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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS Aos dezanove dias do mês de Dezembro de dois mil e onze, no Auditório Municipal,

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

---ACTA DA 2ª. REUNIÃO DA 5 ª. SESSÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA--- ---MUNICIPAL DE OEIRAS, REALIZADA A 19 DE DEZEMBRO DE 2011--- ---ACTA Nº. 19 / 2011---

--- Aos dezanove dias do mês de Dezembro de dois mil e onze, no Auditório Municipal, sito no Edifício da Biblioteca Municipal de Oeiras, reuniu a Assembleia Municipal de Oeiras sob a Presidência do Senhor Domingos Ferreira Pereira dos Santos, tendo como Primeira Secretária, a Senhora Maria Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos Guimarães e como Segunda Secretária, a Senhora Maria da Graça Rodrigues Tavares. --- 1. ABERTURA DA REUNIÃO --- --- Pelas quinze horas e trinta minutos, o Senhor Presidente declarou iniciada a Segunda Reunião da Quinta Sessão Ordinária da Assembleia Municipal de Oeiras, procedendo de imediato à chamada, tendo sido verificada a presença de quarenta Deputados Municipais (Joaquim Manuel de Carvalho Ribeiro, Fernando Victor Beirão Alves, Jorge Manuel de Sousa de Vilhena, Luís Filipe Vieira Viana, Carlos Jorge Santos de Sales Moreira, Carlos Alberto Ferreira Morgado, Nuno Emanuel Campilho Mourão Coelho, Salvador António Martins Bastos Costeira, Maria João Costa Marcelino Nunes Domingos, Domingos Ferreira Pereira dos Santos, António Pita de Meirelles Pistacchini Moita, Maria Carolina Candeias Tomé, Custódio Mateus Correia de Paiva, Arlindo Barradas, Isabel Cristina Gomes dos Santos Silva Lourenço, Luís Filipe Pereira Santos, Guilherme Dinis Moreno da Silva Arroz, Abílio José da Fonseca Martins Fatela, Maria da Graça Simões Madeira Ramos, Rui Pedro Gersão Lapa Miller, Nuno Miguel Pimenta de Carvalho Ribeiro, Marcos Sá Rodrigues, Alexandra Nunes Esteves Tavares de Moura, Luísa Maria Diego Lisboa, Joaquim dos Reis Marques, Maria Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos Guimarães, Pedro Afonso Nóbrega Moita de Melo e Sá, Tiago Manuel Coruche Serralheiro, Silvino Monteiro Cardita Gomes da Silva, Jorge Manuel Madeiras Silva Pracana, Maria da Graça Rodrigues Tavares, Bernardo Maria de Villa-Lobos Freire Caldeira, Jorge Miguel Lobo

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Janeiro, António Macieira Coelho, Maria Isabel Pereira Fernandes da Costa Jorge de Sande e Castro, Daniel dos Reis Branco, Carlos Alberto de Sousa Coutinho, Joaquim Vieira Cotas, Miguel da Câmara e Almeida Pinto e Maria Manuela Serra de Oliveira Guerra), desta Assembleia Municipal. --- --- Os Senhores Luís Manuel de Figueiredo da Silva Lopes, Paulo Pinto de Carvalho Freitas do Amaral, Bruno Filipe Carreiro Pires, Ana Maria Andrade Borja Santos de Brito Rocha, Pedro Alexandre Pereira Fernandes da Costa Jorge e Maria Isabel Lima Miguéis de Vasconcelos pediram a sua substituição para esta reunião tendo sido substituídos pelos Senhores Maria João Costa Marcelino Nunes Domingos, Maria Manuela Serra de Oliveira Guerra, Jorge Miguel Lobo Janeiro, António Macieira Coelho, Maria Isabel Pereira Fernandes da Costa Jorge de Sande e Castro e Joaquim Vieira Cotas. --- --- Representaram a Câmara Municipal de Oeiras, o Senhor Presidente Isaltino Afonso Morais, o Senhor Vice-Presidente Paulo César Sanches Casinhas da Silva Vistas e os Senhores Vereadores Ricardo Barros, Luísa Maria Gentil Ferreira Carrilho, Ricardo Lino Carvalho Rodrigues, Ricardo Júlio de Jesus Pinho e Amílcar José da Silva Campos. --- --- Faltaram os Senhores Maria Teresa Sousa de Moura Guedes, Sílvia Maria Mota dos Santos Andrez e José Henriques Lopes tendo a Mesa justificado as respectivas faltas.--- 2. ORDEM DE TRABALHOS --- --- Foi estabelecida para a presente reunião a seguinte Ordem de Trabalhos: --- 1. Informação Escrita do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Oeiras acerca da Actividade do Município, nos termos da alínea e), do Nº. 1, do Artigo 53º., da Lei Nº. 169/99, de 18 de Setembro com as alterações introduzidas pela Lei Nº. 5-A/2002, de 11 de Janeiro; --- 2. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 1001/11 - DMPGFP - relativa às Grandes Opções do Plano e Orçamento da C.M.O. para 2012 - Ofício Nº. 43244 de 02-12-2011; --- 3. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 1046/11 - SMAS - relativa ao Orçamento e às

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Grandes Opções do Plano para o ano de 2012 - SMAS; --- 4. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 994/11 - SMAS - relativa ao Regulamento de criação de taxa para reforço de infra-estruturas - Ofício Nº. 41535 de 16-11-2011; --- 5. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 1108/11 - GCAJ - relativa à revogação anulatória das deliberações que autorizaram a aquisição de um terreno no Bairro Casal das Chocas, no âmbito do Programa Habitar Oeiras - Ofício Nº. 43242 de 02-12-2011; --- 6. Apreciação da Proposta C.M.O. Nº. 952/11 - GP - relativa ao Relatório do Controlo de Gestão de Janeiro a Agosto de 2011 da Tratolixo, E.I.M - Ofício Nº. 41536 de 16-11-2011; --- 7. Apreciação da Proposta C.M.O. Nº. 975/11 - GP - relativa ao Relatório e Contas relativo ao 1.º Semestre de 2011 da Oeiras Viva, E.E.M - Ofício Nº. 41537 de 16-11-2011;--- 8. Apreciação da Proposta C.M.O. Nº. 1109/11 - GP - relativa ao Plano de Actividades e Orçamento da Oeiras Viva, E.E.M., para 2012 - Ofício Nº. 43243 de 02-12-2011. --- 3. O Senhor Presidente da A.M. iniciou a reunião, dizendo o seguinte: --- --- “Verificada a existência de quórum, vamos dar início à segunda reunião da sessão ordinária número cinco, de dois mil e onze. --- --- Tínhamos combinado entre os líderes dos grupos políticos começarmos a nossa reunião de hoje pelo ponto dois da ordem de trabalhos, voltar depois ao ponto um e depois seguir do ponto três até ao fim. --- --- O Senhor Vice-Presidente da Câmara solicitou que começássemos pelo ponto três até o Senhor Presidente da Câmara chegar, uma vez que não pôde estar mais cedo, mas queria estar presente na discussão das GOP e Orçamento da Câmara. Pergunto ao plenário se estão todos de acordo que comecemos pelo ponto três e, logo que o Senhor Presidente da Câmara chegue, voltemos ao ponto dois, depois ao ponto um e depois dêmos sequência à ordem de trabalhos.--- --- Uma vez que o Senhor Presidente da Câmara está a chegar, vamos começar com o ponto dois como tínhamos acordado.” ---

