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Radiol Bras vol.37 número1

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Academic year: 2018

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Radiol Bras 2004;37(1):40 Aperfeiçoamento do diagnóstico das

alte-rações de perfusão hepática: valor da fase arterial hepática durante a tomografia com-putadorizada helicoidal.

Quiroga S, Sebastià C, Pallisa E, Castellà E, Pérez-Lafuente M, Alvarez-Castells A. Improved diagnosis of hepatic perfusion disorders: value of hepatic arterial phase imaging during helical CT. RadioGraphics 2001;21:65–81.

O duplo suprimento sanguíneo do fígado provém em 25% da artéria hepática e 75% da veia porta. No começo da fase arterial hepáti-ca (20 a 30 segundos após a administração do meio de contraste) o parênquima não é realça-do porque o contraste não alcançou a veia por-ta; este é o melhor momento para visualizar tumores hipervascularizados. A fase venosa portal é melhor para tumores hipovasculariza-dos, como metástases, que recebem pouco flu-xo arterial hepático.

“Shunt” arterioportal – É uma comunica-ção funcional entre ramos da artéria hepática e o sistema venoso portal, o que resulta em uma redistribuição do fluxo arterial para uma região focal da veia porta. Os achados na tomografia computadorizada (TC) helicoidal incluem: a) realce durante a fase arterial hepática, antes que a veia porta seja opacificada; b) realce tanto no ramo periférico quanto na própria veia por-ta, sem opacificação das veias esplênica e mesentérica superior.

Obstrução da veia porta – A alteração da perfusão hepática na maioria das vezes se deve a uma obstrução do fluxo venoso que, por sua

vez, resulta geralmente de trombose venosa portal, invasão tumoral, compressão ou ligação cirúrgica.

Cirrose hepática – A cirrose hepática é principalmente causada por necrose do parên-quima, que é seguida pela deposição de tecido conjuntivo, regeneração nodular, distorção da arquitetura lobular e vascular hepática, geran-do uma hipertensão portal. A cirrose altera o fluxo dinâmico do fígado, resultando em um aumento do fluxo arterial e diminuição do fluxo portal.

Neoplasias hepáticas – Os tumores hepá-ticos podem produzir uma variedade de transi-ção de alta atenuatransi-ção nas imagens da fase arterial hepática devido à compressão portal.

Trauma hepático – Trauma abdominal e intervenções podem gerar comunicações entre artéria e veia porta ou produzir um “shunt” ar-terioportal funcional por lesão da veia porta, tal como trombose desta.

Obstrução da veia hepática – A oclusão da veia hepática leva ao aumento da pressão sinusoidal e inverte o gradiente de pressão en-tre as veias sinusoidais e portais, resultando em um “shunt” arterioportal funcional. A oclusão pode ser secundária a insuficiência cardíaca direita, doença pericárdica, síndrome de Budd-Chiari ou fibrose mediastinal.

Mudanças inflamatórias – Inflamação lo-cal pode causar vasodilatação na artéria hepá-tica e parada do fluxo portal regional. A inflama-ção é vista como alta atenuainflama-ção na imagem da fase arterial hepática, que retorna à atenuação normal na imagem da fase portal.

Resumo de Artigo

Suprimento sanguíneo anormal – Estas lesões são, por vezes, vistas na TC como áreas poupadas no fígado ou com áreas de infiltração focal de gordura, provavelmente secundárias a elementos nutricionais ou hormonais.

Compressão do parênquima hepático – O fluxo sanguíneo pela veia hepática está redu-zido quando há aumento da pressão no parên-quima hepático e, com isso, aumento do influ-xo para o segmento afetado por uma compres-são. Esta alteração hemodinâmica pode indicar um sistema de baixa pressão na veia porta, que pode ser afetado por mudanças na pressão hepática.

Douglas Teixeira Freire, Lílian Soares Couto Monitores de Radiologia da Faculdade de Medicina de Teresópolis (FMT) – Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO)

Comentário sobre o artigo

O artigo apresenta o espectro das alterações na perfusão hepática que pode ser diagnostica-do pela TC helicoidal e que muitas vezes pode ser negligenciado pela TC convencional.

Os radiologistas devem ter em mente que áreas de alta atenuação na fase arterial hepá-tica podem representar alteração na perfusão hepática, e que o conhecimento da hemodinâ-mica do fígado e da sua fisiopatologia torna-se importante, ainda mais nos tempos atuais, em que a TC helicoidal pode afastar diagnósticos falso-positivos.

Marcelo Souto Nacif

Referências

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