Deputado Marcos Sá (PS) aqui fez, não queria estar na pele daqueles que serão, porventura, os candidatos que o PS apresentará a presidentes de junta, porque puderam, por esta intervenção do Senhor Deputado Marcos Sá (PS), ficar a saber qual é o tipo de relação que ele pretende ter com as juntas, caso um dia venha a ser eleito Presidente da Câmara Municipal. --- --- Esta atitude que o Senhor Deputado do Partido Socialista aqui tomou, por causa de

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algo que nos uniu, e que uniu um conjunto alargado de forças políticas nesta Assembleia Municipal, e que tem a ver com uma posição que foi possível, não consensualizar, mas ter uma base o mais alargada possível, no sentido da defesa das freguesias do Concelho de Oeiras tal como elas existiam, o Senhor Deputado Marcos Sá (PS) parte daqui para uma posição a seguir e que tem a ver com algo que, à partida, impede as juntas de freguesia e as assembleias de freguesia, de cumprirem o seu papel, papel que a lei lhes confere. --- --- Não cabe à Câmara Municipal intentar ações judiciais para defender as freguesias.

Cabe às freguesias intentar ações judiciais para se defenderem a si próprias. --- --- As juntas de freguesia e as assembleias de freguesia são órgãos eleitos tal como esta Assembleia Municipal, tal como a Câmara Municipal. Têm uma legitimidade própria e têm direitos que podem ver salvaguardados nos órgãos próprios. --- --- Não cabe à Câmara Municipal desempenhar um papel que compete, que incube, exclusivamente, às assembleias de freguesia e às juntas de freguesia e, portanto, mal vai o PS quando tem este entendimento da relação da Câmara Municipal, da Assembleia Municipal, com as assembleias e com as juntas de freguesia. --- --- Não é para isso que elas existem, não é no âmbito dessa relação e apregoando autonomia, o reforço de competências, o reforço de poderes das juntas de freguesia e, depois, vir aqui apresentar uma proposta que corta pela base todos esses pressupostos. --- --- Aquilo que a Câmara pode fazer, e deve fazer e na última vez que tivemos oportunidade de discutir os assuntos das freguesias aqui, foi essa a nossa posição, que eu próprio expressei e pode ser consultada em ata, é no sentido de a Câmara Municipal dar o apoio técnico que as juntas de freguesia vierem a precisar para, caso o entendam, interpor as ações judiciais que bem entendam. Isso sim, é um papel que pode caber à Câmara Municipal, é uma iniciativa que esta Assembleia pode tomar junto da Câmara Municipal e que, como digo, na última Assembleia Municipal em que este assunto foi discutido, aqui propus e, portanto, continuo a crer

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

que esse é o caminho, o caminho do reforço de competências das juntas de freguesia, o caminho do respeito integral pelas funções de cada um dos órgãos e não, muito ao contrário do que o PS aqui o fez, entender que é a Câmara Municipal que pode tudo e a Câmara Municipal que manda em tudo. -- --- --- A nossa posição é, mais uma vez, clara e, obviamente, não concordamos com este pressuposto de que o Partido Socialista parte. O nosso pressuposto é exatamente o contrário:

estaremos à disposição das juntas de freguesia para todo o apoio que for preciso, mas a decisão cabe-lhes a eles, e só a eles.” --- 4.28. O Senhor Deputado Daniel Branco (CDU) fez a seguinte intervenção: --- --- “Sobre esta questão das freguesias, creio que há diversas coisas a distinguir. O primeiro aspeto é que, já tendo sido promulgado pelo Presidente da República, ainda não está publicado e, portanto, não é ainda possível promover nenhuma ação. --- --- O segundo aspeto, o Senhor Deputado António Moita (IOMAF) há pouco referiu, que é as freguesias visadas serem aquelas que têm mais legitimidade para meterem a providência cautelar. Aí há um problema. A ANAFRE reuniu, se não me falha a memória, na sexta-feira passada e ficaram de poder dar alguns elementos de apoio, não sei o que é que ainda fizeram, mas isso é provável que seja possível. --- --- Há, de facto, este problema: a providência cautelar pode ser metida pelas freguesias, mas têm de ter um advogado a suportá-las. Normalmente, as freguesias não o têm e é preciso ver quem é que vai pôr esse advogado à disposição e, nesse sentido, creio que também o que já foi dito é suficiente, no sentido de dizermos que a Câmara Municipal deve dar apoio técnico, em termos do advogado, que as freguesias necessitarem. --- --- Há uma questão que, para nós, e quando digo para nós digo para a CDU e para a análise que fizemos, não está ainda completamente clara: é se a Assembleia Municipal não pode pôr, e é provável que a Assembleia Municipal possa. A Câmara não pode, isso já sabemos,

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porque a Câmara não tem competência no processo das freguesias. A Câmara limitava-se a dar pareceres, ou a fazer estudos. Agora, a Assembleia tem competências. Não sei, é uma questão que estamos a analisar e, assim que tivermos opinião, aliás, iriamos depois pedir para haver uma reunião da Comissão, é provável que se possa fazer por via da Assembleia Municipal uma providência cautelar em geral, independentemente das freguesias deverem também apresentar as suas providências cautelares.” --- 4.29. A Senhora Deputada Alexandra Tavares de Moura (PS) referiu o seguinte: --- --- “Queria só esclarecer o Senhor Deputado António Moita (IOMAF), porque fiquei um bocadinho baralhada com a intervenção que o Senhor Deputado fez e, ou o Senhor Deputado António Moita (IOMAF) não percebeu o que dissemos, ou nós não temos capacidade para nos fazer entender e acredito mais que tenha sido a primeira. --- --- O nosso entendimento, e aquilo que referimos, é de que hoje, primeira Assembleia Municipal, é o local exato, não para dizer que já se colocou providência cautelar, mas para tomar uma posição política clara e objetiva. --- --- E o que era expectável é que os cinco presidentes de junta, que viram e que estiveram também a batalhar contra a extinção ou o agrupamento das suas freguesias, afirmassem hoje que tinham essa intenção. --- --- E ainda era mais expectável que o movimento de cidadãos, que tanto apelo tem feito nas últimas Assembleias Municipais a propósito da grande abertura que tem e a grande capacidade que tem de mobilizar e de ouvir os cidadãos, neste momento, fizesse exatamente a mesma afirmação aqui. --- --- Era isso que era expectável, porque Senhor Deputado, a vossa posição só tem uma leitura política: vocês fizeram um combate, que é um flop, porque, na essência, vocês demitem- se das vossas funções, não assumem a consequência política daquilo que disseram durante o ano.

--- Essa é que é a diferença entre nós. É que nós assumimos as consequências das

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