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4. PERÍODO DA ORDEM DO DIA --- 4.1. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 1001/11 - DMPGFP - relativa às Grandes Opções do Plano e Orçamento da C.M.O. para 2012 - Ofício Nº. 43244 de 02-12- 2011 (os documentos relativos a esta Proposta ficam arquivados, como anexos, na pasta desta reunião); --- --- O Senhor Presidente da C.M.O. fez a seguinte apresentação: --- --- “Em primeiro lugar, gostaria de fazer uma consideração relativamente à metodologia que tem vindo a ser seguida na elaboração do Orçamento e das GOP, visto que há alguns aspectos que decorrem da conjuntura económica e financeira, mas há outros que decorrem também da própria metodologia seguida na elaboração das GOP e do Orçamento. --- --- Como sabem, já no ano passado, não ainda tão influenciados pela conjuntura económico-financeira, conseguimos fazer um ajustamento no Orçamento que se traduziu numa redução na ordem dos vinte milhões de euros, de dois mil e dez para dois mil e onze. Isso deveu- se, em certa medida, ao exercício que fizemos de aproximação àquilo que se convencionou chamar de orçamento zero. --- --- Naturalmente que não terá sido um orçamento zero “stricto sensu”, mas que foi um exercício e uma aproximação a essa metodologia foi. --- --- Não é fácil, em apenas um ano, conseguir fazer os ajustamentos que têm a ver com práticas que decorrem já de muitos anos seguidos, de hábitos dos próprios serviços na elaboração do Orçamento, mas, mesmo assim, conseguiu-se essa redução significativa que, de alguma forma, é uma aproximação à capacidade real de execução, ou à taxa de execução se quiserem. --- --- Em dois mil e onze para dois mil e doze, no Orçamento que aqui apresentamos, temos também aqui uma redução, não da mesma dimensão, mas em termos percentuais praticamente igual, porquanto passamos de cento e setenta e três milhões e novecentos mil euros para cento e cinquenta e cinco milhões de euros, uma redução na ordem dos dezassete, dezoito

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milhões de euros. --- --- Significa isto que, em dois anos fazemos uma redução de trinta e oito milhões de euros. --- --- --- Para antecipar já algumas dúvidas, curiosamente, esta redução global do Orçamento, não tem afectado a taxa de execução, o que quer dizer que, na realidade, os orçamentos eram relativamente empolados e, como digo, tem a ver com os hábitos, os procedimentos no Município, porque, naturalmente, é muito mais fácil trabalhar com um Orçamento relativamente empolado do que com um cujo montante global se aproxima daquilo que é a taxa de realização, na medida em que, em termos de procedimentos, obriga a ajustamentos e a um rigor muito maior. --- --- --- Como é que se conseguiu este objectivo? Temos muitos procedimentos de fornecimento contínuo de serviços e de bens, em que é orçamentado o montante global para doze meses, mas, as dívidas relativamente aos últimos três meses, por exemplo, Outubro, Novembro e Dezembro, com frequência, eram pagas no ano seguinte e isso vai continuar a verificar-se, porque é natural, visto que as facturas dão entrada nos serviços, mas não podemos pensar que para um procedimento de Dezembro a factura dá entrada imediatamente nos serviços e, portanto, o que se fazia era calcular o montante global relativamente aos doze meses, mais os dois, três meses que tinham que se pagar do ano anterior. Isso faria com que uma determinada dotação de um fornecimento qualquer tivesse os doze meses mais os três meses de pagamentos do ano anterior. --- --- --- Se se está a falar de um fornecimento para doze meses, tem que conter o montante global. Mas, transitando dívida por pagar no ano seguinte, ela tinha que sair da dotação que estava prevista. --- --- Se se prevê uma dotação só de doze meses e se vai pagar um ou dois meses do ano anterior, naturalmente que isso tem reflexos na dotação daquele ano e, portanto, poderíamos

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chegar a Outubro, Novembro e Dezembro e não haver dotação. --- --- Naturalmente que quanto maior for este desfasamento entre o pago, ou entre aquilo que é executado e aquilo que deve ser pago, mais facilita os procedimentos. --- --- Não é fácil, implica um esforço muito grande por parte dos serviços da Câmara e procurámos reduzir sensivelmente a um mês, razão por que, nas dotações, este ano, temos a dotação do ano mais um mês, mês e meio de dívida que possa passar do ano anterior. --- --- Só neste aspecto, conseguiram-se reduções significativas. --- --- Pensem, por exemplo, no caso de fornecimento de serviços a nível de outsourcing para os jardins e espaços verdes, na ordem dos três milhões e tal de euros. Sendo três meses, estamos a falar de um quarto, isto é, dever os três milhões mais um quarto disto representava logo mais cerca de seiscentos mil euros e, portanto, isto traduzia-se numa dotação sobreavaliada que, tudo somado, teria reflexos significativos no montante global do Orçamento. --- --- O facto de reduzir globalmente o Orçamento quer dizer, em primeira linha, que estamos a trabalhar com mais rigor e que a taxa de execução tenderá a ser maior e o ideal será quando tivermos uma taxa de execução muito próxima daquilo que é o orçamentado. --- --- Em todas as áreas funcionais o montante previsto no Orçamento e nas GOP é superior, no mínimo, em vinte e cinco por cento àquilo que foi a taxa de realização, ou que é a taxa de realização conseguida em dois mil e dez. --- --- Quer isto dizer que em nada vai afectar aquilo que são as prestações que o Município tem relativamente aos seus munícipes e, muito particularmente, no que respeita à área social. ---- --- O Orçamento e GOP para este ano situa-se em cento e cinquenta e cinco milhões novecentos e oitenta e sete mil euros. --- --- Relativamente às componentes do orçamento, a receita corrente prevista para dois mil e doze é de cento e doze milhões duzentos e vinte e quatro mil euros e a despesa é de noventa e três milhões de euros, ou seja, temos uma redução de nove vírgula treze por cento na

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despesa corrente para dois mil e doze e temos uma diferença de quase dezoito milhões de euros de receita corrente que irá financiar despesa de capital, que tem uma previsão de quarenta e três milhões de euros. Diminuímos em seis milhões de euros a receita de capital e a despesa de sessenta e dois milhões de euros, menos doze por cento do que em dois mil e onze. --- --- E é natural que tenhamos este cuidado, no sentido da redução de alguma despesa de capital, sobretudo, porque não sabemos bem ainda qual é a previsão da receita para dois mil e doze, ou melhor, sabemos qual é a previsão actual, mas tudo indica que em dois mil e doze poderá entrar em funcionamento uma nova Lei das Finanças Locais e essa lei não será, com certeza, para dar mais dinheiro aos municípios, será para retirar, visto que não se entende muito bem este propósito de aumento do IMI se ele for para transferir para os municípios. Portanto, presumo que esse aumento deverá trazer “água na boca” e destina-se, com certeza, a aumentar as receitas do Estado Central. --- --- O que gostaria de salientar é que se mantém aqui uma diferença confortável de dezoito milhões de euros entre a despesa e as receitas correntes, o que significa que esta receita corrente vai continuar a cobrir de uma forma significativa a despesa de capital. --- --- Quanto às componentes da receita, os impostos directos, ao nível da receita corrente, são a maior fatia, com sessenta e oito milhões de euros; os indirectos, com dois milhões de euros;

taxas, multas e outras penalidades - quatro milhões e novecentos mil euros; rendimentos de propriedade - seis milhões trezentos e quarenta e quatro mil euros; transferências correntes – vinte milhões setecentos e trinta e sete mil euros; venda de bens e serviços – nove milhões seiscentos e noventa mil euros. --- --- Na receita de capital sobressaem os vinte e sete milhões seiscentos e quarenta e um mil euros de venda de bens de investimento. Aqui, fizemos uma redução muito significativa e as transferências de capital, com quatro milhões trezentos e vinte mil euros e os passivos financeiros com onze milhões quinhentos e noventa mil euros. ---

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--- Nos impostos directos, gostaria de chamar à atenção para o comportamento de dois mil e nove a esta parte, relativamente ao IMI. Apesar de não estarem a ser aplicadas as taxas máximas, este tem tido um comportamento de crescimento, visto que tem ultrapassado aquilo que são as previsões do Município, embora estas previsões sejam feitas por média aritmética e nuns casos dê mais, noutros menos, mas neste caso tem dado para mais. --- --- Com vinte e seis milhões trezentos e sessenta e cinco mil euros em dois mil e nove, tem vindo sempre em crescendo, com uma previsão de vinte e sete milhões trezentos e três mil euros em dois mil e onze, prevendo-se vinte e oito milhões trezentos e trinta e quatro mil euros em dois mil e doze. É o único imposto que tem um crescimento significativo. --- --- Quanto à SISA, estamos a falar de verbas residuais de três milhões setecentos e catorze mil em dois mil e nove, para uma previsão de quatrocentos e dezassete mil euros em dois mil e doze, valor este que, na minha opinião, não tem qualquer fiabilidade, pois decorre da média aritmética, visto que a SISA é um imposto já extinto há quase dez anos e, portanto, são restos que vão sendo pagos. --- --- Quanto ao IMT, é o imposto que tem tido uma maior sensibilidade à crise, com vinte e quatro milhões de euros em dois mil e nove e vinte e sete milhões de euros em dois mil e dez. - --- No princípio de dois mil e dez, houve uma situação excepcional, que foi uma transacção feita no Lagoas Park, mas a verdade é que em dois mil e onze tínhamos uma previsão de vinte e três milhões quatrocentos e sessenta e sete mil euros e o certo é que ainda estamos longe disso, e o valor cobrado até Outubro anda à volta de dez milhões de euros, o que significa que temos uma quebra de treze milhões de euros. É realmente uma área que está a ser muito afectada e os catorze milhões de euros que prevemos para dois mil e doze, tudo indica que também não vão ser realizados, porque se estamos com dez milhões de euros até Outubro, não chegaremos, com certeza, aos treze milhões até ao fim do ano, a não ser que haja uma situação excepcional.---

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--- A crise pode, às vezes, ser favorável, bastando que haja uma transacção de fundos imobiliários, que é hoje a maior fatia do IMT no Concelho, para isso se poder modificar. Mas é realmente uma quebra significativa, de vinte e sete milhões de euros em dois mil e dez para catorze milhões de euros, estamos a falar de quase metade. Há aqui, realmente, uma redução significativa. --- --- Curiosamente, a Derrama tem tido um comportamento que, comparativamente com o que acontece no resto do País, de resto, ainda há dias falava com o Presidente da Câmara de Lisboa que me diz que na Derrama tiveram uma quebra de oitenta milhões de euros, Cascais teve uma quebra de sessenta e setenta por cento e onde a Derrama se está a comportar melhor é justamente aqui, no nosso Município. Claro que há um decréscimo, porque de dezasseis milhões de euros em dois mil e nove, dezasseis milhões setecentos e oitenta e sete mil euros em dois mil e dez e quinze milhões de euros em dois mil e onze, significa que, apesar de tudo, a Derrama está com um comportamento extraordinário. --- --- Em Junho deste ano estava muito pessimista, porque tinha-nos entrado muito pouco dinheiro, menos cinquenta por cento comparativamente com dois mil e dez. Acontece que por volta de Setembro, Outubro, já nós tínhamos este Orçamento preparado, entraram, de uma vez, salvo o erro onze milhões de euros, o que significa que as Contribuições e Impostos beneficiam muito das nossas verbas e, em vez de as transferirem à medida que as recebem, acumulam-nas e depois, quando entendem, transferem-nas. Portanto, esse é um problema complicado. --- --- De todo o modo, isto tem a ver com a qualidade do tecido empresarial do nosso Concelho. É indiscutível que a natureza do tecido empresarial fez com que em dois mil e onze ainda houvesse aqui um comportamento, porque até ao fim do ano ainda vão entrar recursos, estou convencido que até ao fim do ano iremos ficar muito próximo do que foi dois mil e dez, se calhar até iremos ultrapassar, tudo indica que ultrapassamos a receita de dois mil e dez. --- --- No entanto e como sabem, não sou pessoa para ter visões muito pessimistas, mas

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admito que em dois mil e doze a Derrama possa baixar, ou seja, não me parece que o comportamento de dois mil e doze seja igual a dois mil e onze, porque temos aqui algumas empresas tecnológicas no Concelho, desde a Cisco, a Microsoft, Oracle, etc., em que um dos maiores clientes é o próprio Estado. Se em dois mil e onze as empresas diminuíram as suas receitas, as aquisições do Estado diminuem substancialmente e é natural que em dois mil e doze possamos ter uma receita menor. --- --- Relativamente ao Imposto de Circulação, aqui é surpreendente, mas temos um crescimento de dois mil e dez para dois mil e onze na ordem dos dezoito por cento, ou seja, mais um milhão cento e cinquenta e quatro mil euros, isto até Outubro, porque em dois mil e dez foram cobrados seis milhões cento e quarenta e um mil euros. Lembro que em dois mil e nove estávamos com três milhões oitocentos e noventa e um mil euros. Há quem diga que este crescimento se deve ao facto de, antes do aumento do imposto, terá havido muita gente a comprar e poderá ser isso. O certo é que este é o imposto que nos últimos anos tem vindo a crescer. ---- --- --- Relativamente a outras transferências, aqui, como sabem, a nossa dependência do Estado é praticamente zero, porque em relação ao Fundo de Equilíbrio Financeiro, em dois mil e doze não temos nada, tenho aqui dois euros, julgo que é só para abrir a rubrica, um euro no Fundo Social Municipal e temos a participação fixa no IRS, no montante de dezasseis milhões setecentos e oitenta e um mil euros, que se prevê aqui um crescimento, na medida em que diminuímos a percentagem relativamente aos cinco por cento do IRS. --- --- Portanto, este quadro mostra-nos como o Município de Oeiras já não tem qualquer dependência das verbas do Estado, basta pensarem que mais de cinquenta por cento dos municípios dependem em mais de cinquenta por cento da sua receita das transferências do Estado. No nosso caso, não temos qualquer dependência e, portanto, digamos que o Município é sustentável por si. ---

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--- Há aqui algumas verbas que devem ser consideradas e que são comparticipações do Estado. Refiro-me às actividades de enriquecimento curricular, com cerca de novecentos e setenta mil euros; o funcionamento dos refeitórios escolares - seiscentos e oitenta e um mil euros; turismo de Portugal - trezentos e vinte mil euros; programas de inclusão - cento e sessenta e sete mil euros, etc.. São programas aprovados e, portanto, podem ser considerados, bem como a manutenção dos pavilhões desportivos, a Escola Gomes Freire de Andrade, com um milhão cento e oitenta e sete mil euros do QREN e mecenato, Parque dos Poetas, esculturas, segunda fase - duzentos e cinquenta mil euros. --- --- Quanto à receita de capital, no que diz respeito à venda de terrenos, foram retirados daqui uma quantidade significativa de terrenos, porque havia alguns que estavam estabelecidos, obviamente, para equilibrar o Orçamento e lembro-vos que durante vários anos constou aqui a venda dos terrenos do Espargal, que têm plano de pormenor aprovado, podem ser vendidos, mas a verdade é que têm que ser vendidos numa condição especial que é a da resolução do plano das oficinas da Câmara, isto é, ou a Câmara constrói primeiro as oficinas e depois vende o Espargal, ou terá que ser um modelo de concurso que implique o pagamento das oficinas com a construção de novas oficinas. --- --- Devo dizer que até foram retirados alguns como, por exemplo, a Quinta da Nossa Senhora da Conceição que foi retirada e até podia não ser, porque há uma área que tem um loteamento aprovado a Norte e que pode vir a ser alienado. --- --- Relativamente à despesa, como rubricas mais importantes temos as despesas com pessoal, com trinta e três milhões de euros, que representa trinta e cinco por cento; aquisição de bens e serviços, com cinquenta milhões de euros; juros e outros encargos, com um milhão de euros; transferências correntes, com oito milhões quinhentos e trinta e nove mil euros. --- --- Nas despesas de capital, temos aquisição de bens e serviços com cinquenta e quatro milhões trezentos e trinta e oito mil euros; transferências de capital - três milhões setecentos e

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noventa e dois mil euros; activos e passivos financeiros com um milhão e duzentos mil euros e dois milhões seiscentos e quarenta mil euros, respectivamente. --- --- No que respeita a despesas de pessoal, aqui está um dos exemplos em que foi possível, porque tínhamos dotações previstas de Janeiro. Para o pessoal no mapa, consideravam- se os pagamentos de Janeiro a Dezembro. A verdade é que, mesmo que no mapa de pessoal seja considerado quatro, cinco, ou seis técnicos, ou assistentes operacionais, os concursos demoram por si, no mínimo, entre seis meses a um ano e, portanto, não fazia sentido prever pela totalidade essas dotações e é assim que passamos de trinta e nove milhões setecentos e dezoito mil euros em dois mil e nove, para trinta e sete milhões de euros em dois mil e dez, uma ligeira subida para trinta e oito milhões de euros em dois mil e onze e, agora, uma descida para trinta e três milhões setecentos e setenta mil euros. --- --- Está ainda consignado, porque na altura não tinha sido aprovado o Orçamento de Estado, sem a dedução dos cortes aos subsídios, que correspondem a cerca de um milhão e setecentos mil euros. Significa que a verba de trinta e três milhões setecentos e setenta mil euros tem um milhão e setecentos mil euros a mais que pode, naturalmente, servir para reforçar outras rubricas se houver essa necessidade e essa capacidade, mas, de acordo com aquilo que o Governo diz que se irá fazer, é para pagar dívida. --- --- Mesmo assim, comparativamente com dois mil e onze, há uma diminuição nas despesas de pessoal de doze vírgula quarenta e nove por cento. --- --- Na despesa de capital, cinquenta e quatro milhões trezentos e trinta e oito mil euros na aquisição de bens de capital, três milhões setecentos e noventa e dois mil euros de transferências e restante despesa, enfim, as principais rubricas desta área destinam-se à obra do Parque dos Poetas, à Escola Gomes Freire de Andrade que tem ainda, para dois mil e doze, cerca de dois milhões novecentos e três mil euros e irá estar pronta até Agosto do próximo ano, visto que é uma escola que irá entrar em funcionamento no início do ano lectivo, em Setembro; o

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Complexo Desportivo de Porto Salvo, que foi adjudicado, novamente, com um milhão quinhentos e setenta mil euros; a expropriação e prestação da ProAgricultura, com dois milhões seiscentos e oitenta e sete mil euros, que é o célebre artigo cento e dois da Outurela; conservação de arruamentos no Concelho - um milhão quinhentos e sessenta e dois mil euros; requalificação de equipamento escolar - um milhão quinhentos e setenta mil euros, trata-se de escolas que estão em beneficiações; Pavilhões Desportivos Joaquim de Barros e São Julião da Barra - um milhão quinhentos e um mil euros; imóveis a adquirir, edifícios e terrenos, com um milhão e quinhentos mil euros; qualificação de equipamentos municipais - um milhão quatrocentos e trinta e seis mil euros; aquisição por via do direito privado de terrenos - um milhão e duzentos mil euros;

construção de diversos arruamentos no Concelho - um milhão e cinquenta e sete mil euros;

requalificação de espaços públicos - um milhão e cinquenta e dois mil euros; conservação e manutenção de fogos (habitação social), com um milhão de euros; Extensão do Centro de Saúde de Algés, onde se prevê um pagamento de oitocentos e cinquenta e quatro mil euros em dois mil e doze, visto que está a decorrer o concurso público; reabilitação e beneficiação de bairros municipais (mas agora nos edifícios) - setecentos e dezasseis mil euros; obras de artes, pontes, etc. - seiscentos e sessenta e três mil euros. Serão estas as verbas mais importantes. --- --- Aquisição de terrenos. Há um lote na Terrugem para adquirir por cinquenta e nove mil euros. Uma outra, correspondente a uma expropriação no Cemitério de Carnaxide, no valor de cento e trinta e seis mil euros; um artigo no Bairro da Pedreira Italiana - duzentos e cinquenta e oito mil euros; imóveis e terrenos em Carnaxide - trezentos mil euros; parcelas na Avenida dos Bombeiros Voluntários de Algés - quinhentos mil euros; uma expropriação amigável de dezassete mil euros, em Leceia e o arruamento a Sul da via-férrea em Paço de Arcos, que liga a Escola Náutica ao Parque Oceano, vinte e um mil euros para pagar à REFER, por uma faixa pequena que tem ali e há depois ainda a aquisição do próprio arruamento que pertence ao Ministério da Defesa. ---

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--- No que toca à classificação funcional, nas GOP gostaria de chamar a atenção para o facto de as funções sociais abrangerem sessenta e três vírgula vinte e nove por cento deste Orçamento; as funções gerais - vinte e cinco vírgula sessenta e um por cento; as económicas - oito vírgula nove e as outras funções - dois vírgula vinte e um por cento. --- --- Ao nível das funções gerais uma breve nota: compreendem os Serviços Gerais da Administração Pública a Segurança e Ordem Pública e as despesas de funcionamento da Câmara e as relativas às despesas de corporações de bombeiros e polícia municipal.--- --- As funções sociais são todas despesas que respeitam à educação, à saúde, à segurança, à acção social, à habitação e serviços colectivos, culturais, recreativos e religiosos. --- --- Nas funções económicas está compreendida a energia, transportes e comunicações, comércio, turismo e outras funções económicas. --- --- As outras funções referem-se, especialmente, às transferências para as juntas de freguesia no âmbito da delegação de competências, jardins-de-infância, subsídios correntes e de capital. --- --- --- Nas funções gerais gostaria de chamar à atenção para o facto de diminuirem um vírgula quatro por cento, a despesa corrente cresce quatro vírgula quatro por cento e a despesa de capital desce dezasseis vírgula sete por cento. --- --- A dotação para dois mil e doze é de vinte e oito milhões seiscentos e cinquenta e dois mil euros e foram executados, até Outubro, treze milhões setecentos e nove mil euros, ou seja, a dotação para dois mil e doze é praticamente o dobro daquilo que foi executado em dois mil e onze até Outubro, o que significa que, mesmo contando o executado até ao fim do ano, há aqui uma dotação superior, entre vinte e cinco a trinta por cento, relativamente àquilo que será a execução de dois mil e onze. --- --- Esta classificação funcional não é totalmente rigorosa e é um trabalho que ainda vamos ter que melhorar. Penso que mais dois, três anos e é possível que esteja mais rigoroso, isto

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porque nem sempre é fácil chegar ao montante global afecto a uma determinada função, ou se quiserem, a um determinado fim específico. --- --- Ainda há dias vi um artigo em que dizia o que é que os municípios gastavam na área social e até classificava por ordem, onde Cascais vinha com vinte por cento e Oeiras com cerca de oito por cento, o que, na realidade, não corresponde à verdade, porque Oeiras tem até mais investimento nessa área do que tem a Câmara de Cascais. Pura e simplesmente tem a ver com a arrumação das rubricas em termos funcionais e, por exemplo, para terem uma ideia, nestas funções gerais, para além daquilo que são as despesas correntes do Município - electricidade, água e gás, com um milhão setecentos e trinta e três mil euros, estão também: manutenção de equipamentos electromecânicos, com um milhão seiscentos e sessenta e quatro mil euros;

arrendamentos, com um milhão quinhentos e quarenta e nove mil euros; está aqui o subsídio mensal às corporações de bombeiros, com um milhão e sessenta mil euros (de facto, é uma razão social e, portanto, há muitas câmaras que incluem este subsídio nas funções sociais. Aqui está nas funções gerais que é uma espécie de residual, assim como outras funções. Na realidade, esta verba é, essencialmente, uma função social); aquisição de combustíveis, com um milhão e vinte mil euros; está aqui o contrato-programa com a Municípia e o mais correcto seria inserir na área do urbanismo; seguros; aquisições de serviços; segurança e vigilância; fornecimento de serviços etc.. --- --- --- Despesas de capital: requalificação de equipamentos municipais - um milhão quatrocentos e sessenta e três mil; está aqui o novo edifício para a Polícia Municipal que não é para pagar agora, porque a situação está em Tribunal e, portanto, a Câmara só pode pagar quando o assunto for resolvido, que tem a ver com penhoras que foram feitas à sociedade Ferreiras &

Magalhães. --- --- Nas Funções Sociais, a dotação é de setenta milhões de euros e sobressai aqui a Educação, com um crescimento de vinte e dois vírgula quatro por cento na despesa corrente e

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uma diminuição na despesa de capital de dois por cento. A renda das escolas das parcerias público-privadas - dois milhões seiscentos e cinquenta e seis mil euros, que ainda não se começou a pagar, embora esteja a funcionar, mas há ainda assuntos a resolver; as actividades de enriquecimento curricular, que há pouco tinha referido, com um milhão de euros; transportes escolares - quatrocentos e cinco mil euros; contrato de manutenção da Habitágua - trezentos e sessenta e cinco mil euros; atribuição de bolsas de estudo - cento e quarenta e nove mil euros;

expediente, limpeza e consumo; projectos educativos e de escolas, etc..--- --- Quanto às despesas de capital, o grosso vai para a Escola Gomes Freire de Andrade, com dois milhões novecentos e três mil euros, o resto já está pago, ou é pago até ao fim do ano;

requalificação dos equipamentos escolares, com um milhão quinhentos e setenta mil euros;

pavilhões desportivos - um milhão e meio de euros; integração de redes na plataforma colaborativa hardware trezentos e oitenta e sete mil e, depois, mobiliário e equipamento escolar, com cento e quarenta mil euros, aliás, devo dizer que o mobiliário das escolas é todo novo e, portanto, o mobiliário que estamos a prever tem a ver com a entrada em funcionamento de novas escolas, porque há três ou quatro anos adquirimos mobiliário na totalidade para as escolas, notando-se uma diferença, em matéria de qualidade do mobiliário, das escolas do primeiro ciclo e infantários, comparativamente com as do Estado que, enfim, é uma coisa assombrosa, embora o Estado esteja a fazer um esforço nas construções, que não é despiciendo, visto que anda à volta também dos cinquenta e tal milhões de euros. Vamos ver se a Parque Escolar acaba todos os edifícios que estão em construção, que espero que acabe. --- --- A Saúde tem um aumento de dois vírgula nove por cento, a corrente diminui dezasseis vírgula um por cento e a de capital tem um crescimento de dezasseis por cento; a Extensão de Saúde de Algés absorve oitocentos e cinquenta e quatro mil euros e, portanto, se a obra arrancar, na nossa previsão, até ao final de dois mil e treze, estará pronto o Centro de Saúde de Algés; instituições de apoio social e saúde, comparticipação para equipamento e obras -

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quatrocentos mil euros; manutenção de actividade de âmbito social e da saúde - setecentos mil euros. --- --- --- Na Segurança Social e Acção Social, a corrente aumenta vinte por cento e de capital aumenta quarenta e três por cento. Está já aqui considerada uma verba para a renda dos centros geriátricos que, do ponto de vista da construção, estão prontos, ou praticamente prontos, mas falta o mobiliário e equipamento. --- --- As instituições de apoio social, apoio a projectos específicos e saúde - quinhentos e sessenta mil euros; projectos de intervenção na área da juventude, aquisição de serviços - trezentos e quarenta e cinco mil euros; programas de inclusão - trezentos e trinta e seis mil euros;

subsídios - duzentos e noventa e quatro mil euros; projectos e intervenção na área social e da saúde - duzentos e sessenta e seis mil euros; parques infantis - duzentos e trinta e dois mil euros;

Fundo de Emergência Social - duzentos mil euros que, em dois mil e onze, era de cem mil euros e, até Novembro, tinham sido gastos cerca de trinta e sete mil euros. Possivelmente, até ao fim do ano será tudo gasto, porque fizemos um reforço na área dos medicamentos, na passada quarta- feira, de cento e cinquenta mil euros. Por outro lado, gostaria de dizer, antes que as demagogias comecem, que este Concelho pode dar-se ao luxo de dizer que não há fome, qualquer família em Oeiras que tenha necessidade de géneros básicos de alimentação, a Câmara de Oeiras garante tudo. São essas as orientações que, neste momento, têm as Paróquias, as Instituições de Solidariedade Social, as juntas de freguesia e, portanto, está já aprovado um conjunto de normas relativamente a esta matéria, visto que a Câmara tem condições de assegurar o financiamento de todas essas situações. Mais, a partir de Janeiro, entramos no apoio já a situações, devidamente analisadas claro, de financiamento de rendas de famílias que, porventura, estejam numa situação de desemprego, que tenham perdido rendimentos e que, por via disso, estejam impossibilitadas de pagar a renda. Portanto, este é um Município solidário, o que quer dizer que tem condições para garantir que as famílias que aqui residem sejam tratadas com dignidade. Nessa matéria, não

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faltarão recursos, porque o Município tem condições para satisfazer essas necessidades. --- --- Sem demagogias: se alguém tem conhecimento, e os senhores deputados municipais têm uma obrigação dupla, de alguma situação de alguma família carenciada, façam o favor de o comunicar aos serviços competentes do Município e essa situação será resolvida. O mesmo se diga das Paróquias, das IPSS e das Freguesias. --- --- Portanto, é esta a orientação. Esta é uma matéria em que não deve haver demagogias de lado nenhum. Se há famílias que precisam, quem conhece a situação, identifique-as. Temos condições de, nesta conjuntura, resolver os problemas das famílias que precisam. --- --- Nas despesas de capital, temos o apoio a projectos de investigação científica, com duzentos mil euros; atribuição de subsídios a entidades para obras - cento e cinquenta e quatro mil euros; concepção e construção de parques infantis; aquisição de uma carrinha adaptada (mais auxiliar, mais motorista. É numa altura de crise que aumentamos a despesa, porque a carrinha que a Câmara tem já está sobreocupada e já não corresponde às solicitações que lhe são feitas.

Temos algumas crianças, ou jovens, paraplégicos que têm dificuldade em se deslocar para a escola e, portanto, decidimos adquirir mais um equipamento, uma nova carrinha adaptada justamente a deficientes, para podermos responder às necessidades das famílias deste Concelho) - oitenta e cinco mil euros. --- --- Da Habitação e Serviços Colectivos sobressai as aquisições de serviços à AMTRES, com quatro milhões novecentos e cinquenta e dois mil euros (quase cinco milhões, é o que nos custa apenas o tratamento de resíduos sólidos); aquisição de serviços de manutenção e levantamento de espaços verdes - três milhões seiscentos e setenta mil euros; aquisição de materiais, peças, acessórios, máquinas e viaturas - quatrocentos e trinta e quatro mil euros;

Revisão do Plano Director Municipal, com trezentos mil euros; combate anti-blactídeo e anti- murino e desinfestações várias - duzentos e setenta e dois mil euros; materiais para jardins - duzentos e cinquenta e sete mil euros; acessórios, reparação de contentores - cento e cinquenta

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mil euros; assessorias técnicas - cento e cinquenta mil euros; ocupação de tempos livres em programas de cidadania ambiental - cento e quarenta e cinco mil euros; QREN Oeiras E-City - cento e quarenta mil euros; manutenção de património arbóreo - cento e vinte e cinco mil euros;

sacos para lixo diverso - cento e seis mil euros; promoção e sensibilização ambiental, projecto Engage - cento e três mil euros; apoio a eventos, limpeza e recolha - noventa e dois mil euros;

aquisição de produtos químicos e material de limpeza - noventa mil euros; etc.. --- --- Nas de capital, já referi o processo de expropriação da ProAgricultura, com dois milhões e seiscentos mil euros, imóveis a adquirir, conservação de fogos, etc.. --- --- Serviços Culturais, Recreativos e Religiosos. No corrente, o apoio ao associativismo desportivo, subsídios para actividades - novecentos e oitenta e cinco mil euros; contrato- programa com a Oeiras Viva - quatrocentos e cinquenta mil euros; protocolos com entidades sem fins lucrativos - trezentos e cinquenta e cinco mil euros; edição/reedição publicações não periódicas - duzentos e setenta e cinco mil euros; apoio aos agentes culturais do Concelho - duzentos e setenta e cinco mil euros; promoção a entidades desportivas e de formação - duzentos e vinte e cinco mil euros; artes visuais - duzentos e dez mil euros; fundos documentais - cento e vinte e quatro mil euros; programa “Oeiras a Ler”, programa das leituras e das iliteracias - cento e onze mil euros; animação cultural de interesse turístico - cento e nove mil euros; artes do espectáculo - cento e cinco mil euros; aquisição de serviços - oitenta e dois mil euros; utilização de auditórios - oitenta mil euros; contrato-programa com a Fundação Marquês de Pombal - setenta e dois mil euros (tem a ver com a Ludoteca da Outurela). --- --- Nas Funções Económicas, o montante principal destina-se a despesa de capital. A despesa corrente, com setenta e dois por cento e vinte e oito por cento de despesa de capital. Está aqui incluída a iluminação pública - um milhão e duzentos mil euros (esta é uma das áreas onde diminuímos substancialmente em relação a dois mil e nove, ou a dois mil e dez, porque foram tomadas algumas medidas de contenção, no que diz respeito à iluminação pública, fontes

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ornamentais, etc.); Combus - trezentos e quarenta e seis mil euros; contrato-programa com a Oeinerge - duzentos e setenta e cinco mil euros; aquisições de serviços - duzentos e trinta e cinco mil euros; manutenção da vinha da Estação Agronómica - cento e oitenta mil euros; apoio a agentes recreativos e comerciais com fins turísticos - cento e cinquenta mil euros. --- --- De capital: conservação de arruamentos no Concelho, já tínhamos visto atrás;

transferência de capitais para empresas públicas, municipais e intermunicipais; aquisição por via do direito privado de terrenos, etc.. --- --- Nas Outras Funções, temos que a despesa de capital ocupa quarenta e nove por cento e a corrente, cinquenta e um por cento. O grosso destina-se, na parte das correntes, quinhentos e cinquenta mil euros, para os infantários das juntas de freguesia e da Misericórdia, aqui está outro exemplo, pois este montante está classificado em Outras Funções e, na verdade, são Funções Sociais, porque se destina aos infantários. No entanto, é assim que está há muitos anos. Já se podia ter arrumado noutro lado, para o ano vamos fazer esse exercício. --- --- Delegação de competências nas juntas de freguesia, correntes - quinhentos mil euros;

subsídios diversos - cento e cinquenta mil euros e depois pequenas verbas.--- --- Em capital, delegação de competências nas juntas de freguesia - um milhão e duzentos mil euros. --- --- No global, há uma diminuição de trezentos mil euros. Na delegação de competências para as freguesias, eram dois milhões de euros e estão previstos um milhão e oitocentos mil euros. Naturalmente, faz parte das medidas de contenção que é necessário tomar. --- --- No que respeita a bombeiros, não houve nenhuma redução no subsídio, também não há aumento, mas mantemos o montante global transferido, assim como ao nível de instituições fundamentais na área social ou da saúde, como ao nível das associações na área desportiva ou cultural que, em alguns casos, têm reduções de dez por cento em termos de subsídios, etc., isto porque, naturalmente, tem que haver um esforço de contenção para todas as instituições. ---

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--- Mas gostaria de salientar que este Orçamento e GOP só são possíveis nos moldes em que são apresentadas, porque Oeiras, realmente, conseguiu adquirir um estatuto económico- financeiro e está a colher os frutos daquilo que foram boas sementes nas últimas duas décadas, porque, caso contrário, estaria na situação em que muitos outros municípios se encontram. --- --- Devo dizer que estamos a fazer pagamentos a quarenta e sete dias quando a maior parte dos municípios pagam a mais de cento e oitenta dias e, portanto, apesar da situação difícil em que o País se encontra, nós vamos poupar, estamos a fazer um Orçamento rigoroso, há aqui reduções em despesas correntes no funcionamento da Câmara Municipal significativas, mas não se toca naquilo que é essencial, pelo contrário. Como já referi, ainda na passada quarta-feira tínhamos uma verba prevista de cento e trinta, ou cento e trinta e cinco mil euros para medicamentos em dois mil e onze e já vamos com perto de trezentos mil euros, porque tem vindo a aumentar em exponencial o recurso dos munícipes a este programa de aquisição de medicamentos com financiamento da Câmara e tudo indica que em dois mil e doze irão aumentar. - --- --- Portanto, senhores deputados, quero-lhes dizer que é uma satisfação e um privilégio para a Câmara Municipal, para os seus serviços, para esta Assembleia Municipal podermos, nesta altura em que os constrangimentos são tantos, apresentar um Orçamento como este, que não deixa nada por fazer, garante a continuidade dos investimentos que estão em curso, reforça e tem possibilidade de garantir todas as condições àquelas famílias que, porventura, se venham a encontrar numa situação de maior dificuldade. Isto é que é fundamental e, portanto, não fora a boa gestão deste Município, não fora as sementes que foram lançadas à terra nos últimos vinte anos e, possivelmente, não estaríamos aqui, nesta situação. --- --- Apresentamos aqui um Orçamento que, cada vez mais, corresponde à realidade, à nossa capacidade de execução e que garante a continuidade do bem-estar dos nossos munícipes, mas, sobretudo, garante que aqueles que, efectivamente, hoje se encontrem numa situação difícil,

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a Câmara Municipal possa ser solidária, justamente com aqueles que mais precisam.” --- --- O Senhor Deputado Marcos Sá (PS) fez a seguinte intervenção: --- --- “Vamos começar pela página quarenta e três das Grandes Opções do Plano e Orçamento para dois mil e doze da Câmara Municipal de Oeiras, e vou passar a citar: --- --- “No âmbito do apoio aos órgãos municipais, continuaremos a garantir a recensão administrativa e jurídica das propostas submetidas à deliberação do Executivo, atendendo que se continua a verificar deficiências ao nível da redacção e da instrução dos processos e das propostas de deliberação. --- --- Esta função é apenas assegurada por um técnico jurista. Aqueles constrangimentos condicionam a boa apreciação e decisão dos membros do Órgão do Executivo Municipal.” --- --- Isto é dito nas GOP por uma responsável desta Câmara Municipal. --- --- Vou repetir: Continuam a verificar-se deficiências ao nível da redacção e da instrução dos processos e das propostas de deliberação. --- --- Aqueles constrangimentos condicionam a boa apreciação e decisão dos membros do Órgão do Executivo Municipal. --- --- “A pergunta que se coloca desde logo é: como é possível? --- --- Como é possível, num Município que gere anualmente mais de cento e cinquenta milhões de euros, com mais de dois mil funcionários, que implicam centenas de decisões que interferem com a vida de mais de cento e sessenta mil pessoas? --- --- Como é possível num Município que se arroga de exemplo e modelo para o País? ---- --- Como é possível num momento histórico de tanta exigência e esforço colectivo? --- --- Como é possível que a Câmara Municipal de Oeiras, reconheça neste documento um sintoma de tamanho amadorismo e irresponsabilidade no seu funcionamento e num dos aspectos mais críticos da actividade autárquica? --- --- Minhas senhoras e meus senhores, para nós, que estamos na Assembleia Municipal e

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participamos nos processos de decisão, esta constatação é, há muito tempo, uma evidência. O PS há muito a denuncia com vigor. --- --- Sucedem-se os casos de propostas mal elaboradas, mal instruídas, omissões graves de informação e até actas de reuniões importantes gravemente condicionadas por “falhas técnicas na gravação”. --- --- Esta é uma realidade muito reveladora, a que agora a própria Câmara assume o estado da arte aqui em Oeiras.--- --- Quando o processo de decisão falha desta maneira, significa que a Câmara Municipal está menos eficaz, é menos credível, serve pior os munícipes, as empresas e o Concelho de Oeiras. ---- --- --- Quando isto se torna possível, significa que deixou de haver liderança, rigor e autoridade na gestão do Município de Oeiras. --- --- Por isso, face aos indícios graves de desorganização na Câmara Municipal, estes e outros, o Partido Socialista, ao fim de anos em que apresentou sucessivas propostas integradas nos Orçamentos, mas nunca postas em prática, e sabendo do desmando e falta de sentido de compromisso patentes em atitudes erráticas do Executivo PSD/IOMAF, adoptou, desta feita, uma posição de máxima desconfiança, relativamente aos números e objectivos que o documento apresenta. - --- --- Aliás, não é só o PS que olha com desconfiança. Quando tantas ideias e projectos se repetem e passam de ano para ano sem concretização, e se observa tanta despesa em obra ou iniciativa inútil, a Câmara Municipal entra numa espiral de descrédito que leva cada vez mais gente, também, a desconfiar dessa liderança. --- --- As freguesias a quem foram prometidas “obras estruturantes” que nunca passaram dos outdoors colocados antes de eleições, também desconfiam. --- --- As associações e colectividades a quem foram prometidos, pelo Doutor Isaltino

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Morais, é preciso recordar, apoios e que hoje são adiados, cortados ou atribuídos em função do mais descarado favoritismo, também desconfiam. --- --- Os autarcas das juntas de freguesia a quem foram retiradas competências e verbas a favor de uma empresa municipal falida no seu substrato e a quem é retirada capacidade de investimento, também podem desconfiar. --- --- Os jovens que acreditavam em poder beneficiar de apoios para a sua primeira habitação ou para o seu primeiro emprego ou negócio que nunca aconteceram, também podem desconfiar. --- --- As instituições de solidariedade que esperaram em vão ter em dois mil e onze um apoio importante no acesso ao fundo de emergência municipal, também desconfiam Senhor Presidente. Comprometeu-se aqui com o Partido Socialista, um milhão e agora teve que gastar nos medicamentos, dizendo que aumentou o programa. Infelizmente dizia, e afirmou aqui nesta Assembleia Municipal por diversas vezes, que não reconhecia ao Partido Socialista, que não havia pessoas que necessitavam de dinheiro para comer, não havia pessoas sem-abrigo no Concelho de Oeiras e agora vem assumir essa realidade, que é uma realidade objectiva e que existe há muito tempo e que o Senhor Presidente sempre renunciou aqui nesta Assembleia Municipal. - --- --- Os munícipes que sempre se orgulharam de viver num Concelho limpo, e que agora vêem as suas ruas, ao fim de semana, invadidas de lixo não recolhido, também desconfiam. --- --- A verdade é que hoje há cada vez mais gente no Concelho de Oeiras que não acredita na sua Câmara Municipal. --- --- Cada vez mais gente deixa de acreditar num certo estilo de fazer política propagandística, irresponsável e irrealista, que em tantas áreas finge resolver sem resolver, que marcou a gestão do Município dos últimos anos e que ainda se reflecte nas Opções do Plano para dois mil e doze. ---

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--- Minhas Senhoras e Meus Senhores, verdadeiramente, o que podemos dizer do Orçamento de dois mil e doze da Câmara Municipal de Oeiras é que é um Orçamento de olhos fechados, ouvidos tapados e mão na boca, um Orçamento Cego, Surdo e Mudo. --- --- É um orçamento cego, sim. --- --- Cego, porque é totalmente desprovido de visão estratégica e ignora os problemas do futuro. --- --- --- Não dá uma linha de enquadramento e resposta credível e global para as implicações diversas da evolução demográfica do Concelho. --- --- Não avança num programa integrado e transversal de conversão dos modelos de consumo energético no Concelho. --- --- Não se compromete com posições face ao futuro das políticas de mobilidade na área urbana de Lisboa, que afecta tantos milhares de munícipes, fortemente condicionadas pelas opções do Governo do PSD/CDS. --- --- Ignora ou finge não ver o problema grave de sustentabilidade ambiental no tratamento dos lixos e resíduos no Concelho. --- --- A Tratolixo é hoje responsável por um trágico crime ambiental e por uma dívida que é gerida sem horizonte com prejuízo para os nossos munícipes e empresas que pagam quase o dobro pelo tratamento do lixo que pagam os municípios vizinhos associados à ValorSul. --- --- Mas este Orçamento é também cego, porque desconsidera as capacidades dos funcionários municipais, recorrendo desnecessariamente a serviços externos, não olhando para as potencialidades na complementaridade das políticas nas diversas áreas, pelas diferentes divisões, estruturas e instâncias autárquicas, não apelando a um necessário espírito de entreajuda e partilha de recursos. --- --- É também um Orçamento surdo. --- --- Porque em dois mil e doze, mais uma vez, apesar da insistência do PS, a Câmara de

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Oeiras rejeitou a aplicação do modelo de orçamentos participativos e recusou assim ouvir os munícipes sobre as suas ambições e aspirações para o Concelho. --- --- E finalmente, este Orçamento é um Orçamento mudo. --- --- É mudo, porque não é transparente. Nada diz, nada explica, sobre matérias fundamentais. --- --- Num momento assumido de contenção e austeridade fiscal, este Orçamento não fundamenta globalmente as suas opções num programa completo e sistematizado. --- --- Nada fala sobre as opções em concreto no plano de racionalização do sector empresarial local que se espera há mais de dois anos. --- --- Relembro que o PS já falou nisso há muito tempo e o Senhor Presidente sempre disse que sim. Nós ainda não vimos nada relativamente a essa matéria. --- --- Nada diz sobre os critérios utilizados para os cortes na despesa. --- --- Nada fala sobre a forma que vai ser utilizada para colmatar a falta de crédito no pagamento de compromissos assumidos em obras de grande envergadura, no âmbito de parcerias público-privadas. --- --- Não quantifica objectivos nem define metas concretas em áreas essenciais da sua actividade. - --- --- E um Orçamento de um município com as responsabilidades sociais e económicas como o de Oeiras, não pode ser apenas um repositório de números e objectivos genéricos. --- --- Em suma, este Orçamento da maioria IOMAF-PSD, este Orçamento cego, surdo e mudo, é uma decepção. --- --- Um mero exercício minimalista de gestão corrente de alguém que sabe que já não vai estar cá quando se sentirem as suas consequências. --- --- De alguém cujas prioridades já não são o Concelho de Oeiras e os seus munícipes. --- --- Minhas Senhoras e Meus Senhores, por tudo isto, para o PS, esta discussão de

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Orçamento não se resumirá de novo por uma discussão sobre percentagens de aumentos ou cortes, plantada pela Câmara Municipal na comunicação social, que demasiadas vezes se revela estéril face aos resultados concretos de execução e sucessivas alterações orçamentais durante o ano. --- --- --- Num momento de urgência e dificuldades, o que está em causa é saber quem quer estar do lado da responsabilidade face ao futuro, ou quem quer continuar a jogar à política com o destino do Município que não é e nunca será propriedade de ninguém. --- --- Quem está do lado das famílias, das empresas, dos jovens, dos idosos, dos mais pobres no esforço de resposta à crise, ou quem quer continuar a viver do oportunismo e com indiferença à desgraça alheia. --- --- E por isso reiteramos a nossa preocupação com as questões que aqui trouxemos. --- --- Seremos sempre exigentes e intransigentes na defesa da transparência e do interesse público. --- --- --- Porque Oeiras sabe que pode contar sempre com os autarcas do PS. --- --- A nossa abstenção na Câmara Municipal e, hoje, na Assembleia Municipal não constituirá qualquer voto de confiança no Executivo que já demonstrou à exaustão não a merecer.--- --- --- Pelo contrário, a nossa abstenção exigente representa o sentido inequívoco de que os resultados desta governação municipal, atendendo ao contexto histórico muito especial em que vivemos, nunca deixarão de contar com o contributo activo de proposta construtiva ou de contundente crítica do Partido Socialista, seja na Câmara, seja na Assembleia Municipal. --- --- Assim, continuaremos a servir os munícipes, construindo solidamente as bases do novo ciclo de esperança de que Oeiras precisa. --- --- Com mais participação, mais inovação, mais rigor, mais transparência. --- --- Porque para nós socialistas, as pessoas estão primeiro.”.” ---

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--- O Senhor Deputado António Moita (IOMAF) referiu o seguinte: --- --- “Voltamos hoje a discutir o Orçamento e as Grandes Opções do Plano e, mais uma vez, isto é feito sob o signo da palavra crise. --- --- E se nos últimos anos esta crise parecia muito associada a fluxos de informação e tinha uma importante componente psicológica, já hoje, e certamente pelo menos durante o ano de dois mil e doze, não deixa de reflectir a situação das pessoas, das empresas, do Estado, enfim, do País. ---- --- --- Ficámos hoje aqui a perceber que apenas o PS não tem nada a ver com esta crise em que o País está nesta altura. --- --- São conhecidas de todos as condicionantes que envolvem a preparação deste Orçamento, não só pela quebra da receita, mas também pelas fortes restrições impostas ao endividamento e pelas dificuldades de concessão de crédito por parte da banca. --- --- Este será assim mais um exercício exigente de contenção e de disciplina para todos nós. --- --- --- Claro que existem resistências tanto ao nível interno, como ao nível externo. Mas como sempre aconteceu, todos saberemos encontrar um caminho de equilíbrio e de bom senso, que garanta que os objectivos de todos serão alcançados. --- --- Importará aqui dizer que este grande esforço de contenção tem sido conseguido com as pessoas e nunca contra as pessoas. --- --- O acompanhamento que temos feito da actividade da Câmara Municipal, podemos afirmar que tem sido exemplar o comportamento e a atitude da grande maioria dos seus funcionários, ou melhor, dos servidores públicos ou, como noutros tempos se dizia, dos servidores do Estado. Esta expressão, servidores do Estado, parece ter caído em desuso, mas ganha hoje uma importância especial. --- --- Num tempo em que os principais responsáveis deste País aconselham muitos

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funcionários públicos a tentar a sua sorte em África, importa salientar a relevância e o papel insubstituível de quem tem por função, servir os fins do Estado. --- --- É certo que no âmbito das políticas de cooperação com os PALOP, deverá ser possível estimular a presença de quadros portugueses nesses países. --- --- É certo que para muitos portugueses deverá ser possível escolher uma vida fora do País. Mas também é certo que muito mal vai um país, que devia ter como prioridade, quer o crescimento, quer a criação de emprego, prescindir dos seus quadros e da sua gente. --- --- Se é esta a visão que tem o actual Primeiro-Ministro de Portugal, essa não é, certamente, a nossa. --- --- Em Oeiras, queremos que este mesmo conjunto de servidores dos fins do Estado continue a desempenhar as suas tarefas com o mesmo brio, com a mesma vontade e o mesmo profissionalismo, como tão bem o têm feito até aqui. --- --- Mas olhemos mais de perto para o Orçamento e para as GOP de dois mil e doze. --- --- O ponto de partida é, desde logo, o da redução de dezoito milhões de euros no Orçamento de dois mil e doze face ao de dois mil e onze, o que corresponde a pouco mais de dez por cento. - --- --- Este facto impõe, como é óbvio, que sejam continuadas, quando não reforçadas, as medidas de contenção da despesa, quer pelo combate ao desperdício, quer pelo esforço permanente de racionalização dos serviços, tarefas aliás, que devemos reconhecê-lo, foram já empreendidas desde dois mil e onze. --- --- Este esforço deve ser estendido a todas as entidades que são apoiadas através do Orçamento Público, sem que isso torne inviável a sua acção. Falamos de uma redução média de cerca de dez por cento, para um conjunto de associações na área da cultura e do desporto. --- --- O esforço deve ser repartido por todos e estamos certos que todas estas entidades não só compreendem estas medidas, como farão, elas próprias, um percurso rápido de adaptação a

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estes novos tempos. --- --- Um olhar atento sobre a taxa de execução orçamental dos últimos anos, como o Senhor Presidente já aqui fez, permite-nos verificar que, em média, esta não excede os cento e vinte milhões de euros/ano. As razões para este facto são múltiplas e encontram explicação em cada um dos respectivos anos de execução. --- --- Mas se assim tem sido, podemos hoje afirmar sem grande risco que o Orçamento de dois mil e doze não representará, em termos práticos, uma redução tão acentuada como aquela que parece resultar da frieza dos números. --- --- Quanto muito, poderemos afirmar que no plano dos grandes números, e apenas neste, as expectativas serão mais baixas. --- --- Mas no plano das acções será possível continuar a cumprir o que foi prometido, pagar tudo aquilo que está em curso e lançar obra para os próximos anos. --- --- É certo que para prosseguir este caminho e esta ambição, teremos que ser ainda mais eficientes, ainda mais audazes e ainda mais criativos. --- --- Só assim será possível garantir que, com estes meios, o Orçamento de dois mil e doze continuará a ser um instrumento importante ao serviço das políticas sociais e do desenvolvimento económico do Concelho. --- --- É hoje praticamente indiscutível para grande parte dos economistas, que políticas centradas na austeridade conduzem a maior recessão e a mais desemprego. --- --- E quanto mais acentuadas são e mais perduram no tempo, piores consequências trazem consigo. --- --- Portugal é hoje um País em austeridade. Portugal será, em dois mil e doze, um País com ainda mais austeridade. O mesmo é dizer que a continuar esta política, se Portugal está hoje mal, em dois mil e doze estará ainda pior. --- --- Em Oeiras, não poderemos alterar esta linha de rumo do País. Mas em Oeiras

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podemos tentar evitar algumas das consequências da política económica que a Troika nos pretende impor. --- --- Oeiras é hoje um exemplo de coesão social. E foi a coesão social que trouxe o investimento, a segurança, a melhoria da qualidade de vida, através de uma rede de equipamentos sem paralelo no País. --- --- É por isso que a aposta tem que continuar a ser na coesão social, desde logo naqueles que mais precisam e que mais estão expostos às consequências da crise económica, os mais jovens e os mais velhos. Mas também todos aqueles que, apesar das suas qualificações, vão perdendo o emprego e com ele as condições de assegurar o cumprimento das obrigações assumidas. --- --- O reforço do Fundo Social, como o Senhor Presidente aqui nos disse, é uma medida importante, e estamos certos que a Câmara Municipal estará atenta para acorrer a todas as questões que venham a ser postas. --- --- Ao contrário do PS, não ficamos felizes ao saber que o Fundo Social não foi usado este ano no máximo que podia. --- --- É uma boa prova de que o Concelho, apesar de tudo e apesar da crise, continua forte e que as pessoas, graças a Deus, não precisaram ainda de vir a recorrer a apoios desse tipo. --- --- Num contexto de descida da receita em impostos como o IMT, ou a Derrama, e de desaparecimento completo (que é importante que se diga) das transferências da Administração Central, importa salientar que está previsto um aumento da receita apenas naqueles impostos que mais directamente resultam das opções feitas no passado. O IMI, o Imposto de Circulação e a participação fixa no IRS, resultam claramente dos modelos de desenvolvimento escolhidos no passado e que fizeram convergir em Oeiras pessoas mais qualificadas, com um índice de rendimento mais elevado e maiores padrões de consumo. --- --- Acentua-se desta forma a tendência para uma dependência quase nula das receitas do

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Estado e torna-se evidente a sustentabilidade económica do Concelho. --- --- Mas é hora também de que se diga que, ao contrário do que a Câmara Municipal, e bem, sempre fez, não será possível continuar a assegurar investimentos e funções que deveriam ser pagos pela Administração Central do Estado. --- --- Ainda assim, os grandes projectos irão continuar a bom ritmo, bem como os investimentos em sectores tão importantes como a reabilitação urbana, o espaço público, as escolas e outros equipamentos sociais. --- --- Também o ritmo das transferências para as juntas de freguesia não irá abrandar, o que lhes permitirá continuar a desenvolver tarefas urgentes e de proximidade, como tão bem o têm feito até aqui. --- --- Igualmente serão mantidos os apoios às instituições de solidariedade social e às corporações de bombeiros reconhecido que é o relevantíssimo papel que desempenham umas e outras e tudo isto sem aumentar a dívida. --- --- Ao contrário do País e apesar de ainda ter uma capacidade de endividamento muito grande, Oeiras tem hoje uma dívida inferior à que tinha em dois mil e cinco e mesmo esta, ainda sim, é resultado do investimento feito em habitação social. --- --- Também nos prazos de pagamento a fornecedores, tantas vezes aqui falados, o comportamento é muito positivo. Estão a ser efectuados pagamentos a quarenta e cinco dias, ao contrário do que se passa na quase totalidade das outras instituições do Estado. --- --- Podemos assim afirmar que em Oeiras se continuará a preparar o futuro dos nossos filhos sem o hipotecar. --- --- Quando se aplicam programas de longo prazo, quando se cumpre uma visão alicerçada em valores, as dificuldades mesmo de uma crise tão grave como a que estamos a passar ultrapassam-se. --- --- Em Oeiras, a austeridade a que estamos todos obrigados, não só não vai impedir o

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desenvolvimento, como vai permitir apoiar os mais carenciados. --- --- E em Oeiras, este Orçamento e estas GOP não são cegos, vêem mais longe. Não são surdos, ouvem as vozes fortes, mas também ouvem as vozes fracas e não são mudos, porque claramente dizem aquilo que querem.” --- --- O Senhor Presidente da A.M. fez a seguinte observação: --- --- “Está-se a verificar um ruído permanente na sala e pedia aos senhores deputados a máxima atenção para quem está a intervir, como pedia também respeito pelo Regimento que não prevê apartes. --- --- Solicitava aos senhores deputados que não façam apartes nem respondam a apartes, tanto quanto for humanamente possível, para cumprirmos o nosso Regimento.” --- --- O Senhor Deputado Miguel Pinto (BE) disse o seguinte: --- --- “Depois de termos ouvido o Senhor Presidente da Câmara falar durante cinquenta minutos e da sua intervenção pouco ter ultrapassado a leitura do documento a que todos nós tivemos acesso, portanto, não adiantou muito, vou então fazer a minha intervenção. --- --- Na discussão das GOP para dois mil e onze, o Bloco de Esquerda apresentou algumas sugestões para incluir no documento, tais como a melhoria das acessibilidades para deficientes e a construção de ciclovias. --- --- A Câmara aceitou-as, mas nada fez para as concretizar. --- --- Desta vez, acrescentamos as seguintes sugestões: --- --- - Suspensão do SATU; --- --- - Reconstrução do troço BC da VLN; --- --- - Pagamento efectivo das rendas das parcerias público-privadas. --- --- Quanto ao SATU, não aceitamos a teoria de que a Câmara esteja à espera que o parceiro privado decida suspendê-lo. --- --- A Câmara é o sócio maioritário e, consequentemente, não pode continuar às ordens

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